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PRINCIPIOS DE FUNCIONAMENTO

ESTRUTURAL DOS EDIFICIOS

12 – ERROS NO PROJECTO E CONSTRUÇÃO DE


ESTRUTURAS – RESUMO DE RECOMENDAÇÕES
ERROS DE PROJECTO

CONCEPÇÃO ARQUITECTÓNICA:

Comprimento excessivo dos corpos estruturais

Imposição de lajes demasiado esbeltas

Dificuldade de implantar pilares com continuidade


vertical

Paredes resistentes mal localizadas


ERROS DE PROJECTO

ERROS DE CÁLCULO - SUBAVALIAÇÃO DE ACÇÕES:

Revestimento de pavimentos
Algumas sobrecargas (ex. arquivos)
Vento
Impulso de terras
Variações de temperatura
ERROS DE PROJECTO

INCORRECTA UTILIZAÇÃO DE PROGRAMAS DE


CÁLCULO AUTOMÁTICO:

Limitações na introdução de dados

Excesso de confiança em relação ao programa

Impossibilidade de controlar a estrutura

Incapacidade de analisar e criticar resultados

Erros específicos dos programas


ERROS DE PROJECTO

ERROS DE DIMENSIONAMENTO:

Comprimentos de amarração insuficientes


Mau tratamento de forças de desvio
Má resolução de continuidade de planos desnivelados
Excesso ou falta de normalização de armadura
Falta de racionalização de armaduras
Disposições construtiva inexequíveis
ERROS DE PROJECTO

ERROS DE APRESENTAÇÃO:

Plantas estruturais sobre plantas de arquitectura

Erros de transposição de dimensões

Confusão entre tectos e pisos

Pormenorização incompleta
ERROS DE PROJECTO

OUTROS ERROS:

Falta de coordenação
entre os projectos das
várias especialidades
Falta de estudos
geotécnicos

(Legenda da imagem:
“Contudo, podemos
poupar 700 liras e 2
meses se não fizermos
ensaios do terreno”)
ERROS DE CONSTRUÇÃO

Improvisações face ao erros e indefinições de projecto


Desconhecimento de comprimentos de amarração e
emendas de armaduras e de diâmetros de dobragem
Dimensionamento de cofragens insuficiente ou deficiente
Insucessos no betão à vista
Destruição da estrutura com roços e atravessamentos
Má avaliação da capacidade resistente do terreno
Falta de controlo de qualidade dos materiais
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS
INTERPRETAÇÃO DE FISSURAS:

Na face inferior de vigas e lajes, a meio vão – Resistência


insuficiente em relação ao momento flector

Na face lateral de vigas, inclinadas a 45º, junto aos apoios –


Problema de esforço transverso

Nas paredes de alvenaria, horizontais a meio vão – Flecha


excessiva

Nas paredes de alvenaria ou betão , generalizadas e


aleatórias – Retracção de argamassa ou betão

Nas paredes de alvenaria, inclinadas a 45º acentuando-se do


centro para as extremidades do edifício – Dilatações

Na ligação a pilares e vigas – Ligação incorrecta


10 RECOMENDAÇÕES FINAIS
1 – Os corpos estruturais não devem ter dimensões superiores a 30 m. Em
edifícios maiores devem prever-se diversos corpos, separados por juntas
de dilatação com cerca de 3 cm de espessura.

2 – As dimensões da estrutura são em “tosco”, enquanto em arquitectura


são em “limpo”. Entre as duas existe a espessura dos revestimentos.
Como mínimos devem considerar-se 2.5 cm em cada face das paredes, 5
cm em pavimentos e 2 cm em tectos.

3 – A estrutura deve ser travada horizontalmente nas duas direcções,


através de paredes resistentes e / ou pórticos constituídos por pilares e
vigas ou pilares e lajes fungiformes. Por instabilidade das fundações,
devem evitar-se paredes resistentes em edifícios sem caves.

4 – A estrutura ideal tem uma malha regular de pilares, com distâncias


aproximadas em ambas as direcções. Em edifício sem malha regular deve
ser verificada a possibilidade de continuidade dos pilares desde as
fundações até à cobertura.
10 RECOMENDAÇÕES FINAIS
5 – Os pilares podem ser quadrados, rectangulares ou circulares. No
caso de pilares rectangulares, a direcção forte da secção transversal dos
pilares deve ser disposta de forma equilibrada nas duas direcções.

6 – Em edifícios com estruturas mais flexíveis (metálica ou madeira, p.e.)


as paredes e revestimentos devem ser compatíveis com os movimentos
previsíveis.

7 – Todos as paredes que suportem terras com mais de 1 metro de altura


devem ser feitas em betão armado. No caso de zonas interiores
adjacentes habitáveis deve prever-se ma caixa de ar e uma segunda
parede interior, em alvenaria.

8 – A localização e orientação de muros de suporte e paredes de betão


armado deve ser distribuída no espaço e em ambas as direcções
ortogonais, para minimizar eventuais torções globais do edifício, em
caso de sismo.
10 RECOMENDAÇÕES FINAIS
9 - A espessura das lajes depende do seu tipo. No caso de lajes
fungiformes, de preferência aligeiradas, a espessura deve ser cerca de
1/20 do vão, na direcção com maior comprimento. No caso de lajes
maciças apoiadas numa direcção, ou aligeiradas de vigotas pré-
esforçadas, a espessura poderá ser de 1/25 do vão. Lajes maciças
apoiadas em vigas nas duas direcções (2 > lx/ly > 0.5) podem ter 1/30 do
vão menor. Em estruturas correntes e económicas os vão não devem
ultrapassar cerca de 8 metros no caso de lajes fungiformes e lajes
apoiadas em duas direcções e cerca de 6 metros nos caos de lajes
apoiadas numa direcção (maciças ou de vigotas pré-esforçadas). Em
consolas devem limitar-se os vãos a cerca de ¼ dos referidos.

10 – Sempre que possível as vigas devem apoiar directamente em pilares,


formando pórticos. As vigas devem ter uma altura de cerca de 1/10 a 1/12
do seu vão. No caso de vigas de fachada deve verificar-se se a sua altura
permite a colocação de caixas para persianas. O vão das vigas correntes
não deve ultrapassar cerca de 8 metros em tramos apoiados e 3 metros em
tramos em consola.

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