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Plantando

igrejas ronaldo lidório pdf

© 1996, Amazon.com, Inc. ou suas afiliadas 2 encontrados | exibindo 1 a 2 Martinho 16/12/2022Um Livro essencialA obra tem uma dosagem perfeita em técnica e prática! Sem dúvida nenhuma é uma referência para aqueles que ardem em seus corações plantar igrejas! spoiler visualizarEduardo Sousa 13/05/2011Teologia Bíblica da
ContextualizaçãoRonaldo Lidório, encerra o capítulo 2 do livro, falando da importância de se investir em uma equipe missionária voltada para o ensino da Palavra, como forma de combater o sincretismo. "Uma igreja sincrética, bem como uma comunidade pagã, pode igualmente ser transformada pelo poder do Evabgelho." p.41 victor.gomesdea
22/02/2017minha estanteOlá, brother! Estou procurando este livro faz algum tempo. Você tem interesse em vendê-lo? 2 encontrados | exibindo 1 a 2 Critérios, limitações e responsabilidade O plantio de igrejas é a forma mais eficaz e duradoura de perpetuar o Evangelho em uma sociedade local. Se plantar igrejas por um lado é uma ação desejável e
escriturística, por outro carece de orientação teológica. Percebo que a má compreensão sobre o assunto está enraizada na má compreensão da Igreja em si, sua natureza e identidade. Devemos nos lembrar de que: ► A Igreja é a comunidade dos redimidos, foi originada por Deus e pertence a Deus (1 Co. 1:1-2). ► A Igreja não é uma sociedade
alienante. Aqueles que foram redimidos por Cristo continuam sendo homens e mulheres, pais e filhos, fazendeiros e comerciantes, os quais respiram e levam o Evangelho onde estiverem (1 Co 6:12-20). ► A Igreja é uma comunidade sem fronteiras, portanto fatalmente missionária (Rm. 15: 18-19). ► A vida da Igreja, acompanhada das Escrituras, é um
grande testemunho para o mundo perdido. É necessário, portanto, que preguemos um Evangelho que faça sentido tanto dentro como fora do templo (Jo. 14:26; 16:13-15).
► A missão maior da Igreja é glorificar a Deus (1 Co. 6:20; Rm. 16:25-27). Precisamos compreender que no plantio de igrejas tanto o pragmatismo imprudente quanto a inércia na evangelização são preocupantes. A Igreja do Espírito Santo em Gana, por exemplo, é um movimento de plantio de igrejas que se desenvolve rapidamente no sul daquele país
e agora envia obreiros para além-fronteiras, também com grandes resultados. Alguns anos atrás, seu fundador convidou diversas instituições cristãs no país para o dia de apresentação daquele ministério e, ao fim, declarou ser, ele mesmo, a encarnação do Espírito Santo na terra. Nem tudo o que demonstra aparente funcionalidade é bíblico. Por outro
lado, devemos cuidar para não sermos tomados por um orgulho narcisista-qualitativo como se o número reduzido de convertidos no processo evangelístico fosse evidência de que, ao contrário dos outros, somos bíblicos. Essa postura pode ser também fruto de soberba e incoerência com os fundamentos bíblicos da evangelização. Não interessa o que
mais um plantador de igrejas faça, ele precisa proclamar o Evangelho. O trabalho social, ministério holístico e compreensão cultural jamais irão substituir a clara comunicação do Evangelho ou justificar a presença da Igreja. Creio que o conteúdo do Evangelho exposto em todo e qualquer ministério de plantio de igrejas deve incluir: Deus como Ser
Criador e Soberano (Ef. 1:3-6); O pecado como fonte de separação entre o homem e Deus (Ef. 2:5); Jesus, Sua cruz e ressurreição como o plano histórico, único e central de Deus para redenção do homem (Hb. 1:1-4); O Espírito Santo, Parakletos – acompanhante – como o cumprimento da Promessa e encarregado de conduzir a Igreja até o dia final. O
marasmo observado no plantio de novas igrejas, normalmente se dá devido a alguns fatores recorrentes: ► A dificuldade de se distinguir igreja e templo, perdendo assim o valor do discipulado e gerando estruturas físicas pesadas demais que demandem excessivo recurso pessoal e financeiro, além de tempo, para sua manutenção. ► A elitização do
processo de plantio de igrejas, tornando-o uma ação praticada puramente pelos ministros e sem participação dos leigos. ► A despreocupação com os fundamentos teológicos e atração pelos mecanismos puramente pragmáticos, ajuntando grupos sem uma verdadeira identidade cristã. ► A ausência da evangelização abundante, sob a segura desculpa
da procura pela qualidade pessoal e teológica. ► A ausência de sensibilidade social e cultural perante o sofrimento e diversidade humana, pregando assim um Evangelho alienado da realidade daquele que o ouve. ► A despreocupação com a oração e uma vida séria com Deus. ► A ausência de planejamento ativo para plantar igrejas, de forma metódica
e zelosa, por parte das igrejas locais. A. G. Simonton, em seu sermão “Os meios necessários e próprios para plantar o Reino de Jesus Cristo no Brasil” em 1867, expõe cinco pontos necessários para a evangelização. Primeiramente, ele nos diz que é necessário ter vida santa, pois “na falta desta pregação os demais meios não hão de ser bem sucedidos”.
Em segundo lugar, ele defende a distribuição de literatura bíblica como livros, folhetos e a própria Bíblia, pois “a imprensa é a arma poderosa para o bem”. Em terceiro lugar, a pregação individual, pois “cada crente deve comunicar ao vizinho ou próximo aquilo que recebe”. Em quarto lugar, ele menciona o chamado ministerial, a pregação por
pessoas designadas e ordenadas para esse encargo. Por fim, expõe a necessidade de se estabelecer escolas para os filhos dos membros das igrejas, em uma iniciativa social e de preocupação familiar.

Não há projeto mais duradouro e transformador do que este: pregar o Evangelho de Cristo plantando igrejas que transformam vidas. Plantar igrejas é missão da Igreja.
Comunicação, Interculturalidade E Ética Click to viewThe PDF file format is one of the best ways to publish, save and exchange well-formatted documents that will look exactly the same regardless of the device or computer you open them on. Whether it's your résumé, a tax form, e-book, user guide or a web page, you can't go wrong using a PDF.
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de plantio de igrejas. 1ª Ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. Logo na introdução Ronaldo Lidório critica algumas abordagens a respeito da plantação de igrejas, pois para ele as igrejas locais devem ser bíblicas, vivas, contextualizadas e missionárias. Dentre essas críticas ele cita a ênfase pragmática, crescimento numérico em detrimento do
fundamento bíblico. Sociológica, uma igreja busca apenas solucionar os problemas humanos. Uma terceira abordagem distorcida é a eclesiológica, através de um conceito limitado ou distorcido da identidade da igreja, no sentido de que a igreja não tem missão, mas sim Deus, ou que a única função da igreja é a evangelização (missões). Lidório diz: “A
proclamação, apesar de não ser a única característica procurada em por Deus em sua igreja, é possivelmente a mais urgente e vital para o mundo em trevas”, e continua, “a ausência deste sentimento na vida diária da igreja é sintoma de enfermidade crônica espiritual e bíblica (p.13). O autor ainda na introdução faz distinção entre evangelização e
plantio de igrejas. A primeira é a apresentação de Cristo a um indivíduo. O segundo é apresentar Jesus numa área definida capaz de aprender a Palavra, orar, ter comunhão e proclamar Jesus a outros, ou seja, tem o propósito de gerar uma comunidade capaz de plantar outras igrejas.

No primeiro capítulo, Lidório apresenta alguns critérios teológicos da plantação de igrejas e o processo bíblico de proclamação e contextualização da mensagem. Nessa perspectiva buscar a reconciliação entre missiologia e teologia, dizendo que não deve haver separação distinta das duas disciplinas, pelo contrário, devem ser vistas como disciplinas
complementares. Cita Hesselgrave para confirmar a ausência de fundamento teológico nos estudos sobre plantio de igrejas: “o compromisso evangélico com a autoridade das Escrituras é vazio de significado se não permitirmos que os ensinos bíblicos moldem a nossa missiologia” (p.17). A seguir ele diz que a teologia foi formada enquanto eram
plantadas igrejas, ou seja, num contexto do cumprimento da missão de Deus. Apresentando critérios teológicos para o plantio de igrejas ele afirma que isso deve ser definido (1) pelo poder e desejo de Deus de salvar vidas, (2) pela fidelidade às Sagradas Escrituras, e (3) por sua proclamação. Outro subtema dentro do capítulo foi uma breve
apresentação da história e metodologia da plantação de igrejas, mostrando também seus problemas mais comuns. Finaliza o capítulo 1 enfatizando que “a união entre Teologia e Missiologia, o estudo de Deus e a aplicação deste conhecimento para sua glória na expansão do Reino são necessários para o estabelecimento de princípios e práticas no
plantio de igrejas” (p.24).

No capítulo 2 Ronaldo Lidório trata da Teologia Bíblica da Contextualização numa perspectiva teológica, apresentando seus objetivos e limitações, bem como sua relevância e perigos.
Para ele, a contextualização missionária significa “comunicar o evangelho de forma teologicamente fiel e ao mesmo tempo humanamente inteligível e relevante” (p.25, sintetizando o pensamento de Hesselgrave). Lembrando que a falta de contextualização na obra missionária transcultural tende a gerar duas conseqüências desastrosas: sincretismo
religioso e nominalismo evangélico. Segundo ele, Jesus foi o maior exemplo de contextualização na missão de proclamar o evangelho no seu contexto judaico. Como primeiro passo para fundamentar uma teológica da contextualização cita uma parte do sermão escatológico de Jesus em Mateus 24. Depois de fazer uma análise exegética do v.14 ele
conclui com uma paráfrase do verso: “o evangelho do reino será pregado de forma inteligível e compreensível por todo o mundo habitado, por meio do testemunho martírico, de vida, da igreja, a todas as etnias definidas” (p.26-27). Então “virá o fim”, “Jesus voltará”. “Esta comunicação do evangelho, portanto, em uma perspectiva transcultural,
necessita de um trabalho de ‘tradução’ em duas áreas específicas: a língua e a cultura” (p.27). Segundo ele, “a contextualização somente é possível com uma fundamentação bíblica que a conduza, bem como é necessária para a fidelidade na transmissão dos conceitos bíblicos” (p.28). Quanto aos pressupostos bíblicos para a contextualização, Lidório
fundamenta-se no texto de Rm 1.18-27. Aos dar exemplos de modelos bíblicos de contextualização baseia-se nos sermões e ensinos de Paulo no livro de Atos, em três tipos de públicos (e culturas): 1) aos judeus em Atos 9.19-22; 2) aos judeus, mas com simpatizantes gentios [judaizantes] (At 13.14-16); e 3) aos gentios sem conhecimento das Escrituras,
em Atos 17.16-31. Apresentando ao fim algumas conclusões acerca do modo de Paulo de expor o evangelho de forma contextualizada. Lidório finaliza o capítulo 2 dizendo, mais uma vez, do perigo da má contextualização ou falta dela: o sincretismo religioso e o nominalismo cristão.

No cap. 3 Lidório fala sobre A Igreja e sua missão no plantio de igreja. A primeira coisa que faz é conceituar o que é a igreja neotestariamente. Pois no processo de plantação de igrejas é preciso ter a teologia correta do que é a igreja de Deus. Assim, ele aponta algumas características da Igreja neotestamentária. Ela é de Deus, humana, local e
missionária. A seguir ele mostra o processo de envio da igreja, enfatizando que igrejas plantam igrejas. Mostra também que Deus chama pessoas e igrejas como um todo para fazer parte da edificação do corpo de Cristo. Finaliza o capítulo dizendo que a obra missionária da igreja é a sua participação na Missão de Deus (Missio Dei). E critica visões
distorcidas no trabalho missionário, como crescimento denominacional, resultados versus caráter, capacidade humana versus dependência de Deus, estratégias substituindo a fidelidade à Palavra e o zelo teológico sem prática missionária. Os capítulos 4 e 5 Ronaldo Lidório trata das Estratégias para o Plantio de Igrejas, em duas partes.

Na primeira parte (cap. 4), é enfatizando a convicção do autor de que essas estratégias devem ser fundamentadas na Bíblia, especialmente nos exemplos de plantio de igrejas do Novo Testamento, o que é essencialmente paulino. Outra convicção marcante de Lidório é que o foco é na plantação de igrejas, não apenas a evangelização de indivíduos, ou
seja, o foco é uma comunidade, seja ela urbana, rural ou tribal, com o propósito de ali plantar uma igreja, que por sua vez seja multiplicadora, uma igreja plantadora de igreja. Na elaboração do modelo paulino de plantação de igrejas, o autor diz que “a dificuldade em lidar com estratégias de plantio de igrejas é que em cada diferente contexto certas
abordagens são mais aplicáveis que outras” (p.58). Ele cita os exemplos da plantação das igrejas de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Tessalônica. Ele mostra que em cada uma das cidades foi feita uma abordagem diferente, e sumaria dizendo: “todas as estratégias devem ser avaliadas de acordo com o contexto a serem aplicadas senão
fracassarão” (p.59). Na página 60 Lidório elenca as 12 principais abordagens utilizadas por Paulo.
No restante desse capitulo, é feita análise de algumas “realidades que limitam o desenvolvimento de estratégias saudáveis para o plantio e crescimento de igrejas”; também mostra alguns passos para organização de igrejas e um sumário de um projeto de plantação de igrejas. No capítulo 5 ele continua a pensar sobre as estratégias para o plantio de
igrejas e propõe 8 estratégias que podem ser aplicadas de forma relevante nos contextos urbano, rural e tribal. As quais sejam: 1) Pesquisa e compreensão da sociedade local; 2) Abundante evangelização; 3) Comunicação de um evangelho cristocêntrico; 4) Oração; 5) Organização de igrejas locais; 6) Discipulado e treinamento de líderes locais; 7)
Envolvimento social que promova ações sociais; e 8) Desenvolvimento do perfil de plantador de igrejas. No último capítulo Ronaldo Lidório traça a relação entre O Espírito Santo e o Processo de Plantação de Igrejas. Sua afirmação principal é de que “sem a ação do Espírito, a compreensão teológica e os princípios bem aplicados não farão nascer uma
igreja” (p.101). Reconhece também, conforme pesquisa da Patrick Johnstone que “jamais tivemos um crescimento tão expressivo da igreja como em nossos dias” (p.101). Divide esse capítulo em três partes. Primeiro, Lidório fala da essência da pessoa do Espírito e sua função na expansão da igreja, através da conversão dos perdidos, bem como por
meio dos avivamentos históricos e os movimentos missionários. Segundo, ainda com relação a ação do Espírito e missões, Ronaldo fala do evento Pentecostes, no qual se cumpre a promessa do recebimento de poder do alto, capacitando a igreja nascente para ser testemunha de Cristo. Diz ele: “A igreja revestida nasceu com uma missão: testemunhar
sobre Jesus” (p.103). Em Atos 2 o autor ainda diz que a ação do Espírito no dia de Pentecostes gerou uma igreja: (1) não enclausurada; (2) não segmentada, pois havia “um só coração e uma alma”; e (3) não autocentrada, pois somente Jesus deve ser o centro, só Ele deve ser exaltado. Finaliza o capítulo enfatizando: “A dependência da ação do Espírito
é, portanto, condição necessária e fundamental para sonharmos ver igrejas nascendo, em Cristo, para Deus” (p.104). Ronaldo Lidório conclui o livro com uma palavra pastoral de encorajamento aos plantadores de igrejas baseado na parábola do semeador e no Salmo 126. Na última frase diz: “Na força do Senhor continue a caminhar... e chorar... e
semear... e sorrir, porque estamos aqui, na lavoura do Pai. Não há lugar melhor”. O livro de Lidório embora não muito extenso é de uma profundidade justificada apenas pelo vasto conhecimento teológico/missiológico e prático na plantação de igrejas nos diversos contextos culturais que existem nesse mundo de Deus. O seu livro é altamente aplicável
em cada contexto, seja ele urbano, rural ou tribal. E ainda dentro desses contextos distintos nas suas mais variadas expressões culturais. Como disse no capitulo 2, “a contextualização não é apenas possível com uma fundamentação bíblica que a conduza, mas necessária para a fidelidade na transmissão dos conceitos bíblicos” (p.28). E para uma
comunicação eficaz do Evangelho é preciso, como disse no cap. 5 sobre as estratégias, uma pesquisa para compreensão da sociedade local onde se desejar plantar igrejas, reconhecendo também que as abordagens são dinâmicas dependo do contexto em que pretende testemunhar de nosso Senhor Jesus Cristo e plantar igrejas para a glória de Deus.
Robson Rosa Santana Para adquirir o livro clique aqui RESENHA LIDÓRIO, Ronaldo. Plantando Igrejas: teologia bíblica, princípios e estratégias de plantio de igrejas. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. 106p. Ronaldo Lidório é doutor em antropologia cultural e intercultural. Traduziu o Novo Testamento para uma das línguas tribais africanas, onde
atuou com fundação de igrejas e tradução bíblica para a língua Limonkpeln de Gana, como missionário da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT). Atualmente tem seu trabalho voltado à análise linguística, tradução, plantio de igrejas e desenvolvimento humano e social na Amazônia. É autor de 15 livros publicados, dentre eles
Indígenas do Brasil, Konkombas, Plantando igrejas e Liderança e integridade. A obra está dividida em seis capítulos, nos quais aborda o assunto do plantio de igrejas sob três prismas relacionados: teologia do plantio de igrejas em uma cosmovisão bíblica, os princípios e estratégias do plantio de igrejas e as possibilidades de um movimento de plantio
de igrejas. Não fora o texto bíblico às mãos, poder-se-ia questionar a validade do uso que Lidório faz do termo plantar (do inglês plantation ) e derivados no referir-se ao processo de fundação de igrejas. O apóstolo Paulo usa o referido termo para referir-se a tal conceito e prática (cf. 1 aos Coríntios 3:6-9; 9:7, 10 e 11).
Tal validação é imediatamente apontada pelo autor da presente obra (p. 11). Nos primeiros instantes de sua abordagem, Lidório caracteriza como deve ser, do ponto de vista bíblico, o processo de plantio (fundação) de igrejas. Aponta o pragmatismo como um dos fatores de distorção; além da ênfase pragmática, a sociológica, onde a vitalidade está na
busca pela solução do sofrimento humano; e a eclesiológica, quando a igreja assume o que pertence a Deus exclusivamente: a missão. No capítulo primeiro, o autor objetiva descrever alguns critérios teológicos para o plantio de igrejas, refletindo sobre o processo bíblico de proclamação e contextualização na transmissão da mensagem.
Ao discorrer sobre a necessidade de conciliação entre Teologia e Missiologia, o autor elenca três perigos quando há dissociação entre as duas disciplinas: 1) usar Deus como instrumento para realizar nossos propósitos no plantio e crescimento de igrejas em lugar de servi-lo no cumprimento de seus planos na terra; 2) oferecer soluções simplistas para
problemas complexos em relação à comunicação do evangelho, contextualização e plantio de igrejas; 3) utilizar a Teologia com finalidade puramente acadêmica e não aplicável à igreja, sua vida e dinâmica. Em seguida, ainda no mesmo capítulo, Lidório trata dos critérios bíblicos para o plantio de igrejas, alistando os seguintes: 1) O plantio de igrejas
não deve ser definido em termos de treinamento e habilidade, mas pelo poder e desejo de Deus de salvar vidas. Há enorme necessidade de treinamento de obreiros e utilização de suas habilidades, afirma o autor, mas nós não devemos esperar o cumprimento da missão por meio de estratégias cuidadosamente desenhadas e recursos humanos bem
preparados. 2) O plantio de igrejas não deve ser definido em termos de resultados humanos, mas pela fidelidade às Sagradas Escrituras. Não temos permissão de Deus – enfatiza o autor – para manipularmos os homens ou criarmos atalhos para a proclamação.
Em plantio de igrejas o que é bíblico não significa, necessariamente, grandes resultados em termos de rapidez e números. Solano Portela, no artigo Planejando os Rumos da Igreja: Pontos Positivos e Crítica de Posições Contemporâneas (disponível em acesso em 16/03/12 às 14h23), afirma: ‘’Tendo uma base falsa, não é de espantar que no plantio de
igrejas, as metas numéricas ou quantitativas sejam colocadas como consequências naturais do esforço organizado’’. 3) O plantio de igrejas não deve ser uma ação definida pelo conhecimento do evangelho, mas por sua proclamação. O autor afirma que ‘’ o ponto mais relevante ao lidar com a praxis do plantio de igrejas não é quão capacitado você está
para pregar o evangelho, mas quanto você o faz’’ (p. 21). O capítulo segundo é dedicado ao assunto da contextualização sob uma perspectiva teológica, seus objetivos e limitações, sua relevância e perigos. O autor afirma que, historicamente, a ausência de uma teologia bíblica da contextualização tem gerado duas consequencias desastrosas no
movimento missionário mundial: o sincretismo religioso e o nominalismo evangélico (p. 25). Ao dissertar a respeito da relevância da contextualização no plantio de igrejas, Lidório faz uma sucinta exegese em Mateus 24.14 que inclui vocábulos tais como martyria (testemunho), oikoumene (mundo habitado), ethnesin (etnia), e prossegue parafraseando
o texto bíblico da seguinte forma: ‘’O evangelho do reino será proclamado de forma inteligível e compreensível por todo o mundo habitado, por meio do testemunho martírico, de via, da igreja, a todas as etnias definidas’’. A comunicação do evangelho em uma perspectiva transcultural, portanto, conclui o autor, necessita de um trabalho de ‘’tradução’’
em duas áreas específicas: a língua e a cultura (p.27). Ainda em relação à contextualização, Lidório aponta três perigos fundamentais quando tratamos da contextualização dentro do universo missionário. São eles: o perigo impositivo, quando da tendência de impormos nossa forma de ler e interpretar o mundo. O autor afirma que a perigosa
apresentação impositiva do evangelho a que nos referirmos, portanto, confunde o evangelho com a roupagem cultural daquele que o expõe, deixando de apresentar Cristo e propondo apenas uma religiosidade vazia e sem significado para o povo que a recebe (p. 29). O segundo perigo é o pragmático, que ocorre quando assumimos uma abordagem
puramente prática na contextualização, o que resulta da leitura da contextualização a partir da perspectiva dos resultados mais que de seus fundamentos teológicos. O terceiro perigo é o sociológico, isto é, encarar a contextualização como sendo nada mais que uma estrutura de soluções para as necessidades humanas. Ao desenvolver o capítulo
terceiro, o autor procura descrever o tema do plantio de igrejas sob a perspectiva da missão, isto é, o resultado do intento divino que lida com a atividade eclesiástica. Enquanto conceitua a igreja neotestamentária, Lidório menciona o fato de a compreensão de igreja que os discípulos tinham crescer em estágios no decorrer de Atos dos Apóstolos, da
seguinte maneira: primeiro, a igreja ao redor dos apóstolos em Jerusalém; segundo, os gentios definindo o conceito crescente de igreja; terceiro, as igrejas locais plantando igrejas locais. A seguir Lidório disserta sobre a igreja como sendo de Deus, humana, local e missionária (p. 46-47). As estratégias para o plantio de igrejas são assunto dos
capítulos quarto e quinto, os quais o autor dividiu em duas partes, tratando da fundamentação bíblica das estratégias e apresentando o modelo paulino de desenvolvimento como exemplo (p. 58).
O autor defende a evangelização não apenas de indivíduos, mas de comunidades. A seguir, Lidório menciona seis realidades que limitam o desenvolvimento de estratégias saudáveis para o plantio e crescimento de igrejas: 1) gigantismo sem mobilidade; 2) centralização e elitização do clero; 3) ausência de estrutura física e logística facilitadora do
crescimento; 4) foco no gerenciamento da instituição e não no pastoreio de pessoas; 5) a perda do hábito evangelizador, e 6) ausência de planejamento, alvos e organização. O último capítulo do livro é uma declaração da necessidade de compreendermos que, sem a atuação do Espírito de Deus, não é possível a concretização da tarefa evangelizadora.
Qual a relação – pergunta Lidório – entre a expansão do evangelho e a pessoa do Espírito Santo?
E quais os critérios para uma igreja, cheia do Espírito, envolver-se com a expansão do evangelho de Cristo? O autor responde, afirmando que esta relação poderia ser observada em três áreas distintas, a respeito das quais discorre: Primeiro, por meio da essência da pessoa do Espírito e sua função na igreja de Cristo; segundo, pela essência da pessoa
do Espírito na conversão dos perdidos; terceiro, pela clara ligação entre os avivamentos históricos e o avanço missionário.
Ronaldo Lidório é um evangélico conservador, e como tal, evoca a necessidade da fundamentação bíblica para a prática missionária, em oposição às metodologias pragmáticas de crescimento de igrejas. A presente obra é indicada para iniciação em missiologia. Recomenda-se largamente seu uso em cursos e seminários de educação bíblica, devido ao
seu caráter didático, profundo e de fácil compreensão. Pablo Edgardo Monteiro Santos, Licenciado em Música, Bacharel em Teologia e aluno do Mestrado em Missiologia do Centro de Educação e Missões CIEM, no Rio de Janeiro, desde 2011.
O presente trabalho é feito em cumprimento às exigências da disciplina História da Igreja em Missão, ministrada pelo Dr. Israel Belo de Azevedo, no curso de Mestrado da referida Instituição. Um Livro essencial

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