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O quarto rei mago

Cena 1

Cenário: Deserto, estrela.

Personagens: 4 reis magos

Narrador: Em uma noite surgiu uma estrela no céu, esta estrela guiava as pessoas de quem
quisesse encontrar o salvador.

Os quatro reis magos Baltazar, melquior, Gaspar e Artabam vinham viajando atrás da estrela e
cada um trazia o que existia de mais precioso em seu país. Um levava ouro reluzente, outro
incenso cheiroso e mirra.

Porém o quarto rei mago ainda não estava com os presentes. Este rei tinha um desejo forte de
ver jesus.

Ao entardecer os reis pararam para descansar.

Baltazar: Partiremos amanha antes do raiar do sol, estejam todos aqui. Porque não podemos
esperar ninguém, a fim de que não percamos o rastro da estrela.

Artaban: Meus amigos, peço que amanha me esperem, pois vou vender tudo o que tenho para
levar em oferta ao messias.

Merquior: Esperamos.

Gaspar: Mas não se atrase.

Cena 2

Cenário: No deserto, cavalo, 3 diamantes

Personagens: criança ferida e senhora

Artaban: Com tudo que vendi comprei estes três diamantes de valor incalculável. Quero
adorar o rei, que será muito poderoso, capaz de ressuscitar os mortos.

Narrador: Artaban parte com seu cavalo ao encontro dos outros reis magos. De repente
Artaban ouve um choro, um soluçar triste, que o acordou dos seus pensamentos.

Viu uma criança que estava muito machucada e ferida, com cuidado a ergueu até o seu cavalo
e foi à vila. Ninguém conhecia a criança, mas o mago havia se afeiçoado á ela. Entregou a
criança ao cuidado de uma senhora, retirou um dos diamantes e o entregou a senhora para
que a criança tivesse um futuro assegurado.

Cena 3

Cenário: pedra, bilhete, no deserto

Personagens: Artaban

Narrador: Novamente Artaban se pôs em seu caminho para encontrar os demais magos.
Chega ao local combinado e vê um bilhete na pedra.
Artaban: Não pudemos mais esperar, vamos ao encontro do rei de Israel. Siga-nos através do
deserto.

Cena 4

Cenário: cidade, estrela, diamante, cavalo

Personagens: mulher e filhos (estrela)

Artaban continua sua caminhada. A estrela o conduziu por uma cidade.

Vinha um cortejo fúnebre ao seu encontro. Atrás seguia uma mulher e seus filhos, as crianças
se agarravam desesperadas nas roupas da mãe.

O rei desceu do cavalo, reconhecia que não apenas a tristeza pelo falecimento causava tanta
dor. Soube que assim que o pai fosse sepultado, a mãe e os filhos seriam vendidos como
escravos, porque ninguém queria assumir as dívidas.

Então o rei tirou a segunda pedra preciosa a qual brilhou e a entregou a viúva e disse

Artaban: Pague as suas dividas e construa um novo lar.

Cena 5

Cenário: aldeia pobre, cavalo

Personagens: Artaban, mulheres e crianças

Artaban subiu em seu cavalo e seguiu viajem por um país estranho onde havia muita guerra,
dor, miséria e o sangue cobria as terras e os corações.

Em uma aldeia, os agricultores foram agrupados para morrer. Nos casebres choravam
mulheres e crianças, o jovem rei ficou aterrorizado. Restava-lhe apenas um diamante.

Artaban: Será que eu deveria chegar de mãos vazias diante do rei da humanidade?

Esta desgraça era tão terrível que ele, muito tremulo, entregou seu ultimo diamante para
resgatar as pessoas e a aldeia da destruição, do abuso e da morte.

Cena 6

Cenário: deserto, bengala

Personagens: Artaban velho (cabelo branco e barba)

Cansado e triste Artaban continuava seu caminho sem seu cavalo, pois já o havia doado.

A estrela já havia se apagado. Por muito tempo procurou em vão. Uma profunda tristeza se
abateu sobre ele, será que tinha sido infiel a sua missão? O medo de nunca mais poder
encontrar Jesus corria o seu coração.

Peregrinou por anos e anos.


Cena 7

Cenário: Navio, casa

Personagens: Pai, esposa, filhos, soldados, Artaban e o pescador

Certo dia na porta de uma cidade, Artaban presenciou o momento em que um pai estava
sendo arrancado da esposa e dos filhos para ser levado como escravo em um navio de
condenados, uma galé.

O jovem rei Artaban intercedeu por aquele homem, porém nada adiantava, então ele se
ofereceu para ficar no lugar daquele homem, deixando sua liberdade.

As batidas surdas ecoavam pelo navio, marcando o ritmo das remadas. Em caso de
tempestade ou guerra ele seria morto com os demais, pois todos estavam acorrentados.

Será que Artaban tinha agido de forma absurda? Porém nesta hora em que seu espirito se
rebelava e o coração endurecia, sua estrela que ele não mais esperava ver no céu, voltava a
brilhar do seu coração.

Esta luz o preencheu com a certeza de que tudo estava no caminho certo e que ele havia agido
corretamente.

Mais tranquilo, esqueceu-se de contar os anos, pois seu coração não conhecia a amargura,
porque a estrela continuava a brilhar para ele.

Há muito tempos as pessoas do navio tinham notado que aquele escravo era diferente,

Então resolveram devolver a sua liberdade.

Balatazar desceu do navio em uma praia e um pescador o hospedou durante a noite.

Naquela noite, sonhou com a estrela, e uma voz dizia “apressa-te”. Então Artaban se pôs a
caminhar no escuro, e como um milagre a estrela reluziu diante dele.

Cena 8

Cenário: cidade, três cruzes, gostas de sangue

Personagens: Artaban, e multidão

Artaban chegou as portas de uma grande cidade, onde havia muito alvoroço, pessoas agitadas
sendo dispersadas a força. Aquela multidão o arrastou a força, um medo profundo angustiava
o seu peito.

Subiu um morro onde haviam três cruzes. Artaban se preguntou o que era aquilo?

A estrela que o guiava ao rei da humanidade parou sobre a cruz do meio, reluziu mais e se
apagou. Foi aí que o olhar do homem na cruz o atingiu, naquele olhar havia muita dor, o
sofrimento ardia naqueles olhos, mas também transpirava de sua pessoa toda a bondade, todo
o amor e misericórdia infinita.

As palmas de suas mãos e seus pés foram perfurados por pregos e estavam retorcidos.
Neste momento o rei Artaban teve a certeza que era o rei da humanidade, Jesus o salvador do
mundo, pelo qual ele havia se consumido de saudade.

Artaban cai de joelhos debaixo da cruz, agora não tinha mais nada a oferecer, estendeu suas
mãos vazias ao senhor, e então três gotas rubras de sangue, caíram em suas mãos, elas tinham
o brilho mais forte do que qualquer diamante.

Neste momento um grito ecoou pelos ares. O senhor inclinou a cabeça e expirou.

Aos pés da cruz o rei Artaban também jazia morto. Suas mãos seguravam as gotas de sangue
até ao morrer, contemplava o senhor na cruz.
Narrador 2:
Prezada Comunidade.

O quarto mago não conseguiu ver o menino Jesus em Belém. Não conseguiu oferecer-
lhe seus presentes, seus diamantes. Apesar disso, em seu coração brilhava a luz da
estrela de Belém, que anunciou o nascimento do rei da humanidade. Durante toda a
vida, caminhou em busca de Jesus. Nesta busca, deparou com o sofrimento das
pessoas e as auxiliou. Chegou ao ponto de dar-se como escravo no lugar de outra
pessoa.

Este rei não conhecia Jesus nem sabia quais eram seus ensinamentos. Mesmo assim,
agia como se conhecesse seus ensinamentos. Em seu coração, brilhava a estrela de
Belém, a luz de Jesus. Seu coração conhecia Jesus, mesmo que sua mente, sua razão
não soubesse.

Nós conhecemos os ensinamentos de Jesus. Sabemos de sua vontade. Nossa mente,


nossa razão sabe o que Deus quer. Mesmo assim, muitas vezes agimos de modo
mesquinho e egoísta.
Claro, não somos ricos como o rei para poder distribuir diamantes para as pessoas. No
entanto, temos outras jóias a oferecer ao nosso próximo: nossa AMIZADE, nosso
AMOR, nossa SOLIDARIEDADE. É preciso que nós deixemos lugar em nosso coração
para Jesus. A estrela de Belém quer brilhar também em nós, em nosso coração.

Amém.

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