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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO AO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PARECER AGU/PGF/PF-IFES/JAB nº 010/2022


PROCESSO IFES/ES N. 23147.006189/2021-34
INTERESSADO: REITORIA – IFES
ASSUNTO: AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TI E OUTROS

EMENTA: Licitações, contratos e patrimônio. Pregão,


na forma eletrônica, para registro de preços.
Aquisição de licenças de equipamentos de rede sem
fio, projetores, suporte para projetores e tela de
projeção para o Ifes. Cota reservada para ME/EPP.
Instrução Norma%va nº 1/2019. Decreto nº
10.024/2019. Possibilidade. Aprovação com
ressalvas.

Magnífico Reitor,

I. RELATÓRIO

1. Trata-se de processo eletrônico encaminhado via SIPAC solicitando parecer jurídico


quanto ao procedimento licitatório, na modalidade pregão, na forma eletrônica, para
registro de preços, visando à eventual aquisição de licenças de equipamentos de rede sem
fio, projetores, suporte para projetores e tela de projeção para o Ifes.
2. Constam dos autos os seguintes documentos principais:
a) Documento de Oficialização da Demanda – modelo requisitante, doc. 1;
b) Documento de Oficialização da Demanda – Parecer da TI, doc. 2;
c) Documento de Oficialização da Demanda – Parecer da Administração, doc. 3;
d) designação da Equipe de Planejamento da Contratação, docs. 6 e 8;
e) Estudo Técnico Preliminar, docs. 10 e 13;
f) Mapa de Gerenciamento de Riscos, doc. 12;
g) Termo de Referência, doc. 16;
h) autorização da Intenção de Registro de Preços, doc. 21;
i) lançamento/divulgação da IRP, docs. 24-25 e 44;
j) manifestações de interesse na IRP, docs. 26-30 e 32;
k) novo Estudo Técnico Preliminar, doc. 33;
l) Termo de Referência, docs. 36 e 38;
m) minuta de Ordem de Fornecimento, doc. 41;
n) minuta de Edital e anexos, doc. 45;
o) encaminhamento a este Consul%vo, docs. 46-47.

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3. Os autos foram encaminhados a esta Procuradoria Federal junto ao IFES, para emis-
são de parecer jurídico, nos termos do parágrafo único do ar9go 38 da Lei nº 8.666/93.
4. Em apertada síntese, é o relatório.

II. FUNDAMENTAÇÃO

II.1 Questões preliminares

5. Salientamos que o exame aqui empreendido se restringe aos aspectos


exclusivamente jurídicos do procedimento, excluídos, portanto, aqueles de natureza técnica,
inclusive quanto ao detalhamento do objeto do ajuste, suas caracterís9cas, requisitos e
especificações. Sobre tais dados, par9remos da premissa de que a autoridade competente se
municiou dos conhecimentos específicos imprescindíveis a sua adequação às necessidades
da Administração.
6. Destaque-se que parte das observações expendidas por esta Consultoria Jurídica não
passam de recomendações, com vistas a salvaguardar a autoridade assessorada, e não
vinculá-la. O acatamento ou não das recomendações decorre do exercício da competência
discricionária da autoridade administra9va. Por outro lado, o prosseguimento do feito sem a
correção de questões que envolvam a legalidade, de observância obrigatória pela
Administração, apontadas como óbices a serem corrigidos ou superados, são de
responsabilidade exclusiva do órgão.
7. Presume-se, outrossim, que a autoridade consulente e o ordenador de despesas
tenham competência para pra9car os atos da pretendida contratação, zelando ainda para
que todos os atos processuais sejam pra9cados somente por aqueles que detenham as
correspondentes atribuições.

II.2 Da exclusividade para ME/EPP/COOP

8. O Decreto nº 8.538/2015, em seu art. 6º, estabelece que as licitações para


contratações de bens e serviços com valores iguais ou inferiores a 80 (oitenta) mil reais
devem ser efetuadas com exclusividade para Microempresas (ME), Empresas de Pequeno
Porte (EPP) e Coopera9vas (COOP)1.
9. No mesmo sen9do dispõe a Orientação Norma9va AGU nº 47/2014:

“EM LICITAÇÃO DIVIDIDA EM ITENS OU LOTES/GRUPOS, DEVERÁ SER


ADOTADA A PARTICIPAÇÃO EXCLUSIVA DE MICROEMPRESA, EMPRESA DE
PEQUENO PORTE OU SOCIEDADE COOPERATIVA (ART. 34 DA LEI Nº 11.488,
1
Quanto às cooperativas, aplica-se o dispositivo em virtude do art. 34 da Lei n. 11.488/2007: Art. 34. Aplica-se às sociedades cooperativas que tenham
auferido, no ano-calendário anterior, receita bruta até o limite definido no inciso II do caput do art. 3o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, nela
incluídos os atos cooperados e não-cooperados, o disposto nos Capítulos V a X, na Seção IV do Capítulo XI, e no Capítulo XII da referida Lei Complementar.

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DE 2007) EM RELAÇÃO AOS ITENS OU LOTES/GRUPOS CUJO VALOR SEJA


IGUAL OU INFERIOR A R$ 80.000,00 (OITENTA MIL REAIS), DESDE QUE NÃO
HAJA A SUBSUNÇÃO A QUAISQUER DAS SITUAÇÕES PREVISTAS PELO ART.
9º DO DECRETO Nº 6.204, DE 2007”

10. O Decreto nº 8.538/2015 também prevê a reserva de cota de até 25% do objeto da
contratação para ME/EPP:

“Art. 8º Nas licitações para a aquisição de bens de natureza divisível, e


desde que não haja prejuízo para o conjunto ou o complexo do objeto, os
órgãos e as en%dades contratantes deverão reservar cota de até vinte e
cinco por cento do objeto para a contratação de microempresas e empresas
de pequeno porte. (…)

11. No caso em análise, observa-se que cada item do certame foi es9mado acima de R$
80.000,00, tendo a Administração aplicado a reserva de cota para ME/EPP.

II.3 Da u5lização do Sistema de Registro de Preços (SRP)

12. A estrutura jurídica do Sistema de Registro de Preços – SRP apresenta peculiaridades


em relação à licitação convencional. Sua natureza jurídica assemelha-se ao ins9tuto do
“contrato preliminar” inserto no Código Civil (arts. 462 a 466). Convém fixar, portanto, seu
conceito na lição do eminente Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, em sua obra Sistema de
Registro de Preços e Pregão. 2ª Ed. Belo Horizonte: Fórum, 2005, p. 31, in verbis:

“Sistema de Registro de Preços é um procedimento especial de licitação que


se efe%va por meio de uma concorrência ou pregão ‘sui generis’,
selecionando a proposta mais vantajosa, com observância ao princípio da
isonomia, para eventual e futura contratação pela Administração”.

13. Este procedimento de licitação é especial porque a Administração se vincula, em


termos, à proposta do licitante vencedor, uma vez que a Administração não está obrigada a
comprar. Contudo, se comprar, não poderá adquirir os bens objeto do certame de outro
licitante que não seja aquele que ofereceu a melhor proposta. Por outro lado, o licitante
con9nua com o dever de garan9r o preço, salvo supervenientes e comprovadas alterações
dos custos dos insumos.
14. Nesse aspecto, vale trazer a lume o ar9go 3º, incisos I a IV, do Decreto Federal no
7.892, de 23 de janeiro de 2013, que regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto
no ar9go 15, da Lei Federal no 8.666, de 21 de junho de 1993, in verbis:

Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes


hipóteses:
I – quando, pelas caracterís%cas do bem ou serviço, houver necessidade de
contratações frequentes;

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II – quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas


parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida
ou em regime de tarefa;
III – quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de
serviços para atendimento a mais de um órgão ou en%dade, ou a
programas de governo; ou
IV – quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o
quan%ta%vo a ser demandado pela Administração”.

15. Assim, tratando-se de processo visando eventual aquisição, bem como o


atendimento a diversos campi do Ifes, verificamos jus9ficada a adequação ao Sistema de
Registro de Preços, regulamentado pelo Decreto nº 7.892/2013.
16. Ressalta-se que mesmo em contratações pelo SRP, a divulgação da expecta9va de
consumo no Termo de Referência deve refle9r efe9vamente o que será adquirido (ou o mais
próximo possível), sendo indispensável que as quan9dades indicadas apresentem uma
honesta e real es9ma9va do órgão, para que o próprio sistema não seja desacreditado.
17. É certo que a Administração passará a encontrar cada vez mais vantajosas propostas
quando puder exibir aos licitantes que as suas expecta9vas de consumo chegam a 90 ou 95%
de acerto2, por exemplo. Nesse sen9do, é recomendável que a Administração cer9fique-se
da real necessidade do quan9ta9vo demandado.
18. Corroborando o entendimento, o Acórdão TCU 248/2017-Plenário emi9u
determinações relacionadas às jus9fica9vas dos quan9ta9vos solicitados por órgãos
par9cipantes e não par9cipantes. A decisão ressaltou que o papel dos órgãos que desejam
par9cipar de um registro de preços engloba a efe9va atuação como par9cipantes dos
processos iniciais do SRP, conforme indica o inc. IV do art. 2º do decreto 7.892/2013.
19. Além disso, a jurisprudência do TCU costumeiramente emite julgados em que alerta
para a necessidade de planejamento da contratação, “incluindo os procedimentos rela9vos à
intenção de registro de preços e à es9ma9va de quan9dades a serem adquiridas,
devidamente jus9ficada e baseada em estudos técnicos preliminares e elementos obje9vos”,
a exemplo dos acórdãos 757/2015, 3.137/2014 e 392/2011, todos do Plenário.
20. Nesse sen9do, considerando a possibilidade de adesão à ata de registro de preços, os
referidos documentos/jus9fica9vas dos eventuais órgãos não-par9cipantes deverão instruir
o presente processo, conforme orienta o TCU:

“Oriente os órgãos e en%dades sob sua supervisão que, na condição de


par%cipante, bem como de adquirente não par%cipante (adesão tardia), em
licitações pelo Sistema de Registro de Preços, (…) faça constar de seu
processo administra%vo de contratação a jus%fica%va dos quan%ta%vos
solicitados, bem como jus%fica%va de per%nência quanto às restrições do
ambiente interno do órgão gerenciador, a exemplo da limitação a
representantes de um único fabricante.”

II.4 Da Intenção de Registro de Preços – IRP

FERNANDES, J. U. J. Sistema de registro de preços e pregão presencial e eletrônico. 5. ed. rev. atual. e ampl., 2013.
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21. O procedimento de Intenção de Registro de Preços – IRP, previsto no art. 4º do


Decreto nº 7.892/2013, visa ao registro e divulgação dos itens a serem licitados para
consolidar informações rela9vas à es9ma9va individual e total de consumo e também para
confirmar junto aos órgãos par9cipantes a sua concordância com o objeto a ser licitado.
22. Dessa forma, e como condição para a con9nuidade da contratação com a u9lização
do sistema de registro de preços, é preciso que seja observado o procedimento de IRP, nos
termos previstos no Decreto regulamentador. Salienta-se, contudo, que a divulgação poderá
ser dispensada, de forma jus9ficada, pelo órgão gerenciador (Art. 4º, § 1º, do Decreto nº
7.892/2013, com nova redação dada pelo Decreto nº 8.250/2014).
23. No caso, consta a comprovação de lançamento da IRP (doc. 44).

II.5 Do atendimento à IN nº 1/2019

24. Cabe destacar que a par9r de 1º de julho de 2019 teve início a vigência da IN nº 1, de
4 de abril de 2019, que dispõe sobre o processo de contratação de soluções de Tecnologia
da Informação e Comunicação – TIC pelos órgãos e en9dades integrantes do Sistema de
Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação – SISP do Poder Execu9vo Federal.
25. De início, cabe destacar o Art. 6º da IN:

Art. 6º As contratações de soluções de TIC no âmbito dos órgãos e


en%dades integrantes do SISP deverão estar:
I - em consonância com o PDTIC do órgão ou en%dade, elaborado conforme
Portaria SGD/ME nº 778, de 4 de abril de 2019;
II - previstas no Plano Anual de Contratações;
III - alinhadas à Polí%ca de Governança Digital, ins%tuída pelo Decreto nº
8.638, de 15 de janeiro de 2016; e
IV - integradas à Plataforma de Cidadania Digital, nos termos do Decreto nº
8.936, de 19 de dezembro de 2016, quando %verem por obje%vo a oferta
digital de serviços públicos.

26. Sendo assim, deve estar documentado nos autos o atendimento a todos os incisos
acima elencados.

II.5.1 Planejamento da contratação

27. Preliminarmente, analisaremos a fase de Planejamento da Contratação, que deve


estar em consonância com o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação –
PDTIC (art. 6º, I, da IN nº 1/2019). Nessa fase, a Administração deve executar três etapas,
nos termos do art. 9º da IN nº 1/2019:

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I - ins%tuição da Equipe de Planejamento da Contratação;


II - elaboração do Estudo Técnico Preliminar da Contratação; e
III - elaboração do Termo de Referência ou Projeto Básico.

28. Devem constar no processo o Documento de Oficialização de Demanda, nos termos


do art. 10 da IN nº 1/2019 e a indicação da Equipe de Planejamento e Contratação, nos
termos dos arts. 9º e 10 da IN nº 1/2019.
29. Por sua vez, o Estudo Técnico Preliminar da Contratação, documento essencial à
contratação de soluções de TI, será realizado pelos Integrantes Técnico e Requisitante,
compreendendo, no mínimo, as seguintes tarefas, nos termos do art. 11 IN nº 1/2019:

I - definição e especificação das necessidades de negócio e tecnológicas, e


dos requisitos necessários e suficientes à escolha da solução de TIC,
contendo de forma detalhada, mo%vada e jus%ficada, inclusive quanto à
forma de cálculo, o quan%ta%vo de bens e serviços necessários para a sua
composição;
II - análise compara%va de soluções, que deve considerar, além do aspecto
econômico, os aspectos qualita%vos em termos de bene\cios para o alcance
dos obje%vos da contratação, observando:
a) a disponibilidade de solução similar em outro órgão ou en%dade da
Administração Pública;
b) as alterna%vas do mercado;
c) a existência de so]wares disponíveis conforme descrito na Portaria
STI/MP nº 46, de 28 de setembro de 2016;
d) as polí%cas, os modelos e os padrões de governo, a exemplo dos Padrões
de Interoperabilidade de Governo Eletrônico - ePing, Modelo de
Acessibilidade em Governo Eletrônico - eMag, Padrões Web em Governo
Eletrônico - ePwg, Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil e
Modelo de Requisitos para Sistemas Informa%zados de Gestão Arquivís%ca
de Documentos - e-ARQ Brasil, quando aplicáveis;
e) as necessidades de adequação do ambiente do órgão ou en%dade para
viabilizar a execução contratual;
f) os diferentes modelos de prestação do serviço;
g) os diferentes %pos de soluções em termos de especificação, composição
ou caracterís%cas dos bens e serviços integrantes;
h) a possibilidade de aquisição na forma de bens ou contratação como
serviço; e
i) a ampliação ou subs%tuição da solução implantada;
III - A análise compara%va de custos deverá considerar apenas as soluções
técnica e funcionalmente viáveis, incluindo:
a) comparação de custos totais de propriedade (Total Cost Ownership -
TCO) por meio da obtenção dos custos inerentes ao ciclo de vida dos bens e
serviços de cada solução, a exemplo dos valores de aquisição dos a%vos,
insumos, garan%a, manutenção; e

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b) memória de cálculo que referencie os preços e os custos u%lizados na


análise, com vistas a permi%r a verificação da origem dos dados;
IV - es%ma%va do custo total da contratação; e
V - declaração da viabilidade da contratação, contendo a jus%fica%va da
solução escolhida, que deverá abranger a iden%ficação dos bene\cios a
serem alcançados em termos de eficácia, eficiência, efe%vidade e
economicidade.

30. O Termo de Referência ou Projeto Básico será elaborado pela Equipe de


Planejamento da Contratação a par9r do Estudo Técnico Preliminar da Contratação,
incluindo, no mínimo, as seguintes informações, nos termos do art. 12 da IN nº 1/2019.

I - definição do objeto da contratação, conforme art. 13;


II - código(s) do Catálogo de Materiais - Catmat ou do Catálogo de Serviços -
Catser relacionado(s) a cada item da contratação, disponíveis no Portal de
Compras do Governo Federal;
III - descrição da solução de TIC, conforme art. 14;
IV - jus%fica%va para contratação da solução, conforme art. 15;
V - especificação dos requisitos da contratação, conforme art. 16;
VI - definição das responsabilidades da contratante, da contratada e do
órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços, quando aplicável,
conforme art. 17;
VII - Modelo de Execução e Gestão do Contrato, conforme arts. 18 e 19;
VIII - es%ma%vas de preços da contratação, conforme art. 20;
IX - adequação orçamentária e cronograma \sico-financeiro, conforme art.
21;
X - regime de execução do contrato, conforme art. 22;
XI - critérios técnicos para seleção do fornecedor, conforme art. 23; e
XII - índice de correção monetária, quando for o caso, conforme art.
24.

31. Destaca-se também o art. 38 da IN nº 01/2019, ressaltando a necessidade de


realização do gerenciamento de riscos da contratação, que deverá ser realizado em
harmonia com a Polí9ca de Gestão de Riscos do órgão prevista na Instrução Norma9va
Conjunta MP/CGU nº 1, de 10 de maio de 2016.
32. Durante a fase de planejamento, a equipe de Planejamento da Contratação deve
proceder às ações de gerenciamento de riscos e produzir o Mapa de Gerenciamento de
Riscos, que deverá conter no mínimo (§1º do art. 38):

I - iden%ficação e análise dos principais riscos, consis%ndo na compreensão


da natureza e determinação do nível de risco, mediante a combinação do
impacto e de suas probabilidades, que possam comprometer a efe%vidade
da contratação, bem como o alcance dos resultados pretendidos com a
solução de TIC;

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II - avaliação e seleção da resposta aos riscos em função do ape%te a riscos


do órgão; e
III - registro e acompanhamento das ações de tratamento dos riscos.

II.5.2 Seleção do fornecedor

33. Na fase de Seleção do Fornecedor, a IN nº 1/2019, no art. 25, dispõe que é


obrigatória a u9lização da modalidade Pregão para as contratações de que trata esta IN
sempre que a solução de TIC for enquadrada como bem ou serviço comum, conforme o
disposto no §1º, art. 9º do Decreto nº 7.174/2010, in verbis:

Art. 25. A fase de Seleção do Fornecedor observará as normas per%nentes,


incluindo o disposto na Lei nº 8.666, de 1993, na Lei nº 10.520, de 2002, no
Decreto nº 9.507, de 2018, no Decreto nº 3.555, de 2000, no Decreto nº
5.450, de 2005, no Decreto nº 7.174, de 2010, e no Decreto nº 7.892, de
2013, e respec%vas atualizações supervenientes.
Parágrafo único. É obrigatória a u%lização da modalidade Pregão para as
contratações de que trata esta Instrução Norma%va sempre que a solução
de TIC for enquadrada como bem ou serviço comum, conforme o disposto
no § 1º, art. 9º do Decreto nº 7.174, de 2010.

Art. 9º Para a contratação de bens e serviços de informá%ca e automação,


deverão ser adotados os %pos de licitação ”menor preço” ou “técnica e
preço”, conforme disciplinado neste Decreto, ressalvadas as hipóteses de
dispensa ou inexigibilidade previstas na legislação.
§ 1º A licitação do +po menor preço será exclusiva para a aquisição de
bens e serviços de informá+ca e automação considerados comuns, na
forma do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 10.520, de 2002, e deverá
ser realizada na modalidade de pregão, preferencialmente na forma
eletrônica, conforme determina o art. 4º do Decreto n. 5.450, de 31 de
maio de 2005. (...)

34. Observe-se que a avaliação da natureza do objeto licitatório para fins de u9lização da
modalidade pregão compete ao setor técnico da Administração, cons9tuindo atribuição do
órgão jurídica o exame da modalidade licitatória aplicável, conforme disposto na Orientação
Norma9va AGU nº 54, de 25 de abril de 2014, verbis:

“COMPETE AO AGENTE OU SETOR TÉCNICO DA ADMINISTRAÇÃO DECLARAR


QUE O OBJETO LICITATÓRIO É DE NATUREZA COMUM PARA EFEITO DE
UTILIZAÇÃO DA MODALIDADE PREGÃO E DEFINIR SE O OBJETO
CORRESPONDE A OBRA OU SERVIÇO DE ENGENHARIA, SENDO ATRIBUIÇÃO
DO ÓRGÃO JURÍDICO ANALISAR O DEVIDO ENQUADRAMENTO DA
MODALIDADE LICITATÓRIA APLICÁVEL”

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35. No caso em análise, observo no item 1.4 do Termo de Referência informação de que
os bens a serem adquiridos são considerados bens comuns.
36. Por fim, destaca-se a fase de Gestão do Contrato, que visa acompanhar e garan9r a
adequada prestação dos serviços e o fornecimento dos bens que compõem a solução de TIC
durante todo o período de execução do contrato, devendo ser observado o disposto nos
Arts. 29 e 30 da In nº 1/2019.
37. In casu, observa-se o atendimento aos procedimentos da IN nº 1/2019.

II.6 Da instrução processual / da fase interna do pregão

38. Ao compulsar o processo eletrônico verifica-se que foi devidamente autuado e


protocolado, sendo desnecessária a numeração de folha/página. Os documentos integrantes
do processo digital receberam a ordem sequencial sem falhas e a inserção de novos
documentos avulsos foi realizada após o úl9mo, sem alteração da numeração sequencial dos
documentos no processo, atendendo, assim, ao disposto no art. 38, caput, da Lei nº
8.666/93 e itens 2.6 e 2.7 da Portaria Interministerial nº 1.677/2015.
39. Consta a solicitação/requisição do objeto, elaborada pelo agente ou setor
competente (Acórdão 254/2004 – Segunda Câmara – TCU).
40. O processo de pregão deve estar instruído com os seguintes documentos, conforme
disposto no ar9go 8º do Decreto no 10.024/2019:

Art. 8º O processo rela%vo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído


com os seguintes documentos, no mínimo:
I - estudo técnico preliminar, quando necessário;
II - termo de referência;
III - planilha es%ma%va de despesa;
IV - previsão dos recursos orçamentários necessários, com a indicação das
rubricas, exceto na hipótese de pregão para registro de preços;
V - autorização de abertura da licitação;
VI - designação do pregoeiro e da equipe de apoio;
VII - edital e respec%vos anexos;
VIII - minuta do termo do contrato, ou instrumento equivalente, ou minuta
da ata de registro de preços, conforme o caso;
IX - parecer jurídico;
X - documentação exigida e apresentada para a habilitação;
XI- proposta de preços do licitante;
XII - ata da sessão pública, que conterá os seguintes registros, entre outros:
(…)
XIII - comprovantes das publicações:
(…)
XIV - ato de homologação.

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41. Observa-se que o órgão requisitante da licitação elaborou a minuta do Termo de


Referência, constando a definição do objeto contratual e dos métodos para a sua execução,
o valor es9mado da licitação, o critério de aceitação do objeto, os deveres do contratado e
do contratante, a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e
econômico-financeira, os procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato, o
prazo para execução do contrato e as sanções previstas de forma obje9va, suficiente e clara,
ex vi o disposto no ar9go 3o, inciso XI, do Decreto no 10.024, de 20 de setembro de 2019.
42. A autoridade competente deve autorizar a abertura da licitação, conforme disposto
no art. 8º, inciso V, do Decreto no 10.024/2019 e aprovar o termo de referência, conforme
dispõe o art. 14, inciso II, do referido diploma legal.
43. Para conduzir os trabalhos per5nentes ao pregão eletrônico devem ser designados
servidores para atuarem como pregoeiros e equipe de apoio, nos termos do ar5go 3º,
inciso VI, da Lei Federal nº 10.520/2002, c/c os ar5gos 8º, inciso VI e 13, inciso I, do Decreto
nº 10.024/2019.
44. A adequada pesquisa de preços permite a correta es9ma9va do custo do objeto a ser
adquirido em planilhas de quan9ta9vos e preços unitários, define os recursos orçamentários
suficientes para a cobertura das despesas contratuais e serve de balizamento para a análise
das propostas dos licitantes, conforme dispõem os arts. 7º,§ 2º, II, 15, V, § 1º, 40, §2º, II, 43,
IV e V, todos da lei 8.666/93.
45. Nesse ponto, destaco que a Administração deve observar as exigências da nova
Instrução Norma9va nº 73/2020, que em seu Capítulo II traz especificamente os
procedimentos para a realização de pesquisa de preços para a aquisição de bens e
contratação de serviços em geral, no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional, o qual transcrevo a seguir.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 73, DE 5 DE AGOSTO DE 2020


(…)
CAPÍTULO II
ELABORAÇÃO DA PESQUISA DE PREÇOS
Formalização
Art. 3º A pesquisa de preços será materializada em documento que conterá,
no mínimo:
I - iden%ficação do agente responsável pela cotação;
II - caracterização das fontes consultadas;
III - série de preços coletados;
IV - método matemá%co aplicado para a definição do valor es%mado; e
V - jus%fica%vas para a metodologia u%lizada, em especial para a
desconsideração de valores inexequíveis, inconsistentes e excessivamente
elevados, se aplicável.

Critérios
Art. 4º Na pesquisa de preços, sempre que possível, deverão ser observadas
as condições comerciais pra%cadas, incluindo prazos e locais de entrega,
instalação e montagem do bem ou execução do serviço, formas de

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PROCURADORIA FEDERAL JUNTO AO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

pagamento, fretes, garan%as exigidas e marcas e modelos, quando for o


caso.

Parâmetros
Art. 5º A pesquisa de preços para fins de determinação do preço es%mado
em processo licitatório para a aquisição e contratação de serviços em geral
será realizada mediante a u%lização dos seguintes parâmetros, empregados
de forma combinada ou não:
I - Painel de Preços, disponível no endereço eletrônico
gov.br/paineldeprecos, desde que as cotações refiram-se a aquisições ou
contratações firmadas no período de até 1 (um) ano anterior à data de
divulgação do instrumento convocatório;
II - aquisições e contratações similares de outros entes públicos, firmadas no
período de até 1 (um) ano anterior à data de divulgação do instrumento
convocatório;
III - dados de pesquisa publicada em mídia especializada, de sí%os
eletrônicos especializados ou de domínio amplo, desde que atualizados no
momento da pesquisa e compreendidos no intervalo de até 6 (seis) meses
de antecedência da data de divulgação do instrumento convocatório,
contendo a data e hora de acesso; ou
IV - pesquisa direta com fornecedores, mediante solicitação formal de
cotação, desde que os orçamentos considerados estejam compreendidos no
intervalo de até 6 (seis) meses de antecedência da data de divulgação do
instrumento convocatório.
§1º Deverão ser priorizados os parâmetros estabelecidos nos incisos I e II.
§ 2º Quando a pesquisa de preços for realizada com os fornecedores, nos
termos do inciso IV, deverá ser observado:
I - prazo de resposta conferido ao fornecedor compaevel com a
complexidade do objeto a ser licitado;
II - obtenção de propostas formais, contendo, no mínimo:
a) descrição do objeto, valor unitário e total;
b) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou do Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica - CNPJ do proponente;
c) endereço e telefone de contato; e
d) data de emissão.
III - registro, nos autos da contratação correspondente, da relação de
fornecedores que foram consultados e não enviaram propostas como
resposta à solicitação de que trata o inciso IV do caput.

Metodologia
Art. 6º Serão u%lizados, como métodos para obtenção do preço es%mado, a
média, a mediana ou o menor dos valores ob%dos na pesquisa de preços,
desde que o cálculo incida sobre um conjunto de três ou mais preços,
oriundos de um ou mais dos parâmetros de que trata o art. 5º,
desconsiderados os valores inexequíveis, inconsistentes e os excessivamente
elevados.
§ 1º Poderão ser u%lizados outros critérios ou métodos, desde que
devidamente jus%ficados nos autos pelo gestor responsável e aprovados
pela autoridade competente.

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§ 2º Para desconsideração dos valores inexequíveis, inconsistentes e os


excessivamente elevados, deverão ser adotados critérios fundamentados e
descritos no processo administra%vo.
§ 3º Os preços coletados devem ser analisados de forma crí%ca, em
especial, quando houver grande variação entre os valores apresentados.
§ 4º Excepcionalmente, será admi%da a determinação de preço es%mado
com base em menos de três preços, desde que devidamente jus%ficada nos
autos pelo gestor responsável e aprovado pela autoridade competente

46. Note-se que essas diretrizes consolidam a praxe administra9va e a orientação do


TCU, no tocante a u9lização do número mínimo de três preços ou orçamentos de
fornecedores dis9ntos para realizar a es9ma9va de preços, por ocasião da instauração de
procedimento licitatório. Além disso, há vedação expressa da u9lização de preços
inexequíveis ou os excessivamente elevados como parâmetro de aferição do preço médio.
47. A supracitada IN reforça o entendimento do TCU, no sen9do de que “na elaboração
do orçamento es%ma%vo da licitação, bem como na demonstração da vantajosidade de
eventual prorrogação de contrato, devem ser u%lizadas fontes diversificadas de pesquisa de
preços. Devem ser priorizadas consultas ao Portal de Compras Governamentais e a
contratações similares de outros entes públicos, em detrimento de pesquisas com
fornecedores, publicadas em mídias especializadas ou em sí%os eletrônicos especializados ou
de domínio amplo, cuja adoção deve ser %da como prá%ca subsidiária” (Acórdão 1445/2015
– Plenário).
48. In casu, aparentemente a pesquisa de preços foi realizada da forma adequada.
Contudo, recomendo juntar ao processo a planilha es5ma5va de preços, devidamente
assinada pelo responsável por sua elaboração, nos termos do art. 3º da IN nº 73/2020.
49. A disponibilidade orçamentária não foi expressamente atestada. Não há
irregularidade quanto a este aspecto. Isso porque se tratando de licitação para registro de
preços, conforme Orientação Norma9va AGU no 20, de 1o de abril de 2009, a indicação da
dotação orçamentária é exigível apenas antes da assinatura do contrato ou documento que o
subs9tua nos termos do ar9go 62, caput, da Lei Federal no 8.666/1993; in verbis:

Orientação Norma+va/AGU nº 20, de 01.04.2009 (DOU de 07.04.2009, S.


1, ps. 14 e 15) - “Na licitação para registro de preços, a indicação da
dotação orçamentária é exigível apenas antes da assinatura do contrato”.
REFERÊNCIA: arts. 15 e 38, caput, da Lei no 8.666, de 1993; art. 3º do
Decreto nº 3.931, de 2001; Acórdãos TCU 3.146/2004 – Primeira Câmara e
1.279/2008-Plenário.

50. O Órgão requisitante da licitação também elaborou a Minuta do Edital, que vem a ser
o instrumento regulador do certame, com os critérios de elaboração das propostas, na forma
prevista no ar9go 8o, inciso VII, do Decreto no 10.024/2019, e com os requisitos constantes
do ar9go 40, caput, sobretudo aqueles previstos nos incisos I, II, III, V, VI, VII, VII, VIII, IX, X,
XIV XV, XVI e XVII, da Lei Federal no 8.666, de 21 de junho de 1993.

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II.7 Da Minuta de Edital e anexos

51. Quanto à análise pormenorizada da minuta de edital e seus anexos, verifico que, de
forma geral, constam as cláusulas essenciais e obrigatórias.
52. A Administração pretende subs9tuir o instrumento contratual pela ordem de
fornecimento. Tratando-se de entrega imediata, é possível a dispensa do instrumento
contratual, desde que constem no instrumento (ou anexo) a ser u5lizado as cláusulas
essenciais da contratação, exigíveis no art. 55 da Lei n° 8.666/1993.

III. CONCLUSÃO

53. Ante o exposto, a Advocacia-Geral da União, por meio da Procuradoria Federal


junto ao IFES, manifesta-se pela possibilidade de prosseguimento do processo
administra9vo visando a eventual aquisição de licenças de equipamentos de rede sem fio,
projetores, suporte para projetores e tela de projeção, desde que atendidas as
recomendações dos parágrafos 26, 42, 43, 48 e 52 deste parecer.
54. Vitória-ES, 11 de janeiro de 2022.

José Aparecido Buffon


Procurador Federal

Visto. De acordo.

(Assinado digitalmente no Sapiens/AGU)


Estevão San5ago Pizol da Silva
Procurador Federal
Procurador-Chefe da PF/Ifes

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 11/01/2022

PARECER JURÍDICO Nº 10/2022 - REI-PRF (11.02.37.10)


(Nº do Documento: 18)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 11/01/2022 09:51 )


JOSE APARECIDO BUFFON
COORDENADOR - TITULAR
REI-PRF (11.02.37.10)
Matrícula: 6270645

Visualize o documento original em https://sipac.ifes.edu.br/documentos/ informando seu número: 18, ano: 2022,
tipo: PARECER JURÍDICO, data de emissão: 11/01/2022 e o código de verificação: ec9c6d3221

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