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EIA

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Projeto APOLO UMIDADE NATURAL

VOLUME 1

INFORMAÇÕES GERAIS
ESTUDO DE ALTERNATIVAS
ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS
COLOCALIZADOS
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

ANEXOS

AGOSTO 2021
SUMÁRIO

ANEXO I – PLANO DIRETOR IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO


ANEXO II – PLANTAS, CORTES E DETALHES DO PROJETO DE ENGENHARIA
ANEXO III – ARRANJOS INFRAESTRUTURA DE APOIO
ANEXO IV – PROJETOS PILHAS DE DEPOSIÇÃO DE ESTÉRIL
ANEXO V – PROJETOS SISTEMA DE CONTROLE DE SEDIMENTOS (DIQUES E SUMPS), ESTUDO
HIDROSSEDIMENTOLÓGICO E DE RUPTURA HIPOTÉTICA DOS DIQUES
ANEXO VI – PLANTAS, CORTES E DETALHES DO PROJETO DE ENGENHARIA - RAMAL FERROVIÁRIO
ANEXO VII – LAVRA CONTROLADA PARA CAVIDADES
ANEXO VIII – SISTEMA DE COMBATE À INCÊNDIO

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


ANEXO I – PLANO DIRETOR IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


APOL_0001
APOL_0006
APOL_0009
APOL_0038
APOL_0020
APOL_0017
APOL_0001
APOL_0006
APOL_0009
APOL_0038
CAVA
APOL_0020
APOL_0017
APOL_0022
ANEXO II – PLANTAS, CORTES E DETALHES DO PROJETO DE
ENGENHARIA

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


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CLASSIFICAÇÃO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE

ESCALA N° SNC-LAVALIN N° VALE REVISÃO


(A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO
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CLASSIFICAÇÃO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE

ESCALA N° SNC-LAVALIN N° VALE REVISÃO


(A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO
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ELEMENTOS
VERTICAIS

ESTACAS

CLASSIFICAÇÃO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE

ESCALA N° SNC-LAVALIN N° VALE REVISÃO


(A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(B) PARA APROVAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO
LTM1100-4.2
LTM1100-4.2
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LTM1100-4.2
LTM1100-4.2

CLASSIFICAÇÃO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE
2 C APROVADO PELA VALE - REVISADO ONDE INDICADO AZH BSP DSS DSS INA

ESCALA N° SNC-LAVALIN N° VALE REVISÃO


(A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO
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LTM1100-4.2

LTM1100-4.2
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26/12/19
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ANEXO III – ARRANJOS INFRAESTRUTURA DE APOIO

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


³ ³

³
³

³
³
³

³
³
OUTROS PAPEL/PAPELÃO PLÁSTICO
APOL-20

APOL-17

APOL-22

P4
AP-09

AP-47

AP-38

LTM1100-4.2
APOL-1

LTM1100-4.2
LTM1100-4.2

LTM1100-4.2
LIEBHERR-LTM 1160

LIEBHERR-LTM 1160
LIEBHERR-LTM 1160

LIEBHERR-LTM 1160

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CLASSIFICAÇÃO

INTERNO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE

A B EMISSÃO INICIAL AF PS LF LF OM 20/09/19

ESCALA N° CONTRATADA N° VALE REVISÃO


(A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO
ANEXO IV – PROJETOS PILHAS DE DEPOSIÇÃO DE ESTÉRIL

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


AP-09

AP-47

AP-38
CLASSIFICAÇÃO

RESTRITO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE

0 C APROVADO VE PS LF GA OM 23/09/19

A B EMISSÃO INICIAL VE PS LF GA OM 18/07/2019

ESCALA N° CONTRATADA N° VALE REVISÃO


(A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO

PE-G-601 - Rev 6 (A1)


RESTRITO
CLASSIFICAÇÃO

INTERNO

PROJETO N° DO PROJETO N° DA SE

A B EMISSÃO INICIAL AF PS LF LF OM

ESCALA N° CONTRATADA N° VALE REVISÃO

PE-G-601 - Rev 6 (A1)


RESTRITO
ANEXO V – PROJETOS SISTEMA DE CONTROLE DE SEDIMENTOS
(DIQUES E SUMPS), ESTUDO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO E DE
RUPTURA HIPOTÉTICA DOS DIQUES

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 1/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data


CM/JD/
A B EMISSÃO INICIAL OM OM 31/01/18
MA
CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 2/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX SUMÁRIO

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 INTRODUÇÃO 3
2.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
3.0 ESTUDOS HIDROLÓGICOS E HIDRÁULICOS 4
CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA 5
CHUVAS DE PROJETO 8
PILHAS DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL 11
SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL DA CAVA 20
DRENAGEM DA MATA PRIMÁRIA 34
DIQUES 36
CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 3/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

1.0
XXX INTRODUÇÃO

A DF + Engenharia Geotecnia e Recursos Hídricos Ltda. foi contratada pela VALE S.A., para
elaboração da “Elaboração de Estudos Conceituais de Pilhas de Disposição de Estéril, Dique
de Contenção de Sedimentos e Sistema de Drenagem Superficial da Cava da Mina Apolo para
Definição da ADA”. O escopo deste trabalho consiste em:

 Marco 01: Estudo de Arranjo Locacional;


 Marco 02: Elaboração das Estruturas de Disposição de Estéril;
 Marco 03: Elaboração das Estruturas de Controle de Sedimentos;
 Marco 05: Descomissionamento das Estruturas de Disposição de Estéril;
 Marco 06: Drenagem Superficial da Cava;
 Marco 07: Relatório Técnico

O presente documento refere-se ao Marco 07 – Relatório Técnico, o qual apresenta os estudos


desenvolvidos nos Marcos 01, 02, 03 ,05 e 06 supracitados.

O Projeto Apolo consiste em um projeto de extração de minério de ferro com beneficiamento


por via seca, localizado nos municípios de Santa Bárbara e Caeté. Durante os 29 anos de
operação do Projeto Apolo, previstos entre 2025 e 2053, os materiais estéreis a serem gerados
somam aproximadamente 444,25 milhões de toneladas, correspondendo a 233,82 milhões de
metros cúbicos, considerando a densidade aparente média final após consolidação da pilha
de 1,9t/m³.

2.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

A base de dados utilizada no desenvolvimento deste estudo foi obtida a partir dos seguintes
documentos:

 GEOESTRUTURAL - CONSULTORIA E PROJETOS. 2009. Projeto Conceitual/Básico


de Sistema de Disposição de Estéril - Relatório técnico: RT-1011MA-X-014. Belo
Horizonte, Brasil.
 WALM - ENGENHARIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL. 2016. Projeto Básico Pilha de
Estéril PDE-A - Relatório técnico: RL-1040MA-X-01957. Belo Horizonte, Brasil.
 VALE.2017. Projeto Apolo - Plano Diretor – Arranjo Geral: 0000MA-L-00903-Rev_01.
Belo Horizonte, Brasil.
 GEOESTÁVEL - CONSULTORIA E PROJETOS. 2012. Projeto Conceitual - Pilha de
Estéril - Relatório Técnico: SDTVAC0003-02-1-EG-RET-0002. Belo Horizonte, Brasil.
143 p.
CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 4/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A


XXX GEOESTÁVEL - CONSULTORIA E PROJETOS. 2014. Projeto Conceitual - Dique de
Contenção de Finos – Mapa Geológico-Geomecânico: GSTVAL0044-01-1-GE-DES-
0001. Belo Horizonte, Brasil.
 GEOESTRUTURAL - CONSULTORIA E PROJETOS. 2009. Projeto Conceitual/Básico
de Sistema de Disposição de Estéril - Mapa Geológico-Geotécnico de Superfície. Belo
Horizonte, Brasil.
 GEOESTRUTURAL - CONSULTORIA E PROJETOS. 2009. Projeto Conceitual/Básico
de Sistema de Disposição de Estéril - Mina Apolo - Relatório: RT-GEOT-020-08-007-
01. Belo Horizonte, Brasil. 99 p.
 WALM - ENGENHARIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL. 2016. Projeto Conceitual -
PDE-A e Dique de Finos - Mapa Geólogico-Geotécnico: WBH28-16-VALE-DWG-0001.
Belo Horizonte, Brasil.
 WALM - ENGENHARIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL. 2016. Relatório
Técnico: WBH28-16-VALE-RTE-0005_REV_0. Belo Horizonte, Brasil. 35 p.
 VALE - Arranjo Geral dos cenários da Cava Apolo, 2017. Arquivo:
Apolo_Sequenciamento_171220.dwg.

3.0 ESTUDOS HIDROLÓGICOS E HIDRÁULICOS

Os estudos hidrológicos foram elaborados com a finalidade de fornecer subsídios para o


dimensionamento das estruturas hidráulicas previstas para Mina Apolo, sendo compostas por:
 Sistema de drenagem superficial das pilhas (PDE A e PDE B);
 Sistema de drenagem interna das pilhas (PDE A e PDE B);
 Sistema de drenagem superficial da cava (cenário 1º e 29º);
 Estudo hidrosedimentologicos para os diques de contenção de sedimentos
(1A, 2A, 2B e 3);
 Sistema extravasor dos diques;
 Sistemas de desvio para construção dos diques.

Face à inexistência de monitoramento fluviométrico da bacia de interesse, o cálculo das


vazões de projeto foi realizado por meio de métodos indiretos, a partir da transformação da
chuva em vazão. Em virtude da magnitude da área de contribuição, as vazões de projeto foram
determinadas segundo o Método do Hidrograma Unitário (área de contribuição superior a 1,0
km²) e o Método Racional (área de contribuição inferior a 1,0 km²).

Basicamente, a metodologia adotada nos estudos hidrológicos pode ser resumida na seguinte
sequência:

 Definição dos arranjos e alinhamento das estruturas hidráulicas das pilhas,


cava e diques;
CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 5/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX  Definição das características físicas e parâmetros das bacias de contribuição,


tais como, áreas de drenagem, características do terreno e tempos de
concentração;
 Definição das vazões de projeto para dimensionamento das estruturas de
drenagem superficial das pilhas e cava;
 Definição das vazões de projeto para dimensionamento da drenagem interna
das pilhas;
 Cálculo das vazões de projeto utilizadas no dimensionamento das estruturas
hidráulicas previstas na implantação dos diques de contenção de rejeitos.

CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA

Para a caracterização climática da região do Projeto Apolo, uma vez que não existe
monitoramento de precipitação, evaporação, temperatura, umidade relativa do ar e pressão
atmosférica na área de interesse e nem em área contígua, assumiu-se, dentre as estações
climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a estação de Belo Horizonte
(MG), código 83587, como a mais representativa para a região devido a sua proximidade e
por possuir séries de dados sem falhas. Destaca-se que para presenta avaliação foram
utilizados dados médios mensais abrangendo o período de 1961 a 1990.

A Figura 3.1 a Figura 3.5, a seguir, apresentam as médias mensais dessas referidas variáveis,
determinadas a partir do registro histórico da estação supracitada.

350,0

300,0 292
274

250,0 242

206
200,0
Chuva (mm)

150,0 142 143

100,0

55,8
50,0 39,2
28,8
11,5 15,3 14,8
0,0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Figura 3.1 - Médias mensais de precipitação.


CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 6/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX

Figura 3.2 - Médias mensais de evaporação.

Figura 3.3 - Médias mensais de temperatura.


CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 7/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX

Figura 3.4 - Médias mensais de umidade relativa do ar.

Figura 3.5 - Médias mensais de pressão.

Em linhas gerais, pode-se concluir que:


CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
INTERNO S-1794

ESTUDO Nº VALE PÁGINA


GERAL RL-1000MA-X-46267 8/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX  O ano hidrológico acontece normalmente de outubro de um ano a setembro


do ano subsequente, estando o período chuvoso concentrado entre os meses
de outubro a março, incluindo esses dois meses. Dessa forma, o período de
estiagem se concentra de abril a setembro.
 Os meses de novembro a janeiro apresentam os índices pluviométricos
médios mais elevados.
 O trimestre mais chuvoso abrange os meses de novembro a janeiro, com um
índice pluviométrico médio de 808 mm.
 O trimestre menos chuvoso abrange os meses de junho a agosto, com um
índice pluviométrico médio de 41,6 mm.
 A pluviosidade média anual está em torno de 1.464 mm.
 Os meses com maiores índices evaporimétricos, agosto a outubro, antecedem
o trimestre mais chuvoso e o período com as maiores umidades relativas do
ar.
 Os seis meses com temperaturas mais elevadas variam de outubro a março,
coincidindo com o período chuvoso, enquanto aqueles com temperaturas
mais amenas variam de abril a setembro, período de estiagem. Isso reforça a
caracterização do macro-clima enquanto tropical de altitude, com chuvas no
verão e seca no inverno.
 As normais de temperatura apontam uma média anual de 20,7°C, ocorrendo
temperaturas mais baixas nos meses de maio a agosto e temperaturas mais
altas nos meses de setembro a março;
 A pressão não sofre grandes variações durante o ano e apresenta valor médio
anual de 918 hPa.

CHUVAS DE PROJETO

Estudo de chuvas intensas

Para definição das chuvas de projeto, foi utilizada a chuva de projeto da Mina Apolo definida
e apresentada na publicação “Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e
Hidráulicos em Obras de Mineração” (PINHEIRO, 2011). Na Tabela 3.1 são apresentadas as
chuvas de projeto utilizadas para o desenvolvimento deste estudo.

Tabela 3.1 - Quantis de altura de chuva (mm) – Período Chuvoso


Altura Pluviométrica PT,d (mm) MINA APOLO

Tempo de Retorno (anos)


Duração
2 5 10 20 25 50 100 200 500 1.000 10.000 PMP
6 min 9,67 12,3 14,0 15,7 16,2 17,8 17,4 18,8 20,7 22,1 26,9 32,1
10 min 15,7 19,8 22,5 25,0 25,8 28,3 29,0 31,3 34.2 36,3 43,4 51,8
15 min 20,4 25,7 29,2 32,4 33,4 36,5 38,3 41,2 44,9 47,6 56,6 67,5
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XXX Altura Pluviométrica PT,d (mm) MINA APOLO

Tempo de Retorno (anos)


Duração
2 5 10 20 25 50 100 200 500 1.000 10.000 PMP
20 min 23,8 30,0 33,9 37,6 38,8 42,4 44,9 48,2 52,5 55,7 65,9 78,6
30 min 28,6 35,9 40,6 45,0 46,5 50,7 54,1 58,1 63,2 66,9 79,1 94,4
1 hora 36,7 46,1 52,1 57,7 59,5 64,8 70,0 75,1 81,6 86,3 102 122
2 horas 47,5 60,0 68,0 75,6 78,1 85,4 92,6 99,7 109 116 138 165
3 horas 53,9 68,1 77,3 86,1 88,9 97,4 106 114 125 133 159 190
4 horas 58,4 73,8 84,0 93,6 96,7 106 115 124 136 145 174 208
6 horas 64,7 82,0 93,3 104 108 118 128 139 152 162 196 234
8 horas 69,2 87,7 99,9 112 115 127 138 149 164 175 211 252
10 horas 72,7 92,2 105 117 121 133 145 157 172 184 223 266
12 horas 75,5 95,8 109 122 126 139 151 163 180 192 232 277
18 horas 81,9 104 119 133 137 151 164 178 196 209 253 302
24 horas 86,4 110 125 140 145 159 174 188 207 221 269 321
2 dias 110 141 162 181 188 207 226 245 270 289 351 389
3 dias 135 173 197 221 229 252 275 298 328 351 428 452
5 dias 174 222 253 283 293 322 352 381 419 449 545 579
7 dias 206 262 298 334 345 380 414 448 493 527 641 784
10 dias 246 311 354 396 409 449 489 530 582 622 755 871
15 dias 300 381 435 487 503 553 604 653 719 769 934 990
20 dias 347 438 499 558 576 633 690 746 821 877 1064 1.213
30 dias 424 533 604 673 695 762 829 895 983 1.049 1.269 1.397

Para o seguinte estudo, foi utilizado a Precipitação Máxima Provável (PMP), da qual entende-
se como sendo o evento máximo de chuva provável de ocorrer em uma determinada região,
considerando o limite de vapor de água precipitável.

Na publicação de Pinheiro (2011), é apresentada a PMP para duração superior a 24 horas, da


qual adotou-se como referência a PMP pontual na DIFL-DIFS (Diretória de Ferrosos Sul e
Diretoria de Ferrosos Sudeste) definido também pela literatura. Desta forma, a desagregação
para durações inferiores foi realizada baseada na distribuição de chuva de TR 10.000 anos
para a Mina de Apolo. Para a desagregação da chuva de 24 horas em alturas de chuvas de
menor duração, foi utilizada a seguinte metodologia.
 Determinação das relações entre a chuva de duração de 24 horas e durações
inferiores a este valor, utilizando os quantis de altura pluviométrica para a
recorrência de 10.000 anos; e
 Multiplicação das relações obtidas pelos valores de chuva de 24 horas de
duração a fim de determinar as alturas de chuva de menor duração na área
de estudo. Para tanto, considerou o evento de referência de BH em 16/01/00
(Mina Águas Claras), tendo esta como a mais próxima da região de estudo.
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XXX Estudo de Chuvas Intensas – Período de Seca

Os quantis de chuva que subsidiaram os estudos hidrológicos e dimensionamentos hidráulicos


para os sistemas de desvio dos Diques foram obtidos por meio da seguinte sequencia
metodológica:
 Para o estudo foi considerado a estação Caeté, código 01943010, a qual
possui representatividade quanto ao regime de chuvas da região. A escolha
desta estação deve-se ao fato de sua proximidade da região de estudo e à
extensão de sua série histórica (74 anos). Salienta-se que as informações
dessa estação se encontram disponibilizadas pela Agência Nacional das
Águas (ANA), por meio do seu Sistema de Informações Hidrológicas
(Hidroweb), em sua URL http://www.ana.gov.br;
 Determinação das alturas de chuvas máximas anuais com durações de 1, 2,
3, 5, 7, 10, 15, 20 e 30 dias, a partir das informações registradas na referida
estação;
 Análise preliminar das séries de dados existentes, por meio da identificação
de possíveis “outliers” pela aplicação de um teste estatístico, cuja rotina de
cálculo encontra-se incorporada ao programa computacional ALEA (Análise
de Frequência Local de Eventos Anuais), de domínio público e disponibilizado
gratuitamente na URL http://www.ehr.ufmg.br;
 Análise de frequência das alturas de chuva máximas anuais referentes às
durações de 1, 2, 3, 5, 7, 10, 15, 20, 25 e 30 dias, novamente por meio da
utilização do programa computacional ALEA, com a aplicação do Método dos
Momentos para a determinação dos parâmetros e adoção da distribuição de
probabilidade Exponencial;
 Transformação das alturas diárias em alturas de 24 horas, por meio de um
fator de maximização de 14%, amplamente aplicado em estudos anteriores
na região;
 Determinação dos quantis de chuva com durações sub-diárias a partir das
curvas de intensidade-duração-frequência (IDF) da estação pluviográfica
Ouro Preto (MG), constantes em publicação específica (Referência:
“Drenagem Urbana - Manual de Projeto”, Convênio CETESB / ASCETESB,
1.986).

Tabela 3.2 - Quantis de altura de chuva (mm) – Período Seco


Tempo de Retorno (anos)
Duração
2 5 10 20 25 50 100 200 500 1,000 10,000
6 min 3,30 5,40 6,90 8,50 9,00 10,5 11,5 12,9 15,4 17,3 24,8
10 min 5,39 8,60 11,1 13,6 14,4 17,1 18,7 21,5 25,4 28,5 40,0
15 min 7,0 11,2 14,4 17,6 18,6 22,0 24,7 28,3 33,3 37,3 52,2
20 min 8,2 13,1 16,7 20,4 21,6 25,6 28,9 33,1 39,0 43,7 88,5
30 min 9,8 15,7 20,0 24,4 25,9 30,6 34,9 39,9 46,9 52,5 73,0
1 hora 12,6 20,1 25,7 31,3 33,1 39,1 45,1 51,6 60,5 67,7 94,1
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XXX Tempo de Retorno (anos)


Duração
2 5 10 20 25 50 100 200 500 1,000 10,000
2 horas 16,3 26,2 33,6 41,0 43,5 51,5 59,7 68,5 80,9 91,0 127
3 horas 18,5 29,7 38,2 46,7 49,5 58,8 68,3 78,4 92,7 104 147
4 horas 20,1 32,2 41,5 50,8 53,8 64,0 74,1 85,2 101 114 161
6 horas 22,2 35,8 46,1 56,4 60,1 71,2 82,5 95,6 113 127 181
8 horas 23,8 38,3 49,3 60,8 64,0 76,6 88,9 102,4 122 137 195
10 horas 25,0 40,2 51,9 63,5 67,3 80,3 93,4 107,9 128 144 206
12 horas 25,9 41,8 53,8 66,2 70,1 83,9 97,3 112,1 134 151 214
18 horas 28,1 45,4 58,8 72,2 76,2 91,1 106 122 145 164 233
24 horas 29,7 48,0 61,7 76,0 80,7 95,9 112 129 154 174 248
2 dias 37,8 61,5 80,0 98,2 105 125 146 168 200 227 601
3 dias 46,4 75,5 97,3 119,9 127 152 177 205 244 275 395
5 dias 59,8 96,9 125 153,5 163 194 227 262 311 352 503
7 dias 70,8 114 147 181,2 192 229 267 308 366 413 591
10 dias 84,5 136 175 214,8 228 271 315 364 432 488 697
15 dias 103 166 215 264,2 280 334 389 449 534 603 862
20 dias 119 191 246 302,7 321 382 445 513 609 688 982
30 dias 146 233 298 365,1 387 460 534 615 729 823 1.171

PILHAS DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL

No Complexo de Mina Apolo, são previstas duas pilhas de disposição de estéril, PDE A e PDE
B.

Para o presente relatório, considerou-se o arranjo já definido pela empresa WALM Engenharia
para a PDE-A em estudos anteriores. Já para PDE-B, um novo arranjo foi concebido e
adaptado pela DF+ a partir do arranjo definido em estudos preliminares elaborado pela
Geoestrutural Consultoria e Projetos LTDA.

Na sequência, segue breve descrição das estruturas:

 PDE A
A PD A, está localizada na porção oeste da futura cava Apolo. De acordo com
a WALM, o projeto geométrico da pilha, apresenta larguras de bermas de 7
m, inclinação dos taludes de 2H:1V e altura dos bancos de 10 m conforme
relatório técnico RL-1040MA-X-01957_REV0. A PDE-A conforme projeto,
possui volume de de 18.17 Mm³, possui 52,98 ha de área ocupada e altura
máxima de 238,8m. Ressalta-se ainda que de acordo com referido projeto, a
geometria da pilha, foi validade a partir de analises de estabilidade.
 PDE B
A PDE B está localizada na porção noroeste da futura cava Apolo. Conforme
o arranjo definido, tal estrutura apresenta largura de bermas de 7 m, inclinação
dos taludes de 2H:1V e altura máxima de 280 m. A pilha terá volume de 216,69
Mm³ e ocupará uma área 223,07 ha.
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XXX
Critérios e Premissas

Na sequência, são apresentadas as critérios e premissas adotados para a elaboração deste


estudo no que tange a drenagem das pilhas:

 Em virtude da inexistência de monitoramento fluviométrico das bacias de


interesse, a obtenção das vazões de projeto para o dimensionamento das
estruturas hidráulicas foi realizada por métodos indiretos, a partir da
transformação da chuva em vazão;
 As vazões de projeto dos dispositivos hidráulicos foram obtidas pelo Método
Racional em função do porte das bacias hidrográficas de contribuição
(inferiores a 1,5 km²);
 Os coeficientes de escoamento superficial admitido para o cálculo das vazões
de dimensionamento dos canais periféricos foram iguais a 0,40 para a área
da PDE e 0,25 para terreno natural;
 A intensidade de precipitação, adotada no cálculo da vazão de projeto, refere-
se ao quantil com duração equivalente ao tempo de concentração da bacia de
contribuição;
 Dimensionamento das estruturas hidráulicas considerando os períodos de
retorno (TR) dos eventos pluviométricos de 100 anos para descidas d’água e
500 anos para canais periféricos;
 Declividade longitudinal das bermas a ser considerada: 1,0% (sempre que
possível), observando-se o mínimo de 0,5%;
 Declividade transversal das bermas a ser considerada de 5%.

Concepção do Sistema de Drenagem Superficial

O sistema de drenagem superficial proposto foi concebido com o objetivo de coletar as águas
provenientes da precipitação direta incidente sobre as PDE’s e conduzi-las, de forma
ordenada, até o talvegue mais próximo ou dique, evitando o desenvolvimento ou surgimento
de processos erosivos.

O sistema proposto é construído basicamente pelas seguintes estruturas:


 Canaletas de drenagem nas bermas e de topo, cuja função hidráulica será de
conduzir os escoamentos superficiais provenientes das bancadas da pilha até
os canais periféricos;
 Canaleta de acesso, posicionados nos pontos onde os acessos cortam
talvegues, de forma a direcionar o fluxo do escoamento superficial para as
canaletas de berma. A função das canaletas de acesso, é drenar as águas
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XXX que escoam nos acessos, evitando o acumulo de água das vias e surgimento
de erosões;
 Transposição, são passagem em que as descidas cortam os acessos. Estas
transposições podem ser do tipo a vau (passagem molhada) ou bueiro;
 Descida de água, são estruturas destinadas a conduzir o escoamento em
trechos com altos desníveis (elevadas declividades), podendo ser construídas
em canais lisos revestidos de concreto ou em degraus de concreto ou gabião.
As contribuições encaminhadas pela descida de água, são lançadas
geralmente, diretamente nos canais periféricos;
 Canais periféricos, com função de coletar e conduzir as águas superficiais
tendo como objetivo coletar o escoamento proveniente das bermas, canaletas
e áreas adjacentes e direciona-las até o dique de contenção de sedimentos.
Projetadas em concreto armado em geometria retangular, posicionada no
contato entre o terreno natural e a pilha. Vale ressaltar que nos casos onde a
declividade for maior que 10%, optou-se por utilizar degraus para a dissipação
de energia e diminuição das velocidades de escoamento;
 Bueiro, posicionados nos pontos onde os acessos cortam talvegues, de forma
a direcionar o fluxo do escoamento superficial.

Vazões de Projeto

A partir dos valores de precipitação supracitados e utilizando-se métodos indiretos


transformação chuva-vazão, foram determinadas as vazões de projeto das estruturas
hidráulicas componentes do sistema de drenagem das pilhas PDE A e PDE B.

Conforme previamente indicado, as vazões de projeto das estruturas do sistema de drenagem


superficial foram determinadas segundo o Método Racional. Optou-se por adotar este método,
devido das áreas de contribuição serem inferiores a 1,0 km².

Neste método, a transformação da chuva em vazão é obtida pela aplicação de um coeficiente


de escoamento definido em função da cobertura vegetal e tipo do solo da bacia de
contribuição. Considera-se que os eventos chuvosos correspondentes ás vazões máximas
tem a duração igual ao tempo de concentração da respectiva bacia, conforme descreve a
Equação 3.1.

Cit ,T  A
Qp  3, 6
Equação 3.1

Sendo:
 Qp é a vazão de projeto em m³/s;
 C é o coeficiente de escoamento, determinado a partir do uso do solo e do
tipo do solo;
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XXX  it,T é a intensidade média da chuva para uma duração t e um tempo de retorno
T em mm/h;
 A é a área da bacia de contribuição, em km².

Os principais pontos de interesse para o sistema de drenagem da pilha são as canaletas de


topo, canaletas de acesso, descidas de água, bueiros e os canais periféricos no redor da pilha.
Para essas estruturas deverão ser definidas as vazões afluentes para o dimensionamento das
estruturas referidas.

Deve ser observado que o Método Racional considera que o tempo de vazão de pico
correspondente à mesma duração do tempo de concentração da bacia e, foi considerado o
tempo de concentração mínimo de 6 minutos para determinação da precipitação de projeto.

O tempo de concentração foi calculado usando o Método Cinemático, baseado na velocidade


do escoamento nos canais fornecendo resultados mais realísticos e obtido pela seguinte
Equação 3.2 abaixo:

𝐿𝑖
𝑡𝑐 = ∑ Equação 3.2
𝑣𝑖
𝑖

Sendo:
 tp é o tempo de concentração, em segundo;
 Li de cada trecho em metros e respectivas velocidades médias vi em m/s.

Como pensionado posteriormente, os coeficientes de escoamento superficial para o cálculo


das vazões de projetos, foram ponderados segundo as áreas de drenagem para cada tipo de
uso identificado abaixo:

 Superfície de PDE: C = 0,40;


 Terreno Natural: C = 0,25.

Dimensionamento Hidráulico

De posse das vazões de projeto, foram procedidos os dimensionamentos hidráulicos das


estruturas de drenagem superficial.

Os dispositivos de drenagem foram dimensionados por meio da aplicação da equação de


Manning Equação 3.3, ou seja, considerando-se o regime de escoamento permanente e
uniforme.
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XXX 1 2 1
Qadm   A  ( A ) 3  I 2 Equação 3.3
n 2P

Em que:

 (n), denota o coeficiente de rugosidade de Manning. Para efetuar-se a


estimativa do coeficiente de rugosidade, encontra-se na literatura um grande
número de tabelas, obtidas a partir de ensaios e medições de campo. Devem
ser destacados os elementos apresentados na obra Open Channel
Hydraulics, Ven Te Chow (1959), onde consta uma extensa lista de
coeficientes de rugosidade associados a diversos materiais e situações de
utilização. Apresentam-se, na Tabela 3.3, a seguir, alguns valores de
coeficientes de rugosidade, compilados de diversas publicações sobre o
assunto.

Tabela 3.3 - Coeficiente de rugosidade para canais artificiais1


Revestimento Mínima Rugosidade Usual Máxima

Concreto pré-moldado 0,011 0,013 0,015

Concreto com acabamento 0,013 0,015 0,018

Concreto sem acabamento 0,014 0,017 0,020

Concreto projetado 0,018 0,020 0,022

Gabiões 0,022 0,030 0,035

Espécies vegetais 0,025 0,035 0,070

Aço 0,100 0,012 0,014

Ferro Fundido 0,011 0,014 0,016

Aço Corrugado 0,019 0,022 0,028

Solo sem revestimento 0,016 0,023 0,028

Rocha sem revestimento 0,025 0,035 0,04

Adianta-se que, para o presente projeto, os dispositivos de berma e a canaleta de topo foram
projetados com acabamento em laterita compactada e, sendo assim, adotou-se (n) igual a
0,023;

 (A), denota a área molhada da seção transversal de um dado dispositivo de


drenagem, em m²;

1 Batista, Márcio Benedito – Fundamentos de engenharia hidráulica / Márcio Benedito Baptista, Márcia Maria Lara Pinto Coelho. – 3. ed. ver.
e ampl. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. 480p. – (Ingenium)
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XXX  (2P) denota o perímetro molhado de um dado dispositivo de drenagem, em m.


Alerta-se que foi adotado o critério de borda livre mínima de 20% da altura das
paredes dos dispositivos com relação à lâmina de água no interior dos
mesmos, o que por premissa, garante-se que o escoamento se propague
100% dentro dos dispositivos, sem possibilidade de extravasamentos. Esse
critério é bastante razoável e muito utilizado em virtude da frequente
ocorrência de singularidades bruscas na forma, por exemplo, de transições
horizontais e verticais (curvas e deflexões);
 (I) denota a declividade de fundo de um dado dispositivo de drenagem, em
m/m; e
 (Qadm) denota a vazão admissível em um dado dispositivo de drenagem, em
m³/s.

Os dispositivos com declividade supercrítica foram dimensionados considerando-se o regime


de escoamento permanente e crítico. No presente caso, as seções de controle foram sempre
aquelas de montante, em virtude da ocorrência do regime supercrítico, sendo então aplicada
a equação geral do regime crítico a essas seções. Em geral, esse é um critério amplamente
empregado a projetos de micro drenagem, como é o caso, pois simplifica os cálculos de forma
parcimoniosa, resultando em geometrias únicas para longos trechos de dispositivos e
facilitando, assim, a execução dos mesmos na obra. Foi adotado o mesmo critério de borda
livre mínima de 20% da altura das paredes dos dispositivos citado anteriormente.

Drenagem das Bermas

As bermas de ambas as estruturas (PDE A e PDE B), apresentam largura mínima igual a 7,0
m. Para a drenagem das bermas, optou-se por utilizar a geometria das mesmas que serão
executadas em solo laterítico. Dessa maneira, para concentrar o escoamento, a berma deverá
ter declividade transversal em direção ao talude de 5% e declividade longitudinal de 1% para
o direcionamento até os canais periféricos, conforme desenho esquemático mostrado na
Figura 3.6 a seguir:

Figura 3.6 – Desenho esquemático da drenagem superficial das bermas


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XXX
O dimensionamento e a avaliação do funcionamento das bermas como canaletas de condução
do fluxo foram realizados para as vazões decorrentes de precipitações de 100 anos de período
de retorno, admitindo o escoamento permanente e uniforme.

Foi realizada uma verificação hidráulica da capacidade do suporte do escoamento superficial


para a maior área de contribuição em relação ás bermas. Para essa verificação utilizou-se o
software Canal – Sistema para o dimensionamento de canais, desenvolvido pelo Grupo de
Pesquisa em Recursos Hídricos (GPRH) da Universidade Federal de Viçosa/MG.

A síntese dos resultados da avaliação hidráulica da berma de maior área de drenagem das
PDE A e PDE B, encontra-se apresenta na Tabela 3.4.

Tabela 3.4 - Síntese do dimensionamentos hidráulico das bermas.


Coeficiente de Velocidade Profundidade
PDE TR (anos) Vazão (m³/s) Declividade (%)
Manning (n) (m/s) (m)

Berma 100 0,87 0,023 1,0 1,12 0,35

Tendo em vista que ambas as pilhas possuem largura típica mínima da berma de 7,0 m, a
declividade transversal de 5% e longitudinal de 1%, foi adotado as mesmas dimensões das
canaletas de berma tanto para PDE A e PDE B. A altura disponível para o fluxo de água será
de 0,27 m, atendendo ao critério de borda livre mínima de 20% como aplicado a equação de
Manning. Esta adoção permite aumentar o nivel de segurança da estrutura, mediante aumento
da capacidade de vazão, evitando fuga de água e ocorrência de processos erosivos na face
dos taludes de jusante. Também é prevista leiras de proteção na extremidade externa das
bermas, em solo compactado, com altura mínima de 0,50 m.

Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas foi de
1,12 m/s, também estando dentro dos padrões de segurança.

Canaletas de Topo

Foram dimensionadas duas canaletas a fim de coletar o escoamento do topo da pilha e


direciona-lo as descidas de água, que posteriormente são lançados nos canais periféricos.
Para a PDE A, as canaletas serão do tipo meia cana em concreto, com diâmetro de 0,8 m. Já
para PDE B, as canaletas serão em seção trapezoidal, em solo lateritico implantadas em
terreno natural. Os dimensionamentos para ambas foram feitos considerando tempo de
retorno de 100 anos. As dimensões das canaletas de topo da PDE A e PDE B, podem ser
observadas na Tabela 3.6 e Tabela 3.6 respectivamente:

Tabela 3.5 – Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de topo – PDE A


(conforme realizado pela WALM)
Coef. de Diâmetro Declividade Lamina
Tipos Q (m³/s) Seção Material
Manning (m) (%) d’água (m)
CT1=CT2 0,35 Circular Concreto 0,015 0,80 0,5 0.63
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Tabela 3.6 – Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de topo – PDE B
Base Talude Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s)
(m) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
CT-01 7,94 1,00 5:1 0,5 0,023 0.63 0.20 1.77
CT-02 6,65 1.00 5:1 0,5 0,023 0.63 0.20 1.77

Ressalta-se que o dimensionamento da canaleta de topo da PDE B, foi considerado e validado


o estudo realizado anteriormente pela empresa WALM Engenharia.

Canaletas de Acesso

Foram dimensionadas canaletas de acesso em seção trapezoidal, a fim de direcionar o


escoamento superficial dos mesmos ás bermas. Para o dimensionamento das canaletas de
acesso foi considerado o cenário mais crítico de contribuição de drenagem superficial.

Para a PDE B, assim como as canaletas de topo, o dimensionamento das canaletas de acesso
foi considerado e validado o já realizado pela WALM Engenharia. Tanto o dimensionamento
das canaletas de topo, quanto as canaletas de acesso e passagens molhadas são
encontradas no relatório técnico do projeto básico RL-1040MA-X-01957 realizado pela WALM
em 2016. Na Tabela 3.7 apresenta-se a síntese dos resultados do estudo realizado pela
mesma quanto as canaletas de acesso e passagens molhada.

Tabela 3.7 – Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de acesso e passagem


molhada – PDE A (conforme realizado pela WALM)
Parâmetros Canaleta de Acesso Passagem Molhada

B (m) 1,05 7,00


b (m) 0,30 4,00
h (m) 0,25 0,15
declividade (h/v) 1,50 10,00
i (%) 10,00 5,00
Lâmina d’água (m) 0,23 0,14
Material enrocamento enrocamento

São indicados ainda no relatório da WALM, que as passagens molhadas sejam implantadas
no contato entre os acessos e as bermas de forma a permitir a passagem de veículos
juntamente com o direcionamento da drenagem superficial.

O dimensionamento da PDE B, realizado pela DF+, é apresentado na sequência na

Tabela 3.8. Considerou a seção das canaletas sendo trapezoidais em pedra argamassada.
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Tabela 3.8 – Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de acesso – PDE B


Base Altura Talude Declividade Coef. de Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s)
(m) (m) (m) (%) Manning Livre (m) (m/s)
CA 0,50 0,30 0,30 1,50 10 0,030 0.06 2,79

Para ambos os dimensionamentos, foi considerado o tempo de retorno como sendo de 100
anos.

Descida de Água

As descidas de água foram concebidas para a PDE B, em seção retangular, em concreto


armado apresentando perfil longitudinal em degraus nos taludes das pilhas e declividade de
1% sobre as bermas, garantindo o escoamento torrencial no decorrer da estrutura.

Estas estruturas foram dimensionadas para as vazões decorrentes de precipitações de 100


anos de período de retorno, utilizando a metodologia de Manning.

Na Tabela 3.9 são apresentadas as sínteses dos dimensionamentos das descidas d’água para
a situação mais crítica utilizando a metodologia de Manning.

Tabela 3.10 – Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – Método de


Manning. PDE - B
Base Altura Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s)
(m) Parede (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
DA-01 10,74 1.70 1.70 1,00 0,015 1.18 0.34 4.33
DA-02 6,42 1.40 1.40 1,00 0,015 1.15 0.28 3.80
DA-03 A 3,66 1.20 1.20 1,00 0,015 1.12 0.24 3.43
DA-03 B 5,03 1.30 1.30 1,00 0,015 1.13 0.26 3.62
DA-04 0,41 1.30 1.30 1,00 0,015 1.13 0.26 3.62
DA-05 8,02 1.50 1.50 1,00 0,015 1.16 0.30 3.98
DA-06 1,41 1.00 1.00 1,00 0,015 1.08 0.20 3.04

Na PDE A, não apresenta estrutura hidráulica de descida de água.

Canais Periféricos

O dimensionamento hidráulico dos canais periféricos propostos foi realizado considerando


vazões de projeto referente a um evento pluviométrico associado ao período de retorno de
500 anos.

Para a pilha PDE A, seguiu o encaminhamento indicado pelo arranjo da empresa WALM
Engenharia, no entanto, o canal periférico CPII foi redimensionamento uma vez que este
receberá contribuições da futura cava, não sento contemplado em estudos anteriores. Para o
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dimensionamento
XXX deste canal periférico, foi considerado as seções retangular e foi utilizado o
software SisCCoH para a verificação do novo dimensionamento. Tal redimensionamento pode
ser visto na Tabela 3.11 a seguir:

Tabela 3.12 – Síntese do redimensionamento hidráulico do canal periférico CP II – PDE - A


Base Altura Declividade Coef. de
Estrutura Q (m³/s)
(m) Parede (m) (%) Manning
CP II – TRECHO I 8,23 1,90 1,90 0,50 0,015
CP II – TRECHO II 11,07 2,10 2,10 0,50 0,015
CP II – TRECHO III 17,19 2,30 2,30 0,50 0,015
CP II – TRECHO IV 24,88 2,30 2,30 0,50 0,015
CP II – TRECHO V 30,32 2,90 2,90 0,50 0,015
CP II – TRECHO VI 32,07 2,90 2,90 0,50 0,015
CP II – TRECHO VII 33,68 3,00 3,00 0,50 0,015

Para a PDE B, foram dimensionados os canais periféricos que receberá toda contribuição
proveniente dos outros dispositivos de drenagem superficial. Para o dimensionamento
também foi utilizada a equação de Manning. A Tabela 3.13 apresenta a síntese deste
dimensionamento.

Tabela 3.14 – Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais periféricos – Método de


Manning. PDE - B
Altura Declividade Coef, de Profundidade Borda Velocidade
Estrutura Q (m³/s) Base (m)
Parede (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)

CP01-A 6,86 1.70 1.70 0,50 0,015 0.84 0.34 3.06


CP01-B 18,73 2.50 2.50 0,50 0,015 0.89 0.50 3.96
CP01-C 24,62 2.80 2.80 0,50 0,015 0.91 0.56 4.27
CP02-A 4,93 1.50 1.50 0,50 0,015 0.82 0.30 2.82
CP02-B 12,32 2.10 2.10 0,50 0,015 0.87 0.42 3.52
CP02-C 13,96 2.20 2.20 0,50 0,015 0.87 0.44 3.63
CP02-D 24,53 2.80 2.80 0,50 0,015 0.91 0.56 4.27

Nos desenhos 1000MA-X-01243 e 1000MA-X-01244 podem ser visualizados a diagramação


do sistema de drenagem, indicando as respectivas estruturas hidráulicas dimensionadas para
as pilhas PDE A e PDE B.

SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL DA CAVA

Neste item são apresentados os estudos hidrológicos e hidráulicos realizados para os Projetos
dos Sistemas de Drenagem Superficial da Cava da Mina Apolo para Definição da ADA.
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Propõem-se
XXX neste estudo sistemas de drenagem superficial considerando o sequenciamento
da lavra para o 1º ano de operação e para o último ano de operação (29º ano), bem como o
sistema de contenção de sedimentos que inclui sumps no interior das cavas.

Especificamente, os trabalhos consistiram na elaboração de estudos hidrológicos e hidráulicos


necessários para a definição do arranjo do sistema de drenagem superficial e do sistema de
desaguamento da cava.

Critérios e Premissas

Os seguintes critérios e premissas foram considerados na elaboração dos estudos:


 Em virtude da inexistência de monitoramento fluviométrico das bacias de
interesse, a obtenção das vazões de projeto para o pré-dimensionamento das
estruturas hidráulicas foi realizada por métodos indiretos, a partir da
transformação da chuva em vazão;
 As vazões de projeto dos dispositivos hidráulicos foram obtidas pelo Método
Racional em função do porte das bacias hidrográficas de contribuição
(inferiores a 1,5 km2);
 Os coeficientes de escoamento superficial admitindo para o cálculo das
vazões de dimensionamento dos canais periféricos foram iguais a 0,45 para
a área da cava e 0,25 para terreno natural;
 A intensidade de precipitação, adotada no cálculo da vazão de projeto, refere-
se ao quantil com duração equivalente ao tempo de concentração da bacia de
contribuição;
 Dimensionamento das estruturas hidráulicas considerando um tempo de
retorno dos eventos pluviométricos de 100 anos de período de retorno (TR);
 Declividade longitudinal das bermas a ser considerada: 1,0% (sempre que
possível), observando-se o mínimo de 0,5%;
 Declividade transversal das bermas a ser considerada de 3%;
 Taxas de geração média de sedimentos iguais a 400 m³/ha/ano para áreas
das cavas e 25 m³/ha/ano para as áreas naturais contribuintes;
 Os sumps foram dimensionados para comportar o volume de água
proveniente da precipitação direta com 10 anos de período de retorno (TR) e
24 horas de duração e conter o volume de sedimentos provenientes da área
de lavra, considerando pelo menos 06 meses de armazenamento entre os
períodos de manutenção;
 As vazões de bombeamento foram dimensionadas de forma a esgotar o
volume total de água armazenada no Sump no período máximo de 03 dias;
 Para o 29º ano, último de ano de lavra, os Sumps com área necessária superior a área
de fundo da cava, não deverá ser realizada a escavação dos sumps. O fundo da cava
poderá ser utilizado para reservação da drenagem superficial, qual posteriormente
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XXX deverá ser bombeada para o canal mais próximo, e direcionada para o dique de
contenção de sedimento a jusante.

Concepção do Sistema de Drenagem Superficial

Os sistemas de drenagem propostos para os cenários da Cava da Mina Apolo, 1º ano e 29º
ano, foi concebido com o objetivo de coletar as águas provenientes da precipitação direta
incidente sobre a área da lavra e entorno e conduzi-las, de forma ordenada, até o talvegue
mais próximo ou até os fundos de cava, evitando o desenvolvimento de processos erosivos.

São elementos deste sistema:


 Drenagem sobre as bermas que deverão funcionar como canais, conduzindo
os escoamentos provenientes da área da lavra até as descidas de água e/ou
canais de drenagem;
 Descidas de água, responsáveis por coletar os escoamentos provenientes
das bermas, destinando-os aos canais de drenagem ou diretamente nos
sumps a serem implantados nos fundos de cavas;
 Canais de drenagem superficial, tendo como objetivo coletar o escoamento
proveniente das descidas de água, bermas e áreas adjacentes, descartando-
os no talvegue natural, sumps ou no reservatório dos diques;
 Sumps, estruturas escavadas em solo, com a finalidade de conter os
sedimentos que por ventura sejam gerados durante as operações de lavra e
armazenar as contribuições provenientes das precipitações diretas na cava
que não são passíveis de serem retiradas por gravidade, para posteriormente
serem bombeadas para os diques 1A, 2A. 2B e 3.

Adicionalmente, para garantir o controle e carreamento de sólidos durante o período de lavra


das cavas da Mina Apolo, foram previstos 4 Diques de Contenção de sedimentos 1A, 2A. 2B
e 3. Os detalhes dessas estruturas estão apresentados no item 3.6.

Nos desenhos nº 1000MA-X-01249 a 1000MA-X-01250 estão apresentados os arranjos


propostos para os sistemas de drenagem superficial das duas cavas constituintes da Mina
Apolo, considerando o sequenciamento da lavra para o 1º ano de operação e para o último
ano de operação (29º ano).

Vazão de Projeto

Os estudos hidrológicos foram elaborados com a finalidade de fornecer subsídios para o


dimensionamento das estruturas hidráulicas constituintes do sistema de drenagem da cava.
Face à inexistência de monitoramento fluviométrico das bacias de interesse, o cálculo das
vazões de projeto foi realizado por meio de métodos indiretos, a partir da transformação da
chuva em vazão.
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Para
XXX as vazões de projeto utilizadas no dimensionamento das estruturas de drenagem,
utilizou-se o Método Racional, em virtude das áreas de contribuições serem inferiores a 1,5
km² (TUCCI, 1993).

Basicamente a metodologia adotada nos estudos hidrológicos pode ser resumida na seguinte
sequência:
 Estudo das chuvas intensas na área de projeto (item 3.2.1);
 Lançamento do eixo das estruturas hidráulicas;
 Definição das características físicas e parâmetros das bacias de contribuição,
tais como, áreas de drenagem, características do terreno e tempos de
concentração;
 Cálculo das vazões de projeto para cada estrutura;

A partir dos valores de precipitação supracitados e utilizando-se métodos indiretos de


transformação chuva-vazão, foram determinadas as vazões para dimensionamento das
estruturas hidráulicas componentes do sistema de drenagem da cava. Foi considerado nos
estudos, para dimensionamento dos dispositivos, o período de retorno de 100 anos para as
canaletas de berma, canais de drenagem e descidas de água;

Conforme previamente indicado as vazões de projeto das estruturas do sistema de drenagem


superficial foram determinadas segundo o Método Racional, descrito no item 3.3.3.

Os tempos de concentração foram obtidos por meio do método cinemático. Nas áreas das
bermas e platôs, dos canais periféricos e das descidas de água admitiu-se velocidade de
escoamento de 1,0 m/s e 5,0 m/s. respectivamente.

Os valores dos coeficientes de escoamento adotados para o cálculo das vazões de projeto
foram ponderados segundo as áreas de drenagem para cada tipo identificado acima. Os
coeficientes de escoamento admitidos foram:
 Superfície de Cava: C = 0,45;
 Área com cobertura natural: C = 0,25.

Na Tabela 3.16 e Tabela 3.15 está apresentada a síntese dos cálculos para a obtenção das
vazões de projeto para os sistemas de drenagem superficial da Cava Apolo, utilizando o
Método Racional.

Tabela 3.16 – Cálculo das vazões de projeto – 1º Ano.


Área de Drenagem Tempo de
Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado Vazão (m³/s)
(km²)
(min)
CE01-A-INICIO 0,068 6,0 174,00 0,25 0,83
CE01-B-I 0,072 6,0 174,00 0,34 1,17
CE01-B-II 0,089 6,0 174,00 0,35 1,50
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XXX Área de Drenagem Tempo de


Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado Vazão (m³/s)
(km²)
(min)
CC01-F-INICIO 0,086 6,0 174,00 0,31 1,29
DA01-A-I 0,179 15,0 153,20 0,37 2,83
DA01-A-II 0,240 15,0 153,20 0,39 3,95
DA01-B-INICIO 0,044 6,0 174,00 0,45 0,96

Tabela 3.17 – Cálculo das vazões de projeto – 29º Ano.


Área de Drenagem Tempo de
Estrutura I (mm/h) C ponderado Vazão (m³/s)
(km²) Concentração (min)

CC05-A-INICIO 0,113 15,0 153,20 0,41 2,00


CC10-A-INICIO 0,183 15,0 153,20 0,42 3,27
CC20-A-INICIO 0,015 6,0 174,00 0,42 0,30
CC20-B-INICIO 0,009 6,0 174,00 0,43 0,19
CC20-C-INICIO 0,039 6,0 174,00 0,32 0,59
CC20-D-INICIO 0,061 10,0 174,00 0,25 0,75
CC20-E-INICIO 0,040 10,0 174,00 0,44 0,84
CC20-F-INICIO 0,019 6,0 174,00 0,42 0,37
CC20-G-INICIO 0,065 15,0 153,20 0,45 1,23
CC20-H-INICIO 0,002 6,0 174,00 0,44 0,04
CC20-I-INICIO 0,027 10,0 174,00 0,44 0,57
CC20-J-INICIO 0,021 6,0 174,00 0,44 0,44
CC20-K-INICIO 0,105 10,0 174,00 0,29 1,47
CC20-L-INICIO 0,091 10,0 174,00 0,27 1,20
CC20-M-INICIO 0,024 10,0 174,00 0,40 0,45
CC20-N-INICIO 0,022 10,0 174,00 0,44 0,46
CC20-O-INICIO 0,073 15,0 153,20 0,45 1,39
CC20-P-INICIO 0,006 6,0 174,00 0,43 0,12
CC20-Q-INICIO 0,015 6,0 174,00 0,39 0,28
CC20-R-INICIO 0,029 10,0 174,00 0,36 0,51
CA29-A-INICIO 0,013 6,0 174,00 0,45 0,29
CA29-B-INICIO 0,038 6,0 174,00 0,45 0,82
CA29-C-I 0,020 6,0 174,00 0,45 0,44
CA29-C-II 0,086 15,0 153,20 0,45 1,65
CA29-D-I 0,019 6,0 174,00 0,45 0,41
CA29-D-II 0,052 6,0 174,00 0,45 1,14
CA29-D-III 0,154 15,0 153,20 0,45 2,96
CA29-E-INICIO 0,107 10,0 174,00 0,45 2,32
CA29-F-I 0,004 6,0 174,00 0,45 0,08
CA29-F-II 0,197 15,0 153,20 0,45 3,78
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XXX Área de Drenagem Tempo de


Estrutura I (mm/h) C ponderado Vazão (m³/s)
(km²) Concentração (min)

CA29-F-III 0,420 15,0 153,20 0,45 8,05


CA29-G-INICIO 0,012 6,0 174,00 0,45 0,26
CA29-H-I 0,016 6,0 174,00 0,45 0,35
CA29-H-II 0,270 15,0 153,20 0,45 5,18
CA29-H-III 0,462 15,0 153,20 0,45 8,85
CA29-I-INICIO 0,013 6,0 174,00 0,45 0,29
CA29-J-I 0,018 6,0 174,00 0,45 0,40
CA29-J-II 0,175 15,0 153,20 0,45 3,36
CA29-K-INICIO 0,018 6,0 174,00 0,45 0,40
CA29-L-INICIO 0,011 6,0 174,00 0,45 0,25
CA29-M-INICIO 0,049 6,0 174,00 0,45 1,06
CA29-N-I 0,010 6,0 174,00 0,45 0,22
CA29-N-II 0,331 15,0 153,20 0,45 6,34
CA29-O-I 0,019 6,0 174,00 0,45 0,42
CA29-O-II 0,112 10,0 174,00 0,45 2,43
CA29-P-INICIO 0,035 6,0 174,00 0,45 0,76
CA29-Q-I 0,003 6,0 174,00 0,45 0,06
CA29-Q-II 0,038 6,0 174,00 0,45 0,83
CA29-R-INICIO 0,017 6,0 174,00 0,45 0,36
CA29-S-I 0,003 6,0 174,00 0,45 0,07
CA29-S-II 0,137 10,0 174,00 0,44 2,92
CA29-S-III 0,148 10,0 174,00 0,44 3,14
CA29-T-INICIO 0,077 15,0 153,20 0,45 1,47
CA29-U-I 0,031 6,0 174,00 0,45 0,68
CA29-U-II 0,098 15,0 153,20 0,45 1,88
DA20-A-I 0,169 10,0 174,00 0,42 3,47
DA20-A-II 0,304 10,0 174,00 0,44 6,40
DA20-B-INICIO 0,163 15,0 153,20 0,45 3,12
DA20-C-INICIO 0,102 15,0 153,20 0,45 1,95
DA20-D-INICIO 0,063 10,0 174,00 0,45 1,37
DA20-E-INICIO 0,035 6,0 174,00 0,45 0,77
DA20-F-INICIO 0,043 6,0 174,00 0,45 0,93
DA20-G-INICIO 0,235 15,0 153,20 0,45 4,51
DA20-H-INICIO 0,180 15,0 153,20 0,45 3,45
DA20-I-INICIO 0,210 15,0 153,20 0,45 4,02
DA20-J-INICIO 0,177 15,0 153,20 0,45 3,39
DA20-K-I 0,040 10,0 174,00 0,45 0,88
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XXX Área de Drenagem Tempo de


Estrutura I (mm/h) C ponderado Vazão (m³/s)
(km²) Concentração (min)

DA20-K-II 0,091 10,0 174,00 0,45 1,97


DA20-K-III 0,304 15,0 153,20 0,45 5,83
DA20-L-INICIO 0,155 15,0 153,20 0,45 2,97
DA20-M-INICIO 0,086 10,0 174,00 0,45 1,87
DA29-A-INICIO 0,056 15,0 153,20 0,45 1,08
DA29-B-INICIO 0,021 6,0 174,00 0,45 0,45
DA29-C-INICIO 0,052 6,0 174,00 0,45 1,13
DA29-D-I 0,153 10,0 174,00 0,45 3,31
DA29-D-II 0,203 15,0 153,20 0,45 3,88
DA29-E-INICIO 0,319 15,0 153,20 0,44 5,92
DA29-F-INICIO 0,118 6,0 174,00 0,45 2,56
DA29-G-INICIO 0,033 6,0 174,00 0,45 0,71
DA29-H-INICIO 0,100 10,0 174,00 0,45 2,17
DA29-I-INICIO 0,129 10,0 174,00 0,44 2,73
DA29-J-I 0,051 15,0 153,20 0,45 0,98
DA29-J-II 0,074 15,0 153,20 0,45 1,42
DA29-K-INICIO 0,087 15,0 153,20 0,45 1,65
DA29-L-INICIO 0,038 10,0 174,00 0,45 0,83
DA29-M-INICIO 0,338 15,0 153,20 0,35 5,07
DA29-N-INICIO 0,095 10,0 174,00 0,45 2,07

Estudos Hidráulicos para o Sistema de Drenagem Superficial

O dimensionamento hidráulico das estruturas propostas para o sistema de drenagem


superficial da Cava da Mina Apolo foi realizado considerando os trechos com declividade
mínima apresentada pelas estruturas, para determinação da altura máxima da lâmina de água,
respectivamente.

Foi utilizada a metodologia proposta por Manning, descrita no item 3.3.4

Os coeficientes de rugosidade adotados para os dimensionamentos realizados foram:


 0,022, para as canaletas de bermas, cujo revestimento é em solo;
 0,015, para as descidas de água e canais periféricos, onde o revestimento é
em concreto armado.
No item seguinte é apresentado dimensionamento hidráulico para cada estrutura constituinte
do sistema de drenagem superficial.
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XXX Bermas da Cava

As bermas da cava foram projetadas com largura mínima de 7,70 metros visando garantir sua
estabilidade, a fim de evitar a utilização de estruturas rígidas no desenvolver das bermas, as
mesmas foram projetadas de forma a operar como canaletas para interceptação e condução
dos escoamentos provenientes dos taludes das bancadas superiores. Deverão ser
implantadas com inclinação longitudinal de mínima de 0,5% e transversal de 3,0%.

O dimensionamento e a avaliação do funcionamento das bermas como canaletas de condução


do fluxo foi realizado para as vazões decorrentes de precipitações de 100 anos de período de
retorno, admitindo o escoamento permanente e uniforme.

A síntese dos resultados da verificação hidráulica da berma de maior área de drenagem da


cava encontra-se apresentada na Tabela 3.18.

Tabela 3.18 – Síntese do dimensionamento hidráulico das bermas.


Mina Coeficiente de Profundidade
TR (anos) Vazão (m³/s) Declividade (%) Velocidade (m/s)
Apolo Manning (n) (m)

100 0,50 0,022 0,50 0,70 0,20


Berma
100 0,50 0,022 1,00 0,90 0,18

Tendo em vista que a largura típica mínima da berma será de 7,0 m, a declividade transversal
de 3,0 % e longitudinal de 0,50 %, a altura disponível para o fluxo de água será de 0,20 m.
Como pode ser verificada nos resultados apresentados na Tabela 6.1, a dimensão proposta
para a berma atende a vazão de projeto para a pior situação, com 0,20m de lâmina de água.
Entretanto, com o intuito de aumentar o nível de segurança da estrutura, mediante aumento
da capacidade de vazão, evitando fuga de água e ocorrência de processos erosivos na face
dos taludes de jusante, foram previstas leiras de proteção na extremidade externa das bermas,
em solo compactado, com altura mínima de 0,50 m.

Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas de 0,90
m/s, também está dentro dos padrões de segurança.

Ressalta-se que, para o cálculo da vazão de projeto utilizada no dimensionamento da


drenagem das bermas, considerou-se como referência a estrutura de maior área de
contribuição.

Descidas de Água

As descidas de água foram concebidas com seção retangular e com revestimento em concreto
armado. Estas deverão apresentar declividade mínima de 0,5% e nos trechos em que a
declividade de fundo exceder a 10%, deverão ser implantadas em degraus, garantido o assim
escoamento torrencial no decorrer da estrutura.
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XXX
Estas estruturas foram dimensionadas para as vazões decorrentes de precipitações de 100
anos de período de retorno, utilizando a metodologia de Manning.

Nas Tabela 3.19 e Tabela 3.20, são apresentadas as sínteses dos dimensionamentos das
descidas de água.

Tabela 3.19 – Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 1º Ano.


Base Altura Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s)
(m) Parede (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)

DA01-A-I 2,83 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28 2,69


DA01-A-II 3,95 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28 2,69

DA01-B-INICIO 0,96 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15

Tabela 3.20 – Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 29º Ano.
Q Base Altura Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos
(m³/s) (m) Parede (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
DA20-A-I 3,47 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28 2,69
DA20-A-II 6,40 1,70 1,70 0,005 0,015 1,36 0,34 3,06

DA20-B-INICIO 3,12 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56

DA20-C-INICIO 1,95 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29

DA20-D-INICIO 1,37 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15


DA20-E-INICIO 0,77 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85

DA20-F-INICIO 0,93 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85

DA20-G-INICIO 4,51 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30 2,82

DA20-H-INICIO 3,45 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56

DA20-I-INICIO 4,02 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28 2,69

DA20-J-INICIO 3,39 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56

DA20-K-I 0,88 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85

DA20-K-II 1,97 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29

DA20-K-III 5,83 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32 2,94

DA20-L-INICIO 2,97 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56

DA20-M-INICIO 1,87 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29

DA29-A-INICIO 1,08 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00

DA29-B-INICIO 0,45 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69

DA29-C-INICIO 1,13 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00

DA29-D-I 3,31 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56

DA29-D-II 3,88 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28 2,69


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XXX Tipos Q Base Altura Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade


(m³/s) (m) Parede (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)

DA29-E-INICIO 5,92 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32 2,94

DA29-F-INICIO 2,56 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24 2,43

DA29-G-INICIO 0,71 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85

DA29-H-INICIO 2,17 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29

DA29-I-INICIO 2,73 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24 2,43

DA29-J-I 0,98 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00

DA29-J-II 1,42 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15

DA29-K-INICIO 1,65 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15

DA29-L-INICIO 0,83 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85

DA29-M-INICIO 5,07 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32 2,94

DA29-N-INICIO 2,07 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29

Nos desenhos nº 1000MA-X-01249 a 1000MA-X-01250 estão apresentadas as plantas e


seções típicas dos dispositivos de drenagem propostas para os cenários referentes ao 1º ano
e 29º ano, respectivamente.

Canais de Drenagem

Os canais de drenagem foram concebidos em concreto armado e terão a função de coletar as


águas provenientes da contribuição das descidas de água, direcionando o fluxo para os sumps
e para os diques de contenção de sedimentos.

Estas deverão apresentar declividade mínima de 0,5% e nos trechos em que a declividade de
fundo exceder a 10%, deverão ser implantadas em degraus, garantido o assim escoamento
torrencial no decorrer da estrutura.

O dimensionamento hidráulico foi realizado para as vazões decorrentes de precipitações de


100 anos de período de retorno, utilizando a Metodologia de Manning, admitindo o
escoamento permanente e uniforme.

A Tabela 3.22 e Tabela 3.21 apresentam a síntese dos cálculos.

Tabela 3.22 – Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 1º ano.


Canais de Base Altura Decliv. Coef. de Profund. Borda Livre Velocidade
Q (m³/s)
Drenagem (m) Parede (m) (%) Manning (m) (m) (m/s)

CE01-A-INICIO 0,83 0,80 0,80 0,005 0,022 0,64 0,16 1,63


CE01-B-I 1,17 0,80 0,80 0,005 0,022 0,64 0,16 1,63
CE01-B-II 1,50 0,80 0,80 0,005 0,022 0,64 0,16 1,63
CC01-F-INICIO 1,29 0,80 0,80 0,119 0,015 0,64 0,16 11,51
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XXX Tabela 3.23 – Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 29º ano.
Canais de Base Altura Decliv. Coef. de Profund. Borda Livre Velocidade
Q (m³/s)
Drenagem (m) Parede (m) (%) Manning (m) (m) (m/s)

CC01-A-INICIO 0,85 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85


CC01-B-INICIO 0,27 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
CC01-C-INICIO 1,10 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00
CC01-D-INICIO 2,07 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29
CC01-E-INICIO 3,92 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28 2,69
CC05-A-INICIO 2,00 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22 2,29
CC10-A-INICIO 3,27 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56
CC20-A-INICIO 0,30 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
CC20-B-INICIO 0,19 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35
CC20-C-INICIO 0,59 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
CC20-D-INICIO 0,75 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85
CC20-E-INICIO 0,84 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85
CC20-F-INICIO 0,37 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
CC20-G-INICIO 1,23 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00
CC20-H-INICIO 0,04 0,30 0,30 0,005 0,015 0,24 0,06 0,96
CC20-I-INICIO 0,57 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
CC20-J-INICIO 0,44 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
CC20-K-INICIO 1,47 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
CC20-L-INICIO 1,20 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00
CC20-M-INICIO 0,45 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
CC20-N-INICIO 0,46 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
CC20-O-INICIO 1,39 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
CC20-P-INICIO 0,12 0,40 0,40 0,005 0,015 0,32 0,08 1,17
CC20-Q-INICIO 0,28 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
CC20-R-INICIO 0,51 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69

Nos desenhos nº 1000MA-X-01249 a 1000MA-X-01250 estão apresentadas as plantas e


seções típicas dos dispositivos de drenagem propostas para os cenários referentes ao 1º ano
e 29º ano, respectivamente.

Sistema de contenção de sedimentos e desaguamento da cava

As vazões decorrentes das precipitações diretas na cava e entorno que não são passíveis de
serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para sumps estrategicamente localizados no
fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os canais de drenagem mais
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próximos
XXX que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques de contenção de sedimentos
1A, 2A. 2B e 3.

Os sumps serão escavados em solo, e também terão a finalidade de conter os sedimentos


que, por ventura, sejam gerados durante as operações de lavra. Especificamente, para o
desaguamento das cavas da Mina Apolo, foram previstos um total de 3 sumps para o 1º ano
de lavra e 13 sumps para o ultimo ano de lavra.

As principais características destas estruturas estão apresentadas na Tabela 3.24 e Tabela 3.25.

Tabela 3.24 – Principais características dos sumps propostos. – 1º ano


Capacidade do
Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m)
reservatório (m3)
SUMP 01-A 1.435 1.440 6.736

SUMP 01-B 1.485 1.490 6.734

SUMP 01-C 1.465 1.470 5.973

Tabela 3.25 – Principais características dos sumps propostos. – 29º ano.


Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m) Capacidade do reservatório (m3)

SUMP 20-A 1.425 1.430 25.526

SUMP 20-B 1.294 1.299 23.818


SUMP 29-A 1.345 1.350 26.673

SUMP 29-B 1.405 1.410 10.808


SUMP 29-C 1.415 1.420 9.949
SUMP 29-D 1.375 1.380 40.206

SUMP 29-E 1.325 1.330 31.328


SUMP 29-F 1.375 1.380 8.754

SUMP 29-G 1.405 1.410 33.949


SUMP 29-H 1.535 1.540 3.365

SUMP 29-I 1.485 1.490 15.528

SUMP 29-J 1.525 1.530 13.931


SUMP 29-K 1.478 1.483 16.963

Nos desenhos nº 1000MA-X-01249 a 1000MA-X-01250 estão apresentadas as plantas e


seções típicas dos dispositivos de drenagem propostas para os cenários referentes ao 1º ano
e 29º ano, respectivamente.
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XXX Dimensionamento dos Reservatórios dos sumps da Cava

Os reservatórios dos Sumps foram dimensionados para atender o volume de sedimentos


provenientes da área da lavra e entorno e armazenar as contribuições provenientes dos canais
de drenagem e descidas de água.

O volume previsto para armazenamento dos sedimentos foi determinado considerando uma
frequência de limpeza de, no mínimo 06 meses e uma taxa de produção média de sedimentos
igual a 400 m³/ha*ano para área da superfície da cava em operação e 25 m³/ha/ano para os
sedimentos provenientes da bacia hidrográfica (área de terreno natural).

Para o cálculo do volume de água referente à precipitação direta da Cava, adotou-se uma
chuva com período de retorno de 10 anos e 24 horas de duração e um coeficiente de Runoff
igual a 0,45.

Na Tabela 3.27 e na Tabela 3.27 são apresentadas as áreas de contribuição e os volumes


aportados aos sumps decorrente da precipitação direta na cava.

Tabela 3.26 – Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 1º ano.


Área de Volume de Volume total Capacidade do
Volume de água (m3)
Estrutura contribuição sedimentos necessário reservatório
TR 10 anos e 24 horas
(m2) semestral (m3) (m3) (m3)
SUMP 01-A 76.059 1.521 4.278 5.799 6.736

SUMP 01-B 59.242 1.185 3.332 4.517 6.734

SUMP 01-C 78.334 1.567 4.406 5.973 5.973


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XXX Tabela 3.27 – Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps. – 29º ano.
Área de Volume de Volume total Capacidade do
Volume de água (m3)
Estrutura contribuição sedimentos necessário reservatório
TR 10 anos e 24 horas
(m2) semestral (m3) (m3) (m3)
SUMP 20-A 325.585 6.512 18.314 24.826 25.526
SUMP 20-B 712.582 14.252 40.083 54.334 23.818
SUMP 29-A 385.512 7.263 21.685 28.948 26.673
SUMP 29-B 134.369 2.687 7.558 10.246 10.808
SUMP 29-C 120.879 2.313 6.799 9.112 9.949
SUMP 29-D 525.124 10.502 29.538 40.041 40.206
SUMP 29-E 394.059 7.855 22.166 30.021 31.328
SUMP 29-F 111.640 2.233 6.280 8.513 8.754
SUMP 29-G 449.201 8.523 25.268 33.790 33.949
SUMP 29-H 38.305 766 2.155 2.921 3.365
SUMP 29-I 322.763 6.315 18.155 24.470 15.528
SUMP 29-J 171.007 3.399 9.619 13.018 13.931
SUMP 29-K 502.963 6.748 28.292 35.040 16.963

Determinação das Vazões de Bombeamento dos sumps

Para a determinação da vazão de bombeamento, considerou-se o esgotamento do


reservatório dos sumps em 3 dias, De acordo com os resultados das vazões de bombeamento
obtidas, a VOG sugere o desaguamento dessas estruturas considerando o período de
esgotamento dos Sumps em 3 dias, conforme apresentado na Tabela 3.28 e Tabela 3.29.

Tabela 3.28: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (1º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
SUMP 01-A 59,42
SUMP 01-B 46,28
SUMP 01-C 61,20
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XXX Tabela 3.29: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (29º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
SUMP 20-A 254,36
SUMP 20-B 556,70
SUMP 29-A 301,18
SUMP 29-B 104,98
SUMP 29-C 94,44
SUMP 29-D 410,25
SUMP 29-E 307,86
SUMP 29-F 87,22
SUMP 29-G 350,94
SUMP 29-H 29,93
SUMP 29-I 252,16
SUMP 29-J 133,60
SUMP 29-K 392,94

DRENAGEM DA MATA PRIMÁRIA

Canal Cintura

Para proteção da Mata Primária em decorrência do aporte de sedimentos oriundos do acesso


as cavas, propõem-se um canal trapezoidal paralelo ao acesso, qual deverá receber e
conduzir a contribuição superficial e sedimentos do acesso até o Dique 2A.

O canal de proteção terá seção trapezoidal e revestimento em concreto com largura de base
de 1,20 altura de 1,20 e declividade de parede de 1H:1V.

O canal deverá apresentar declividade mínima de 0,5% e nos trechos em que a declividade
de fundo exceder a 10%, deverá ser implantada em degraus, garantido o assim escoamento
torrencial no decorrer da estrutura.

O dimensionamento hidráulico foi realizado para as vazões decorrentes de precipitações de


500 anos de período de retorno, utilizando a Metodologia de Manning, admitindo o
escoamento permanente e uniforme. A Tabela 3.30 apresenta a síntese dos cálculos.

Tabela 3.30 – Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de proteção da Mata Primária.
Decliv.
Altura Coef. de Profund. Borda Velocidade
Canal Q (m³/s) Base (m) XH:1V Mínima
Parede (m) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(%)
CANAL 7,97 1,20 1,20 1,00 1,0 0,015 0,96 0,24 4,36
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XXX Barreira em Gabião

Para proteção da Mata primária, na fase de implantação do acesso onde ocorre a maior porção
transporte de sedimentos, propõem-se a implantação de um dique em gabião. Este terá a
função de conter os sedimentos também do aterro de implantação do acesso após a etapa
construtiva.

Para verificação da eficiência do pequeno reservatório formado pela barreira em gabião,


consideraram-se os volumes de sedimentos provenientes da área da bacia de contribuição,
para pelo menos, 7,0 meses de armazenamento, e também, o volume de detenção (VD),
destinado a fornecer o tempo de retenção necessário para que ocorra a sedimentação das
partículas afluentes ao reservatório.

Vale ressaltar que o funcionamento desta estrutura se baseia no processo de sedimentação,


ou seja, separação pela ação da gravidade do material em suspensão, em função da vazão
afluente e velocidade de sedimentação da partícula.

Para definição do volume previsto para armazenamento dos sedimentos considerando o


período entre limpeza e uma taxa de produção média de sedimentos igual a 400 m³/ha/ano
para área do aterro e 25 m³/ha/ano para os sedimentos provenientes da bacia hidrográfica
natural, resultando em um total de 182,50 m³ a cada 7,0 meses.

O volume de detenção necessário para sedimentação das partículas foi determinado a partir
da verificação da eficiência de retenção dos reservatórios. Essa avaliação foi realizada
comparando os tempos de queda das partículas com os tempos de residência médio das
vazões referentes a um evento com tempo de retorno (TR) de 02 anos e duração de 24 horas,
conforme metodologia proposta por Haan (1993).

A Tabela 3.31 apresenta os volumes característicos previstos para contenção de sedimentos


nos reservatórios da barreira em gabião.

Tabela 3.31 – Volumes Característicos do Reservatório.


Área de Aporte de Cota máxima Volume de Capacidade do Período de
Estrutura Contribuiçã Sedimentos dos sedimentos detenção reservatório manutenção
o (ha) mensal (m3) (m) (m3) (m3) (mês)
Dique em
2,44 26,10 1.393,30 510 684,0 6,70
gabião

Apresentam-se na Tabela 3.32 e na Tabela 3.33 os tempos de queda das partículas sólidas
para regimes de escoamento permanente laminar em função dos diâmetros dos grãos e o
tempo de residência da cheia de TR 02 anos e duração de 24 horas nos reservatórios das
estruturas de contenção, respectivamente.
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XXX Tabela 3.32 – Tempo de Queda das Partículas Sólidas.


Parâmetros Sedimentométricos Tempo de Queda
Descrição Diâmetro dos Grãos (mm) Velocidade de Queda da Partícula (m/s) das Partículas (h)

Areia Média 0,200 3,43E-02 0,0077

Areia Fina 0,060 3,08E-03 0,086

Silte 0,015 1,93E-04 1,39

Argila 0,001 8,57E-06 277,60


Referência: Escala Granulométrica da ABNT.

Tabela 3.33 – Tempo de Residência da Cheia de TR 2 anos e Duração 24 horas.


Estrutura Áreas de Drenagem (ha) Vazão Afluente (m³/s) Tempo de Residência (h)

Dique gabião 2,44 0,009 15,7

Confrontando os resultados apresentados, verifica-se que os reservatórios apresentam


propriedades geométricas capazes de garantir a retenção dos grãos entre areia média a silte,
para diâmetros iguais ou superiores a 0,010 mm, com uma eficiência de retenção de 100%.

Para diâmetros de partículas em suspensão inferiores aos adotados nos cálculos pode-se
afirmar que o sistema projetado operará com eficiência reduzida no que diz respeito à
contenção de sedimentos. Observa-se que estruturas de contenção baseadas no conceito
utilizado não são eficazes para reterem coloides e argilas. Para este objetivo, é necessária a
implantação de unidades de floculação mecanizada e de decantação laminar, por exemplo.

Recomenda-se a verificação da eficiência de retenção dos sólidos com o acréscimo de


informações de campo, tais como ensaios granulométricos.

No desenho nº 1000MA-X-01251 é apresentado a planta do canal de proteção e a barreira em


gabião.

Sequencia Construtiva - Acesso a cava

Para o processo de implantação do acesso principal a cava, para fora de estrada, deverá ser
implantada inicialmente o canal de proteção da Mata Primária e da barreira de gabião.

Após implantação do canal de proteção seguirá a implantação do acesso a cava, permitindo


assim que o sedimento decorrente da implantação do acesso não atinja a Mata e seja
conduzido pelo canal para o Dique 2A.

DIQUES

Critérios e Premissas

Os seguintes critérios e premissas foram considerados na elaboração dos estudos:


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XXX  Para delimitação das bacias de contribuição dos diques foram utilizadas as
bases topográficas fornecidas pela VALE;
 Para determinação do uso e ocupação do solo foram utilizadas bases de
imagens de satélite obtidas gratuitamente no software Google Earth;
 Os diques foram concebidos em enrocamento e galgáveis;
 Não foram considerados retenção de argila, neste sentido o reservatório dos
diques terão capacidade de reter de areia fina a silte;
 Adotou-se como premissa a limpeza anual dos diques de contenção de
sedimentos;
 Os sistemas extravasores foram dimensionados para Precipitação Máxima
Provável (PMP).

Estudos Hidrossedimentológicos

Os reservatórios de estruturas de contenção de sedimentos são ferramentas de controle


ambientais comumente empregados em ambientes de mineração, em face da intensa
antropização de áreas. Por conseguinte, devido ao elevado potencial de geração de
sedimentos, deve apresentar 03 (três) zonas características, a saber:
 A primeira, mais profunda, denominada “volume morto”, que se destina ao
armazenamento de sedimentos passíveis de retenção no reservatório;
 A segunda, logo acima da primeira, é denominada “volume de residência” e
se destina à garantia de permanência no reservatório de descargas líquidas
afluentes ao mesmo, por um período de tempo tal que permita a aglutinação
e deposição de partículas transportadas; e
 A terceira, logo acima, situa-se a zona destinada ao trânsito de cheias pelo
reservatório, cuja finalidade consiste em auferir ao dique segurança devida no
tocante a aspectos hidrológico-hidráulicos.

A Figura 3.7, apresenta de maneira esquemática, as 03 zonas características das estruturas


de contenção de sedimentos.

Figura 3.7 - Zonas características dos reservatórios de estruturas de contenção de sedimentos.


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AXXX
seguir apresentam-se as metodologias utilizadas para o dimensionamento dos volumes,
morto e de residência.

Metodologia de Cálculo do Volume Morto

O dimensionamento do volume morto utiliza a Equação 3.4, descrita a seguir:

Equação 3.4

Em que:

 (VM) Volume Morto, em m³;


 (n) Intervalo de tempo admissível entre as manutenções do reservatório
(limpeza / desassoreamento), em ano. Em outras palavras, (n) indica a “Vida
Útil” desejada para os reservatórios, para o presente caso foi adotado
somente uma manutenção. Adotou-se como período mínimo de limpeza 12
meses;
 (i) Indexador adimensional associado a (N) possíveis tipos de uso e ocupação
do solo na bacia de contribuição do escoamento aos reservatórios;
 (ADi) Área de drenagem de uma sub-bacia com um tipo específico (i) de uso
e ocupação do solo, em hectare (ha); e
 (txi) Taxas de geração de sedimentos associada a um tipo específico (i) de
uso e ocupação do solo, em m³/ha.ano.

A Tabela 3.34 apresenta os valores de taxas de geração de sedimentos para cada tipo de uso
e ocupação do solo. Destaca-se que esses valores são muito utilizados em projetos de
estruturas de contenção de sedimentos.

Tabela 3.34 - Taxa de sedimentos por tipo de uso e ocupação do solo.


Tipo de uso e ocupação do solo Taxa de sedimentos admitidos

Terreno natural (Sigla: “TN”) 25 m³/ha.ano


Pilha (Sigla: “PI”) 400m³/ha.ano
Cava (Sigla: “PI”) 400m³/ha.ano
Área antropizada (Sigla: “AA”) 150 m³/ha.ano
Área da planta industrial (“AP”) 100 m³/ha.ano

Para este projeto, foram mapeados 05 (cinco) tipos de uso e ocupação do solo, a montante
das estruturas de contenção de sedimentos estudadas. Os mapeamentos foram realizados
para todas as estruturas de contenção de sedimentos, conforme Figura 3.8 a Figura 3.11.
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XXX

Figura 3.8 - Bacias de Contribuição e Uso e Ocupação do solo – Dique 1A.

Figura 3.9 - Bacias de Contribuição e Uso e Ocupação do solo – Dique 2A.


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XXX

Figura 3.10 - Bacias de Contribuição e Uso e Ocupação do solo – Dique 2B.

Figura 3.11 - Bacias de Contribuição e Uso e Ocupação do solo – Dique 3.


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XXX
A Tabela 3.35, a seguir, apresenta as bacias de contribuição e as áreas de delimitação para
cada uso e ocupação do solo de cada um dos diques.

Tabela 3.35 - Bacias de contribuição e uso e ocupação do solo.


Área de Drenagem (ha)
Estrutura Área da
Área
Terreno Natura Pilha Cava Planta Área total
Antropizada
Industrial
Dique 1A 246,7 - 296,9 3,63 - 547,2
Dique 2A 64,8 55,1 54,49 3,49 - 177,9
Dique 2B 246,9 223,06 - 246,9 84,0 880,9
Dique 3 68,1 - 84,0 3,58 - 155,6
Dique 1A 246,7 - 296,9 3,63 - 547,2

Metodologia de Cálculo do Volume de Residência

Conforme já mencionado, o volume de Residência é o garantidor da permanência de


descargas líquidas pelo reservatório por um período de tempo específico, denominado
“Tempo de Residência”, que pode ser definido genericamente como o quociente do volume
do reservatório pela vazão em trânsito.

O Tempo de Residência depende, portanto, da magnitude da afluência líquida que transporta


o sedimento até o reservatório, reduzindo-se durante a ocorrência de cheias. Contudo, está
também associado, implicitamente, a propriedades intrínsecas dos sedimentos, a exemplo da
granulometria do material.

Diante do exposto, o volume de detenção necessário para sedimentação das partículas foi
determinado a partir da verificação da eficiência de retenção dos reservatórios. Essa avaliação
foi realizada comparando os tempos de queda das partículas com os tempos de residência
médio das vazões referentes a um evento com Tempo de Recorrência de 02 anos e duração
de 24 horas, conforme metodologia proposta por Haan (1993).

Também, segundo Cicareli (2011) [1], os reservatórios das estruturas de retenção de


sedimento operam com o conceito de tempo de residência, que pode ser definido como o
quociente entre o volume total do reservatório e a vazão de trânsito. Obviamente, o tempo de
residência depende da magnitude da vazão em transito pelo reservatório, reduzindo-se
durante a ocorrência de cheias. Pode-se estabelecer um conceito para o dimensionamento de
estruturas de contenção de sedimentos, em função do tempo de residência, considerando a
vazão dominante como critério de cálculo do volume a ser alocado. No caso, a vazão
dominante pode ser fixada no valor equivalente ao pico da cheia com período de retorno de 2
anos, que representa um evento morfogenético de transporte de sedimentos.

[1]
Fonte: PINHEIRO, M.C.; Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e Dimensionamentos Hidráulicos em Obras de Mineração.
Editora ABRH, Porto Alegre-RS, 2011.
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Na
XXXTabela 3.36 são apresentadas as velocidades de queda das partículas sólidas para
regimes de escoamento permanente laminar em função dos diâmetros dos grãos.

Tabela 3.36 - Tempo de Queda das Partículas Sólidas.


Parâmetros Sedimentométricos

Velocidade de Queda da
Descrição Diâmetro dos Grãos (mm)
Partícula (m/s)
Areia Média 0,200 3,43E-02
Areia Fina 0,060 3,08E-03
Silte 0,010 8,57E-05
Argila 0,001 8,57E-06
Referência: Escala Granulométrica da ABNT

A determinação da Q24,2 foi realizada por meio da aplicação do Método Racional, o qual é
aplicado quando a área de drenagem da bacia de contribuição não ultrapasse 1,0 km². A
Equação 3.5, a seguir, apresenta a formulação do Método Racional, que consiste na
transformação chuva-vazão.

Q24,2  0,278  C  i  AD Equação 3.5

Em que:
 (Q24,2) denota a vazão associada a precipitação de 24 horas e 2 anos de tempo de
retorno, em m³/s;
 (AD) denota a área de drenagem da bacia de contribuição, em km²;
 (C) denota o coeficiente adimensional de escoamento superficial de uma dada bacia
de contribuição. Esse coeficiente depende das características geológicas e condições
de uso e ocupação do solo da bacia de contribuição e permite determinar a chuva
efetiva, ou seja, a parcela da chuva que se transformará em escoamento superficial.
Nesse estudo, foram adotados (C) igual a 0,25 para áreas de terreno natural, 0,40 para
áreas de pilhas, 0,45 para áreas de cavas, 0,50 para áreas antropizadas e 0,60 para
área de planta industrial; e
 (i) denota a intensidade da chuva de projeto, em mm/h. A chuva de projeto, com 2 anos
de tempo de retorno, está associada à duração igual 24h, obtida na Tabela 3.1.

Na Tabela 3.37 são apresentadas as vazões derivadas da chuva de 24h de duração e 2 anos
de tempo de retorno.
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XXX Tabela 3.37 - Vazões de TR 2 anos e Duração 24 horas.


Área de Contribuição Total
Estrutura Cponderado Vazão Afluente (m³/s)
(km²)

Dique 1A 5,47 0,360 2,51

Dique 2A 1,78 0,363 0,822

Dique 2B 8,01 0,406 4,14

Dique 3 1,56 0,364 0,72

Apresentação de Resultados

A Tabela 3.38 apresenta os volumes característicos previstos para contenção de sedimentos


nos reservatórios das estruturas de contenção, bem como o tempo de residência da cheia de
TR 02 anos e duração de 24 horas.

Tabela 3.38 - Volumes Característicos do Reservatório.


Aporte de
Cota Volume Volume útil Período
Área de Sediment Cota de Tempo de
máxima dos de para de
Estrutura Contribuição os vertimento residência
sedimentos Morto sedimentação limpezas
(ha) mensal (m) (h)
(m) (m³) (m³) (mês)
(m3)

Dique 1A 5,47 5.543 1.081,50 72.453 199.557 1.089,00 13,3 22,1

Dique 2A 1,78 2.879 1.282,50 34.726 16.851 1.284,50 12,1 5,70

113.34
Dique 2B 8,01 8.650 1.032,00 255.282 1.039,00 13,1 17,1
8

Dique 3 1,56 1.542 1.182,50 19.645 33.793 1.187,00 12,7 13,0

Confrontando os resultados apresentados, verifica-se que os reservatórios dos diques,


apresentam propriedades geométricas capazes de garantir a retenção dos grãos entre areia
fina a silte, para diâmetros iguais ou superiores a 0,01 mm, com uma eficiência de retenção
de 90%.

Sistema Extravasor dos Diques

Caracterização da bacia hidrográfica

Um dos principais parâmetros hidrológicos e de maior impacto nos estudos de vazões


máximas é o que define a parcela da precipitação que será transformada em escoamento
superficial durante um evento chuvoso em uma bacia hidrográfica. Para os estudos de vazões
máximas, utilizados na verificação das estruturas do CMC, adotou-se o Modelo CN do SCS
(Soil Conservation Service) como o módulo de produção da chuva efetiva.

O modelo CN utiliza um parâmetro de referência, o Curve Number, para atribuir, a diferentes


tipos de solo e cobertura vegetal, diferentes pesos na infiltração e perdas totais do
escoamento.
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XXX
Para a definição individual do parâmetro CN foram considerados valores de referência para
solos tipo B e condição de umidade antecedente II.

Para determinação do CN ponderado das bacias de contribuição foi feita a delimitação de


bacias a partir do modelo digital de elevação (MDE) obtido pelo projeto Shuttle Radar
Topography Mission (SRTM) com resolução de 30 metros, disponibilizados pela National
Aeronautics and Space Administration – NASA.

Para tanto, foi realizada a seguinte rotina de etapas no software ArcGIS 10.0, que envolve
ferramentas do “Spatial Analist tools”:

 Fill: preenche a superfície do raster removendo pequenas imperfeições;


 Flow Direction: gera um mapa de direção de fluxo do raster, pixel a pixel;
 Flow Acumulation: calcula o fluxo acumulado;
 Watershed: delimita a bacia hidrográfica com base em um ponto de referência;
 Raster to Features: transforma o raster gerado em polígono.

O uso do software para este fim elimina, a princípio, a subjetividade inerente ao traçado
manual da bacia a partir das curvas de nível da base topográfica. O resultado extraído do
software passa, posteriormente, por ajuste fino, realizado manualmente.

A definição de uso do solo também foi realizada de maneira automática, por meio da
classificação supervisionada com a ferramenta Image Classification do ArcGIS 10.0.
Posteriormente a essa classificação foi realizada uma validação manual do uso do solo
gerado.

Para a análise da área de contribuição dos diques de contenção de sedimentos que compõe
a Mina Apolo, a área em questão foi classificada e subdividida em 6 tipologias distintas como
apresentado na Tabela 3.39 que assumiram os seguintes valores para o parâmetro CN:

Tabela 3.39 – Valores de CN para cada tipo de solo na bacia de contribuição da


Mina Apolo
Classes de uso CN
Vegetação arbórea 55
Vegetação rasteira 61
Água/lago 100
Solo 82
Urbana 88

Outro fator importante a ser considerado na caracterização da bacia hidrográfica é a abstração


inicial (Ia), que corresponde à precipitação que antecede ao escoamento superficial e equivale
à 20% da capacidade máxima de infiltração na bacia, segundo modelos experimentais do
SCS. A fórmula para cálculo da Ia, Equação 3.6, é apresentada a seguir:
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XXX
25400
𝐼𝑎 = 0,2 ∙ ( ) − 254
𝐶𝑁 Equação 3.6

A declividade média equivalente do talvegue principal da bacia é calculada a partir do seu


perfil longitudinal com aplicação da Equação 3.2:
2

∑𝑖 𝐿𝑖
𝑆0 = Equação 3.7
𝐿
∑𝑖 𝑖
[ √𝑆𝑖 ]

Onde:
 S0 = Declividade média equivalente (m/m).
 Li = comprimento de cada trecho (m);
 S0 = declividade de cada trecho (m/m).

O tempo de concentração (Tc) foi calculado utilizando a formulação proposta por Kirpich
(Equação 3.8) de acordo com as características da bacia como tamanho da área de drenagem
e declividade média equivalente. Para determinação das vazões de projeto pelo método do
NRCS foi utilizado o parâmetro Lag time, que é obtido a partir da aplicação do fator de 0,6 ao
resultado do tempo de concentração.
0,385
𝐿2
𝑡𝑐 = 0,39 ∙ ( ) Equação 3.8
𝑆𝑒

Onde:
 tc = Tempo de concentração (h);
 L = Extensão do talvegue (km);
 Se = Declividade média do talvegue (%).

O resumo do resultado obtido para caracterização das bacias hidrográficas pertencentes a


Mina Apolo é apresentada na Tabela 3.40:
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XXXTabela 3.40 – Resultados da caracterização física das bacias de contribuição das estruturas
componentes da Mina Apolo
Área de Declividade Talvegue Abstrações
Tc Lag Time CN
Estrutura drenagem equivalente Principal Iniciais
(horas) (min) Ponderado
(km²) (%) (km) (m/m)
Dique 1A 3.34 11.53 2.32 0.29 10.46 57.2 38.1

Dique 2A 1.21 10.72 1.49 0.21 7.64 56.81 38.62

Dique 2B 4.79 1.99 3.89 1.80 64.90 55.73 40.36

Dique 3 0.82 20.88 1.57 0.38 13.61 59.35 34.79

Metodologia para definição das vazões afluente

Obedecendo ao estabelecido na ABNT NBR 13.028/2017, o tempo de retorno mínimo a ser


considerado para dimensionamento do sistema extravasor em função das consequências ou
legislação vigente está relacionado ao dano potencial alto, no caso dos diques de contenção
de sedimentos, com a priori não foi realizado a classificação do dano potencial, optou-se por
verificar a condição mais crítica, considerando para os estudos a Precipitação Máxima
Provável (PMP).

Neste estudo, além dos TR´s citados, também será a presentada a condição de operação para
PMP (hidrogramas afluentes e defluentes) para entendimento completo da ordem de grandeza
das vazões.

A partir dos valores de precipitação apresentados na Tabela 3.41 e utilizando-se métodos


indiretos de transformação chuva-vazão, foram determinadas as vazões de projeto para
verificação hidráulica do sistema extravasor dos diques de contenção de sedimentos de Mina
Apolo. O modelo matemático utilizado foi o HEC-HMS – Hydrologic Modeling System,
desenvolvido pelo Hydrologic Engineering Center, órgão colegiado do U.S. Army Corps of
Engineers, versão 4.2.1.
Para transformação da chuva incidente na bacia em vazão, adotou-se, para simulação no
HEC-HMS, o método do “SCS Unit Hydrograph Transform”. Neste método, a definição do
hidrograma baseia-se no percentual do escoamento que ocorre antes do pico do hidrograma
(NRSC, 2007). Incorporados ao modelo matemático do software, existem alguns padrões de
hidrograma relacionados a diferentes percentuais do escoamento ocorrendo antes do pico de
vazão. No “default” do programa, é indicada a utilização do “peak rate factor" – PRF de 484,
que está relacionado à ocorrência de 37,5% do escoamento antes do pico do hidrograma.

Verificação do sistema extravasor - Trânsito de Cheia

Os sistemas extravasares dos diques de contenção de sedimento pertencentes ao complexo


da Mina Apolo, devem conduzir, de forma ordenada, as vazões defluentes do reservatório até
o talvegue natural, garantindo a segurança hidráulica do dique. O correto dimensionamento
de um extravasor deve pautar-se na convergência entre a capacidade de descarga da
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estrutura
XXX e o pico do hidrograma amortecido pelo reservatório, calculado pela simulação do
trânsito do hidrograma de cheia.

A simulação do trânsito de cheia pelo reservatório da barragem foi realizada com o emprego
do Método de Puls Modificado, incorporado ao modelo matemático HEC-HMS (USACE, 2013).
Esse método é baseado na discretização em diferenças finitas da equação do balanço hídrico,
utilizando como elementos de cálculo as relações cota x descarga do vertedouro e cota x
volume do reservatório, além do hidrograma de vazões afluentes de projeto.

Vale ressaltar que o sistema extravasor de todas as estruturas foi previsto para serem
implantados no maciço do barramento, feitos em enrocamento considerando 1,0 m de
diferença entre a soleira do extravasor e a crista do dique.

Apresenta-se na Tabela 3.42 o resumo das informações consideradas para a simulação do


trânsito de cheia das estruturas vertentes dos diques de contenção de rejeito, com as
respectivas definições da geometria do emboque que será verificado.

Tabela 3.42 – Cotas e dimensões dos emboques dos diques de contenção de sedimentos a
serem considerados – Mina Apolo
Dimensões do emboque
Cota da do vertedouro
Cota da
Estrutura soleira do
crista (m)
vertedouro m) Base (m) Talude (m)

Dique 1A 1090,0 1089,0 42,0 1,5:1

Dique 2A 1285,5 1284,5 16,0 1,5:1

Dique 2B 1039,0 1039,0 50,0 1,5:1

Dique 3 1087,0 1087,0 15,0 1,5:1

Foram verificados a capacidade de descarga do sistema extravasor a partir da definição dos


emboques definido na Tabela 3.43 acima.

A determinação da curva de descarga dos extravasares dos diques foi efetuada a partir da
Equação 3.9 a seguir, indicada para vertedores de soleira espeça.
3
𝑄 = 𝐶𝑑 ∙ 𝐿 ∙ 𝐻 2 Equação 3.10

Sendo:

 Q = vazão vertida (m³/s);


 Cd = coeficiente de descarga (admensional), para o presente
dimensionamento, adotou-se Cd igual a 1,7;
 L = largura efetiva da soleira (m);
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XXX  H = carga hidráulica sobre a soleira (m).

A descrição dos sistemas extravasares, a relação curva cota x descarga e a curva cota-área-
volume, obtidas para cada um dos sistemas extravasares dos diques são apresentados na
sequência.

DIQUE 1A

O Dique 1A foi dimensionado para crista na El. 1090,0 m e a soleira do extravasor na El.
1089,0 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 42 m e talude (inclinação da parede) de 1,5(H):1(V).

A Tabela 3.44 apresenta a relação cota x descarga do respectivo extravasor e


respectivamente na Figura 3.12 é ilustrado graficamente.

Tabela 3.44 – Relação Cota x Descarga do Extravasor do Dique 1A


Elevação (m) Q (m³/s)
1089.00 0.00
1089.10 0.00
1089.20 6.43
1089.30 11.86
1089.40 18.32
1089.50 25.69
1089.60 33.89
1089.70 42.86
1089.80 52.55
1089.90 62.92
1090.00 73.95
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XXX Curva cota x descarga do extravasor - Dique 1A


1.090,2

1.090,0

1.089,8
N.A. (m)

1.089,6

1.089,4

1.089,2

1.089,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0
Vazão (m³/s)

Figura 3.12 – Curva de Descarga do Extravasor do Dique 1A

A relação Cota x área x volume é apresentado na sequência na Tabela 3.45 e apresentado


respectivamente na Figura 3.13 graficamente.

Tabela 3.45 – Relação Cota x Área x Volume do reservatório do Dique 1A


Volume acumulado
Cota (m) Área (m²)
(m³)
1089.0 37.979,37 -
1089.1 38.327,01 3.815,31
1089.2 38.674,64 7.665,37
1089.3 39.022,28 11.550,21
1089.4 39.369,91 15.469,80
1089.5 39.717,55 19.424,16
1089.6 40.065,18 23.413,29
1089.7 40.412,82 27.437,17
1089.8 40.760,45 31.495,83
1089.9 41.108,09 35.589,24
1090.0 41.455,72 39.704,86
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XXX

Figura 3.13 – Curva cota x área x volume do Dique 1A, considerando a base topográfica
fornecida pela VALE

DIQUE 2A

O Dique 2A foi dimensionado para crista na El. 1285,5 m e a soleira do extravasor na El.
1284,5,0 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 16 m e talude (inclinação da parede) de 1,5(H):1(V).

A Tabela 3.46 apresenta a relação cota x descarga do respectivo extravasor e


respectivamente na Figura 3.14 é ilustrado graficamente.

Tabela 3.46 – Relação Cota x Descarga do Extravasor do Dique 2A


Elevação (m) Q (m³/s)
1284.50 0.00
1284.60 0.00
1284.70 2.48
1284.80 4.60
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XXX Elevação (m) Q (m³/s)


1284.90 7.14
1285.00 10.07
1285.10 13.35
1285.20 16.98
1285.30 20.92
1285.40 25.18
1285.50 29.75

Curva cota x descarga do extravasor - Dique 2A


1.285,6

1.285,4

1.285,2
N.A. (m)

1.285,0

1.284,8

1.284,6

1.284,4
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
Vazão (m³/s)

Figura 3.14 – Curva de Descarga do Extravasor do Dique 2A

A relação Cota x área x volume é apresentado na sequência na Tabela 3.47 e apresentado


respectivamente na Figura 3.15 graficamente.

Tabela 3.47 – Relação Cota x Área x Volume do reservatório do Dique 2A


Volume acumulado
Cota (m) Área (m²)
(m³)
1284.5 9.631,54 -
1284.6 9.756,17 969.38
1284.7 9.880,80 1.951,22
1284.8 10.005,44 2,945.53
1284.9 10.130,07 3.952,30
1285 10.254,70 4.971,53
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XXX Volume acumulado


Cota (m) Área (m²)
(m³)
1285.1 10.378,46 6.003,18
1285.2 10.502,22 7.047,21
1285.3 10.625,99 8.103,61
1285.4 10.749,75 9.172,39
1285.5 10.873,51 10.252,04

Figura 3.15 – Curva cota x área x volume do Dique 2A, considerando a base topográfica
fornecida pela VALE
DIQUE 2B

O Dique 2B foi dimensionado para crista na El. 1040,0 m e a soleira do extravasor na El.
1039,0 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 50 m e talude (inclinação da parede) de 1,5(H):1(V).

A Tabela 3.48 apresenta a relação cota x descarga do respectivo extravasor e


respectivamente na Figura 3.16 é ilustrado graficamente.
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XXX Tabela 3.48 – Relação Cota x Descarga do Extravasor do Dique 2B


Elevação (m) Q (m³/s)
1039.00 0.00
1039.10 0.00
1039.20 7.65
1039.30 14.09
1039.40 21.76
1039.50 30.50
1039.60 40.22
1039.70 50.83
1039.80 62.28
1039.90 74.53
1040.00 87.55

Curva cota x descarga do extravasor - Dique 2B


1.040,2

1.040,0

1.039,8
N.A. (m)

1.039,6

1.039,4

1.039,2

1.039,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Vazão (m³/s)

Figura 3.16 – Curva de Descarga do Extravasor do Dique 2B

A relação Cota x área x volume é apresentado na sequência Tabela 3.49 e apresentado


respectivamente na Figura 3.17 graficamente.

Tabela 3.49 – Relação Cota x Área x Volume do reservatório do Dique 2B


Volume acumulado
Cota (m) Área (m²)
(m³)
1039.0 51.262,37 -
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XXX Volume acumulado


Cota (m) Área (m²)
(m³)
1039.1 51.787,52 5.152,47
1039.2 52.312,66 10.357,46
1039.3 52.837,81 15.614,96
1039.4 53.362,95 20.924,98
1039.5 53.888,10 26.287,51
1039.6 54.413,24 31.702,55
1039.7 54.938,39 37.170,11
1039.8 55.463,53 42.690,19
1039.9 55.988,68 48.262,78
1040.0 56.513,82 53.866,76

Figura 3.17 – Curva cota x área x volume do Dique 2B, considerando a base topográfica
fornecida pela VALE
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DIQUE
XXX 3

O Dique 3 foi dimensionado para crista na El. 1188,0 m e a soleira do extravasor na El. 1187,0
m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção trapezoidal com
largura de 15 m e talude (inclinação da parede) de 1,5(H):1(V).

A Tabela 3.50 apresenta a relação cota x descarga do respectivo extravasor e


respectivamente na Figura 3.18 é ilustrado graficamente.

Tabela 3.50 – Relação Cota x Descarga do Extravasor do Dique 3


Elevação (m) Q (m³/s)
1187.00 0.00
1187.10 0.00
1187.20 2.33
1187.30 4.32
1187.40 6.71
1187.50 9.47
1187.60 12.56
1187.70 15.98
1187.80 19.71
1187.90 23.73
1188.00 28.05

Curva cota x descarga do extravasor - Dique 3


1.188,2

1.188,0

1.187,8
N.A. (m)

1.187,6

1.187,4

1.187,2

1.187,0
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Vazão (m³/s)

Figura 3.18 – Curva de Descarga do Extravasor do Dique 3


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A relação Cota x área x volume é apresentado na sequência na Tabela 3.51 e apresentado
respectivamente na Figura 3.19 graficamente.

Tabela 3.51 – Relação Cota x Área x Volume do reservatório do Dique 2B


Volume acumulado
Cota (m) Área (m²)
(m³)

1187.0 9.913,93 -
1187.1 10.019,58 996.67
1187.2 10.125,24 2,003.91
1187.3 10.230,89 3,021.71
1187.4 10.336,55 4,050.08
1187.5 10.442, 20 5.089,01
1187.6 10.547,85 6.138,51
1187.7 10.653,51 7.198,57
1187.8 10.759,16 8.269,20
1187.9 10.864,82 9.350,40
1188.0 10.970,47 10.437,74
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XXX

Figura 3.19 – Curva cota x área x volume do Dique 3, considerando a base topográfica
fornecida pela VALE

Avaliação do trânsito de cheias das calhas dos sistemas extravasares

De posse dos resultados dos estudos hidrológicos, para verificação do sistema extravasor dos
diques de contenção de sedimentos, com auxílio do modelo matemático HEC-HMS (versão
4.2.1), simulações para os eventos de chuva com durações variando de 30 mim a 240 horas
– 10 dias, de maneira a se determinar a duração crítica, ou seja, aquela que resultará na maior
vazão defluente, associada ao extravasor existente.

Esta verificação foi feita para uma vazão decorrente de uma Precipitação Máxima Provável
(PMP) e realizada a partir dos hidrogramas de vazão afluentes. Para a realização das
simulações adotou-se, como nível de água inicial dos reservatórios, as cotas correspondentes
à soleira vertente como informado na Tabela 3.42. Os potenciais de amortecimento dos
reservatórios das referidas estruturas foram concebidos nesta verificação para avaliação do
trânsito de cheia, conforme indicam os resultados apresentados na sequência.
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GERAL RL-1000MA-X-46267 58/65
MINA APOLO – ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA ADA Nº (CONTRATADA) REV.
APÊNDICE A
DF18-015-1-EG-RTE-0001 A

XXX Tabela 3.52 – Resultado das simulações para PMP – Dique 1A


PMP
Dique 1A

Duração Vazão Afluente (m³/s) Vazão Defluente (m³/s) Elevação (m)

30min 11.32 10.11 1089.27


1h 21.26 19.77 1089.42
2h 35.42 34.03 1089.60
3h 39.48 38.49 1089.65
4h 39.79 39.10 1089.66
6h 37.13 36.76 1089.63
8h 33.89 33.60 1089.60
10h 30.93 30.77 1089.56
12h 28.15 28.04 1089.53
18h 22.13 22.10 1089.45
24h 18.40 18.38 1089.40
48h 12.26 12.25 1089.31
72h 10.06 10.05 1089.27
120h 8.36 8.36 1089.24
168h 8.58 8.64 1089.24
240h 2.22 1.42 1089.12

Tabela 3.53 – Resultado das simulações para PMP – Dique 2A


PMP
Dique 2A

Duração Vazão Afluente (m³/s) Vazão Defluente (m³/s) Elevação (m)

30min 7.08 6.29 1284.87


1h 12.14 11.39 1285.04
2h 17.57 17.09 1285.20
3h 17.98 17.71 1285.22
4h 17.18 16.99 1285.20
6h 15.05 14.96 1285.14
8h 13.20 13.15 1285.09
10h 11.74 11.71 1285.05
12h 10.49 10.48 1285.01
18h 8.08 8.08 1284.93
24h 6.67 6.67 1284.88
48h 4.42 4.42 1284.79
72h 3.65 3.65 1284.76
120h 3.03 3.03 1284.73
168h 3.10 3.14 1284.73
CLASSIFICAÇÃO: MINA APOLO
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XXX PMP
Dique 2A

Duração Vazão Afluente (m³/s) Vazão Defluente (m³/s) Elevação (m)

240h 0.78 0.78 1284.62

Tabela 3.54 – Resultado das simulações para PMP – Dique 2B


PMP
Dique 2B

Duração Vazão Afluente (m³/s) Vazão Defluente (m³/s) Elevação (m)

30min 10.39 9.60 1039.23


1h 20.73 19.48 1039.37
2h 37.67 36.48 1039.56
3h 44.45 43.42 1039.63
4h 46.67 45.85 1039.65
6h 45.78 45.29 1039.65
8h 43.00 42.69 1039.62
10h 40.13 39.87 1039.60
12h 37.11 36.93 1039.57
18h 30.08 30.00 1039.49
24h 25.31 25.28 1039.44
48h 17.10 17.10 1039.34
72h 14.10 14.09 1039.30
120h 11.78 11.78 1039.26
168h 12.17 12.27 1039.27
240h 2.82 1.81 1039.12

Tabela 3.55 – Resultado das simulações para PMP – Dique 3


PMP
Dique 3

Duração Vazão Afluente (m³/s) Vazão Defluente (m³/s) Elevação (m)

30min 9.28 7.20 1187.42


1h 13.29 11.57 1187.57
2h 16.05 15.24 1187.68
3h 15.20 14.77 1187.67
4h 13.83 13.59 1187.63
6h 11.48 11.39 1187.56
8h 9.78 9.74 1187.51
10h 8.57 8.55 1187.47
12h 7.61 7.60 1187.43
18h 5.80 5.79 1187.36
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XXX PMP
Dique 3

Duração Vazão Afluente (m³/s) Vazão Defluente (m³/s) Elevação (m)

24h 4.76 4.76 1187.32


48h 3.13 3.12 1187.24
72h 2.56 2.55 1187.21
120h 2.11 2.11 1187.19
168h 2.14 2.14 1187.19
240h 0.64 0.41 1187.12

A Tabela 3.56 apresenta uma síntese dos resultados encontrados nos cálculos do trânsito
de cheia nos reservatórios dos diques da Mina Apolo, para as durações críticas. Lembrando
que foram consideradas para a simulação PMP.

Tabela 3.56 – Resultados do Trânsito de Cheia para as Durações Críticas


Variável 1A 2A 2B 3

Duração crítica (horas) 4 3 4 2


Vazão Máxima Afluente (m³/s) 39.79 17.98 46.67 16.05
Vazão Máxima Defluente (m³/s) 39.10 17.71 45.85 15.24
Elevação Máxima do Nível de Água (m) 1089.66 1285.22 1039.65 1187,68
Cota do Coroamento (m) 1090,00 1285.50 1040,00 1188.00
Soleira do extravasor 1089,00 1284.50 1039,00 1187.00
Borda Livre (m) 0,34 0,28 0,35 0,32

Ressalta-se que para PMP não é necessário considerar borda livre, no entanto, de maneira a
considerar o estudo mais conservador, as bordas livres foram consideradas a partir do cálculo
do Fetch.

Os arranjos dos diques são apresentados nos respectivos desenhos 1000MA-X-01245 (Dique
1A), 1000MA-X-01246 (Dique 2A), 1000MA-X-01247 (Dique 2B) e 1000MA-X-01248 (Dique
3).

Avaliação das calhas dos sistemas extravasares e blocos de enrocamento

Conforme já abordado, as calhas dos sistemas extravasares foram dimensionadas para uma
vazão referente a Precipitação Máxima Provável (PMP).

As análises foram realizadas para as seções de cada dique de contenção de rejeitos, que
representam o comportamento hidráulico dos canais proposto como um todo. Por se tratar de
uma estrutura em enrocamento, a definição do D50 e do coeficiente de rugosidade de Manning
se faz necessária.
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No
XXXtrecho inicial (declividade de 2%), adotou-se a metodologia preconizada por Abt et al.
(1978a), Abt et al. (1978b), Abt e Johnson (1991) e Abt et al. (2008). Estas metodologias estão
presentes no software SisCCoH 1.0 desenvolvido pela UFMG, utilizado como ferramenta para
subsídio das análises.

Já no trecho final (declividade de 33%), a metodologia utilizada foi a descrita em Robinson et


al. (1998). Segundo esta metodologia, o D50 é determinado a partir da Equação 3.11:
1
𝑞 ∙ 𝑆0,58 1,89
𝐷50 = [ ] Equação 3.12
8,07 ∙ 10−6

Onde:
 D50: diâmetro médio do enrocamento (mm);
 q: vazão específica (m³/s/m);
 S: declividade longitudinal (m/m).

A determinação do coeficiente de rugosidade de Manning, para o D 50 utilizado no projeto, a


partir da metodologia proposta por Robinson et al. (1998), se dá a partir da Equação 3.13:

𝑛 = 0,0292 ∙ (𝐷50 ∙ 𝑆)0,147 Equação 3.14

Onde:
 n: coeficiente de rugosidade de Manning;
 D50: diâmetro médio do enrocamento (mm);
 S: declividade longitudinal (m/m).

Os resultados obtidos para cada dique estão apresentados nas tabelas a seguir:

Tabela 3.57 – Dimensionamento do diâmetro médio do enrocamento para o canal de


drenagem proposto – Dique 1A
Dimensionamento D50 – DIQUE 1A
Vazão de Projeto - Qp (m³/s) 39,10
Largura Inferior - b (m) 42,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (emboque) 1,5
Inclinação Lateral - Z (h/v) (descida) 2,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (canal de jusante) 2,0
Declividade - I (m/m) 0,333
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Calculado (m) 0,406
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Adotado (m) 0,50
Coeficiente de Manning Associado ao D50 - n 0,058
Profundidade Normal - y (m) 0,24
Espessura do Enrocamento - e enroc (m) 1,0
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XXXTabela 3.58 – Dimensionamento do diâmetro médio do enrocamento para o canal de


drenagem proposto – Dique 2A
Dimensionamento D50 – DIQUE 2A
Vazão de Projeto - Qp (m³/s) 18,0
Largura Inferior - b (m) 16,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (emboque) 1,5
Inclinação Lateral - Z (h/v) (descida) 2,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (canal de jusante) 2,0
Declividade - I (m/m) 0,333
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Calculado (m) 0,44
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Adotado (m) 0,50
Coeficiente de Manning Associado ao D50 - n 0,059
Profundidade Normal - y (m) 0,27
Espessura do Enrocamento - e enroc (m) 1,0

Tabela 3.59 – Dimensionamento do diâmetro médio do enrocamento para o canal de


drenagem proposto – Dique 2B
Dimensionamento D50 – DIQUE 2B
Vazão de Projeto - Qp (m³/s) 46,7
Largura Inferior - b (m) 50,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (emboque) 1,5
Inclinação Lateral - Z (h/v) (descida) 2,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (canal de jusante) 2,0
Declividade - I (m/m) 0,333
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Calculado (m) 0,40
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Adotado (m) 0,50
Coeficiente de Manning Associado ao D50 - n 0,058
Profundidade Normal - y (m) 0,24
Espessura do Enrocamento - e enroc (m) 1,0

Tabela 3.60 – Dimensionamento do diâmetro médio do enrocamento para o canal de


drenagem proposto – Dique 3
Dimensionamento D50 – DIQUE 2B
Vazão de Projeto - Qp (m³/s) 15,2
Largura Inferior - b (m) 15
Inclinação Lateral - Z (h/v) (emboque) 1,5
Inclinação Lateral - Z (h/v) (descida) 2,0
Inclinação Lateral - Z (h/v) (canal de jusante) 2,0
Declividade - I (m/m) 0,333
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Calculado (m) 0,42
Diâmetro Médio do Enrocamento - D50 Adotado (m) 0,50
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XXX Dimensionamento D50 – DIQUE 2B


Coeficiente de Manning Associado ao D50 - n 0,059
Profundidade Normal - y (m) 0,25
Espessura do Enrocamento - e enroc (m) 1,0

Para efeito de simplificação do projeto, adotou-se um D50 único para todas as estruturas de
dique, equivalente a 0,50 m.

No entanto, caso ocorram necessidade de adequações de campo principalmente quando


houver declividade acentuada (declividade de 33%) no sentido de diminuição da largura da
calha vertente para se evitar escavação de terreno natural nas ombreiras (em função de
condição topográfica onde a escavação para adequação da calha encontre o terreno natural)
a graduação dos blocos deve ser modificada para aderência à nova vazão específica.

Sistema de desvio para implantação dos diques

O presente item tem como principal finalidade apresentar as estruturas de desvio a serem
implantadas, durante a execução dos diques de contenção de sedimentos.
Os sistemas de desvio serão responsáveis por proteger as frentes de obras e permitir a
construção dos maciços, minimizando a possibilidade de ocorrência de inundações devido a
eventos chuvosos.

Os sistemas de desvio diques 2A, 2B e 3 deverão operar durante um único período de


estiagem (6 meses de seca), e caso as obras não sejam concluídas no tempo previsto,
avançando o período chuvoso subsequente, os dimensionamentos apresentados deverão ser
revisados. Já para o Dique 1A, conforme apresentado no relatório RL-1040MA-X-
83506_REV_4, as obras de construção do maciço poderão durar até 1 ano.

É importante ressaltar que é pratica adotar-se um risco hidrológico de até 5% para esses tipos
de obras. O cálculo do risco hidrológico pode ser realizado pela Equação 3.15:

1 𝑛
𝑅 = 1 − (1 − ) Equação 3.16
𝑇𝑅

Em que:
 (R) denota o risco hidrológico, em %;
 (TR) denota o tempo de retorno, em anos; e
 (n) é o tempo de exposição ao risco ou a duração da obra, em anos.

Diante do exposto, para um risco hidrológico de 5%, para determinação das vazões de projeto
foram adotados os quantis de chuva de 25 anos de tempo de retorno para o período seco
(Tabela 3.61) para os diques 2A, 2B e 3 e 25 anos de tempo de retorno para o período chuvoso
(Tabela 3.62) para o Dique 1A.
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Em
XXXlinhas gerais, procedeu-se à aplicação da metodologia de transformação de chuva-vazão,
através do método consagrado do SCS.

Destaca-se que para os diques 1A, 2A, 2B foram mantidas as mesmas estruturas de desvio
projetados pelas empresas WALM e GEOESTRUTURAL. Já para o Dique 3 como houve
alteração do seu eixo, foi proposto um novo sistema de desvio. A seguir são apresentadas as
estruturas de desvio para cada dique.

Dique 1A

Conforme apresentado nos documentos RL-1040MA-X-83506_REV_4 e 1040MA-X-96558,


para o sistema de desvio do Dique 1A, deverá ser implantado uma ensecadeira e uma galeria
simples celular em concreto de 2,00 m de base e 1,50 m de altura, capaz de conduzir uma
vazão de projeto de 21,7 m³/s. Ressalta-se que a cota de coroamento da ensecadeira deverá
ser posicionada na elevação 1.083,69 m correspondente a geratriz inferior da entrada da
galeria somada à carga hidráulica a montante (Hw= 7,7 m) e a uma borda livre de pelo menos
1,00 m.

Dique 2A

Conforme os documentos RL-9024MA-X-01957 e 9024MA-X-09159 o sistema de desvio será


composto por uma ensecadeira e canal de desvio a fim de conduzir o fluxo para jusante do
local das obras.

Considerando que o volume disponível para amortecimento não é representativo, não foi
considerado amortecimento das vazões de projeto, sendo a vazão afluente igual a vazão
defluente, e então realizado o dimensionamento hidráulico das estruturas do sistema de
desvio.

O canal de desvio foi concebido em seção trapezoidal, inclinação lateral de 0,50(H):1,00(V),


altura de 1,40 m, sem borda livre e com inclinação longitudinal de 0,5%.

É importante ressaltar que no final do canal de desvio, há um trecho com declividades


acentuadas. Dessa maneira, foi prevista a disposição de enrocamento com a finalidade de
evitar erosão no deságue do canal, devido à alta velocidade do fluxo.

Dique 2B

Conforme apresentado nos documentos RL-1040MA-X-83506_REV_4 e 1040MA-X-96560, o


sistema de desvio do rio para construção do Dique 2B, contempla a utilização de conjuntos
motos-bombas e de uma ensecadeira com reservatório com volume suficiente para atender
aos seguintes critérios:

 Promover a retenção parcial ou amortecimento do hidrograma de projeto decorrente de


eventos de 25 anos de período de retorno para o período de estiagem;
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XXX Iniciar o bombeamento quando o nível de água do reservatório da ensecadeira atingir
pelo menos 1,00 m de altura no intuito de minimizar a frequência de acionamentos e
desligamentos das bombas, principalmente em decorrência de eventos de menor porte,
e de se evitar a sucção de materiais grosseiros;
 Tempo de esvaziamento, após o enchimento do reservatório, deverá ocorrer o mais
breve possível buscando se aproximar de 24h; e
 Borda livre de 1,00m e sem dispositivo de extravasão.

Após algumas simulações para diversas alturas de ensecadeira e vazões de bombeamento,


verificou-se que a opção que apresentou a melhor relação entre volume de reservatório, altura
de barramento e capacidade do conjunto moto-bomba foi a seguinte:

 Altura da ensecadeira: 5,10 m (sobrelevação máxima do nível de água no trânsito da


cheia mais crítica – 24h) + 0,90 m (borda livre) = 6,00 m (altura total);
 Volume do reservatório: 23,3 x 10³ m³ (El. 1.065,10 m) e 36,7 x 10³ m³ (El. 1.066,0 m);
 Capacidade do conjunto moto-bomba: 900 m³/h ou 0,250 m³/s; e
 Tempo de esvaziamento: ~30 h.

Dique 3

O sistema de desvio proposto para o Dique 3 contempla a utilização de conjuntos motos-


bombas e de uma ensecadeira.

Considerando que o volume disponível para amortecimento não é representativo, não foi
considerado amortecimento das vazões de projeto, sendo a vazão afluente igual a vazão
defluente, e então realizado o dimensionamento da capacidade do conjunto moto-bomba.

Pelas simulações empreendidas para o sistema de desvio do Dique 3 deverá ser implantado
um conjunto moto-bomba com capacidade de 1.050 m³/h ou 0,290 m³/s.
625500 627000 628500 630000 631500 633000 634500 636000

7790500

7790500
7789000

7789000
7787500

7787500
7786000

7786000
LEGENDA:
SEÇÃO FINAL
EIXO DE REFERÊNCIA
DIQUE 1A
RESERVATÓRIO
MANCHA DE INUNDAÇÃO

625500 627000 628500 630000 631500 633000 634500 636000

0 500 1.000 2.000


metros
NOTAS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1 - ESTE MAPA APRESENTA UM PROGNÓSTICO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL PARA CENÁRIO HIPOTÉTICO DE 6 - EXTENSÃO DO TRECHO MODELADO: APROXIMADAMENTE 19,7km. 1 - RELATÓRIO TÉCNICO: VG17-159-1-EG-RTE-0004.
RUPTURA DO DIQUE 1A. 7 - A SIMULAÇÃO FOI INTERROMPIDA NA SEÇÃO TRANSVERSAL CUJA PROFUNDIDADE HIDRÁULICA ERA
2 - ESTE MAPA DE INUNDAÇÃO É BASE PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DE EVACUAÇÃO, QUE DEVEM IGUAL OU INFERIOR À ALTURA DE LÂMINA D’ÁGUA DO CENÁRIO DE CHEIA NATURAL (TR100 ANOS) SOMADO A
CONSIDERAR, INCLUSIVE, O CADASTRO DE HABITAÇÕES/BENFEITORIAS, ACESSOS, PONTOS DE ENCONTRO 1 METRO.
E DEMAIS INFRAESTRUTURAS EXISTENTES AO LONGO DA ÁREA À JUSANTE. 8 - O MAPA DE INUNDAÇÃO APRESENTADO É BASEADO EM SIMULAÇÕES HIDRÁULICAS DA PROPAGAÇÃO DA ESTUDO DAM BREAK - MINA APOLO
3 - A MANCHA DE INUNDAÇÃO PODE SER DEFINIDA COMO A ESTIMATIVA DA ÁREA QUE SERIA COBERTA PELA ONDA DE RUPTURA, PELO VALE A JUSANTE DO DIQUE 1A, REALIZADAS COM AUXÍLIO DO SOFTWARE HEC-
ONDA RESULTANTE DA RUPTURA DA BARRAGEM. SUA PRECISÃO É DEPENDENTE DA QUALIDADE DAS RAS, ATRAVÉS DA ANÁLISE BIDIMENSIONAL.
MINA APOLO
ESTUDO DE RUPTURA HIPOTÉTICA
INFORMAÇÕES DO TERRENO, DA SOFISTICAÇÃO DO MODELO HIDRODINÂMICO E DA DISPONIBILIDADE DOS 9 - NA COMPOSIÇÃO DESTE MAPA FORAM UTILIZADOS OS SOFTWARES: HEC-RAS 5.0.3 E ARCGIS 10.0.
DADOS DE ENTRADA. ESSA INFORMAÇÃO DEVE SER UTILIZADA APENAS COMO UMA REFERÊNCIA E PODE 10 - PARA MAIORES INFORMAÇÕES CONSULTAR O RELATÓRIO TÉCNICO VG17-159-1-EG-RTE-0004.
VARIAR COM AS CONDIÇÕES EXISTENTES NA BARRAGEM E NO VALE A JUSANTE DURANTE O EVENTO DE 11 - PROJEÇÃO UTM ZONA 23S DATUM SAD 1969. A B EMISSÃO INICIAL CF CF MC MC 08/02/18
MAPEAMENTO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL MÁXIMA
RUPTURA. 12 - ESCALA NUMÉRICA PARA O FORMATO DE IMPRESSÃO ISO A1.
REV. T.E. DESCRIÇÃO PROJ. DES. VER. APR. DATA DIQUE 1A
4 - OS IMPACTOS NA QUALIDADE DA ÁGUA (PLUMA DE TURBIDEZ/CONTAMINAÇÃO) NÃO ESTÃO
REPRESENTADOS NESSE MAPEAMENTO E PROVAVELMENTE IRÃO APRESENTAR EXTENSÃO MAIOR DO QUE REVISÕES
A INUNDAÇÃO SIMULADA. ESCALA SE Nº CONTRATADA Nº VALE REVISÃO
T.E.
5 - MANCHA DE INUNDAÇÃO DEFINIDA A PARTIR DO TERRENO COMPOSTO POR CURVAS DE NÍVEL (A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G)CONFORME CONSTRUÍDO
FORNECIDAS PELA VALE.
TIPO DE
EMISSÃO
(B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO 1:15.000 - VG17-159-1-EG-DWG-0019 - A
631500 633000 634500 636000 637500 639000

±
SE
ÇÃ
OF
INA
L
7789000

7789000
7787500

7787500
LEGENDA:
SEÇÃO FINAL
EIXO DE REFERÊNCIA
DIQUE 2A
7786000

7786000
RESERVATÓRIO
MANCHA DE INUNDAÇÃO
631500 633000 634500 636000 637500 639000

0 375 750 1.500


metros
NOTAS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1 - ESTE MAPA APRESENTA UM PROGNÓSTICO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL PARA CENÁRIO HIPOTÉTICO DE 6 - EXTENSÃO DO TRECHO MODELADO: APROXIMADAMENTE 9,5km. 1 - RELATÓRIO TÉCNICO: VG17-159-1-EG-RTE-0005.
RUPTURA DO DIQUE 2A. 7 - A SIMULAÇÃO FOI INTERROMPIDA NA SEÇÃO TRANSVERSAL CUJA PROFUNDIDADE HIDRÁULICA ERA
2 - ESTE MAPA DE INUNDAÇÃO É BASE PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DE EVACUAÇÃO, QUE DEVEM IGUAL OU INFERIOR À ALTURA DE LÂMINA D’ÁGUA DO CENÁRIO DE CHEIA NATURAL (TR100 ANOS) SOMADO A

ESTUDO DAM BREAK - MINA APOLO


CONSIDERAR, INCLUSIVE, O CADASTRO DE HABITAÇÕES/BENFEITORIAS, ACESSOS, PONTOS DE ENCONTRO 1 METRO.
E DEMAIS INFRAESTRUTURAS EXISTENTES AO LONGO DA ÁREA À JUSANTE. 8 - O MAPA DE INUNDAÇÃO APRESENTADO É BASEADO EM SIMULAÇÕES HIDRÁULICAS DA PROPAGAÇÃO DA
3 - A MANCHA DE INUNDAÇÃO PODE SER DEFINIDA COMO A ESTIMATIVA DA ÁREA QUE SERIA COBERTA PELA ONDA DE RUPTURA, PELO VALE A JUSANTE DO DIQUE 2A, REALIZADAS COM AUXÍLIO DO SOFTWARE HEC-
ONDA RESULTANTE DA RUPTURA DA BARRAGEM. SUA PRECISÃO É DEPENDENTE DA QUALIDADE DAS RAS, ATRAVÉS DA ANÁLISE BIDIMENSIONAL.
MINA APOLO
ESTUDO DE RUPTURA HIPOTÉTICA
INFORMAÇÕES DO TERRENO, DA SOFISTICAÇÃO DO MODELO HIDRODINÂMICO E DA DISPONIBILIDADE DOS 9 - NA COMPOSIÇÃO DESTE MAPA FORAM UTILIZADOS OS SOFTWARES: HEC-RAS 5.0.3 E ARCGIS 10.0.
DADOS DE ENTRADA. ESSA INFORMAÇÃO DEVE SER UTILIZADA APENAS COMO UMA REFERÊNCIA E PODE 10 - PARA MAIORES INFORMAÇÕES CONSULTAR O RELATÓRIO TÉCNICO VG17-159-1-EG-RTE-0005.
VARIAR COM AS CONDIÇÕES EXISTENTES NA BARRAGEM E NO VALE A JUSANTE DURANTE O EVENTO DE 11 - PROJEÇÃO UTM ZONA 23S DATUM SAD 1969. A B EMISSÃO INICIAL CF CF MC MC 08/02/18
MAPEAMENTO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL MÁXIMA
REV. T.E. DESCRIÇÃO PROJ. DES. VER. APR. DATA DIQUE 2A
RUPTURA. 12 - ESCALA NUMÉRICA PARA O FORMATO DE IMPRESSÃO ISO A1.
4 - OS IMPACTOS NA QUALIDADE DA ÁGUA (PLUMA DE TURBIDEZ/CONTAMINAÇÃO) NÃO ESTÃO
REPRESENTADOS NESSE MAPEAMENTO E PROVAVELMENTE IRÃO APRESENTAR EXTENSÃO MAIOR DO QUE REVISÕES
A INUNDAÇÃO SIMULADA. ESCALA SE Nº CONTRATADA Nº VALE REVISÃO
T.E.
5 - MANCHA DE INUNDAÇÃO DEFINIDA A PARTIR DO TERRENO COMPOSTO POR CURVAS DE NÍVEL (A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G)CONFORME CONSTRUÍDO
FORNECIDAS PELA VALE.
TIPO DE
EMISSÃO (B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO 1:10.000 - VG17-159-1-EG-DWG-0020. - A
7790500 7792000 7793500 7795000

±
639000

639000
640500

640500
LEGENDA:
EIXO DE REFERÊNCIA
DIQUE 2B
RESERVATÓRIO
MANCHA DE INUNDAÇÃO

7790500 7792000 7793500 7795000

0 250 500 1.000


metros
NOTAS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1 - ESTE MAPA APRESENTA UM PROGNÓSTICO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL PARA CENÁRIO HIPOTÉTICO DE 6 - EXTENSÃO DO TRECHO MODELADO: APROXIMADAMENTE 3,7km. 1 - RELATÓRIO TÉCNICO: VG17-159-1-EG-RTE-0006
RUPTURA DO DIQUE 2B. 7 - A SIMULAÇÃO FOI INTERROMPIDA NA REPRESA JERZIA, QUE DE ACORDO COM OS ESTUDOS DO

ESTUDO DAM BREAK - MINA APOLO


2 - ESTE MAPA DE INUNDAÇÃO É BASE PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DE EVACUAÇÃO, QUE DEVEM RELATÓRIO VG17-159-1-EG-RTE-0006 É CAPAZ DE AMORTECER A ONDA DE INUNDAÇÃO RESULTANTE DA
CONSIDERAR, INCLUSIVE, O CADASTRO DE HABITAÇÕES/BENFEITORIAS, ACESSOS, PONTOS DE ENCONTRO RUPTURA DO DIQUE 2B.
E DEMAIS INFRAESTRUTURAS EXISTENTES AO LONGO DA ÁREA À JUSANTE. 8 - O MAPA DE INUNDAÇÃO APRESENTADO É BASEADO EM SIMULAÇÕES HIDRÁULICAS DA PROPAGAÇÃO DA
3 - A MANCHA DE INUNDAÇÃO PODE SER DEFINIDA COMO A ESTIMATIVA DA ÁREA QUE SERIA COBERTA PELA ONDA DE RUPTURA, PELO VALE A JUSANTE DO DIQUE 2B, REALIZADAS COM AUXÍLIO DO SOFTWARE HEC-
ONDA RESULTANTE DA RUPTURA DA BARRAGEM. SUA PRECISÃO É DEPENDENTE DA QUALIDADE DAS RAS, ATRAVÉS DA ANÁLISE BIDIMENSIONAL.
9 - NA COMPOSIÇÃO DESTE MAPA FORAM UTILIZADOS OS SOFTWARES: HEC-RAS 5.0.3 E ARCGIS 10.0.
MINA APOLO
INFORMAÇÕES DO TERRENO, DA SOFISTICAÇÃO DO MODELO HIDRODINÂMICO E DA DISPONIBILIDADE DOS
DADOS DE ENTRADA. ESSA INFORMAÇÃO DEVE SER UTILIZADA APENAS COMO UMA REFERÊNCIA E PODE 10 - PARA MAIORES INFORMAÇÕES CONSULTAR O RELATÓRIO TÉCNICO VG17-159-1-EG-RTE-0006. ESTUDO DE RUPTURA HIPOTÉTICA
A B EMISSÃO INICIAL CF CF MC MC 08/02/18
VARIAR COM AS CONDIÇÕES EXISTENTES NA BARRAGEM E NO VALE A JUSANTE DURANTE O EVENTO DE 11 - PROJEÇÃO UTM ZONA 23S DATUM SAD 1969. MAPEAMENTO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL MÁXIMA
RUPTURA. 12 - ESCALA NUMÉRICA PARA O FORMATO DE IMPRESSÃO ISO A1.
REV. T.E. DESCRIÇÃO PROJ. DES. VER. APR. DATA DIQUE 2B
REVISÕES
4 - OS IMPACTOS NA QUALIDADE DA ÁGUA (PLUMA DE TURBIDEZ/CONTAMINAÇÃO) NÃO ESTÃO
REPRESENTADOS NESSE MAPEAMENTO E PROVAVELMENTE IRÃO APRESENTAR EXTENSÃO MAIOR DO QUE
A INUNDAÇÃO SIMULADA. ESCALA SE Nº CONTRATADA Nº VALE REVISÃO
T.E.
5 - MANCHA DE INUNDAÇÃO DEFINIDA A PARTIR DO TERRENO COMPOSTO POR CURVAS DE NÍVEL (A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G)CONFORME CONSTRUÍDO
TIPO DE
FORNECIDAS PELA VALE.
EMISSÃO (B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO 1:8.000 - VG17-159-1-EG-DWG-0021 - A
7781500 7783000 7784500 7786000 7787500

631500

631500
±
SEÇÃO FINAL
633000

633000
634500

634500
LEGENDA:
SEÇÃO FINAL
EIXO DE REFERÊNCIA
DIQUE 3
RESERVATÓRIO
MANCHA DE INUNDAÇÃO
7781500 7783000 7784500 7786000 7787500

0 375 750 1.500


metros
NOTAS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1 - ESTE MAPA APRESENTA UM PROGNÓSTICO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL PARA CENÁRIO HIPOTÉTICO DE 6 - EXTENSÃO DO TRECHO MODELADO: APROXIMADAMENTE 11,5km. 1 - RELATÓRIO TÉCNICO: VG17-159-1-EG-RTE-0007.
RUPTURA DO DIQUE 3. 7 - A SIMULAÇÃO FOI INTERROMPIDA NA SEÇÃO TRANSVERSAL CUJA PROFUNDIDADE HIDRÁULICA ERA
2 - ESTE MAPA DE INUNDAÇÃO É BASE PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DE EVACUAÇÃO, QUE DEVEM IGUAL OU INFERIOR À ALTURA DE LÂMINA D’ÁGUA DO CENÁRIO DE CHEIA NATURAL (TR100 ANOS) SOMADO A

ESTUDO DAM BREAK - MINA APOLO


CONSIDERAR, INCLUSIVE, O CADASTRO DE HABITAÇÕES/BENFEITORIAS, ACESSOS, PONTOS DE ENCONTRO 1 METRO.
E DEMAIS INFRAESTRUTURAS EXISTENTES AO LONGO DA ÁREA À JUSANTE. 8 - O MAPA DE INUNDAÇÃO APRESENTADO É BASEADO EM SIMULAÇÕES HIDRÁULICAS DA PROPAGAÇÃO DA
3 - A MANCHA DE INUNDAÇÃO PODE SER DEFINIDA COMO A ESTIMATIVA DA ÁREA QUE SERIA COBERTA PELA ONDA DE RUPTURA, PELO VALE A JUSANTE DO DIQUE 3, REALIZADAS COM AUXÍLIO DO SOFTWARE HEC-RAS,
ONDA RESULTANTE DA RUPTURA DA BARRAGEM. SUA PRECISÃO É DEPENDENTE DA QUALIDADE DAS ATRAVÉS DA ANÁLISE BIDIMENSIONAL.
MINA APOLO
ESTUDO DE RUPTURA HIPOTÉTICA
INFORMAÇÕES DO TERRENO, DA SOFISTICAÇÃO DO MODELO HIDRODINÂMICO E DA DISPONIBILIDADE DOS 9 - NA COMPOSIÇÃO DESTE MAPA FORAM UTILIZADOS OS SOFTWARES: HEC-RAS 5.0.3 E ARCGIS 10.0.
DADOS DE ENTRADA. ESSA INFORMAÇÃO DEVE SER UTILIZADA APENAS COMO UMA REFERÊNCIA E PODE 10 - PARA MAIORES INFORMAÇÕES CONSULTAR O RELATÓRIO TÉCNICO VG17-159-1-EG-RTE-0007.
VARIAR COM AS CONDIÇÕES EXISTENTES NA BARRAGEM E NO VALE A JUSANTE DURANTE O EVENTO DE 11 - PROJEÇÃO UTM ZONA 23S DATUM SAD 1969. A B EMISSÃO INICIAL CF CF MC MC 08/02/18
MAPEAMENTO DA INUNDAÇÃO POTENCIAL MÁXIMA
REV. T.E. DESCRIÇÃO PROJ. DES. VER. APR. DATA DIQUE 3
RUPTURA. 12 - ESCALA NUMÉRICA PARA O FORMATO DE IMPRESSÃO ISO A1.
4 - OS IMPACTOS NA QUALIDADE DA ÁGUA (PLUMA DE TURBIDEZ/CONTAMINAÇÃO) NÃO ESTÃO
REPRESENTADOS NESSE MAPEAMENTO E PROVAVELMENTE IRÃO APRESENTAR EXTENSÃO MAIOR DO QUE REVISÕES
A INUNDAÇÃO SIMULADA. ESCALA SE Nº CONTRATADA Nº VALE REVISÃO
T.E.
5 - MANCHA DE INUNDAÇÃO DEFINIDA A PARTIR DO TERRENO COMPOSTO POR CURVAS DE NÍVEL (A) PRELIMINAR (C) PARA CONHECIMENTO (E) PARA CONSTRUÇÃO (G)CONFORME CONSTRUÍDO
FORNECIDAS PELA VALE.
TIPO DE
EMISSÃO (B) PARA APROVAÇÃO (D) PARA COTAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO (H) CANCELADO 1:10.000 - VG17-159-1-EG-DWG-0022. - A
ANEXO VI – PLANTAS, CORTES E DETALHES DO PROJETO DE
ENGENHARIA - RAMAL FERROVIÁRIO

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


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km6+000

+1
00 00
+9

+100
+20
0

+2
00

00
+8

000
7+
km

+3
00
0

+3
70

00
5+

00
km

+9

+400
00

+4

00
+6

00

+8
km +5
8+ 00 00

00
20 +7
00

+5
0
+5

+600

+100
km8+000
+900
0
+800 +60
+700
0
40
5+
km

+
ANEXO VII – LAVRA CONTROLADA PARA CAVIDADES

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


LAVRA CONTROLADA EM REGIÃO DE
CAVIDADES NATURAIS

PROJETO APOLO
1. INTRODUÇÃO

O objetivo dos estudos sismográficos é estabelecer os parâmetros operacionais de


desmonte mecânico ou por explosivo, capazes de garantir a compatibilização das
atividades mineiras com a preservação do patrimônio espeleológico. Com estes estudos
é possível delimitar cargas de explosivos e métodos de lavra que assegurem a
integridade física das cavidades durante o avanço lavra. Nesse contexto, a atenuação
das vibrações passa a ser o foco principal dos estudos para se definir os equipamentos
de lavra e as cargas máximas de explosivos a serem utilizadas no Projeto Apolo.

Com a publicação do termo de referência do CECAV/ICMBio em 2016 - “Sismografia


Aplicada à Proteção do Patrimônio Espeleológico: Orientações Básicas à Realização de
Estudos Ambientais”, valores limites de velocidade de vibração de partícula de pico
(PPV) são adotados como critério de segurança preliminar para cavidades de máxima
relevância com ausência de diagnóstico geológico-geotécnico específico, conforme as
características da fonte emissora e apresentados a seguir:

a) Para atividades emissoras de vibração de caráter intermitente (Ex.: detonações


por explosivos), recomenda se o nível de vibração (PPV) igual a 5,0 mm/s como
critério de segurança preliminar;

b) Para atividades emissoras de vibração de caráter transiente (Ex.: tráfego de


veículos, equipamentos), recomenda-se o nível de vibração (PPV) igual a 3,0
mm/s como critério de segurança preliminar.

No Projeto Apolo as fontes emissoras de vibração capazes de afetar a integridade física


das cavidades caracterizam-se essencialmente por: (a) detonações por explosivos e (b)
tráfego e operação de equipamentos de mineração.

Em função de indisponibilidade operacional local devido a fase conceitual, os estudos


sismográficos para as cavidades de interesse presentes no Projeto Apolo foram
realizados a partir de dados obtidos em cenários de referência, que contemplam
similaridades operacionais e mesmo contexto litológico, sendo possível caracterizar a
atenuação das vibrações para o entorno das cavidades de interesse e estimar a partir
de um modelo projecional, as Cargas Máximas por Espera (CME) que deverão ser
utilizadas durante a explotação de minério na fase de operação.

1.1. Desmonte por Explosivos

O desmonte com explosivo tem sido a técnica mais utilizada para a fragmentação de
maciços rochosos, tanto na mineração quanto em obras civis. A principal razão para seu
uso é a eficiência energética, a qual, associada a um baixo custo, permite a
fragmentação da rocha em níveis compatíveis com as necessidades de uma escala de
produção industrial.

A detonação de explosivos em uma frente de lavra gera altas pressões instantâneas.


Apenas uma parte da energia de detonação (cerca de 20% a 30%) é responsável pela
fragmentação e lançamento da massa rochosa. Outra parte da energia liberada é
transmitida a atmosfera provocando ruídos e onda aérea (sobrepressão atmosférica);
uma terceira parte gera ondas mecânicas que se propagam de forma ondulatória
através do maciço transmitindo vibrações, denominadas ondas sísmicas, as quais
podem afetar as estruturas e edificações próximas, caso apresentem níveis de
intensidade consideráveis.

Uma vez que os desmontes podem provocar danos, faz-se necessário o controle das
operações com explosivos a fim de reduzir a parcela de energia responsável pela
propagação das ondas pelo terreno. Os equipamentos utilizados para o monitoramento
e controle das ondas sísmicas são os sismógrafos de engenharia. Dentre os principais
parâmetros medidos por estes equipamentos podemos citar: as velocidades, as
acelerações e os deslocamentos de partícula, além de suas frequências de propagação.

De acordo com Dowding (2000), a velocidade de partícula (PPV) pode ser estimada de
duas maneiras: relação de atenuação e relação de escalonamento. A relação de
atenuação descreve o decaimento da velocidade de pico com o aumento da distância
da fonte de energia, enquanto a escalonada descreve esse decaimento com a distância
de forma normalizada pela fonte de energia.

Esta última é a mais utilizada para situações onde, a uma mesma distância do ponto de
controle, a fonte de energia é variável, como no caso das detonações em maciços
rochosos. Na prática, a “Lei de Atenuação da Vibração dos Terrenos”, relaciona a
velocidade de partícula com a distância escalonada (D/Q0,5) sendo expressa pela
equação:

V = k(DE)-m = k(D/Q0,5)-m onde:

• V = Velocidade de vibração de partícula de pico (mm/s)

• DE = Distância escalonada (m/kg0,5)

• D = Distância entre o ponto de medição e o ponto de detonação (m)

• Q = Carga máxima de explosivo detonada por espera (kg)


• k e m = função dos parâmetros de fogo e das características do terreno onde
a onda sísmica irá propagar

A partir do monitoramento das detonações e da medição de valores de velocidade de


vibração de partícula para distâncias escalonadas conhecidas, os fatores k e m são
obtidos através da regressão linear da reta representativa da Lei de Atenuação da
Vibração nos Terrenos, quando tomada em escala bi-logarítmica.

2. SISMOGRAFIA APLICADA

2.1 Modelo projecional geral de vibrações para o Projeto Apolo

O modelo projecional geral foi elaborado com base nos registros sismográficos obtidos
em testes de desmonte padrões realizados nas minas do Pico e Capitão do Mato,
localizadas no Quadrilátero Ferrífero e adotados como cenários de referência por
similaridade operacional e litológica ao Projeto Apolo. A Figura 01 apresenta os dados
de monitoramento obtidos no ensaio realizado na Mina do Pico.

Figura 01 – Dados utilizados no modelo projecional (Mina do Pico).

Abaixo na Figura 02, equação prognóstica obtida nos testes realizados na mina do Pico
em Itabirito, MG.
Regression Line For MP_GAL_2013.SDF
95% Line Equation: V = 159.3 * (SD)^(-1.246)
Coefficient of Determination = 0.927 Standard Deviation = 0.094
100
Peak Particle Velocity (mm/s)

10

1
1 10 100
Square Root Scaled Distance (m/kg^1/2)

Figura 02 – Equação prognóstica (Mina do Pico).

A Figura 03 apresenta os dados de monitoramento obtidos no ensaio realizado na Mina


Capitão do Mato.

Figura 03 – Dados utilizados no modelo projecional (Capitão do Mato).


Na Figura 04, equação prognóstica obtida nos testes realizados na Mina Capitão do
Mato em Nova Lima, MG.

Regression Line For CPMT_2013.SDF


95% Line Equation: V = 130.6 * (SD)^(-1.157)
Coefficient of Determination = 0.889 Standard Deviation = 0.131
100.0
Peak Particle Velocity (mm/s)

10.0

1.0

0.1
1 10 100
Square Root Scaled Distance (m/kg^1/2)

Figura 04 – Equação prognóstica (Capitão do Mato).

1.2. Modelo projecional específico de vibrações para o entorno da cavidade


AP_0038

A AP_0038 vigora como a segunda maior cavidade em rocha ferrífera do Quadrilátero


Ferrífero tendo sua morfologia associada a ação de megafauna. A cavidade está
inserida em um contexto geológico estrutural relativamente frágil comparado a outras
cavidades do projeto, apresentando condições geotécnicas desfavoráveis, com indícios
de abatimentos, pouca espessura de teto e alta porosidade associada a canga terrígena.

Diante de tais características, para elaborar um modelo projecional específico e


conservador para o entorno da AP_0038, foi realizado um ensaio com desmontes
padrões aproveitando a similaridade litológica encontrada em uma fração da Mina de
Capão Xavier, com a existente no maciço que comporta a cavidade situada no Projeto
Apolo.

Foram realizados 4 desmontes padrões, com utilização das cargas máximas por espera
habituais nessa porção da cava, que variam de 25 a 31 kg de explosivos devido a
restrições de vibração na comunidade no entorno da mina. A localização da área, pontos
de detonação e dos sismógrafos instalados durante o ensaio são apresentados na
Figura 05.
Figura 05 – Localização dos ensaios específicos para a cavidade AP_0038.

Foram obtidos um total de 20 eventos sismográficos, dos quais 10 foram utilizados para
elaborar o modelo projecional e equação prognóstica. Estes eventos foram
selecionados devido maior acurácia dos resultados com a utilização de espoletas
eletrônicas, que eliminam o risco de sobreposição das ondas sísmicas geradas por
detonações simultâneas.
Figura 06 – Dados utilizados no modelo projecional específico para a cavidade
AP_0038.

Regression Line For CURVA_ELETRONICA.SDF


95% Line Equation: V = 275.5 * (SD)^(-0.997)
Coefficient of Determination = 0.946 Standard Deviation = 0.060
100
Peak Particle Velocity (mm/s)

10

1
1 10 100
Square Root Scaled Distance (m/kg^1/2)

Figura 07 – Equação prognóstica AP_0038.

1.3. Determinação das cargas máximas por espera para as operações de lavra
no entorno de cavidades – Projeto Apolo

Em relação ao modelo projecional geral, as duas equações de atenuação obtidas em


cenários de referência apresentam ligeira diferença nos coeficientes de determinação,
e partindo do princípio da precaução, optou-se por adotar a equação mais conservadora
obtida na Mina Capitão do Mato, como base para o cálculo das cargas máximas por
espera a serem utilizadas ao longo das áreas de cava do Projeto Apolo, visando atender
o limite preliminar de segurança de 5 mm/s aplicado as cavidades de máxima relevância.

As cargas máximas por espera apresentadas na Tabela 01 a seguir, deverão ser


aplicadas nas faixas de distâncias externas ao perímetro de proteção das cavidades de
máxima relevância APOL_0001 e SG_0007, assim como no entono das demais
cavidades presentes no projeto em distâncias inferiores a 250 metros de distância.

Tabela 01 – Carga máxima por espera estimada por faixa de avanço de lavra

CME X FAIXA DE AVANÇO DE LAVRA


Carga Máxima por
Faixa de avanço Limite de Vibração
Espera
(m) (mm/s)
CME (kg)
50 – 100 5 9
100 - 150 5 36
PROJETO 150 - 200 5 80
APOLO 200 - 250 5 142
250 - 300 5 222
300 - 350 5 320
350 - 400 5 436
400 - 450 5 570
450 - 500 5 600

1.4. Determinação das cargas máximas por espera para as operações de lavra
no entorno das cavidades AP_0038

Devido a fragilidade estrutural da cavidade AP_0038 e em virtude de sua proximidade


com a cavidade AP_0009, as cargas máximas por espera que deverão ser utilizadas no
entorno de ambas durante as fases de implantação e operação, são apresentadas na
Tabela 02.

Tabela 01 – Carga máxima por espera estimada por faixa de avanço de lavra
CME X FAIXA DE AVANÇO DE LAVRA
Carga Máxima por
Faixa de avanço Limite de Vibração
Espera
(m) (mm/s)
CME (kg)
PROJETO 250 - 300 5 20
APOLO 300 - 350 5 29
350 - 400 5 39
400 - 450 5 51
450 - 500 5 65

1.5. Considerações Finais

Os registros de vibrações obtidos no monitoramento das detonações, deverão alimentar


de forma contínua um banco de dados que permitirá concomitante ao sequenciamento
de lavra, o refinamento da equação de atenuação das vibrações dos modelos
projecionais. Essa otimização da equação de atenuação, associada aos
monitoramentos geoestrutural e fotográfico possibilitam o ajuste e atualização das
cargas de explosivos que serão utilizadas na operação, tendo por objetivo assegurar
níveis de vibração que compatibilizem o desenvolvimento da lavra e preservação da
integridade física das cavidades.

Os desmontes realizados em distâncias superiores a 500 metros das cavidades


AP_0038 seguirão a tabela de cargas geral do Projeto Apolo (Tabela 01), sendo
necessário o monitoramento contínuo da cavidade para validar se há decaimento
suficiente da velocidade de partícula para a manutenção da integridade física das
cavidades.

Sempre que o monitoramento sismográfico detectar a necessidade de adequação da


quantidade de explosivos utilizados durante as operações de lavra, os planos de fogos
serão revistos, evitando-se possíveis impactos nas cavidades de interesse.

Em casos específicos, onde o uso de explosivos é desaconselhável, em função das


fragilidades estruturais das cavidades, deverão ser utilizadas técnicas de desmonte
mecanizado com tratores, escavadeiras e carregadeiras, de modo a garantir o avanço
da lavra e a integridade física das cavidades
Para o assegurar o controle do nível de vibrações e atender ao limite de 5 mm/s
aplicados as cavidades de interesse, as cargas máximas por espera estimadas com
base nos modelos projecionais deverão ser aplicadas nos desmontes de rocha por
explosivos ao longo da cava do Projeto Apolo. O mapeamento das cargas e a
delimitação dos buffers que representam as faixas de avanço com carga controlada no
entorno das cavidades são apresentados na Figura 08.

Figura 08 – Mapa de cargas Projeto Apolo.


Referências

DOWDING, C.H. (2000) Construction Vibration. Prentice Hall, USA, 598 p.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.


Sismografia Aplicada à Proteção do Patrimônio Espeleológico: orientações básicas à
realização de estudos ambientais / Marcos Pinho. [Et al.]. – Brasília: ICMBio, 2016. 55
p.; Il. Color
ANEXO VIII – SISTEMA DE COMBATE À INCÊNDIO

VOLUME DE ANEXOS - PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL


CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


USO INTERNO
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PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 1/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C PARA CONHECIMENTO CWS DAM DAM EIC 08/08/18

1 C PARA CONHECIMENTO CWS DAM DAM EIC 23/10/18

2 C REVISÃO ONDE INDICADO CWS DAM DAM INA 17/07/19

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CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


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S1794

PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 2/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
3.0 CÓDIGOS E NORMAS [SOMENTE QUANDO APLICÁVEL] 3
4.0 DEFINIÇÕES 3
5.0 SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA PARA COMBATE A INCENDIO –
FASE DE OPERAÇÃO 4
5.1 PLATO DA LAVRA – BA-5040MA-01/02/03 4
5.2 PLATO DO BENEFICIAMENTO – BA-5040MA-04/05/06 7
6.0 SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA PARA COMBATE A INCENDIO –
FASE DE IMPLANTAÇÃO 10
6.1 ALOJAMENTO – BA-4035MA-11/12/13 (FASE DE IMPLANTAÇÃO) 10
6.2 CANTEIRO CENTRAL DA INFRA – BA-5040MA-01/02/03 (FASE DE
IMPLANTAÇÃO) 12
6.3 CANTEIRO CENTRAL OBRAS CIVIS – BA-5040MA-04/05/06 (FASE DE
IMPLANTAÇÃO) 15

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 3/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
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1.0 OBJETIVO

Este documento tem o objetivo de apresentar o dimensionamento dos sistemas de


bombeamento de água para combate a incêndio do projeto APOLO localizado nas cidades
de Caeté e Santa Bárbara.

2.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou contêm


instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão mais
recente.

CP-0000MA-T-74102 CRITÉRIO DE PROJETO – SISTEMAS DE UTILIDADES


0000MA-L-00927 PLANO DIRETOR

3.0 CÓDIGOS E NORMAS [SOMENTE QUANDO APLICÁVEL]

Os códigos e/ou normas relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

ABNT NBR 13714 Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos para Combate a Incêndio


IT – 17 Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos para Combate a Incêndio
IT - 19 Sistema de Resfriamento para Líquidos e Gases Inflamáveis e
Combustíveis
4.0 DEFINIÇÕES

Estão previstos dois sistemas de bombeamento de água para combate a incêndio, sendo um
sistema para atender a área do platô da Lavra (Posto de combustíveis, Instalações de
oficinas, instalações de lavadores de veículos, prédios administrativos) e outro que atenderá
a área do Platô do Beneficiamento (Oficina de Manutenção Central, Posto de abastecimento
de veículos leves, Restaurante / Refeitório, Prédios administrativos).

O sistema de combate a incêndio foi dimensionado para atender a duas etapas do projeto,
sendo:
• Etapa de implantação;
• Etapa de operação;

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 4/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

5.0 SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA PARA COMBATE A INCENDIO –


FASE DE OPERAÇÃO

5.1 PLATO DA LAVRA – BA-5040MA-01/02/03

O sistema de Hidrantes foi dimensionado conforme IT-17 do Corpo de Bombeiros de Minas


Gerais.

De acordo com a tabela 2 da instrução, baseada no Anexo D da norma NBR 13714, o


sistema de hidrantes indicado é o tipo 3, cujos requisitos podem ser consultados na tabela
abaixo.

O sistema deverá ser capaz de alimentar com a vazão indicada na tabela 2 as duas saídas
de hidrantes hidraulicamente mais desfavoráveis. Desta forma, a vazão de projeto deste
bombeamento será de 1000 l/min (60 m³/h).

A quantidade de hidrantes foi definida conforme IT-17 e IT-19 do corpo de bombeiro de MG,
conforme tabela abaixo:

Para determinação da vazão de projeto, foram considerados 03 hidrantes em funcionamento


com vazão de 250 l/min cada e um sistema de geração de espuma com vazão de 250 l/m.

RESFRIAMENTO DO TANQUE EM CHAMAS


Taxa de
Projeção da Área do Resfriamento em
Tanque Comprimento (m) Diametro (m) resfriamento
tanque (m²) chamas (l/min)
(l/min/m2)
TQ-1060MA-04 9 2,825 25,4 2 50,9

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 5/17
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0880-001-5040-4HEB-74002 2

RESFRIAMENTO DOS TANQUES VIZINHOS


Taxa de
Projeção da Área do Resfriamento em
Tanque Comprimento (m) Diametro (m) resfriamento
tanque (m²) chamas (l/min)
(l/min/m2)
TQ-1060MA-05 9 2,825 25,4 2 50,9
TQ-1060MA-06 9 2,825 25,4 2 50,9
TQ-1060MA-07 9 2,825 25,4 2 50,9
TQ-1060MA-08 5,6 1,4 7,8 2 15,7

COMBATE COM ESPUMA BACIA DE CONTENÇÃO DO TANQUE EM CHAMAS


Vazão por aplicador Quantidade de Vazão total de Vazão de água Vazão de LGE
Bacia de contenção Área da bacia (m²)
(l/min) aplicadores espuma (l/min) (l/min) (l/min)
TQ-1060MA-04 32,4 250 1 250 247,5 2,5

Para o cálculo da proporção do LGE foi considerado tempo de combate de 20 min, conforme
NBR 17505-7 de 2013.

Nos hidrantes instalados em áreas externas foram adotados 60 metros de mangueira por
saída de hidrante, conforme item 5.2.2 da NBR 13714.

A pressão requerida no esguicho é calculada da seguinte maneira, segundo Azevedo Neto:

Q = vazão (m³/s)
Cc = Coeficiente de Contração do jato (1 para esguichos)
Cv = Coeficiente de vazão (0,98 para bocais)
S = área do orifício (m²)
g = gravidade (m/s²)
h = pressão (ou coluna de água) requerida para se atingir a vazão Q (mca)
Isolando h na equação, temos:

Conforme as condições para o platô da Lavra:


Q=0,0041667 m³/s – 250 l/min
Cc=1
Cv=0,98
S= 0,000201062 m²
g=9,81 m/s²
Dn do esguicho=16mm

Para jato compacto de 16 mm, a pressão requerida no esguicho é 2,1 kgf/cm².


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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 6/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
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O dimensionamento do sistema foi realizado utilizando-se o software AFT Fathom 9.

O quadro a seguir mostra as características das bombas

O quadro a seguir apresenta os resultados obtidos considerando os requisitos de pressão


adotados, juntamente com a altura manométrica requerida pelas bombas de incêndio para o
atendimento de cada hidrante considerado.

Bomba Vazão Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 7/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
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O quadro a seguir apresenta os resultados para o sistema de combate a incêndio para o


platô da Lavra contemplando:

Prédios administrativos.
Posto de abastecimento de veículos pesados.
Restaurante.
Vestiários.
Oficina de veículos leves e pesados.
Britagem primária.

Pressão Requerida
Tipo de Hidrante Área Quantidade no esguicho AMT Bomba (mca)
(kgf/cm²)
Tipo 3 Platô da Lavra 9 2,1 81,6

5.2 PLATO DO BENEFICIAMENTO – BA-5040MA-04/05/06

O sistema de Hidrantes foi dimensionado conforme IT-17 do Corpo de Bombeiros de Minas


Gerais.

De acordo com a tabela 2 da instrução, baseada no Anexo D da norma NBR 13714, o


sistema de hidrantes indicado é o tipo 3, cujos requisitos podem ser consultados na tabela
abaixo.

O sistema deverá ser capaz de alimentar com a vazão indicada na tabela 2 as duas saídas
de hidrantes hidraulicamente mais desfavoráveis. Desta forma, a vazão de projeto deste
bombeamento será de 750 l/min (45 m³/h).

Para o cálculo da proporção do LGE foi considerado tempo de combate de 20 min, conforme
NBR 17505-7 de 2013.
2
A taxa de aplicação de espuma foi adotada conforme item 6.4.2 da IT 20 do CBMMG, para
líquidos inflamáveis com ponto de ebulição inferior a 37,8°C, taxa de aplicação de 8 l/min/m².

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 8/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

Para determinação da vazão de projeto, foram considerados 02 hidrantes em funcionamento


com vazão de 250 l/min cada e um sistema de geração de espuma com vazão de 250 l/m.

RESFRIAMENTO DO TANQUE EM CHAMAS


Taxa de
Projeção da Área do Resfriamento em
Tanque Comprimento (m) Diametro (m) resfriamento
tanque (m²) chamas (l/min)
(l/min/m2)
TQ-1060MA-09 5,9 2,55 15,0 2 30,1

RESFRIAMENTO DOS TANQUES VIZINHOS


Taxa de
Projeção da Área do Resfriamento em
Tanque Comprimento (m) Diametro (m) resfriamento
tanque (m²) chamas (l/min)
(l/min/m2)
TQ-1060MA-10 3 1,4 4,2 2 8,4

COMBATE COM ESPUMA BACIA DE CONTENÇÃO DO TANQUE EM CHAMAS


Taxa de Aplicação
Tempo de aplicação Volume de Espuma Volume de LGE
Bacia de contenção Área da bacia (m²) de Espuma
2 Espuma (min) (l) diluição 3%
(l/min/m²)
TQ-1060MA-09 - Diesel S10 / Gasolina 10,5 8 20 1680 50,4

Conforme mostrado na tabela acima será necessário o volume de 50,4 litros de LGE com
concentração de 3% para diluição, para aplicação de espuma será utilizado carretinha de
espuma com volume de 130l de armazenamento de LGE.

Nos hidrantes instalados em áreas externas foram adotados 60 metros de mangueira por
saída de hidrante, conforme item 5.2.2 da NBR 13714.

A pressão requerida no esguicho é calculada da seguinte maneira, segundo Azevedo Neto:

Q = vazão (m³/s)
Cc = Coeficiente de Contração do jato (1 para esguichos)
Cv = Coeficiente de vazão (0,98 para bocais)
S = área do orifício (m²)
g = gravidade (m/s²)
h = pressão (ou coluna de água) requerida para se atingir a vazão Q (mca)
Isolando h na equação, temos:

Conforme as condições para o platô do beneficiamento:


Q=0,0041667 m³/s – 250 l/min
Cc=1
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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 9/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

Cv=0,98
S= 0,000201062 m²
g=9,81 m/s²
Dn do esguicho=16mm
Para jato compacto de 16 mm, a pressão requerida no esguicho é 2,1 kgf/cm².

O dimensionamento do sistema foi realizado utilizando-se o software AFT Fathom 9.

O quadro a seguir mostra as características das bombas

Bomba Vazão de Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

O quadro a seguir apresenta os resultados para o sistema de combate a incêndio para o


platô do beneficiamento contemplando:

• Prédios administrativos.
• Posto de abastecimento de veículos leves.
• Restaurante.
• Vestiários.

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 10/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
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• Oficina central.
• Britagem e peneiramento terciário.

Pressão Requerida
Tipo de Hidrante Área Quantidade no esguicho AMT Bomba (mca)
(kgf/cm²)
Tipo 3 Platô do Beneficiamento 7 2,1 54

6.0 SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA PARA COMBATE A INCENDIO –


FASE DE IMPLANTAÇÃO

6.1 ALOJAMENTO – BA-4035MA-11/12/13 (FASE DE IMPLANTAÇÃO)

O sistema de Hidrantes foi dimensionado conforme IT-17 do Corpo de Bombeiros de Minas


Gerais.

De acordo com a tabela 2 da instrução, baseada no Anexo D da norma NBR 13714, o


sistema de hidrantes indicado é o tipo 3, cujos requisitos podem ser consultados na tabela
abaixo.

O sistema deverá ser capaz de alimentar com a vazão indicada na tabela 2 as duas saídas
de hidrantes hidraulicamente mais desfavoráveis. Desta forma, a vazão de projeto deste
bombeamento será de 500 l/min (30 m³/h).

Para determinação da vazão de projeto, foram considerados 02 hidrantes em funcionamento


com vazão de 250 l/min cada e um sistema de geração de espuma com vazão de 250 l/m.

Nos hidrantes instalados em áreas externas foram adotados 60 metros de mangueira por
saída de hidrante, conforme item 5.2.2 da NBR 13714.

A pressão requerida no esguicho é calculada da seguinte maneira, segundo Azevedo Neto:

Isolando h na equação, temos:

PE-G-606_Rev_13
CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


USO INTERNO
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PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 11/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

Conforme as condições para o platô do beneficiamento:


Q=0,0041667 m³/s – 250 l/min
Cc=1

Cv=0,98
S= 0,000201062 m²
g=9,81 m/s²
Dn do esguicho=16mm
Para jato compacto de 16 mm, a pressão requerida no esguicho é 2,1 kgf/cm².

O dimensionamento do sistema foi realizado utilizando-se o software AFT Fathom 9.

O quadro a seguir mostra as características das bombas

Bomba Vazão de Projeto Hman


BA-4035MA-11 - Elétrica 30,0 m³/h 46 mca
BA-4035MA-12 - Reserva Diesel 30,0 m³/h 46 mca
BA-4035MA-13 - Jockey 1,2 m³/h *

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PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 12/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

O quadro a seguir apresenta os resultados para o sistema de combate a incêndio para o


Alojamento, contemplando:

• Refeitório.
• Área de lazer.
• 05 prédios de alojamentos.
• Administração.
• Ambulatório.

Pressão Requerida
Tipo de Hidrante Área Quantidade no esguicho AMT Bomba (mca)
(kgf/cm²)
Tipo 3 Alojamento 8 2,1 46

6.2 CANTEIRO CENTRAL DA INFRA – BA-5040MA-01/02/03 (FASE DE


IMPLANTAÇÃO)

O sistema de Hidrantes foi dimensionado conforme IT-17 do Corpo de Bombeiros de Minas


Gerais.

O Skid de bombas de combate a incêndio dimensionado para o platô da lavra, será


antecipado para a fase de implantação para atendimento ao platô do canteiro central da infra
e avançado de gerenciamento da VALE.

De acordo com a tabela 2 da instrução, baseada no Anexo D da norma NBR 13714, o


sistema de hidrantes indicado é o tipo 3, cujos requisitos podem ser consultados na tabela
abaixo.

O sistema deverá ser capaz de alimentar com a vazão indicada na tabela 2 as duas saídas
de hidrantes hidraulicamente mais desfavoráveis. Desta forma, a vazão de projeto deste
bombeamento será de 1000 l/min (60 m³/h).

A quantidade de hidrantes foi definida conforme IT-17 e IT-19 do corpo de bombeiro de MG,
conforme tabela abaixo:
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CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


USO INTERNO
S1794

PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 13/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

Para determinação da vazão de projeto, foram considerados 03 hidrantes em funcionamento


com vazão de 250 l/min cada e um sistema de geração de espuma com vazão de 250 l/m.

Para o cálculo da proporção do LGE foi considerado tempo de combate de 20 min, conforme
NBR 17505-7 de 2013.

Nos hidrantes instalados em áreas externas foram adotados 60 metros de mangueira por
saída de hidrante, conforme item 5.2.2 da NBR 13714.

A pressão requerida no esguicho é calculada da seguinte maneira, segundo Azevedo Neto:

Isolando h na equação, temos:

Conforme as condições para o platô da Lavra:


Q=0,0041667 m³/s – 250 l/min
Cc=1
Cv=0,98
S= 0,000201062 m²
g=9,81 m/s²
Dn do esguicho=16mm

Para jato compacto de 16 mm, a pressão requerida no esguicho é 2,1 kgf/cm².

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CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


USO INTERNO
S1794

PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 14/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

O dimensionamento do sistema foi realizado utilizando-se o software AFT Fathom 9.

O quadro a seguir mostra as características das bombas

O quadro a seguir apresenta os resultados obtidos considerando os requisitos de pressão


adotados, juntamente com a altura manométrica requerida pelas bombas de incêndio para o
atendimento de cada hidrante considerado.

Bomba Vazão Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

O quadro a seguir apresenta os resultados para o sistema de combate a incêndio para o


platô da Lavra contemplando:

PE-G-606_Rev_13
CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


USO INTERNO
S1794

PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 15/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
0880-001-5040-4HEB-74002 2

• Posto de abastecimento de veículos pesados.


• Restaurante.
• Vestiários.
• Escritório canteiro central da INFRA.
• Escritório VALE / GERENCIADORA MINA.
• Oficina de manutenção de equipamentos e borracharia.

6.3 CANTEIRO CENTRAL OBRAS CIVIS – BA-5040MA-04/05/06 (FASE DE


IMPLANTAÇÃO)

O sistema de Hidrantes foi dimensionado conforme IT-17 do Corpo de Bombeiros de Minas


Gerais.

O Skid de bombas de combate a incêndio previsto para o platô do beneficiamento, será


antecipado para a fase de implantação para atendimento ao platô do canteiro central de
obras civis, montagem eletromecânica e central VALE gerenciadora.

De acordo com a tabela 2 da instrução, baseada no Anexo D da norma NBR 13714, o


sistema de hidrantes indicado é o tipo 3, cujos requisitos podem ser consultados na tabela
abaixo.

O sistema deverá ser capaz de alimentar com a vazão indicada na tabela 3 as duas saídas
de hidrantes hidraulicamente mais desfavoráveis. Desta forma, a vazão de projeto deste
bombeamento será de 750 l/min (45 m³/h).

Para determinação da vazão de projeto, foram considerados 03 hidrantes em funcionamento


com vazão de 250 l/min cada.

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 16/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
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Nos hidrantes instalados em áreas externas foram adotados 60 metros de mangueira por
saída de hidrante, conforme item 5.2.2 da NBR 13714.
Isolando h na equação, temos:

Conforme as condições para o platô do beneficiamento:


Q=0,0041667 m³/s – 250 l/min
Cc=1
Cv=0,98
S= 0,000201062 m²
g=9,81 m/s²
Dn do esguicho=16mm
Para jato compacto de 16 mm, a pressão requerida no esguicho é 2,1 kgf/cm².

O dimensionamento do sistema foi realizado utilizando-se o software AFT Fathom 9.

O quadro a seguir mostra as características das bombas

Bomba Vazão de Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

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GERAL DO PROJETO MC-5040MA-T-74002 17/17
SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Nº SNC-LAVALIN: REV.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
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O quadro a seguir apresenta os resultados para o sistema de combate a incêndio para o


platô do canteiro central de obras civis:

• Prédios administrativos.
• Refeitório.
• Vestiários.
• Oficina central.

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SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 1/19
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MEMORIAL DESCRITIVO – PEER REVIEW
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

A B EMISSÃO INICIAL CWS DAM DAM EIC 13/08/18

B B ATENDENDO COMENTÁRIOS CWS DAM DAM EIC 23/08/18

0 C APROVADO CWS HAR DAM EIC 23/10/18

1 B REVISÃO ONDE INDICADO CWS DAM DAM INA 02/09/19

2 C APROVADO CWS DAM DAM INA 24/10/19

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SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 2/19
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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 CÓDIGOS E NORMAS 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES 5
4.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS 6
5.0 MEIOS PRÓPRIOS DE COMBATE A INCÊNDIO 10
5.1 SISTEMAS DE ÁGUA 10
5.2 HIDRANTES 18
5.3 ABRIGOS 18

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SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 3/19
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1.0 OBJETIVO

Este documento tem por objetivo a apresentação do memorial descrito relativo ao sistema
de proteção e combate a incêndio referente à etapa de operação do Projeto Apolo, de
propriedade da Vale, localizado no município de Caeté e Santa Bárbara – MG.

2.0 CÓDIGOS E NORMAS

A Vale exige o atendimento integral às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho


e Emprego, conforme Portaria 3.214 de 08/06/1978.

As tecnologias propostas para o Sistema de Detecção, Alarme e Combate a Incêndio devem


estar de acordo com os Órgãos Normativos e/ou Normas e Regulamentações indicadas a
seguir:

• ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


• AISI American Iron and Steel Institute
• ANSI American National Standards Institute
• ASME American Society of Mechanical Engineers
• ASTM American Society for Testing and Materials
• IEC International Electrotechnical Commission
• ISA Instrumentation, Systems & Automation Society
• ISO International Organization for Standardization
• NEC National Electrical Code (NEC)
• NEMA National Electrical Manufacturers Association
• NBR 12693 Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio
• NBR 15514 Área de armazenamento de recipientes transportáveis de
gás liquefeito de petróleo (GLP), destinados ou não à
comercialização — Critérios de segurança;
• NBR 13714 Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos
• NBR 17505-7 Proteção contra incêndio para parques de armazenamento
com tanques estacionários
• NBR 13859 Proteção Contra Incêndio em Subestações Elétricas de
Distribuição
• NBR 14276 Programa de Brigada de Incêndio
• Normas, Diretrizes e Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado
de Minas Gerais

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3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou contêm


instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão mais
recente.

CP-0000MA-T-74102 CRITÉRIO DE PROJETO – SISTEMAS DE UTILIDADES


0000MA-T-74111 BALANÇO DE ÁGUA - ETAPA DE OPERAÇÃO
MC-0000MA-T-74003 SISTEMA DE CAPTAÇÃO, ESTOCAGEM E DISTRIBUIÇÃO DE
ÁGUA BRUTA – MEMÓRIA DE CÁLCULO
MC-5040MA-T-74002 SISTEMA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO
0000MA-L-00927 PLANO DIRETOR

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4.0 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES

As instalações do Projeto Apolo se constituem de riscos isolados como prédios industriais,


oficinas, escritórios, refeitórios, transformadores elétricos, tanques de armazenamento de
combustível e posto de abastecimento de combustível.

Por se tratar de edificações similares as adotadas na fase anterior do projeto Apolo a


classificação das edificações foi mantida a mesma, sendo feitas adequações onde
necessárias.

Das edificações e dimensionamento dos sistemas de combate foram adotados os requisitos


das Instruções Técnicas 09 e 17 do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Para a
classificação das edificações foi utilizado o anexo A da IT-09 e para o dimensionamento dos
sistemas de combate a tabela 4 da IT-17.

Para as classificações das edificações do sistema de combate foram adotados os requisitos


da IT-01 e IT-09 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas.

A Tabela 1 retirada da IT-01 é usada para verificar as exigências para as áreas menores ou
igual a 750 m² e altura menor ou igual a 12 metros.

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4.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS

4.1.1 Platô da Lavra:

Área Instalação Classificação Área (m²) Altura (m)


Escritório Mina, área de convivência,
Plato da Lavra
refeitório, terminal rodoviário, D-1 (700) 1070 TERREO
(prédios ADM)
vestiários e ETE.
Oficina de veículos leves e pesados,
Oficinas (1060) borracharia veículos pesados e lavador D-1 (700) 1792,6 TERREO
de veículos leves e pesados
Posto de abastecimento de veículos
Posto (1060) C-2 (1000) 925,5 TERREO
leves e pesados

A edificação “Posto de abastecimento de veículos leves e pesados” não é especificada de


acordo com a Tabela 1 da IT-01 devido a área ser maior que 750 m². A especificação da
área em questão é a Tabela 4, que pode ser observada acima. A área em destaque ilustra a
necessidade do combate com hidrantes na instalação.

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4.1.2 Platô do Beneficiamento:

Área Instalação Classificação Área (m²) Altura (m)


Plato do
Escritórios, refeitório, terminal
Beneficiamento D-1 (700) 1790,6 TERREO
rodoviário, vestiários e ETE.
(prédios ADM)
Oficinas (1060) Oficina de manutenção central, D-1 (700) 1178 TERREO
Pátio de produto Apoio ao carregamento, empilhadeira D-1 (700) 250 TERREO

As edificações não são especificadas de acordo com a Tabela 1 da IT-01 devido a área ser
maior que 750 m². A especificação da área em questão é a Tabela 4, que pode ser
observada acima. A área em destaque ilustra a necessidade do combate com hidrantes na
instalação.

4.1.3 Alojamento (fase de implantação):

As edificações como refeitório e alojamentos, não são especificadas de acordo com a


Tabela 1 da IT-01 devido a área ser maior que 750 m². A especificação da área em questão
é a Tabela 4, que pode ser observada abaixo. A área em destaque ilustra a necessidade do
combate com hidrantes na instalação.

4.1.4 Canteiro Central da INFRA (fase de implantação):

A edificação refeitório, não é especificada de acordo com a Tabela 1 da IT-01 devido a área
ser maior que 750 m². A especificação da área em questão é a Tabela 4, que pode ser
observada abaixo. A área em destaque ilustra a necessidade do combate com hidrantes na
instalação.

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SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 8/19
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4.1.5 Canteiro Central de Obras Civis e Montagem Eletromecânica (fase de


implantação):

A edificação refeitório, não é especificada de acordo com a Tabela 1 da IT-01 devido a área
ser maior que 750 m². A especificação da área em questão é a Tabela 4, que pode ser
observada abaixo. A área em destaque ilustra a necessidade do combate com hidrantes na
instalação.

O projeto apresenta dois sistemas distintos, um para o combate na região do platô das
oficinas e posto de abastecimento de combustíveis, outro para o platô do beneficiamento e
pátio de produtos.

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SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 9/19
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Os postos de combustível foram classificados de acordo com o Anexo B da IT-09 (Carga de


Incêndio nas Edificações e Área de Risco) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Minas Gerais. O anexo apresenta o método para levantamento de carga de incêndio
específica, utilizando a massa dos materiais combustíveis na área, o valor do potencial
calorífico específico e a área na qual estão dispostos os materiais.

O método realiza o somatório do conjunto dos materiais dispostos, multiplicaos pelo


potencial calorífico específico. Em seguida, se realiza a divisão pela área para obter a Carga
de Incêndio (MJ/m²).

Abaixo é possível obter a Carga de Incêndio obtida nos dois postos de combustíveis
dispostos no Projeto Apolo.

4.1.5.1 Platô da Lavra

POSTO DE VEÍCULOS LEVES E


Densidade Potencial
PESADOS Peso (kg) Total (MJ)
(kg/m³) (MJ/kg)
Tanque Volume (m³) Tipo
TQ-1060MA-04 45,0 S500 865 38925,0 41,0 1595925,0
TQ-1060MA-05 45,0 S500 865 38925,0 41,0 1595925,0
TQ-1060MA-06 45,0 S500 865 38925,0 41,0 1595925,0
TQ-1060MA-07 45,0 S500 865 38925,0 41,0 1595925,0
TQ-1060MA-10 35,0 S10 850 29750,0 41,0 1219750,0
Somatório 7603450,0

Área (m²) 925,5 Carga de Incêndio (MJ/m²) 8215,5

4.1.5.1 Posto do canteiro avançado da INFRA (Fase de implantação)

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SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 10/19
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De acordo com a classificação das áreas de risco foi definido que, as instalações do posto
de combustíveis serão protegidas por sistema de hidrantes do tipo 3, o platô das oficinas por
sistemas de hidrantes tipo 3 e as demais instalações também por sistema de hidrantes do
tipo 3.

O sistema de proteção por hidrantes tipo 3 requer um esguicho com jato compacto com
diâmetro de 16 mm ou jato regulável com vazão de 250 litros por minuto.

5.0 MEIOS PRÓPRIOS DE COMBATE A INCÊNDIO

5.1 SISTEMAS DE ÁGUA

Os sistemas de hidrantes do projeto terão um suprimento d’água permanente, e garantido


por tanques exclusivos, alimentando as bombas de combate a incêndio onde o desnível
geométrico não for suficiente para prover a pressão necessária em cada local.

O tanque TQ-5023MA-02, com reserva dedicada a combate a incêndio de 90 m³, será


responsável por alimentar os hidrantes do platô das oficinas, Britagem primária e do posto
de abastecimento. O tanque TQ-5023MA-03 terá volume de reserva exclusiva, de 45 m³, pra
combate a incêndio na área do platô do beneficiamento e pátio de produto.

Para a fase de implantação o tanque exclusivo para combate a incêndio TQ-4035MA-28 com
90 m³, será responsável por alimentar os hidrantes do platô do posto de abastecimento e do
platô do canteiro central da INFRA. O tanque TQ-4035MA-26 também exclusivo para
reserva de combate a incêndio com volume de 45m³, será responsável por alimentar os
hidrantes do alojamento e refeitório / cozinha industrial.

Serão instalados sistemas de bombeamento para atender os postos de abastecimento. Os


sistemas de bombeamento têm o objetivo de adicionar ao sistema a pressão requerida pelas
normas em cada saída de hidrante.

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Para os postos de abastecimento estão previstos, além do combate com água por meio de
hidrantes, o sistema de combate por espuma, que será disponibilizado através de
carretinhas alimentadas pela rede de água.

5.1.1 Risco predominante

5.1.1.1 Platô da Lavra

O risco predominante, para o posto de combustíveis de veículos pesados localizado no platô


da lavra do projeto Apolo é incêndio nos tanques de armazenamento de S500 - TQ-1060MA-
04, TQ-1060MA-05, TQ-1060MA-06 ou TQ-1060MA-07 e tanque compartilhado de Diesel
S10 com Gasolina TQ-1060MA-10, pois eles são tanques vizinhos, que necessitarão de
resfriamento de costado em caso de incêndio, além da necessidade de combate por espuma
na bacia de contenção do tanque em chamas. De acordo com a norma NBR 17505-7, a
demanda será atendida da seguinte maneira:
• Duas saídas de hidrantes dedicadas ao resfriamento dos tanques vizinhos
(ver NBR 17505-7 item 6.2.2), totalizando 30 m³/h;
• Uma saída de hidrante dedicada ao sistema de combate por espuma
(carretinha) (ver NBR 17505-7 item 8.6), totalizando 12,7m³/h;
• Uma saída de hidrante dedicada ao resfriamento do tanque em chamas (ver
NBR 17505-7 item 6.2.2), totalizando 15 m³/h.
Total de 57,7 m³/h, será adotada 60 m³/h como vazão de projeto para o sistema de combate
a incêndio do posto de abastecimento de combustíveis do projeto Apolo.

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Conforme destacado na tabela A.1 da ABNT NBR 17505-7, os tanques horizontais, TQ-
1060MA-04 @ 07, de diesel S500 (classe II), o resfriamento pode ser realizado com
hidrantes ou canhões monitores.

5.1.1.2 Reservatório

Conforme citado no item 5.1, na Tabela 4, a reserva técnica de incêndio mínima deve
possuir o volume listado na tabela, sendo de uso exclusivo para a aplicação de combate a
incêndio.

As características construtivas do reservatório podem ser encontradas no Anexo B da IT-17.

Para reservatórios ao nível do solo, semienterrados ou subterrâneos é comumente repartido


a reserva técnica de incêndio em duas câmaras. Possibilitando o uso do sistema de combate
a incêndio por água mesmo em situações de manutenção das câmaras.

Para sistemas que protegem contra parques de armazenamento com tanques estacionários
contendo líquidos inflamáveis ou combustíveis, a NBR 17505-7 faz uma relação de
capacidade útil de armazenamento do maior risco predominantes versus tempo de combate

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a incêndio. Esta relação pode ser observada no recorte da norma abaixo. Logo, o
reservatório será dimensionado de acordo com a maior determinação.

Como forma de tornar o sistema mais conservador neste caso, a reserva técnica de água
para combate a incêndio nos tanque TQ-5023MA-02 foi definida em 1,5 horas.

5.1.1.3 Platô do Beneficiamento

O risco predominante, para o posto de combustíveis de veículos leves localizado no platô do


beneficiamento é incêndio no tanque de armazenamento de S10 - TQ-1060MA-10, a
demanda será atendida da seguinte maneira:
• Uma saída de hidrante dedicada ao resfriamento dos tanques vizinhos (ver
NBR 17505-7 item 6.2.2), totalizando 15 m³/h;
• Uma saída de hidrante dedicada ao sistema de combate por espuma
(carretinha) (ver NBR 17505-7 item 8.6), totalizando 12,7m³/h;
Total de 27,7 m³/h, será adotada 30 m³/h como vazão de projeto para o sistema de combate
a incêndio do posto de abastecimento de combustíveis do projeto Apolo.

Também para o tanque do platô do beneficiamento TQ-5023MA-03, o volume da reserva


técnica foi definido para 1,5 horas.

5.1.1.4 Canteiro Central da INFRA (fase de implantação)

O risco predominante, para o posto de combustíveis de veículos pesados localizado no platô


do posto de abastecimento do Canteiro Central da INFRA do projeto Apolo é incêndio nos
tanques de armazenamento de S500 – TANQUE 01, TANQUE 02, ou TANQUE 03, pois eles
são tanques vizinhos, que necessitarão de resfriamento de costado em caso de incêndio,
além da necessidade de combate por espuma na bacia de contenção do tanque em chamas.
De acordo com a norma NBR 17505-7, a demanda será atendida da seguinte maneira:

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• Duas saídas de hidrantes dedicadas ao resfriamento dos tanques vizinhos


(ver NBR 17505-7 item 6.2.2), totalizando 30 m³/h;
• Uma saída de hidrante dedicada ao sistema de combate por espuma
(carretinha) (ver NBR 17505-7 item 8.6), totalizando 12,7m³/h;
• Uma saída de hidrante dedicada ao resfriamento do tanque em chamas (ver
NBR 17505-7 item 6.2.2), totalizando 15 m³/h.
Total de 57,7 m³/h, será adotada 60 m³/h como vazão de projeto para o sistema de combate
a incêndio do posto de abastecimento de combustíveis do projeto Apolo.

5.1.2 Requisitos dos sistemas de bombeamento

Os sistemas de bombeamento de água para combate a incêndio deverão contemplar uma


bomba principal, acionada por motor elétrico uma reserva, acionada por motor de combustão
interna a Diesel e uma bomba “Jockey”, vazão de 1,2 m³/h (20 l/min). A bomba “Jockey” será
a responsável por manter o sistema pressurizado quando as principais estiverem paradas.

As Tabelas abaixo apresentam os pontos de operação de cada uma das bombas do sistema
de combate a incêndio.

Platô da Lavra:

Bomba Vazão Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

Platô do Beneficiamento:

Bomba Vazão de Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

Canteiro Central da INFRA (Fase de implantação):

Bomba Vazão Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 60,0 m³/h 81,6 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

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Alojamento (fase de implantação):

Canteiro Central de Obras Civis e Montagem Eletromecânica (fase de implantação):

Bomba Vazão de Projeto Hman


BA-5040MA-01 - Elétrica 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-02 - Reserva Diesel 45,0 m³/h 54 mca
BA-5040MA-03 - Jockey 1,2 m³/h *

Arranjo de referência para skid de bombas de combate a incêndio:

Legenda Descrição
01 Entrada de água
02 Saída de água
03 Motobomba jockey
04 Motobomba principal
05 Motobomba mancalizada
06 Motor a combustão Diesel
07 Registros
08 Bateria
09 Reservatório de pressão
10 Painel de comando
11 Pressostatos

As bombas de incêndio estarão continuamente escorvadas (afogadas), devido ao desnível


estabelecido pela localização do tanque de água, e instaladas em casa de bombas.

As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para este fim.

Devem ser acionadas por motores com acoplamento direto.

As partes rotativas das bombas de combate a incêndio devem apresentar proteção.

Ser estáveis (a curva característica do rotor não pode disponibilizar dois pontos de vazões
diferentes para uma mesma altura manométrica).

PE-G-606_Rev_13
CLASSIFICAÇÃO

APOLO UMIDADE NATURAL


USO INTERNO
S1794

PROJETO CONCEITUAL Nº VALE PÁGINA


SISTEMA DE ÁGUA P/ COMBATE A INCÊNDIO MD-5040MA-T-74002 16/19
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MEMORIAL DESCRITIVO – PEER REVIEW
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A pressão de shut off das bombas não deverá exceder em mais de 40% a pressão de
operação.

A 150 % da vazão nominal da bomba, esta deve manter uma pressão mínima de 65% de
sua pressão nominal.

Estar protegidas contra vandalismos, danos mecânicos, intempéries, ventos, agentes


químicos, roedores, insetos, explosão, fogo e umidade em casa de bombas própria, de
construção superior, tipo concreto e alvenaria conforme requisitos dos itens 4.2 e 4.5 da
ABNT NBR 13859.

O motor a Diesel deve possuir sistema de exaustão próprio. A tubulação e os abafadores de


exaustão devem ser adequados ao tipo de motor, para evitar pressões além do especificado
pelo fabricante.

A descarga de gases de exaustão do motor a Diesel deve ser direcionada para fora da casa
de bombas, em local seguro, para não representar riscos para pessoas e construções. A
tubulação de exaustão deve ser protegida também para não representar risco de
queimaduras para as pessoas.

Conforme a legislação (NBR 13714, NBR 13231, NBR 13859, NBR 7821), o tanque de
combustível deve ser instalado em local externo da casa de bombas, protegido contra
intempéries, provido de drenagem, respiro, aterramento e meios de coleta de resíduos ou
vazamentos (bacia de contenção com volume mínimo de 1,5 vezes a capacidade do tanque
de combustível).

As linhas de suprimento e retorno de combustível entre o tanque e o motor, deverão ser de


tubo rígido com conexões flexíveis metálicas e não poderão ser de aço galvanizado ou
cobre.

A casa de bombas deve ser provida de iluminação de emergência, não sendo permitida a
ligação ao sistema de baterias do painel de controle das bombas de combate a incêndio.
O piso da casa de bombas deve ser pintado com tinta epóxi para facilitar a limpeza e provido
de sistema de drenagem capaz de absorver quaisquer vazamentos, para evitar danos a
motores, painéis e outros equipamentos.

A bomba principal acionada por motor elétrico e a bomba, “stand by”, acionada por motor de
combustão interna a Diesel, devem ter acionamento automático comandado através de
chaves de fluxo.

A monitoração deste sistema de bombas deve ser feita por painéis de sinalização instalados
onde haja vigilância permanente, de onde será efetuado o comando remoto de ligar as
bombas envolvidas e desligar somente a bomba “Jockey”. Deverá possuir sinalização áudio-
visual, indicando os seguintes eventos:

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Bomba principal e “Jockey” com acionamento elétrico:


• painel energizado;
• bomba em funcionamento;
• falta de fase;
• falta de energia no comando de partida;
• ligação da bomba com fase invertida.
Bomba com acionamento por motor de combustão interna a Diesel, “stand by”:
• painel energizado;
• bomba em funcionamento;
• baixa carga das baterias;
• chave seletora na posição manual;
As bombas principais devem atingir pleno regime em aproximadamente 30 s após a partida.
Nos reservatórios, devem ser instalados medidores de nível para supervisionar o nível de
água de incêndio.

Para evitar o super aquecimento da bomba principal, quando estiver funcionando com
hidrantes fechados, um fluxo contínuo de água deve ser previsto através de uma tubulação
de ½” provida de uma placa de orifício com furação de Ø6 mm, derivada da voluta da bomba
com retorno para o reservatório (se aplicável).

As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a
inscrição: “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”.

As bombas de incêndio devem ter condição de operar a plena carga durante 6 (seis) horas
ininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias.

As baterias (principal e reserva) dos motores de combustão interna a Diesel devem ser
mantidas carregadas por dois sistemas de flutuação automática, por meio de um carregador
duplo de baterias, independentes para os jogos de baterias (principal e reserva), com
capacidade de recarga em até 24 horas (o estado de carga de cada jogo de baterias deve
ser indicado por meio de amperímetros e voltímetros).

Cada bomba de incêndio deve possuir uma placa de identificação com as seguintes
características: fabricante, série, modelo, vazão, altura manométrica total, rotação, diâmetro
do rotor e rendimento.

Todos os motores deverão receber placa de identificação em aço inoxidável, rebitada na


carcaça, marcada de forma legível, indelével e durável, com caracteres gravados em alto
relevo, atendendo os requisitos do item 22 “Marcação” da norma NBR 17094-1.

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As informações deverão atender o sub-item 22.2 “Lista de informações constantes na


marcação”, da mesma norma.

Deverá ser prevista placa adicional em aço inoxidável, contendo a identificação do motor
(“tag number”).

Deverá ser instalada no interior da caixa de ligações uma placa contendo as principais
características do motor (tipo, tensão, potência, etc.).

Cada motor de combustão interna a Diesel deve possuir uma placa de identificação com as
seguintes características: fabricante, tipo, modelo, série, potência instalada e rotação.
Deve ser instalado um acionamento manual para cada bomba principal, em um ponto seguro
da edificação e que permita fácil acesso.

Deve ser instalado um sistema de supervisão elétrica, de modo a detectar qualquer falha
nas instalações elétricas da casa de bombas, que possa interferir no funcionamento das
bombas de incêndio

5.2 HIDRANTES

Serão utilizados, para os hidrantes tipo 3, hidrantes de coluna, diâmetro nominal de 2.1/2”,
de aço carbono, schedule 40, com uma saída e engates rápidos para mangueiras de
incêndio com diâmetro nominal de 1.1/2”.

A quantidade e a disposição dos hidrantes externos foram estabelecidas de forma que


qualquer ponto da área a ser protegida seja abrangida pelo raio de 60 metros, que
corresponde ao comprimento da mangueira, sem contar o alcance do jato de água.

Os hidrantes serão colocados em pontos de livre acesso, de preferência próximos às ruas e


afastados 15 m da parede externa das edificações. Sendo necessário, devem ser estendidas
derivações para hidrantes, a partir da rede de incêndio, até os pontos de fácil acesso.

5.3 ABRIGOS

Cada hidrante será provido de um abrigo, localizado próximo ao mesmo, identificado com
um código do programa gestor da manutenção.

Para os hidrantes externos cada abrigo deverá dispor dos seguintes acessórios:

Segue abaixo o critério utilizado para todo o projeto.

Posto de veículos leves e pesados:


• 120 m de mangueira Ø 1.1/2”( 60 m para cada saída; 8 lances de 15 m);
• 2 (dois) esguichos de diâmetro 1.1/2”, reguláveis para jato sólido e neblina;
• 2 (duas) chaves de união, conjugadas com chave de válvula.
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Platô das oficinas e oficina central:


• 60 m de mangueira ( 4 lances de 15 m de mangueira Ø1.1/2);
• 1 (um) esguicho de diâmetro 16 mm;
• 1 (um) chaves de união, conjugadas com chave de válvula;
Demais instalações (escritórios nos platôs da Mina e Usina, ETA, ETEO, apoio ao
carregamento e alojamento):
• 60 m de mangueira ( 4 lances de 15 m de mangueira Ø1.1/2);
• 1 (um) esguicho de diâmetro 16 mm;
• 1 (um) chaves de união, conjugadas com chave de válvula;
• 1 (um) redução de Ø2.1/2 para Ø1.1/2.

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