Você está na página 1de 24

ÓRGANON DE HAHNEMANN

PARÁGRAFOS 162-171

DR. MORENO
T. 19.98206-4577
A pobreza da Matéria Médica Homeopática
ou a pobreza do nosso conhecimento dela.
§ 162
Considerando a pobreza da Matéria
Médica Homeopática em medicamentos
cuja ação patogenética específica
completa se conhece perfeitamente,
chega-se às vezes ao ponto de que só
uma parte dos sintomas da doença a
curar corresponde à sintomatologia do
remédio melhor indicado. Nesse caso, estamos obri-
gados a empregar um remédido parcialmente similar
— forçosamente aproximado — que cubra o melhor
possível os sintomas da doença, na falta de outro que
seja melhor.
O que esperar de um remédio fragmentário.
§ 163
Na aplicação de um remédio fragmentário,
não se pode esperar uma cura completa
sem alguns incômodos. De fato, du-
rante o seu uso observa-se o apareci-
mento de sintomas acidentais que não haviam
sido observados antes e que, na verdade, são
sintomas acessórios dependentes do remédio
que é apenas parcialmente similar à doença a
tratar. Esses incômodos não impedem de nenhum modo que
uma grande parte da afecção (aquela cujos sintomas patoló-
gicos são semelhantes aos patogenéticos do medicamento)
seja eliminada por esse remédio, tendo como resultado, ime-
diatamente, uma importante melhora. Mas não se deixa de
observar também o aparecimento de alguns males acessórios
que, entretanto, são sempre muito moderados quando se tem
a precaução de atenuar suficientemente a dose.
O remédio fragmentário não impede a cura.
§ 164
Nos casos em que o remédio
melhor selecionado responde
apenas parcialmente às indicações,
o pequeno número de sintomas que são correspondentes,
quer dizer, homeopáticos, não constitui, entretanto, um
impedimento para a cura, com a condição de que a
maioria desses sintomas patogenéticos pouco numerosos
sejam sintomas extraordinários e peculiares que distingam
especialmente e sejam característicos da doença. A cura
se obtém sem maiores problemas.
Quando não se deve esperar
resultados favoráveis.
§ 165
Ao administrar o medicamento, o
médico não deve esperar nenhum
resultado favorável, se:
1. Entre os sintomas do medicamento
escolhido não esteja nenhum que seja perfeitamente
semelhante aos sintomas característicos, quer dizer,
chamativos, raros e peculiares do caso mórbido.
2. Se a correspondência com os sintomas do caso
mórbido só se estabelece através de sintomas comuns,
vagos e imprecisos (incômodos, cansaços, cefaleias, etc.).
3. Não se pode encontrar, entre os conhecidos, um
remédio mais exatamente homeopático.
O remédio errado pode (deve)
ser substituído pelo certo.
§ 166
A impossibilidade de encontrar um
remédio homeopático adequado é, na
verdade, uma eventualidade muito rara, já
que o número de medicamentos cujos efeitos
específicos são conhecidos tem aumentado bastante nos
últimos tempos, e quando nos depararmos com um caso
assim, por um conhecimento insuficiente da Matéria
Médica, os inconvenientes resultantes diminuirão assim
que pudermos substituir o remédio errado por outro cujos
sintomas patogenéticos se assemelhem mais exatamente
aos da doença a tratar.
Quando se deve ter
pressa em mudar p
o medicamento.
§ 167
Se o uso desse remédio imperfeita-
mente homeopático que temos esco-
lhido origina males acessórios de
alguma importância, não se esperará,
nas doenças agudas, que a primeira
dose tenha esgotado sua ação por
completo.Para evitar ao doente ter que esperar esse
desenlace, se fará uma nova investigação dos sintomas,
que então tenham se modificado, acrescentando aos
sintomas antigos os recentemente aparecidos, para
formar com todos eles uma nova imagem da doença.
De revisão em
revisão, até
à cura total.
§ 168
Mediante essa readaptação, se achará
mais facilmente, entre os remédios co-
nhecidos, um remédio análogo, do qual,
em geral, será suficiente uma dose única,
se não para destruir de todo a doença,
pelo menos para conseguir que a cura esteja mais próxima.
Se esse novo remédio, entretanto, também não for sufi-
ciente para restabelecer completamente a saúde, torna-se
a examinar o caso pela segunda vez para ver o que sobrou
dos sintomas mórbidos, a fim de conseguir determinar o
remédio homeopático melhor adaptado à nova imagem
obtida; e assim, de revisão em revisão, continua-se até
que se alcance o objetivo, ou seja, restituir ao doente o
pleno gozo da saúde.
O princípio do
remédio único.
§ 169
Pode acontecer, ao examinar um
doente pela primeira vez, que,
na busca pelo remédio apropriado,
encontremos que a totalidade dos sin-
tomas característicos da doença não seja suficientemente
coberta pelos elementos patogenéticos de um medica-
mento apenas, devido ao número insuficiente daqueles
medicamentos cuja ação específica seja bem conhecida.
Pode ser, então, que dois remédios rivalizem na condição
de serem indicados, sendo um deles homeopático para
determinado grupo de sintomas e o segundo preferível
para outro. Entretanto, neste caso, não é aconselhável
dar primeiro aquele que julgamos ser o
mais conveniente, e dar em seguida o
segundo, sem um novo exame (ª).
Efetivamente, tendo mudado as
circunstâncias, esse segundo remédio
não será mais conveniente ao resto
dos sintomas.Em tal caso, será necessário fazer uma
revisão do estado mórbido para determinar, de acordo
com a nova imagem obtida, o remédio que homeopati-
camente, então, será melhor adequado à nova situação.
(ª) E muito menos dar os dois juntos.
Novo exame.
§ 170
Como em cada ocasião em que
tenha acontecido uma mudan-
ça no estado da doença, é neces-
sário então averiguar quais sinto-
mas restam ainda e escolher um remé-
dio tão conveniente quanto seja possível
ao novo estado atual do mal, e isso sem levar em conta para
nada o segundo remédio que, no começo, parecia ser o me-
melhor para tomar depois daquele que foi usado. Não aconte-
cerá frequentemente que o segundo remédio que inicialmente
se havia considerado adequado ainda o seja nesse novo mo-
mento. Mas se de fato, depois de um novo exame do estado
do doente, ele se demonstrar ainda conveniente, esse será
um motivo a mais para se dar preferência a ele.
Vários remédios
antipsóricos.
§ 171
Nas doenças crônicas não
venéreas, aquelas que, con-
sequentemente, provêm mais
comumente da diátese psórica, há,
frequentemente, a necessidade, para
curar, de vários remédios antipsóricos. É conveniente
usá-los um depois do outro, de tal modo que em cada
nova prescrição o remédio seja escolhido segundo os
princípios homeopáticos e de acordo com o grupo de
sintomas que ainda persistem, e somente depois que
o remédio precedente tenha esgotado toda a sua ação.
DR. MORENO
T. 19.98206-4577
Email: drmorenopsi@gmail.com

Renovação pela transformação da mente.

Você também pode gostar