Você está na página 1de 11

Nº 7, Junho de 2020

Guia Prático de Atualização


Departamento Científico
d e D e r m a t o l o g i a (2019-2021)

Repelentes e outras
medidas protetoras contra
insetos na infância
Departamento Científico de Dermatologia
Presidente: Vânia Oliveira de Carvalho
Secretária: Ana Maria Mosca de Cerqueira
Conselho Científico: Ana Elisa Kiszewski Bau, Gleide Maria Gatto Bragança, Jandrei Rogério Markus,
Marice Emanuela El Achkar Mello, Matilde Campos Carrera
Colaboradora: Sandra Rivera Lima

Repelente é definido como uma substância acetilcolina na placa sináptica, inibindo assim o
química ou orgânica que transforma a atmosfe- impulso nervoso e, portanto, matando o inseto3.
ra nociva para os insetos nos 4 cm ao redor da
As características ideais de um repelente
pele humana, evitando a sua picada1. Por outro
são: repelir muitas espécies simultaneamente,
lado, um inseticida é uma substância química ou
ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxi-
orgânica, derivada de plantas, capaz de matar
co, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e
insetos, geralmente agindo como neurotoxina.
à água, cosmeticamente agradável e economica-
Alguns repelentes de insetos são também inse-
mente viável.4 Infelizmente, nem sempre estes
ticidas, principalmente a permetrina e outros pi-
requisitos podem ser cumpridos.
retroides sintéticos.
A ação do repelente é embasada pela pressão
Tem sido relatada resistência a inseticida por
de vapor, ou seja, pela volatilidade da substân-
mosquitos em diversos continentes. Em Benin,
cia. Os repelentes com maior pressão de vapor
Nigéria (oeste de África) e Tailândia (sudeste
oferecem maior proteção com baixa concentra-
da Ásia), observou-se resistência a piretroides
ção, porém, uma menor taxa de evaporação com
em espécies de Anopheles, vetores da malária.
menor volatilidade, significando que continuará
Também se constatou a resistência da espécie
repelindo por um tempo mais prolongado5.
Culex quinquefasciatus ao malathion, fenitro-
tion e propoxur2. O malathion, o fenitrotion e o O método da fumaça (smoke) continua sendo
propoxur são inseticidas organofosforados e um o meio de repelir insetos mais utilizado no mun-
carbamato com alvo na enzima acetilcolineste- do e diversas civilizações o associam à queima
rase, causando o acúmulo do neurotransmissor de plantas6. O uso de fumaça só será efetivo com

1
Repelentes e outras medidas protetoras contra insetos na infância

a produção contínua para manter sua ação repe- ainda o Para-mentano-diol (PMD) (denomina-
lente. Porém, a produção de biomassa dentro de ção química: p-Menthane-3,8-diol) versão sin-
casa pode acarrear problemas de saúde7. Assim, tética dos óleos de limão e eucalipto.
outros métodos de controle de mosquitos são
5. 2 Undecanone- nome químico methyl nonyl
necessários.
ketone 2-undecanone - é uma versão sintética
O primeiro uso registrado de repelentes cor- de uma molécula extraída do óleo da arruda
responde a Heródoto (484 antes de Cristo) que, ou do tomate selvagem.
ao descrever os pescadores egípcios, menciona
A forma mais recomendada de repelir in-
o uso de óleo de “castor” com mau odor caracte-
setos é combinar um repelente tópico, como
rístico e sua ação repelente.
DEET ou picaridina, com um repelente para uso
Atualmente, conforme a Environmental Pro- em tecidos como os derivados de permetrina e
tection Agency (EPA) os principais ingredientes piretroides, pois proporcionam proteção contra
ativos de repelentes, recomendados para uso em mosquitos e carrapatos8.
crianças por conta da sua eficácia e tolerabilida-
O uso de repelentes tópicos em lactentes
de são:
acima de 6 meses está restrito a uma aplicação
1. N-dietilo-3,metilo benzamida (DEET) ao dia. Naqueles com mais de 2 meses é acei-
tável o uso apenas em situações de exposição
2. Icaridina (chamada também de picaridina ou
intensa e inevitável a insetos, sempre pesando
KBR3023)
o risco e o benefício, pois apesar de ser libera-
3. Ethylbutylacetylaminopropionate (EBAAP ou do pelas agências de regulação há escassez de
IR3535) artigos científicos que avaliem a segurança de
Os seguintes princípios ativos conforme a repelentes nesta faixa etária. Entre 1 e 12 anos
EPA não devem ser utilizados nos menores de podem ser utilizadas duas aplicações ao dia e a
3 anos: partir de 12 anos de idade, podem ser realizadas
duas a três aplicações ao dia.9,10
4. Óleo de Lemon Eucalipto (OLE) (denominação
química: p-Menthane-3,8-diol) ingrediente Na tabela 1 são apresentados os principais
derivado do limão, mas não é o mesmo que exemplos de repelentes liberados para uso co-
óleo de limão e eucalipto naturais, que não mercial pela Agência Nacional de Vigilância Sa-
são recomendados como repelentes. Existe nitária (ANVISA).

Tabela 1. Exemplos de alguns repelentes disponíveis comercialmente no Brasil por princípio ativo, concentrações,
apresentações, idade permitida e tempo de ação estimado.

Princípio Concentração Idade Tempo de ação


Produto Fabricante Apresentação
ativo (%) permitida estimado*
Affast Cimed Loção 15 >2 anos Até 4 horas
Moskitoff kids Farmax Loção e Aerossol 10 >2 anos Até 4 horas
OFF SC Johnson Loção e Aerossol 6-9 > 2 anos Até 2 horas
OFF kids SC Johnson Loção 7,1 > 2 anos Até 2 horas
OFF Johnson SC Johnson Aerossol 7,1 >2 anos Até 2 horas
DEET
OFF Family SC Johnson Loção 7,1 >2 anos Até 2 horas
Super repelex gel kids Reckitt Benckiser Gel 7,34 >2 anos Até 3 horas
Super repelex Reckitt Benckiser Aerossol e loção 14,5 >12 anos Até 6 horas
Super repelex Reckitt Benckiser Aerosol 11,05 >12 anos Até 6 horas
Super repelex kids Reckitt Benckiser Gel 7,34 >2 anos Até 4 horas
continua...

2
Departamento Científico de Dermatologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

... continuação

Princípio Concentração Idade Tempo de ação


Produto Fabricante Apresentação
ativo (%) permitida estimado*
Affast Cimed Aerossol # >2 anos Até 12 horas
Effex baby Ache Aerossol 20 >6 meses Até 10 horas
Effex family Ache Aerossol 20 >2 anos Até 10 horas
Effex ultra Ache Aerossol 30 > 12 anos Até 13 horas
Exposis adulto Osler Gel e Aerossol 50 > 12 anos Até 5 horas
Exposis extreme Osler Aerossol 25 >10 anos Até 10 horas
Exposis infantil Osler Gel 20 >6 meses Até 10 horas
Exposis infantil Osler Aerossol 25 >2 anos Até 10 horas
Exposis bebê Osler Gel 10 > 3 meses Até 6 horas
Granado bebe Granado Aerossol 25 >6 meses Até 8 horas
Needs repelente
de insetos com Henlau Gel 20 >2 anos Até 10 horas
Icaridina icaridina infantil
OFF! baby SC Jonhson Aerossol 10 >3 meses Até 6 horas
Repelente de Insetos Alergoshop Aerossol 20 >6 meses Até 7 horas
SBP advanced
Reckitt Benckiser Aerossol 9,98 >6 meses Até 5 horas
repelente spray kids
SBP repelente
Reckitt Benckiser Aerossol 25 >12 meses Até 12 horas
pro spray kids
Sunlau gel repelente Henlau Química Gel # >2 anos Até 10 horas
Sunlau kids Henlau Química Aerossol # >2 anos Até 10 horas
Tribloc Family Germed farma Aerossol 25 >2 anos #
Tribloc Kids Germed farma Aerossol 25 >2 anos #
xô inseto! icaridina Nutracom indústria
Aerossol 25 >2 anos Até 12 horas
repelente de insetos e comercio LTDA
Clivê Repelente Clivê Cosméticos Aerossol # # Até 9 horas
Henlau baby Henlau Química Aerossol # > 6 meses Até 4 horas
Johnson &
IR 3535 Loção antimosquito Loção # > 6 meses Até 4 horas
Johnson
Moskitoff baby Farmax Loção # > 6 meses Até 4 horas
Mustela repelente K&G Aerossol e loção 18 > 6 meses Até 8 horas
Óleo de
Citromim Weleda Aerossol 1,2 >2 anos Até 2 horas
citronela
* informações fornecidas no rótulo pelo fabricante. # informações não constam no rotulo e não foram fornecidas pelo fabricante
Adaptada de Stefani et al4

DEET Mansonia e Anopheles. Testes de campo com DEET


tópico demonstraram maior duração da proteção
contra espécies Culex do que Anopheles.11
O DEET ou N, N-dietilo-3,metilo benzami-
da, antes chamado N,N-dietilo m-toluamida, foi Não atravessa a placenta e não tem sido des-
descoberto em 1953 e nos dias de hoje continua crito casos de transtornos do desenvolvimento
sendo o repelente mais frequentemente utili- em animais ou humanos em mais de 50 anos de
zado. Tem amplo espectro sendo efetivo contra uso. São raros os casos de toxicidade apresen-
Aedes (incluindo os vetores do dengue), Culex, tados por aplicação inadequada ou ingestão aci-

3
Repelentes e outras medidas protetoras contra insetos na infância

dental. A absorção do DEET na pele é alta, sendo para crianças entre dois e 12 anos de idade17.
de 0.8% por hora em humanos.12 A ANVISA libera o uso a partir de dois anos, con-
forme indicado na Resolução - RDC Nº - 19, de
Nas concentrações entre 10% e 35%, pro-
10 de abril de 2013.
porciona proteção adequada contra as picadas
de insetos. Concentrações menores que 30% são Autores franceses sugerem concentrações
recomendadas para crianças.13 Há controvérsias de DEET até 30% para crianças entre 30 meses a
com relação à idade de uso do DEET em crianças. 12 anos9. Estudos em humanos confirmaram que
A Academia Americana de Pediatria (AAP) permi- o DEET tópico apresenta um efeito repelente
te o uso com concentração máxima de 30%14 e máximo na concentração de 50%. As concentra-
indica uso seguro respeitando as indicações de ções maiores, portanto, não oferecem aumento
bula, já a Academia Europeia de Pediatria (EPA) na repelência de mosquitos e sim dos efeitos
e o Centro de Controle de Doenças dos Estados adversos18.
Unidos (CDC) indicam uso sem restrição de ida-
de15,16. A Sociedade Canadense para controle de O tempo de proteção do DEET contra mosqui-
pragas (Health Canada’s Pest Management Regu- tos varia de 1 a 2 horas na concentração de 5%
latory Agency (PMRA) preconiza produtos com e até 10 horas na concentração de 40%13. Na ta-
até 10% de DEET para crianças de seis meses bela 2 é descrito o tempo estimado de proteção
a dois anos, uma vez ao dia; e três vezes ao dia para diferentes concentrações de DEET.

Tabela 2. Tempo estimado de proteção de várias concentrações de DEET.

TEMPO DE PROTEÇÃO
Concentração
de DEET
Média em horas Menor residual em horas Maior residual em horas*

5% 2 1,5 2,5
10% 3,5 2,5 4,5
15% 5 3,5 5,5
20% 5,5 4 6,5
25% 6 4,5 8
30% 6,5 5 8
*arredondado para a meia hora mais próxima.
Adaptado de Chen et al19

Entre os anos 1956 e 2008, foram registra- como na deficiência de ornitina transcarboxilase
dos 43 casos de toxicidade por DEET, sendo 25 apresentam absorção sistêmica de DEET maior
com alterações do sistema nervoso central, um após aplicação tópica.21
com efeito cardiovascular e 17 eventos alérgicos
A aplicação do DEET nas roupas não causa
cutâneos20. As manifestações sobre o sistema
destruição em tecidos de algodão, lã ou nylon,
nervoso central incluem tontura, dor de cabeça,
mas pode danificar tecidos de rayon, spandex,
confusão, desorientação, ataxia, tremor, convul-
além de dissolver cobertura de móveis de plásti-
sões, encefalopatia aguda e psicose. As manifes-
co e vinil. O DEET e a icaridina podem ser aplica-
tações cutâneas foram reações urticariformes
dos sobre as roupas.20
e erupções vesico-bolhosas hemorrágicas logo
após a aplicação de preparações com concentra- Em 2004, Ross e colaboradores demonstra-
ções iguais ou maiores do que 50%. Pessoas com ram absorção aumentada do DEET quando apli-
doenças hepáticas que impedem o ciclo da ureia, cado antes do filtro solar num modelo animal

4
Departamento Científico de Dermatologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

com ratos.22 A partir do estudo, a Food and Drug A eficácia da picaridina é excelente e geral-
Administration (FDA) decidiu recomendar aplicar mente é superior à do DEET em termos de tempo
o filtro solar antes da aplicação do DEET. É reco- de efetividade. Evapora mais lentamente do que
mendado aplicar o filtro solar 15 minutos antes o DEET e praticamente não exerce nenhuma irri-
de aplicar o repelente13. A icaridina parece não tação na pele ou nos olhos.
apresentar este problema.19,23
A EPA e o CDC indicam como seguro o uso de
A FDA recomenda não utilizar produtos que icaridina em maiores de 2 meses16,29, sempre res-
combinem filtro solar com repelentes, pois os peitando as indicações da rotulagem. A ANVISA
filtros solares têm que ser reaplicados mais ve- indica respeitar as indicações de bula dos produ-
zes durante o dia do que os repelentes.24,25 As tos com relação a idade de uso.
combinações de filtros e repelentes devem ser
evitadas e a recomendação é aplicar o protetor
solar antes do repelente, aguardar que ele seque IR3535
e então aplicar o repelente.13,23,26

O 3[N-butil-nacetil] amino propiótico, áci-


do etilo éster, também conhecido como MERCK
Picaridina/Icaridina 3535, foi desenvolvido em 1975 pela companhia
Merck. IR3535 é um biopesticida sintético com
A picaridina/icaridina, cujo nome químico é estrutura química semelhante à do aminoáci-
Ácido carboxílico 2-(2- hidroxietilo)-1 piperidina), do alanina, disponível na Europa há mais de 20
1 metil-propil ester, tem também outros nomes, anos. Em concentração de 20% é eficaz contra
mas picaridina é o nome comum e foi usado pela Anopheles e Aedes por um período de quatro a
Organização Mundial da Saúde (OMS). As piperi- seis horas. Pode ser usado por gestantes.
dinas como classe química são aminas cíclicas. Na França é recomendado para crianças aci-
O esqueleto químico de piperidina está presente ma de 30 meses. É utilizado no mercado europeu
na piperina, que é o ingrediente químico ativo há mais de 20 anos. Foi aprovado nos Estados
da pimenta. Durante os anos 1970, aproximada- Unidos em 1999 e foi classificado como biopes-
mente 600 compostos relacionados com as pi- ticida.11,30
peridinas foram desenvolvidos27.
A sua eficácia é comparável ao DEET para
É efetiva contra mosquitos, moscas, tunga Aedes aegypti, Culex quinquefasciatus, Culex
penetrans “bicho-de-pé” e carrapatos, as for- taeniorhyncus, mas não para Anopheles. O
mulações incluem veículos em loções, sprays e IR3535 demostrou maior eficácia e duração do
lenços umedecidos em concentrações de 7% a que o DEET (10,4 versus 8,8 horas) contra o fle-
20%22. Comparada com DEET, a picaridina ofere- bótomo24,31
ce melhor proteção contra mosquitos culicídeos
A OMS o declarou seguro e efetivo para uso
(arboviroses) e anofelinos (malária) e a duração
em humanos32. O fabricante recomenda seu uso
da ação é maior do que a do DEET contra carrapa-
para crianças a partir de 6 meses33 de idade e em
tos nas preparações a 20%.
grávidas. O IR3535 é catalogado pela FDA como
Carol e colaboradores demonstraram que Categoria B na gravidez (sem efeitos adversos
cremes com 33% DEET e 10% e 20% picaridina demostrados em animais)34. Está liberado no Bra-
proporcionavam proteção efetiva contra carra- sil pela ANVISA para uso a partir de 6 meses e é
patos por um período de 12 horas.24,25 A potência considerado seguro pela EPA e CDC para maiores
da icaridina é comparável à do DEET contra Ano- de 2 meses16,29. O IR3535 tem baixa toxicidade,
pheles gambiae, mas é uma a duas vezes mais porém pode irritar os olhos e, às vezes, a pele,
potente do que DEET contra Aedes aegypti28. mas com reações cutâneas benignas.13,35

5
Repelentes e outras medidas protetoras contra insetos na infância

pequenas glândulas contendo óleo. Acredita-se


Óleos vegetais Limão-Eucalipto
que a piretrina foi usada originalmente na Chi-
(Citridiol)
na e introduzida no Oriente Médio ao longo das
rotas de intercâmbio comercial da Ásia Central
O citridiol, p-mentano-3,8 diol, (PMD) é uti- chegando à Europa no século XIX.38 Atualmen-
lizado como repelente natural desde 1974 sob te, é usada em espirais antimosquitos (mosqui-
o nome de quwenling na China. O óleo de euca- to coils), provavelmente derivada da prática de
lipto limão é um extrato das folhas do eucalipto queima de incenso nas cerimônias das índias e
limão Corymbia citriodora ou a versão sintética budistas.
do seu componente repelente mais forte, o PMD.
Disponível em spray 10% a 14% proporciona O pó de piretro foi utilizado pelo exército
eficácia e duração do efeito repelente equiva- de Napoleão durante a Segunda Guerra Mun-
lente ao DEET, mas parece oferecer melhor pro- dial para combater a pediculose do corpo e
teção contra carrapatos32. couro cabeludo. Antes da Segunda Guerra Mun-
dial, o Japão era o fabricante principal e o uti-
Nenhuma toxicidade foi notificada na Europa lizava em combinação com um pó-de-serra
após 15 anos de utilização do citridiol36. O seu para ser queimado como incenso e combater
uso é recomendado a partir de três anos de ida- mosquitos. O pó de piretrina foi melhorado e a
de e em gestantes na Inglaterra16,29. Não se reco- partir disto foram desenvolvidos os princípios
menda utilizar o repelente perto dos olhos, boca que deram origem as atuais espirais antimos-
e orelhas e por baixo das roupas37. Pode causar quitos39.
irritação da pele em pacientes atópicos.
A permetrina afeta o sistema nervoso central
de todo tipo de insetos voadores e rastejantes. O
mecanismo de ação é mediante a excitação ini-
2 Undecanone cial do sistema nervoso do inseto, bloqueando
inicialmente o canal de sódio e inibindo a libe-
Nome químico methyl nonyl ketone 2-unde- ração de acetilcolinesterase, levando à paralisia
canone, é uma versão sintética de uma molécula fatal.24 Em concentrações menores, a permetrina
extraída do óleo da arruda ou do tomate selva- afeta o comportamento dos mosquitos, provo-
gem e permite aproximadamente cinco horas de cando a chamada “reação de evitação” que faz
proteção. com que o inseto voe para se afastar da fonte do
químico.40

A permetrina é classificada pela FDA como ca-


Outras medidas para evitar insetos tegoria B durante a gravidez (sem efeitos adver-
sos demonstrados em animais). Quando aplicada
Permetrina em roupas, malhas e material para acampar, a
permetrina e os piretroides sintéticos conferem
A 3-fenoxibenzil (IRS) cis, trans-3-(2,2-
alto nível de proteção contra mosquitos, mos-
-diclorovinil)-2,2-dimetil ciclopropano carboxi-
cas, larvas, carrapatos, especialmente quando
lato, permetrina, é um piretroide derivado das
combinados com repelentes tópicos. Os tecidos
flores secas e triturado da espécie do crisân-
tratados com piretroides devem ser retratados a
temo. O piretro (pyrethrum) é um óleo natural,
cada 5 a 70 lavagens dependendo da concentra-
encontrado na natureza em duas espécies de
ção aplicada, para continuar conferindo prote-
plantas: Chrysanthemum cinerariifolium, de ori-
ção contra insetos.41
gem croata, e Chrysanthemum coccineum, de
origem persa. O componente inseticida inclui Há no mercado malhas e mosqueteiros trata-
seis ésteres (piretrinas) e é encontrado em seis dos que mantém níveis inseticidas por até três

6
Departamento Científico de Dermatologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

anos. As malhas de cama impregnadas com per- Consumo de alho


metrina protegem contra todos os vetores de
Estudo duplo cego, controlado por placebo
Anopheles. Telas impregnadas com permetrina
sobre o consumo de alho para a prevenção das
são recomendadas para crianças acima de 6 me-
picadas dos mosquitos demonstrou-o não ser
ses de idade.24
efetivo.5
Estima-se que a ingesta de 50 ml de perme-
trina a 10% seja suficiente para intoxicar mor- Mosquitos coils
talmente uma criança de 10 kg. Os casos de to-
xicidade são raros e relacionados ao mau uso Os mosquitos coils (aparatos para repelir
agrícola dos derivados.42 Os efeitos adversos da mosquitos com forma espiral) podem conter pi-
permetrina, como neurotoxicidade com ataxia, retroides e formaldeído. A exposição repetida
hiperatividade, hipertermia, convulsões e parali- pode levar a doença pulmonar, incluindo câncer
sia têm sido reportados após a ingesta de prepa- de pulmão.5,46
rações líquidas ou inalação de sprays contendo
permetrina.24 Incensos e velas naturais

A permetrina é considerada pelo EPA uma Incensos e velas naturais só têm ação quando
droga com potencial cancerígeno pequeno ape- aplicados por horas contínuas e iniciados bem
nas quando ingerido, com associação ao câncer antes da exposição da pessoa ao ambiente. Velas
de pulmão e de fígado. Estudos em laborató- e incensos de citronela não têm efeito repelente
rio demonstraram alta toxicidade para peixes suficiente para que haja recomendação de seu
e animais aquáticos invertebrados, além de uso isolado.47
abelhas43.

A absorção da droga varia entre 1% e 2% Repelentes ultrassônicos


após aplicação tópica, sendo que o metabolismo Os repelentes ultrassônicos não se mostra-
a transforma em metabólitos inativos de forma ram eficazes em diversos estudos, assim como
rápida, sendo considerada segura para uso na dispositivos elétricos luminosos com luz azul.
pele de crianças e mesmo mães nutrizes. Apesar A luz atrai qualquer inseto, mas não previne as
dessa observação não existem estudos da segu- picadas, visto que substâncias produzidas pelos
rança sobre a excreção da permetrina no leite indivíduos podem ser mais atraentes aos mos-
humano, sendo recomendada pelos fabricantes quitos do que a luz.48
a suspensão da amamentação temporariamente
durante o uso ou a não utilização da permetrina.
Pulseiras embebidas em repelentes
Estudo realizado no Brasil descreveu concentra-
ções pequenas de permetrina no leite materno Pulseiras embebidas em repelentes (com
mesmo de mães que não haviam utilizado a me- DEET, por exemplo) não são indicadas, pois a re-
dicação em casa44. pelência se dá por evaporação do princípio ativo
sobre a pele e, comprovadamente, só protege
Óleo de Citronela até 4 cm da área aplicada46. Raquetes e outros
instrumentos eletrocutores também não têm efi-
O óleo de citronela ou 3-7-dimetiloct-6- cácia comprovada5.
-en-1-AL contêm ativos como citronelol. O óleo
de citronela (Cymbopogon nardus), por ser extre-
Repelentes nas roupas
mamente volátil, confere proteção curta e vari-
ável de menos de 20 minutos a até duas horas, O uso de roupas com maior cobertura da pele
em concentrações de 5 a 100%40,45. Pode lesar (manga comprimida e calça comprida) ajuda na
tecidos e causar irritação de olhos e pele. proteção contra picadas por insetos.49 As roupas

7
Repelentes e outras medidas protetoras contra insetos na infância

tratadas com inseticidas podem reduzir a inci- • Insetos picam em todos os horários do dia,
dência de malária em aproximadamente 50%50 e aplicar repelente quando em atividades exter-
também reduzem as doenças transmitidas pelo nas e na área interna quando insetos estão no
mosquito Aedes aegypti,51 como dengue, Zika e ambiente.
outras arboviroses. Neste sentido, há no merca-
• Bebês menores de dois meses devem utilizar
do produtos que utilizam icaridina, permetrina,
apenas barreiras físicas como roupas e carri-
deltametrina51 e DEET e que podem ser aplica-
nhos com mosquiteiros com elásticos.
dos sobre as roupas a fim de diminuir as picadas
de insetos. Recomenda-se seguir as orientações
específicas de cada fabricante para a aplicação
destes produtos.
Recomendações quanto ao uso
seguro de repelentes13,52

• Aplicar na pele exposta


Medidas de proteção devem
ser associadas ao uso de • As recomendações de uso variam entre os pro-
repelentes, implementando dutos – ler sempre a bula
medidas de barreira física aos – A maioria dos repelentes pode ser utilizado
insetos13,52 como: nas crianças maiores de dois meses
– Seguir as recomendações da bula do repe-
• Utilizar roupas com mangas longas e meias. lente quanto à idade
• Utilizar roupas impregnadas com permetrina, • Aplicar nas mãos do adulto e depois na pele da
ou aplicar permetrina nas roupas. criança
• Repelentes aplicados nas roupas terão o mes- • Lavar as mãos após a aplicação
mo tempo de ação da aplicação na pele, e de-
• Remover no banho depois da exposição
vem ser reaplicados depois da lavagem.
• Cuidados
• Aplicar o repelente em loção, spray ou gel
– Não aplicar na pele com lesões ou ferimentos
na pele exposta, obedecendo ao rótulo dos
produtos quanto à idade e tempo de reapli- – Não aplicar nos olhos e na boca
cação. – Crianças não devem manipular repelentes

8
Departamento Científico de Dermatologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01. Debboun M, Strickman D. Insect repellents and 14. Pediatrics. AAo. AAP news, Follow safety
associated personal protection for a reduction in precautions when using DEET on children. Vol
human disease. Med Vet Entomol. 2013;27(1):1-9. 22:200399: The Academy; 2003.

02. Bracco JE, Dalbon M, Marinotti O, et al. 15. Agency USEP. Insects Repellents. Disponível em:
Resistance to organophosphorous and https://www.epa.gov/insect-repellents/deet.
carbamates insecticides in a population of Published 2017. Acessado em 01/03/2020.
Culex quinquefasciatus. Rev Saude Publica.
16. Prevention C-CfDCa. Traveling with Children.
1997;31(2):182-183.
Disponível em: https://wwwnc.cdc.gov/travel/
03. Lopes RP, Lima JBP, Martins AJ. Insecticide page/children. Acessado em 01/03/2020.
resistance in Culex quinquefasciatus Say,
17. Canada Go. Insect Repellents. Disponível em:
1823 in Brazil: a review. Parasit Vectors.
https://www.canada.ca/en/health-canada/
2019;12(1):591.
services/about-pesticides/insect-repellents.
04. Stefani GP, Pastorino AC, Castro APB, et al. html. Acessado em 01/03/2020.
Repelentes de insetos: recomendações para uso 18. Fradin MS, Day JF. Comparative efficacy of insect
em crianças. Rev Paul Pediatr. 2009;27(1):7. repellents against mosquito bites. N Engl J Med.
05. Trongtokit Y, Rongsriyam Y, Komalamisra N, 2002;347(1):13-18.
et al. Comparative repellency of 38 essential 19. Chen T, Burczynski FJ, Miller DW, et al. Percu-
oils against mosquito bites. Phytother Res. taneous permeation comparison of repellents
2005;19(4):303-309. picaridin and DEET in concurrent use with sun-
screen oxybenzone from commercially available
06. Shankar R, Deb S, Sharma BK. Antimalarial plants
preparations. Pharmazie. 2010;65(11):835-839.
of northeast India: An overview. J Ayurveda
Integr Med. 2012;3(1):10-16. 20. Diaz JH. Chemical and Plant-Based Insect
Repellents: Efficacy, Safety, and Toxicity.
07. Smith KR, Mehta S. The burden of disease from
Wilderness Environ Med. 2016;27(1):153-163.
indoor air pollution in developing countries:
comparison of estimates. Int J Hyg Environ 21. Heick HM, Peterson RG, Dalpe-Scott M, et al.
Health. 2003;206(4-5):279-289. Insect repellent, N,N-diethyl-m-toluamide,
effect on ammonia metabolism. Pediatrics.
08. Prose R, Breuner NE, Johnson TL, et al. Contact
1988;82(3):373-376.
Irritancy and Toxicity of Permethrin-Treated
Clothing for Ixodes scapularis, Amblyomma 22. Ross EA, Savage KA, Utley LJ, et al. Insect
americanum, and Dermacentor variabilis repellent [correction of repellant] interactions:
Ticks (Acari: Ixodidae). J Med Entomol. sunscreens enhance DEET (N,N-diethyl-m-
2018;55(5):1217-1224. toluamide) absorption. Drug Metab Dispos.
2004;32(8):783-785.
09. Sorge F. Prevention with repellent in children.
Arch Pediatr. 2009;16 Suppl 2:S115-122. 23. Hexsel CL, Bangert SD, Hebert AA, et al.
Current sunscreen issues: 2007 Food and
10. Sorge F, Imbert P, Laurent C, et al. Children Drug Administration sunscreen labelling
arthropod bites protective measures: recommendations and combination sunscreen/
insecticides and repellents. Arch Pediatr. insect repellent products. J Am Acad Dermatol.
2007;14(12):1442-1450. 2008;59(2):316-323.
11. Frances SP, Waterson DG, Beebe NW, et al. Field 24. Webb CE, Russell RC. Insect repellents and
evaluation of commercial repellent formulations sunscreen: implications for personal protection
against mosquitoes (Diptera: Culicidae) in strategies against mosquito-borne disease. Aust
Northern Territory, Australia. J Am Mosq Control N Z J Public Health. 2009;33(5):485-490.
Assoc. 2005;21(4):480-482.
25. Gu X, Wang T, Collins DM, et al. In vitro evaluation
12. Feldmann RJ, Maibach HI. Absorption of some of concurrent use of commercially available
organic compounds through the skin in man. J insect repellent and sunscreen preparations. Br
Invest Dermatol. 1970;54(5):399-404. J Dermatol. 2005;152(6):1263-1267.

13. American Academy of Pediatrics. Committee 26. Weinberg N, Weinberg M, Maloney S. Traveling
on Infectious Diseases a, Kimberlin DWe, Brady Safely with Infants & Children. In: Yellow Book;
MTe, Jackson MAe, Long SSe. Red book : 2018- Centers for Disease Control and Prevention.
2021 report of the Committee on Infectious Atlanta, GA,: Centers for Disease Control and
Diseases. 31st edition. ed. Prevention; 2018.

9
Repelentes e outras medidas protetoras contra insetos na infância

27. DIVISION PMRASCAD. Re-evaluation decision 40. Carroll JF, Benante JP, Klun JA, et al. Twelve-hour
document: personal insect repellents containing duration testing of cream formulations of three
DEET (N,N-diethyl-m-toluamide and related repellents against Amblyomma americanum.
compounds). In. Ottawa, Canada2002. Med Vet Entomol. 2008;22(2):144-151.

28. PREVENTION UCFDCA. Prevention: West 41. Badolo A, Ilboudo-Sanogo E, Ouédraogo AP, et
Nile Virus. Disponível em cdc.gov/westnile/ al. Evaluation of the sensitivity of Aedes aegypti
prevention/index.html. Publicado em 2019, and Anopheles gambiae complex mosquitoes to
atualizado em 17/10/2019. Acessado em two insect repellents: DEET and KBR 3023. Trop
01/03/2020. Med Int Health. 2004;9(3):330-334.

29. Health CDoP. Insect Repellent Toolkit. Disponível 42. Roberts DR, Chareonviriyaphap T, Harlan HH,
em https://www.cdph.ca.gov/Programs/CID/ et al. Methods of testing and analyzing excito-
D C D C / Pa ge s / E PA - Re g i s t e re d - Re p e l l e n t- repellency responses of malaria vectors
Ingredients.aspx. Publicado em 2018. Acessado to insecticides. J Am Mosq Control Assoc.
em 01/03/2020. 1997;13(1):13-17.

30. Frances SP, Waterson DG, Beebe NW, et al. Field 43. Center NPI. Permetrin. Disponível em: http://
evaluation of repellent formulations containing npic.orst.edu/factsheets/PermGen.html.
deet and picaridin against mosquitoes in Publicado em 2009. Acessado em 01/03/
Northern Territory, Australia. J Med Entomol. 2020.
2004;41(3):414-417.
44. Corcellas C, Feo ML, Torres JP, et al. Pyrethroids
31. CDC CDCP, Brunette GW. CDC Yellow Book 2018: in human breast milk: occurrence and nursing
Health Information for International Travel. daily intake estimation. Environ Int. 2012;47:17-
Oxford University Press; 2017. 22.

32. Organization WH. IR 3535 ethyl 45. Carroll SP, Loye J. PMD, a registered botanical
butylacetylaminoproprionate information: mosquito repellent with deet-like efficacy.
Interim specification - WHO/IS/TC/ 667/2001. J Am Mosq Control Assoc. 2006;22(3):
In. Geneva2001. 507-514.

33. Magistral I. Repelente MERCK IR3535. Disponível 46. Roy DN, Goswami R, Pal A. The insect repellents:
em: http://iberoquimica.com.br/Arquivos/ A silent environmental chemical toxicant to the
Insumo/arquivo-113152.pdf. Publicado em health. Environ Toxicol Pharmacol. 2017;50:91-
2016. Acessado em 01/03/2020. 102.

34. Abramowicz M E. Advice for travelers. Med Lett 47. Rajan TV, Hein M, Porte P, et al. A double-blinded,
Drugs Ther. 2015;57(1466):52-58. placebo-controlled trial of garlic as a mosquito
repellant: a preliminary study. Med Vet Entomol.
35. Naucke TJ, Lorentz S, Grünewald HW. Laboratory 2005;19(1):84-89.
testing of the insect repellents IR3535 and DEET
against Phlebotomus mascittii and P. duboscqi 48. Chen SC, Wong RH, Shiu LJ, et al. Exposure to
(Diptera: Psychodidae). Int J Med Microbiol. mosquito coil smoke may be a risk factor for
2006;296 Suppl 40:230-232. lung cancer in Taiwan. J Epidemiol. 2008;18(1):
19-25.
36. AGENCY USEP. [N-Butyl-N-Acetyl]-
Aminopropionic Acid, Ethyl Ester (113509) 49. Richardson M, Khouja C, Sutcliffe K. Interventions
Technical Document. In: OoP, Pesticides and to prevent Lyme disease in humans: A systematic
Toxic Substances, Office of Pesticide Programs, review. Prev Med Rep. 2019;13:16-22.
Biopesticides and Pollution Prevention Division,
ed. Washington, DC1999. 50. Maia MF, Kliner M, Richardson M, et al. Mosquito
repellents for malaria prevention. Cochrane
37. Center NPI. Insect Repellents. Disponível em: Database Syst Rev. 2018;2:CD011595.
http://npic.orst.edu/factsheets/repellents.html
Publicado em 2018. Acessado em 01/03/2020. 51. Bowman NM, Akialis K, Cave G, et al. Pyrethroid
insecticides maintain repellent effect on knock-
38. Debboun M, Frances SP, Strickman D. Insect down resistant populations of Aedes aegypti
repellents: principles, methods, and uses. Boca mosquitoes. PLoS One. 2018;13(5):e0196410.
Raton: CRC Press; 2007.
52. Prevention CDC, Brunette GW, Nemhauser JB.
39. Katz TM, Miller JH, Hebert AA. Insect repellents: CDC Yellow Book 2020: Health Information for
historical perspectives and new developments. International Travel. Oxford University Press;
J Am Acad Dermatol. 2008;58(5):865-871. 2019.

10
Departamento Científico de Dermatologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: MEMBROS: Dirceu Solé (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Henrique Mochida Takase (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Dirceu Solé (SP)
1º VICE-PRESIDENTE: João Carlos Batista Santana (RS) EDITORES ASSOCIADOS: Evelyn Eisenstein (RJ)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Luciana Cordeiro Souza (PE) Danilo Blank (RS) Daniel Becker (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Edson Ferreira Liberal (RJ) Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA:
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) COORDENAÇÃO:
SECRETÁRIO GERAL: Vera Hermina Kalika Koch (SP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Sidnei Ferreira (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) Fábio Ejzenbaum (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Tulio Konstantyner (SP) MEMBROS:
1º SECRETÁRIO: Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudia Bezerra de Almeida (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Dirceu Solé (SP)
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Luciana Rodrigues Silva (BA) Galton Carvalho Vasconcelos (MG)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ricardo do Rego Barros (RJ) Julia Dutra Rossetto (RJ)
Fábio Ancona Lopez (SP)
3º SECRETÁRIO: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Luisa Moreira Hopker (PR)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Rosa Maria Graziano (SP)
DIRETORIA FINANCEIRA: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Celia Regina Nakanami (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
MEMBROS: Cláudio Leone (SP) SAÚDE MENTAL
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Gilberto Pascolat (PR) COORDENAÇÃO:
Cláudio Hoineff (RJ) Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Roberto Santoro P. de Carvalho Almeida (RJ)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Rosana Fiorini Puccini (SP) MEMBROS:
Hans Walter Ferreira Greve (BA) João Cândido de Souza Borges (CE) Daniele Wanderley (BA)
Anenisia Coelho de Andrade (PI) MEMBROS: Vera Lucia Afonso Ferrari (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Rosana Alves (ES)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Isabel Rey Madeira (RJ) Rossano Cabral Lima (RJ)
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA) Gabriela Judith Crenzel (RJ)
COORDENADORES REGIONAIS Jocileide Sales Campos (CE) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Cecy Dunshee de Abranches (RJ)
NORTE: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE) Adriana Rocha Brito (RJ)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS
Adelma Alves de Figueiredo (RR) MUSEU DA PEDIATRIA
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) EM PEDIATRIA COORDENAÇÃO:
NORDESTE: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) MEMBROS:
Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Mario Santoro Junior (SP)
SUDESTE: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) CIENTÍFICOS Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) REDE DA PEDIATRIA
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) COORDENAÇÃO:
SUL: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) COORDENAÇÃO: Rubem Couto (MT)
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) MEMBROS:
CENTRO-OESTE: MEMBROS:
Regina Maria Santos Marques (GO) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Jefferson Pedro Piva (RS) Ana Isabel Coelho Montero
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Paulo César Guimarães (RJ) Sérgio Luís Amantéa (RS) SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Cléa Rodrigues Leone (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
TITULARES: Ana Carolina de Carvalho Ruela Pires
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Aurimery Gomes Chermont (PA)
Gilberto Pascolat (PR) NEONATAL Luciano Amedée Péret Filho (MG) SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Rosenilda Rosete de Barros
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Ruth Guinsburg (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Elena Marta Amaral dos Santos
Valmin Ramos da Silva (ES) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA:
SUPLENTES: Kátia Laureano dos Santos (PB) Dolores Fernandez Fernandez
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Adelma Figueiredo (RR)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA André Luis Santos Carmo (PR) SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA:
Tânia Denise Resener (RS) Anamaria Cavalcante e Silva
João Coriolano Rego Barros (SP) Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Marynea Silva do Vale (MA)
Marisa Lopes Miranda (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Joaquim João Caetano Menezes (SP) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) GRUPOS DE TRABALHO Dennis Alexander Rabelo Burns
CONSELHO FISCAL Virgínia Weffort (MG) DROGAS E VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
TITULARES: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS COORDENAÇÃO: Roberta Paranhos Fragoso
Núbia Mendonça (SE) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) João Paulo Becker Lotufo (SP) SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
Nelson Grisard (SC) Normeide Pedreira dos Santos (BA) MEMBROS: Marise Helena Cardoso Tófoli
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Marcia de Freitas (SP) Evelyn Eisenstein (RJ) SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SUPLENTES: PORTAL SBP Alberto Araujo (RJ) DO MARANHÃO: Marynea Silva do Vale
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA:
João de Melo Régis Filho (PE) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA Adelma Alves de Figueiredo (RR) Mohamed Kassen Omais
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) À DISTÂNCIA Nivaldo Sereno de Noronha Júnior (RN) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Luciana Rodrigues Silva (BA) Suzana Maria Ramos Costa (PE) DO SUL: Carmen Lucia de Almeida Santos
PÚBLICAS: Edson Ferreira Liberal (RJ) Iolanda Novadski (PR)
Beatriz Bagatin Bermudez (PR) SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Marisa Lages Ribeiro
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Carlos Eduardo Reis da Silva (MG) SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
MEMBROS: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo César Pinho Ribeiro (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Milane Cristina De Araújo Miranda (MA) SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Ana Marcia Guimarães Alves (GO) Leonardo Cabral Cavalcante
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Camila dos Santos Salomão (AP)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Joel Alves Lamounier (MG) SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES DOENÇAS RARAS Kerstin Taniguchi Abagge
Evelyn Eisenstein (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Salmo Raskin (PR) Katia Galeão Brandt
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
João Coriolano Rego Barros (SP) Joel Alves Lamounier (MG) MEMBROS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Alexandre Lopes Miralha (AM) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Anenísia Coelho de Andrade
Virgínia Weffort (MG) Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) Ana Maria Martins (SP)
Claudio Cordovil (RJ) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO
Themis Reverbel da Silveira (RS) Flávio Diniz Capanema (MG) RIO DE JANEIRO: Katia Telles Nogueira
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Lavinia Schuler Faccini (RS)
EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO COORDENAÇÃO: ATIVIDADE FÍSICA
COORDENAÇÃO: DO NORTE: Katia Correia Lima
PROFISSIONAL Renato Procianoy (RS) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
MEMBROS: Luciana Rodrigues Silva (BA) DO SUL: Sérgio Luis Amantéa
Edson Ferreira Liberal (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
MEMBROS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) José Roberto Vasques de Miranda
José Hugo de Lins Pessoa (SP) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Patrícia Guedes de Souza (BA) SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Adelma Alves de Figueiredo
Mauro Batista de Morais (SP) Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) Alex Pinheiro Gordia (BA) SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Isabel Guimarães (BA)
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Dirceu Solé (SP) Rosamaria Medeiros e Silva
Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Jorge Mota (Portugal)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Dirceu Solé (SP) Sulim Abramovici
ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) EDITORES CIENTÍFICOS: SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
Clémax Couto Sant’Anna (RJ) METODOLOGIA CIENTÍFICA
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO: Ana Jovina Barreto Bispo
Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
MEMBROS: EDITORA ADJUNTA: Elaine Carneiro Lobo
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) MEMBROS:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Clovis Francisco Constantino (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Sidnei Ferreira (RJ) Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) PEDIATRIA E HUMANIDADE
COORDENAÇÃO: Cláudio Barsanti (SP)
Flavia Nardes dos Santos (RJ) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ) Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ) PRESIDENTE:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dilza Teresinha Ambros Ribeiro (AC)
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Mario Santoro Júnior (SP)
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) VICE-PRESIDENTE:
PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
COORDENAÇÃO: CONSULTORIA EDITORIAL: CRIANÇA, ADOLESCENTE E NATUREZA
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) COORDENAÇÃO: SECRETÁRIO GERAL:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Laís Fleury (RJ) Jefferson Pedro Piva (RS)

11

Você também pode gostar