Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
O presente artigo científico, tem como tema “A Fraca Participação da Rapariga no ensino
de ciências”. O número de mulheres nas ciências é pouco representativo, seja na pesquisa
governamental, na indústria ou no meio académico. Na maioria dos países, apenas cerca
de 10% a 12% dos profissionais do campo das ciências, nos últimos 100 anos, são
mulheres. A situação não tem-se alterado significativamente nos últimos anos.
Neste trabalho, enfatiza-se que a percentagem de mulheres no campo de ciências é
pequena desde a admissão na universidade. E este nível baixo de participação se mantém
durante todo o ciclo de estudos, assim como durante o exercício profissional. Não há
incentivo específico para as mulheres estudarem ou trabalharem em ciências (física,
matemática, química, biologia, educação visual ou desenho). Ao longo de sua formação e
de sua carreira profissional, a maior parte das mulheres recebem pouco apoio da
sociedade e dependem extensivamente de seu empenho pessoal.
A pesquisa é composta por seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão, e
o artigo para ser um trabalho consumado, abre um espaço da sua abordagem.
Objectivos
Segundo PILETTI (2004: 80), objectivos “consistem em uma descrição clara dos
resultados que desejamos alcançar com nossa actividade”.
Os objectivos da actividade científica, como os de toda actividade humana, constituem a
representação imaginária, uma meditação dos resultados possíveis a serem logrados
mediante a realização de tarefas concretas.
Eis os objectivos da pesquisa.
Compreender os factores que influenciam na fraca participação da mulher no
ensino de ciências.
Descobrir a pré – motivação proporcionada às mulheres na sociedade;
Identificar a conduta passada e actual do factor cultural sobre a posição da mulher
no lar;
Levantar o número de mulheres que estão no lar, mas frequentando a vida escolar.
Pertinência da Pesquisa
As razões que me levaram a realizar ou elaborar este trabalho, é o facto de que o ensino
de ciências, sempre contou com uma proporção comparativamente baixa de estudantes e
pesquisadores do sexo feminino.
Hipóteses ou Pressupostos
Hipótese é uma proposição antecipada à comprovação de uma realidade existencial. É
uma espécie de pressuposição que antecede a constatação dos factos. Por isso se diz que
as hipóteses de trabalho são formulações provisórias do que se procura conhecer e, em
consequência, são respostas para o problema ou assunto da pesquisa.(TRUJILLO,
1974:132 apud LAKATOS e MARCONI, 2009:137).
Tipos de Pesquisa
Para a pesquisa, seleccionou-se a pesquisa qualitativa do tipo descritiva.
Segundo GIL (2002: 90), a pesquisa qualitativa, é caracterizada como sendo uma tentativa
de compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas
pelos entrevistados em lugar de produção de medidas qualitativas ou características
comportamentais.
A escolha da pesquisa qualitativa deveu-se ao facto de esta puder proporcionar uma visão
objectiva dos aspectos implicados à participação da mulher no ensino de ciências.
Resumo Teórico
Cientistas mulheres existem e sempre existiram, mas o reconhecimento de seu trabalho
representados em prémios, melhores postos e salários, deixam a desejar. Trazemos a
marca de séculos de predomínio masculino, de desempenho de coadjuvantes nos
trabalhos de laboratórios, de escolas e de tantos outros locais de actividade científica.
Maria, a Judia (aprox. 273 a.C.) – alquimista que vivia no Egipto e inventou o
processo de banho-maria.
As pesquisadoras que viviam por trás dos homens por causa dos preconceitos
enfrentados como:
Anne-Marie Lavoisier (1758-1836)– casada com Antoine Lavoisier. Ela traduzia
os trabalhos do marido do inglês para o francês, acompanhava as experiências,
fazia anotações e ilustrou inúmeras publicações.
Mileva Maric (1875-1948) –A primeira mulher de Einstein, resolvia os problemas
matemáticos para o marido. Alguns cientistas a consideram co-autora da teoria da
relatividade.
De acordo com física Márcia Cristina Bernardes Barbosa, da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRS), organizadora do primeiro Congresso Mulheres Latino-americanas
nas Ciências Exactas e da Vida, realizado em 2004 no Rio de Janeiro, a vida da cientista
actual é marcada por preconceito e falta de apoio, pouca perspectiva no mercado; dupla
jornada de trabalho e imagem feminina de fragilidade. (BARATA, 2005).
É necessário criar acções afirmativas como ter um percentual de mulheres nos comités
que julgam projectos. Ela disse: “Eu gostaria que todos os processos de julgar as pessoas
não tivessem nome e sobrenome, que não fossem focados na pessoa e nem baseados no
perfil masculino” (BARATA, 2005).
De todas as ciências, a física é uma área na qual o aumento do número de mulheres tem
sido particularmente lento. Muitas jovens com grande potencial intelectual não têm a
oportunidade de estudar física ou de se preparar para uma carreira nessa área. Outras são
deliberadamente desencorajadas. (WENETZ, Ileana; STIGGER, Marco Paulo. 2006).
A situação, contudo, é ainda mais grave. Muitas das mulheres que iniciam o curso de
ciências, acabam por desistir. Uma proporção maior de mulheres que de homens
abandona a física, matemática, química, biologia e educação visual ou desenho em cada
estágio da carreira.
Nos últimos anos, a questão da sub-representação das mulheres nas ciências, tem sido
objecto de uma ampla discussão, em todo o mundo. A natureza e magnitude do problema
variam entre os países. No entanto, é marcantemente recorrente ao facto que a
percentagem de mulheres na física, em quase todos os países, decresce a cada etapa da
carreira académica e em cada nível de promoção no exercício profissional.
Considerações Finais
O presente artigo preconiza de várias observações, o autor da pesquisa e a sociedade em
geral, tendo colhido conhecimento sobre a fraca participação da mulher no ensino de
ciências, chega-se a uma conclusão segundo a qual, esse factor acrescenta-se no facto de
o período da maternidade coincidir com o período de independência como cientista. Na
maior parte dos países, a idade em que a mulher tem que conseguir um emprego e firmar-
se como cientista é a mesma idade em que se preocupa em ter os seus filhos.
Nesse sentido, na opinião do pesquisador, para que mais mulheres optem por uma
carreira em física, matemática, química, biologia, desenho ou educação visual, é preciso
estarmos atentos desde o início de sua trajectória de estudo. Durante a pesquisa,
percebeu-se que as mulheres se sentem mais inspiradas a explorar a matemática, as
ciências, a engenharia e a tecnologia quando compreendem como esses campos podem
ser aplicados para tornar o mundo melhor.
Mas, para tanto, é necessário mais que uma ideologia amorfa. São necessários modelos,
exemplos concretos, actividades práticas, professores apaixonados e apoio entusiástico. E
preciso mais professoras mulheres, a servir como modelo para encorajar um número maior
de jovens mulheres a escolher as ciências (física, matemática, química, biologia, desenho
ou educação visual) como carreira profissional.
Com um pouco de perseverança, as mulheres deixarão de ver a física, matemática,
química, biologia, desenho ou educação visual como uma "área masculina", e passarão a
considerá-las como uma plataforma concreta sobre a qual construir seu futuro. Acredita-
se, de fato, que as mulheres, enquanto grupo, não necessitam de tratamento especial,
senão de oportunidades iguais.
Bibliografia
BARATA, Germana. Mulheres são maioria na educação, mas não chegam ao topo na
carreira profissional. Cienc. Cult., São Paulo, v. 57, n. 3, set. 2005.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa, 2ª ed. São Paulo editora,
1999.
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa, 4ª ed. São Paulo, atlas, 2002.
GUERRA, Graziella; ROSSI, Joice Cristina; PILEGGI, Mônica. Ciência, substantivo
feminino. São Paulo: CLA, 2006.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho
Científico: Procedimentos Básicos, Pesquisa Bibliográfica, Projecto e Relatório,
Publicação e Trabalhos Científicos, 4ª Revista e Ampliada, São Paulo, Atlas, 1992.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Panejamento e Execução
de Pesquisas: Amostragens e Técnicas de Pesquisas, Elaboração, Análise e
Interpretação de Dados, 5ª ed. São Paulo: Atlas 2002.
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral, Editora Ática, 23ª ed. São Paulo, 2004.
Cell: 824951500