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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

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DESPACHO

PROCESSO: 00000706.989.19-1
REPRESENTANTE: RT ENERGIA E SERVICOS LTDA (CNPJ
11.091.314/0001-63)

REPRESENTADO(A): PREFEITURA MUNICIPAL DE BOTUCATU (CNPJ


46.634.101/0001-15)

ASSUNTO: Representação visando ao Exame Prévio do Edital do Pregão


Presencial nº 420/18, Processo nº 50.064/18, promovido pela
Prefeitura Municipal de Botucatu, tendo por objeto o registro
de preços para possível contratação de empresa especializada
para prestação de serviços de implantação de conjuntos de
iluminação pública no município de Botucatu, conforme
especificações constantes do Anexo I.
EXERCÍCIO: 2019

Utilizando-se da faculdade conferida pelo artigo 113, §1º, da Lei Federal nº 8.666/93,
RT ENERGIA E SERVIÇOS LTDA. representa perante este Tribunal contra o Edital
do Pregão Presencial nº 420/18, para registro de preços para contratação de empresa
especializada para prestação de serviços de implantação de conjuntos de iluminação
pública no município de Botucatu.

A representação foi protocolizada em 15/1/19, o recebimento das propostas e abertura


estão previstos para ocorrer dia 17/1/19 e o edital é de conhecimento público.

A representante questiona o critério de julgamento adotado (menor preço por item) e a


adoção de registro de preços, por não considerar o serviço como comum, além de ser
serviço de engenharia.

O alegado não é suficiente para a paralisação do certame.


Esta Corte já apreciou representações contra editais que tratavam de serviços
relacionados à iluminação pública cuja crítica era justamente a adoção do sistema de
registro de preços.

Nas oportunidades em que essa opção foi condenada restou evidenciado ou que se
tratava de complexo serviço de engenharia ou que havia outros serviços agregados que
exigiam melhor planejamento ou que era serviço continuado. É o caso do processo
18.989.18-6.

Há exemplos, porém, em que esses aspectos não estavam presentes e as críticas nem
resvalaram na questão do sistema de registro de preços, uma vez que se tratava de
serviço comum. Assim ocorreu no processo 529.989.13-9.

O edital em exame parece assemelhar-se ao segundo caso, uma vez que o serviço a ser
contratado se resume à implantação de conjuntos de iluminação pública, consistente no
fornecimento e instalação de braço, luminária, reator, lâmpada, relé, cabos de ligação,
conectores, braçadeiras, parafusos e acessórios de fixação em poste.

O edital é expresso ao definir que serviços de manutenção não estão abarcados no


objeto em licitação, afastando a hipótese de tratar-se de serviço continuado.

Também não há menção alguma de que caberá à contratada a elaboração de projetos,


estudos ou mesmo credenciamento de usuários, o que permite inferir, pelo menos nessa
análise prévia, que se trata de objeto comum.

Se não fosse assim, nem mesmo o pregão poderia ser adotado e esse aspecto nem foi
aventado na inicial.

O fato é que a contratada apenas fornecerá o material e fará a instalação em pontos


novos depois de autorizada pela Prefeitura e pela concessionária de energia elétrica.

Também não foram apresentadas razões suficientes a desqualificar o critério de


julgamento adotado.

Dessa forma, indefiro o pedido.


Enfatizo que a presente decisão se baseia em uma análise preliminar e eminentemente
objetiva, própria do rito sumaríssimo que se impõe à situação, até porque não se reveste
de caráter final, já que se presta apenas para estabelecer quando os atos da
Administração devem submeter-se à fiscalização do Tribunal de Contas, se
previamente, com base no § 2º do artigo 113 da Lei 8666/93, ou se posteriormente, nos
termos do disposto no caput do mesmo artigo, diante do caso concreto.

Publique-se, aguarde-se o prazo de recurso e comunique-se o fato ao Ministério Público


do Tribunal de Contas.

Arquive-se.

Ao Cartório para as providências cabíveis.

GCRRM, 16 de Janeiro de 2019

JOSUÉ ROMERO
CONSELHEIRO-SUBSTITUTO

CÓPIA DE DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE POR: JOSUE ROMERO. Sistema e-TCESP. Para obter
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documento: 1-MHKH-EOOW-678V-4B9X

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