Guia da

ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL
I N FA N T I L
O que você precisa saber para que
seu filho coma melhor.
INTRODUÇÃO
Ver as crianças crescendo saudáveis é o desejo de todas as famílias, por
isso, cuidar da alimentação dos pequenos é um dos principais caminhos
para garantir um bom desenvolvimento.

Mas no ritmo acelerado que se vive hoje, o consumo excessivo de in-

dustrializados, a falta de tempo disponível para o preparo dos alimentos,
a falta de refeições em família e a presença dos eletrônicos à mesa, são
alguns dos fatores que interferem na alimentação de muitas famílias.

Nesse contexto, existe maior risco de uma má nutrição e deficiência

nutricional, representada em sua maioria pelo excesso de peso. No
Brasil, 1 a cada 3 crianças, menores de 5 anos, apresentam sobrepeso
ou obesidade, segundo dados da Associação Brasileira para Estudo da
Obesidade e Síndrome Metabólica.

Para reverter essa situação, o compromisso, a dedicação, o entrosa-

mento e a criatividade da família são ingredientes ideais para incentivar
bons hábitos alimentares, em uma dinâmica que todos saem ganhando
com mais energia e mais saúde!

Já que na primeira infância adquirimos costumes que levamos para a

vida inteira, reunimos informações preciosas e orientações dos profis-
sionais de saúde da Unimed Fortaleza para você aprender a incentivar
bons hábitos alimentares nos pequenos começando em casa. Vamos
juntos?

2
Por que comer saudável
é importante?
Como uma das principais fases do
desenvolvimento humano, a in-
fância é um período de descoberta
do mundo e de aprendizados que
serão levados para toda a vida.
Por isso, além de ofertar os nu-
trientes essenciais para o desen-
volvimento biológico dos peque-
nos, uma alimentação saudável é a
porta para outros hábitos positivos
de cuidado com o próprio corpo.
Para garantir que a criança tenha e
mantenha em sua rotina uma ali-
mentação saudável, é essencial
que seus familiares adotem e en-
tendam a importância de boas es-
colhas alimentares. Planejar a lista
de compras, dar o exemplo, comer
junto, evitar excessos de fast food
e industrializados são condutas
fundamentais para garantir a saúde
da criança no presente e no futuro.
As opções de menor valor nutri-
cional como doces, refrigerantes,
salgadinhos e outros ultraproces-
sados, não devem ser estimulados
em nenhuma idade, e são proibidos
para menores de 2 anos. Porém, em
crianças maiores, que já tiveram
contato com esses alimentos de
alguma forma, deve-se controlar
a oferta e trabalhar na redução de
quantidade e de frequência. Lem-
bre-se que o excesso desses ali-
mentos aumentam o risco de so-
brepeso e outras doenças.
Com equilíbrio alimentar, as crian-
ças conquistam energia para as
brincadeiras, mais foco na escola,
noites de sono mais tranquilas e
muito mais saúde para crescer e
se desenvolver.
3
O que é uma alimentação
infantil saudável?
Os cuidados com uma alimenta- los, frutas, leguminosas e proteí-
ção de qualidade começam desde na) em detrimento de alimentos
a gestação, se estendem com o industrializados e ricos em açúcar
aleitamento materno e vão se re- por pelo menos 2 anos.
novando conforme o crescimento
“Essa alimentação saudável cons-
da criança. No momento da intro-
truída na introdução deve também
dução alimentar, o que é oferecido,
a forma que o alimento é apresen- fazer parte da rotina alimentar fa-

tado, a relação com o alimento e o miliar, para que a criança cresça

comportamento familiar frente às tendo contato permanente com
refeições, influenciam diretamente alimentos saudáveis e observe o
na aceitação e na formação do pa- exemplo de seus pais, uma vez que
ladar da criança. a alimentação da família passa

Uma boa introdução alimentar a ser a mesma da criança com o

conta com a oferta de todos os passar do tempo”, explica a nutri-
grupos alimentares (grãos, legu- cionista da Unimed Fortaleza, Ca-
mes, hortaliças, cereais e tubércu- mila Dantas.

4
Para ofertar uma alimentação mais saudável, é importante saber que os
alimentos são diferenciados quanto ao grau de processamento, sendo
classificados em:
Alimentos in natura:
São os alimentos produzidos pela
natureza, que estão na sua forma
bruta, sendo representados por
frutas, legumes, hortaliças, grãos,
feijão, trigo, carnes, ovos e peixes.
Alimentos minimamente
processados:
São alimentos que sofrem o míni-
mo de processamento para serem
consumidos, são descascados, cor-
tados, cozinhados, peneirados etc.
Assim, quando preparamos os ali-
mentos cortando-os ou cozinhan-
do-os, eles se tornam minimamen-
te processados.
Alimentos processados:
São alimentos que mantêm a maior
parte do seu valor nutricional,
porém, sal, açúcar ou óleo são adi-
cionados para conservação. Exem-
plo: milho em conserva, peixe em
conserva e fruta em calda.
Alimentos ultraprocessados:
São alimentos de baixo valor nu-
tricional que apresentam desequi-
líbrio alimentar, contendo excesso
de sódio, açúcares, gorduras satu-
radas e trans, e são adicionados de
substâncias exclusivas da indús-
tria, tais como: corantes, estabili-
zantes, conservantes, emulsifican-
tes, edulcorantes e outros aditivos
químicos. Exemplos: biscoitos re-
cheados, refeições congeladas, re-
frigerantes, salgadinhos de pacote,
sucos de caixa, macarrão instantâ-
neo, dentre outros.
5
A nutricionista pontua que a regra é priorizar os alimentos in natura e
minimamente processados, consumir com moderação os alimentos pro-
cessados e evitar ao máximo os alimentos ultraprocessados. Abaixo, ilus-
tramos a diferença entre os tipos de processamento.

IN NATURA PROCESSADO ULTRAPROCESSADO

Abacaxi Abacaxi em calda Suco de caixinha de abacaxi

Milho Milho em conserva Salgadinho de milho

no pacote

Peixe Peixe em conserva Empanado de peixe

Reflita:

Com base nessas informações, como está a qualidade da

alimentação da sua família?

6
Para guiar as escolhas em relação à qualidade dos alimentos oferecidos,
a pirâmide alimentar nos auxilia a entender como devem ser as escolhas
alimentares. Nela, estão informações importantes como os níveis de gru-
pos alimentares e associados, o consumo adequado de água e a prática
regular de exercício físico para criança. Confira abaixo!

Quarto nível

Terceiro nível

Segundo nível

Primeiro nível

Consumo de Água

A água é importante para a hidratação, digestão e a função intestinal. A

quantidade de água também é influenciada pela condição climática e pelo
nível de atividade física e brincadeiras praticadas.

Os pais devem se atentar para o consumo adequado de líquidos durante

o dia por parte das crianças. Leite e sucos também entram no cálculo de
líquidos, porém, o consumo de água deve ser priorizado.

7
 Quanta água, no mínimo, bebês e crianças devem tomar diariamente?
0a6 7 a 12 1a3
meses* meses anos
700ml
(*bebês que tomam 800 ml 1,3 L
leite artificial)
Exercícios físicos
Atualmente, a Organização Mun-
dial de Saúde (OMS) recomenda
que crianças e adolescentes rea-
lizem pelo menos 60 minutos por
dia de atividade física moderada.
Além da prática de um esporte, as
crianças devem ser estimuladas a
terem brincadeiras ativas, como
pular, correr, nadar, dentre outras.
Praticar exercícios físicos na infân-
cia é interessante para estimular a
socialização, o crescimento, o de-
senvolvimento motor, o equilíbrio,
além de ser um hábito saudável. É
importante evitar o sedentarismo
do tempo excessivo de telas. Re-
comenda-se que crianças e ado-
lescentes não excedam duas horas
diárias de tempo de tela (televisão,
computador, videogame, tablet e
celular) durante os momentos de
lazer.
4a8 9 a 13 17 a 18
anos anos anos
1,7 L 2,4 L 3,3 L
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
Observe que na pirâmide o exercí-
cio físico está distribuído em todos
os níveis, mostrando que deve ser
estimulado com maior frequência!
Primeiro nível
Composto por cereais, raízes e tu-
bérculos, que são fontes de carboi-
dratos e fornecem energia para a
criança realizar todas as atividades
do dia. Exemplos: pão, milho, arroz,
aveia, trigo, batata inglesa e doce,
macaxeira, inhame e macarrão.
A nutricionista aponta que é impor-
tante evitar o consumo excessivo
ou com maior frequência de farinha
de trigo branca, presente em ali-
mentos como macarrão, bolo, pão,
biscoitos de água e sal ou biscoitos
doces (mesmo sem recheio). O ideal
é priorizar carboidratos com maior
fonte de fibras e nutrientes como a
aveia, quinoa, macaxeira, inhame, ba-
tata doce, arroz, milho e pão integral.
8
Segundo nível
Alimentos reguladores, as frutas,
legumes e hortaliças, são fontes de
fibras, vitaminas e minerais funda-
mentais para a saúde. A nutricionis-
ta recomenda o consumo de salada
duas vezes ao dia e, pelo menos, 3
opções de frutas ao dia, variando
em cores, apresentação e sabores.
• Frutas: priorizar o consumo
da fruta com casca e baga-
ço e, se for ofertar suco, que
seja o da fruta, preferencial-
mente, sem açúcar. Evite
sucos artificiais e em caixa.
Ao invés disso, opte por fru-
tas frescas, da época e bem
higienizadas. Exemplos: tan-
gerina, laranja, maçã, pera,
ameixa, kiwi, morango, uva
etc.
• Legumes, verduras e horta-
liças: experimente adicionar
em receitas, mudar o prepa-
ro, testar novos temperos e
cortes, isso pode favorecer a
aceitação desses alimentos
por parte das crianças. Pique
em cubos, tiras, refogue ou
experimente fazer purês.
Exemplos de alimentos: ce-
noura, chuchu, abobrinha,
berinjela, brócolis, couve-
-flor, folhosos etc.
Terceiro nível
As proteínas possuem função me-
tabólica estrutural e são funda-
mentais para o crescimento e for-
mação muscular. São divididas em
proteínas de origem animal e de
origem vegetal.
Proteína de origem animal:
• Carnes, ovos e peixes: prio-
rize os cortes mais magros
e sem gordura, preparados
em receitas com temperos
naturais, pouco sal, cozidos,
grelhados ou assados e evi-
tando frituras. Cuidado com
opções como linguiça, salsi-
cha, presunto, empanados,
pois não são opções saudá-
veis para consumo, já que se
enquadram como alimentos
ultraprocessados.
• Leites e derivados: são fon-
tes de cálcio e vitaminas li-
possolúveis (A, D, K, E), mas
não devem ser consumidos
9
 por menores de 1 ano. Após
essa idade, pode-se inserir
derivados como queijo re-
duzidos em sódio e gordu-
ras e iogurtes naturais sem
adição de açúcares e aditivos
• Açúcares e doces: o exces-
químicos.
Proteína de Origem Vegetal:
São excelentes fontes de fibras e
proteínas e devem ser consumi-
das pelo menos uma vez ao dia.
Exemplo:
• Feijões;
• Soja;
• Ervilha;
• Lentilha;
• Grão de bico.
Quarto nível
Óleos, gorduras, açúcares e doces
estão no topo da pirâmide, o que
indica que devem ser consumi-
dos com moderação e em menor
quantidade.
• Óleos e gorduras: devem ser
utilizados o mínimo possível
para o preparo das refeições.
Opções como azeite e óleo
de coco devem ser prioriza-
das. Evite utilizar margarina,
pois possui gordura hidro-
genada, um tipo de gordura
mais inflamatória.
so de chocolates, açúcares,
achocolatados, recheados,
refrigerantes e doces em
geral podem gerar alteração
de peso, glicemia e aumento
do colesterol, por serem ali-
mentos de alta carga glicê-
mica, ricos em carboidratos
simples. A nutricionista re-
força que o paladar da crian-
ça e o da família devem se
adaptar com o sabor menos
doce possível, para evitar os
excessos. Uma dica para re-
duzir o consumo de doces é
fazer a própria sobremesa
em família com ingredientes
naturais. Troque o sorvete
industrializado pelo sorve-
te caseiro de banana e mo-
rango (receita disponível na
página 19), fica uma delícia!
10
O que escolher e o que
evitar no cardápio infantil?
Tendo a pirâmide como base das
suas escolhas, fica mais fácil ter
um norte do que levar das prate-
leiras para a mesa.
E para te ajudar de forma ainda
mais prática, fizemos uma listi-
nha do que utilizar e do que evitar
no cardápio e como ofertar essas
opções.
Proteínas:
Dê preferência às carnes com
pouca gordura e carne branca
(aves e peixes) preparadas
cozidas ou grelhadas. Evite
frituras ou dê preferência ao
preparo nas fritadeiras de ar,
sem óleo. Aposte também em
ovos, feijões e nozes;
Frutas, legumes e verduras:
Ofereça frutas, legumes e ver-
duras frescos e bem higieni-
zados. No caso dos sucos de
frutas, prefira sem açúcar ou
use opções menos processa-
das como o açúcar demerara
e o açúcar mascavo;
Grãos:
Escolha pão integral, aveia, pi-
poca, quinoa ou arroz integral;
Laticínios:
Preferencialmente, ofereça
opções sem gordura ou com
pouca gordura, como leite
desnatado, iogurte integral,
queijos magros (como ricota
e minas) e opções sem lactose.
11
Como higienizar os deixe de molho por 15 minutos.
alimentos frescos? Passado esse tempo, enxágue
abundantemente e aguarde secar
Fazer boas escolhas para a alimen-
antes de guardar. Nesse momento,
tação das crianças é um passo su-
as crianças também podem partici-
perimportante, mas antes de levar
par do processo, com a supervisão
os alimentos como frutas e verdu-
de um adulto, para se sentirem in-
ras para a mesa, é importante você
tegradas e responsáveis pelo ma-
se certificar que eles estão higie-
nuseio do que vão comer.
nizados corretamente. Assim que
chegar do mercado, antes de arma-
zenar os alimentos frescos, limpe
bem a pia ou a bancada onde a hi-
gienização será feita.

Para higienização de frutas, verdu-

ras e folhosos, utilize:

• Água sanitária sem sabão

e sem cheiro: observe a in-
dicação do fabricante para
higienização de hortaliças e
frutas.

OU

• Hipoclorito de sódio: utili-

ze conforme indicação do
fabricante, pois existem op-
ções com maior ou menor
concentração.

Mergulhe as frutas, legumes e

verduras na solução escolhida e

12
A qualidade dos alimentos:
você aposta nos orgânicos?
Mesmo fazendo as escolhas corre-
tas para o prato, você sabia que nem
sempre o que parece saudável é to-
talmente benéfico para as crianças?
Antes de chegar nas prateleiras do
supermercado, frutas, legumes, ver-
duras e outros alimentos podem re-
ceber altas cargas de agrotóxicos,
fertilizantes químicos e substân-
cias que comprometem a saúde.
Segundo diretrizes do Ministério
da Saúde, o consumo de agrotó-
xicos a longo prazo, mesmo em
quantidades mínimas, facilita o
surgimento de problemas como
alergias e alterações nos sistemas
imunológico, nervoso, gastroin-
testinal, respiratório, circulatório,
endócrino e reprodutivo.
Nesse cenário, os alimentos or-
gânicos, que são plantados e cul-
tivados sem interferência dessas
substâncias, se apresentam como
Clique aqui para conhecer outros benefícios de consumir
alimentos orgânicos
uma alternativa mais saudável,
além de mais saborosa e nutritiva.
Muitas pessoas acabam não com-
prando orgânicos por acreditar que
sempre são muito mais caros que
os alimentos produzidos na agri-
cultura convencional, no entanto,
o preço de folhosos como alfa-
ce, cebolinha, coentro e outros
folhos são bem semelhantes ao
preço convencional. Vale a pena
ir além da sessão dos supermer-
cados e conhecer locais de venda
de orgânicos. Existem feiras de
orgânicos em vários pontos da ci-
dade ou ainda produtores locais
que comercializam cestas de seus
produtos.
Pensando a longo prazo, esse é
um investimento que vale a pena,
já que o resultado é mais saúde e
qualidade para as crianças e para
toda a família!
13
Entendendo o
comportamento
infantil
Cada fase da infância possui suas
características comuns, e enten-
dê-las é uma das chaves para lidar
melhor com os desafios e utilizar
os estímulos corretos para uma ali-
mentação saudável. Por isso, esteja
atento aos sinais do desenvolvi-
mento da sua criança e saiba como
tornar as refeições mais atrativas!

Dos 2 aos 6 anos, na chamada

idade pré-escolar, a criança come-
ça a desenvolver sua independên-
cia e suas preferências alimentares,
à medida que diminui o ritmo de
crescimento, o que pode resultar
na diminuição da ingestão alimen-
tar, facilmente vista como falta de
apetite pelos pais e responsáveis.
Nessa fase, o apetite depende de
vários fatores como idade, ingestão
na refeição anterior, temperatura e
condições físicas. Crianças cansa-
das ou que acabaram de brincar,
por exemplo, podem recusar refei-
ções com maior facilidade. Sempre
que possível, portanto, desacele-
re o ritmo próximo às refeições
ou evite os horários próximos aos
cochilos da criança.
E já que a construção da indepen-
dência é um fator da idade, en-
volver os pequenos no preparo
das refeições ou na montagem da
mesa é uma estratégia que gera o
senso de responsabilidade e per-
tencimento, facilitando a aceitação.

14
“O brincar exerce papel fundamen-
tal no desenvolvimento infantil.
Por meio da brincadeira, a experi-
ência lúdica propicia relaxamento,
descontração, criatividade, bem
como interação consigo e com o
outro. Aproveite para convidar a
criança a preparar ou montar al-
guns pratos da refeição, conte e
crie histórias juntos sobre os ali-
mentos, utilize a criatividade na
combinação e cores dos alimentos.
Estar em contato com o alimen-
to de forma lúdica, mesmo antes
de consumi-lo, contribui para que
a criança associe a comida a mo-
mentos positivos”, orienta a psicó-
loga da Unimed Fortaleza, Natália
Araújo.
Por último, mas não menos im-
portante, deixe as telas longe da
mesa! Muitas vezes, isso é um de-
safio maior para os adultos do que
para as crianças, por isso, faça o
exercício de ensiná-las lembran-
do do quão importante é prestar
atenção no alimento e desfrutar
do prazer de comer e estar com a
família.
15
Dicas valiosas para estabelecer uma rotina alimentar
Para as crianças, o intervalo entre uma refeição e outra deve ser de 2 a 3
horas, totalizando cinco ou seis refeições diárias. Confira abaixo as suges-
tões de horários e refeições da nutricionista Camila Dantas.

15h - Lanche

8h - Café da manhã Sorvete de banana e morango ca-

seiro (confira a receita na página
Fruta picadinha + panqueca de ba-
19) OU
nana OU 1 fruta + tapioca com ovo
mexido OU vitamina de frutas com pão de queijo caseiro + fruta OU
aveia.

10h - Lanche Cartola “kids”

1 unidade de fruta OU salada de 1 banana assada no fio

fruta OU 1 copo de suco da fruta de azeite e óleo de coco,
OU castanhas. polvilhada com canela +
queijo minas assadinho.
12h - Almoço

Salada crua (alface picadinho e to-

mate cereja) + vagem refogadinha 18h - Jantar

no alho e azeite + picadinho de Filé de peixe + purê de batata + to-

carne cozida + arroz de brócolis + mate cereja e brócolis no vapor OU
purê de mandioquinha ou purê de sopa de carne ou frango e feijão
jerimum. Sobremesa: tangerina com legumes e macarrão temático.

OU 21h - Ceia

Couve manteiga refogada + toma- Caso a criança esteja acordada, a

te cereja + filé de frango grelhado ceia deve ser uma refeição leve,
ou assado + arroz branco + feijão como 1 copo de leite OU 1 unidade
preto. Sobremesa: abacaxi. de iogurte natural.

16
É importante escolher um local
tranquilo e dispor de tempo
suficiente para que a criança se ali-
mente. Se durante a refeição há re-
cusa dos alimentos, não substitua
por mingaus ou lanches, que além
de interferirem na percepção da
criança sobre a aceitação, podem
atrapalhar a próxima refeição.
Confira agora 4 sugestões de re-
ceitas saudáveis para as crianças:

Pão de queijo com linhaça

500g de polvilho azedo;

1 copo (americano) de água;

1 copo (americano) de leite;

1/4 xícara de óleo;

2 ovos;

100g de queijo parmesão ralado;

Sal a gosto.

Modo de preparo
Em uma panela, ferva a água e acrescente o leite, o óleo e o sal.
Em seguida, adicione o polvilho, misture bem e comece a sovar
a massa com o fogo desligado. Quando a massa estiver morna,
acrescente o queijo parmesão, os ovos e misture bem. Se a massa
estiver mole, acrescente mais polvilho.

Unte as mãos e enrole bolinhas de 2cm de diâmetro. Disponha

as bolinhas em uma assadeira untada com óleo, deixando um
espaço entre elas. Asse em forno médio pré-aquecido (180º C)
por cerca de 40 minutos. Rende 30 porções.

17
 Panini de batata

2 colheres de sopa de batata inglesa (pode ser doce, inhame ou

macaxeira) cozida e amassada;

2 colheres de sopa de polvilho doce ou farinha de arroz ou amido

de milho ou farelo de aveia;

1 colher de café de fermento;

2 colheres de chá de azeite;

Sal a gosto.

Modo de preparo
Misture todos os ingredientes e amasse até formar uma massinha
de modelar. Faça bolinhas e leve à sanduicheira por 2 a 3 minutos
ou, se preferir mais fofinho, ao forno médio por 15 a 20 minutos.
Pode rechear se quiser.

Batata chips

Cozinhe a batata (pode ser inglesa, doce, macaxeira, inhame, man-

dioquinha ou cará) com casca e cortada em pedaços grandes no
vapor. Depois de cozida al dente (não deixe ficar muito macia) corte
em rodelas fininhas e leve ao forno médio (200ºC) em assadeira
untada com óleo de coco ou azeite até dourar. Tempere com sal e
orégano a gosto.

18
 Sorvete de banana e morango

2 bananas nanicas (bem maduras);

10 a 12 morangos.

Modo de preparo
Congele as frutas (a banana deve estar descascada e os morangos,
bem higienizados).

Após o congelamento, retire do freezer e deixe em temperatura am-

biente por 5 minutos. Em seguida, passe os ingredientes em um
processador ou utilize um mixer, batendo até ficar em textura de
creme semelhante a sorvete. Fica uma delícia! Ofereça logo após o
preparo e não recongele, pois perde a cremosidade.

19
E se com todas essas dicas,
a criança não comer tudo?
A criança não precisa comer tudo
que está no prato. É importante
saber que a flutuação do apetite
acontece na criança e pode ter dias
em que ela irá aceitar bem a comida
oferecida e, em outros, apenas pro-
vará ou comerá bem pouco. É pre-
ciso respeitar os sinais de fome e
saciedade da criança.
A nutricionista da Unimed Forta-
leza, Camila Dantas, fala sobre a
divisão de responsabilidades, pois
a responsabilidade dos pais é criar
rotina, decidir qual alimento ofer-
tar, estimular, mas é de responsa-
bilidade da criança decidir o quanto
vai comer.
“Não é interessante obrigar
a comer ou fazer chantagem
durante as refeições. Con-
dições como o prato limpo
para a conquista da sobre-
mesa ou de outro tipo de
prêmio podem gerar uma
relação negativa com a co-
mida. A quantidade ingerida
está ligada à autonomia da
criança sobre a sua autor-
regulação de fome e sacie-
dade, por isso, é essencial
respeitá-la”, explica.
Minha criança apresenta
resistência, o que fazer?
O primeiro passo é não rotular
a criança, nem criticá-la usando
termos como: “ruim pra comer”,
“dá trabalho pra comer”, pois isso
acaba gerando uma internalização
por parte da criança.
Em seguida, é necessário que os
responsáveis façam uma reflexão
para entender o contexto da recusa
alimentar: A criança recusa todas
as refeições? Ela está realmente
com fome para realizar a refeição?
A família estimula positivamente,
dando exemplo, comendo junto,
sem forçar? Existem compensa-
ções de prêmios ou ameaças de
punição?
Para ajudar, a nutricionista indica
alguns caminhos para compre-
ender e solucionar essa questão:
“Pergunte o motivo da criança não
querer comer, caso ela responda
que não está com fome, guarde
a comida e ofereça algum tempo
depois. Entre os motivos da recusa
está a monotonia alimentar, por
isso, é tão importante ter criativi-
dade e variar as receitas, temperos
e a apresentação”.
20
Vamos relembrar?

O que fazer na hora da O que não fazer na hora da

refeição: refeição?

Estabelecer local e horários Não andar pela casa enquanto

específicos; a criança se alimenta;

Apresentar os alimentos ofer- Não forçar a criança a comer a

tados no prato; quantidade que você considera

Estimular a criança a provar ideal;

novos alimentos, porém sem Não negociar sobremesas ou

insistência; outras conquistas como re-

Desligar telas no ambiente e compensa para a criança comer

não levá-las para a mesa; tudo que está no prato;

Envolver a criança no processo; Evitar comentários acerca do

peso, do formato corporal ou
Ser o exemplo que a criança
qualquer outro que venha a co-
precisa.
agir ou constranger a criança
no momento da refeição.

21
Como identificar problemas na
alimentação da criança?
O acompanhamento pediátrico é E quais são esses sinais?
o principal aliado da identifica- Recusa alimentar frequente;
ção e da solução de desafios. Nas
Dificuldade de socialização
consultas de rotina, o médico da
em decorrência da restrição
criança avalia os principais sinais
alimentar;
do crescimento como peso, altura
Presença constante do comer
e desenvolvimento ósseo, indican-
em excesso;
do também os principais exames
de rotina que devem ser feitos. Comer até vomitar ou sentir
dor de barriga;
Identificando sinais que merecem
atenção, o pediatra encaminha Dificuldade em lidar com de-
a criança para outros especialis- terminadas texturas e cheiros;
tas, a depender das necessidades Repetição excessiva dos pratos.
percebidas.

Encontre o pediatra da Unimed Fortaleza mais próximo de você

22
22
 “Sempre que o comportamento alimentar da criança estiver
atrapalhando o estado nutricional e psicossocial dela ou da
família, e sejam observadas possíveis questões psicológicas
como ansiedade, estresse, sintomas depressivos e dificuldade
em lidar com os sentimentos e situações vivenciadas, a ajuda
profissional deve ser buscada”, destaca a psicóloga da Unimed
Fortaleza, Natália Araújo.

Fonoaudiólogos e terapeutas ocu- teração da criança e da família com

pacionais são outros profissionais
que podem integrar a equipe
multidisciplinar envolvida nesse
processo, auxiliando a família a
refletir e compreender o compor-
tamento alimentar infantil e a in-
a alimentação; orientando e indi-
cando estratégias para viabilizar a
expressão de sentimentos e emo-
ções, de forma segura e lúdica
.

23
Família: o principal guia
alimentar infantil
Depois de compartilharmos tantas
dicas importantes, vamos chegan-
do à reta final desse material lem-
brando que o principal ingrediente
de uma alimentação saudável é o
compromisso. Com uma família
unida em prol de bons costumes
alimentares, os pequenos não so-
mente aceitam, mas aprendem
de verdade a importância desse
hábito.
Muito mais que um desafio,
é importante que os adultos
enxerguem o processo de
construção de uma alimentação
saudável como uma oportunidade
de rever costumes e conquistar
uma rotina melhor para todos da
casa.
Pais e responsáveis, lembrem-se
sempre: os pequenos aprendem
com os ensinamentos, mas princi-
palmente com o exemplo!
*Este conteúdo foi desenvolvido em parceira
com as profissionais da Unimed Fortaleza:
Psicóloga - Natália Jamille Oliveira Araújo
CRP 11/06545
Nutricionista - Camilla Rafaelly Dantas da Silva
CRN 16271
24
Conheça o Hospital Unimed Sul
Para cuidar cada vez melhor,
a Unimed Fortaleza ampliou
sua rede de atendimento com a
inauguração do Hospital Unimed
Sul, localizado no bairro Luciano
Cavalcante.
Com estrutura e equipamentos
modernos e capacidade inicial de
186 leitos em uma área construí-
da de 28 mil metros quadrados, o
hospital proporciona um cuidado
ainda maior à saúde das crianças
e gestantes.
Na área pediátrica, o novo em-
Solicite aqui o orçamento do plano para sua família
preendimento conta com atendi-
mento de emergência, internação
clínica e cirúrgica, cirurgia ambu-
latorial e pediátrica e UTI pediá-
trica e neonatal.
Para o atendimento à saúde da
mulher, o hospital dispõe de uma
estrutura completa para emer-
gência, internação ginecológica e
obstétrica, centro cirúrgico e cen-
tro de parto humanizado, além de
um centro de imagem e laborató-
rio. Clique no vídeo abaixo e faça
um tour virtual pela unidade!
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