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Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Matheus Henrique David Silva


Mirian Verônica Pereira do Nascimento

FICHAMENTO

Parnaíba- PI
Fevereiro/2023
SOARES, André Luiz Vieira. Governança em Destinos Turísticos Inteligentes:
Uma Análise do Conceito Smart Governance. Perspectivas da Gestão em Turismo e
Hotelaria, João Pessoa: EDITORA DO CCTA/UFPB, 2019.

“A tecnologia tem transformado diversas áreas do conhecimento, acarretando dessa


forma modificações que alteram diferentes camadas na vida das pessoas. Além dos avanços
encontrados na medicina e em toda a área da saúde, nos desdobramentos ocorridos nos
modais de transportes e na maneira de comunicar-se, a tecnologia possibilita através do
Gerenciamento da Informação (GI) o processo de transformar dados em conhecimento ``. (p.
99).

“Nesse contexto, o conceito de Smart Cities ou Cidades Inteligentes, surge como uma
nova dimensão da gestão pública para atuar enfrentando esses desafios, é a chamada Smart
Governance (Governança Inteligente)”. (p. 100)

“O artigo tem como principal objetivo averiguar como essa nova governança vem
sendo abordada na produção científica sobre Destinos Turísticos Inteligentes, buscando os
aspectos subjetivos do seu papel na construção das destinações que buscam melhorar seus
resultados por meio da tecnologia e suas ferramentas ao mesmo tempo em que isso resulta
numa melhora na vida dos seus residentes”. (p. 101).

“Smart Cities ou Cidades Inteligentes fazem parte de um movimento crescente entre


várias partes do globo, onde diversos governos, nos setores público e privado estão
incorporando o termo “Smart” ou “Inteligente” na criação de políticas e estratégias
inovadoras para alcançar um desenvolvimento sustentável e melhorar os indicadores
econômicos e sociais”. (p. 102).

“Assim, esse modelo se relaciona com gestores, mas acaba oportunizando


transformações na vida das pessoas que vivem nessas localidades, bem como os profissionais
que atuam na atividade turística os quais terão que moldar seus atrativos, sejam produtos ou
serviços, conduzidos de acordo com essa realidade inovadora. O profissional precisa observar,
aprender e se adaptar ao consumidor do turismo dentro desse contexto em que a tecnologia
ajuda a produzir uma maneira diferenciada, inovadora e mais produtiva da atividade turística,
trazendo benefícios para todos os atores envolvidos nesse mercado ``. (p. 103).
“Além do viés tecnológico a atividade turística deve absorver aspectos da boa
governança, posta por Graham, Plumptre e Amos (2003) como uma forma de gestão que não
se baseia apenas em seu poder, mas na maneira em que ela é realizada. Com isso, a gestão dos
destinos deve se basear em cinco princípios da boa governança onde esses se relacionam com
a legitimidade e participação, direção, equidade, responsabilidade e desempenho. A reunião
desses elementos torna a governança mais efetiva, desenvolvendo um papel que altera não só
fatores econômicos e mercadológicos do local, mas promove um fortalecimento no social e
nos direitos humanos dos cidadãos. A promoção desses aspectos altera o modelo tradicional
da governança, tornando-a mais inteligente, uma vez que essas práticas somadas aos
processos derivados da tecnologia potencializam a evolução das cidades ``. (p. 106).

“A Governança Inteligente é primordial dentro do panorama das cidades inteligentes


ao averiguar a implementação de forma positiva de estratégias inteligentes (MEIJER;
BOLÍVAR, 2016). Com os desdobramentos resultantes do crescimento no número de pessoas
em espaços urbanos, a gestão pública precisa encontrar saídas para os problemas originados
com essa concentração. Os desafios são resultado da pressão por um atendimento mais efetivo
às necessidades da população, fazendo-se necessárias novas abordagens e planejamentos por
parte do poder público, com projetos, financiamentos e ações (HARRISON; DONNELLY,
2011; RASOOLI MANESH et al., 2011)``. (p. 107).

“Em viagens e no campo do turismo, os sistemas inteligentes são formados por


tecnologias de ponta com a finalidade de prestar serviços de excelência aos consumidores e
aos profissionais que atuam na área, com um fluxo elevado de informações que ajudam nas
tomadas de decisões, facilitam a mobilidade e tornam a experiência do turista mais agradável.
A tecnologia em um destino turístico pode ajudar tanto para o planejamento, quanto para o
desenvolvimento de uma viagem, seja por informações acerca do destino ou uso de
aplicativos em smartphones (SOARES; MENDES-FILHO; CACHO, 2017) ``. (p. 108).

“Nam e Pardo" (2011) enfatizam a importância de uma força de trabalho do


conhecimento, espaços colaborativos, inovação e capital social para o desenvolvimento de um
destino inteligente, o Smart Destination. Também Lombardi et al. (2012) chamam atenção
para o papel do capital humano e social, da inovação e das relações e interconexões que
podem ser apoiadas por um modelo de hélice tripla nessa construção do espaço”. (P. 108).
“O Destino Turístico Inteligente é definido por Gretzel et al. (2015) como um local
inovador, equipado com uma tecnologia de ponta capaz de prover o desenvolvimento
sustentável das regiões turísticas, facilitadora da integração e interação entre turistas e o meio
ambiente, melhorando a qualidade na experiência do visitante e da vida do cidadão”. (p. 109).

“Dito isso, as Tecnologias de Informação e Comunicação, ou TICs, são um


componente primordial para a mudança na indústria do turismo tendo em vista que essa
atividade está diretamente relacionada com o local em que ela acontece, aproximando a ideia
de destino inteligente. Por outro lado, essa conceituação de Smart Tourism Destinations, os
DTIs, está intrinsecamente ligada com a definição de Smart City, mas dessa vez com o foco
maior no desenvolvimento do turismo (SEGITTUR, 2015) ``. (p. 109).

“O turismo como um fenômeno urbano precisa então estar incluído nas políticas públicas, de
modo que o seu planejamento envolve não só a experiência do turista, mas o impacto que a
atividade pode trazer para a localidade. O fator econômico, apesar de muitas vezes decisivo
nas tomadas de decisões, precisa ser repensado e posto em igualdade com o retorno que trará
para os autóctones. A governança no turismo precisa ser estabelecida para que quem visitasse
não fosse o único beneficiado com o processo de viagem, mas essa experiência precisa ser
positiva para aqueles que recebem o tal turista ``. (p. 123).

Palavras-chave: Smart Cities, Smart Governance, Smart Destinations.

Considerações da dupla

Através da leitura do artigo foi possível ser analisado, pela dupla, o conceito de
cidades inteligentes e governança, levando em conta seus aspectos passíveis de serem
agregados em uma perspectivas turística e a possibilidade do vislumbre da mesma em uma
realidade local, isto é, no litoral piauiense, bem como no destino rota das emoções, que
compreende atrativos no Maranhão, Piauí, Ceará, tendo como motor potencializador ou
causador dessa adaptação a tecnologia, o uso de gerenciamento da informação, transformação
de dados, agregando assim o planejamento, sendo ele público e privado, pois embora o artigo
contempla mais amplamente a gestão pública, percebe-se que muito da autonomia do turismo
no contexto mais local se dá pelo trade de empresas de pequeno e médio porte
O que se percebe com o avanço da tecnologia e alta de demanda para espaços cada vez
mais populosos é a busca, através da tecnologia, de ambientes mais sustentáveis, não apenas
do ponto de vista ambiental, mas também de uma melhor qualidade de vida enquanto
sociedade . organização, mobilidade são, portanto, aspectos a serem levadas em conta, pois ao
passo que as populações crescem a demanda de espaço, recursos e equipamentos para dar
suporte a esse crescimento é requisitado e carece de aumento também, não só em proporção
ou quantidade, mas de forma planejada, com vista a atender de forma efetiva as populações
que necessitam dessa estrutura. Cidades inteligentes e governança representam portanto uma
adaptabilidade total importância para o futuro e para o agora, pois diz respeito aos recursos
necessários para atender as necessidades de uma sociedade cada vez mais diversificada e
espaços cada vez mais carentes de adaptação.

Trazendo para o âmbito do turismo, o conceito de cidades inteligentes ocorre de forma


natural, pois compreende a interligação que ocorre em um mundo cada vez mais globalizado,
onde as informações detém um grande valor, ao passo que a alienação aos principais meios de
informação e aparatos tecnológicos acarretam em significativa perda de competitividade, o
uso da tecnologia nos atrativos, nas redes sociais em aplicativos e etc tornam a boa
experiência uma enorme potencializadora de divulgação de boas experiências, ao passo que a
vinculação rápida de informação negativa acarreta peso muito grande também, investir em
uma cidade inteligente é portanto, ter projeções boas na internet e meios de vinculação mas é ,
também, perceber a necessidade local, bem como as fragilidades estruturais, criando
possibilidades de o local seja um confortável receptivo, mas porque antes é um bom lugar
para os residentes.

Uma cidade é considerada inteligente quando há impulsionadores de


crescimento econômico sustentável, elevada qualidade de vida e gestão consciente
dos recursos naturais, por meio de uma governança participativa e
democrática.Além disso, outros aspectos que devem ser levados em conta na
classificação de cidades como inteligentes, como a mobilidade urbana, o
compromisso com os assuntos ambientais e com as questões sociais. (EOS,2023)

Dessas maneira, a apropriação desses conceitos, por parte de órgãos de planejamento,


é primordial, de forma a potencializar e agregar valor a localidade, garantindo também uma
boa governança, pois uma população bem atendida se torna uma melhor anfitriã, garantindo
uma boa experiência ao visitante e sendo um importante mantenedor no espaço, conhecendo o
valor do mesmo. Como é colocado pelo autor tratar sobre governança vai para além do
aspecto apenas econômico, traz consigo responsabilidade social para com a população, que
pode ser incorporado não em apenas medidas paliativas, mas em planos de longo prazo em
uma localidade.

Referencial bibliográfico

CIDADES INTELIGENTES: saiba o que e quais suas características. eos


condutores.,2023Acessoem:https://www.eosconsultores.com.br/cidades-inteligentes/ 27,
fev.2023

SOARES, André Luiz Vieira. Governança em Destinos Turísticos Inteligentes:


Uma Análise do Conceito Smart Governance. Perspectivas da Gestão em Turismo e
Hotelaria, João Pessoa: EDITORA DO CCTA/UFPB, 2019.

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