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300

300 é um filme de fantasia e guerra norte-americano de 2006, co-escrito e


dirigido por Zack Snyder. É baseado na série de quadrinhos homônima de Frank
Miller e Lynn Varley, publicada pela Dark Horse Comics em 1998. Ambos são
releituras fictícias da Batalha de Termópilas durante as Guerras Persas.
O enredo gira em torno do Rei Leónidas, que lidera 300 espartanos na batalha
contra o "deus-rei" Xerxes I da Pérsia e o seu exército invasor com mais de 30 mil
soldados. Enquanto a batalha acontece, a Rainha Gorgo tenta encontrar apoio para
o seu marido em Esparta. A história é contada por um narrador, o guerreiro
espartano Dilios. Através desta técnica de narrativa, algumas criaturas fantásticas
foram acrescentadas, colocando 300 dentro do género da fantasia histórica. Os
eventos são revelados como uma história contada por Dilos, o único dos 300
espartanos a sobreviver à batalha.
Esparta era conhecida por sua cultura militarista e pelos direitos inigualáveis
das mulheres, era uma potência militar dominante na Grécia clássica. Única na
Grécia antiga por seu sistema social e constituição, a sociedade espartana se
concentrava fortemente no treinamento militar e na excelência.

Educação espartana

Já nos primeiros minutos do filme, é contado como era a educação dos


espartanos, do momento de nascença, até o momento que se torna um soldado
espartano.
Quando os meninos nasciam, como todo espartano, ele passava por uma
inspeção. Se fosse pequeno, franzino, fraco ou deformado, teria que ser descartado,
sendo jogado de um morro. Toda a sua infância era baseada em treinamento, para
deixá-lo forte e preparado para qualquer confronto, sendo ensinado a nunca se
render, independente das circunstâncias. E que a morte no campo de batalha a
serviço de Esparta era a maior glória que poderia ser alcançada na vida.
Com sete anos, como é de costume em Esparta, o menino era tirado de sua
mãe e jogado em um mundo de violência, com a intenção de produzir os melhores
soldados do mundo. A agoge, como é chamada, força o menino a lutar, o privando
de alimentos, assim sendo forçado a roubar, e se necessário a matar. Os meninos
eram alimentados “com a quantia certa para nunca se tornarem lentos por estarem
muito cheios, enquanto também lhes dá um gostinho do que não é ter o suficiente.
Além do treinamento físico e de armas, os meninos estudavam leitura, escrita,
música e dança. Punições especiais foram impostas se os meninos não
respondessem perguntas suficientemente lacónicamente (ou seja, breve e
espirituosamente)”. (CARTLEDGE, 2001)
Passava por um teste decisivo, sendo jogado na selva para usar sua
inteligência e sua vontade contra a fúria da natureza, assim sendo a sua iniciação,
assim podendo voltar para o seu povo, como um verdadeiro espartano, ou caso
falhasse, não precisava voltar. No filme é mostrado o garoto tendo que enfrentar um
lobo negro

Religião

Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era


politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos
templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na
cidade.
No filme, Leônidas pretende enfrentar o enorme exército persa, mas para isso,
decide consultar o futuro. Para consultar a jovem sacerdotisa, Leônidas antes
conversa com os éforos que no filme são apresentados como pessoas deformadas.
Esparta era um governo que havia dois soberanos, e os éforos eram um
símbolo de equilíbrio. Eleitos anualmente em número de cinco, eram os grandes
líderes do governo espartano. Presidiam a Gerúsia (conselho de anciãos) e a Ápela
(assembleia formada pelos cidadãos espartanos maiores de 30 anos) e tinham a
função de declarar guerra, administrar a vida política e social da cidade, assim como
fiscalizar as atividades dos reis. (ANDRADE, 2021)
No filme, os éforos são mostrados como sacerdotes deformados, lúbricos e
corruptos. Na cena mostrada, é transmitida a ideia de que os éforos já haviam sido
corrompidos pelos persas. “Na realidade, os éforos não possuíam aspecto religioso
como sugerido em 300, eram magistrados e apoiaram a resistência contra os
persas”. (ANDRADE, 2021)
A consulta aos oráculos fazia parte da religiosidade dos antigos gregos. Não
se tratava apenas de um aspecto mitológico, pois o costume de se consultar
oráculos era bastante comum e real. As pessoas iam até os oráculos consultar os
deuses durante mais de mil anos. Registros arqueológicos mostram que muitas
oferendas eram feitas aos oráculos, como um gesto de agradecimento e de que as
profecias de fato se cumpriam e os conselhos eram proveitosos. Até os governantes
das cidades-estados gregas consultavam os oráculos antes de tomarem suas
decisões, como ir à guerra, por exemplo, fato retratado no filme. (ANDRADE, 2021)
Ben-Hur (1959)

Ben-Hur é um filme épico religioso americano de 1959 dirigido por William


Wyler, produzido por Sam Zimbalist e estrelado por Charlton Heston como
personagem-título. Um remake do filme mudo de 1925 com um título semelhante ,
foi adaptado do romance Ben-Hur de Lew Wallace , de 1880 : A Tale of the Christ .
Ben-Hur teve o maior orçamento ($15,175 milhões), bem como os maiores sets
construídos, de qualquer filme produzido na época. Foi o filme de maior bilheteria,
bem como o de maior bilheteria de 1959, tornando-se o segundo filme de maior
bilheteria na história da época, depois de E o Vento Levou . Ele ganhou um recorde
de onze oscars, incluindo Melhor Filme.
Em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur (Charlton Heston), um
rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala (Stephen Boyd), um amigo da
juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento
devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver
como escravo em uma galera romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo.
Mas o destino vai dar a Ben-Hur uma oportunidade de vingança que ninguém
poderia imaginar.

Religião

Além de ser um épico que tem como maior foco a vingança do protagonista, o
filme também foca bastante na questão religiosa, tanto da parte dos romanos,
quanto dos judeus.
A jornada do príncipe Judah Ben-Hur é contemporânea à de Jesus de Nazaré,
e essas duas histórias paralelas se encontram em alguns momentos, o suficiente
para mudar os passos de Judah. (WALLACE, 1880) Muitos dos judeus
apresentados no filme, passaram a ser seguidores de Jesus. Nos últimos 30
minutos de filme, a história passa a focar mais em Jesus, no momento da
crucificação.
No filme por diversas vezes, a religião da Roma Antiga, por se tratar de ser
politeísta, havia momentos de controvérsias entre o protagonista e o antagonista.
Messala acreditava em vários deuses; deuses que eram antropomórficos, ou seja,
possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos, além de serem
representados em forma humana, como no caso do filme, o imperador Tibério.
Enquanto Judah considerava um absurdo as crenças romanas.
O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos
grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos. Tendo como influencia
os deuses gregos e orientais, assim incorporando aos costumes tradicionais às
novas necessidades do povo

Corrida de bigas

Um dos momentos mais marcantes do filme, é a cena na qual Judah, Messala


e outros competidores disputam uma corrida de bigas.
As corridas de bigas faziam parte de vários festivais religiosos romanos, e
nessas ocasiões eram precedidas por um desfile (pompa circense) que mostrava os
cocheiros, música, dançarinos fantasiados e imagens dos deuses. Embora o valor
de entretenimento das corridas tendesse a ofuscar qualquer propósito sagrado, na
Antiguidade Tardia, os padres da Igreja ainda os viam como uma prática "pagã"
tradicional e aconselhavam os cristãos a não participar. (BEARD, 1998)
Na Roma Antiga, as corridas geralmente aconteciam em um circo.
Quando as brigas estavam prontas, o imperador (ou quem era anfitrião das
corridas, se fora de Roma) derrubava um pano conhecido como mapa, sinalizando o
início da corrida. (HARRIS, 1972) Uma vez iniciada a corrida, os carros podiam se
mover em frente um do outro na tentativa de fazer com que seus oponentes
colidissem com as espinhas.
Os aurigas, apesar de considerados vencedores, eram geralmente também
escravos (como no mundo grego). Recebiam a coroa de folhas de louro e quiçá
algum dinheiro; se ganhassem corridas suficientes, poderiam comprar sua
liberdade. (GOLDEN, 2004) Os aurigas podiam se tornar celebridades em todo o
império simplesmente sobrevivendo, pois a expectativa de vida de um cocheiro não
era muito alta.
Referências bibliográficas

300.Direção: Zack Snyder. Produção: Mark Canton, Gianni Nunnari. Intérprete:


Gerard Butler, Lena Headey, Rodrigo Santoro. Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad,
Frank Miller. Fotografia de Larry Fong. Estados Unidos: Warner Bros. Pictures, 2002
ANDRADE, Luiz. OS ÉFOROS E O ORÁCULO EM 300. Supernovo.net. Disponível
em: <http://supernovo.net/historia-em-cartaz/os-eforos-e-o-oraculo-em-300/>.
Acesso em: 08 jun, 2021
Ben-Hur. Direção: William Wyler. Produção: Sam Zimbalist, William Wyler Interprete:
Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins, Haya Harareet.Roteiro: Gore Vidal.
Fotografia: Sam Zimbalist. Estados unidos: MGM,1959
GONÇALVES, Gabriele. RELIGIÃO DA ROMA ANTIGA. Monografias Brasil Escola.
Disponível em https://monografias.brasilescola.uol.com.br/história/religiao-roma-
antiga.htm . Acesso em: 8 jun, 2021
BEARD, Mary; NORTH, John A.; PRICE, S. R. F. (1998). Religions of Rome: A
History. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-31682-0
HARRIS, Harold Arthur (1972). Sport in Greece and Rome. Ítaca, Nova Iorque:
Imprensa da Universidade de Cornell. ISBN 0-8014-0718-4
GOLDEN, Mark (2004). Sport in the Ancient World from A to Z. Nova Iorque:
Routledge. ISBN 0-415-24881-7
WALLACE, Lew. 1880 Ben-Hur: uma de História dos Tempos de Cristo. Harper and
Brothers em 12 de novembro de 1880 Crawfordsville

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