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dos Danos
Materiais e Prejuízos decorrentes de
Desastres Naturais em Santa Catarina
1995 - 2014
Relatório
dos Danos
Materiais e Prejuízos decorrentes de
Desastres Naturais em Santa Catarina
1995 - 2014
Elaborado pelo CEPED UFSC
com o apoio do Banco Mundial
2016
Banco Mundial – Brasília
As opiniões, interpretações e conclusões apresentadas são dos autores e não devem ser atribuídas, de modo algum, ao Banco Mundial, às instituições afiliadas, ao seu Conse-
lho Diretor, ou aos países por eles representados. O Banco Mundial não garante a precisão da informação incluída nesta publicação e não aceita responsabilidade alguma por
qualquer conseqüência de seu uso.
É permitida a reprodução total ou parcial do texto deste documento, desde que citada a fonte.
Carlos Eduardo Peliceli da Silva Relatório dos danos materiais e prejuízos decorrentes de desastres
naturais em Santa Catarina: 1995 - 2014/ Centro Universitário de Estudos e
Geoprocessamento e SIG Pesquisas sobre Desastres [Organização Rafael Schadeck]- Florianópolis:
Roque Sánchez D’Alotto, Dr. CEPED UFSC, 2016.
Camilo Andrade Correno 1. Desastres naturais – Relatório. 2. Santa Catarina. 3. Danos e prejuízos
I. Universidade Federal de Santa Catarina. II. Centro Universitário de Estu-
Larissa Mazzoli
dos e Pesquisas sobre Desastres. III. Título.
Pablo Gabriel Gayoso Mirrajiz
II
Relatório
dos Danos
Materiais e Prejuízos decorrentes de
Desastres Naturais em Santa Catarina
1995 - 2014
III
IV
SUMÁRIO
2.3 Danos em Habitações (R$) 20 5. Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre 53
3.1 Prejuízos Públicos 30 5.4 Danos e Prejuízos Totais por Principais Eventos 68
3.2.1 Agricultura 36
V
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 05 – Danos Materiais Totais - Registros 24 Gráfico 19 – Registros por Grupo de Desastres 54
Gráfico 06 – Danos Materiais Totais 26 Gráfico 20 – Danos e Prejuízos Totais por Grupo de Desastres 55
Gráfico 07 – Prejuízos Públicos Totais 30 Gráfico 21 – Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Hidrológicos 56
Gráfico 09 – Prejuízos Privados por Setor 33 Gráfico 23 – Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Climatológicos 60
Gráfico 10 – Distribuição dos Prejuízos Privados por Setor (1995-2014) 35 Gráfico 24 – Danos e Prejuízos Totais – Desastres Climatológicos 62
Gráfico 12 – Prejuízos na Pecuária (1995 – 2014) 38 Gráfico 26 – Danos e Prejuízos Totais – Desastres Meteorológicos 66
Gráfico 13 – Prejuízos na Indústria 40 Gráfico 27 – Registros de Danos e Prejuízos por Tipo de Evento 68
Gráfico 14 – Prejuízos no Setor de Serviços 42 Gráfico 28 – Danos e Prejuízos Totais por Tipo de Evento 69
VI
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Localização do estado de Santa Catarina 12 Figura 12 – Prejuízos no Setor de Serviços por Município (1995 – 2014) 43
Figura 02 – Habitações Danificadas por Município (1995 – 2014) 17 Figura 13 – Prejuízos Totais por Município (1995 – 2014) 45
Figura 03 – Danos Materiais – Habitações Destruídas por Município (1995 – 2014) 19 Figura 14 – Registros de Danos e Prejuízos por Município (1995 – 2014) 49
Figura 04 – Danos em Habitações por Município (1995 – 2014) 21 Figura 15 – Danos e Prejuízos Totais por Município (1995 – 2014) 51
Figura 05 – Danos em Infraestrutura por Município (1995 – 2014) 23 Figura 16 – Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Hidrológicos (1995 – 2014) 57
Figura 06 – Registros de Danos Materiais Totais por Município (1995 – 2014) 25 Figura 17 – Danos e Prejuízos – Desastres Hidrológicos (1995 – 2014) 59
Figura 07 – Danos Materiais Totais por Município em Milhões (R$) (1995 – 2014) 27 Figura 18 – Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Climatológicos (1995 – 2014) 61
Figura 08 – Prejuízos Públicos Totais por Município (1995 – 2014) 31 Figura 19 – Danos e Prejuízos – Desastres Climatológicos (1995 – 2014) 63
Figura 09 – Prejuízos na Agricultura (1995 – 2014) 37 Figura 20 – Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Meteorológicos (1995 – 2014) 65
Figura 10 – Prejuízos na Pecuária por Município (1995 – 2014) 39 Figura 21 – Danos e Prejuízos – Desastres Meteorológicos (1995 – 2014) 67
VII
Apresentação
Apresentação
Os desastres naturais ocupam a cada dia maior espaço nas agendas Particularmente em Santa Catarina, os custos totais das inundações de
de governos e sociedade. Os danos e prejuízos que acarretem afetam novembro de 2008 foram estimados em um estudo do Banco Mundial em
o desenvolvimento de comunidades, cidades e até países. Particular- R$ 4.75 bilhões – valor que equivale à cerca 2.67% do PIB estadual. Os
mente no Brasil, a magnitude dos desastres ocorridos nos últimos cinco setores sociais (habitação, saúde, educação e cultura) foram os mais afe-
anos demonstrou que a visão popular de que o país é imune a desastres tados, com perdas e danos estimados em R$ 1,74 bilhão, sendo que, ape-
não se aplica. Tal fato parece ter resultado em um momento de inflexão nas no setor habitacional, os custos associados foram de R$ 1,4 bilhão.
a partir do qual o tema Gestão de Risco de Desastres (GRD) vem cres-
cendo em importância em diferentes níveis no poder público. Deborah
Neste sentido este relatório visa aprofundar os estudos iniciados pelo
Wetzel, então Diretora do Banco Mundial no Brasil, em sua apresenta-
Banco Mundial, promovendo a difusão do conhecimento sobre o tema.
ção dos anais do Fórum Entendendo Risco Brasil 20121, ressaltou a ne-
Ao mesmo tempo, tem por objetivo apresentar dados relativos aos da-
cessidade de se investir na agenda de GRD tendo como base os valores
nos e prejuízos decorrentes de desastres naturais em Santa Catarina
de perdas e danos estimados para os quatro maiores desastres ocorri-
nos últimos 20 anos, organizando informações relevantes aos desafios
dos no país entre 2008 e 2011. Considerando-se os eventos de Santa
que Governo e sociedade catarinense enfrentam na GRD.
Catarina 2008, Pernambuco e Alagoas 2010 e Região Serrana do Rio de
Janeiro em 2011, os prejuízos econômicos foram estimados na ordem
de R$ 15,5 bilhões. De forma mais preocupante, deve-se citar que tais Este Relatório foi desenvolvido por técnicos e pesquisadores do Centro
resultados são parciais tendo em vista a limitação da disponibilidade Universitários de Estudos e Pesquisas sobre Desastres – CEPED UFSC
de dados e impossibilidade prática de avaliação de todos os eventos e consultores do Banco Mundial, por meio de ações de cooperação
registrados em um país. técnica integrantes do Projeto Estratégias de Desenvolvimento Econô-
mico: Análise da Exposição de Santa Catarina sob o enfoque Mudanças
Climáticas e Desastres Naturais, realizado conjuntamente pelo Banco
Mundial e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e
1 UNDERSTANDING Risk: entendendo risco Brasil. Washington: The World Bank, 2012. Sustentável do Governo de Santa Catarina.
9
Apresentação
10
1. Introdução e Aspectos Metodológicos
O estado de Santa Catarina está situado na Região Sul do Brasil, fazen- O Índice de Desenvolvimento Humano4 – IDH do estado é 0,840, fican-
do divisa ao norte com o estado do Paraná e ao sul com o estado do do atrás somente do Distrito Federal. A capital, Florianópolis, possui o
Rio Grande do Sul. Tem fronteira a oeste com a Argentina e possui uma maior IDH-M entres as demais do país, igual a 0,847, e ocupa o 3º lugar
costa com 531 km banhada pelo Oceano Atlântico. entre todos os municípios brasileiros.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE2, No que tange a desastres naturais, o estado é afetado por uma grande
Santa Catarina tem um território de 95.733,978km², com uma população diversidade de eventos. Existem registros de danos relacionados tanto
estimada em 2015 de 6.819.190 habitantes. a severas estiagens como a grandes inundações e enxurradas. É um
dos estados brasileiros mais atingidos por granizos, vendavais, torna-
dos e deslizamentos.
Com sua economia baseada principalmente na indústria, pecuária e tu-
rismo, ocupa a 6ª posição entre os estados brasileiros, com um PIB de
214,2 bilhões de reais3, e per capita de 32.290 reais em 2013, ocupando Os dados empregados na elaboração deste Relatório são provenientes
a 4ª posição. dos registros de desastres informados pelos municípios ao órgão es-
tadual de Defesa Civil ou à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil – SEDEC.
Joinville possui o maior PIB em valores nominais entre os municípios
do estado, seguido por Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá do Sul.
11
Figura 01 - Localização do estado de Santa Catarina
1. Introdução e Aspectos Metodológicos
13
1. Introdução e Aspectos Metodológicos
14
2. Análise dos Danos Materiais
15
2. Análise dos Danos Materiais
$
Os registros das habitações danificadas apresentam que no
ano de 2004 houve o maior número de registro de unida-
des: 99.294. A média anual de habitações danificadas durante o perío-
80.371
do foi de 20.120 unidades, conforme apresentado no Gráfico 01.
20.120
15.703
13.752 13.981 10.909
11.657 12.221
11.406 8.081
7.278 7.514
4.764 4.485
2.000 3.048
341 581
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 01 – Habitações Danificadas
16
Figura 02 – Habitações Danificadas por Município (1995 – 2014)
2. Análise dos Danos Materiais
7.154
2.2 Habitações Destruídas
$
Os registros das habitações destruídas apresentam que no Unidades
1.103
551 493
347 424
281 327 264
208
7 5 9 19 64 41 86 80 7 20 82
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 02 – Habitações Destruídas
18
Figura 03 – Danos Materiais – Habitações Destruídas por Município (1995 – 2014)
2. Análise dos Danos Materiais
155,9
131,7 138,0
87,6
38,2 41,6
21,2 43,652,7 18,5 30,8 39,3
Média
0,3 0 1,8
14,8 15,5 11,3 22,6 16,2
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 03 – Danos em Habitações
20
Figura 04 – Danos em Habitações por Município (1995 – 2014)
2. Análise dos Danos Materiais
1.376,7
2.4 Danos em Infraestrutura (R$)
R$ (Milhões)
412,8
257,1 240,7
237,6
164,4 176,6
72,4 109,4
75,1 68,4
61,0 59,4
39,1 42,4
15,9 23,3 12,7
3,0 0,0 4,7
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 04 – Danos em Infraestrutura Pública
22
Figura 05 – Danos em Infraestrutura por Município (1995 – 2014)
2. Análise dos Danos Materiais
219
2.5 Danos Materiais Totais Registros
68
40 40
34
30
26
9
3
2000
2005
2006
2009
2002
2008
2003
2004
2007
Média
2001
2010
2012
1995
1996
1999
1998
2013
2014
1997
2011
24
Figura 06 – Registros de Danos Materiais Totais por Município (1995 – 2014)
2. Análise dos Danos Materiais
558,5
412,2
287,0 307,3
261,7 249,5 233,7
126,9 129,9
83,8 79,9 78,5 94,7 75,5
37,9 37,1 32,0
3,3 1,3 7,1
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 06 – Danos Materiais Totais
26
Figura 07 – Danos Materiais Totais por Município em Milhões (R$) (1995 – 2014)
2. Análise dos Danos Materiais
28
3. Análise dos Prejuízos
29
3. Análise dos Prejuízos
98,04
70,54 68,42
64,51
53,23
38,66
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Média
30
Figura 08 – Prejuízos Públicos Totais por Município (1995 – 2014)
3. Análise dos Prejuízos
2.773,3
3.2 Prejuízos Privados Milhões
1.436,6
854,1
696,0
566,2
464,7
433,3
422,2
320,2
180,1 155,1 177,5
119,8 140,4
92,9 71,1 95,6
32,9 70,2
2000
2005
2006
2009
2002
2008
2003
2004
2007
Média
2001
2010
2012
1995
1996
1999
1998
2013
1997
2011
32
Milhões
3. Análise dos Prejuízos
1.800
Ao observar no Gráfico 09 os somatórios segmentados por setor, verifi-
ca-se que os prejuízos na agricultura estão presentes em todos os anos
analisados e possuem os maiores valores, chegando em 2005 a quase
1,6 bilhões de reais. Destaca-se também o somatório dos prejuízos do
$
1.600
setor de serviços no ano de 2008, com valor aproximado de 1,2 bilhões
de reais.
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
33
3. Análise dos Prejuízos
34
3. Análise dos Prejuízos
Indústria
9%
Pecuária
10%
Agricultura
67%
35
3. Análise dos Prejuízos
1589,6
3.2.1 Agricultura
Milhões R$
$
O somatório dos prejuízos na Agricultura reportados no pe-
ríodo, com valores corrigidos para 2014, é de 7,6 bilhões de
reais. No período analisado o ano de 2005 apresenta o maior somatório
1286,0
de valores reportados, com o montante aproximado de 1,6 bilhões de
reais.
459,0
414,4
380,1 384,7
290,8
143,9 156,3
126,0 137,0 135,1
92,8 111,2
63,2 62,1 61,7
32,9
$
O somatório dos prejuízos na Pecuária reportados no pe- Milhões R$
157,6
118,5
87,2
56,6 60,0
48,8
38,3
34,1
28,3
16,1 16,3 19,5
13,3
4,9 7,5 3,9
0,1 0 1,4
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 12 – Prejuízos na Pecuária (1995 – 2014)
38
Figura 10 – Prejuízos na Pecuária por Município (1995 – 2014)
3. Análise dos Prejuízos
632,6
3.2.3 Indústria
Milhões R$
$
O somatório dos prejuízos na Indústria reportados no perío-
do, com valores corrigidos para 2014, é de 1.046,8 milhões
de reais. No período analisado, o ano de 2008 apresenta o maior soma-
tório de valores informados, com o montante de 632,6 milhões de reais,
o que representa 60% do valor total reportado no período.
232,8
100,2
52,3
27,9
9,3 7,7 4,612,7 9,4 1,1
0 0 2,5 0,0 1,8 0,1 0,5 0,3 2,5 1,0
2000
2005
2006
2009
2002
2008
2003
2004
2007
Média
2001
2010
2012
1995
1996
1999
1998
2013
2014
1997
2011
40
Figura 11 – Prejuízos na Indústria por Município (1995 – 2014)
3. Análise dos Prejuízos
1132,9
3.2.4 Serviços
Milhões R$
$
O somatório dos prejuízos no setor de Serviços reportados
no período, com valores corrigidos para 2014, é de 1,5 bi-
lhões de reais. No período analisado o ano de 2008 apresenta o maior
somatório de valores informados, com o montante de 1.132,9 milhões de
reais, o que representa 73% do valor total reportado no período.
212,3
77,2 65,4
10,9 25,0 43,6
6,9
22,7
0 0 0,5 1,1 2,4 6,8 3,1 1,3 1,5 4,63,2 0,6
Gráfico 14 – Prejuízos no Setor de Serviços
2000
2005
2006
2009
2002
2008
2003
2004
2007
Média
2001
2010
2012
1995
1996
1999
1998
2013
2014
1997
2011
42
Figura 12 – Prejuízos no Setor de Serviços por Município (1995 – 2014)
3. Análise dos Prejuízos
76
70
61
50
43
25
15
11
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 15 – Prejuízos Totais
44
Figura 13 – Prejuízos Totais por Município (1995 – 2014)
3. Análise dos Prejuízos
1.866
1.535
1.195
893
707
619
504 535
472 444
245
175 146 185
99 92 12291 117
33
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Média
46
4. Danos e Prejuízos Totais
Com intuito de avaliar o valor total de perdas decorrentes de desastres zos. Todavia, mesmo nesse caso, a documentação levantada aponta que o
naturais no estado, neste item é apresentada a análise considerando município decretou situação de emergência no período, porém só foi pos-
a soma dos danos e prejuízos, em valores monetários, e a distribuição sível verificar dados sobre danos humanos ou a informação da decretação.
anual dos registros que contém danos materiais e/ou prejuízos. O valor
total de perdas decorrentes de desastres naturais em Santa Catarina
entre 1995 e 2014 é de 17,6 bilhões de reais, reportadas pelos municí-
pios em um total de 2.704 registros.
47
4. Danos e Prejuízos Totais
258
Registros 244
243 242
221
216 214
157
135
98
91
74
62
48
37
22
13
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 17 – Danos e Prejuízos - Registros
48
Figura 14 – Registros de Danos e Prejuízos por Município (1995 – 2014)
4. Danos e Prejuízos Totais
$ $$ $ $
estudados. É possível observar que existem picos anuais mais significa-
tivos do que os verificados na distribuição dos registros, apresentada
no gráfico anterior.
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Média
50
Figura 15 – Danos e Prejuízos Totais por Município (1995 – 2014)
4. Danos e Prejuízos Totais
52
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
Para a análise neste relatório os desastres naturais foram divididos em No grupo Climatológico se enquadram as seguintes tipologias: Ondas
cinco grupos, de acordo com as características dos eventos adversos de Calor, Ondas de Frio – Friagem, Ondas de Frio – Geadas, Estiagem
causadores dos danos e prejuízos: Hidrológico, Meteorológico, Climato- e Seca.
lógico, Geológico e Biológico. Em Santa Catarina, os grupos com valo-
res mais significativos são os três primeiros, analisados a seguir.
Por fim, as tipologias agrupadas como Meteorológicas são: Ciclones -
Ventos Costeiros (Mobilidade de Dunas), Ciclones - Marés de Tempes-
No grupo Hidrológico foram agrupados os seguintes eventos: Inunda- tade (Ressacas), Frentes Frias/Zonas de Convergência, Tornados, Tem-
ções, Enxurradas, Alagamentos, Tempestade Local/Convectiva - Chuvas pestade de Raios, Granizo e Vendaval.
Intensas e os relacionados a Movimentos de Massa, como os desliza-
mentos e fluxos de lama e detritos.
O Gráfico 19 apresenta a relação entre esses grupos quanto ao número
de registros realizados pelos municípios. O valor representado como
“Outros” se refere aos registros de eventos Geológicos e Biológicos.
53
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
OUTROS
11, 0,4%
METEOROLÓGICOS
564, 20,9%
CLIMATOLÓGICOS
855, 31,6% HIDROLÓGICOS
1274, 47,1%
54
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
CLIMATOLÓGICOS
6.197, 35,0% HIDROLÓGICOS
9.863, 55,7%
55
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
$
Os gráficos e figuras apresentadas neste item reúnem os da-
dos de danos materiais e de prejuízos relacionados à ocor- Registros 179
rência de desastres classificados como hidrológicos.
162
103
68
64
55
49 48
42
39
30
26 27
21
15
8
5 5
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 21- Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Hidrológicos
56
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
1.121
870
561
489 467
390
187 135 188 161 183
102 112 120 115
26 82 20 15 17
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Média
58
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
83
71
48
43 45
37
29
25
15 15
7 8 9
1 3 3
0 0
Média
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 23 - Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Climatológicos
60
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
1.083
782
703
393 374
309 316
212
173
94 78
64
26 38 19
0 4 17 8 0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Média
62
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
12
7 8
4
1
2000
2005
2006
2009
2002
2008
2003
2004
2007
Média
2001
2010
2012
1995
1996
1999
1998
2013
2014
1997
2011
Gráfico 25 - Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Meteorológicos
64
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
65
Figura 20 – Registros de Danos e Prejuízos – Desastres Meteorológicos (1995 – 2014)
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
126
116 112 110 106
89 94
83 77
46 49 49
40 36
28 27
8
0 4 0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Média
66
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
INUNDAÇÃO
258,
10%
VENDAVAL
277,
10%
ESTIAGEM
804,
30%
68
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
ESTIAGEM
5.845, 33%
Gráfico 28 – Danos e Prejuízos Totais por Tipo de Evento
69
5 Danos e Prejuízos Totais por Tipologia do Desastre
70
6. Considerações Finais
6. Considerações Finais
As análises aqui apresentadas demonstram que o estado é atingido considerando que os valores são baseados nas estimativas dos muni-
por eventos naturais de origens diversas, com registros relevantes re- cípios e que, por outro lado, há lacunas de informações nos registros,
lacionados ao excesso e falta de chuva, mas também aos de evolução são valores que podem direcionar estratégias para a Gestão de Risco
súbita, como vendavais, granizo, tornados e, inclusive, o único furacão de Desastres no estado, possibilitando a análise do risco de forma es-
registrado na costa brasileira. tratificada, tanto considerando os setores da economia afetados como
os aspectos geográficos e políticos do estado.
No período entre 1995 e 2014 os municípios catarinenses registraram
algum tipo de dano material ou prejuízos decorrentes de desastres na- Por fim, considerando o caráter exploratório desta pesquisa, os orga-
turais em 2.704 documentos identificados pela pesquisa, empregados nizadores deste Relatório abrem espaço para a contribuição de outros
na confecção deste Relatório. órgãos e instituições, nas esferas municipais e estadual, pública ou pri-
vada, visando à complementação e aprimoramento das informações e
das análises aqui apresentadas.
Os registros mais comuns são relacionados aos eventos decorrentes
do excesso de chuva, com destaque para aqueles identificados como
enxurradas pelos municípios, com 907 ocorrências. Destacam-se tam-
bém os prejuízos decorrentes dos períodos de estiagem e seca, fun-
damentalmente registrados na Região Oeste do estado, somando 823
ocorrências.
71