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06/04/2023

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano letivo de 2022/2023 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombas (alteração / NPSH)

Aula 08

Jorge Mendonça e Costa


Professor Coordenador

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
jorge.costa@isel.pt
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5º Semestre
6º Ano letivo de 2022/2023 – Semestre de Verão

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BOMBAS
Alteração
NPSH

Triângulos de velocidade à entrada e saída do impulsor


Ω

W2
r2
β2
U2
c2 α2
c1
W1
r1 β1

α1 U1

   
W1 - Velocidade relativa do líquido à chegada à bomba W1  c1  U1
   
W2 - Velocidade relativa do líquido à saída do impulsor W2  c 2  U2
 
U1 - Velocidade periférica do impulsor no ponto de chegada U1   r1  2Nr1
 
U2 - Velocidade periférica do impulsor no ponto de saída U2   r2  2Nr2
 
c1 - Velocidade absoluta do líquido à chegada à bomba c 1 c 1  0; cm1
 
c 2 - Velocidade absoluta do líquido à saída da bomba c 2 c  2 ; c m2 

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Teoria elementar de bombas c W


cm
α β
Equações de Euler:
cθ U
c  U  W  2UW cos 
2 2 2

P  T  Q( U2 c 2  U1c 1 ) W cos   U  c


P 1 1
H  ( U2 c 2  U1c 1 ) Uc  ( c 2  U 2  W 2 )
gQ g 2

Resulta: H
2g

1 2 2
( c 2  c1 )  (U22  U12 )  (W12  W22 ) 

c 22  c12 U 2  U12 W12  W22


H  2 
2 g 
 2g 2g 
Altura dinâmica Altura estática Altura estática
devida à força devida à var iação
centrífuga de velocidade através
( efeito centrífugo ) do impulsor ( efeito difusivo )

Características de uma Bomba Centrífuga

Das equações do cálculo das bombas, da velocidade específica e da


potência, podem deduzir-se relações de semelhança para prever o efeito
da variação dos parâmetros da bomba, em função da velocidade, do
diâmetro do impulsor e do caudal

 Q1 / 2  g Q HP
Ns  Pa =
gH 3 / 4 
Ns - velocidade específica ( característica do “design” do impulsor)
 velocidade da bomba, rad/s H altura de elevação, m
Q caudal de entrega, m3/s g aceleração da gravidade, ms-2
η rendimento P potência, W
ρ massa volúmica, kg/m3

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Alteração das características de uma Bomba Centrífuga:


Q caudal, H altura manométrica, P potência, D diâmetro do impulsor, N velocidade
i inicial f final

Alteração de Diâmetro Alteração de velocidade Alteração de Diâmetro e


velocidade

 Df   Nf   Df N f 
Q f  Qi   Q f  Qi   Q f  Qi  
 Di   Ni  D N
 i i 
2
 Df  N 
2
 Df N f 
2
H f  H i   H f  H i  f  H f  H i  
 Di   Ni   Di N i 
3 3
 Df   Nf   Df N f 
3

Pf  Pi   Pf  Pi   Pf  Pi  
 Di   Ni   Di N i 

Alteração das características de uma Bomba Centrífuga:

Os impulsores projectados para alturas manométricas elevadas têm


normalmente velocidades específicas baixas.
A largura do impulsor e a relação entre a entrada (“eye”) e o diâmetro
exterior do impulsor aumenta com a velocidade específica.
Quando a velocidade específica aumenta, aumenta a velocidade
normal de operação e decresce o diâmetro exterior do impulsor.

As perdas, que reduzem os rendimentos nas bombas centrífugas,


podem-se agrupar nas seguintes diferentes categorias:
•fugas do fluido vindo de zonas de alta pressão para zonas de baixa
pressão;
•Perdas por atrito mecânico, nos rolamentos e empanques;
•atrito viscoso resultante do movimento dos impulsores no líquido.

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Source: The Centrifugal Pump, Grundfos

Alteração das características de uma Bomba Centrífuga:

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Alteração das características de uma Bomba Centrífuga:


Para pequenas variações, que não alteram significativamente a geometria da bomba de
modo a se aplicarem as leis de semelhança:
• O caudal varia directamente com a velocidade de rotação;
• A altura manométrica varia com o quadrado da velocidade;
• A potência absorvida varia com a terceira potência da velocidade.

Estas características
são aproveitadas
pelos fabricantes, que
consideram vários
diâmetros de
impulsores para o
mesmo corpo de
modo a obterem o
máximo rendimento
para as condições
requeridas,
apresentando famílias
de bombas para cada
velocidade.

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Alteração das características de uma Bomba Centrífuga:

De notar que os motores de accionamento mais frequentes são os eléctricos


trifásicos que têm potências e velocidades normalizadas.
No entanto actualmente para além de se variar o tamanho dos impulsores
pode variar-se facilmente a velocidade com recurso a variadores de
frequência

Potência dos motores eléctricos em kW


0.25 0.37 0.55 0.75 1 1.5 2.2 3 4 5.5 7.5 11 15 18.5 22 30 37 45 55 75

Velocidade em rpm 50 hz Velocidade em rpm 60 hz


3000 1500 1000 750 3600 1800 1200 900

De notar que os motores de accionamento de combustão interna utilizam


normalmente velocidades variáveis dentro desta gama.

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Alteração do ponto de funcionamento da bomba


O ponto de funcionamento pode ser na prática alterado eventualmente,
permanentemente ou por desgaste.
Alterações eventuais
O processo mais corrente de alterar o ponto de funcionamento de uma bomba é por
estrangulamento ou alívio da compressão através de uma válvula de globo.
Assim consegue-se alterar a curva de carga da instalação (curva característica da rede)
como se pode observar na figura:

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Existe contudo um caso em que esse controlo não é estável, aparecendo dois
pontos de funcionamento:

devendo portanto evitar-se usar bombas com curvas características deste tipo para
colunas estáticas próximas do ponto de caudal nulo.
Alterações permanentes: Estas alterações podem fazer-se, sempre seguindo as
indicações do fabricante, sem serem excepcionalmente caras:
• Para as bombas centrífugas pode mudar-se o diâmetro do impulsor dentro dos limites
permitidos pelo fabricante, obtendo-se uma gama de curvas características.
• Pode ainda alterar-se a velocidade de accionamento, o que é normalmente mais
dispendioso.
Para as bombas rotativas e alternativas o processo normal será mudar a velocidade de
accionamento.
Em todos estes processos de alteração dever-se-á tomar em conta que a potência
absorvida virá alterada.

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OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
A pressão de vapor varia de líquido para líquido. Por exemplo, nas condições
standard (15 C, 101,3 kPa), toma os seguintes valores para os seguintes
fluidos: água – 1.70 kPa (abs.) amónia – 33.8 kPa (abs.)
A pressão do vapor é fortemente dependente das condições de pressão e
temperatura. Aumentando significativamente com a temperatura. Como é
sabido a pressão do vapor de água aumenta até 101.3 kPa se a temperatura
aumentar até 100 C,
A 100 C e à pressão atmosférica standard a água entra em ebulição, ou seja,
o estado líquido da água deixa de se poder conservar devido à diminuição
observada nas forças de atracção intermoleculares. Em geral esta situação, de
mudança de estado líquido/gasoso, ocorre quando a pressão absoluta local for
menor que a pressão de vapor do líquido.
Em determinados escoamentos, poder-se-ão proporcionar condições que
conduzam ao aparecimento localizado de pressões abaixo da pressão de
vapor do líquido.
Associado a este evento ocorrerá o aparecimento de bolhas de vapor do fluido,
que podem dar origem ao fenómeno chamado cavitação, como se referirá
mais adiante.

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PROPERTIES OF WATER
Temperature Density  Viscosity m Kinematic Surface Vapor Bulk
3 2
°C Kg/m (N.s/m ) Viscosity v tension s pressure, modulus B,
2
m /s N/m KPa Pa

-3 -6 7
0 999.9 1.792X10 1.792X10 0.0762 0.588 204X10

5 1000.0 1.519 1.519 0.0754 0.882 206

10 999.7 1.308 1.308 0.0748 1.176 211

15 999.1 1.140 1.141 0.0741 1.666 214

20 998.2 1.005 1.007 0.0736 2.45 220

30 995.7 9.801 0.804 0.0718 4.30 223


40 992.2 0.656 0.661 0.0701 7.40 227

50 998.1 0.549 0.556 0.0682 12.22 230

60 983.2 0.469 0.477 0.0668 19.60 228

70 977.8 0.406 0.415 0.0650 30.70 225

80 971.8 0.357 0.367 0.0630 46.40 221

90 965.3 0.317 0.328 0.0612 68.20 216


-3 -6 7
100 958.4 0.284X10 0.296X10 0.0594 97.50 207X10

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CAVITAÇÃO EM BOMBAS CENTRÍFUGAS


A cavitação consiste na formação de bolhas de vapor do fluido junto à zona
de aspiração do impulsor, que ao serem arrastadas pelo movimento do
fluido para zonas de maior pressão, condensam subitamente, junto às pás
do impulsor, e com tal violência, devido ao elevado valor de pressão
localizada, que conseguem “picar”* o impulsor, originando um ruído
característico, vibração, e arranque de material. O rotor será seriamente
danificado, e o rendimento da bomba diminuído, se as anomalias
conducentes a esta situação não forem resolvidas.
Uma vez que no seu escoamento, através duma bomba, o líquido atinge o
seu ponto de pressão mínima à entrada da bomba, no momento em que
começa a receber o binário que lhe é transmitido pelo impulsor, será
portanto nesta fase que a cavitação se irá iniciar, e quando essa pressão se
tornar inferior ao valor da pressão de vaporização do líquido à temperatura a
que se realiza a bombagem.
Associado a este facto, define-se o NPSH - "Net Positive Suction Head" - de
uma bomba como a pressão absoluta acima da pressão de vapor do fluido
trasfegado que está disponível à entrada da bomba para mover e acelerar o
fluido para o impulsor. Este NPHS será, portanto, o relativo à tubagem de
aspiração, ou seja, o disponível.

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Por outro lado a bomba, por razões construtivas, só pode trabalhar


correctamente com um NPSH mínimo (requerido) indicado pelo seu
fabricante. Se o NPSH da instalação (disponível) for igual ou inferior ao
requerido pela bomba, esta poderá entrar em cavitação.
O problema do NPSH será tanto mais crítico quanto mais alta for a tensão
do vapor do líquido, a qual aumenta com a temperatura.
Consideremos a seguinte bomba esquematicamente:

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NPSH da instalação em aspiração

Bomba em aspiração

Pb – 105 N/m2
Pa – N/m2
 – kg/m3
g – 9,81 m/s2
Pv – pressão de vapor N/m2

pa  pb  pv va2
NPSH disponível    H asp  H Geom ,asp
 .g 2g
Água - aspiração em tanque aberto em condições normais

NPSH disponível ;agua;TA  10  H asp  H Geom ,asp

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NPSH da instalação em carga

Bomba em carga

pa  pb  pv va2
NPSH disponível    H asp  H Geom ,asp
 .g 2g

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A equação de energia entre os pontos 1 e


2, fornece a seguinte equação:
v 22 p atm - p 2
= - z  h L
2g 
A pressão mínima admissível no ponto
2, será a pressão de vapor do líquido,
pv. Pelo que se fizermos pv = p2,
poderemos escrever
p atm  p v
NPSH   z - h L

O primeiro membro da equação representa assim o valor máximo
de energia cinética no ponto 2 quando a cavitação está eminente,
pelo que se deverá observar sempre a desigualdade
p atm  p v
NPSH   z - h L

Este valor de NPSH da instalação, o disponível, deverá ser sempre
superior ao NPSH requerido pela bomba, NPSHinst > NPSHbomba

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Perdas de carga na
Compressão

Nível a atingir Altura manométrica


total
Altura manométrica de
compressão

Perda de carga na aspiração


Nível da Bomba

Tensão de vapor Nível da aspiração

NPSH da BOMBA
Pressão 0 absoluto

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O valor de NPSH da instalação, disponível, deverá ser sempre superior ao


NPSH requerido pela bomba, indicado pelo fabricante, pelo que para se evitar
o fenómeno da cavitação se deverá observar sempre:
NPSHinst > NPSHbomba
Uma solução prática, do ponto de vista do “Layout” da Instalação, conducente
a evitar a cavitação, consiste em reduzir o valor de z, o que corresponde,
portanto, a colocar a bomba abaixo do nível do reservatório donde aspira:

Do ponto de vista da tubagem interessará reduzir as perdas de carga singulares (hL) e


aumentar o diâmetro da tubagem de aspiração (diminui-se igualmente hL, devido à
redução de V2/2g).

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O NPSHreq aumenta com o caudal, a velocidade e a pressão de


compressão da bomba.
Os dois seguintes casos típicos para as bombas (12”) ilustram bem esta
dependência:
i) Bomba A: 1200 rpm, Q = 1100m3/h, H = 30m NPSHreq = 4 m
ii) Bomba B: 3600 rpm, Q = 1600m3/h, H = 300 m NPSHreq = 16 m
Bombas que operam a altas velocidades e desenvolvam altas pressões
requerem pressões de sucção relativamente altas. Assim se a pressão
disponível à entrada da bomba não for suficiente dever-se-á instalar uma
“booster pump” a montante da bomba principal com vista a fornecer a esta o
caudal necessário à pressão de alimentação requerida (solução corrente nos
sistemas de bombagem de água de alimentação das caldeiras das Centrais
Termo-eléctricas). Estas “booster pumps” têm uma altura de carga
normalmente pouco elevada e requerem NPSH baixos também.

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Por vezes torna-se necessário


aumentar a altura de
aspiração.
Para o efeito introduzem-se
injectores que têm a finalidade
de aumentar o poder de
aspiração do sistema.

Aumento da capacidade
de aspiração pela
introdução de um
injector.

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O Standard API-676, para estas bombas, define o


NPSHA e NPSHR, os quais, por estas bombas
requererem sempre um determinado valor de pressão
para encherem, se expressam em psi.

NPSHA (Net positive suction head available) será a


pressão total na admissão, disponível na nossa
instalação, menos a pressão de vapor do líquido à
temperatura de bombagem.

NPSHR (Net positive suction head required) da


responsabilidade do fabricante, que o deverá determinar
através de testes, é a pressão total na admissão
requerida pela bomba, na flange da admissão, menos a
pressão de vapor do líquido à temperatura de bombagem.

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Exemplo de Curva de NPSH requerido

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Curvas característica da bomba


(altura desenvolvida pela bomba; W^ b/g)

NPSHrequerido

Caudal do Projeto

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VAPORIZAÇÃO DO LÍQUIDO NA TUBAGEM


A noção de pressão de vapor do líquido encontra-se também associado à
explicação do fenómeno de vaporização dum líquido numa tubagem (ou
bomba).
A sua explicação pode ser feita de forma simples através da interpretação da
figura seguinte, que se baseia num determinado desenvolvimento duma
tubagem em elevação e extensão:
Exemplo tipo:

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Da análise da figura anterior podem-se estabelecer as condições boas de


funcionamento:
 Primeira condição : A linha piezométrica não deverá intersectar a linha do
perfil ao longo da tubagem:
P
Z+ >Z
ρg
 Segunda condição:
Evitar a vaporização. Esta situação produz-se sempre que a pressão estática
iguala a pressão de vapor, pelo que se deverá ter,
P - Pv
P > Pv ou seja Z+ >Z
ρg
A linha deduzida da linha de carga piezométrica diminuída da pressão de vapor
(expressa em altura de líquido) não deverá, portanto, intersectar a linha do
perfil ao longo da tubagem.
O fenómeno da vaporização, segundo a sua importância, irá perturbar, em
maior ou menor grau as condições do escoamento.
Estas perturbações poder-se-ão manifestar quer por uma diminuição no caudal
do escoamento quer mesmo por um “desferramento” completo na tubagem, ou
numa bomba.
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Problema 6.3

O circuito hidráulico representado deverá


elevar um caudal de 40 m3/h de água
potável. A tubagem utilizada é de aço A LH

comercial de diâmetro nominal DN 4” sch


40 e rugosidade absoluta ε = 0,05 mm. LL

A curva característica da bomba B

selecionada pode ser aproximada pela


seguinte expressão: H = – 20 000 Q2 + 50
[m.c.a] e Q em m3/s. 40m
O reservatório possui sensores de nível
baixo e alto localizados, respetivamente, a
1 m e 3 m da entrada (B). C

A equilibragem do circuito é realizada com 2m

recurso a uma válvula de regulação 2m

manual que introduz uma perda de carga


ajustável.

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Problema 6.3

Nestas condições determine:


a) A perda de carga que deve ser introduzida
A LH
pela válvula de regulação manual à saída
da bomba, de modo a garantir o caudal LL
desejado e permitir o enchimento do B
reservatório até à sua cota máxima.
b) A potência absorvida pela bomba,
assumindo um rendimento de 65%.
40m

c) Admitindo que o NPSH da bomba é de 0,5


mca verifique se existe risco de cavitação
C
na bomba.
2m

2m

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Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

a) Cálculo da perda a introduzir pela válvula no sistema:

A LH
Caudal: Q = 40 m3/h (11,1 l/s)
Altura geométrica: Hg = 40 + 2 +3 m = 45 m LL

Coeficientes de perda de carga localizadas


(DN100):
Válvula de pé com ralo: 1,5
Duas curvas a 90º: 1,0 40m

Válvula de retenção: 2,5


Válvula de regulação: ?
Válvula de isolamento aberta: 0,2 C

Entrada no reservatório: 1,0 2m

TOTAL: 6,2 m 2m

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Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

Diâmetro do tubo D = 101,7 mm (A = 8,9910-3m2)


Rugosidade relativa /D = 0,05/101,7 = 4,9210-4
Velocidade de escoamento: v = Q/A = 1,23 m/s
Viscosidade cinemática:  = 1,16  10-6 m2/s
  v  D v  D 1,23  0,1017
Número de Reynolds: Re     1,06  10 5
m  1,16  10 6

Factor de atrito (diagrama de Moody): f = 0,019


f  L v 2 0 , 019  45 1, 23 2
Perda de carga distribuída: h f 
D

2g

0, 1017

2  9, 81
 0 , 63 m

v2 1,23 2
Perda de carga localizada: h L  k   6,2   0,48 m
2g 2  9,81

Altura manométrica necessária: Hm = Hg + Δhf + ΔhL = 45,00 + 0,65 + 0,48 = 46,11 m


Altura manométrica da bomba (Q = 40 m3/h): HB = 50 – 20.000  (40/3.600)2 = 47,5 m
Perda a introduzir pela válvula: ΔhV = HB – Hm = 47,5 – 46,11 = 1,39 m

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Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

b) Potência do grupo eletrobomba

 ( kg / m 3 )  Q ( m 3 / s )  g (m / s 2 )  H ( m) Q (l / s )  H B (m) 11,1  47,5


Pabs     7,95 kW
  1.000 102   102  0,65

O motor elétrico deverá ter a potência a instalar majorada em 10%

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Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

c) Verificação à cavitação

Pb  Pv v 2
NPSHdisp =   hasp  H g , asp
g 2g
v2/2g – desprezável
Pb = 1,0 atm 1 bar
Pv = 0,01227 bar (10º C)
 = 1000 kg/m3 (água)
g = 9,81 m/s2

Substituindo temos a equação simplificada para a água:

NPSHdisp = 10,0 -  h asp  H g , asp

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Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

c) Verificação à cavitação

NPSHdisp = 10,0 -  h asp  H g , asp

Hg,asp = 2 m

 f L  0,019  4  1,232
2
 v
h f    k    2,0    0,21 m
 D  2 g  0,1017  2  9,81

NPSHdisp = 10,0 – 2,0 – 0,21 = 7,79 m

O NPSH requerido pela bomba é de 0,5 m, muito inferior ao disponível, pelo


que a bomba funcionará sem qualquer problema.

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Problema
NPSH

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Problema nº 6
Dimensionar o diâmetro de tubagem de aspiração de uma bomba
conforme figura
Dados: Caudal Q=540 l/min
Comprimentos L1=59,5m L2=2,3m L3=2,6m
Flange de entrada da bomba 2 ½”
Gasolina densidade 0,78, viscosidade 6 cst, pressão de vapor 35,2 kPa a
25ºC
NPSH requerido pela bomba 1,9 m

L1
L3

L2

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Resolução Problema nº 6

Arbitrar va=1,0m/s diâmetro 4” schd 40 Dint=10,22cm va=1,096m/s=109,6 cm/s


Cálculo do comprimento equivalente :
Comprimento equivalente redução 4”*2”1/2-------2,1m
Comprimento equivalente 3 curvas 4”---------------6,0m
Idem Válvula de pé e filtro 4”-------------------------11,0m
Comprimento aspiração--------------------------------61,8m
Comprimento equivalente total-----------------------80,9m
Número de Reynolds Re= vD/n=10,22*109,6/0,06=18600 Regime turbulento

Diagrama de Moody Re= 18600 e=0,046mm e/D=0,00042 f=0,027


Cálculo da perda de carga distribuída (fórmula de Darcy)

hl f v 2 0,027 109,6 2
  *  0,0166cm / cm  1,66m / 100m
L D 2g 2 10,22 * 981

Perda de carga distribuída hl=1,66*80,9/100=1,34 m

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Cálculo do NPSH

Pressão atmosférica normal =101,3kPa Pa 101,3


Pressão atmosférica em metros de coluna de líquido:   12,99 mcl
 7,8
Por segurança para prevenir as variações de pressão atmosférica, coeficiente de
segurança 0,9 ou seja 11,69 mcl

Altura vertical----------2,6 m
Pv 35,2
  4 ,51 mcl
Pressão de vapor 35,2 kPa a 25ºC  7,8

NPSHdisp= Pressão atmosférica- pressão vapor- altura geométrica- perda de carga

NPSHdisp= 11,69 mcl - 4,51mcl -2,6 m -1,34 mcl=3,24 mcl > NPSHreq=1,9mcl

NPSHdisp= >NPSHreq portanto o diâmetro satisfaz, atendendo à folga poderia


verificar-se o diâmetro de 3”

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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


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Ano letivo de 2022/2023 – Semestre de Verão

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