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Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre as comunicações serial e paralela.
A comunicação indica a transmissão de informação entre um transmissor
e um receptor. Na computação, a comunicação existe para que os siste-
mas se comuniquem com elementos externos, isto é, para que possam
trocar dados. Existem diversos modos para transmitir dados entre uma
origem e um destino.
Comunicação serial
Na comunicação serial, o periférico é conectado ao dispositivo controlador ou
interface de E/S por uma única linha de transmissão de dados, de modo que a
transferência de dados é realizada por um bit de cada vez, embora o controlador
possa ser conectado à UCP por meio de barramento com várias linhas (Figura 1).
A comunicação serial é feita de maneira mais simples, pois ela utiliza apenas
um canal de comunicação e, inicialmente, era mais lenta que a paralela. Ela
é de baixo custo e não tem limites de distância.
Cada bit da mensagem é enviado para o receptor, um bit de cada vez,
usando uma linha de comunicação. A maioria das comunicações é realizada
usando dados seriais. A comunicação serial requer menos fios e eletrônica
menos complexa, mas para comparar dados paralelos que deve transmitir em
um ritmo mais rápido.
A transmissão serial veio crescendo ao longo do tempo. Foram desenvol-
vidas várias tecnologias que aumentaram consideravelmente a velocidade
de comunicação. Dentre essas tecnologias, podemos citar: USB, USB 2.0,
FIREWIRE, SATA, ESATA e THUNDERBOLT.
Comunicações serial e paralela 3
De-serialização
Barramento Bits 7, 6, 5, 4,
Serialização
Interface Dispositivo
UCP Memória
de sistema 3, 2, 1, 0
dos bits
dos bits
principal de E/S (periférico)
de E/S
Buffer
Síncrona
Na transmissão síncrona, o intervalo de tempo entre dois caracteres subsequen-
tes é fixo e os dois dispositivos (transmissor e receptor) são sincronizados, ou
seja, têm clock único ou sincronizado todo o tempo (Figura 2).
CLOCK CLOCK
DATA DATA
idle or
idle next byte
CLOCK
0 1 2 3 4 5 6 7
DATA
1 1 0 0 1 0 1 0
0 x 53 = ASCII ‘S’
Assíncrona
Na transmissão assíncrona, o intervalo de tempo entre os caracteres não é
fixo. Podemos exemplificar com um digitador operando um terminal, não
havendo um fluxo homogêneo de caracteres a serem transmitidos (Figura 3).
Transmissão assíncrona
A S S I N C
Tempo entre caracteres variáveis Tempo
Transmissão síncrona
esp. esp. S Í N C R O N A esp. esp.
Tempo entre caracteres constante Tempo
Mark
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
Space
idle Data bits Data bits idle
Start Stop Start Stop
Mark = nível lógico ‘1’, space = nível lógico ‘0’
Figura 4. Fluxo de caracteres.
TX RX
Data bits
Start Stop
bit 0 1 2 3 4 5 6 7 bit idle or
idle next byte
1 1 0 0 1 0 1 0
0 x 53 = ASCII ‘S’
Figura 5. Transmissão de dados pelo método assíncrono.
Comunicações serial e paralela 7
Transmissor Receptor
10110101
Transmissão simplex
Transmissor Receptor
Transmissão half-duplex
Transmissor/ Transmissor/
Receptor Receptor
Transmissão full-duplex
Transmissor/ Transmissor/
Receptor Receptor
Comunicação paralela
Na comunicação paralela, um grupo de bits é transmitido de cada vez, cada
um sendo enviado por uma linha separada de transmissão. Vale mencionar
que a sua utilização é mais comum para transmissão interna no sistema de
8 Comunicações serial e paralela
Bit 0
Barramento Bit 1
Interface Bit 2 Dispositivo
UCP Memória
de sistema
de E/S Bit 3 (periférico)
principal Bit 4
Bit 5 de E/S
Buffer Bit 6
Bit 7
Subsistema de Interface Subsistema
processamento de E/S de E/S
Figura 8. Comunicação paralela.
Comunicações serial e paralela 9
Transmissor Receptor
D7 1 D7
D6 0 D6
D5 1 D5
D4 1 D4
D3 0 D3
D2 1 D2
D1 0 D1
D0 1 D0
Conversões
A transformação paralelo-série é feita graças a um registro de desfasamento
(desencontro, discordância, disparidade). O registro de desfasamento permite,
por meio de um relógio, deslocar o registro (o conjunto dos dados presentes
em paralelo) para uma posição bem à esquerda e depois emitir o bit de peso
forte (o mais à esquerda), e assim sucessivamente (Figura 10).
0 0 1 1 0 1 0 0
Clock Serial
transmission
Figura 10. Transformação paralelo-série.
Serial
data 0 0 1 1 0 1 0 0
reception
Figura 11. Transformação série-paralelo.
Comunicações serial e paralela 11
Leituras recomendadas
CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2004.
MONTEIRO, M. A. Introdução à organização de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2007.
TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. 5. ed. São Paulo: Pe-
arson, 2006.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.