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PARÓQUIA IMACULADA

CONCEIÇÃO
Aos formadores:

Esta apostila pretende, como seu título claramente informa, formar crianças para atuar
no serviço do Altar durante as Celebrações Eucarísticas, auxiliando o sacerdote, ou seja, formar
Coroinhas.
O coroinha precisa conhecer bem o que faz um sacerdote durante a Santa Missa, ou
seja, deve entender bem como funciona a Liturgia da Celebração Eucarística. Sabe-se que
Liturgia é ao mesmo tempo rica de significados e também complexa em sua organização. Por
isso, um dos objetivos principais desta apostila é oferecer conteúdo que ajude as crianças a
aprenderem a atuar no serviço do Altar, utilizando de linguagem mais objetiva, clara, simplificada
e ilustrada, para uma compreensão mais fácil da liturgia da Igreja Católica.
A linguagem da criança é menos complexa que a do adulto, e a explicação de assuntos
muito cheios de significados (como a Liturgia) se transformam em um grande trabalho de
interpretação, para que a criança possa compreender. Este trabalho de interpretação deve
continuar, pois consiste em um grande dom de Deus o saber ensinar, o saber educar.
Encontram-se aqui alguns elementos mais fundamentais sobre a liturgia e doutrina, referentes ao
que o coroinha precisa conhecer para servir bem o Altar. Desde as partes da Missa, os principais
símbolos usados nas Igrejas, os livros, posturas, objetos, enfim, tudo aqui relatado é apenas um
resumo.
A apostila pretende ser uma introdução ao conteúdo, e o aprofundamento de outras
formas, com conteúdos complementares e, principalmente na prática é muito importante. A
formação daquele que ensina precisa ser forte e constantemente atualizada. As dúvidas dos
coroinhas precisam ser bem resolvidas. Não se deve nunca se esquecer da importância que é
participar da Santa Missa. Por isso, o formador precisa, além da boa formação, ter uma
espiritualidade que leve os Coroinhas a uma verdadeira e profunda experiência com o sagrado
que eles celebram: Deus.
Aos pais de coroinhas:

“A família, como a Igreja, tem por dever ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e
de onde o Evangelho irradia… Os pais não somente comunicam aos filhos o Evangelho, mas
podem receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido” (Paulo VI, EN n.71).

A família deve mostrar os caminhos da fé católica com exemplos e acompanhamento.


Está no Catecismo da Igreja Católica: “Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de
seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Eles têm o dever de prover, na medida do
possível, as necessidades físicas e espirituais de seus filhos” (n. 2252).

Queridos responsáveis, vocês são a base para seus filhos, são os precursores da vida
deles. Ao assumir esse compromisso, estão assumindo um compromisso com Deus, passam a
ser, juntos como seus filhos, servos de Deus.

Nós da coordenação da pastoral de coroinhas trataremos tanto os senhores, quanto


seus filhos com o máximo respeito e carinho. Formamos uma segunda família dentro e fora da
igreja buscando promover um convívio agradável e cheio de harmonia com todos os jovens e
adolescentes da pastoral.

Fique a vontade para para caminhar conosco neste ato tão bonito de se colocar a
serviço de Deus e da Igreja através do serviço do Altar.

Estejam certos de que os coordenadores, formadores e apoioadores da Pastoral dos


Coroinhas estão dispostos a contribuir para que as crianças e adolescentes cresçam na vivência
da fé em Cristo, pois assim como vocês e seus filhos, nós da Pastoral dos Coroinhas também
demos o nosso SIM ao chamado vocacional que Deus nos fez, de sermos testemunhas da vida
e do Evangelho de Cristo, na profunda vivência de nossa caminada cristã na Igreja.

Dicas para a família:

1. Ir à Missa, como um compromisso sagrado.

2. Faça orações em casa, em família. Eduque seu filho na fé cristã.

3. Demonstre interesse pelo que eles estão estudando na catequese ou na formação para
coroinhas. Estude junto com sua criança. Afinal, os pais são os primeiros catequistas.

4. Procure também adquirir conhecimento sobre Deus. Os filhos vão perguntar e querer tirar
dúvidas, assim como questões de matemática ou história na escola, por exemplo.

5. Participe das atividades para as quais os filhos são convidados: gincanas bíblicas,
encontros com a família, reuniões da catequese, reuniões da Pastoral dos Coroinhas, etc.
1. SERVIR AO SENHOR: O QUE É SER UM COROINHA?

Ser coroinha é estar a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o
padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao
altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver
alegremente o Evangelho. Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a entrega,
é ser amparo e consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a caridade. A vida de
Cristo foi dedicada a servir o próximo. Da mesma, forma o coroinha é chamado a servir como
Cristo.

Na vida do coroinha a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a se


relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração recebem-se as graças de Deus.

Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. Ao viver a
Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração e
amor e, assim, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus.

As responsabilidades de um coroinha:

1. Participe das reuniões, missas e demais compromissos assumidos.


2. Seja pontual. Chegue a tempo para as reuniões e celebrações.
3. Seja asseado. Esteja sempre limpo, cabelos penteados, calçados e roupas bem arrumados.
4. Seja cuidadoso com as coisas da Igreja e do Altar. Trate os objetos litúrgicos com respeito,
como objetos destinados ao Culto Divino.
5. Seja humilde e preste atenção ao que lhe for ensinado pelas pessoas responsáveis pela sua
formação.
6. Durante os atos litúrgicos, evite conversas, risos e bincadeiras.
7. Seja educado com os colegas da Pastoral e com outras pessoas da comunidade.
8. Cultive o gosto pela oração. Crie, junto com a família o hábito de fazer a leitura da Bíblia.
9. Dedique-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor.
10. Observe o silèncio na Igreja e na Sacristia.
11. Preste atenção em cada momento da Santa Missa.

POSTURA DE UM COROINHA
Um coroinha deve se manter comportado durante a Santa Missa, deve prestar atenção a
todo momento. Acompanhe como deve ser a postura de um coroinha na missa:

Posturas e gestos dentro da missa

Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também “fala” através dos gestos e
atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nós gesticulamos, expressando um louvor visível
não só a Deus, mas também a todos os homens.
DE PÉ
GENUFLEXÃO
É uma posição de quem ouve com
atenção e respeito, tendo muita É feita dobrando o joelho direito até o
consideração pela pessoa que fala. Indica solo. Significa adoração. Deve ser feito,
prontidão e disposição para obedecer. Foi, portanto, somente a Deus e reservada ao
desde o início da Igreja, a posição do Santíssimo Sacramento, quer exposto ou
“orante”. guardado no Sacrário.

Estar em pé demonstra prontidão


para pôr em prática os ensinametos de
Jesus.

INCLINAÇÃO

Inclinar-se diante de alguém é sinal de


grande respeito. É sinal também de
veneração, diante do Santíssimo
SENTADOS Sacramento (principalmente quando o
coroinha segura algum material), e de
respeito diante do altar. Os fiéis podem
É a posição de escuta, inclinar a cabeça para receber a benção
de diálogo, de quem medita e solene, logo após o convite do diácono ou do
reflete. Favorece a catequese, sacerdote.
boa para ouvir as Leituras, a
homilia e meditar. Existem dois tipos de inclinação:
O coroinha permanece sentado
durante as leituras da missa, INCLINAÇÃO DE CABEÇA
exceto o Evangelho.
- Durante a homilia. Consiste em baixar um pouco a
cabeça, discretamente e sem inclinar o
DE JOELHOS tronco.

É a posição de quem se Quando se é citado na Santa


põe em oração profunda. O ato Missa o nome de Jesus, Maria
de ajoelhar-se significa um ato Santíssima Trindade em
de adoração a Deus, de conjunto, Santo do dia,
respeito, de entrega e de Padroeiro.
sacrifício. Quando se passa à frente do
altar com algum objeto em mão,
- Diante do Santíssimo impossibilitado de fazer a
Sacramento. inclinação profunda.
- Durante a consagração do pão Ao fazer reverência para o padre
e do vinho. antes e depois de servi-lo.
INCLINAÇÃO PROFUNDA PROSTRAR-SE

Sinal de reverência e de Significa estender-se no chão;


honra. expressa profundo sentimento de
Faz-se a inclinação indignidade, humildade e também de súplica
profunda diante da Cruz, no e adoração. Gesto previsto da Sexta-feira
inicio e fim da celebração da santa, no início da Celebração da Paixão.
Missa, ao passar na frente do Também os que vão ser ordenados diáconos
Altar, antes de depois da e presbíteros se prostram.
incensação.

ANDAR

Sempre andar de modo discreto,


recolhido. Sempre devagar, embora nunca ERGUER AS MÃOS
de modo lerdo. Coluna ereta, cabeça reta,
olhos baixos, de mãos postas, evitando É um gesto de súplica ou de oferta do
olhar para a assembleia. Caso esteja com coração a Deus. Geralmente se usa durante
objeto em só uma das mãos, deve-se a recitação do Pai-nosso ou nos cantos de
colocar a outra no peito. louvor.

MÃOS POSTAS

Significa recolhimento
interior, busca de Deus, fé,
súplica, confiança e entrega
da vida. É atitude de profunda
piedade. Esta é a posição que
devemos estar durante as
celebrações. As mãos postas
recordam o gesto tão antigo de
atar ou amarrar as mãos dos BATER NO PEITO
prisioneiros. É por isso que os
que eram martirizados É expressão de dor e arrependimento
caminhavam com as mãos dos pecados. Este gesto ocorre na oração
unidas na hora do sacrifício, Confesso a Deus Todo poderoso...
em oração e entrega.
Por isso, o cristianismo
assumiu o gesto como sinal de
obediência total do homem à autoridade de
Deus, e as mãos unidas passaram a
expressar a submissão do homem com
relação ao seu Criador.
SILÊNCIO

É atitude indispensável nas


celebrações litúrgicas. Indica respeito,
atenção, meditação, desejo de ouvir e
aprofundar a Palavra de Deus.

A missa é feita de gestos, palavras,


cantos e também instantes de silêncio.
Durante a missa se prevê um instante de
silêncio no ato penitencial e após o convite a
oração inicial. Depois da comunhão, todos
são convidados a observar o silêncio
sagrado. O silêncio ajuda o aprofundamento
nos mistérios da fé. “O Senhor fala no
silêncio do coração”.

De um modo ainda mais concreto e


de dupla responsabilidade é o silêncio
daqueles que servem a Deus na liturgia, pois
além da responsabilidade por si mesmos
ainda serão responsabilizados por aqueles
que por nosso contra testemunho se
afastam de Deus.

Somos ainda responsáveis por


auxiliar o Sacerdote que celebrará os Santos
Mistérios do Altar, guardando o silêncio na
sacristia, próprio daqueles que se preparam
para estar com Cristo no Mistério de Sua
Paixão, Morte e Ressurreição, que é a Santa
Missa.
3. O ESPAÇO DA CELEBRAÇÃO E AS VESTES LITÚRGICAS

Sacristia: sala anexa à Igreja onde se


Presbitério: espaço ao redor do altar, guardam as vestes e os objetos
geralmente pouco elevado, onde se destinados às celebrações.
realizam os ritos sagrados.
Nave: Corredor central da igreja, por onde
Altar: Mesa onde ser realiza a se faz a procissão de entrada da missa.
Celebração Eucarística.

Ambão: Estante onde se proclama a


Palavra de Deus.
Coro: Local próximo ao Presbitério. Nele
ficam os músicos responsáveis por animar
a Celebração Eucarística com os cantos.

Púlpito: Lugar nas Igrejas antigas onde o


celebrantes fazia a pregação. Hoje,
praticamente não é mais usado.

Credência: Mesinha onde se colocam os


objetos litúrgicos que serão utilizados na Batistério: Lugar reservado para a
celebração. celebração do Batismo. Em substituição
ao verdadeiro batistério usa-se a pia
batismal.

Vestes Litúrgicas:

Túnica: Veste longa, de cor branca,


usada pelo Celebrante.

Sacrário: Pequena urna onde se guarda


o Santíssimo Sacramento.
Estola: Bispos e sacerdotes levam-na Dalmática: Veste própria do diácono. É
pendurada ao pescoço até abaixo dos colocada sobre a túnica e a estola.
joelhos, de maneira
paralela sobre a
alva ou túnica. Sua
cor varia com o
tempo litúrgico e é
indispensável na
Santa Missa.
Representa o poder
e a dignidade que
devem estar a
serviço.

Cíngulo: Cordão com o qual se prende a


Estola diaconal túnica ao redor da cintura.

Capa pluvial: Capa longa que o sacerdote


usa ao dar a bênção do Santíssimo ao
conduzi-lo nas procissões, como na Festa da
Casula: Veste Sacerdotal usada sobre a Apresentação do Senhor, Procissão do
alva ou túnica, cobrindo todas as outras Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
vestimentas com a cor litúrgica do dia. e na Procissão da Solenidade do Corpo e
Utilizada nas festas, solenidades e
Sangue do Senhor. Usa-se também no rito
Domingos.
de aspersão da assembléia.
Mitra: Corresponde no pontifical romano
Véu Umeral: Chama-se também véu de ao capacete de defesa do soldado da
ombros. Manto retangular usado pelo verdade. O Bispo a põe na cabeça todas
sacerdote sobre os ombros, ao dar a as vezes que muda de lugar na
bênção do Santíssimo ou ao transportar o celebração,
Ostensório com o Santíssimo quando está
Sacramento. sentado, ao dar a
benção solene,
quando é
incensado ou lava
as mãos.

Solidéu: Barretinho vermelho com que


os bispos cobrem a cabeça; assim
chamado por ser retirado somente diante
do Santíssimo Sacramento.

Insígnias Episcopais:
Anel: simboliza a união do bispo com os
Báculo: É uma das insígnias do Bispo. fiéis de sua diocese e, de maneira mais
Longo bastão curvado na extremidade, abrangete, a união
trazendo ou não, um símbolo. Representa do bispo com toda a
seu serviço como pastor do povo de Igreja.
Deus.

Cruz Peitoral: cruz que os bispos levam


sobre o peito.

Observação: Quanto as vetes que os


coroinhas devem usar, em nossa
comunidade é adotada a TÚNICA
BRANCA.
4. OS OBJETOS LITÚRGICOS

Patena: Recipiente em forma de prato


Âmbula: É uma espécie de um cálice e pequeno, onde se põe a hóstia magna
com tampa onde se colocam as que vai ser consagrada.
partículas pequenas para serem
consagradas. Após a comunhão é
depositada no sacrário, caso ainda hajam
hóstias consagradas dentro dela.

Hóstia: Pão ázimo (de farinha e água)


que o sacerdote consagra durante a
Missa. Corresponde aos pães ázimos da
Páscoa. Quando não está consagrada é
chamado comumente de partícula.

Véu de Âmbula: Pequeno tecido, branco,


que cobre a âmbula, quando esta contém
partículas consagradas. É recomentado o
seu uso, dado o seu forte simbolismo. O
véu envolve algo precioso, ao mesmo
tempo que revela possuir e trazer tal
tesouro.
Partícula: O mesmo que hóstia, porém
em tamanho pequeno e destinada
geralmente à comunhão dos fiéis..

Reserva Eucarística: Nome que se dá às


partículas consagradas, guardadas no
sacrário e destinadas sobretudo aos
doentes e à adoração dos fiéis, em visita
ao Santíssimo. Devem ser consumidas na
missa seguinte.

Corporal: Pano quadrangular de linho


com uma cruz no centro; sobre ele é
colocado o cálice, a patena, e as âmbulas
Cálice: É a taça onde se coloca o vinho para a consagração.
que vai ser consagrado. Foi usado por
Jesus na última ceia.
Lavabo: Acompanhado do manustérgio, o
Sanguineo: Pequeno linho mais estreito lavabo (bacia e jarra) é utilizado norito de
que um guardanapo, reservado purificação das mãos do sacerdote na
exclusivamente para a purificação do preparação das oferendas na Missa.
cálice e da patena após a comunhão.
Serve também para o sacerdote enxugar
os lábios, os dedos e o cálice por
respeito ao Corpo e Sangue de Nosso
Senhor, pois nada da Eucaristia pode se
perder.

Galhetas: São os recipientes onde se


coloca a água e o vinho para serem
usadosna Celebração Eucarística.

Pala: Como uma tampa branca de linho,


rígida, de forma quadrangular. Serve para
ser colocada sobre o cálice e a patena,
para que não caia nenhuma impureza
(poeira, mosquitos etc.) na Eucaristia. Sineta: Pequeno sino utilizado na Santa
Missa durante a consagração e durante
a Benção do Santíssimo. Serve para
anunciar a presença do Senhor que passa
ou se faz presente em nosso meio.

Manustérgio: Pequena toalha usada


para enxugar os dedos do celebrante
no ofertório. Teca: Recipiente utilizado para guarda e
transporte da Eucaristia. É utilizada para
se levar a comunhão para os enfermos.
Pode ser pequena ou grande.
Turíbulo: Vaso de metal usado para Caldeira: Pequeno recipiente para
queimar o incenso com a simbologia de receber água benta, usada juntamente
que nossas orações subam aos céus, com oaspersório.
assim como a fumaça.

Naveta: Objeto utilizado para se colocar Genuflexório: Local próprio para


o incenso, antes de queimá-lo no orações diante do Santíssimo
turíbulo. Sacramento, ou atendimento de
confissões.

Ostensorio: Objeto utilizado para expor o


Círio Pascal: Uma grande Santíssimo e dar a Benção Eucarística
vela com cerca de 1m de oupara levá-lo em procissão.
altura, que recebe o fogo
virgem no Sábado de Aleluia.
Nele são assinalados o sinal-
da-cruz, o alfa e o ômega, os
números do ano em questão
e colocados cinco grãos de
incenso, símbolo das chagas
divino-humanas de Jesus.

Aspersório: Objeto para aspergir água Custódia: Parte central do Ostensório,


benta sobre o que vai se benzer. onde se coloca a hóstia consagrada para
exposição do Santíssimo. É parte fixa dos
Ostensório.

Luneta: Peça circular do Ostensório,


onde se coloca a hóstia consagrada para
a exposição do Santíssimo. É peça móvel.
Castiçal: É a base para uma vela ou Incenso: Resina de aroma suave extraída
mais. Deve fazer conjunto com as de diferentes árvores. É queimado no
demais peças usadas. turíbulo em determinadas celebrações:
missas solenes, adorações ao
Santíssimo Sacramento. Simboliza o
desejo de que nossa oração suba aos
céus como sobe a fumaça.

Toalha: A toalha do altar deve reduzir-se


ao tamanho da mesa, parte superior, ou
cair dos lados, para não decapar o altar,
fazendo, assim, que ignoremos o símbolo
mais importante do edifício cristão.

Candelabro: Grande castiçal, com várias


ramificações, a cada uma das quais
corresponde um foco de luz.

OUTROS OBJETOS

Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima


dele, lembra que a Ceia do Senhor é
inseparável do seu Sacrifício Redentor.
“Na Ceia, Jesus deu aos discípulos o
Sangue da aliança, que ia ser derramado
por muitos, para operdão dos pecados”.

Cruz Processional: Usada nas


procissões, à frente de qualquer cortejo, e
deve permanecer em lugar nobre no
santuário ou presbitério.
5. SÍMBOLOS LITÚRGICOS

ALFA E ÔMEGA:
Primeira e última
letra do alfabeto
grego. No
Cristianismo
aplicam-se a
Cristo, princípio e INRI: São as iniciais das palavras latinas
fim de todas as Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que querem
coisas. dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus,
mandadas colocarem por Pilatos na
crucifixão de Jesus.
XP: Estas letras, do
alfabeto grego,
correspondem em
português a C e R.
Unidas, formam as iniciais
da palavra CRISTÓS
(Cristo).

IHS: Iniciais das


palavras latinas
Iesus Hominum
Salvator, que
significam: Jesus
Salvador dos TRIÂNGULO: Com seus três ângulos iguais
homens. (equilátero), o triângulo simboliza a
Empregam-se Santíssima Trindade.
sempre em
paramentos
litúrgicos, em portas de sacrário e nas
hóstias.

PEIXE: Simbolo de
Cristo. No início do
Cristianismo, em
tempos de perseguição,
o peixe era o sinal que
os cristãos usavam para
representar o Salvador.
É que as iniciais da
palavra peixe na lingua
grega – IXTYS – explicavam quem era
Jesus: IESÚS CRISTÓS TEÓS YÓS
SOTÉR: Jesus Cristo, Filho de Deus
Salvador.
6. LIVROS LITÚRGICOS O ano A percorre o Evangelho de São
Mateus.
O ano B percorre o Evangelho de São
Marcos e o capítulo 6 de São João.O ano C
MISSAL percorre o Evangelho de São Lucas.

É o „manual de instruções da missa‟, Para todas as Celebrações dominicais


o livro que contém todos os ritos, bem como nas Solenidades, são tiradas
orientações, orações, bênçãos e tudo o que duas leituras (uma do antigo e uma do novo
o Sacerdote utiliza para bem celebrar o testamento) mais um salmo e a proclamação
mistério da Missa. Nele só não se encontram do evangelho.
as leituras, tendo, porém tudo o que demais
se precisa para a santa celebração.

Lecionário Semanal

Nele encontram-se as leituras


destinadas às celebrações que acontecem
LECIONÁRIOS nos demais dias da semana que não sejam
domingos.
São os livros que contém todas as
leituras que serão feitas em todas as missas É dividido em Ano par e Ano ímpar, e
e/ou celebrações Eucarísticas. seque a mesma regra do Dominical quanto
a aplicação do ano correspondente.
Existem 3 (três) tipos de lecionários:
Nas celebrações nestes dias da
Lecionário Dominical semana é feita apenas uma leitura, além,
claro, do Salmo e Evangelho.
Nele encontram-se todas as leituras
para as missas a serem realizadas nos dias
de Domingo bem como nas principais
solenidades e festas da igreja.

É dividido em três partes, Ano A, ano B e


ano C.

A cada ano litúrgico utiliza-se uma


dessas partes, sendo que assim que usados
as três, completa-se o ciclo litúrgico (que
dura três anos), iniciando novamente pelo
ano A.
Lecionário Santoral

Nele encontram-se as leituras


destinadas às celebrações das mémórias
dos santos previstas no calendário canônico.
Nele também constam as leituras para uso
na administração de sacramentos e para
diversas circunstâncias.

Evangeliário

É o livro que contém o texto do


evangelho para as celebrações dominicais e
para as grandes solenidades.
7. SÍMBOLOS LITÚRGICOS LIGADOS À NATUREZA

A água: A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos
para uma vida nova). Pode simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o
pecado).

O fogo: O fogo ora queima ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da
Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode
multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação
do Espírito Santo.

A luz: A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como
a luz do sol. Ela mostra o caminho ao preregrino. A luz produz harmonia e projeta paz. Como o
fogo, pode multiplicar-se indefinidademente. Uma pequenina chama pode estender-se a um
número infinito de chamas e destruir, assim a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais
expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz é a expressão mais viva da ressurreição.

O pão e o vinho: Símbolos do alimento humano. Trígo moído e uva espremida, sinais do
sacrifício da natureza em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem o
seu próprio sacrifício redendor.

O incenso: Como se falou anteriormente, ao estudarmos os objetos litúrgicos, o incenso tem


sua especificidade aromática. Sua fumaça simboliza a oração dos santos, que sobe a Deus ora
como louvor, ora como súplica.

O Óleo: Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados
liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Confirmação (Crisma) e da Unção dos
Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto
– no caso, o óleo – além de ele próprio ser um símbolo, fa nascer uma ação, isto é, o gesto
símbólico de ungir. Assim também acontece com a água: ela supõe e cria o banho de
purificação, com nos ritos do Batismo, do lavabo (ablução1) e do “asperges”, este em sentido
duplo: na missa, como no rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como mémória pascal
de nosso Batismo. A esses gestos litúrgicos e tantos outros podemos chamar de “símbolos
rituais”. A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração
dos reis, profetas e sacerdotes, e termina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de
Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus. A palavra Cristo significa ungido. No caso, o Ungido, por
excelência.

As Cinzas: As cinzas, principalmente na celebração de Quarta-feira de Cinzas são para nós


sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas
mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas
são fruto das palmas do Domingo de Ramos no ano anterior, geralmente queimadas na
Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.

1 Ablução: ritual de purificação por meio da água.


8. LITURGIA

A Liturgia é o conjunto de ações realizadas pelos fiéis dentro dos cultos a Deus,
inspiradas pelo próprio Deus, com a finalidade de buscar glorificar a Deus e santificar os
homens.

“A Liturgia, como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, tem duas dimensões


fundamentais: a glorificação de Deus e a santificação da humanidade. Trata-se de duas
dimensões e não de dois tempos ou duas atividades estanques. A comunidade que celebra tem
o compromisso de evangelizar o mundo.” (Sacrossantum Concilium).

Existem em cada ação litúrgica através de sinais sensíveis, gestos e palavras,


realizados pelo corpo místico de Cristo (nós), juntamente com Cristo que é A Cabeça da Igreja
dois movimentos: o movimento de Deus para o homem – a santificação, e o movimento do
homem para Deus – a glorificação, ambos acontecem ao mesmo tempo.

A liturgia tem uma alma: Toda expressão do culto, sem a fé, é um corpo sem alma. Seria
uma religiosidade fingida, que Deus não aceitaria. Com palavras severas Ele condenou esta
falsa piedade dos fariseus: “Este povo me louva com os lábios, mas seu coração está longe de
mim” (Mt 15,8).

Os sinais externos da sagrada liturgia não são um insulto à pobreza material dos filhos da
Igreja, mas um incentivo à piedade dos fiéis. Todo o conjunto do culto que a Igreja rende a Deus
deve ser interno e externo. Esta realidade decorre da própria constituição humana, ao mesmo
tempo física e espiritual, e da vontade do Senhor, que dispõe que pelo conhecimento das coisas
visíveis sejamos atraídos ao amor das invisíveis.

PRESENÇA DE CRISTO NA LITURGIA

Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja, e
especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da missa, está presente pela sua
virtude nos sacramentos, está presente na sua palavra, pois é Ele quem fala quando na Igreja
são lidas as Sagradas Escrituras.

Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do Seu corpo, que é a
Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia, nenhuma outra ação da Igreja iguala,
sob o mesmo título e grau.

Dia após dia, a liturgia vai nos transformando interiormente em templos santos do Senhor
e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo, de tal forma que nos dá a força
necessária para pregar Cristo e mostrar ao mundo o que é a Igreja, como a reunião de todos os
filhos de Deus ainda dispersos até que se tornem um só rebanho, sob um único pastor.

O SACERDOTE

O sacerdócio é uma consagração de vida. A grandeza do sacerdócio atingiu o seu ponto


máximo em Jesus Cristo, O Sacerdote por excelência.

O Concílio Vaticano II diz que o padre age "in persona Christi", isto é, em lugar da pessoa
de Jesus, o qual disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos rejeita, a mim
rejeita. E quem vos rejeita, rejeita o Pai que me enviou" (Lc 10,16). O padre é constituído tal por
meio da imposição das mãos do Bispo sobre sua cabeça, proferindo a oração consagradora.

O ALTAR

O altar representa os dois aspectos de um mesmo mistério de Jesus Cristo: o altar do


sacrifício e a mesa do Senhor, e isto tanto mais porque o altar cristão é o símbolo do próprio
Cristo, presente no meio da assembleia de seus fiéis, ao mesmo tempo como vítima oferecida
por nossa reconciliação e como alimento celeste que se dá a nós.

9. O ANO LITÚRGICO

No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a obra salvífica de


Cristo. Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os dias
dos Santos.

O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico


começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no
sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico está dividido em
“Tempos Litúrgicos”, como veremos a seguir.
OS DIAS LITÚRGICOS

Todos os dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de Deus,


principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino.

O dia litúrgico se estende de meia-noite a meia-noite. A celebração do Domingo e das


solenidades, porém, começam com as vésperas do dia precedente.

O DOMINGO

No primeiro dia de cada semana, que é chamado dia do Senhor ou Domingo, a Igreja, por
tradição apostólica que tem origem no próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o mistério
pascal. Por isso, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa. Por causa de sua
especial importância, o Domingo só cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.

10. TEMPOS LITÚRGICOS

ADVENTO

O Tempo do Advento possui dupla característica.


Sendo um Tempo de preparação para as solenidades
do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho
de Deus entre os homens, é também um Tempo em
que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações
para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim
dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do
Advento se apresenta como um Tempo de piedosa e
alegre expectativa. Inicia- se após o último Domingo do
Tempo comum (Solenidade de Cristo Rei) e termina no
dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do Senhor). São chamados 1º, 2º, 3º e 4º Domingos do
Advento.

NATAL

A Igreja nada considera mais venerável, após a


celebração anual do mistério da Páscoa, do que
comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras
manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal.

O Tempo do Natal vai das Primeiras Vésperas


do Natal do Senhor(dia 24 de dezembro) ao
Domingo depois da Epifania ou ao Domingo depois
do dia 6 de janeiro.
QUARESMA

O Tempo da Quaresma visa


preparar a celebração da Páscoa; a liturgia
quaresmal, com efeito, dispõe para a
celebração do mistério pascal tanto os
catecúmenos, pelos diversos graus de
iniciação cristã, como os fiéis, pela
comemoração do batismo e penitência.

O Tempo da Quaresma vai de


Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia
do Senho. Do início da Quaresma até a
Vigília pascal não se diz o Aleluia. Na
Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição
das cinzas.

Os Domingos deste Tempo são 1º, 2º, 3º, 4º e 5º Domingos da Quaresma. O 6º Domingo,
com qual se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.

TEMPO PASCAL

O tempo pascal se inicia com o Tríduo pascal. Os


oito primeiros dias do Tempo pascal formam a oitava da
Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor.
No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a
Ascensão do Senhor. O tempo pascal encerra-se com a
solenidade de pentecostes, que ocorre 50 dias depois da
páscoa.

TEMPO COMUM

Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual trinta e três ou
trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhuma solenidade ou festa do mistério de
Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos
Domingos. Este período é chamado Tempo Comum.

O Tempo Comum começa na Segunda-feira que segue ao Domingo depois do dia 6 de


janeiro e se estende até a terça-feira antes da quaresma.

Recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e termina antes das


primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.
11. CORES LITÚRGICAS

Cor Significado Quando é usada?


Litúrgica

Na Páscoa, no Natal, nas Festas do Senhor


(exceto as da Paixão), de Nossa Senhora e
dos Santos não mártires, nos batismos,
Branco, Missas Votivas pela Eucaristia. As cores
amarelo ou Simboliza a vitória, a paz, a dourada e amarela podem ser usadas nos dias
alma pura, a alegria. festivos, em substituição ao branco.
dourado

Simboliza o fogo do amor, da


caridade, lembrando o fogo doÉ a cor de Pentecostes. Também usada nas
Espírito Santo. Simboliza Festas dos Santos mártires, no domingo da
Vermelho
também o sangue de Cristo e dos Paixão (domingo de Ramos) e na Sexta-feira
mártires. Santa.

Usado nos domingos do Tempo Comum enos


Verde Simboliza a esperança. dias da semana.

Simboliza a penitência, contrição, Usado no Advento e na Quaresma. Pode sere


Roxo também ser usado nas Missas dos Fiéis
defuntos e na confissão.

Simboliza tristeza, dor, luto.


Significa o choro da Igreja diante
Preto da morte de Nosso Senhor Jesus
Pode ser usado nas Missas dos Fiéis
Cristo e de seus fiéis.
defuntos. Pode ser substituído pelo roxo.

Simboliza a alegria dentro de um Pode ser usado no 3º domingo do Advento


Rosa tempo destinado àpenitência. (Gaudete) e no 4º domingo da Quaresma
(Laetare).

12. A MISSA

A Missa não é simplesmente uma oração devocional, ou uma celebração a mais da


Igreja; é o ato supremo da nossa fé.

A Missa, ou celebração da Eucaristia, é a presentificação do imenso Sacrifício do


Calvário, onde este se torna presente no altar; não é mera representação ou apenas lembrança
do Sacrifício do Senhor; é muito mais, é sua atualização, isto é, o mesmo e único sacrifício de
Jesus na cruz se torna presente, vivo e verdadeiro. Não é uma multiplicação do sacrifício do
Calvário e nem mesmo uma repetição. É o mesmo e único Calvário.

“É na Santa Missa que participamos da Sagrada Eucaristia, corpo, sangue, alma e


divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, é importante participar bem dela, com ardor,
vontade e devoção. E para isso é preciso conhecer bem o que é a Santa Missa”.

A PRESENÇA DE CRISTO NA MISSA.

A transubstanciação (conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de


Cristo e de toda substância do vinho na substância do Sangue de Cristo) é um grande e
maravilhoso mistério que acontece na Missa, porque na última Ceia Jesus disse: “Isto é o meu
corpo…, este é o meu sangue, que são dados por vós”. Ou seja, há a presença real de Cristo
na Missa, através de sua própria presença na Eucaristia.

O CORPO E ALMA DA MISSA

Os atos exteriores (gestos, palavras, sinais, objetos...) são como o “corpo” da Missa,
enquanto a fé e o amor são a “alma” desse corpo. Se alguém comunga sem crer na presença
real de Jesus, recebe sim o Corpo do Senhor, mas não participa da Salvação contida no
Sacramento.

AS PARTES DA MISSA

A missa pode muito bem ser dividida em duas partes principais: Liturgia da Palavra
(através da qual nos alimentamos através das Sagradas Escrituras) e a Liturgia Eucarística
(através da qual nos alimentamos do próprio Corpo e Sangue de Cristo no Santíssimo
Sacramento).

A missa é dividida em diversas partes além das duas principais (Liturgia da Palavra e
Liturgia Eucarística), as quais estão detalhadas abaixo:

RITOS INICIAIS
- Procissão de entrada
- Saudação
- Ato Penitencial
- Hino de Louvor
- Oração do dia (ou coleta)

LITURGIA DA PALAVRA
- Primeira leitura
- Salmo Responsorial
- Segunda leitura
- Evangelho
- Homilia
- Profissão de Fé - Credo (Nas Missas dominicais e solenidades)
- Oração dos fiéis
LITURGIA EUCARÍSTICA
- Ofertório
- Oração Eucarística
- Comunhão

RITOS FINAIS
- Oração pós-Comunhão
- Benção final

13. O SERVIÇO DO ALTAR


“Eu vivo para Jesus Cristo, eu vivo para a glória dEle, eu vivo para O servir, euvivo para
O amar” (São Padre Pio de Pietrelcina).

Foi Jesus quem nos ensinou, por meio do seu exemplo, que maior é aquele que serve (cf.
Lc 9,46-50), e, antes de cear pela última vez com os seus discípulos, com o lava-pés, pediu-lhes
que fizessem o mesmo (cf. Jo 13,1-15).

Fazer o mesmo que Jesus significa servir, e aquele que serve exerce um ministério. Tanto
a palavra grega diakonia quanto a palavra latina ministerium querem dizer a mesma coisa: estar
a serviço, servir a exemplo de Cristo, o diácono por excelência.

Nesse sentido, a responsabilidade é grande para todos aqueles que assumem o


ministério (pastoral). Ao assumi-lo, entre tantas coisas, o coroinha torna-se pessoa pública,
observada, dentro e fora da comunidade. Em consequência, independentemente da idade,
grande deve ser o empenho por parte de todos.

Ser chamado por Deus para o serviço do altar é um privilégio. É muito mais do que ajudar
o sacerdote a transportar objetos litúrgicos ou executar as funções que lhes são próprias.
Podemos dizer que o coroinha, desde antes até o encerramento da Santa Missa, acompanha,
ajuda e serve o próprio Jesus. Isto por meio de sinais sensíveis, gestos e palavras,
impulsionados por um coração transbordando de amor ao Deus que tanto nos ama e sendo o
Rei dos reis, faz-se Servo. Nós não O vemos com os nossos olhos; mas a fé diz-nos que é
assim.

Cada um deve ir descobrindo sempre mais estas verdades da fé. Se não as descobre,
corre o risco de se cansar de ser um servidor do altar. Mas se as descobre e experimenta, então
vai desejar ser escolhido muitas vezes para servir, e que outros também sirvam, para sentirem a
mesma alegria.

É muito importante que o trabalho como coroinha numa comunidade não poderá limitar-se
ao “ajudar nas Missas”. É importante que se integrem com toda a comunidade; que desenvolvam
realmente um trabalho pastoral, contribuindo para o surgimento de novas lideranças e
incentivando a integração de novos elementos com o grupo. Com o empenho de todos, pode-se
contribuir para promover a união, o amor e a fraternidade. A ajuda mútua caracteriza os
verdadeiros irmãos na fé.

Um bom servidor do altar, sempre que necessário, se coloca a serviço da Igreja e das
coisas de Deus: nas procissões, nas solenidades e em todas as celebrações litúrgicas, sempre
quando se faça necessária a sua presença.
O serviço do altar pode até despertar vocações sacerdotais. É um fato que vocações têm
surgido do grupo de coroinhas, acólitos e cerimoniários.

14. COMO SE VESTIR PARA SERVIR

Em relação às vestimentas que vamos para as missas, lembremo-nos antes de qualquer


coisa que somos filhos de Deus chamados à santidade e, por isso, não deveríamos usar uma
roupa que atentasse contra essa identidade e missão. É preciso então que façamos um exame
de consciência e um propósito. Nós, que nos vestimos com tanto zelo para as festas mundanas,
tantas vezes esquecemos de nos preparar dignamente, com simplicidade e modéstia, para o
banquete do Cordeiro! Quando vamos à Santa Missa, não devemos nos esquecer de servir a
Deus também com o nosso modo de vestir, trazendo nas roupas aquilo que já levamos no íntimo
de nossos corações: o desejo profundo de amá-Lo e entrar em comunhão com Ele.

Por tudo isso, quando formos servir ao altar, além de lembrarmo-nos que somos templos
vivos do Espírito Santo e que devemos nos vestir modestamente, é ideal que mantenhamos uma
vestimenta uniforme, as quais serão discorridas abaixo:

15. ORAÇÃO E VIDA ESPIRITUAL

“Quem reza se salva, quem não reza é condenado. Salvar-se sem rezar é dificilíssimo, até
mesmo impossível... Mas rezando, a salvação é certa e facilíssima. Se não orarmos, não temos
desculpas, porque a graça de rezar é dada a todos... Se não nos salvarmos, a culpa será toda
nossa, porque não teremos rezado” (Santo Afonso Maria de Ligório).

É de extrema importância que os servidores do altar tenham uma vida de oração diária.
Porque a oração é o grande meio para alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que
desejamos. Como escreve São Tiago: “Se alguém necessita de sabedoria, peça a Deus, que a
concede fartamente a todos” (Tg 1,5).

O serviço do altar é um serviço que necessitamos ter disposição, atenção, sabedoria,


dedicação (...). E como conseguimos isto? Suplicando a Deus. Este serviço deve ser por Cristo e
com Cristo, onde devemos a Ele, portador de todas as graças, suplicar as graças necessárias
para melhor executarmos nossas obrigações.

Na oração que O próprio Cristo nos ensinou – o Pai Nosso, há um trecho em que diz “o
pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Por hora, entende-se que este „pão‟ é o alimento material,
mas trata-se da oração, do „pão substancial‟. O alimento qual é tão crucial para a vida espiritual
quanto comer e beber são para o corpo.

A oração é tão necessária às nossas vidas, que devemos suplicar a Deus diariamente
que Ele nos dê a graça de alimentarmos nosso espírito através dela, fazendo com que ela nos
fortaleça e nos ajude a não cairmos em tentação.

Enquanto membros desta pastoral, caso deixemos de reconhecer a necessidade da


oração em nosso cotidiano, acabamos a maioria das vezes perdendo a essência de nosso
serviço e de nosso ser, consequentemente caindo na monotonia do pecado, afastando-nos cada
vez mais de nossa Pátria definitiva.
CONCLUSÃO
Agora que você já sabe o que fazer para ser um coroinha, pratique e vá as missas,
esteja sempre preparado.

Assim você se tornará um excelente coroinha! Lembre que tornar-se um coroinha


depende de você, demostre empenho exercendo suas funções, faça tudo com amor, afinal não
são todos que tem o privilégio de estar tãoperto de Deus como a gente, os coroinhas, acólitos e
cerimoniários.

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