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Parnasianismo

Alberto de Oliveira

Tailane, Igor, Breno, Maria Luisa, Giselle e


Pedro
Parnasianismo
Parnasianismo é um estilo de época caracterizado pela
objetividade e pelo descriptivismo, além da retomada de
temas da Antiguidade clássica e rigor formal na construção
do texto poético.O movimento Parnasianismo foi baseado
pela doutrina da “arte pela arte” que teve origem pelo poeta
francês Théophile Gautier, que defendia o princípio de que a
arte não precisava ter uma base de significados e sentimentos
humanos, mas sim com o intuito de ser perfeita, bela e
refinada.
Alberto De
Oliveira
Publicou seu primeiro livro, Canções
românticas, em 1878, antes de se filiar
ao parnasianismo.
Abandonou a faculdade de medicina
após o terceiro ano, mas terminou o
curso de farmácia em 1884.
Alberto de Oliveira e o título de Príncipe dos
Poetas.
A revista carioca Fon-Fon, que existiu de 1907 a
1958, realizava um concurso em que intelectuais
do Brasil elegiam o Príncipe dos Poetas brasileiro.
O primeiro a receber o título, em 1907, foi o
escritor Olavo Bilac (1865–1918). Após a morte de
Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, em 1924, foi
escolhido para ser o novo Príncipe dos Poetas.
MERIDIONAIS

O seu momento mais alto no que concerne à


ortodoxia parnasiana. Concretiza-se o forte
pendor pelo objetivismo e pelas cenas
exteriores, o amor da natureza, o culto da
forma, a pintura da paisagem, a linguagem
castiça e a versificação rica. Essas qualidades
se acentuam nas obras posteriores.
EM
"Vai pálida de susto na viagem,CAMINHO
Mas eis que um rio súbito aparece,
O cavalo a reger, que salta e embrida Da estrada em meio, undoso,
De quando em quando, a loura e bela derramado...
Armida; Susto a marcha ao cavalo, o pajem
Sigo-a, segue-me após o lesto pajem. desce,

Dens’umbroso sertão que a amar Treme a dama, eu, que avanço,


convida, encosto-a ao flanco,
Ermo retiro, incógnita paragem, Enquanto n’água o pajem salta ousado
Tudo, ao zumbir do vento na ramagem, E as rédeas toma ao seu cavalo
Cortamos, galopando a toda a brida branco."
CANÇÕES ROMÂNTICAS

Essa coletânea é uma amostra do talento de


Alberto de Oliveira, que iria liderar o
parnasianismo brasileiro na famosa tríade com
Raimundo Correia e Olavo Bilac. Entre os
poemas desta obra estão “Tarde Romântica”,
“Tenebrosa” e o longo “Torturas do ideal”,
dedicado a José do Patrocínio.
O ÍDOLO

Sobre um trono de mármore sombrio, Cai fora a noite - mar que se retrata
Em templo escuro, há muito abandonado, Em outro mar - dois pélagos azuis;
Em seu grande silêncio, austero e frio Num as ondas - alcíones de prata,
Um ídolo de gesso está sentado. No outro os astros - alcíones de luz.

E como à estranha mão, a paz silente E de seu negro mármore no trono


Quebrando em torno às funerárias urnas, O ídolo de gesso está sentado.
Ressoa um órgão compassadamente Assim um coração repousa em sono...
Pelas amplas abóbadas soturnas. Assim meu coração vive fechado.

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