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De acordo com o Edital 46/2023 PPGDC a 2ª Etapa até 29/01/2024: Capítulo revisado com

até 20 páginas. Introdução, Desenvolvimento (referencial teórico, metodologia e


Resultados), Conclusão e Referências. Utilizar a fonte Arial 11,
espaçamento 1,5, margens 2,5 cm, ABNT 2023, arquivo word.
- Correção ortográfica.

CAPITAL INTELECTUAL E CIDADES SUSTENTÁVEIS: ANÁLISE DO PRÊMIO CIDADE


EXCELÊNCIA SOB A PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO
PORTE DO PARANÁ

Paula Regina Zarelli (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) przarelli@utfpr.edu.br


Kamyla Taysa Teske (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
kamyllateske@hotmail.com
Geysler Rogis Flor Bertolini (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
geysler_rogis@yahoo.com.br

Introdução
Para os governos, uma das tarefas mais importantes é proporcionar condições
adequadas para o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida dos seus
cidadãos (Labra; Sánchez, 2013), elementos estes que se enquadram no tripé do
desenvolvimento sustentável ou triple bottom line - econômico, social, ambiental (Elkington,
1998) e no conceito atual denominado ESG – environmental, social and Governance
(Ludlow, 2018). Neste cenário, evidenciam-se os recursos intangíveis como principal fonte
de riqueza, prosperidade, crescimento socioeconômico e competências essenciais (Labra;
Sánchez, 2013; Edvinsson; Kivikas, 2004).
O capital intelectual (CI) pode ser definido como capital humano combinado com o
capital estrutural estratégico que obtém múltiplos efeitos para ganhos futuros de
capacidades. Para o indivíduo, organização ou região, o capital intelectual é necessário para
alavancar múltiplos efeitos estratégicos (Bounfour; Edvinsson, 2005). Assim, observa-se o
capital intelectual como conjunto de ativos (recursos) intangíveis de uma organização ou
nação (Bueno et al., 2004).
Em Bounfour e Edvinsson (2005), modelar intangíveis e relatórios trata-se de uma
questão socioeconômica que não pode ser considerada como um exercício secundário ou
neutro. Para os autores, estudos empíricos mostram uma forte relação entre ativos
intangíveis e desenvolvimento econômico nacional. Além disso, os intangíveis afetam
positivamente a produtividade do trabalho e proporcionam lucros futuros aos países e suas
organizações (Malhotra, 2003; Bontis, 2004; Labra; Sánchez, 2013).
Entretanto, apesar dos modelos e relatórios de divulgação do capital intelectual de
organizações e países, o link entre ESG e resultado financeiro ainda não está bem
estabelecido, porque a literatura está repleta de resultados contraditórios e paradoxos. No
entanto, a União Europeia – UE está em processo de desenvolvimento de uma taxonomia
padronizada para medidas de finanças corporativas sustentáveis, com maior rigorosidade no
direcionamento de relatórios não financeiros, que possuem influência significativa nos
principais indicadores de desempenho (Khan, 2022). Na visão do autor, este campo tem
atraído a atenção de pesquisadores para teorizar as consequências das divulgações de
ESG.
Nesta linha, uma das formas de operacionalização do ESG alinhado com as políticas
públicas e os relatórios de divulgação - disclosures, tem sido observada nas iniciativas de
cidades sustentáveis. Diversos relatórios têm sido criados como forma de desenvolver
estratégias e ações para alcançar o desenvolvimento sustentável nas cidades, assim como
a utilização de indicadores de sustentabilidade urbana, a fim de garantir a eficiência nas
medidas tomadas para construir um ambiente sustentável (Stefani et al., 2023).
De igual forma, várias iniciativas foram desenvolvidas como forma de mensuração do
capital intelectual das comunidades e países (Bounfour; Edvinsson, 2005). Existem diversos
modelos para medir os intangíveis a nível regional e nacional, cujos resultados tendem a
convergir. Além disso, está sendo dada maior atenção aos estudos comparativos,
especialmente aqueles com modelos que reportam índices compostos (Labra; Sánchez,
2013). Desta forma, surgem lacunas de pesquisa como: Qual a contribuição do capital
intelectual nos relatórios de cidades sustentáveis? Assim, o presente capítulo objetiva
analisar a contribuição do capital intelectual em relação aos indicadores de sustentabilidade
do Prêmio Cidade Excelência sob a perspectiva da população.
Como exemplo de relatórios e rankings de cidades sustentáveis no contexto brasileiro,
cita-se o Programa Cidades Sustentáveis e o Prêmio Cidades Excelência. No Estado do
Paraná, um município de médio porte foi contemplado como a 2ª melhor cidade para se
viver, como resultado no Prêmio Cidades Excelência. Tendo em vista este resultado, este
capítulo visa analisar, sob o ponto de vista da população, se os indicadores de
sustentabilidade são perceptíveis para os moradores e a contribuição do capital intelectual,
como recursos intangíveis, nesse resultado.
A relevância da pesquisa justifica-se pela análise de relatórios de divulgação não
financeiras pelas cidades, bem como pela convergência dos temas ativos intangíveis,
cidades sustentáveis e desenvolvimento sustentável, tanto no âmbito acadêmico, quanto
nas esferas pública e empresarial, sobretudo a partir das percepções da população, que
prescinde de melhor qualidade de vida, expressa tanto em questões econômico-financeiras,
quanto nos demais elementos ambientais e sociais.
Capital intelectual e cidades sustentáveis
Há um consenso na literatura acadêmica quanto ao capital intelectual como conjunto de
ativos intangíveis de uma organização ou país, composto geralmente pelas dimensões
capital humano, capital estrutural e capital relacional (Edvinsson, 1992; Brooking, 1996;
Sveiby, 1997; Bontis, 2004; Bueno et al., 2004).
O capital humano, em um nível individual, é constituído pela combinação de fatores
como herança genética, educação, experiência e atitudes sobre a vida e negócios. Esse tipo
de recurso pode incorporar ativos intangíveis como configurações específicas de
competências complementares e conhecimento tácito, meticulosamente acumulado, do que
o cliente ou usuário quer e de processos internos (Bontis, 2004).
Por capital estrutural entende-se o conjunto de valores culturais compartilhados, bases
de dados, procedimentos, protocolos, rotinas ou pautas organizacionais, esforços e
desenvolvimentos tecnológicos que constituem o saber e o saber fazer de caráter coletivo e
que permanecem na empresa, instituição ou nação, independente das pessoas a deixarem
(Bueno et al., 2004). Entende-se que o capital organizacional, o capital tecnológico e o
capital de inovação estão interligados ao capital estrutural (Kaplan; Norton, 2004; Edvinsson;
Malone, 1997).
Subramaniam e Youndt (2005) acrescentam o capital social como componente do
capital intelectual. De acordo com esses autores, trata-se de um conhecimento embutido,
disponível e utilizado por interações entre indivíduos e sua rede de interrelações.
O capital relacional é representado pelo valor dos conhecimentos que se incorporam às
pessoas e à organização pelas relações de caráter mais ou menos permanente que mantém
com os agentes do mercado e da sociedade em geral. Estes conhecimentos manifestam-se
em uma série de ativos intelectuais ou de intangíveis concretos de grande valor na
economia atual e na sociedade em rede (Bueno et al., 2004).
Setia et al. (2015) incluem o capital natural como tipo de capital intangível, formado por
exemplo, por elementos como energia e terra.
Neste contexto, é possível observar elementos do capital intelectual relacionados a
cidades inteligentes, sustentáveis e iniciativas similares, como é o caso do conceito de
cidade excelente.
Uma cidade é considerada inteligente e sustentável quando os investimentos em capital
humano e social, infraestrutura de comunicação tradicional (transporte) e moderna
impulsionam o crescimento econômico sustentável e uma alta qualidade de vida, com uma
gestão inteligente dos recursos naturais, por meio de governança participativa e colaborativa
(Caragliu et al., 2011; Lazzaretti et al., 2019).
Oliveira e Campo Largo (2015) estabelecem o conceito de Cidade Inteligente Humana
como uma melhoria da Cidade Inteligente evoluindo para valor promover o fornecimento de
um ambiente inteligente para vida das pessoas, com governança inteligente e economias,
favorecendo a inovação e a “exploração” de todo o capital humano disponível. Segundo os
autores, as cidades só podem ser inteligentes se exploram a análise de dados com o
propósito de garantir inteligência, não apenas em termos de automação de funções de
rotina, mas também em entender, monitorar, analisar e planejar a cidade, melhorando a
qualidade de vida dos seus cidadãos e construindo um modelo de governança confiável,
envolvente e com disposição para capacitar os cidadãos na cocriação de soluções para
desafios sociais coletivos.
Estes autores entendem que cidades são inteligentes quando aproveitam ao máximo o
capital humano dos seus cidadãos, criam ecossistemas de inovação onde ocorre uma nova
dinâmica de criação de riqueza e de emprego e promove novas formas de governança
participativa.
Segundo Rodrigues (2018), o desenvolvimento de competências técnicas e transversais
de profissionais do ordenamento urbano, de uma forma estruturada, precisa ser pensado a
partir de uma proposta consistente de formação, claramente orientada à atuação profissional
na perspectiva da complexidade, com vistas a fortalecer o capital intelectual das cidades. Ao
mesmo tempo, deve pautar-se na adequada identificação dos problemas e na proposição
das melhores soluções para eles.
Para um futuro sustentável das cidades é necessário que haja oportunidades para
todos, bem como o acesso universal aos serviços básicos, energia, moradia, mobilidade,
transporte e saúde. Apesar dos inúmeros desafios de planejamento, as cidades oferecem
economia de escala mais eficiente, incluindo o fornecimento de bens, serviços e transporte.
Com planejamento e gestão eficientes, as cidades podem se tornar incubadoras para
inovação e impulsionadoras do desenvolvimento sustentável (Cortese et al., 2019).
A fim de modular o capital intelectual, classificações de países e avaliações
comparativas em modelos acadêmicos foram atraindo mais atenção para comparar nações
e para o desenvolvimento de benchmarking. Esses modelos têm demonstrado uma estreita
relação com o desempenho econômico, permitindo maior compreensão das causas do
crescimento na era do conhecimento (Labra; Sánchez, 2013).
Da mesma forma, as iniciativas de avaliar cidades em termos de estratégias e
indicadores em busca do desenvolvimento sustentável (Stefani et al., 2023), emergem tanto
academicamente quanto na administração pública.
O Quadro 1 demonstra um comparativo entre as características dos modelos de CI e da
Plataforma IGMA, gestora da iniciativa cidade excelente.
Quadro 1 – Características dos Modelos de CI e do Prêmio Cidade Excelente
Características Modelos de CI para Países Prêmio Cidade Excelente

Origem Aprimorar o crescimento do país. Fomentar, estimular, e incentivar a


prática de gestão para transformar
em melhoria a realidade dos
municípios brasileiros.

Proposta Reportar a capacidade de Reconhecer boas práticas e


crescimento do país iniciativas pioneiras de gestão
Objetivo Geral pública municipal.
Determinar competitividade,
capacidade de inovação ou
desenvolvimento.

Estrutura Sistema de indicadores. Índice de gestão municipal.

Base teórica Capital intelectual e abordagem Plataforma IGMA – Instituto Aquila.


macroeconômica. Pilares da gestão pública
municipal.

Composição de índices Países permitem comparações. Comparações das cidades por


porte populacional e etapas
estadual e nacional.

Fonte: Baseado em Labra e Sánchez (2013); Plataforma IGMA (2023).

Os modelos acadêmicos buscam determinar diretamente o CI e determinam


adicionalmente a riqueza nacional como forma de prever o desempenho futuro. O Prêmio
Cidade Excelente busca incentivar a implementação de iniciativas de gestão públicas nas
prefeituras municipais, que contribuam para a melhoria dos serviços públicos e de sua
população. Observa-se maior foco, em termos macro, nas questões de competitividade e
inovação no que se refere ao CI e práticas de gestão e melhor prestação de serviços, em
termos micro, quanto à cidade excelente.

Relatórios e prêmios de cidades sustentáveis e ESG


Para o desenvolvimento equilibrado das cidades, a gestão municipal precisa focar na
dimensão ambiental, sociais e econômicas, modulando resultados positivos e consistentes.
Ferramentas como avaliação de impactos ambientais e zoneamento urbano são utilizados
na gestão ambiental urbana. No entanto, para uma transição sustentável é crucial
conhecimentos sobre os impactos humanos no meio ambiental e avaliar o desempenho das
cidades (Sarubbi; Moraes, 2018). Assim sendo, a administração de áreas urbanas surge
como um dos desafios mais prementes para o desenvolvimento no século XXI. Conforme
destacado por Moscarelli e Kleiman (2017), os dados e informações produzidos pelos
municípios desempenham um papel vital na delineação de políticas prioritárias,
impulsionando um desenvolvimento inclusivo, equitativo e sustentável. Diante desse enorme
desafio, ferramentas de avaliação urbana, conforme ressaltado por Ahvenniemi et al. (2017),
surgem como recursos essenciais para orientar decisões no processo.
A crescente preocupação com a sustentabilidade nas cidades tem impulsionado a
criação de relatórios e premiações que monitoram e promovem práticas sustentáveis. Os
relatórios fornecem uma visão abrangente das atividades sustentáveis em diversos setores,
destacando os esforços das autoridades locais, empresas e comunidades para criar
ambientes urbanos mais sustentáveis (Flores; Teixeira, 2017).
Relatórios e prêmios que reconhecem cidades sustentáveis e com práticas
aprovadas aos critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) desempenham um
papel crucial na promoção e no estímulo de iniciativas urbanas mais responsáveis e
resilientes. Essas premiações muitas vezes destacam cidades que implementam políticas
inovadoras, adotam práticas sustentáveis, demonstram compromisso com a preservação
ambiental, promovem a inclusão social, melhoram a governança e buscam equilíbrio entre
desenvolvimento econômico e bem-estar social (Laslett; Urmee, 2020).
Relatórios sobre cidades seguras oferecem análises apresentadas e comparativas,
fornecendo informações importantes sobre os pontos fortes e áreas que refletem de
melhorias em diversos aspectos urbanos, desde questões ambientais até inclusão social e
planejamento urbano (Bencke; Perez, 2018). Essas iniciativas são essenciais para inspirar
outras cidades, criar referências de boas práticas e estimular a implementação de
estratégias que visem à construção de comunidades mais equitativas, saudáveis e
sustentáveis.
No entanto, a construção de medições para avaliar cidades enfrenta vários
obstáculos. O primeiro desafio reside na escolha e definição dessas métricas, enquanto o
segundo está na adoção e aplicação delas por múltiplas cidades (Fox, 2015). Para abordar
essa lacuna, diferentes sistemas compostos foram incluídos na avaliação de cidades
inteligentes e sustentáveis (Alexandre, De Alexandria; Braga, 2020). Esses sistemas são
concebidos por governos, organizações de pesquisa e classificações urbanas, buscando
compreender a relação entre cidades de destaque, suas características essenciais e sua
capacidade econômica, elementos cruciais na análise de políticas públicas.
A classificação das cidades é frequentemente usada para avaliar o desempenho dela
em áreas como meio ambiente, economia, infraestrutura, qualidade de vida, igualdade
social, entre outros aspectos. Nesse sentido, há uma série de relatórios e prêmios que
avaliam o desempenho das cidades em sustentabilidade e critérios ESG, tanto no Brasil
quanto globalmente. Alguns relatórios e rankings mais conhecidos incluem:
● Índice de Cidades Sustentáveis da ONU: A ONU publica esse relatório, avaliando o

desempenho de várias cidades ao redor do mundo em áreas como sustentabilidade


ambiental, qualidade de vida e infraestrutura (ONU, 2023).

● Smart City Index da IESE Business School: Este relatório avalia as cidades com base na

sua "inteligência", considerando aspectos como tecnologia, inovação, sustentabilidade e


qualidade de vida (IESE, 2023).
Em relação aos prêmios e programas destacam-se:

● Global ESG Benchmark for Real Assets (GRESB): embora não seja específico focado em

cidades, o GRESB avalia o desempenho ESG de investimos em infraestrutura, incluindo


imóveis e estruturas públicas em cidades (Newell; Marzuki, 2022).

● Prêmio Cidades e Assentamentos Humanos Sustentáveis: organizado pela ONU-Habitat,

esse prêmio valoriza projetos e iniciativas sustentáveis em cidades de todo o mundo


(ONU- Habitat, 2015).

● Prêmio Cidades Sustentáveis: é um prêmio organizado por instituições brasileiras, que

reconhece cidades que se destacam em práticas de gestão, transparência e


sustentabilidade. O Programa oferece um guia de referências para a produção de
indicadores voltados a metas de sustentabilidade urbana, alinhado com a Agenda 2030 e
os ODS (PCS, 2023).
Através do Prêmio Cidades Sustentáveis, as cidades cadastradas que cumprindo as
metas, podem concorrer a outra premiação, como Cidades Excelentes, que é uma
premiação destinada a cidades com o propósito de consideração de iniciativas inovadoras,
estimulando a implementação de projetos para melhoria do setor público, além disso, visa
compartilhar modelos e soluções de gestão para inspirar outras localidades e valorizar os
serviços públicos que atuam ativamente em prol da comunidade. O prêmio é composto por
Índices de Gestão Municipal Áquila (IGMA), desenvolvido pelo Instituto Áquila, o prêmio
avalia 62 indicadores em seis pilares essenciais: governança, eficiência fiscal e
transparência, educação, saúde e bem-estar, infraestrutura e mobilidade urbanas,
sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico em ordem pública (Cidade Excelente,
2023). Cada titular resultou na divisão dos municípios em 3 categorias de avaliação com
base no tamanho da população local. A excelência na gestão municipal é descrita pela
promoção do ciclo virtuoso de desenvolvimento humano que se fundamenta na
interdependência dos 6 pilares (Cidade Excelente, 2023).
Esses relatórios e prêmios desempenham um papel fundamental ao destacar as
melhores práticas, incentivando as cidades a adotarem estratégias mais sustentáveis e a se
empenharem na direção para um futuro mais inclusivo e equitativo.

1. METODOLOGIA

1.1 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma investigação com abordagem qualitativa. Para Creswell e Creswell


(2021) uma pesquisa qualitativa e descritiva possui características como existência de uma
necessidade de explorar e descrever os fenômenos e de desenvolver uma teoria. Embora
os resultados tenham interpretação em termos numéricos, este estudo constitui-se em
abordagem qualitativa a fim de compreender as relações entre a Teoria do Capital
Intelectual e Relatórios de Sustentabilidade de Cidades sob a ótica da população, o que não
exclui análises quantitativas posteriores a partir dos resultados obtidos.

1.2 Instrumento e amostra da pesquisa

O desenvolvimento do instrumento de pesquisa baseou-se no Índice de Gestão


Municipal – IGMA (Cidade Excelente, 2023), conforme Figura 1. As questões foram
elaboradas considerando os indicadores relacionados com a sustentabilidade, a fim de
adaptar a investigação à compreensão da população.

Figura 1 – Plataforma IGMA (2023)


Fonte: https://igma.aquila.com.br/en-US.
O primeiro passo para a aplicação do instrumento foi calcular o tamanho da amostra.
Para essa pesquisa, o cálculo do tamanho da amostra (n) considerando uma população
infinita, um nível de confiança de 95% (𝑍𝛼) e um erro amostral de 5% (𝜀0) foi determinado
conforme Equação 1 apresentado por Costa Neto (2002), o que totalizou um montante de
384 amostras, ou seja, o número mínimo de indivíduos que deverão responder o
questionário de coleta de dados.

( )
2

n = x 0 , 25 (1)
ɛ0

em que:

𝑍𝛼 = valor da Tabela Z normal (1,96), para nível de confiança de 95%

𝜀0 = margem de erro da pesquisa (5%)

Posteriormente, foi aplicado um questionário semiestruturado à população, composto


por 40 questões de múltipla escolha distribuídas em três blocos distintos (Quadro 2). O
Bloco A investiga o perfil socioeconômico dos participantes, abordando idade, renda,
escolaridade e tempo de residência no município. O Bloco B contém questões referentes
aos indicadores de sustentabilidade urbana, obtidos por meio de pesquisa temática, além
dos indicadores avaliados pelo prêmio Cidades Excelentes. Por fim, o Bloco C contém
perguntas específicas sobre o prêmio, buscando avaliar o conhecimento da população
acerca dessa premiação.

Quadro 2 - Questões segmentadas por Blocos do questionário aplicado na pesquisa.

Blocos Descrição Questões


A A.1 Perfil socioeconômico do entrevistado 1a7
B.1 Dimensões Ambientais 8a9
B.2 Recursos hídricos 10 a 13
B.3 Saneamento básico 14 a 16
B.4 Resíduos Sólidos 17 a 19
B.5 Transporte Público e Mobilidade 20 a 21
B
B.6 Dimensões Sociais 22 a 27
B.7 Confiança no setor público 28 a 30
B.8 Economia 31 a 32
B.9 Energia 33 a 35
B.10 Tecnologia 36 a 37
C C.1 Prêmio Cidade Excelente 38 a 40
Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2023).
O questionário foi aplicado de maneira on-line via ferramenta Google Forms. Ele foi
divulgado nas redes sociais, ficando disponível do período de 03/07/2023 a 07/07/2023
resultando 400 respostas. Após o retorno das respostas foram excluídas cinco destas, pois
não eram de moradores da cidade de estudo, resultando em 384 respostas, atingindo o
tamanho estimado da amostra.

1.3 Área de pesquisa – escolha pela cidade

As cidades de médio porte desempenham um papel fundamental na dinâmica urbana,


oferecendo um equilíbrio entre infraestrutura urbana avançada e qualidade de vida (PCS,
2023). Entre essas cidades, optou-se por uma cidade de médio porte situada no estado do
Paraná. O município está localizado na região oeste com expressiva relevância econômica e
social na região. Sua escolha como foco de estudo deve à sua representatividade na região
oeste, e por ser considerado um município de médio porte em transição, enfrentando
desafios característicos desse perfil urbano, como o crescimento populacional, a gestão
ambiental e a busca por indicadores de sustentabilidade. Em 2020 recebeu o prêmio de
segunda melhor cidade do Brasil, segundo o Prêmio Cidade Excelente, que reconhece e
valoriza boas práticas de gestão para transformar a realidade dos municípios brasileiros e
melhorar os serviços públicos prestados aos cidadãos.
Estudar a cidade possibilita uma compreensão mais aprofundada dos dilemas
enfrentados por cidades de porte semelhante, oferecendo percepções valiosos para
políticas e práticas urbanas externas para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da
qualidade de vida nesses contextos.
1.4 Técnica de análise de dados

Para analisar os dados da pesquisa, optou-se pelo método de Análise de Conteúdo


(Bardin, 2006), a partir das fases: 1) pré-análise; 2) exploração do material; 3) tratamento
dos resultados. A fase um tratou de compreender as relações entre a Teoria do Capital
Intelectual (Sveiby, 1997; Edvinsson; Malone, 1997), Relatórios e Prêmios de Cidades
Sustentáveis e respectivas dimensões e indicadores. A fase dois consistiu em selecionar e
adaptar o Índice de Gestão Municipal – IGMA (Cidade Excelente, 2023) para a construção
do instrumento de investigação, considerando a cidade selecionada para aplicação da
pesquisa. Na fase três os resultados foram tratados tendo em vista os componentes teóricos
do estudo, juntamente com a perspectiva da população sobre os aspectos de
sustentabilidade presentes nos indicadores.
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A fim de analisar a contribuição do capital intelectual, suas dimensões e elementos


presentes no resultado de uma cidade de médio porte no Estado do Paraná ganhadora do
Prêmio Cidade Excelente no ano de 2022, o estudo buscou relacionar as dimensões do
Índice de Gestão Municipal (IGMA) com o capital intelectual, de acordo com o Quadro 3.

Quadro 3 - Relação entre o Capital Intelectual e o Prêmio Cidade Excelente


Capital Intelectual Prêmio Cidade Excelente

Componentes Elementos Dimensões Indicadores

Capital Humano Atitudes e valores; Educação Acesso à educação


Público Conhecimento tecnológico;
Capacidades e Gastos com educação
competências Taxa de abandono

Adequação à formação

Aplicação Resultado

Capital Cultura; Estrutura Governança Transparência


Organizacional organizacional;
Público Aprendizagem Eficiência fiscal Investimento per capita
organizacional; Processos Transparência Mulheres eleitas

Resultado fiscal

Capital Social Coesão social; Estabilidade Desenvolvimento Renda


Público social socioeconômico
Ordem pública População ocupada

Transporte público

Segurança

Capital Esforço em P&D; Suporte Infraestrutura Acesso à banda larga


Tecnológico tecnológico; Propriedade
Público industrial e intelectual Mobilidade Inovação
urbana

Capital Relacional Relacionamento com -- --


Público fornecedores; Alianças;
Relacionamento com a
mídia

Capital natural -- Sustentabilidade Áreas verdes

Coleta seletiva
Recuperação de recicláveis

Recursos hídricos

Emissão de gases

Gestão de riscos

Impacto ambiental

-- -- Saúde e Bem- Atenção primária


estar
Expectativa de vida

Leitos hospitalares

Profissionais de saúde

Taxa de mortalidade infantil

Cobertura vacinal

Aplicação saúde

Fonte: Baseado em Ramirez (2010) e Plataforma IGMA (2023).

Com as relações dos componentes do CI e das dimensões da plataforma, inclui-se a


percepção da população acerca dos indicadores do prêmio, principalmente em aspectos
relativos à sustentabilidade econômica, ambiental e social.
No que tange à dimensão educação, a percepção da população encontra-se em 58%
como regular; 5% como ruim/péssimo e 37% ótimo/bom. Assim como o acesso a
informações sobre reciclagem, correspondem a 76% como não concordo e 24% concordam.
Tais resultados demonstram certo descontentamento da população acerca de elementos
centrais do capital humano, relativo à capacitação, formação e conhecimento, tanto em
aspectos gerais, como relacionado à sustentabilidade, no caso da reciclagem e destinação
de resíduos sólidos, conforme apontam De Amorim et al. (2015).
Na visão destes autores, pesquisas futuras devem contemplar a aproximação desses
construtos (capital humano e sustentabilidade) com estudos que busquem compreender
como as práticas de sustentabilidade das organizações contribuem para a valorização do
capital humano. Nesse movimento, é importante identificar e avaliar as estratégias, políticas
e práticas de sustentabilidade voltadas para o relacionamento com as partes interessadas
(stakeholders), no caso presente, a gestão pública municipal. Pesquisas voltadas para a
avaliação em relação ao escopo de efetiva valorização do capital humano preconizado em
modelos de prestação de contas e certificações de sustentabilidade também são
importantes na aproximação desses conceitos. Nesta ótica, a formação do capital humano
por meio da educação configura-se como elemento-chave em relatórios de sustentabilidade.
Sobre a governança e transparência, especificamente quanto à transparência da
gestão econômica municipal, os resultados demonstraram as opiniões de 48% para
ótimo/bom, 41% para regular e 11% como ruim/péssimo. A transparência está diretamente
relacionada com o processo, elemento do capital organizacional e, segundo os pesquisados,
evidencia um maior entendimento que vai de regular a ótimo na escala pesquisada. Brocco
et al. (2018) atribuem o PIB per capita e a receita arrecadada como diretamente
relacionadas com a transparência pública. Para os autores, as informações divulgadas
devem ser transparentes e úteis no processo de tomada de decisões, sendo necessário
interagir com o usuário da informação para definir o que é útil. Assim, o capital
organizacional torna-se público por meio de processos transparentes.
Em relação ao desenvolvimento socioeconômico, sobre a oferta de emprego, a
população acredita nos percentuais de 74% como ótimo/bom, 24% regular e 2% ruim. Isso
significa que a população pode contribuir para a estabilidade social e fortalecer o capital
social da cidade. Em De Oliveira (2015), tem-se que o capital social diz respeito às relações
de capital humano que se consolidam através de expectativas futuras de ganhos por ambas
as partes, o que os torna complementares para o processo de desenvolvimento
socioeconômico.
Entretanto, De Lima Filho (2011), baseado nos estudos de Putnam (1996), alerta que as
tradições cívicas de uma cidade ou região possuem grande impacto no desenvolvimento
socioeconômico (em termos de industrialização e saúde pública). Os autores estabelecem
que as tradições mostram-se muito influentes e determinantes no desenvolvimento social e
econômico de uma região ou cidade. Mantendo-se constante as tradições culturais, o
civismo sinaliza ser um melhor indicador do que o do nível de emprego. Então sugerem ser
preferível conhecer as condições culturais de uma região ou cidade na década de 1900, por
exemplo, para projetar o emprego na década de 1970, do que o inverso.
Ainda na dimensão desenvolvimento socioeconômico e ordem pública, a população
acredita estar insegura (15%); pouco segura (44%); segura (38%) e muito segura (3%). Para
Nahapiet e Ghoshal (1998), a informação, a confiança e as normas de reciprocidade são
componentes identificadores do capital social. Desta forma, a confiança da população nas
instituições, relativa à segurança, representa um importante indicador de ordem pública
relacionado ao capital social da cidade, o que neste estudo, demonstrou baixos índices. De
acordo com Dill (2017), o valor gerado pelo capital social acumulado depende de alguns
aspectos que permitem a geração e desenvolvimento de seu capital dentro de uma estrutura
social, por meio de relações sociais estabelecidas dentro destes e da comunidade, o que
torna a confiança um elemento chave na construção de uma cidade excelente.
No que diz respeito à infraestrutura e mobilidade urbana, embora a população
perceba em 96% dos pesquisados que a inovação melhora a qualidade de vida das
pessoas, as médias relativas ao acesso à banda larga consistiram em 30% ótimo/bom; 55%
regular/ruim e 15% péssimo. Sabe-se que a inovação no setor público é resultante de
ambientes que cultivaram em suas diretrizes e ações estruturadas uma cultura para
estimular o intraempreendedorismo (Emmendoerfe, 2019). Entretanto, para que os
empreendedores no setor público possam aplicar inovações no setor público, é preciso ir
além e envolver vários outros elementos em prol da cultura da inovação.
Sobre o capital relacional público, embora não tenha sido identificada dimensão
correspondente na plataforma IGMA, foi questionado para a população sobre o
conhecimento da participação da cidade no prêmio, resultando em 76% sim, ciente; 21%
não; e, apenas 3% que não tinham ciência. Na perspectiva de Meireles, Zanini e Dal Vesco
(2015), o foco do capital relacional no setor público reside na imagem, no compromisso
ambiental, nas políticas de alianças e de relações externas. Desta maneira, o resultado foi
positivo sobre a imagem da cidade perante o resultado do prêmio na visão da população.
A dimensão sustentabilidade foi investigada com questões, e respectivas percepções,
sobre áreas verdes e preservação (17% insuficiente; 60% regular; 23% suficiente);
tratamento de água e esgoto (44% ótimo/bom; 54% regular; 2% ruim/péssimo); iniciativa
para promoção do uso consciente da água (58% não concorda; 17% não sabe; 25%
concorda); consciência sobre a importância da conservação dos recursos hídricos (86% não
concorda; 6% não sabe; 8% concorda). Tais resultados expressam que, embora a
população saiba da participação no município no prêmio, a maior parte discorda quanto à
promoção efetiva da sustentabilidade pela gestão municipal.
O elemento correspondente do capital intelectual com a sustentabilidade é defendido
por Goodland (1995) como manutenção do capital natural para melhorar o bem-estar
humano e a preservação das fontes de matérias-primas utilizadas para satisfação das
necessidades humanas, garantindo que os resíduos não sejam excedidos, a fim de evitar
danos às pessoas e ao ambiente.
A última dimensão da plataforma saúde e bem-estar foi pesquisada na população com
o indicador serviços de saúde, resultando em percepções 18% ótimo/bom; 65% regular e
17% ruim/péssimo. A referida dimensão da plataforma não possui correspondente na Teoria
do Capital Intelectual, entretanto, estudos foram realizados no sentido de mensurar o capital
intelectual no setor de saúde como Bonacim e Araújo (2008) e Faria (2018).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo objetivou analisar a contribuição do capital intelectual em relação aos


indicadores de sustentabilidade do Prêmio Cidade Excelência sob a perspectiva da
população. Para atingir ao objetivo, foram abordadas a Teoria do Capital Intelectual (CI) e
suas dimensões aplicadas a nações, de forma a estabelecer um link com o Prêmio Cidade
Excelente e indicadores do Índice de Gestão Municipal (IGMA), aplicados em uma cidade de
médio porte do estado do Paraná.
De forma geral, os elementos do capital intelectual possuem consonância com as
dimensões da plataforma, sendo evidenciadas lacunas quanto aos aspectos de saúde e
bem-estar no CI. De outro lado, a plataforma necessita de indicadores para mensuração de
aspectos tecnológicos e de inovação, bem como do capital relacional do município,
componentes importantes para a sustentabilidade econômica e social da cidade.
As melhores médias, sob a ótica da população, concentraram-se na oferta de emprego
(capital social público) e no conhecimento da população sobre a participação do município
no prêmio (capital relacional público). As demais médias apresentaram resultados regulares
e as menores concentraram-se na sustentabilidade sobre a consciência da conservação de
recursos hídricos e no acesso a informações sobre reciclagem, gestão de resíduos sólidos,
energia (capital natural) e tecnologia (capital tecnológico público). A análise das percepções
deve ser realizada de forma ponderada, uma vez que retrataram um recorte dos indicadores
e uma amostra da população. Entretanto, são constatações importantes para o
planejamento e delineamento para futuras participações da cidade em prêmios, bem como
um feedback sobre o ponto de vista da população, sendo o usuário o ator mais interessado.
Entre os indicadores que não foram bem avaliados, percebe-se um déficit de
conscientização da população e/ou falta de políticas públicas que estimulem o uso
consciente do capital natural.
Por fim, o capital intelectual contribuiu com a análise do Prêmio Cidade Excelente por
apresentar correspondência em todos os indicadores da plataforma, exceto para saúde e
bem-estar, bem como pode ser compreendido sob a perspectiva da população quanto ao
resultado da cidade como ganhadora.
Como estudos futuros, sugerem-se ampliar a pesquisa contemplando a totalidade de
indicadores da plataforma, bem como relacionando com outros prêmios de sustentabilidade
como o “Cidades Sustentáveis”, dentre outros. Sugere-se ainda incluir elementos do capital
intelectual público descritos em Queiroz (2003), para adequar a gestão dos ativos
intangíveis de acordo com as suas peculiaridades, como é o caso de uma prefeitura
municipal.

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MINICURRÍCULO AUTORES

Paula Regina Zarelli


Professora Adjunta na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus
Francisco Beltrão - PR. Professora Permanente e Coordenadora Adjunta do Mestrado
Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP). Membro da Comissão
de Autoavaliação do Comitê Gestor Nacional - PROFIAP. Doutora em Engenharia e Gestão
do Conhecimento (UFSC), com período sanduíche na Universidad a Distancia de Madrid -
ES (UDIMA). Pós-Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração
(UNIOESTE) em Cidades Inteligentes e Sustentáveis. Administradora, possui experiência
em Gestão de Pessoas, Gestão do Conhecimento, Inovação e Habitats de Inovação;
capacitação e orientação de Agentes Locais de Inovação (Sebrae/CNPq). Atua nas áreas
correlatas de capital intelectual, capacidades dinâmicas, empreendedorismo, MPEs e gestão
pública. Coordenadora do Laboratório de Pesquisa Empreendedorismo Sustentável,
Inovação e Conhecimento (LESIC). Membro do Grupo de Pesquisa Cidades Sustentáveis e
Agenda 2030 que desenvolve pesquisas em rede entre IES do estado do Paraná e São
Paulo: Unicentro, Unioeste, Uninove, IEA USP e UTFPR. Integrante da Associação para a
Gestão do Capital Intelectual - Santarém/Portugal. Membro do NAPI/OESTE Novos Arranjos
de Pesquisa e Inovação Oeste do Paraná.
ORCID 0000-0002-0279-6933

Kamyla Taysa Teske


Bacharel em Ciências Econômicas e Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Administração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
ORCID 0009-0004-1292-155X

Geysler Rogis Flor Bertolini


Docente do Doutorado em Desenvolvimento Rural Sustentável, do Mestrado Profissional em
Administração, do Mestrado em Contabilidade, do Tecnólogo em Gestão Pública - EaD e do
curso de Graduação em Administração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Possui Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa
Catarina (2009), Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa
Catarina (2004), Graduação e Especialização em Administração de Empresas pela
Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas de Rolândia (1998). Atualmente é Pró-
Reitor de Administração e Finanças na UNIOESTE; Editor Científico da ComSus - Revista
Competitividade e Sustentabilidade; Líder da Linha de Pesquisa em Sustentabilidade do
Mestrado Profissional em Administração da Unioeste; Líder do Grupo de Pesquisa em
Sustentabilidade - GPSA; Membro do Grupo Interdisciplinar e Interinstitucional de Pesquisa
e Extensão em Desenvolvimento Sustentável e do Grupo de Pesquisa em Contabilidade e
Finanças da Unioeste; Membro do Grupo de Pesquisa Cidades Sustentáveis e Agenda 2030
que desenvolve pesquisas em rede entre IES do estado do Paraná e São Paulo: UNIFESP,
Unicentro, Unioeste, Uninove, Universidade São Judas e IEA USP; Parecerista Ad Hoc para
projetos do CNPq e da Fundação Araucária; Avaliador de Cursos (Bacharelados e Cursos
Superiores de Tecnologia) do MEC-SINAES/INEP e presta assessoria para empresas.
Bolsista Produtividade em Pesquisa (2019-2021) e em Desenvolvimento Tecnológico e
Extensão da Fundação Araucária (2013-2015). Já foi Diretor do Centro de Ciências Sociais
Aplicadas da UNIOESTE, campus de Cascavel (2012-2019); Presidente do Conselho
Editorial da Revista Ciências Sociais em Perspectiva; membro do Comitê Gestor Municipal
de Cascavel - PR e Pró-Reitor de Administração e Finanças na UNIOESTE (2008-2009).
Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração Financeira,
atuando principalmente nos seguintes temas: operações financeiras, gestão ambiental,
percepção e agricultura familiar.
ORCID 0000-0001-9424-4089

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