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ISSN 1676-7667

CIRCULAR TÉCNICA
Desempenho de forrageiras
47 em caatinga manipulada em
região semiárida

Fernando Lisboa Guedes


Nilzemary Lima e Silva
Henrique Antunes de Souza
Sobral, CE Roberto Cláudio Fernando Franco Pompeu
Dezembro, 2018 Francisco Éden Paiva Fernandes
Foto: Fernando Lisboa Guedes
2 Circular Técnica 47

Enriquecimento da Caatinga
A produção de alimentos para os rebanhos constitui, provavelmente, o maior
desafio que enfrenta a pecuária nas regiões semiáridas. Isso porque a va-
riabilidade e incertezas climáticas tornam as culturas das forrageiras uma
operação de alto risco, além de ser competitiva com a agricultura tradicional.
Assim, as pastagens nativas dessas regiões tornam-se a fonte de alimenta-
ção mais importante para os animais.

Nos sertões nordestinos, as condições adversas do meio fazem com que


a oferta de forragem fique, muitas vezes, aquém das necessidades dos re-
banhos, tanto do ponto de vista quantitativo, quanto qualitativo. Além disso,
a fragilidade dos ecossistemas das regiões semiáridas torna a vegetação
nativa altamente vulnerável, requerendo que técnicas e práticas de manejo
conservadoras sejam aplicadas para que a atividade pecuária seja conduzida
em bases sustentáveis (Araújo Filho; Silva, 1994).

Pesquisas têm mostrado que o enriquecimento da caatinga com gramíneas e


leguminosas exóticas, adaptadas às condições de semiaridez, eleva a produ-
ção de fitomassa e consequentemente um vigoroso aumento da capacidade
de suporte (Araújo Filho, 2013). Esse aspecto é importante porque, atual-
mente, a degradação das pastagens nativas encontra-se presente em toda
a região da caatinga. Com isso, o processo de desertificação avança pelo
Semiárido nordestino.

Diante do contexto, o objetivo da pesquisa foi avaliar espécies forrageiras,


sendo 12 cultivares de gramíneas, três espécies de leguminosas e quatro cul-
turas anuais, para o enriquecimento da Caatinga raleada. São apresentadas
informações de desempenho produtivo de forragem em sistema integrado de
lavoura e pecuária na Caatinga raleada, sob condições de sequeiro no norte
do Ceará.

Implantação do sistema de produção de forragem


Para implantação do presente sistema de produção de forragem, foi selecio-
nada uma área de caatinga em estádio de capoeira, em uma área de dois
hectares no qual foi aplicado o manejo pastoril da caatinga raleada em sa-
Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 3

vana e enriquecida adubada sugerida por Araújo Filho (2013). Souza Neto et
al. (2001), em estudo da análise de investimento de sistemas de manejo da
caatinga para a produção de ovinos no semiárido nordestino, demonstraram
que, entre os quatro sistemas de manejo da caatinga avaliados (Caatinga
Raleada - CR, Caatinga raleada e adubada - CRA, Caatinga raleada enri-
quecida - CRE, Caatinga raleada enriquecida e adubada - CREA), apenas a
CREA apresentou viabilidade econômica.

A área da caatinga utilizada para implantação do sistema de produção se lo-


caliza na Embrapa Caprinos e Ovinos, sendo o clima do tipo BShw, segundo
a classificação de Köppen, com estação chuvosa de janeiro a junho e tempe-
ratura média anual de 28 ºC com variação de 23 °C a 37 °C ao longo do ano,
e solo classificado como Luvissolo Háplico (Santos et al., 2013). A precipita-
ção pluvial durante a condução da pesquisa foi de 805 mm (Figura 1).
Pluviosidade Sobral 2017

Fevereiro: 31,8 mm

50 Março: 468,6 mm
Chuva mm

45 Abril: 199,6 mm
40
Maio: 105,6mm
35
30 Junho: 0 mm
25
20
15
10
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Dias

Figura 1. Precipitação diária do período chuvoso de 2017, no município de Sobral/


CE1.

Foi adotado o protocolo preconizado por Araújo Filho (2013): cercou-se a


área a ser manejada; efetuou-se o corte seletivo da vegetação lenhosa, pou-
pando-se em média 200 árvores por hectare em disposição semelhante a
uma savana, ou seja, preservou-se uma árvore com distância média de 15
m. Retirou-se a madeira útil para estacas, mourões e lenha; picotaram-se
os garranchos no local, a fim de acelerar sua decomposição, os quais foram
amontoados em cordões perpendiculares ao declive do terreno, espaçados
em três metros, para proteção do solo contra a erosão; aplicaram-se 10 t ha-1
de esterco curtido de ovino sobre as linhas de cultivo; no início das chuvas,
1
EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS. Relatório de dados meteorológicos Setor de Campos
Experimentais: fevereiro/julho de 2017. (Dados não publicados).
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efetuou-se o plantio das forrageiras, gramíneas em linhas sob cultivo míni-


mo e leguminosas dispostas em aleias; realizou-se o consórcio de culturas
anuais (milho, sorgo, milheto e girassol) entre as aleias das leguminosas.
Procedeu-se o roço do estrato herbáceo nas entre linhas das gramíneas e
das leguminosas e o controle dos rebrotes de árvores e arbustos; no primeiro
ano de implementação não houve entrada de animais.

Produção de fitomassa da Caatinga raleada


A tabela 1 apresenta a produção de fitomassa do estrato herbáceo em uma
Caatinga raleada. Para determinação da disponibilidade de matéria seca do
estrato herbáceo no final do período chuvoso, seguiu-se a metodologia su-
gerida por Araújo Filho (2013). Observou-se que nas áreas amostradas com
incidência de luz solar (70% da Caatinga raleada) apresentou a porcenta-
gem de cobertura do solo pelo estrato herbáceo duas vezes maior que nas
áreas com sombreamento (Tabela 1). As dicotiledôneas representaram mais
de 60% da matéria seca disponível, tanto nas áreas em pleno sol quanto
com sombreamento. A produtividade média do estrato herbáceo para esse
ecossistema foi acima de 4.000 kg ha-1. Esses resultados confirmam que a
manipulação da caatinga disponibiliza forragem do estrato lenhoso através
do rebaixamento e aumenta a produção de forragem do estrato herbáceo,
devido à penetração da luz solar. Assim, há um melhoramento de oferta de
forragem para os animais.

Tabela 1. Disponibilidade de matéria seca do estrato herbáceo em Caatinga raleada

Produção do Extrato Herbáceo em Catinga Raleada

Estrato Cobertura Gramíneas Dicotiledôneas Serapilheira Total


herbáceo % MS kg ha-1 MS kg ha-1 MS kg ha-1 MS kg ha-1

Em pleno
61,67 1.133,33 2.866,67 740,00 4.740
sol

Sombra 32,83 520,00 1.666,67 346,67 2.532


Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 5

A maioria dos trabalhos que avaliam a disponibilidade de matéria seca da


vegetação da Caatinga destaca valores de 1500 kg ha-1 a 4000 kg ha-1 e que,
a depender das características de cada área, especialmente da cobertura do
solo por plantas lenhosas, e da época de avaliação, a participação de gra-
míneas e dicotiledôneas herbáceas apresenta variações acentuada (Pereira
Filho et al., 2007; Carvalho Júnior et al., 2009).

Diante disso, se considerarmos que o consumo médio diário de matéria seca


de um ovino em produção com peso corporal médio de 25 kg equivale a
3,6% do peso corporal para ganhos de150 gramas/dia e com relação volu-
moso:concentrado de 70:30, observa-se que o extrato herbáceo produzido
na Caatinga raleada (70% da área mantida em pleno sol e 30% sombreada),
é capaz de manter 32 ovinos/ha, ofertando cerca de 0,630 kg biomassa de
forragem/ovino x dia por pelo menos 103 dias de pastejo (4078,5 kg BFT/ha x
(0,5 - Eficiência de uso da forragem) ÷ 32 ovinos/ha ÷ 103 dias).

O produtor também tem a opção de utilizar o estrato herbáceo para produção


de volumoso como silagem e/ou fenação, que tem a vantagem de conservar
as características nutricionais do alimento produzido a ser fornecido nos pe-
ríodos mais críticos do ano. Portanto, se o produtor optar por utilizar o estrato
herbáceo para a produção de feno com o corte da fitomassa total rente ao
solo, haveria a possibilidade de alimentar em média 56 ovinos por 103 dias
ou mesmo, 24 ovinos por oito meses, o que coincide com o período seco
do ano no semiárido, levando em consideração que durante o processo de
fenação ocorre cerca de 10% de perdas. Contudo, vale destacar que o perío-
do de fenação deve ser realizado após 50% - 60% do estrato herbáceo que
tenha frutificado, permitindo a ressemeadura natural do pasto para fins de
conservação e utilização nos anos vindouros, assegurando a manutenção da
diversidade botânica da vegetação do Semiárido.

O sucesso do raleamento e a manutenção de bons índices de disponibilidade


de forragem herbácea exigem manejo da rebrota das plantas lenhosas, que
deverá ser realizado durante a estação chuvosa. Para Carvalho et al. (2001),
se a principal lenhosa a ser controlada for o marmeleiro, esta deve ter suas
rebrotas cortadas quando atingirem 75 cm a 100 cm de comprimento. Com
essa prática, os autores verificaram que uma densidade de 12048 plantas
ha-1 de marmeleiro possibilitou apenas 527,6 kg de MS proveniente do estrato
herbáceo, mas com o controle desta, o número de plantas ha-1 foi reduzido
6 Circular Técnica 47

para 600 e a disponibilidade de MS subiu para 3932,3 kg ha-1. Já em relação


à jurema-preta, Pereira Filho e Bakke (2010) recomendam cortar as rebrotas
quando a maioria atingir sete milímetros de diâmetro. Com esse procedimen-
to, os autores observaram que, em áreas com 1731 plantas ha-1 de jurema
preta, a disponibilidade de matéria seca foi 847,7 kg/ha, e, após o raleamento
e controle das rebrotas, a densidade de jurema foi reduzida para 500 plantas
ha-1 a 600 plantas ha-1, e a disponibilidade do estrato herbáceo aumentou
para 3098,6 kg ha-1.

Enriquecimento com gramíneas forrageiras


O enriquecimento da Caatinga tem o objetivo de aumentar a produção e a
disponibilidade de MS pastejável, assim como, a melhoria na capacidade
de suporte. Para tanto, o presente trabalho avaliou o desempenho produtivo
de 12 cultivares de gramíneas forrageiras em caatinga raleada. Foram utili-
zados quatro cultivares do gênero Megathyrsus maximum (Mombaça, Zuri,
Tanzânia, Massai e Tamani), quatro cultivares do gênero Urochloa brizantha
(Marandu, Xaraes, Piatã e Paiaguás), uma cultivar do gênero Urochloa de-
cumbens (Brasilisk), uma do gênero Andropogon gayanus (Planaltina) e uma
do gênero Pennisetum ciliares (Aridus).

O plantio foi no início do período chuvoso de 2017, por meio do cultivo mí-
nimo, sem revolvimento do solo, apenas com retirada do estrato herbáceo
nas linhas de plantio. Foi realizado em faixas de 40 m2, sulcadas linearmente
com espaçamento de 0,50 m entre linhas com 2 cm a 4 cm de profundidade
(Figura 2). A taxa de semeadura foi utilizada conforme as recomendações
Foto: Fernando Lisboa Guedes

(A) (B)

Figura 2. (A) Plantio em cultivo mínimo das gramíneas forrageiras na Caatinga ralea-
da, (B) gramíneas forrageiras.
Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 7

para cada cultivar sob condições adversas (Boas..., 2010). Aplicou-se 10 t


ha-1 de esterco curtido de ovino sobre as linhas de cultivo. Após 30 dias do
plantio, foi realizado capina do estrato herbáceo para diminuir a competição
com as gramíneas.

Após 120 dias do plantio, no início do período seco e após a ressemeadu-


ra natural das gramíneas, foi realizada a coleta dos dados de produtividade
de biomassa das cultivares de gramíneas avaliadas sob caatinga raleada e
enriquecida. As informações das cultivares de gramíneas forrageiras foram
agrupadas pelo porte de plantas, o qual permite o produtor definir a escolha
da cultivar de acordo com a espécie animal a ser alimentada.

As cultivares de Pennisetum e Andropogon (Aridus e Planaltina) foram as que


apresentaram menor produtividade de biomassa seca entre todas as gramí-
neas avaliadas (Tabela 2). Contudo, apenas as duas cultivares apresentaram
rebrota após o corte, o que as qualifica como persistentes às condições de
semiaridez.

Entre as cultivares de Urochloa (Marandu, Xaraes, Piatã, Paiaguás e


Brasilisk), o capim Marandu apresentou o melhor desempenho produtivo de
biomassa seca, superando até mesmo o capim massai (Tabela 2).

Entre as cultivares de Megathyrsus de porte médio (Massai e Tamani), o ca-


pim Massai foi duas vezes mais produtivo do que o capim Tamani, contudo foi
35% menos produtivo do que o capim Mombaça (Tabela 2).

O capim Mombaça foi a cultivar que apresentou a maior produção de biomas-


sa de MS ha-1 entre todas avaliadas, com produtividade acima de 11.000 kg
ha-1 (Tabela 2). Essa cultivar possui plantas eretas e cespitosas, com altura
média de 1,60 m a 1,65 m, possui alta porcentagem de folhas quebradiças
(cerca de 80%) com 3 cm de largura, apresenta de 10% a 40% da produ-
ção anual durante a seca e proporciona cobertura no solo entre 60% e 80%
(Carnevalli, 2003). Assim como as outras cultivares de Megathyrsus maxi-
mum, o capim Mombaça é exigente quanto à fertilidade do solo, por isso a
importância de utilizar adubação (orgânica ou mineral) quando se pretende
adotar essa cultivar.

Vale destacar que, com a idade em que foram cortadas (120 dias), as gramí-
neas de porte mais elevados, tais como o capim-mombaça e o capim-zuri, a
8 Circular Técnica 47

relação folha/colmo foi reduzida e, portanto, poderiam ser recomendadas para


confecção de silagem ou feno para um melhor aproveitamento da forragem
produzida. Por outro lado, gramíneas de porte mais baixo como o capim-mas-
sai, o capim-tamani e, em geral, as gramíneas do gênero Urochloa poderiam
ser utilizadas para pastejo de pequenos ruminantes. Dessas, destacam-se
o capim-massai, em face da boa produtividade, baixo acúmulo de colmo e
elevada capacidade de perfilhamento, o que traduziria aos animais em ade-
quado desempenho produtivo. Em pesquisa conduzida por Fontinele (2018),
com diferentes épocas de diferimento e idades de utilização de Megathyrsus
maximus, cultivares, Massai e Tamani observou que a época de diferimento
realizado no período chuvoso e utilizados aos 80 dias produziu 4.610 MS kg
ha-1. Com essa idade, a altura do dossel foi em média 33 cm e relação folha/
colmo de 1,6, compatível com altura de pastejo para pequenos ruminantes.

Tabela 2. Produtividade de matéria seca de gramíneas forrageiras em Caatinga


raleada e enriquecida.

Produtividade
Gramínea Cultivar
MS kg ha-1

Megathyrsus maximum Mombaça 11525,57 a

Megathyrsus maximum Zuri 10677,94 a

Megathyrsus maximum Tanzânia 7493,50 b

Urochloa brizantha Marandu 5843,02 b

Megathyrsus maximum Massai 4254,57 c

Urochloa brizantha Xaraés 3939,35 c

Urochloa brizantha Piatã 3520,22 c

Urochloa decumbens Brasilisk 2904,74 d

Urochloa brizantha Paiaguás 2651,08 d

Megathyrsus maximum Tamani 2153,86 d

Andropogon gayanus Planaltina 1999,31 d

Pennisetum ciliare Buffel 1464,06 d


£
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott & Knott (P<0,05).
Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 9

Nesse contexto, se considerarmos uma simulação utilizando os mesmos da-


dos do cenário proposto no tópico anterior (Produção de fitomassa da pasta-
gem nativa), observa-se que o capim-massai é capaz de manter 33 ovinos/
ha, ofertando cerca de 0,630 kg biomassa de forragem/ovino x dia por pelo
menos 101 dias de pastejo (4.254,57 kg BFT/ha x (0,5 - Eficiência de uso da
forragem) ÷ 33 ovinos/ha ÷ 101 dias).

O produtor pode também suplementar os animais em pastejo, desde que haja


disponibilidade de forragem mesmo de baixa qualidade. O tipo de suplemen-
to (proteico ou energético) visando à quantidade a ser fornecida aos animais
vai depender do objetivo do sistema de produção imposto pelo produtor, de-
vendo-se levar em conta os aspectos econômicos do sistema.

Desempenho de leguminosas em
condições de sequeiro
Outra forma de se diversificar o enriquecimento da caatinga, é cultivar plan-
tas forrageiras de qualidade superior às gramíneas utilizadas nas pastagens,
especialmente quanto ao teor de proteína. Segundo Purcino et al (2005) é
recomendável a utilização de plantas da família das leguminosas para a for-
mação de banco de proteína. As leguminosas têm importantes vantagens em
relação a outras famílias de plantas, como a capacidade de fixação biológica
do nitrogênio (N) atmosférico, dispensando o componente mais caro de uma
adubação – o nitrogênio. Além disso, essa característica de grande parte das
leguminosas favorece o fornecimento de dieta de melhor qualidade pelo seu
alto teor de proteína, promovido, em grande parte, pela fixação biológica de
N. As leguminosas tolerantes à seca, por meio de manejo adequado, podem
produzir forragem no período seco, mantendo um valor nutritivo satisfatório
neste período.

No presente trabalho, avaliou-se o desempenho de três espécies de legu-


minosas, em condições de sequeiro, a leucena (Leucaena leucocephala), a
gliricídia (Gliricidia sepium) e o guandu (Cajanus cajan), as quais foram im-
plantadas na forma de mudas no início do período chuvoso de 2017 (Figura
3). Apenas para a gliricídia, metade das plantas foi plantada por meio de
estacas com 50 cm de tamanho e 10 cm de diâmetro. As leguminosas foram
10 Circular Técnica 47

(A) (B) (C)


Foto: Fernando Lisboa Guedes

Figura 3. Leguminosas implantadas como banco de proteína em caatinga raleada, (A)


Leucena, (B) Gliricídia e (C) Guandu.

plantadas em covas com espaçamento de 2,5 m entre linhas e 0,50 m entre


plantas. Foi realizado capina do estrato herbáceo para diminuir a competição
com as leguminosas.

No final do período chuvoso, avaliou-se a taxa de sobrevivência, altura de


plantas e produtividade de biomassa seca das espécies que apresentaram
maturidade para corte, no primeiro ano de implantação (Tabela 3).

Tabela 3. Desempenho de leguminosas em Caatinga raleada no primeiro ano de


implantação.

Médias

Leguminosas Altura Taxa de Altura


Biomassa
Mudas Sobrevivência Planta
MS kg ha-1
cm % m

Guandu 22 b* 98 a 1,83 b 4.653,5 a


Gliricídia 20 b 95 a 2,7 a -
Leucena 40 a 0b - -
*
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott e Knott (1974),
(P<0,05).
Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 11

Os resultados na tabela 3 sobre as leguminosas caracterizam o comporta-


mento das três espécies dentro do período de um ano. Foram coletados da-
dos disponíveis para cada leguminosa, as quais geraram informações es-
tratégicas sobre quais espécies deve utilizar conforme a estratégia de uso
a curto, médio e longo prazo. Observou-se que a leucena apresentou maior
altura inicial das mudas, contudo, a taxa de sobrevivência foi zero após o final
do período chuvoso, sendo a leguminosa que apresentou maior dificuldade
de implantação. Segundo Araújo Filho (2013), a leucena é uma leguminosa
resistente à seca, que se desenvolve na maioria dos solos predominantes
no domínio da caatinga, com exceção dos planossolos háplicos, que apre-
sentam encharcamento. Devido às elevadas precipitações e consequente
encharcamento do solo (Figura 1), é provável ser a causa do não estabeleci-
mento dessa leguminosa.

A gliricídia apresentou alta taxa de sobrevivência, independente da forma


de plantio (mudas ou estacas) (Tabela 3). Foi a leguminosa com melhor de-
senvolvimento da altura de plantas. Contudo, não foi possível quantificar a
produção de biomassa de forragem, uma vez que o primeiro ano é para o
estabelecimento da planta. O primeiro corte deve ser dado a 40 cm do solo,
para promover a ramificação e rebrota na base da planta (Sousa, 2005). Seu
principal uso em bancos de proteínas é na confecção de feno e silagem para
suplementação nos períodos de carência alimentar.

O guandu apresentou produção de biomassa acima de 4.000 kg ha-1, ser-


vindo como fonte de proteína já no primeiro ano de implantação, principal-
mente para o período seco (Tabela 3). Vale ressaltar que o uso do banco de
proteínas pelos animais não deve exceder o período de duas horas (Sousa,
2005). Entretanto, em condições de sequeiro, a rebrota dessa leguminosa foi
prejudicada, comportando-se como cultura anual.

Produção de volumoso de culturas anuais


Como opções forrageiras, vêm sendo utilizado com mais frequência o milho
(Zea mays L.) (SANTOS et al., 2010) e o sorgo (Sorghum bicolor L. Moench.)
(SILVA et al., 2011), entretanto, outras estão surgindo como alternativas, a
cultura do milheto (Pennissetun glaucum [L] R. Br.) (PINHO et al., 2013) e a
cultura do girassol (Helianthus annuus L.) (PEREIRA et al., 2016). Atualmente
12 Circular Técnica 47

várias cultivares estão disponíveis, com grandes variações quanto à produ-


ção e concentração de nutrientes. Entretanto, poucas são recomendadas
para o semiárido, tornando importantes estudos comparativos que combinem
características agronômicas e nutricionais desses materiais. Estudos dessa
natureza podem contribuir com os programas de melhoramento genético e
possibilitam recomendar a técnicos e produtores, cultivares que apresentem
melhor relação entre produção e valor nutritivo.

Foram avaliadas quatro culturas anuais para produção de volumoso, milho,


sorgo, milheto e girassol, cultivadas nas entre linhas do banco de proteína.
Foram utilizadas as seguintes cultivares: milho - variedade Al Bandeirante,
sorgo - variedade BRS Ponta Negra, milheto – variedade BRS 1501, girassol
– variedade BRS 122. O plantio foi no início do período chuvoso 2017, no qual
foi realizado o cultivo mínimo, sem revolvimento do solo, apenas com retirada
do estrato herbáceo nas linhas de plantio, sulcadas manualmente com espa-
çamento de 0,75 m entre linhas com 2 cm a 4 cm de profundidade (Figura 4).
As parcelas foram constituídas de linhas de quatro metros de comprimento e
densidade de plantas ajustados conforme recomendação para produção de
forragem de cada cultura, sendo girassol com 45.000 mil plantas ha-1, o milho
com 66.667 mil plantas ha-1, o sorgo com 120.000 mil plantas ha-1 e o milheto
com 180.000 mil plantas ha-1.

(A) (B)
Foto: Fernando Lisboa Guedes

Figura 4. Culturas anuais para produção de volumoso em caatinga raleada, (A) milho
e sorgo, (B) milheto e girassol.
Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 13

Foram avaliados dezessete caracteres divididos entre variáveis produtivas e


nutricionais. Os caracteres produtivos foram: IC2.IC1 – relação entre o índice
relativo de clorofila aos 50 dias sobre o índice aos 30 dias (média de 5 folhas
aleatórias na parcela); Flor – número de dias para o florescimento observan-
do 50% da parcela com o florescimento; AP - altura de Plantas (m) coletada
na altura do solo à base da última folha “bandeira”; Fol/Col – relação massa
seca folha sobre massa seca colmo (%) (média de três plantas aleatórias
da parcela); Grão/Fol+Col – relação peso de grãos sobre a massa seca de
folhas mais colmo; PMF – estimativa da produção de matéria fresca de forra-
gem, quilos por hectare (kg ha-1), oriundas de duas linhas por parcela; PMS
- estimativa da produção de matéria seca de forragem, quilos por hectare (kg
ha-1), oriundas de duas linhas por parcela; GRÃOS – estimativa da produti-
vidade de grãos, em kg/ha, oriunda da colheita de duas linhas por parcela.

Amostras em duplicata das cultivares de cada cultura avaliada (milho, sorgo,


milheto e girassol) depois de moídas, foram levadas para a estufa de 55 ºC
por 72h para a determinação dos pesos de massa fresca e massa seca.
Em seguida, as amostras foram moídas no moinho tipo Willey em peneira
com malha de 1mm para determinação dos teores dos seguintes caracteres
nutricionais: matéria orgânica (MO), cinzas, extrato etéreo (EE), fibra em de-
tergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB),
hemicelulose (HEMICEL), celulose (CEL) e lignina, utilizando os métodos
e procedimentos harmonizados descritos segundo a Association of Official
Analytical Chemists – AOAC (Helrich, 1990). Para avaliação de plasticidade
fenotípica das cultivares, foi adaptado o método gráfico sugerido por Nunes
et al. (2005) para o somatório Z dos caracteres padronizados.

A interpretação do gráfico baseia-se no formato da linha sólida, referente ao


comportamento da cultura/cultivar. Dessa forma, se ela aproximar do formato
de uma circunferência e transcender externamente a linha pontilhada, refe-
rente à média padronizada para todos os caracteres, verifica-se que a cultura/
cultivar possui uma melhor plasticidade fenotípica nas condições avaliadas.
Esse fato é comprovado pelo menor CViq entre as culturas.

Na interpretação das culturas separadamente para cada subconjunto de


caracteres, produtivo e nutricional, a cultura do milho se destacou no de-
sempenho produtivo e a cultura do girassol para o desempenho nutricional.
Considerando uma análise dos caracteres de maior relevância com indicador
14 Circular Técnica 47

de comparação, a cultura com maior produtividade de matéria seca foi a do


sorgo com média de 9.000 kg ha-1, e a de maior produtividade de grãos foi a
do milho com média de 5.000 kg ha-1. Em relação aos caracteres nutricionais
avaliados para as quatro culturas, observou-se que o teor de proteína bruta
(PB) do milheto e do girassol foi superior às demais culturas, com média de
8% a 15%, respectivamente, enquanto o milho apresentou resultados se-
melhantes ao sorgo. Observou-se, pelo formato dos gráficos associado aos
menores coeficientes de variação do método (CViq), que as culturas do sorgo
e milheto se destacaram com boa plasticidade fenotípica, respectivamente,
considerando a abordagem conjunta de todos caracteres avaliados em con-
dições de sequeiro do semiárido (Figura 5). De maneira geral, a cultura do
sorgo destacou-se por ter uma boa eficiência para seu estabelecimento e
produção e a cultura do milheto destacou-se por ter o ciclo mais precoce de
produção entre as culturas avaliadas, que foi de 70 dias, aproximadamente.

Sorgo (a) Girassol (b)


Flor
CEL. IC2.IC1 Flor
CEL. IC2.IC1
LIGNINA AP
LIGNINA AP

HEMICEL Fol/Col
HEMICEL Fol/Col

FDA CViq PMF FDA PMF


23.36 CViq

FDN PMS FDN PMS

EE Grãos EE Grãos

PB Grãos/Fol+Col PB Grãos/Fol+Col
MO Cinzas MO Cinzas
Sorgo
Média padronizada Girassol

Milho
Milheto
Flor (c) (d)
Flor
CEL. IC2.IC1
CEL. IC2.IC1
LIGNINA AP
LIGNINA AP
HEMICEL Fol/Col
HEMICEL Fol/Col

FDA CViq PMF


FDA CViq PMF
30.65
23.53
FDN PMS
FDN PMS
EE Grãos
EE Grãos
PB Grãos/Fol+Col
MO Cinzas PB Grãos/Fol+Col
MO Cinzas
Milho
Milheto
Média padronizada
Média padronizada

Figura 5. Representação gráfica dos valores padronizados dos caracteres,


porcentagem do coeficiente de variação (CViq %) para as médias das cultivares das
culturas do sorgo (a), girassol (b), milho (c) e milheto (d) avaliadas em caatinga
raleada sob condições de sequeiro, Sobral/CE.
Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida 15

Vale ressaltar que essas duas culturas possuem boa capacidade de rebrota,
que podem ser novamente utilizadas para produção de volumoso.

Considerações finais
Os resultados mostram a importância do planejamento e manejo da caatinga
para produção de forragem no período das chuvas como fonte de alimentos
para as épocas secas.

As cultivares de gramíneas que se destacaram com os melhores desempe-


nhos produtivos, conforme o tipo de porte, no primeiro ano de implantação em
Caatinga enriquecida foram as cultivares Mombaça (Megathyrsus maximum
de grande porte), Marandu (Urochloa brizantha de médio porte) e Massai
(Megathyrsus maximum de baixo porte).

As cultivares Aridus (Pennisetum ciliare) e Planaltina (Andropogon gayanus)


são as que apresentam persistência em condições de sequeiro no semiárido.

Entre as leguminosas utilizadas para a formação de bancos de proteína na


Caatinga raleada, o guandu (Cajanus cajan) pode ser utilizado estrategica-
mente como alternativa de produção de biomassa a curto prazo. Como alter-
nativa para médio e longo prazos, a gliricídia (Gliricida sepium) apresentou
facilidade de estabelecimento tanto por mudas quanto por estaquia e rápido
estabelecimento no primeiro ano de implantação.

Para produção de volumoso das culturas anuais entre as aleias do banco de


leguminosa, a cultura do sorgo apresentou melhor desempenho produtivo
com a cultivar BRS Ponta Negra e a cultura do milheto se destacou pela rápi-
da produção de forragem com a cultivar BRS 1501.

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Exemplares desta edição da Embrapa Caprinos e Ovinos
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1ª edição Everardo Pereira Mendes, Maíra Vergne Dias,
On-line (2018) Zenildo Ferreira Holanda Filho, Tânia Maria
Chaves Campêlo

Supervisão editorial
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Revisão de texto
Carlos José Mendes Vasconcelos

Normalização bibliográfica
Tânia Maria Chaves Campelo
CGPE 15.037

Projeto gráfico da coleção


Carlos Eduardo Felice Barbeiro

Editoração eletrônica
Francisco Felipe Nascimento Mendes

Foto da capa
Fernando Lisboa Guedes

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