Você está na página 1de 5

Lista de Exercícios 4 – Cálculo II (MA2S2)

Fotografe ou digitalize sua folha de respostas para entregar no Moodle.


1) Determine a função vetorial que representa a curva obtida pela intersecção das duas
superfícies:

a) O cone 𝑧 = √𝑥 2 + 𝑦 2 e o plano 𝑧 = 1 + 𝑦
Podemos parametrizar o cone da seguinte forma:
𝑧2 = 𝑥2 + 𝑦2
𝑥 = 𝑓(𝑡) cos 𝑡 , 𝑦 = 𝑓(𝑡) sen 𝑡 , 𝑧 = 𝑓(𝑡)
Utilizando essa parametrização na equação do plano, obtemos a função 𝑓(𝑡):
𝑓(𝑡) = 1 + 𝑓(𝑡) sen 𝑡
(1 − sen 𝑡)𝑓(𝑡) = 1
1
𝑓(𝑡) =
1 − sen 𝑡
Assim,
cos 𝑡 sen 𝑡 1
𝑥= ,𝑦 = ,𝑧 =
1 − sen 𝑡 1 − sen 𝑡 1 − sen 𝑡
cos 𝑡 sen 𝑡 1
r(𝑡) = 〈 , , 〉
1 − sen 𝑡 1 − sen 𝑡 1 − sen 𝑡

b) O paraboloide elíptico 𝑧 = 3𝑥 2 + 𝑦 2 e o cilindro 𝑥 2 + 𝑦 2 − 4𝑥 = 12


Vamos reescrever a equação do cilindro:
(𝑥 − 2)2 + 𝑦 2 = 42
Assim, podemos parametrizar da forma
𝑥 = 2 + 4 cos 𝑡 , 𝑦 = 4 sen 𝑡
Utilizando essa parametrização na equação do cone elíptico:
𝑧 = 3 ⋅ (2 + 4 cos 𝑡)2 + (4 sen 𝑡)2
= 3 ⋅ (4 + 8 cos 𝑡 + 16 cos2 𝑡) + (4 sen 𝑡)2
= 12 + 24 cos 𝑡 + 48 cos 2 𝑡 + 16 sen2 𝑡
= 28 + 24 cos 𝑡 + 32 cos2 𝑡
r(𝑡) = 〈2 + 4 cos 𝑡 , 4 sen 𝑡 , 28 + 24 cos 𝑡 + 32 cos2 𝑡〉
Em vermelho: 𝑧 = 3𝑥 2 + 𝑦 2
Em azul: 𝑥 2 + 𝑦 2 − 4𝑥 = 12
Em rosa: curva de interseção

2) Duas partículas se movem ao longo das curvas espaciais


r1 (𝑡) = ⟨𝑡 2 , 7𝑡 − 12, 𝑡 2 ⟩ r2 (𝑡) = ⟨4𝑡 − 3, 𝑡 2 , 5𝑡 − 6⟩, 𝑡 ≥ 0
As partículas colidem? Suas trajetórias se interceptam?
Vamos verificar se as trajetórias se interceptam e, em caso afirmativo, verificamos se isso
ocorre no mesmo instante.
r1 (𝑎) = r2 (𝑏)
𝑎2 = 4𝑏 − 3
{7𝑎 − 12 = 𝑏 2
𝑎2 = 5𝑏 − 6
4𝑏 − 3 = 5𝑏 − 6 ⇒ 𝑏 = 3
𝑎 = ±√4 ⋅ 3 − 3 = ±√9 = ±3
7 ⋅ (−3) − 12 = −33
7 ⋅ 3 − 12 = 9 = 32
Portanto, se interceptam quando 𝑡 = 3 . O ponto da interceptação é
r1 (3) = r2 (3) = 〈32 , 7 ⋅ 3 − 12, 32 〉 = ⟨4 ⋅ 3 − 3, (3)2 , 5 ⋅ 3 − 6⟩ = 〈9, 9, 9〉
3) Considere a seguinte função vetorial:
r(𝑡) = 𝑒 𝑡 i + 𝑒 −𝑡 j
a) Esboce o gráfico da curva.
Para facilitar a elaboração do gráfico, podemos notar que:
𝑥 = 𝑒 𝑡 , 𝑦 = 𝑒 −𝑡
𝑥 ⋅ 𝑦 = 𝑒 𝑡 ⋅ 𝑒 −𝑡 = 1
1 𝜋
𝑦 = 𝑥 ⇒ primeiro quadrante de hipérbole rotacionada 4

b) Determine r ′ (𝑡)
𝑑(𝑒 𝑡 ) 𝑑(𝑒 −𝑡 )
r ′ (𝑡) = i+ j = 𝑒 𝑡 i − 𝑒 −𝑡 j
𝑑𝑡 𝑑𝑡
c) Esboce o vetor r(𝑡) e o vetor tangente r ′ (𝑡) para 𝑡 = 0
r(0) = 𝑒 0 i + 𝑒 −0 j = 〈1, 1〉
r ′ (0) = 𝑒 0 i − 𝑒 −0 j = 〈1, −1〉

4) Considere a seguinte função vetorial:


r(𝑡) = 〈𝑡 sen 𝑡 , 𝑡 2 , 𝑡 cos 𝑡〉
a) Esboce o gráfico da curva.
Para facilitar a elaboração do gráfico, podemos notar que:
𝑥 = 𝑡 sen 𝑡 , 𝑦 = 𝑡 2 , 𝑧 = 𝑡 cos 𝑡
𝑥 2 + 𝑧 2 = 𝑡 2 sen2 𝑡 + 𝑡 2 cos2 𝑡 = 𝑡 2
𝑥2 + 𝑧2 = 𝑦
𝑡 2 sen(2𝑡)
𝑥𝑧 = 𝑡 2 (sen 𝑡)(cos 𝑡) =
2

b) Determine r ′ (𝑡)

′ (𝑡)
𝑑(𝑡 sen 𝑡) 𝑑(𝑡 2 ) 𝑑(𝑡 cos 𝑡)
r =〈 , , 〉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
= 〈sen 𝑡 + 𝑡 cos 𝑡 , 2𝑡, cos 𝑡 − 𝑡 sen 𝑡〉
c) Esboce o vetor r(𝑡) e o vetor tangente r ′ (𝑡) para 𝑡 = 1
r(1) = 〈1 ⋅ sen(1) , 12 , 1 ⋅ cos(1)〉 = 〈sen(1) , 1, cos(1)〉 ≅ 〈0,84, 1, 0,54〉
r ′ (1) = 〈sen(1) + 1 ⋅ cos(1) , 2 ⋅ 1, cos(1) − 1 ⋅ sen(1)〉 = 〈sen(1) + cos(1) , 2, cos(1) − sen(1)〉
≅ 〈1,38, 2, −0,3〉
5) Determine o comprimento da curva r(𝑡) = 〈√2𝑡, 𝑒 𝑡 , 𝑒 −𝑡 〉 , 0 ≤ 𝑡 ≤ 1.
Calculando o vetor tangente:
𝑑(√2𝑡) 𝑑(𝑒 𝑡 ) 𝑑(𝑒 −𝑡 )
r ′ (𝑡) = 〈 , , 〉 = 〈√2, 𝑒 𝑡 , −𝑒 −𝑡 〉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
2
|r ′ (𝑡)| = √(√2) + (𝑒 𝑡 )2 + (𝑒 −𝑡 )2 = √2 + 𝑒 2𝑡 + 𝑒 −2𝑡
1 1 1
𝐿 = ∫ |r ′ (𝑡)| 𝑑𝑡 = ∫ √2 + 𝑒 2𝑡 + 𝑒 −2𝑡 𝑑𝑡 = ∫ √𝑒 2𝑡 + 2 ⋅ 𝑒 𝑡 ⋅ 𝑒 −𝑡 + 𝑒 −2𝑡 𝑑𝑡
0 0 0
1 1
= ∫ √(𝑒 𝑡 + 𝑒 −𝑡 )2 𝑑𝑡 = ∫ (𝑒 𝑡 + 𝑒 −𝑡 ) 𝑑𝑡
0 0

= (𝑒 𝑡 − 𝑒 −𝑡 )|10 = 𝑒 − 𝑒 −1 − 𝑒 0 + 𝑒 −0
1

1
=𝑒− ≅ 2,35
𝑒
6) Calcule a curvatura da curva r(𝑡) = 〈𝑡, 4𝑡 3/2 , −𝑡 2 〉 no ponto (1,4, −1).
Calculando o vetor tangente:
𝑑(𝑡) 𝑑(4𝑡 3⁄2 ) 𝑑(−𝑡 2 ) 3 1
r ′ (𝑡) = 〈 , , 〉 = 〈1,4 ⋅ 𝑡 2 , −2𝑡〉 = 〈1, 6√𝑡, −2𝑡〉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 2
𝑑(1) 𝑑(6√𝑡) 𝑑(−2𝑡) 3
r ′′ (𝑡) = 〈 , , 〉 = 〈0, , −2〉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 √𝑡
No ponto (1,4, −1) temos 𝑡 = 1, portanto essas expressões viram:

r ′ (1) = 〈1, 6√1, −2 ⋅ 1〉 = 〈1, 6, −2〉


3
r ′′ (1) = 〈0, , −2〉 = 〈0, 3, −2〉
√1
i j k
r ′ (1) × r ′′ (1) = |1 6 −2|
0 3 −2
= −2 ⋅ 6 ⋅ i − 2 ⋅ 0 ⋅ j + 1 ⋅ 3 ⋅ k − 0 ⋅ 6 ⋅ k − (−2) ⋅ 3 ⋅ i − (−2) ⋅ 1 ⋅ j = −6i + 2j + 3k
|r ′ (1) × r ′′ (1)| √(−6)2 + (2)2 + (3)2 √36 + 4 + 9 √49
𝜅(1) = ′ 3
= 3 = 3 = 3
|r (1)| [√0 + 9 + 4 ] [√13 ]
[√(0)2 + (3)2 + (−2)2 ]
7
= ≅ 0,15
√2197
7) Determine a equação de uma parábola que tenha curvatura 4 na origem.
Podemos definir uma parábola no eixo 𝑥𝑦, que passe pela origem, como:
𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥, 𝑧=0
Parametrizando essa equação:
𝑦 = 𝑎𝑡 2 + 𝑏𝑡, 𝑥 = 𝑡, 𝑧 = 0
r(𝑡) = 〈𝑎𝑡 2 + 𝑏𝑡, 𝑡, 0〉
𝑑(𝑎𝑡 2 + 𝑏𝑡) 𝑑(𝑡) 𝑑(0)
r ′ (𝑡) = 〈 , , 〉 = 〈2𝑎𝑡 + 𝑏, 1, 0〉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑(2𝑎𝑡 + 𝑏) 𝑑(1) 𝑑(0)
r ′′ (𝑡) = 〈 , , 〉 = 〈2𝑎, 0, 0〉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Na origem:
2
{𝑦 = 𝑎𝑡 + 𝑏𝑡 = 0 ⇒ 𝑡 = 0
𝑥=𝑡
r ′ (0) = 〈2𝑎 ⋅ 0 + 𝑏, 1, 0〉 = 〈𝑏, 1, 0〉
r ′′ (0) = 〈2𝑎, 0, 0〉
i j k
r ′ (0) × r ′′ (0) = | 𝑏 1 0|
2𝑎 0 0
= 1 ⋅ 0 ⋅ i + 2𝑎 ⋅ 0 ⋅ j + 𝑏 ⋅ 0 ⋅ k − 1 ⋅ 2𝑎 ⋅ k − 0 ⋅ 0 ⋅ i − 𝑏 ⋅ 0 ⋅ j = −2𝑎k
|r ′ (0) × r ′′ (0)| √(−2𝑎)2 2𝑎
𝜅(0) = = 3 = 3 =4
|r ′ (0)|3
(√(𝑏)2 + (1)2 + (0)2 ) (𝑏 2 + 1)2
𝑎
3 =2
(𝑏 2 + 1)2
Uma solução simples para essa relação é 𝑎 = 2 e 𝑏 = 0. Portanto,
𝑦 = 2𝑥 2 , 𝑧 = 0
Ou
r(𝑡) = 〈2𝑡 2 , 𝑡, 0〉

Você também pode gostar