Você está na página 1de 25

TAES

NA LUTA
BRASIL

Propostas para o PCCTAE


Campanha Salarial
2024
Quem somos nós, PCCTAE?
O Plano de Cargos e Carreiras dos Técnicos Administrativos em Educação -
PCCTAE é constituído por servidores efetivos dos Institutos Federais, Universidades
Federais, CEFETs, Hospitais Universitários, Colégios Militares e demais instituições
educacionais país afora, pertencentes às Instituições Federais de Ensino. O
PCCTAE é a carreira mais mal remunerada dentre as 64 carreiras administrativas
do Executivo Federal. Atualmente, somos mais de 133 mil técnicos na ativa e 69
mil aposentados, uma das maiores do Serviço Público Federal (SPF), segundo
dados de janeiro de 2023 do Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da
Economia (atual Ministério da Fazenda)

O reajuste de 2023
Todo ano, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é votada pelo Congresso Nacional e
promulgada pelo Presidente da República para estabelecer os gastos da União
no decorrer do ano seguinte. Ela é enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto
para ser votada até dezembro e gerar efeitos no orçamento do ano seguinte.

Em 2022, a LOA autorizou um gasto de 11,2 bilhões de reais reservados a um


aumento salarial linear, ou seja, um percentual igual para todas as carreiras do
SPF, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) autorizou um reajuste nos
benefícios com percentual limite igual ao acumulado da inflação desde o último
reajuste - razão pela qual os reajustes oferecidos no vencimento básico e nos
benefícios possuem margem irrisória de flexibilização.

O proposto para este ano é insuficiente para corrigir sequer parte das perdas
inflacionárias dos últimos quatro anos. Mudanças na nossa remuneração são
reflexos, portanto, de esforços e empenhos no ano anterior ao da aplicação da
verba.

Mesas de negociação
Geral Específica
Trata de temas que afetam A Mesa Específica, trata de cada
todo o funcionalismo público, carreira/área. Aqui é onde as
como auxílios. Neste ano tratará reestruturações e a criação da
do aumento, pois ele é linear. gratificação serão pautadas.
TAES
NA LUTA
BRASIL
A campanha salarial 2024
Considerando que a LOA é enviada, pelo Governo Federal, ao Congresso Nacional
até 31 de agosto para execução no ano seguinte, os meses de fevereiro a agosto
deste ano serão cruciais para conseguirmos emplacar mudanças para a nossa
carreira no ano de 2024!

Há uma urgência em curso, pois a nossa remuneração encontra-se


profundamente defasada, acumulando perdas inflacionárias maiores que outras
carreiras dentro do mesmo ambiente de trabalho. Como resultado, isso acaba
prejudicando milhares de famílias, precarizando a carreira, deixando-a
desinteressante para potenciais novos servidores e causando o efeito "trampolim"
para outras carreiras, não gerando uma identificação dos servidores com a
categoria e com as instituições onde trabalham.

Em 7 de fevereiro de 2023 foi reaberta a Mesa Nacional de Negociação


Permanente (MNNP), uma frente democrática de negociação entre as federações
de sindicatos e o Governo Federal. As discussões da primeira mesa giraram em
torno do reajuste deste ano de 2023. Uma nova mesa, dessa vez específica para
cada carreira, após findada as discussões para o reajuste de 2023, será aberta e
irá definir os reajustes para 2024.
Nós, servidoras e servidores regidos pelo PCCTAE, recebemos a pior remuneração
do Serviço Público Federal. O Coletivo TAES NA LUTA passou a estudar o assunto, e
percebeu que esta situação se deve, em parte, à ausência de uma gratificação
vinculada à nossa atuação laboral, como ocorre nas demais carreiras do SPF.

O PCCTAE têm
a PIOR remuneração do
Serviço Público Federal

Comparativo
PCCTAE x CARREIRAS SPF
Dentre as mais de 64 carreiras administrativas do Executivo no Serviço Público
Federal, somente a carreira PCCTAE não desfruta de uma gratificação. Os
quadros abaixo comparam a remuneração inicial dos níveis D e E do PCCTAE com
outras carreiras do SPF de mesmo nível de escolaridade e com similaridade na
natureza das funções. A disparidade remuneratória percebida pela falta de
gratificação é estarrecedora, como pode ser observado nas tabelas a seguir:

TAES
NA LUTA
BRASIL
Comparativo - Carreiras de Nível Intermediáro (Ensino Médio)

CARREIRA NÍVEL REMUNERAÇÃO INICIAL (R$) DIFERENÇA (R$)

PCCTAE NÍVEL D - INTERMEDIÁRIO 2.446,96 (VB) –

C&T NÍVEL INTERMEDIÁRIO 3.547,87(VB + GDACT) +1.100,91

IBGE NÍVEL INTERMEDIÁRIO 3.677,27 (VB + GDIBGE) +1.230,31

CPST NÍVEL INTERMEDIÁRIO 3.842,57 (VB + GDPST) +1.395,61

PGPE* NÍVEL INTERMEDIÁRIO 4.025,57 (VB + GDPGPE) +1.578,61

DENASUS NÍVEL INTERMEDIÁRIO 4.081,57 (VB + GDASUS) +1.634,61

FNDE NÍVEL INTERMEDIÁRIO 4.602,63 (VB + GDPFNDE) +2.155,67

CVM NÍVEL INTERMEDIÁRIO 4.769,20 (VB + GDASCVM) +2.322,24

5.447,79 (VB + GAE +


INSS NÍVEL INTERMEDIÁRIO +3.000,83
GDASS)

5.482,07 (VB + GAPIN +


FUNAI NÍVEL INTERMEDIÁRIO +3.035,11
GDAIN)

DNIT NÍVEL INTERMEDIÁRIO 5.689,77 (VB + GDADNIT) +3.242,81

Comparativo - Carreiras de Nível Superior (Ensino Superior)

CARREIRA NÍVEL REMUNERAÇÃO INICIAL (R$) DIFERENÇA (R$)

PCCTAE NÍVEL E - SUPERIOR 4.180,66 (VB) –

PGPE* SUPERIOR 5.739,09 (VB + GDPGPE) +1.558,43

CPST* SUPERIOR 5.740,09 (VB + GDPST) +1559,43

C&T* SUPERIOR 6.445,17(VB + GDACT) +2.264,51

6.693,87 (VB + GAPIN +


FUNAI SUPERIOR +2.513,21
GDAIN)

DENASUS SUPERIOR 7.145,09 (VB + GDASUS) +2.964,43

FNDE SUPERIOR 8.012,81 (VB + GDPFNDE) +3.832,15

8.357,07 (VB + GAE +


INSS SUPERIOR +4.176,41
GDASS)

IBGE* SUPERIOR 8.488,47 (VB + GDIBGE) +4.307,81

DNIT* SUPERIOR 10.832,03 (VB + GDADNIT) +6.651,37

*Carreira com mais de um cargo de nível superior ou com remuneração variável por órgão, o valor indicado é o
menor encontrado.
Fonte: Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Civis e dos Ex-Territórios nº 82 de Fevereiro/2023
(Observatório de Pessoal)

TAES
NA LUTA
BRASIL
PCCTAE em crise
A diferença salarial entre nossos cargos e seus equivalentes no SPF é tão
significativa que a carreira PCCTAE tem servido de “trampolim” para
concurseiros, gerando uma rotatividade de trabalhadores e produzindo
transtornos de todos os tipos para os servidores que nela permanecem, pois
além de enfrentarem a angústia de receberem uma remuneração baixa, lidam
cotidianamente com acúmulo de funções de exonerados e licenciados, que não
são repostos. Além disso, essa rotatividade produz inequívoco prejuízo ao
funcionamento das IFES e à Administração Pública
Conforme o Painel Estatístico de Pessoal (BRASIL, 2022), os últimos anos
apontam índices alarmantes de rotatividade na carreira nível D, a mais
volumosa não só do PCCTAE, mas de todo o Serviço Público Federal.

Taxa de

Ano Ingressos (I) Desligados (D) Saldo (I-D)


Desligamento*

2022 3.901 2.743 1.158 70,3%

2021 1.873 1.600 273 85,4%

2020 2.622 1.136 1.486 43,3%

2019 5.198 1.907 3.291 36,6%

2018 6.207 1.931 4.276 31,1%

2017 8.671 2.072 6.599 23,8%


Fonte: Painel Estatístico de Pessoal (2023). *considerando exoneração a pedido e para tomar
posse em outro cargo inacumulável.

O princípio fundamental de uma carreira é que ela seja concebida de forma que
o servidor permaneça na mesma, subindo degraus e tendo a compensação
pecuniária para tal (BRESSER PEREIRA, 1996). O cenário atual, contudo, promove
exatamente o contrário disso: uma tentativa explícita de pauperização da
carreira, gerando a obrigatoriedade de uma segunda atividade remuneratória, o
acúmulo de funções diante das frequentes exonerações de servidores, alto
índice de desmotivação e de licenças médicas e a busca obrigatória por
qualificação acima do mínimo exigido para o cargo - busca que tem se tornado
compulsória diante da defasagem remuneratória da carreira, não para benefício
complementar e sim para superação das perdas reais nos vencimentos.

Em 2022,
a taxa de evasão do PCCTAE
foi superior a 70%
PCCTAE: o modelo
único de carreira no SPF
Características do PCCTAE
O PCCTAE é construído em uma matriz salarial linear. Esse modelo é único em
todo o Serviço Público Federal. As demais carreiras possuem tabelas separadas
comumente entre os Níveis de Apoio (escolaridade mínima exigida de Nível
Fundamental), Nível Intermediário (escolaridade mínima exigida de Nível Médio) e
Nível Superior (com escolaridade mínima exigida de Nível Superior). Algumas
carreiras ainda têm tabelas diferentes seguindo a especificidade do órgão - uma
tabela separada para Pesquisadores, Médicos, Peritos, e outros.

A linearidade da tabela traz alguns benefícios e muitos problemas. Um benefício


pode ser o fato de que todos recebem as mesmas vantagens - o recebimento de
vantagens distintas por nível e/ou cargo resultaria na quebra da linearidade. Por
sua vez, o principal problema é a capitalização composta, que, na prática, torna
impeditivo grandes aumentos percentuais no vencimento básico, pois ele incide
em cascata em toda a carreira. Deste modo, um aumento significativo na base
da matriz (piso no nível A) faria com que o topo da carreira (o teto no nível E),
ultrapassasse o teto constitucional - o salário do ministro do STF.

O step e o problema da capitalização composta


A estrutura do PCCTAE é construída com um piso (P01), um topo (P49), e
variações percentuais entre um piso e outro que se acumulam sob as regras do
juros sobre juros (capitalização composta). A diferença percentual entre um piso
e outro é chamado de step. Atualmente o valor do step é de 3,9%.

O PCCTAE trabalha com essa lógica de juros sobre juros, onde cada nível que
sobe na escada é acrescido de um percentual de 3,9%. Ou seja, um piso acumula
todos os steps de pisos anteriores a ele. Como temos 49 níveis, significa que o
topo da carreira (P49) acumula de forma exponencial steps dos 48 pisos
anteriores a ele. Isso inviabiliza a concessão de grandes aumentos no percentual
do step.

Ainda é preciso destacar que os cargos de Médico e Médico Veterinário, com


carga horária de 40 horas, têm esse movimento dobrado, ultrapassando o teto
constitucional em alguns cenários de reajuste, e considerando rubricas
vinculadas ao vencimento básico (VB) como Incentivo à Qualificação e
Insalubridade

A matriz do PCCTAE é construída sob a lógica do juros sobre juros


TAES
NA LUTA
BRASIL
Propostas do TAES NA LUTA
A GATAE
Considerando os argumentos apresentados e todas as dificuldades matemáticas
advindas da linearidade do PCCTAE, estamos propondo a criação de uma
gratificação denominada GATAE - Gratificação por Atividade Técnico-
Administrativa Educacional - nos termos e parâmetros do Anexo I. Uma
gratificação que permitirá recebermos em linha com as demais carreiras do
Executivo Federal que desenvolvem atividades semelhantes, com o mesmo grau de
responsabilidade, complexidade e nível de capacitação técnica e/ou de
escolaridade exigida.

Se somos todos servidoras e servidores públicos federais, por que o PCCTAE tem
que receber menos que outra carreira com as mesmas responsabilidades,
exigências, atividades e formação?

A tabela integral pode ser acessada aqui e no ANEXO I

A lógica da construção da GATAE: step de 5% sobre a base (P01)


Como explicado anteriormente, a lógica dos juros sobre juros no PCCTAE é um
problema; mas a GATAE é estabelecida usando uma lógica diferente: os juros
simples.

Propomos uma gratificação referenciada sob o piso (P01) do PCCTAE em 100%


(atualmente, R$ 1.326,72) e, à medida que avançamos na matriz, vai se
acrescentando 5% (step da GATAE) do valor base (P01) em cada piso.
Considerando o vencimento atual em P01, o acréscimo em cada piso seria de
R$ 66,33 sobre o valor da GATAE anterior, de acordo com as fórmulas abaixo e
resultam na remuneração indicada na tabela do Anexo I.

Onde:
A01, corresponde ao valor do Vencimento

Básico atual na posição P01(R$ 1326,72);


Pn, assume valores de 1 a 49, de acordo com a

posição que o servidor se encontra na carreira

Confira todos os Anexos


do PCCTAE conforme Anexo I acessando AQUI ou
escaneando o QR cima
É importante destacar que com aumentos no vencimento básico o valor nominal
do step da GATAE aumenta, portanto, aumentos no VB incorrem em aumentos na
GATAE.

Destacamos que essa proposta segue a lógica das demais carreiras do


funcionalismo no executivo federal, em que ao se subir de pisos a remuneração
do servidor aumenta. Como exemplificado no anexo II.
Como se pode observar, a carreira do FNDE (anexo II), possui uma gratificação
de estímulo à qualificação e outra gratificação que cresce nominalmente em
relação ao nível anterior e decresce percentualmente.

O motivo de a gratificação ser indexada ao piso P01


Como sabemos, uma gratificação quando estabelecida em valores fixos e sem
guardar relação com o Vencimento Básico, tende a ser corroída pela inflação,
assim como ocorreu com a antiga Vantagem Pecuniária Individual - VPI e o
Vencimento Básico Complementar -VBC.

Dessa maneira, propomos que a GATAE seja vinculada ao vencimento base da


carreira, de modo que seja possível reajustar a GATAE automaticamente, sempre
que houver reajuste no VB.

Entretanto, por se tratar de um step fixo de 5% em relação ao P01, o percentual da


gratificação em relação ao VB tende a reduzir ao longo dos 49 pisos, mas o valor
pecuniário (dinheiro) é maior. Este mesmo modelo, relembramos, é utilizado em
várias outras carreiras no SPF.

Desde 1998, a Constituição Federal, em seu art. 37, inciso XV,


protege a renda do servidor e evita que ele sofra redução salarial.

É ilegal a GATAE ser percentualmente regressiva e nominalmente progressiva?


De maneira nenhuma! Todas as gratificações que guardam semelhança com a
GATAE usam deste mesmo mecanismo: aumentam o valor nominal a cada nível,
mas, percentualmente, em relação ao VB, tendem a diminuir. Nos anexos II, III e IV
indicamos carreiras que possuem gratificações similares e como se comportam os
percentuais de gratificação em relação ao VB.

Na carreira da FIOCRUZ (anexo III), embora a base se inicie em R$1.705,00, o valor da


gratificação vai crescendo nominalmente (R$ 1.747,00; R$ 1.749,00; R$ 1.857,00… R$
2.525,00). Todavia, nota-se que o percentual da gratificação no início da carreira é
de 0,32 (32%) e no final de 0,28 (28%). Como essa carreira possui apenas 15 steps, a
diferença percentual entre piso e teto é menor do que na nossa proposta - o PCCTAE
possui 49 steps.

Na carreira da FUNAI (anexo IV), mecanismo semelhante é usado, e percebe-se que


a base inicia com R$ 3.655,00 (165% sobre o VB) e termina com

TAES
NA LUTA
BRASIL
R$ 4.694,00 (124% sobre o VB). A diferença percentual da base em relação ao topo é
de 41 pontos percentuais negativos (de 165 para 124), mas em termos de
remuneração, o valor sempre aumenta ao avançar na carreira, assim como acontece
na GATAE. Enfatizamos que outras carreiras no executivo federal utilizam-se desse
mesmo mecanismo: elevação do valor nominal, mas com decréscimo do valor
percentual em relação ao VB. Como já demonstrado, quanto mais próximo ao topo,
maior o valor nominal acumulado e menor o valor percentual em relação ao VB.

O modelo proposto é utilizado por várias carreiras do Serviço Público Federal.


As boas soluções de outras carreiras foram usadas na construção da GATAE.

Mas não seria melhor pedir somente um aumento no Vencimento Básico?


A estratégia histórica das entidades representantes da categoria consistiu em
concentrar esforços para aumentar o percentual do VB. Essa tática, ao longo dos
últimos 10 anos, segundo dados do próprio SINASEFE-SN, gerou as seguintes
recomposições para a categoria:

Inflação
Data Reajuste CONQUISTA
Acumulada

01/03/2013 5% 5% GREVE 2012

01/03/2014 5% 10,25% GREVE 2012

01/03/2015 5% 15,76% GREVE 2012

01/08/2016 5,5% 22,13% GREVE 2015

01/01/2017 5% 28,23% GREVE 2015

Em suma: quando muito, e inclusive durante greves longas, moral e economicamente


custosas, mesmo durante governos progressistas, conseguimos um máximo de 5,5%
anuais de aumento no VB. Persistir nessa tática de buscar maiores remunerações
focando em aumento no vencimento básico provavelmente resultará nos já
conhecidos e insuficientes aumentos de 5% em parcelas anuais. A inflação somente
dos últimos 2 anos foi de mais de 15%.

Por anos, nossas direções sindicais persistem na mesma política de lutar por
reajustes no VB sem conseguir nada que represente ganhos significativos para a
categoria dos Técnicos Administrativos em Educação. Não queremos persistir nesse
erro.

Em todo o caso, acreditamos que os vencimentos básicos devem ser reajustados,


mas queremos que a proposta apresentada ao governo não seja apenas esta. Por
isso temos quatro principais propostas, sendo a primeira: a recomposição do
vencimento básico considerando a inflação acumulada desde o último reajuste do
PCCTAE, em janeiro de 2017. TAES
NA LUTA
BRASIL
Mas gratificação seria muito custoso! Por que o governo aceitaria?

Conceder uma gratificação pode ser mais barato para o governo do que um
aumento expressivo no vencimento básico.
A implantação da GATAE, com sua expressiva modificação na estrutura
remuneratória dos vencimentos dos servidores ativos, teria um impacto financeiro
menor para a União, mesmo pagando mais para os trabalhadores e
trabalhadoras. E isso é explicado a partir de quatro estratégias adotadas na
construção da proposta:

A gratificação é vinculada ao VB e nada incide sobre ela: O VB possui várias


rubricas atreladas a ele (como o incentivo à qualificação, insalubridade e
outros), logo, um aumento sobre o VB causa um "efeito bola de neve".

Aplicação de juros simples: A GATAE parte de um percentual de 100% no piso


da tabela (P01) e cresce sob um step constante de 5% até o teto (P49); como
se trata de juros simples a variação entre piso e teto é menor e garante uma
gratificação progressiva para todos os níveis.

Percentuais diferentes para ativos no probatório e aposentados: Seguindo o


padrão das demais carreiras do SPF, servidores ativos em estágio probatório e
aposentados recebem um valor menor de gratificação.

Contribuição previdenciária patronal (PSS União): O PSS que a União contribui


para o custeio da seguridade social é de 200% sobre as contribuições de cada
servidor. Em outras palavras, quando há aumentos expressivos e em cascata
sobre o VB, outras rubricas também tendem a se acumular, fazendo com que
o PSS do servidor aumente e, consequentemente, aumente a contribuição
previdenciária patronal.

A aplicação dessas premissas nos permitiu construir uma proposta mais barata
que as demais apresentadas, e que mantém a remuneração do PCCTAE em linha
com as demais carreiras do SPF.

Embora a nossa proposta seja a mais viável (por ser melhor e mais barata), não
significa que o governo aceitará prontamente.

A aprovação da GATAE exigirá mobilização intensa da categoria


para tirá-la do papel.

TAES
NA LUTA
BRASIL
Mas aposentados e pensionistas ficariam de fora?
Não! Atualmente quando analisamos as tabelas salariais do SPF vemos que todas as
gratificações instituídas incorporam para os aposentados e pensionistas em pelo
menos 50% do valor que o servidor ativo recebe, chegando a 100% em alguns casos.
Nossa proposta, contudo, pleiteia, desde sua formulação inicial, a incorporação da
GATAE na aposentadoria em um valor que chegará em até 80% dos pontos
correspondentes à porcentagem recebida pelos servidores da ativa.

Propomos escalonar a implementação da incorporação da GATAE ao longo de 3


anos, sendo, no primeiro ano, o equivalente à gratificação de 35% dos pontos
correspondentes ao nível do servidor ao tempo de sua aposentação, 50% dos pontos
no segundo ano, e 80% dos pontos no terceiro ano, o teto de incorporação. (Vide
anexo I)

Mas sem aumento no vencimento básico, o que vai ser da minha


aposentadoria?
As antirreformas da previdência representaram um golpe nefasto contra os
trabalhadores. Dois modelos de aposentadoria atualmente atingem mais de 70% dos
servidores PCCTAE, e dependem da data da posse:

Quem assumiu cargo entre 01/01/2004 e 04/02/2013: o valor da aposentadoria


será equivalente a 60% da média de todos os salários de contribuição a partir de
julho de 1994, com acréscimo de 2% para cada ano que superar 20 anos de
tempo de contribuição, limitado ao teto do funcionalismo.

Quem assumiu cargo público após 04/02/2013: o valor da aposentadoria será


estabelecido pelo mesmo cálculo anterior, mas o servidor estará limitado ao teto
remuneratório do INSS (que atualmente é de R$ 7.507,49). Situação semelhante,
contudo, mais desvantajosa.

É importante frisar que quase 3/4 (74%) dos servidores do PCCTAE estão sob essas
duas regras (vide gráfico na página 13) o que, na prática, obriga o servidor a
trabalhar ao longo de 40 anos para conseguir o máximo de remuneração possível e,
mesmo assim, jamais terá o valor integral da última remuneração, algo que não
ocorre com os cerca de 1/4 dos servidores que se aposentarão com integralidade e
paridade.

Num país que, seguramente, se tentará aplicar novas “reformas”, sejam


previdenciárias, tributárias ou administrativas, cada vez mais violentas e contrárias
aos interesses dos servidores, estes 74% dos servidores PCCTAE já estão condenados
a trabalhar no mínimo 40 anos, para sequer conseguir se aposentar com seu último
salário (e ainda, se o servidor ingressou após 2013, não poderá ganhar mais que o
teto do INSS). Assim, questionamos:

TAES
NA LUTA
BRASIL
O que de fato interessa à maioria dos servidores que se aposentarão sob as
novas regras?
Interessa a ele pleitear uma gratificação, com um aumento expressivo em sua
remuneração atual, com jurisprudência segura apontando para a incorporação na
aposentadoria, ou pleitear apenas um aumento expressivo no vencimento básico, que
historicamente nunca foi concedido pelo Governo Federal, nem mesmo mediante
greves extensas?
Diante de uma carreira que não usufrui das mesmas regras de aposentadoria, que
outrora já pôde se aposentar com vantagens como paridade e integralidade, entre
55 e 60 anos, e que, inclusive, desfrutou de gratificações posteriormente incorporadas
ao vencimento básico, além de outras rubricas, é viável usar as mesmas táticas do
passado?
Ao servidor PCCTAE da ativa, especialmente aos mais prejudicados, ingressantes a
partir de 2004 na carreira (e em todo o serviço público), não é justo que continue
com suas remunerações à míngua, à sombra de previsões nebulosas de uma
aposentadoria que poderá nunca chegar.

Quantitativo de servidores TAES em relação aos regimes previdenciários


Por que a GATAE e não uma imediata reestruturação da carreira?
Pensamos na GATAE como uma ferramenta de efeito transitório até a reestruturação
completa da carreira. A reestruturação visa corrigir algumas mazelas da
tabela/matriz PCCTAE. Acreditamos que a construção de uma gratificação não
modifica a maior parte dos princípios básicos da carreira, o que torna mais fácil a
aprovação já neste ano para efeitos em 2024.

Reestruturar a carreira exigiria mexer com uma estrutura vigente nos últimos 18 anos,
que tem seus problemas, mas que as soluções não seriam desenvolvidas em poucos
meses. Reestruturar a carreira exigiria, além de Grupos de Trabalho debruçados sobre
o impacto orçamentário e previdenciário, a correção das atuais distorções que o
PCCTAE possui, a inclusão de todas as novas características do trabalho moderno e
outras análises que se mostrassem relevantes. Um trabalho longo, árduo e
necessário, mas demorado.

Na nossa avaliação, não temos neste momento força política para emplacar uma
reestruturação de carreira justa nos nossos próprios sindicatos. E depois de 7 anos
sem reajustes e de salários corroídos pela inflação, os TAEs simplesmente não podem
esperar mais!
Em 2024, precisamos restabelecer a dignidade do servidor
e ressignificar a nossa carreira.
Reconhecimento de Saberes e
Competências (RSC-TAE)
O que é o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC)?
O Reconhecimento de Saberes e Competências - RSC é um direito previsto para
a carreira de Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, com base no art.
18 da lei 12.772/2012, que permite a percepção de Retribuição de Titulação
(similar ao Incentivo à Qualificação do PCCTAE) equivalente à Especialização,
Mestrado e Doutorado, sem a necessidade do detentor do benefício possuir o
título.

Naquela carreira, a equivalência do RSC com a titulação ocorre em 3 níveis:


Diploma de graduação somado ao RSC-I equivale à titulação de
especialização;
Diploma de pós-graduação lato sensu somado ao RSC-II equivale a
mestrado; e
Diploma de Mestre somada ao RSC-III equivale a doutorado.

Os procedimentos e normas gerais para a concessão do RSC são estabelecidas


em resolução, por meio de um Conselho, instituído pelo MEC. A concessão do RSC
é feita através de um processo pelo qual são reconhecidos os conhecimentos e
habilidades desenvolvidos a partir da experiência individual e profissional.

Qual seria o benefício do RSC para o TAE?


O RSC possibilitaria ao servidor do PCCTAE receber percentual de Incentivo à
Qualificação um nível acima do titulo acadêmico que ele possuir, desde que, em
qualquer uma das situações, ele cumpra os requisitos necessários para tanto.

É possível pleitear qualquer um dos níveis do RSC, independentemente da


titulação acadêmica?

Não. O TAE somente poderá obter o RSC referente ao título imediatamente acima
daquele que possui. Por exemplo: um TAE graduado não poderá pleitear a IQ de
Mestre ou Doutor, somente o de Especialista.
Nesse exemplo, para que ele possa atingir a RSC de Mestre, ele deverá concluir
estudos em curso/programa de Especialização. A mesma lógica cabe aos
demais níveis do RSC.

Com o RSC, podemos melhorar significamente a nossa remuneração


Caso o TAE, com RSC já concedida, obtiver a titulação equivalente, qual será a
consequência? Por exemplo: Um TAE especialista, que já usufrui do RSC, e obtém
o título de mestre.

Neste caso o servidor deixará de usufruir do RSC e passa a receber o percentual


de IQ referente ao título obtido, podendo, pleitear um novo RSC para receber o
equivalente a doutor, desde que cumprido os requisitos.

Caso o TAE obtenha a concessão do RSC de Especialista, Mestre ou Doutor ele


terá as mesmas prerrogativas de outro que possua efetivamente estes títulos?

Em nenhuma hipótese o RSC poderá ser utilizado para fins de equiparação de


titulação.

Entendemos também que o RSC não habilita o TAE a pleitear vaga em concurso,
benefícios e simulares, cujo pré-requisito seja o título acadêmico que o servidor
não possui.

O RSC apenas permite ao servidor receber o mesmo percentual de IQ como se o


titulo acadêmico tivesse mas não concede o título acadêmico ao servidor.

Qual a situação atual do RSC?


O RSC está plenamente estabelecimento para os servidores docentes da carreira
de Docente do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e a discussão para o
PCCTAE precisa ser retomada e ampliada, através das nossas bases sindicais.

E a situação do RSC-TAE?
Os principais documentos e minutas para o RSC-TAE foram construidos pelo
Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica - CONIF. É um órgão que reúne os reitores dos Institutos
Federais.

Apesar da iniciativa, nós do TAES DA LUTA, avaliamos como ruim a minuta dos
requisitos para obtenção das equiparações por não refletir o dia-a-dia da
maioria dos trabalhadores do PCCTAE. Precisamos construir uma nova minuta,
que contemple as habilidades e competências característicos da atividade
Técnico-Administrativa em Educação.

Queremos que essa discussão seja internalizada pelos sindicatos, uma minuta de
requisitos para concessão, construída e debatida pelos GTs de Carreira de cada
base sindical, para que ela abarque todos os conhecimentos e saberes
produzidos pelos servidores Técnico-Administrativos da Educação.

TAES
NA LUTA
BRASIL
Por que o RSC-TAE é importante?
O RSC-TAE deve ser visto como um instrumento de justiça social. Com a
expansão da rede federal de ensino, cada vez mais interiorizado, muitos dos
nossos colegas do PCCTAE não conseguem ter acesso a educação superior
àquela mínima exigida pelo cargo.

Atualmente, não existe na nossa carreira a figura do TAE Substituto, que permitiria
a licença do servidor TAE durante a sua qualificação.

Ao mesmo tempo, ao longo dos anos, desenvolvemos saberes e competências


que podem equivaler aos obtidos pela via acadêmica tradicional. Logo, o RSC-
TAE além de ser uma importante ferramenta remuneratória é um reconhecimento
da dedicação dos servidores, que buscam se capacitar e ter maiores
competências dentro da sua área de atuação, mesmo que, ao longo da sua
jornada, não consigam obter titulações equivalentes a todo este conhecimento
adquirido ao longo da carreira.

E o Incentivo à Qualificação?
Concomitante à criação do RSC-TAE, este coletivo propõe reajuste nos
percentuais de IQ na proposta a ser encaminhada ao governo para negociação
na Mesa Permanente. Na Rede Federal, menos de 5% dos TAEs atingiram a
titulação de doutorado. Acreditamos que isso ocorre devido às dificuldades na
obtenção de afastamento para pós-graduação pela nossa categoria e à falta de
programas com vagas específicas para a nossa carreira. Acreditamos também
que as atuais regras de correlação direta e indireta devam deixar de existir. A
tabela de percentuais de IQ que propomos é a seguinte:

RSC -TAE é uma ferramenta de Justiça Social


A importância da redução do tempo para
progressão
As antirreformas da previdência criaram dois grandes grupos de regras de
aposentadoria para os servidores. Um pequeno grupo se aposentará sob as regras da
integralidade e paridade e a maioria se aposentará sobre a regra das médias das
contribuições.

Integralidade e paridade
A integralidade é o direito que o servidor público tem de se aposentar recebendo o
mesmo valor que recebia em seu último cargo efetivo, desde que esteja nele, no
mínimo, a 5 anos. Com exceção dos valores eventuais e transitórios.

Por exemplo, um servidor público que recebia R$11.500,00 de salário mensal no último
cargo em que trabalhou pelos últimos 5 anos, receberá esse mesmo valor de benefício
Já a paridade é o direito do servidor público aposentado de receber os mesmos
reajustes que os servidores da ativa. Isso significa que todos os reajustes ou
reenquadramentos feitos aos servidores que estão ativos deverão ser aplicados,
também, aos aposentados ou pensionistas que possuem direito à paridade.
A integralidade e paridade é devida apenas para os ingressantes no SPF antes de
31/12/2003.

Regra da médias das Contribuições


Em linhas gerais, o cálculo da aposentadoria será de 100% da média salarial, apurada
da data em que o servidor iniciou as contribuições, até o mês anterior da data de
aposentadoria, sendo proporcional à quantidade de anos contribuídos.
O servidor com 20 anos de contribuição, terá direito a 60% dessa média. Para cada ano
trabalhado após os 20 anos, é somado 2% nessa média. Ou seja, se o servidor trabalhar
30 anos, ele terá direito a 80% dessa média. E para ter direito a 100% da média, serão
necessários 40 anos de contribuição.

Nesta regra existem dois sub grupos:


a) o servidor que entrou até 2013 terá sua média limitada ao teto do funcionalismo
público e receberá como beneficio valores até este teto;
b) o servidor que entrou após 2013 terá sua média limitada ao teto do INSS.

Quanto mais rápido chegar ao teto melhor!

A maioria dos servidores está na regra das médias e, para essa maioria, quanto mais
rápido chegar no teto da carreira melhor será a média das contribuições, o que deixa a
aposentadoria melhor.

Propomos dois métodos para chegar mais rápido ao teto:


Por meio da diminuição do tempo de progressão de 18 para 12 meses;
Pelo aumento dos níveis de capacitação de 4 para 8, já que esse método de
progressão nos permite avançar mais rapidamente por meio de capacitação, que
podem ser utilizadas também para efeitos de RSC.
TAES
NA LUTA
BRASIL
Questões sobre a racionalização no PCCTAE
Ao organizar os cargos nos níveis do PCCTAE, alguns erros foram cometidos. É comum
que ouçamos colegas dizendo que cada nível tem uma escolaridade mínima exigida,
mas a verdade é que essa padronização não existe.

Os requisitos mínimos de escolaridade por nível do PCCTAE, são:


Nível A: Alfabetizado e Ensino Fundamental incompleto;
Nível B: Ensino Fundamental incompleto e Ensino Fundamental completo;
Nível C: Ensino Fundamental incompleto, Ensino Fundamental completo, Ensino
médio Completo e Ensino Médio completo com curso profissionalizante;
Nível D: Ensino Fundamental completo com curso de formação, Ensino Médio
completo, Ensino Médio completo com profissionalizante e Ensino Médio Técnico; e
Nível E: Curso Superior completo (alguns cargos técnico-marítimos com nível
escolaridade mínima exigida de Ensino Médio ou fundamental estão enquadrados
neste nível)

O artigo 18 da lei do PCCTAE previu a racionalização dos cargos, isto é, a organização


dos cargos nos níveis de acordo com a denominação, nível de escolaridade, e
habilitações profissionais.

A racionalização é justa e necessária, está prevista desde 2005, mas uma questão
deve ser respondida pela Assessoria Juridica Nacional dos sindicatos:

Como a racionalização dos cargos deve ser interpretada à luz da Súmula


Vinculante 43 do STF?

A Súmula Vinculante 43 do STF declara que é "inconstitucional toda modalidade de


provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido."

Em 2012, o MPOG declarou ser inconstitucional a racionalização, considerando que


promoveria ascensão funcional - constitucionalmente vedada. Mas, em 2014, o mesmo
MPOG propos a racionalização de 06 (seis) cargos. Em 2015 foi editada a Súmula
Vinculante.

Considerando esse retrospecto, acreditamos que se faz necessário parecer jurídico


sobre a constitucionalidade da racionalização do PCCTAE e a partir dele o
estabelecimento de um plano de ação. Esse é um importante debate para os GTs de
Carreira, que não pode ser negligenciado.

TAES
NA LUTA
BRASIL
Equiparação de benefícios
No presente momento (2023), os valores pagos aos servidores e às servidoras do
Poder Judiciário Federal a título de benefícios serão reajustados nos seguintes moldes:
Auxílio-Alimentação (de R$ 910,07 para R$ 1.203,76); Assistência Pré-Escola (de R$
719,61 para R$ 951,84); Assistência Médica e Odontológica (de R$ 402,03 para R$
546,00 por dependente).

Enquanto, por sua vez, os benefícios pagos aos servidores e às servidoras do Executivo
Federal se encontram congelados desde 2016, nos patamares de: Auxílio-Alimentação
(R$ 458,00), Auxílio Pré-Escola (R$ 321,00), Auxílio Saúde-Suplementar (cerca de R$
150,00 em média por dependente). Esses valores quando comparados aos do
Judiciário Federal correspondem a uma diferença percentual aproximada de,
respectivamente, 62%, 66% e 72,5%.

Em comparação, a desproporção chega a ser um escárnio, pois os benefícios do Poder


Judiciário já são o dobro dos valores pagos aos servidores do Executivo Federal - ainda
sem os reajustes que serão concedidos. Quando computados os reajustes previstos, tal
cenário fica ainda mais grotesco, com os benefícios pagos ao Judiciário alcançando
patamares estratosféricos, rompendo o triplo do valor dedicado atualmente aos que
são pagos ao Executivo.

Logo, a construção de uma gratificação a acrescer à remuneração do segmento TAE e


a busca pela equiparação entre os valores pagos a título de benefício entre os Poderes
Executivo e Judiciário Federal, trata-se, apenas, de reparação a uma infundada
injustiça que assola os servidores do Executivo Federal há anos. Afinal de contas,
inexistem razões plausíveis para tamanha desproporção, a menos que os servidores e
as servidoras do Judiciário e seus familiares demandem por mais calorias diárias, por
gozar de uma melhor saúde física e mental, além de melhores creches para seus filhos
do que os do Executivo.

Todos nós, através dos nossos sindicatos, devemos lutar pela equiparação.

GATAE JÁ!
GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADE TÉCNICO-
ADMINISTRATIVA EDUCACIONAL

TAES
NA LUTA
BRASIL
Nossas propostas

Reajuste salarial de 34,73% no VB, referente às perdas


inflacionárias de 2017-2022;

Criação de uma gratificação de atividade, a GATAE;

Implementação do RSC-TAE;

Ajuste dos percentuais de Incentivo à Qualificação;

Redução do tempo de progressão de 18 meses para 12 meses;

Racionalização da estrutura de cargos do PCCTAE;

Equiparação dos benefícios (auxílios saúde, alimentação e


creche) do poder executivo com o do poder judiciário;

Uniformidade na concessão do adicional de insalubridade;

Criação de um Programa de Incentivo à Aquisição do Imóvel


Residencial Próprio;

Revogação imediata de normas prejudiciais para os


servidores do executivo;

Reajuste dos níveis de progressão por capacitação,


de IV para VIII.
TAES
NA LUTA
BRASIL
As outras propostas
Trataremos aqui das propostas para o PCCTAE apresentadas, até o momento da
construção desse texto (fevereiro/23), pelos sindicatos. Considerando que o ATENS
possui proposta apenas para os TAEs de nível E, e o TAES NA LUTA busca lutar por
todos do PCCTAE, não avaliaremos, neste momento, uma proposta parcial para a
carreira.
Passemos então para a análise dos pontos de atenção que encontramos na
proposta do CNS/SINASEFE e na pauta histórica da FASUBRA:

a) CNS/SINASEFE
Durante a 178ª PLENA do SINASEFE, a Comissão Nacional de Supervisão (CNS)
apresentou propostas que serão discutidas nas bases sindicais. São pilares centrais
da proposta defendida pela CNS/SINASEFE:
1. Piso da matriz do PCCTAE igual a média salarial de categorias profissionais
avaliadas; o que estabeleceu o valor da base em R$ 2.426,46, resultando em um
aumento de 82,89% dos valores atuais;
2. Aumento do step para 5%;
3. Achatamento da matriz PCCTAE, reduzindo-a em 10 níveis, ficando com 39 pisos.

A aplicação desses parâmetros resultam num teto da carreira de R$ 25.238,26; sendo


para médicos e médicos veterinários 40 horas do PCCTAE o teto de R$ 50.476,52 - ou
de R$ 88.333,91 para esses mesmos profissionais, no teto da carreira e com
doutorado.

Como já explicado anteriormente, a soma da linearidade, steps aplicados a uma


lógica de juros sobre juros, e a quantidade elevada de pisos provocam distorções
graves no teto da carreira com simples modificações na base dela. Qual foi a
“solução” da CNS para que pudesse haver uma proposta viável dentro da linearidade
do PCCTAE? Causar um arrocho salarial no TAE E.

A CNS propõe diminuir em 10 níveis os pisos do PCCTAE. Dos atuais 49 pisos a


proposta sugere 39 pisos, sendo o corte sendo feito a partir da base no nível E.
Chamamos de arrocho por que, na prática, a CNS sugere aplicar um aumento
percentual não sobre o piso atual do nível E do PCCTAE (nível E101 = R$ 4.180,67), mas
sobre um valor 10 steps abaixo (nível D402 = R$ 2.851,61).

Identificamos fragilidades nessa proposta. Admitindo que o governo a aceite,


reduzindo o padrão do nível E para o P21 e dando um reajuste de 46,6% (metade do
solicitado) no vencimento básico atual (R$ 1.326,72), porém mantendo o step em 3,9
do atual PCCTAE, os níveis A,B,C,D teriam 46,6% de reajuste, enquanto o nível E teria
0,0%, ou seja congelado. Caso o reajuste seja menor que 46,6%, o vencimento básico
do nível E teria que ser reduzido para que a tabela seja implementada. Esse fato é
simples de comprovar, aplicando-se um reajuste de 46,6% no padrão P21 atual (R$
2.851,61) o valor coincidirá com o padrão P31, piso do nível E atual.
TAES
NA LUTA
BRASIL
A esta prática cruel proposta pela CNS/SINASEFE, estamos chamando de aumento
sobre base negativa, já que aplica um aumento considerando um valor base futuro
menor que o valor base atual, fazendo com que não exista aumento real para uma
grande parte dos trabalhadores do PCCTAE. É uma forma infeliz de tentar driblar a
característica exponencial da matriz.

A proposta não é boa para todo o conjunto da categoria. O Anexo V dessa cartilha
deixa claro que a proposta é divisionista e é feita apenas para caber pilares que não
nos cabem mais. Não podemos aceitar qualquer proposta que provoque perda
salarial para a categoria, seja em qual nível for!

Reconhecemos as dificuldades que a linearidade da matriz do PCCTAE nos impõem.


Hoje a linearidade nos relega a ter sempre aumentos pífios nos vencimentos básicos,
causando graves danos para ativos e aposentados. Ao mesmo tempo que
reconhecemos isto, trabalhamos duro para viabilizar uma proposta que fosse justa
dentro dessas limitações existentes na carreira e que jamais causasse perdas
salariais às nossas colegas trabalhadoras e trabalhadores do PCCTAE.
Logo, somos frontalmente contrários à proposta da CNS.

A proposta da CNS/SINASEFE
é um duro golpe contra os TAES!

b) FASUBRA
Neste momento ainda não temos um posicionamento da federação para a
Campanha Salarial de 2024; nossas análises estão baseadas na proposta histórica
da federação e que se repete nas teses até então apresentadas para o CONFASUBRA
2023 (que será realizado em maio).
Historicamente a FASUBRA exige um piso equivalente a três salários mínimos (R$
3.906,00) e step de 5%. O Anexo VI deixa claro que a proposta torna-se inviável, pois
quer pagar R$ 40.627,36 como teto do TAE de nível E (ou R$ 81.245,72 para o teto do
médico 40hrs - que com IQ de Doutorado teria remuneração de R$ 142.195,76).
Acreditamos que os valores indicados acabam tornando a proposta impraticável, e
esperamos que o CONFASUBRA 2023 apresente uma alternativa viável à pauta
histórica.

TAES
NA LUTA
BRASIL
Próximos passos
01. Filie-se ao seu sindicato
Procure sua seção sindical ou pergunte a um colega

sindicalizado como se faz para se sindicalizar.

02. Conheça as Regras


Estude o Estatuto e o Regimento Interno do seu sindicato
para conhecer o funcionamento da organização

03. Participe das Assembleias e GT Carreira


É através da construção coletiva que a nossa carreira

vai avançar. Debata, construa, aprenda e ensine.

04. Faça valer a sua voz


E, por fim, na hora de votar, não deixe de reunir seus
amigos, para votar no melhor para a nossa carreira.

Anexos
ANEXO I - GATAE - Gratificação por Atividade Técnico-Administrativa
Educacional
ANEXO II - Carreira do FNDE
ANEXO III - Carreira da Fiocruz
ANEXO IV - Carreira da Funai
Anexo V - Proposta CNS/Sinasefe
Anexo VI - Planilha de análise da tese da Fasubra
TAES
NA LUTA
BRASIL
TAES
NA LUTA
BRASIL
Comunidade de TAES lutando pela valorização da carreira
e melhores condições de trabalho!

Facebook

Twitter

YouTube

Telegram

Whatsapp

Instagram

Você também pode gostar