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COMPARAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE CÁLCULO DE

CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO DA ANSI E DA IEC 909
Material com direitos
autorais IEEE Paper No.
PCIC-91-44

Gene Knight, PE, membro do

IEEE Harry Sieling, PE, membro
do IEEE SKM Systems
Analysis, Inc.
225 S. Sepulveda Blvd., Suite 350
Manhattan Beach, CA 90277
Resumo - Embora os métodos de cálculo de falta da ANSI sejam A norma IEC 909, primeira edição de
1988, foi projetada para determinar um valor a ser comparado com o trabalho do equipamento retirado das
classificações da Verband Deutscher, a norma IEC 909 apresenta um método que se aplica a todas as tensões até
230 kV operando em frequência nominal. Essa norma se aplica a modelos inerentemente mais precisos das correntes
de falta que todas as tensões de até 230 kV operando em fluxo de
frequência nominal. O método IEC exige muito mais (50 ou 60 Hz).
Essa norma é complementada pela modelagem complexa das contribuições de falta do sistema de energia
proposta pelo esboço da norma IEC/TC 73, que fornece mais do que a ANSI exige. Ao entender o cálculo
documentação suplementarpara explicação e diferenças, a diferença nas classificações dos
equipamentos torna-se derivação do fato usado na publicação IEC 909. mais
perspicaz.
suplementares e interpretação desses padrões ANSI.

7NTRODUCT7ON

No mercado mundial emergente, os engenheiros devem estar

familiarizados com as diferenças básicas entre os
procedimentos de cálculo de corrente de curto-circuito do
American National Standards Institute (ANSI) e da
International Electrotechnical Commission-909 (IEC 909).
Com a remoção das barreiras comerciais na Comunidade
Europeia em 1992, a globalização dos fabricantes de
produtos elétricos e a expansão do mercado de engenharia
para novos países em todo o mundo, as empresas de
engenharia capazes de cruzar fronteiras internacionais
ganharão uma vantagem competitiva.

As normas IEC e ANSI para procedimentos de cálculo

de corrente de curto-circuito foram desenvolvidas para
fornecer resultados conservadores para a determinação
da capacidade ou classificação de equipamentos
elétricos. Além disso, a norma IEC 909 fornece
procedimentos para determinar as correntes mínimas
de curto-circuito a serem usadas como base para a
seleção de fusíveis, para a configuração de dispositivos
de proteção e para a verificação do funcionamento dos
motores.
O procedimento da IEC 909 exige uma modelagem
significativamente mais detalhada das contribuições de
curto-circuito do sistema de energia do que a ANSI.
Deve-se mencionar que, embora ambas as normas
forneçam procedimentos detalhados para o cálculo das
correntes de curto-circuito, elas não excluem a
possibilidade de métodos alternativos se esses métodos
alternativos fornecerem pelo menos a mesma precisão. No
entanto, nenhuma das normas identifica especificamente
esses métodos alternativos, o que faz com que o ônus da
prova recaia sobre o engenheiro.
Os padrões ANSI que atualmente se aplicam aos valores
de classificação de equipamentos incluem C37.010 para
sistemas de 1000 volts e acima e C37.13 para sistemas
abaixo de 1000 volts. O padrão ANSI/IEEE 141-1986
(IEEE Red Book) fornece linhas de orientação
As seções a seguir apresentam uma generalização dos
métodos usados por ambos os padrões. As diferenças
filosóficas nos procedimentos de cálculo são
discutidas. Não há aqui nenhuma tentativa de
apresentar o método completo de nenhum dos padrões
nem de fazer julgamentos sobre a correção de nenhum
deles.
CÁLCULOS BASEADOS EM IMPEDÂNCIA ANSI
O método de cálculo de curto-circuito fornecido pelas
normas ANSI é melhor descrito como baseado em
impedância. A interpretação estrita das normas ANSI
exige soluções de rede separadas para (1) a rede de
impedância de baixa tensão, (2) a rede de impedância
momentânea de média e alta tensão e (3) a rede de
impedância de média e alta tensão intempestiva. Cada
uma dessas três redes é diferente. Os parágrafos a
seguir descrevem as diferenças entre as redes de
impedância.
- 229 -
O padrão de baixa tensão exige que todas as máquinas,
incluindo todos os tamanhos de motores de indução,
sejam incluídas como parte da rede de impedância. Para
esse padrão, as impedâncias subtransitórias da máquina
são usadas para todas as máquinas. Para a rede de baixa
tensão, são calculadas as correntes simétricas que podem
ser comparadas com as classificações do equipamento.
Se a relação X/R no local do curto-circuito exceder o valor
de 6,6, os fatores de multiplicação serão aplicados à
classificação simétrica para chegar a um número que
possa ser comparado ao valor testado dos disjuntores de
baixa tensão. Há outros fatores que podem entrar na
comparação direta dos números calculados antes de
serem comparados com o equipamento.
Para a rede de fechamento e travamento (momentânea),
a norma ANSI C37.010 exige o uso de vários fatores de
multiplicação para a reatância subtransiente. Um fator
de 1,2 é usado para motores de indução de 50 a 1.000 hp
a 1.800 rpm ou menos e para motores de indução de 50 a
250 hp a 3.600 rpm.
91-CH3057-7/ 1 /91/0000-022 9 $01.00 & 1991IEEE
rpm. A norma também permite negligenciar todos os
motores abaixo de 50 hp e todos os motores A 1-1/2 Cydes para disjuntor de 2
monofásicos. Usando essas impedâncias para 1.6 ciclos
representar as máquinas, essa rede momentânea é usada B 2 ciclos para disjuntor de 3 ciclos -
C 3 ciclos para disjuntor de 5 ciclos
para calcular o dever de fechamento e travamento para
todos os disjuntores de alta tensão classificados em I I
uma base de corrente simétrica. Esse valor de Calculado
Corrente de decaimento CC
fechamento e travamento é equivalente à corrente de
meio ciclo. O valor é calculado como um valor rms de
uma corrente assimétrica e depende de uma relação X/R 1.3
no local do curto-circuito, que deve ser determinada por
redes R e X reduzidas separadamente. O Red Book
permite que a rede momentânea seja usada para a rede (Breaki ng) g
de baixa tensão, reduzindo assim as complexidades de
cálculo.

A rede de intemperismo para o padrão ANSI C37.010 10

exige o uso de vários fatores de multiplicação para as 0 51 1 .5 2 3 4

redes de resistência e reatância. Um fator de 1,5 é usado Tempo em ciclos

para motores de indução acima de 1.000 hp a 1.800
rpm ou menos e para motores de indução de 50 a 250
hp a 3.600 rpm. Um fator de 3,0 é usado para todos os
outros motores de indução. Um fator de 1,5 também é
usado para todos os motores síncronos. Usando uma rede
com máquinas representadas por essas impedâncias, as
correntes rms são calculadas. As correntes rms
calculadas, juntamente com os valores X/R reduzidos
separadamente, e várias curvas contidas na norma são
usadas para chegar às correntes de intemipação.
Figura 2. Classificações de intemperismo ANSI e IEC.
na norma) para a corrente rms de interrupção calculada.
É interessante observar que, à medida que o tempo de
abertura dos disjuntores aumenta, as normas ANSI
exigem uma classificação de interrupção mais alta para
o disjuntor.

A norma C37.010 recomenda o uso de redes de
resistência e reatância separadas para a determinação das
relações X/R usadas para os cálculos de corrente
momentânea e intempestiva. Essa norma também
fornece algumas regras empíricas para a determinação
da geração local e remota. Os decréscimos CA/CC ou
somente os decréscimos CC são determinados a partir
do status local/remoto dos geradores; a relação X/R é
calculada pelas técnicas de redução de rede separadas.
Para todos os momentos, os multiplicadores de
impedância para as máquinas de indução e síncronas
permanecem fixos para os cálculos da taxa de
intemperismo. Presume-se que esse equipamento tenha
o mesmo cálculo de impedância para disjuntores que
abrem em dois ciclos ou em algum outro valor
atrasado.
A Figura 1 ilustra um sistema de energia simplificado
com uma fonte de energia remota. Nesse circuito,
supõe-se que haja apenas um fator de corrente de
decaimento CC.
A Figura 2 ilustra as classificações de interrupção ANSI
para o circuito da Figura 1 em um X/R constante = 30. Os
fatores de multiplicação são 1,097, 1,150, 1,135 e 1,185
para disjuntores de 2, 3, 5 e 8 ciclos extraídos da ANSI
C37.010-1979, Figura 10, página 36 e Figura 104, página
307 do Padrão IEEE 141-1986. A figura também ilustra o
decaimento de CC calculado usando técnicas clássicas.

ÔNIBUS 1
II

Contribuição da
concessionária 100
MVA, X/R=30
///

Figura 1. Sistema de energia simplificado.

Depois de modificar os valores de impedância de ,

contribuição para simular as redes equivalentes , 1i
momentâneas e de interrupção, a ANSI calcula uma ,
corrente rms. Esse valor de corrente é então usado para
calcular as classificações momentâneas e de mg 10
interrupção do equipamento.
'¥M,N E€IofDCD -o'oNr[seb3.2(2]
As classificações de interrupção ANSI merecem uma
análise mais detalhada. A classificação de interrupção real
do equipamento é determinada por
aplicando fatores de multiplicação (extraídos de gráficos Figura 3. Curvas de decréscimo ANSI.
apresentados
- 230
Os gráficos mostrados na Figura 3 foram extraídos da
'"kG-ml
norma ANSI/IEEE C37.010-1979, página 36. Eles são
reproduzidos aqui para demonstrar os fatores de
interrupção ilustrados na Figura 2.

Podemos generalizar a metodologia da solução

observando que são usadas três redes de impedância
diferentes: (1) a de baixa tensão, (2) a de fechamento e
travamento, e
(3) a interrupção. Além disso, é importante observar que
essas redes de impedância são usadas para obter as
correntes totais no local do curto-circuito; essas correntes
totais são então modificadas em uma base global para
obter as correntes de curto-circuito que fluem em vários
momentos. Esta norma não tenta modelar o pré-
carregamento dos geradores nem modelar em detalhes as Figura 4. A IEC 909 exige o cálculo do fluxo de corrente de
taxas de decaimento variáveis de cada motor e gerador cada fonte.
individual.

correntes de interrupção. Os motores são representados

CÁLCULOS BASEADOS EM CORRENTE IEC por impedâncias fixas, conforme descrito anteriormente.
Para geradores, a ANSI estabelece que, se o local do
Para cada local de curto-circuito na rede, a norma IEC 909 curto-circuito estiver a mais de dois transformadores de
calcula uma corrente rms simétrica inicial total de curto- distância, ou se a reatância de transferência entre o
circuito (I "k), bem como a corrente rms simétrica inicial gerador e o local do curto-circuito for maior que 1,5 vez a
de curto-circuito em uma máquina síncrona (/"kG) em reatância subtransiente do gerador, a geração será
cada fonte contribuinte, conforme ilustrado na Figura 4. A considerada remota. Caso contrário, a geração é
rede inclui todas as fontes contribuintes. Essas correntes I considerada local.
"kG são importantes porque formam a base para
determinar (1) a corrente de curto-circuito de pico A norma fornece curvas de decréscimo CA/CC e curvas
instantânea (Îp), (2) o componente CC decrescente de decréscimo somente CC para determinar os fatores
(aperiódico) da corrente de curto-circuito (iDC). (3) a multiplicadores que são aplicados em uma base global à
corrente simétrica de curto-circuito corrente total de curto-circuito. A opção de usar o fator de
corrente rms de interrupção do circuito (Ib). (4) A corrente redução CA/CC ou somente o fator de redução CC é
assimétrica determinada pelo fato de as contribuições da fonte serem
corrente rms de interrupção de curto-circuito ( b asym.) e predominantemente locais ou remotas. Artigos recentes
(5) a corrente rms de curto-circuito em estado estacionário do IEEE sugerem que a relação entre as contribuições
simétrico (Ok) para cada fonte contribuinte. A Figura 2 remotas e as contribuições totais (relação NACD) seja
ilustra as correntes de interrupção para o circuito da usada para inteipolar entre as curvas de decremento
Figura 1. somente CC e as curvas de decremento CA/CC para
determinar um fator mais preciso.
O procedimento da IEC 909 exige o cálculo do
componente da fonte contribuinte da corrente de curto- A IEC 909 examina a magnitude das correntes I "kG que
circuito para cada uma das correntes descritas acima e, em fluem de cada fonte individual contribuinte para o local do
seguida, o uso desses componentes para derivar os totais curto-circuito. Para calcular as correntes de interrupção,
do local do curto-circuito. Para aplicar o equipamento, é os motores são considerados próximos se a soma das
necessário saber como essas correntes se distribuem pela correntes I "kG de todos os motores exceder cinco por
rede. Portanto, é necessário rastrear as correntes de cada cento do total de I "k dos motores. Caso contrário, todos
fonte contribuinte em toda a rede até o local do curto- os motores serão considerados distantes. Os motores
circuito, conforme ilustrado na Figura. 4. Cada uma dessas assíncronos cujos terminais estão em curto-circuito são
correntes de fonte contribuinte individual é uma função tratados como um caso especial. As máquinas síncronas
das características da máquina, da relação R/X que cada são consideradas próximas se sua corrente I "kG for maior
fonte contribuinte vê para o local do curto-circuito, do que duas vezes a
corrente nominal. Caso contrário, as
tempo mínimo de liberação para a operação do disjuntor,
máquinas síncronas são consideradas distantes.
da corrente de curto-circuito simétrica inicial, do tipo de
excitação, do fato de as contribuições fluírem por uma Cada motor ou gerador é tratado individualmente para a
rede com ou sem malha e de a contribuição estar próxima aplicação de fatores de decaimento. Para máquinas
ou distante do local do curto-circuito. Os procedimentos síncronas, esses fatores são uma função dos tempos
da IEC 909 tratam cada um dos fatores acima de forma mínimos de liberação do disjuntor e da relação entre a
diferente para cada fonte de contribuição.
contribuição da corrente de curto-circuito da máquina (I
"G) e a corrente nominal da máquina. Para lidar com as
taxas de decaimento mais rápidas das máquinas
ANSI LOCALfREMOTE VS. IEC 909 NEA RIFAR assíncronas, é usado um fator de decaimento adicional
que é uma função da potência ativa nominal da máquina
A ANSI não faz nenhuma tentativa de considerar a por par de polos.
distância dos motores de indução e síncronos durante o
cálculo de
- 231
 DADOS DO CONTRfB UT7ON EX-MODELOS TRANS

A partir da discussão acima, fica evidente que os
procedimentos de cálculo de cada norma exigem a
classificação das contribuições das fontes em diferentes
categorias. Essas categorias incluem motores de indução
ou assíncronos, motores síncronos, geradores ou geradores
síncronos e alimentadores de rede ou de serviços públicos.
Os dados necessários para representar esses tipos de
contribuição variam ligeiramente entre as normas ANSI e
IEC 909. Algumas dessas diferenças são brevemente
observadas abaixo.
Para motores assíncronos, a ANSI exige informações
sobre a classificação de rpm e hp para determinar os
fatores de multiplicação da reatância subtransiente. A IEC
909 exige informações sobre a potência real nominal por
par de polos para determinar as taxas de decaimento.
Para máquinas síncronas, a IEC 909 exige informações
adicionais sobre o fator de potência nominal para calcular
o fator de correção para máquinas síncronas (fator kG)
usado para levar em conta as condições de carga inicial da
máquina. A IEC 909 também exige informações
adicionais sobre o tipo de excitação e o treciprocal Xdsat
da relação de curto-circuito) para calcular a corrente de
estado estável IkG A norma IEC 909 define um tipo de
contribuição adicional não encontrado diretamente na
norma ANSI. A unidade da estação de energia (PSU)
consiste em um gerador e um transformador tratados como
uma única entidade. O padrão IEC 909 contém
procedimentos separados para cálculos de curto-circuito,
dependendo se o local do curto-circuito está entre o
gerador e o transformador ou se o local do curto-circuito
está no lado da carga do transformador.
A norma IEC 909 contém procedimentos para modelar
transformadores cujas tensões nominais primária e
secundária podem não ser as mesmas dos níveis de tensão
do sistema. Esses procedimentos são abordados com
relação à modelagem de unidades de centrais elétricas e
são expandidos pelos exemplos contidos no Apêndice A
(Norma IEC 909, página 109). Cada transformador (18 no
total) nesses exemplos contém tensões nominais diferentes
dos níveis de tensão do sistema. Ou seja, a relação
nominal de voltas do transformador é diferente da relação
dos níveis de tensão do sistema. A intenção da norma IEC
909 de modelar essa condição é óbvia, mas ela não aborda
o problema geral de encontrar transformadores com
relações de espiras desiguais em qualquer lugar do sistema
e não apenas em locais de alimentação radial. Esse
problema é ainda mais complicado pelos procedimentos
atuais da norma IEC 909, independentemente de a solução
ser realizada usando quantidades ôhmicas ou por unidade.
O padrão ANSI não discute especificamente a solução da
rede, deixando que o engenheiro resolva esses problemas.
TENSÕES PRÉ-FALHA
Normalmente, os cálculos de falha do padrão ANSI são
realizados em uma tensão nominal de 1,0 por unidade. Se
as tensões operacionais reais forem menores ou maiores
do que a tensão máxima nominal de um disjuntor, a
corrente de curto-circuito nominal do disjuntor poderá ser
ajustada dentro da faixa do fator de correção para
impedâncias (fator K).

Atual

Envelope
superior
Componente de decaimento
oc
(aperiódico)

Tem
po

Envelope inferior

Ik - corrente inicial simétrica de curto-

circuito ip=corrente de pico de curto-
circuito
!k = corrente de curto-circuito em estado estacionário
'oc - componente decrescente (aperiódico) da corrente de curto-
circuito A =valor inicial do componente aperiódico
i oc

Figura S. Corrente de curto-circuito de um curto-circuito próximo ao gerador (diagrama esquemático).

- 232 -
O padrão IEC 909 exige o uso de um fator de tensão
(c) (Norma IEC 909, Tabela 1, página 27). Essa tabela
especifica dois conjuntos de fatores de tensão que variam
de acordo com os níveis de tensão. Um conjunto de
fatores é usado para determinar as correntes máximas de
curto-circuito e o outro conjunto de fatores de tensão é
usado para determinar as correntes mínimas de curto-
circuito. O uso desses fatores leva em conta as condições
de tensão pré-falta do pior caso, os efeitos de taps de
transformadores fora do nominal e os efeitos de todas as
capacitâncias de linha e admitâncias paralelas de cargas
não rotativas, exceto as do sistema de sequência zero.
Esses fatores de tensão são usados para determinar uma
fonte de tensão equivalente no local do curto-circuito, de
modo que a corrente de curto-circuito simétrica inicial
possa ser calculada. Um conjunto padrão de fatores de
tensão aparece na Norma IEC (Norma IEC 909, Tabela 1,
página 113) e pode ser usado em países que ainda não
padronizaram um conjunto de fatores de tensão.
são simplesmente adicionadas (escalar ou vetorialmente)
para determinar a corrente total de curto-circuito. Para
contribuições que fluem através de redes em malha, as
normas permitem três métodos diferentes de cálculo
correcional.
Método A: Se houver uma relação R/X uniforme, use o
fator retirado de uma figura padrão (IEC 909 Figura 8,
página 47) usando a menor relação de R/X de todos os
ramos da rede. Aqui só é necessário escolher os ramos
que, juntos, transportam 80% da corrente na tensão
nominal correspondente ao local do curto-circuito.
Qualquer ramo pode ser uma combinação em série de
vários elementos.
Método B: Determine um fator de multiplicação a partir
da mesma Figura 8 da IEC (usada no Método A) com
base no R/X no local do curto-circuito e, em seguida,
multiplique esse valor por 1,15 por motivos de segurança.

Método C: Calcule uma rede de frequência equivalente

CONFIGURAÇÕES DE REDE
A ANSI não faz referência direta às diferenças de cálculo
entre sistemas radiais e de loop. Essa norma afirma que o
uso de redes R e X separadas usadas para calcular a
relação X/R tende a corrigir várias constantes de tempo e
taxas de decaimento associadas devido às correntes de
curto-circuito que passam por vários caminhos até o local
do curto-circuito.
As normas IEC fazem um grande esforço para distinguir
entre correntes de curto-circuito que fluem por redes com
malha e sem malha. Quando as contribuições são
fornecidas somente por meio de uma rede sem malha, a
para determinar o fator de multiplicação. Para um sistema
de 60 Hz, resolva uma nova rede de impedância completa
em uma frequência de 24 ciclos e, em seguida, várias
razões complexas devem ser obtidas.
Esses métodos de correção são usados para determinar a
corrente de pico de curto-circuito, bem como a corrente
aperiódica CC. O fator de multiplicação da corrente de
pico pode ser determinado a partir do gráfico IEC ou da
equação:
Fator de corrente de pico = 1,02 + 0,98 e-3
em que R/X = a relação

resistência/reatância.
COMPARAÇÃO
TABELA 1
RESULTADOS CALCULADOS

ANSIE/Z ANSI ANSIE/Z IEC IEC mC IEC

Ônibus ANSI Momenuuy Interrompendo ip I "k b b
Momentâneo 5 assimét
rico
Não. kV X/fi rmskA kArating CycleBkrkA kA
1 138.11 14.6 4.346 6.584 4.279 11.434 4.449 4.449 4.487
2 138.0£1 8.5 3.341 4.667 3.291 9.242 3.494 3.494 3.505
3 138.IU 10.2 3.325 4.787 3.269 9.389 3.481 3.450 3.463
4 13.80 21.6 14.268 22.504 14.393 44.472 15.813 15.396 15.908
5 13.80 27.6 15.001 24.105 15.448 46.906 16.726 16.301 16.929
6 13.80 33.4 14.058 22.884 15.359 44.021 15.593 15.214 15.738
7 2.40 61.1 20.066 33.552 24.697 62.563 22.515 21.222 24.010
8 13.80 19.1 14.127 22.032 14.036 44.012 15.657 15.244 15.689
9 13.80 23.6 14.846 23.560 14.868 46.401 16.552 16.130 16.674
10 2.40 78.0 17.416 29.320 21.474 54.382 19.721 19.091 21.670
11 13.80 36.2 14.886 24.333 16.214 46.460 16.608 16.186 16.815
12 2.40 19.0 19.173 29.796 18.625 59.911 21.513 20.260 20.806
13 13.80 55.3 16.489 27.507 19.704 53.311 19.030 18.741 20.509
14 .48 na na 61.328 na 124.888 45.788 43.731 43.783
15 .48 na na 61.327 na 124.712 45.789 43.731 43.783
16 2.40 9.2 18.665 26.292 17.515 58.036 20.938 19.712 19.769
17 13.80 81.7 12.688 21.423 15.860 42.568 15.239 15.027 17.594
18 .48 na na 31.010 na 58.033 23.245 22.421 22.437
19 13.80 80.8 10.822 18.267 13.533 37.182 13.313 13.188 15.391
20 .48 na na 28.708 na 53.366 21.240 20.393 20.418
- 233
 DIAGRAMA DE IMPEDÂNCIA DE "0.009+j0.110
UMA LINHA DE SEQUÊNCIA
POSITIVA DE 20 13,8 kV UTILIDA
BARRAMENTOS DE
0.017+j0.032 0.014+j0.034
NÚMERO DO BARRAMENTO 13,8 kV 13,8 kV
DO COMPUTADOR POR VALORES
UNITÁRIOS LINHA 1
MOSTRADO NA BASE DE 100 MVA LINHA
2
0.013+j0.339 0.012+j0.328
13,8 kV BUS 1 BUS 2 13,8 kV

0.011+j0.01 4 0.007+j1.028 0.002+j0.003 0.002+j0.003 0,0os+¡1 .320 0.005+j0.008

13,8 kV 2,4 kV 13,8 kV % 13,8 kV 2,4 kV 13,8 kV

0.050+
j0.060
IND IND SY IND 0.650+j5.750 IND IND IND
0 710+j5 820
7.299+j45.700 2.699+ 2.200+j36.000 1.300+j18.100 1.300+j16.200 0.600+j8.200 0.320+j6.200
j45.000
2,4 kV 480V 480V

0.001 +j0.001
0.006+j0.620 0.080+j0.030 0.008+j0.820
GEN IND GEN
P1
8.500+j81.000 .100+j58.000 6.000+j42.000
2,4 kV
13,8 kV 13,8 kV
0 660+j5.600 0.670+j6.200 0.005+
Q0.410
0.006+ 4g0V 480V
j0.420 IND SY
IND IND
11.400+ 4.300+
4.300+ j109.000 j38.200 8.000+
j38.200 IND IND j61.000
0.004+j0-380 8.699+j63.000 4.699+j39.100 0.005+j0.430
13,8 kV
Figura 6. Diagrama de uma linha para cálculos de curto-
circuito.
 DADOS CALCULADOS
A ANSI C37.010 calcula uma corrente simétrica rms para a
rede momentânea e afirma que, se essa corrente estiver
abaixo da classificação rms do disjuntor e a relação X/R
for menor que 15, não serão necessários cálculos adicionais.
Se a relação X/R for maior que 15, será necessário
calcular a corrente momentânea rms (fechamento e
travamento) usando a regra simplificada da ANSI de 1,6
vezes a corrente simétrica rms com base na rede de
impedância momentânea. Opcionalmente, a norma
permite um cálculo mais preciso com base no valor X/R
calculado no local do curto-circuito.
A ANSI calcula um valor de corrente assimétrica rms
para a rede de interrupção e usa esse valor com um fator
de multiplicação para chegar a uma taxa de interrupção
que é uma função do tempo de abertura do disjuntor.
Os fatores de multiplicação para a taxa de interrupção
são determinados a partir de gráficos na norma. O
gráfico escolhido depende do status local/remoto das
contribuições para o local do curto-circuito.
O padrão IEC 909 calcula as correntes de falta
mínimas e máximas para o seguinte:
1. Corrente de curto-circuito simétrica inicial (I "k)
2. Corrente de pico de curto-circuito (ip)
3. Corrente de curto-circuito D.C. (aperiódica) (inc)
4. Corrente simétrica de interrupção de curto-circuito
(Ib)
5. Corrente de curto-circuito em estado estacionário
(Ik)
6. Corrente assimétrica de interrupção de curto-
circuito (Nb )asym.
A Figura 5 mostra graficamente esses componentes da
corrente de curto-circuito.
COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DE
CÁLCULOS
Para um sistema típico mostrado na Figura 6, a Tabela 1
ilustra os resultados dos cálculos feitos pelas normas ANSI
e IEC. A Tabela 1 ilustra os resultados calculados usando os
dois padrões para o mesmo problema.
A Figura 6 é um projeto típico de sistema de energia que
foi usado como um problema de teste para avaliação e
comparação de programas de software ANSI. Esse
problema de teste é usado aqui para comparar os
resultados ANSI com os resultados IEC.
CONCLUSÕES
As seções anteriores descreveram diferenças conceituais
importantes entre a ANSI e a IEC. Enquanto a ANSI
simplesmente aplica fatores de multiplicação às
impedâncias da máquina para levar em conta seu
decaimento CA no sistema de energia, a IEC calcula a
corrente inicial de cada máquina para o local do curto-
circuito e, em seguida, calcula o decaimento
separadamente para cada contribuição com base nessas
condições iniciais. Além disso, a ANSI não faz distinção
clara
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entre contribuições de rede radial e de loop, enquanto a
IEC o faz. A ANSI modela os geradores como locais
ou remotos, dependendo da diferença de impedância
entre o local do curto-circuito e o gerador; a IEC
considera que tanto os motores quanto os geradores estão
sujeitos a diferenças de cálculo próximas/distantes.
REFERÊNCIA
S
[1] IEEE Application Guide for AC-High Voltage Circuit
Breakers Rated on a Symmerricof Current Basis,
ANSI/IEEE Std. C37.010-1979.
[2] IEEE Recommended Practice for Electric Power
Distribution for Industrial Plants (Red Book),
ANSI/IEEE Std. 141-1986.
t3] IEEE Guide for Calculation of Fault Currents for
Af'plication of AC High-Voltage Circuit. Breakers
Rated on a Total Current Basis, ANSI/IEEE Std.
C37.5-1979,
[4] Hartman, Craig N. "Understanding Asymmetry"
(Entendendo a assimetria), IEEE Trans. Ind.
Appl., vol IA-21, no. 4. pp. 267- 273,
julho/agosto de 1985.
[5] Huening, Walter C. Jr., "Fault Calculations",
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Practice for Electric Power Distribution for Industrial
Plants.
[6] Huening, Walter C. Jr. "Interpretation of New
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Breaker Applications". IEEE Trans. Ind. and Gen.
Appl., vol. IGA-5, no. 5, set./out. 1969.
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Norma Internacional: Short-Circuit Current
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Primeira edição, 1988.
[8] Roennspiess, Olaf E. e Efthymiadis A. E., "A
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Analysis Procedures", IEEE Trans. Ind. Appl., vol.
26, no. 3, maio/junho de 1990, pp. 463-475.
[9] St. Pierre, Conrad R., "Sample System for Three-
Phase Short Circuit Calculations" (Sistema de
amostragem para cálculos de curto-circuito
trifásico), IEEE Trans. Ind. Appl., vol. 26, no. 2, pp.
204-211, março/abril de 1990.