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Josiane Veiga
É proibida a distribuição total ou parcial dessa
obra sem a prévia autorização da autora.
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
A CANÇÃO DE OUTRORA
DEMAIS OBRAS:
A autora
Prólogo
O Deus Negro
Maternidade
Paternidade
O reencontro
O sequestro
Encontro
A verdade
Lis e Joshua
Intriga
Sentimento
A cabine do capitão
Irmãos
Guerra
A herança de Anna
Família.
Masha
Jamais haveria palavras para
descrever o quão aterrorizado ficou
Joshua ao olhar para o leito e perceber a
amargura e o rancor em seu filho.
O SEU FILHO!
Por Bran, Masha e Cashel!,
aquele garoto era fruto do seu amor por
Lis, era um sonho em carne e osso e, na
mesma medida, parecia um pesadelo.
Ele sempre sonhou com uma
família. Elisabeth, ele, e muitos filhos.
Não puderam realizar aquele desejo, e o
único ser que geraram parecia odiá-lo.
— Iwan... — ouviu o som da voz
feminina, emocionada. — Meu amor...
— As lágrimas a embargaram. — Você
acordou, minha vida... — correu até o
leito.
O gemido baixo do ruivo indicava
que ele recebia o abraço da mãe com
alguma leve oposição.
— Eu já disse — ele avisou, alto,
em bom tom, para que não restassem
dúvidas. — Esse homem não te merece,
mãe.
— Ele é seu pai, Iwan...
— Eu nem o conheço —
resmungou.
Joshua permanecia parado diante
da cama. O que poderia dizer? O que
poderia fazer? Estava tão transtornado
que mal ouviu Liam tentando acalmar os
ânimos.
— Não é o momento para esse
tipo de conversa. Iwan ainda está...
— Eu te aceito como irmão — o
ruivo antecipou, o olhar fixo no outro
rapaz do quarto. — Te aceito como
amigo, também. Aceito que chame minha
mãe de sua mãe. Aceito sua presença.
Mas, a desse homem — apontou Joshua.
— Que eu morra agora, se tolerarei
como pai alguém que tentou destruir a
minha mãe.
Era uma punhalada tão forte que
Joshua simplesmente recuou.
— Eu... — murmurou, incerto,
destruído. — Eu voltarei depois...
— Não volte! Não o quero aqui!
— o outro gritou.
— Iwan... — Elisabeth tentou
intervir. — Se acalme e recupere-se
primeiro, meu filho. Depois disso, nós
poderemos conversar com calma.
O outro negou.
— Não é o ferimento na minha
barriga que me tira a lucidez. É sabê-la
amando esse...
— Ele é seu pai! — Elisabeth
repetiu, dessa vez a voz mais alta e mais
firme. — Não o desrespeite!
O rapaz o encarou, ainda mais
afrontado.
— Não falarei o que penso de ti
em respeito a Masha, minha Deusa, que
ordena que os filhos respeitem seus
pais. Assim como Cael sempre respeitou
Iran, mesmo ele não merecendo, terá
minha consideração. Mas, apenas isso
terá de mim.
O homem assentiu, abalado. Pela
movimentação, o ferimento de Iwan
voltou a sangrar, e Elisabeth fê-lo
resvalar novamente contra o travesseiro.
Por fim, tudo se acalmou, e Joshua
decidiu sair do quarto.
Caminhou em passos rápidos
pelos corredores, como se fugisse do
demônio em pessoa.
Nunca pensou que um filho
poderia magoar tanto. Nunca pensou que
as palavras de outro homem pudessem
feri-lo como nada mais o fez.
Nem Hork Clark, nem Anna de
Brace, nem seu irmão, nem mesmo a
mulher que ele amava, Elisabeth, havia
machucado tanto seus sentimentos.
Sentiu, então, um toque no braço.
Voltou-se e encarou Lis.
— Dê um tempo a ele — ela
pediu. — Iwan está nervoso, foram
muitas emoções.
— A sinceridade dele não vem do
nervosismo, e sim é fruto da verdade. O
quanto eu já te feri, Elisabeth? De todas
as formas que um homem pode machucar
uma mulher. E, mesmo assim, ainda me
quer. Por quê?
Ela sorriu, enquanto o puxava
contra si. Beijaram-se.
— Que pergunta tola — murmurou
contra os lábios masculinos. — Não é o
único homem que amei em toda vida,
Josh?
Ele não resistiu àquela doçura.
Segurou a face da esposa com firmeza e
adentrou seus lábios com a língua. Em
segundos, os corpos moldaram-se,
ajustando-se um ao outro. Caso não
estivessem vivendo tantos problemas,
ele não resistiria a levá-la a um canto
escuro e tomá-la ali mesmo.
O fim.
Epílogo – O Recomeço