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COMO A HOMEOPATIA PODE AJUDAR?

Via media é uma expressão latina que sig-


nifica: "caminho do meio". Este nome é inspirado
na filosofia aristotélica (Ética a Nicômaco).
Segundo Aristóteles, há virtudes que são o meio-
termo entre os extremos. A coragem, por exemplo,
é a via media entre a temeridade e a covardia.
Portanto, tenha a disposição mental de aprender
algo novo e revolucionário, pois as certezas e
os absolutos não admitem ser contrariados.
Transforme-se pela renovação da sua mente.
Este é o caminho. Ande nele!
COMO A HOMEOPATIA PODE AJUDAR?
Nem sempre com este nome, a esquizo-
frenia é uma das mais antigas doenças
registradas na história da humanidade e
uma das mais difíceis de tratar.
Nem sempre com este nome, a esquizo-
frenia é uma das mais antigas doenças
registradas na história da humanidade e
uma das mais difíceis de tratar.

Por exemplo, Saul, o primeiro rei de Israel,


citado na Bíblia, tinha sintomas esquizofrênicos
muito evidentes.

Ele viveu c. de mil anos antes de Cristo.


Definição:

A palavra "esquizofrenia: vem do grego e significa:


"mente dividida".
Definição:

A palavra "esquizofrenia: vem do grego e significa:


"mente dividida". É um neologismo criado no início
do século XX pelo psiquiatra suíço Paul Eugen
Bleuler (1857-1939).
Definição:

A palavra "esquizofrenia: vem do grego e significa:


"mente dividida". É um neologismo criado no início
do século XX pelo psiquiatra suíço Paul Eugen
Bleuler (1857-1939).

σχίζειν, skizein: cindir, dividir


φρήν, phren: a parte do corpo identificada com a
ligação entre o corpo e a alma (mente)
É uma patologia caracterizada por uma cisão na
mente, que faz o paciente perder contato com a
realidade e viver em uma realidade paralela, fruto
da sua própria imaginação.
É uma patologia caracterizada por uma cisão na
mente, que faz o paciente perder contato com a
realidade e viver em uma realidade paralela, fruto
da sua própria imaginação.

Os transtornos esquizofrênicos produzem:


▪ delírios
▪ alucinações
Delírios e alucinações são chamados de sintomas
"positivos" ou "produtivos" da doença.
Delírios e alucinações são chamados de sintomas
"positivos" ou "produtivos" da doença.

Os delírios são alterações do pensamento.


A pessoa faz um "mapa" da realidade diferente
do que de fato está acontecendo (distorção),
e acredita piamente naquilo.
Delírios e alucinações são chamados de sintomas
"positivos" ou "produtivos" da doença.

Os delírios são alterações do pensamento.


A pessoa faz um "mapa" da realidade diferente
do que de fato está acontecendo (distorção),
e acredita piamente naquilo. Os delírios podem
ser: persecutórios, de grandeza, religiosos
(místicos), pensamentos (inseridos ou retirados),
de controle externo.
Delírios e alucinações são chamados de sintomas
"positivos" ou "produtivos" da doença.

As alucinações são alterações na sensopercepção,


ou seja, nos sentidos (VACOG).
Delírios e alucinações são chamados de sintomas
"positivos" ou "produtivos" da doença.

As alucinações são alterações na sensopercepção,


ou seja nos sentidos (VACOG). As alucinações
mais comuns são as auditivas e as visuais.
Delírios e alucinações são chamados de sintomas
"positivos" ou "produtivos" da doença.

As alucinações são alterações na sensopercepção,


ou seja nos sentidos (VACOG). As alucinações
mais comuns são as auditivas e as visuais.

As visões e as vozes de comando podem induzir


a agressões, inclusive a familiares, ou ao suicídio.
A linha que separa o que é racional do que é
ilusório é muito tênue, tanto para a percepção
do paciente quanto para a do terapeuta.
A linha que separa o que é racional do que é
ilusório é muito tênue, tanto para a percepção
do paciente quanto para a do terapeuta.

Os sintomas positivos (delírios e alucinações)


são os que mais respondem ao tratamento, mas
isso pode dar a impressão de que o problema
esteja resolvido, o que nem sempre corresponde
à verdade.
Há também os sintomas "negativos": embota-
mento dos afetos, anedonia, isolamento social,
diminuição da vontade de interagir com as
pessoas e as coisas ao redor, indiferença, olhar
perdido, descuido com a higiene pessoal e com
a alimentação. Ao longo do tempo pode ocorrer
um déficit cognitivo importante.
Outros sintomas recorrentes são os comporta-
mentos desorganizados, sem objetivo compatível
com a realidade, ou catatônico, com posturas
rígidas como as de uma estátua.
A incidência da esquizofrenia na população em
geral é de 1 caso para cada 100 pessoas (c. de
80 milhões de casos atualmente).
A incidência da esquizofrenia na população em
geral é de 1 caso para cada 100 pessoas (c. de
80 milhões de casos atualmente).

▪ Homens: por volta dos 20-25 anos


▪ Mulheres: por volta dos 30-35 anos

▪ Há casos na adolescência e também


por volta dos 50 anos (raros)
Há muito preconceito em relação aos portadores
de esquizofrenia e à sua família, além dos prejuí-
zos quanto à incapacidade total ou parcial para o
trabalho e para as interações sociais.
Há muito preconceito em relação aos portadores
de esquizofrenia e à sua família, além dos prejuí-
zos quanto à incapacidade total ou parcial para o
trabalho e para as interações sociais.

Antigamente os esquizofrênicos eram estigmati-


zados como "loucos" e eram internados em mani-
cômios, nos quais ficavam às vezes por longos
anos, muitos deles abandonados pela família.
Há um componente genético ou hereditário
importante no risco de desenvolver a doença.

▪ 10% se tiver um irmão com esquizofrenia


▪ 18% se tiver um irmão gêmeo não idêntico
▪ 50% se tiver um irmão gêmeo idêntico
▪ 80% se os dois pais forem esquizofrênicos
Há um componente genético ou hereditário
importante no risco de desenvolver a doença.

▪ 10% se tiver um irmão com esquizofrenia


▪ 18% se tiver um irmão gêmeo não idêntico
▪ 50% se tiver um irmão gêmeo idêntico
▪ 80% se os dois pais forem esquizofrênicos
▪ Outra estatística fala em 13%, se houver casos
em parentes de primeiro grau
Mas, obviamente, as causas da esquizofrenia nem
sempre são genéticas ou hereditárias; o ambiente
também influencia, inclusive a religião.
Mas, obviamente, as causas da esquizofrenia nem
sempre são genéticas ou hereditárias; o ambiente
também influencia, inclusive a religião.

Em muitos casos, a influência da religião é dele-


téria, mas um estudo do Instituto de Psiquiatria da
FMUSP (2019), conduzido pelo Prof. Dr. Alexandre
Loch, concluiu que, em geral, a prática religiosa
ajuda na prevenção e no controle da esquizofrenia.
Como a homeopatia pode ajudar
no tratamento da esquizofrenia?
Como a homeopatia pode ajudar no tratamento da
esquizofrenia?

Em homeopatia é comum dizer-se que não há


"doenças", só há "doentes".
Como a homeopatia pode ajudar no tratamento da
esquizofrenia?

Em homeopatia é comum dizer-se que não há


"doenças", só há "doentes".

A homeopatia não trata a esquizofrenia, mas sim


a pessoa que está com os sintomas que o DSM-5
e o CID-10 chamam de esquizofrenia.
Como a homeopatia pode ajudar no tratamento da
esquizofrenia?

Kent: "Aquele que considera os resultados da


doença como se fossem a própria doença e
acredita que desembaraçando-se dos resultados
acabará com a doença, está louco."
In: Filosofia Homeopática
Como a homeopatia pode ajudar no tratamento da
esquizofrenia?

Kent: "Prescrever pelos resultados da doença


produzirá alterações nos resultados, mas não
no doente, e pode até acelerar o progresso da
doença."
In: Filosofia Homeopática
Como a homeopatia pode ajudar no tratamento da
esquizofrenia?

Kent: "É reconhecido em nossos dias que as


pessoas estão perfeitamente satisfeitas se podem
achar o nome da doença que presumem ter, e uma
ideia envolta em algum nome técnico lhes basta."
In: Filosofia Homeopática
Com relação ao diagnóstico, Kent diz:

"Excetuando-se alguns casos de doenças agudas,


não há diagnóstico possível, e nenhum é necessá-
rio, a não ser o de que a pessoa está doente."
In: Filosofia Homeopática
O homeopata não faz "diagnóstico"; faz
um levantamento de uma síndrome manifestada
pelo paciente, quer dizer, um conjunto de sinais e
sintomas que apontam para uma "personalidade
homeopática".
O homeopata não faz "diagnóstico"; faz
um levantamento de uma síndrome manifestada
pelo paciente, quer dizer, um conjunto de sinais e
sintomas que apontam para uma "personalidade
homeopática".

Anacardium orientale, Aurum metallicum, Lachesis,


Hyosciamus niger, Arsenicum album, Stramonium,
Phosphorus, ou qualquer um dos mais de 6.800
medicamentos catalogados (HN Cristiano).
Mas que fique claro que essa
"personalidade homeopática" não
é do doente, mas do medicamento.
Mas que fique claro que essa
"personalidade homeopática" não
é do doente, mas do medicamento.

Identificar as pessoas como "isto" ou "aquilo"


(o nome de um medicamento homeopático)
é semelhante a dizer que a pessoa tem uma
doença qualquer, baseado em um diagnóstico
alopático. Isso seria alopatizar a homeopatia.
Para nortear o tratamento homeopático da esqui-
zofrenia, e de qualquer doença mental, devemos
levar em conta as orientações de Hahnemann no
Órganon, especialmente os parágrafos 210 a 230,
que tratam especificamente das doenças mentais
e emocionais.
Antes, no § 1º, Hahnemann diz que a nossa
elevada e única missão como homeopatas é a de
restabelecer a saúde dos doentes, que é o que se
chama curar.
Antes, no § 1º, Hahnemann diz que a
nossa elevada e única missão como homeopatas
é a de restabelecer a saúde dos doentes, que é o
que se chama curar.

Na nota de rodapé, ele diz que "já é tempo de que


aqueles que se dizem médicos parem, finalmente,
de enganar a humanidade sofredora com palavras
sem significado e comecem a agir, a socorrer
(ajudar) e a curar."
No § 2º, ele ensina que "o mais alto ideal da
cura consiste no restabelecimento da saúde
de uma maneira rápida, suave e permanente,
removendo e aniquilando totalmente a doença
pela via mais curta, mais segura e menos pre-
judicial, baseando-se em princípios claros e
facilmente compreensíveis."
No § 104, a orientação é que, depois de ter feito
um levantamento criterioso de todos os sinais e
sintomas apresentados pelo doente, deve-se
administrar um medicamento cuja patogenesia
coincida exatamente com as característias da
doença.
No § 104, a orientação é que, depois de ter feito
um levantamento criterioso de todos os sinais e
sintomas apresentados pelo doente, deve-se
administrar um medicamento cuja patogenesia
coincida exatamente com as característias da
doença.

Nunca é demais lembrar que um dos princípios da


homeopatia é o do medicamento único.
§ 273:
"No curso de todo tratamento voltado para a cura,
em nenhum caso é necessário, e por isto mesmo
é inadmissível, utilizar em um doente mais de uma
só substância medicinal simples de cada vez.
§ 273:
"No curso de todo tratamento voltado para a cura,
em nenhum caso é necessário, e por isto mesmo
é inadmissível, utilizar em um doente mais de uma
só substância medicinal simples de cada vez. [...]

"Na homeopatia, a única que merece o nome de


verdadeira terapêutica, porque é lógica e baseada
em leis naturais, está absolutamente proibido dar
ao doente dois remédios diferentes ao mesmo
tempo."
Outro princípio basilar da homeopatia é o da dose
infinitesimal:

§ 275: "A correspondência, a semelhança e a con-


veniência de um remédio em determinado caso de
doença não se baseia apenas na sua eleição per-
feitamente homeopática, mas também na quanti-
dade necessária e adequada ou, mais exatamente,
na exiguidade da dose administrada."
§ 275: "Se for administrada uma dose demasiada-
mente forte de um remédio, ela prejudicará infali-
velmente o doente, mesmo estando bem indicada."
§ 275: "Se for administrada uma dose demasiada-
mente forte de um remédio, ela prejudicará infali-
velmente o doente, mesmo estando bem indicada."

Isso ocorre porque "em virtude do seu caráter


homeopático, o remédio atua precisamente sobre
as partes do organismo que já estão sensibilizadas
pela doença natural."
Cabe aqui também alertar para o problema da
repetição excessiva do remédio:

§ 276: "Um remédio, ainda que seja homeopati-


camente apropriado, é prejudicial quando a dose
indicada é demasiadamente grande em volume,
e mais ainda se é repetida com frequência dema-
siada."
§ 276: "Um remédio, ainda que seja homeopati-
camente apropriado, é prejudicial quando a dose
indicada é demasiadamente grande em volume,
e mais ainda se é repetida com frequência dema-
siada. Este efeito é tanto mais pernicioso quanto
mais homeopaticamente o remédio tenha sido se-
lecionado e quanto mais alta seja a dinamização."
§ 276: "Um remédio, ainda que seja homeopati-
camente apropriado, é prejudicial quando a dose
indicada é demasiadamente grande em volume,
e mais ainda se é repetida com frequência dema-
siada. Este efeito é tanto mais pernicioso quanto
mais homeopaticamente o remédio tenha sido se-
lecionado e quanto mais alta seja a dinamização."

Hahnemann continua:
§ 276: "A administração de doses demasiada-
mente grandes de um remédio perfeitamente
homeopático e, principalmente, sua repetição
demasiadamente frequente e intempestiva
provoca sérios danos na maioria dos casos.
Tais procedimentos, frequentemente, podem
pôr a vida do doente em perigo ou tornar a
doença quase incurável."
Mito:

"Se a homeopatia não fizer bem, mal não faz."


Mito:

"Se a homeopatia não fizer bem, mal não faz."

Vejamos então, no Órganon, como se deve tratar


a esquizofrenia:
§ 214: "O que devo ensinar, concernente ao
tratamento das doenças mentais e das afecções
morais, se reduz, então, a poucas coisas, já que
elas somente podem ser curadas de modo abso-
lutamente idêntico ao que é útil em todas as outras
doenças. Isto significa que em cada caso individual
deve-se opor à doença um medicamento que
represente [...] uma potência patogenética tão
semelhante a ela quanto seja possível."
O que mais pode ser feito
além do uso da homeopatia?
Além do tratamento medicamentoso, o acompa-
nhamento com psicoterapia e a educação familiar
ajudam muito.
Além do tratamento medicamentoso, o acompa-
nhamento com psicoterapia e a educação familiar
ajudam muito.

Lembrando também de cultivar e desenvolver a


boa espiritualidade. Veja o que o Salmo 36.9 diz
a respeito de Deus:
"... em ti está o manancial da vida;
na tua luz veremos a luz."
Perguntas?
"Deus não me deve nada;
eu a ele devo, tudo."

Samuel Hahnemann
10/4/1755 - 2/7/1843

Dr. Moreno: 19.98206-4577

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