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Sistemas de Abastecimento

de Água
Introdução
Quem?
Ana Clara L. Franco
Mestrado: Calibração do Modelo SWAT com Evapotranspiração
Proveniente de Sensoriamento Remoto e Vazão Observada (2017)
SAA
Tópicos: • Estações Elevatórias
• Histórico • Reservatórios
• Revisão hidráulica • Rede de Distribuição
• Concepção de SAA • Perdas
• Consumo de água • Ancoragem
• Mananciais • Transientes Hidráulicos (golpe de
• Captação aríete)
• Adução
Cronograma Preliminar
Quarta Sexta
10:10-11:50ENS 215 10:10-11:50ENS 213
Semana Data Conteúdo Data Conteúdo
1 13-Mar Apresentação da matéria e Introdução 15-Mar Revisão hidráulica
2 20-Mar Concepção 22-Mar Consumo de água; Estudo populacional

3 27-Mar Consumo de água; Estudo populacional 29-Mar Captação Superficial e Subterrânea


4 03-Apr Captação Superficial e Subterrânea 05-Apr Reservação
5 10-Apr Reservação 12-Apr Adução
6 17-Apr Adução 19-Apr FERIADO - Sexta-feira santa
7 24-Apr Adução 26-Apr Estações Elevatórias
8 01-May FERIADO - Dia do Trabalhador 03-May Estações Elevatórias
PROVA 1: Consumo, Mananciais,
9 08-May Estações Elevatórias 10-May
Captação, Reservação, Adução.
10 15-May Redes de Distribuição: Ramificada 17-May Redes de Distribuição: Ramificada
11 22-May Redes de Distribuição: Ramificada 24-May Redes de Distribuição: Malhada
12 29-May Redes de Distribuição: Malhada 31-May Redes de Distribuição: Malhada
13 05-Jun EPANET 07-Jun EPANET
14 12-Jun Perdas 14-Jun Ancoragem
15 19-Jun Ancoragem;Transientes 21-Jun FERIADO
16 26-Jun Transientes; Entrega Projeto Rede 28-Jun Transientes
PROVA 2: Estações Elevatórias,
17 03-Jul 05-Jul Redes, Ancoragem, Perdas,
Transientes.
18 10-Jul 12-Jul Recuperação

*o cronograma pode ser alterado em função das necessidades acadêmicas


Avaliação
A avaliação será constituída de 2 PROVAS e 2 PROJETOS, e a nota final será a média
aritmética das provas e trabalhos:

NF=(P1+P2+Trabalho 1+Trabalho 2)/4

Mínimo de 75% de presença nas aulas!


Trabalhos: grupos de 3 alunos.
1)Estudo populacional;
2)Rede de distribuição.

A média para aprovação é 6,0. O aluno que não atingir a média e apresentar frequência
superior a 75%, poderá fazer a prova de recuperação conforme determina a legislação
interna da UFSC.
Bibliografia
• TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água.
4ª Ed. São Paulo: Departamento de
Engenharia Hidráulica e Sanitária da
Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, 2006;
• HELLER, L.; PADUA, V. L. (organizadores).
Abastecimento de água para consumo
humano. Volumes 1 e 2, 2ª ed. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2010. ISBN
9788570418456;
• PORTO, R.M. Hidráulica Básica. Ed.
EDUSP. São Carlos/SP. 2001.
• AZEVEDO NETTO, José Martiniano;
FERNANDEZ, Miguel Fernandez y;
ARAÚJO, Roberto de & ITO, Acácio Eiji.
Manual de Hidráulica. São Paulo:
Edgard Blucher, 8º ed. 1998.
Normas NBR - SAA
• NBR9650 (NB 1038) Verificação da estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de agua
• NBR12211 (NB 587) Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água -
Procedimento
• NBR12212 (NB 588) Projeto de poço tubular para captação de água subterrânea — Procedimento
• NBR12213 (NB 589) Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público -
Procedimento
• NBR12214 (NB 590) Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público -
Procedimento
• NBR12215 (NB 591) Projeto de adutora de água para abastecimento público
• NBR12216 (NB 592) Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público –
Procedimento
• NBR12217 (NB 593) Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público –
Procedimento
• NBR12218 (NB 594) Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público —
Procedimento
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Outras legislações aplicáveis
CONAMA 357 (430) Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

CONAMA 369 Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que
possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente - APP. (Utilidade pública: ... as
atividades de proteção sanitária; as obras essenciais de infra-estrutura destinadas aos serviços públicos de saneamento;
obras públicas para implantação de instalações necessárias à captação e condução de água)

CONAMA 396 Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras
providências.

Portaria de Consolidação 05/2017 (Portaria MS 2914/2011) Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Lei 11.445 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.


FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
a)Fomento a soluções de saneamento para prevenção e controle de doenças.

b)Formulação de planos e programas de saneamento e engenharia voltados


para a prevenção e o controle de doenças, em consonância com as políticas
públicas de saúde e saneamento.

c)Cooperação técnica e Apoio à Gestão a Estados e Municípios.

d)Implantação de ações e serviços de saneamento (Abastecimento de Água,


Esgotamento Sanitário, Melhorias Sanitárias Domiciliares, Resíduos Sólidos, Apoio
a Catadores) em:
- municípios acima de 50 mil habitantes;
- áreas rurais e comunidades tradicionais de todos os municípios.
SAA
Equipamento urbano, segundo a norma brasileira NBR 9284, é um termo que
designa todos os bens públicos ou privados, de utilidade pública, destinados à
prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados
mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados. Segundo a
Lei Federal 6.766/79, consideram-se, urbanos, os equipamentos públicos de
abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coleta de águas
pluviais, rede telefônica e gás canalizado.
História
• Índia – 2.000 a.C.: “a água impura deve ser purificada, pela fervura sobre um fogo, pelo
aquecimento no sol, mergulhando um ferro em brasa dentro dela, ou pode ainda ser purificada
por filtração em areia ou cascalho, e então resfriada.”
• Povo Inca – “Cerimônia da Saúde” no início da estação chuvosa. Sistemas de esgotamento
sanitário, drenagem pluvial, reservatórios, condutos perfurados em rochas.
História
• 1.700-1.450 a.C. Knossos (ilha de Creta) sistema de transporte de
água com condutos circulares pressurizados.
• Anatólia (Turquia) 2.000-200 a.C. SAA – tubulações, canais, sifões
invertidos, aquedutos, reservatórios, cisternas e barragens
• Ephesus 4 a 14 d.C. SAA – barragem, adutora de 6 km (linha grande + 2
menores) de material cerâmico
• Romanos: tubos de chumbo ou cerâmicos, embora soubessem dos
perigos do Pb.
Qanats – Pérsia (Irã)

https://youtu.be/5OPJ8r3x_hY
Qanats – Pérsia (Irã)

https://youtu.be/5OPJ8r3x_hY
Puquios – Peru – Nazca
Puquios – Peru – Nazca

https://youtu.be/asjGQYMex2c
https://youtu.be/e6W-SzLaIrI

Amunas – Peru – Civilização Wari (pré inca)

Um sistema de canais de pedra, cujo funcionamento era relativamente simples mas muito eficaz: no período de cheia, parte da
água dos rios Rimac, Chillon e Lurin era desviada do alto das montanhas para regiões onde pudesse se infiltrar entre as pedras.
Aqueduto de Segóvia
Durante 2.000 anos forneceu água à Segóvia, inclusive
ao Alcazar, que fica na parte mais alta da cidade.
Altura: 28 m
Comprimento total: 16 km
• Aqueduto de Segóvia Construção: sec I-II d.C.

• Fontes de Tívoli
Saturnino de Brito

No final do século XIX e início do século XX as principais


cidades brasileiras operavam saneamento através de empresas
inglesas. Neste período, Francisco Rodrigues Saturnino de Brito
(1864-1929) foi o engenheiro sanitarista brasileiro, que
realizou alguns dos mais importantes estudos de saneamento
básico e urbanismo em várias cidades do país, sendo considerado
o "Patrono da Engenharia Sanitária e Ambiental no Brasil".
Escreveu diversas obras técnicas de saneamento que foram
adotadas na França, Inglaterra e Estados Unidos. Foi fundador do
Escritório Saturnino de Brito (ESB) - que funcionou até 1978
quando da morte de seu filho e continuador da sua obra Francisco
Rodrigues Saturnino de Brito Filho. O ESB foi considerado uma
verdadeira escola de engenharia hidráulica e de engenharia
sanitária no Brasil, tendo elaborado os projetos de abastecimento
de água e de serviços de esgotos sanitários de cidades de Santa
Catarina.

https://cosmopista.com/2015/02/11/a-historia-das-ruas-contra-os-rios/
Em SC...
• Inicio do sec. XIX – praticamente não existiam obras de saneamento – carros pipa,
depósito de lixo em rios e mares, ...
• 1890 – primeiro SAA de SC – Joinville, córrego da Boa Vista
• 1909 – inicio das obras de saneamento em Florianópolis e outras cidades
(Imbituba, Lages, Tubarão, Itajaí e Blumenau)
• Escritório Saturnino de Brito - ESB:
• projetou o SAA de Lages, implantado em 1941;
• SAA de Florianópolis – Manancial dos Pilões – 1947;
• SAA de Tubarão – 1949;
• Itajaí – 1949.
• 1962 – DAES – Departamento Autônomo de Engenharia Sanitária (11 SAA e 2 SCE)
• 1971 – PLANASA e CASAN
Em SC...
Cacimba da Santa Cruz e Tanque
• Serviu de fonte abastecedora de água potável para consumo dos tropeiros e viajantes que ali acampavam e
para toda a população da Vila de Lages. Com a canalização de água nas residências, a cacimba foi desativada
em 1968, e com o decorrer do tempo ficou soterrada, mas em 1973 foi desaterrada e em 1976 restaurada.
• Correia Pinto, fundador da cidade, por volta de 1771, teria mandado construir um tanque aproveitando
quatro ou cinco fontes naturais que ali existiam para que as mulheres pudessem lavar suas roupas sem
serem molestadas por índios e animais selvagens.
Em SC...
Aqueduto São Miguel
Balneário São Miguel, Biguaçu – km 197 da BR-101 – sentido Sul
Era utilizado para canalizar a água da Cachoeira de São Miguel com a
finalidade de abastecer com água potável os moradores da região,
mover os engenhos ali existentes e, ainda, os navios estrangeiros que
aportavam na Baía de Anhatomirim, rumo ao sul.
Edificado pelas mãos dos escravos, no século XIX, o Aqueduto precisou
ser praticamente quase todo desmanchado para dar lugar à rodovia
BR-101, na década de 60. Com a obra, restaram somente quatro arcos
que caracterizam sua antiga função. Foi tombado pelo serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 14 de novembro de 1969,
e compõe o Conjunto luso-açoriano, junto com a Igreja de São Miguel e
a Casa dos Açores (Museu Etnográfico).
Em SC...
Laguna
Aqueduto em Candelária – RS

João Kochenborger, um dos primeiros imigrantes alemães a chegar ao município, ordenou a construção.
Mede 304 metros de comprimento e possui 79 arcos. Tem 3 metros de altura e 97 cm de espessura, com exceção da base
sobre a qual está assentado, que é bem mais larga. Estima-se que a edificação teria sido feita entre os anos de 1868 e 1870.
Sobre o dorso do Aqueduto, fluía a água captada no Arroio Molha Grande, que acionava duas rodas d’água, gerando força
motriz para mover um engenho de serra, um moinho de milho e trigo, pilões para o cancheamento de erva-mate e um
pequeno descascador de arroz, estando tudo desativado há muitas décadas.
Florianópolis
3 fontes para abastecimento: "a fonte de Ramos (atual Largo Fagundes), a do
largo da Palhoça (atual Rua Vidal Ramos) e a do Campo do Manejo (atual
Largo General Osório)".
1910 - inaugurada a 1ª adutora de Florianópolis (L=6.050 m D=300 mm), com
captação no morro da Lagoa da Conceição, no manancial Cachoeira do
Assopra e captação no Itacorubi, no manancial Córrego Ana D'Ávila.
Florianópolis
Também foi inaugurado o 1º reservatório de água da capital, no Morro da
Caixa d'Água, que até então se chamava Morro do Antão, com capacidade de
3.000 m³.
SAA
Saúde
Quantidade
Abastecimento de +
e
Água Desenvolvimento
Qualidade
Industrial
Crescimento e elevados investimentos - últimas décadas do século 20
PLANASA – Plano Nacional do Saneamento (1970 e 1980)
BR atingiu 90% (população) de cobertura

SANEAMENTO  SAÚDE
SAA Hoje
• Deterioração dos sistemas antigos: Tubulações antigas,
rompimentos, vazamentos,...
• Perdas de faturamento e contaminações
• Crescimento desordenado de áreas que carecem de
abastecimento

Reabilitação de redes antigas + construção e ampliação dos sistemas


Grandes centros – linhas independentes de água de reuso industrial
ou para irrigação e limpeza de áreas urbanas.
Florianópolis
3 principais sistemas (CASAN):
• Sistema Integrado da Grande Florianópolis
(Cubatão/Piloes) – Cubatão (Águas Mornas) e Vargem
do Braço (Sto Amaro da Imp.) aprox. 700.000 hab.
• Sistema Costa Norte – Sistema Aquífero Sedimentar
Freático Ingleses. 22 poços.
• Sistema Costa Leste Sul – Lagoa do Peri. Captação
através de barragem de elevação de nível.

Estação de Tratamento de Água José Pedro Horstmann - Palhoça


Florianópolis
Santo Amaro da Imperatriz
Eliminação dos trechos aéreos da adutora de pilões (D = 800 mm), agora assentada sob a estrada.
-Serra do Tabuleiro - vulnerável aos constantes deslizamentos de terra
“ Somente neste desvio da adutora a CASAN investiu R$ 1 milhão, eliminando quase todos os trechos aéreos
da rede. Foram ainda implantados ao longo da tubulação 10 blocos de concreto para ancoragem. (julho/2017)”

interligação da Adutora 1.200 mm que traz água dos rios Pilões e


Cubatão à Ilha de Santa Catarina. Considerada a principal obra da
Operação Verão 2018 da CASAN, a Adutora 1.200 mm recebeu
investimentos que somam R$ 24,6 milhões. (Janeiro/2018)

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