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1.

INFORMAÇÕES GERAIS

REQUERENTE

Nome: Maria das Graças Tavares.


Endereço: Centro, Araguaína - TO.
CPF: 383.767.251-49.

ELABORAÇÃO DO PROJETO

Responsável Técnico

Nome: Victor Isaias Pereira Silva


Endereço: Rua Gabriel, 247, Setor Urbanístico - Araguaína – TO
CREA 211426/D-TO
CPF: 887.308.671-34
Fone de Contato: (63) 9221 – 2739 / 8150-4691
Email: victorips@hotmail.com

IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE

Imóvel: Fazenda Santo Expedito.


Município: Goiatins – TO.
APR Esc: 2036.1201 ha.
APR Vet: 2015.1813 ha.
ARL: 713.6623 ha.
ARLS: 42.0203 ha.
AUA: 768.6870 ha.
APP: 112.6337 ha.
ARD: 378.1780 ha.

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2. PROJETO DE EXPLORAÇÃO FLORESTAL

MEIO ABIÓTICO

a) Clima

O clima da região é úmido subúmido (C2wA’ a’), com moderada


deficiência hídrica, chuvoso, mas com uma longa estação seca
(TOCANTINS, 2002).
O padrão sazonal de precipitação anual indica a ocorrência de um
semestre úmido de novembro a abril e um semestre mais seco
correspondente ao período de maio a outubro, sendo julho o mês com
menores índices de chuvas, chegando a 0 mm. Como ocorreu em 2007,
podem ocorrer secas intensas com duração de cinco meses.
As precipitações pluviais crescem do sul para o norte desde 1.500
mm até 2.100 mm e do leste para oeste de 600 mm até 1.800 mm.

b) Solo

O solo existente na área de desmate denomina-se como Latossolo


arenoso.

c) Hidrografia

Ribeirão Formiga e outros córregos sem denominação.

d) Relevo

Da propriedade: plano a suave ondulado


Da área requerida para desmatamento: plano a suave ondulado.

MEIO BIÓTICO

a) Flora

Na propriedade foi detectada a presença das seguintes espécies:

Açoita cavalo, amargoso, almesca, ata de raposa, ata, cagaita, sucupira,


cachamorra, caju, candeia, castanha de burro, cinzeiro, fava de bolota, fava
d’anta, Gonçalo alves, inharé, jatobá, mirindiba, massaranduba, murici danta,
murici, oiti, escorrega macaco, maminha de porca, pau de leite, pau terra,
pequi, pindaibinha, puçá, tamboril, mutamba, vermelhinho, mata menino,
maria preta, piranheira, pau darco, olho de boi, cabelo de cutia, sambaiba,
folha larga, pau pombo, tingui, mangabeira, cagaita, ipê, araça, fruta de
morcego, craiba, angelim, casco danta, taipoca, birro, pente de macaco,
tarumã, para tudo, capitão do campo, pajeu, aroeira, macaúba, pubeiro, pau

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de brinco, folha de carne, tatarema, barbatimão, menju, embaúba,
cachimbeiro, espinheiro, angélica, mamoninha, pati, fruta de jacú.

b) Fauna

Dentre as espécies existentes na área, podemos citar os seguintes:


raposinha (Pseudolopex vetulus), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus),
guaxinim (Procyon cancrivorus), suçuarana (Puma concolor), tamanduá-
bandeira (Myrmecophaga tridactyla), veado-catingueiro (Mazama
guazoubira), caititu (Tayassu tajacu), guariba (Alouatta caraya), macaco-
prego (Cebus libidinosus), cutia (Dasyprocta agouti), cascavel (Crotalus
durissus), seriema (Cariama cristata), o peba (Euphractus sexcinctus),
ema (Rhea americana), a rolinha (Columbina minuta), coruja (Speotyto
sp.), calango (Cnemidophorus ocellifer), morcego (Carolia perspicillata),
onça pintada, bandeira, dentre outros.

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3. PLANEJAMENTO

A área ao qual se solicita o desmatamento apresenta sua vegetação


com idade e porte suficiente para se definir a necessidade da realização do
projeto de desmatamento para que se proceda, de forma legal, a supressão da
vegetação ali existente.
Após a supressão da vegetação, será necessária a adoção de alguns
métodos para que a área desmatada esteja pronta para a implantação da
cultura de interesse, e posterior execução da atividade que predominará na
propriedade, que neste caso é a agricultura.

a) Conversão da área de uso alternativo do solo.

O processo de conversão da área de uso alternativo do solo terá início


com a supressão das espécies arbóreas utilizando um trator traçado e em
algumas regiões, possivelmente haverá a necessidade de se efetuar os
trabalhos com um trator de esteira, com uma lâmina na parte frontal, ao qual
estará puxando uma grade aradora, procedendo logo em seguida a catação
manual ou mecanizada das raízes, e também a destoca. Em seguida faz-se o
enleiramento e o aproveitamento do material lenhoso que irá servir para lenha,
estacas e madeira para serraria.

b) Impactos ambientais

As práticas adotadas para se efetuar a supressão da vegetação em


uma determinada área ocasionam impactos ambientais bastante significativos,
com dimensões proporcionais ao tamanho da área, tipologia predominante,
condições de solo, dentre outros, sendo este um fator de grande importância,
sobretudo às espécies afetadas.
Contudo, é necessário que seja sugerido métodos mitigadores que
servirão para amenizar esse tipo de problema. Na tabela 01 são citados os
principais possíveis impactos ambientais, suas respectivas medidas
mitigadoras e seus métodos de monitoramento da área:

Tabela 1: Impactos ambientais e suas medidas mitigadoras

Impactos Ambientais Medidas Mitigadoras Monitoramento


Queda de fertilidade futura Adubação e calagem Fazer afazer as devidas
correções
Alteração da biodiversidade Destinação da área de Preservar as espécies
local reserva legal da área total vegetais e animais
e suplementar
Redução da flora Destinação da área de Fazer aceiros para evitar
reserva legal da área total queimadas e proibição da
e suplementar retirada de madeira ilegal
Redução de habitat da fauna Destinação da área de Proibição da caça e pesca
local reserva legal da área total no local, fazer sempre os
e suplementar aceiros para evitar
queimadas, proibição da

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retirada de madeira ilegal.
Preservar a reserva legal,
dando preferência a
implantação da área de
reserva unida às reservas
das propriedades
vizinhas.
Provável surgimento de Implantação de curvas de Verificar a presença de
erosão nível; aproveitar a palhada enxurradas e implantar
pós-colheita; plantio curvas de nível e
direto. drenagem. Optar pelo
plantio no sistema direto,
Aparecimento de pragas Aplicação de defensivos Percorrer frequentemente
agrícolas recomendados a área para detecção de
por especialistas. pragas.

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4. INVENTÁRO FLORESTAL

PROCESSO DE AMOSTRAGEM

O método estabelecido para sorteio das unidades amostrais foi o


aleatório, com distribuição sistemática das mesmas, com tamanho individual de
0,1 hectares, ou seja, 1000 m², nas dimensões de 10 x 100 metros. Ao
determinar o local para demarcação da unidade amostral através da
coordenada UTM adquirida na planilha de sistematização, faz-se a menção da
largura da mesma, sendo que o ponto onde se deu a coordenada deve ser o
meio da parcela, medindo então 05 metros para a esquerda e 05 metros para a
direita.
Ao encontrar a unidade amostral, por meio da coordenada UTM, lavra-
se uma árvore caso coincida, ou finca-se uma estaca para se ter noção que se
inicia a unidade amostral. Após isso, abre-se uma picada seguindo em uma
distância de 50 metros em seu eixo.
O sentido de caminhamento adotado foi o “zig – zag”, obedecendo à
largura de 05 metros paralelamente à linha da picada, e para facilitar, lavra-se
cada espécie contida no quadrante da parcela para que não ocorra de levantar
os dados de uma mesma espécie mais de uma vez, ou então de deixar de
coletar os dados por achar que assim o fez.
Durante essa mensuração, faz-se a abordagem das espécies com
circunferência a partir de 18 cm, ou a que achar significativa, assim como a sua
altura comercial, altura da galhada e fuste.
O fator de forma utilizado no inventário é 0,65. (IBAMA)
Este tipo de amostragem foi utilizado devido à área requerida para
desmate possuir tipologia vegetal homogênea, possibilitando assim a utilização
deste método.

INSTRUMENTOS E MÉTODOS DE MEDIÇÃO

Os instrumentos e métodos utilizados na medição foram:


- para medição do C.A.P.: fita métrica;
- para medição da altura: vara de 4 m de altura;
- para medição da distância: trena de 50 metros e corda de 50 m;
- para marcação das amostras: aparelho GPS Garmin 12.

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