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Ulo pa
Faculdade Santa Maria- FSM
Graduação em Engenharia Civil
Unidade Curricular: Instalações Elétricas Prediais

MEMORIAL DESCRITIVO

Cajazeiras- PB
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Maio de 2020
IGOR DA SILVA CRUZ
JAVANE PEREIRA DE SOUZA
MIKEIAS ALVES FERREIRA
RANAILSA DE SOUZA SATIRO
RENNÉ ABRANTES SARMENTO

MEMORIAL DESCRITIVO

Relatório apresentado em cumprimento às


exigências de avaliação da Unidade
Curricular de Instalações Elétricas Prediais
do Curso de Engenharia Civil da Faculdade
Santa Maria - FSM, ministrada pelo docente
Guilherme Urquisa.

Cajazeiras- PB
3

Maio de 2020
Os projetos de instalações elétricas podem ser classificados em prediais,
industriais, públicas e de distribuição de energia. As instalações elétricas prediais, que
podem ter uso residencial, comercial ou de apoio a atividades industriais, públicas ou de
produção de energia, referem-se a circuitos de distribuição de energia nas edificações
através de alimentadores e circuitos terminais para suprimento de dispositivos de
iluminação, eletrodomésticos e pequenos motores. Podem também estar associados a
circuitos de comunicação, automação, sinalização e de segurança.

I – Identificação do Projeto

O presente Memorial visa descrever o Projeto de Instalação Elétrica de um


Edifício residencial multifamiliar de 5 pavimentos a ser construída na cidade de
Cajazeiras-PB. Toda construção e instalação foram planejadas visando atender as
necessidades das famílias contratantes. Os autores do projeto são Igor Cruz, Javane
Pereira, Mikeias Alves, Ranailsa Sátiro e Renné Abrantes.

II- Descrição dos Serviços

II.1- Condições Específicas

II.1.1 - Normas e Padrões

A execução dos serviços e uso de equipamentos deverão sempre obedecer às


normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) no seu geral e ao projeto
elétrico em particular. As normas e padrões a serem obedecidos são as seguintes
(últimas edições):

 NBR 5410:2005 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;


 NBR 5413:1992 – Iluminância de Interiores – Procedimento;
 NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 KV a 36,2 KV
 NBR 6147:2000 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo –
Especificação;
 NBR 6150:1980 – Eletrodutos de PVC rígido – Especificação;
 CONCESSIONÁRIA: Padrões da Concessionária de energia elétrica
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III - Parâmetros de Base

III.1 – Planta baixa

A planta baixa como mostra a figura 1 é constituída de quatro unidades


habitacionais por pavimento com seus compartimentos destinados: a banheiros,
cozinhas, salas de jantar e TV, dormitórios, áreas de serviços e sacadas. Além dos
corredores de circulação, escadas e elevadores.

Figura1: Planta baixa do Edifício Residencial


Fonte: Autores, 2020.

Após o conhecimento da planta baixa foi realizado a distribuição com a


localização dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto dos
condutores, divisão em circuitos, seção dos condutores, carga de cada circuito e carga
total.

III.2 - Levantamento da previsão de cargas

O levantamento das cargas é feito mediante uma previsão das potências mínimas
de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a
potência total prevista para a instalação.

As cargas são domésticas de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos como:


geladeira, cafeteira, micro-ondas, máquina de lavar, ferro de passar, chuveiro elétrico,
grill ou pequenas chapas, aparelho de som, TV, computador, ar condicionados,
aparelhos celulares.

III.2.1 - Previsão de carga de iluminação


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Pela NBR5410/04 a quantidade mínima de pontos e a potência instalada mínima


por ambiente é:

Cada ambiente deve possuir pelo menos um ponto de luz no teto, controlado por
um interruptor de parede.

Nos banheiros, as arandelas devem ficar a 60 cm, no mínimo, do limite do boxe.

A potência mínima de iluminação deve ser considerada em função da área de


cada ambiente, ou seja:

 Para áreas externas em residências não há critérios definidos na NBR 5410,


portanto, os pontos de iluminação vão ser determinados de acordo com as
necessidades do cliente;
 Em ambientes internos com área de até 6 m², o valor mínimo é de 100VA;
 Para ambientes internos acima de 6m², o valor mínimo de 100VA é válido para
os primeiros 6m². A partir daí, são acrescentados 60VA a cada 4m² inteiros
considerados.

III.2.2 - Previsão de carga de tomadas

A quantificação de tomadas tem relação direta com o tamanho do ambiente. A


NBR 5410 estabelece que as tomadas dividem-se em dois tipos:

 TUG -Tomadas de Uso Geral - podem ser ligados os aparelhos móveis ou


portáteis que funcionam algum tempo e depois são removidos.
 TUE - Tomada de Uso Específico – alimenta os equipamentos fixos.

III.2.2.1 - Dimensionamento de Tomadas de Uso Geral (TUGs)

Segundo a NBR 5410/04, a quantidade mínima de tomadas de uso geral, deve


atender aos seguintes requisitos:

 Em subsolos, varandas, garagens e sótãos, recomenda-se pelo menos uma


tomada por ambiente.
 Para ambientes com área até 6m² deve-se instalar, no mínimo, uma tomada.
 Para ambientes gerais com área maior que 6m², calcula-se o perímetro, e divide-
se o valor resultante por 5 (uma tomada a cada 5m). O resultado corresponde à
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quantidade de tomadas do ambiente. Elas devem ser espalhadas o mais


uniformemente possível;
 Em copas, cozinhas ou combinação delas, deve-se ter uma tomada de uso geral
a cada 3,5m de perímetro ou fração de perímetro. Acima da bancada da pia
devem ser previstas, no mínimo, duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou
em pontos distintos.
 Nos banheiros deve haver, no mínimo, uma tomada junto ao lavatório a uma
distância de 60cm do limite do boxe.
 Para ambientes gerais prever potência mínima de 100VA.
 Para ambientes tais como banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de
serviço, lavanderias e locais semelhantes, deve-se atribuir, no mínimo, 600VA
por tomada, com limite máximo de até 3 tomadas, adotando-se 100VA para as
tomadas excedentes.

Sempre que possível, deve-se instalar uma quantidade maior de pontos de


tomada de uso geral. Assim, evita-se a utilização de extensões e benjamins, reduzindo o
desperdício de energia e evitando comprometer a segurança da instalação.

III.2.2.1 - Dimensionamento de Tomadas de uso específico (TUEs)

O dimensionamento e a quantidade de aparelhos que necessitam de tomadas de


uso específico têm relação direta com o número de aparelhos que serão instalados em
cada ambiente. A potência nominal é a potência indicada na identificação do aparelho,
ou em sua especificação contida no manual de instalação.

Os quadros 1 e 2 a seguir mostram as previsão de cargas por apartamento


construídos através das informações dadas acima. É medida a área e o perímetro de cada
cômodo, em seguida é verificado a quantidade de tomadas e lâmpadas necessárias,
finalizando com o cálculo da potência.

Quadro 1 - Quadro de Previsão de Cargas (Apartamentos 1 e 3)


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Perímetro Pot. Tomadas Pot. Total Potência N° Pot. Total


Ambiente Área (m²) N° TUG's Pot. Total
(m) (VA) TUG's (VA) iluminação (VA) Lâmpadas Iluminação ( VA)

Sala de Jantar 7,61 11,05 100 2 200 100 2 200 400


Cozinha 5,58 9,53 3 x 600 + 2 x 100 5 2000 100 1 100 2100
Sala TV 7,56 11 100 4 400 100 1 100 500
Dormitório 01 8,82 11,92 100 5 500 100 1 100 600
Dormitório 02 9,16 12,14 100 5 500 100 1 100 600
W.C 4,05 8,6 600 1 600 100 1 100 700
Área de Serviço 3,65 8,1 600 1 600 100 1 100 700

Fonte: Autores, 2020.

Quadro 2 - Quadro de Previsão de Cargas (Apartamentos 2 e 4)

Perímetro Pot. Tomadas Pot. Total Potência N° Pot. Total


Ambiente Área (m²) N° TUG's Pot. Total
(m) (VA) TUG's (VA) Iluminação (VA) Lâmpadas Iluminação

Sala de Jantar 10,3 13,12 100 2 200 100 2 200 400


Cozinha 5,7 9,65 3 X 600 + 2 x 100 5 2000 100 1 100 2100
Sala TV 5,85 9,7 100 5 500 100 2 200 700
Dormitório 1 9,59 12,5 100 5 500 100 1 100 600
Dormitório 2 11,58 13,62 100 5 500 100 1 100 600
W.C 4,05 8,6 600 1 600 100 1 100 700
Área de Serviço 3,34 7,36 600 1 600 100 1 100 700
Sacada 5,41 9,96 100 2 200 100 1 100 300

Fonte: Autores, 2020.

III.3 - Divisão dos Circuitos

Pode-se considerar circuito elétrico como o conjunto de componentes,


condutores e cabos, ligados ao mesmo equipamento de proteção (disjuntor). Então, cada
circuito será composto pôr todos os condutores, eletrodutos, tomadas, luminárias
ligados a um mesmo disjuntor.

Divide-se em dois tipos:

 Circuito de Distribuição – liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição.


 Circuito Terminal – é aquele que parte do quadro de distribuição e alimenta
diretamente lâmpadas, tomadas de uso geral (TUG) e tomadas de uso específico
(TUE).

A caixa de distribuição deve preferencialmente localiza-se no centro de carga em


um local de fácil acesso, visível e seguro. Permitindo uma economia nos condutores,
8

uma redução no comprimento do circuitos terminais, redução na queda de tensão e


possivelmente a bitola dos condutores.

Segundo a NBR 5410/04, deve-se prever circuitos de iluminação separados dos


circuitos de TUG`s, procurando limitar a corrente total do circuito a 10 A (separando
cozinha e área de serviço em um circuito e os demais cômodos num novo), prever
circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento que possua corrente nominal
superior a 10 A.

Limitar a potência total para 1.270VA em instalações 127V e 2.200 VA em


220V, atribuindo um circuito independente para tomadas de uso específicos - TUE`s. Os
circuitos foram divididos por apartamentos em cada pavimento como visto nos quadros
3 e 4.

Quadro 3 - Organização dos Circuitos (Apartamentos 1 e 3)

Circuito Ambientes Tipo de circuito Potência total (VA)


1 Sala de Jantar - Sala TV Iluminação 600
- Dormitório 01 -
Dormitório 02 - W.C
2 Sala de Jantar - Sala TV TUG's 2200
- Dormitório 01 -
Dormitório 02 - W.C

3 Cozinha - Área de Iluminação 200


Serviço
4 Cozinha - Área de TUG's 2600
Serviço
5 Dormitório 01 TUE (Ar- 1647
condicionado)
6 W.C TUE (Chuveiro 4500
Elétrico)

Fonte: Autores, 2020.

Quadro 4 - Organização dos Circuitos (Apartamentos 2 e 4)

Circuito Ambientes Tipo de circuito Potência total (VA)


Sala de Jantar - Sala TV
- Dormitório 01 -
1 Iluminação 800
Dormitório 02 - W.C-
sacada
2 Sala de Jantar - Sala TV TUG's 2500
- Dormitório 01 -
Dormitório 02 - W.C-
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sacada
Cozinha - Área de
3 Iluminação 200
Serviço
Cozinha - Área de
4 TUG's 2600
Serviço
TUE (Ar-
5 Dormitório 01 1200
condicionado)
TUE (Chuveiro
6 W.C 4000
Elétrico)

Fonte: Autores, 2020.

III.4- Cálculo da Corrente Elétrica dos Circuitos

Sabe-se que existe uma relação direta entre a Potência elétrica, tensão e a
corrente através da equação 1.
P=V x I
Equação 1

P = Potência elétrica;

V = Tensão elétrica;

I = Corrente elétrica.

Cada circuito é responsável pôr alimentar certa carga (potência). Normalmente


nos equipamentos, encontra-se o valor da Potência e da tensão, então para encontrar a
corrente basta inverter a fórmula, visto na equação 2.
P
I= Equação 2
V
A bitola do condutor e o dispositivo de proteção (disjuntor) são dimensionados a
partir do valor da corrente. Então: soma-se a potência de um dado circuito, divide-se
pela tensão do mesmo e chega-se à corrente. Dados a seguir nos quadros 5 , 6 e 7.

Quadro 5 - Corrente Elétrica dos Circuitos (Apartamentos 1 e 3)

Corrent
Circuito Potência Tensão
e
1 600 220 2,73
2 2200 220 10
3 200 220 0,91
4 2600 220 11,82
5 1647 220 7,49
6 4500 220 20,45

Fonte: Autores, 2020.


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Quadro 6 - Corrente Elétrica dos Circuitos (Apartamentos 2 e 4)

Circuit Corrent
Potência Tensão
o e
1 800 220 3,64
2 2500 220 11,3636
3 200 220 0,91
4 2600 220 11,82
5 1647 220 7,49
6 4500 220 20,45

Fonte: Autores, 2020.

Quadro 7 - Corrente Elétrica dos Circuitos (Circulação)

Circuito Potência Tensão Corrente


1 1120 220 5,09
2 0 220 0,00
3 0 220 0,00
4 1732 220 7,87

Fonte: Autores, 2020.

III.5- Dimensionamento de condutores

O dimensionamento dos condutores é feito a partir de três critérios básicos:


capacidade de condução de corrente, queda de tensão e seção mínima. A dimensão dos
condutores deve atender as exigências mínimas admitidas por norma para que eles
suportem, simultaneamente, os fatores aos quais estarão expostos, como: temperatura,
tensões, dispositivos de proteção (disjuntores), corrente do circuito, entre outros.

III.5.1- Critério da capacidade de condução de corrente

Para dimensionar os condutores através desse critério são levados em


consideração alguns aspectos. O tipo de isolação do condutor determina a temperatura
máxima a qual ele pode estar submetido em regime contínuo, sobrecarga em condição
de curto-circuito. Usar a tabela 1.

Tabela 1- Tipo de isolação dos condutores


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Fonte: NBR 5410/2004

Deve ser escolhido o tipo de linha elétrica que será utilizada no projeto, foi
optado pelo modelo da tabela 2.

Tabela 2 – Tipo de linhas elétricas da instalação

É necessário estabelecer um método de instalação elétrica de acordo com o


projeto que será executado. O método mais comum em uma instalação elétrica
residencial está na tabela 3 é o de número 7 que é classificado na referência B1.

Tabela 3 – Método de instalação elétrica

Fonte: NBR 5410/2004

Para o dimensionamento dos condutores, também deverão ser utilizados fatores


de correção estabelecidos pela norma. As tabelas da NBR 5410/2004 foram executadas
para uma determinada condição, portanto para adequar cada caso ao que foi considerado
na norma é necessário que sejam incorporados os chamados Fatores de Correção. São
eles:
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 Fator de correção de agrupamento (FCA) - deve ser aplicado quando houver


mais de um circuito agrupado em uma mesma linha elétrica.

Usar a tabela 4, como definido anteriormente utilizar a ref. 1.

Tabela 4 – Fatores de correção aplicáveis a condutores

Fonte: NBR 5410/2004

 Fator de correção de temperatura (FCT) - aplicado de acordo com a


temperatura ambiente do local onde será executado o projeto.

Para esse projeto, determinou-se a temperatura ambiente de 35ºC, visto na tabela 5.

Tabela 5 – Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC

Fonte: NBR 5410/2004

Os valores obtidos através do Critério da capacidade de condução de corrente


foram agrupados nos quadros 8, 9 e 10 abaixo.

Quadro 8 - Apartamentos 1 e 3
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Critério da capacidade de condução de corrente


Circuit FC I´B (Corrente Seção mínima
Potência Tensão Corrente
o A corrigida) (mm²)
1 600 220 2,73 0,8 3,63 0,5
2 2200 220 10,00 0,8 13,30 1
3 200 220 0,91 0,8 1,21 0,5
4 2600 220 11,82 0,8 15,72 1,5
5 1647 220 7,49 1 7,96 0,5
6 4500 220 20,45 1 21,76 2,5

Fonte: Autores, 2020.

Quadro 9 - Apartamentos 2 e 4

Critério da capacidade de condução de corrente


Circuit Corrent I´B(Corrente Seção mínima
Potência Tensão FCA
o e corrigida) (mm²)
1 800 220 3,64 0,8 4,84 0,5
2 2500 220 11,36 0,8 15,11 1,5
3 200 220 0,91 0,8 1,21 0,5
4 2600 220 11,82 0,8 15,72 1,5
5 1647 220 7,49 1 7,96 0,5
6 4500 220 20,45 1 21,76 2,5

Fonte: Autores, 2020.

Criterio capacidade de condução de corrente


seção
Potênci Corrent
Circuito Tensão FCA I´B(Corrente corrigida) minima
a e
(mm²)
1 1120 220 5,091 0,8 6,77 0,5
2 1000 220 4,545 0,8 6,04 0,5
3 500 220 2,273 0,8 3,02 0,5
4 1000 220 4,545 0,8 6,04 0,5
5 1732 220 7,873 0,8 10,47 0,75

Fonte: Autores, 2020.

III.5.2- Critério da queda de tensão admissível


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A queda de tensão provocada pela passagem da corrente elétrica nos condutores


não deve ser muito elevada pois pode ser prejudicial aos equipamentos de utilização
ligados ao circuito terminal.

Determinação da queda de tensão e (%) se dar pela equação 3.

∆ Vunit × Ip × L
e %=
v

Equação 3
𝐼𝑝 = 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜;
𝐿 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 (𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑖𝑙ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠);
𝑉 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜.
Visto que a queda de tensão em circuitos terminais não deve exceder o percentual
de 4%, a NBR 5410 determinar alguns limites para esta queda de tensão visto na tabela
6.

Tabela 6 – Limites para queda de tensão

Fonte: NBR 5410/2004.

Nos quadros 11, 12 e 13 abaixo, estão atribuídos os valores encontrados no


Critério da queda de tensão admissível.
Quadro 11 - Apartamentos 1 e 3
Criterio da queda de tensão
Q. Corrente de Tensão Seção minima
Circuito Tensão Potência comprimento
Adimissivel projeto Unitária (mm²)
1 0,02 220 3,09 600 23,3 1,5
2 0,02 220 13,18 2900 23,3 1,5
3 0,02 220 0,91 200 23,3 1,5
4 0,02 220 11,82 2600 23,3 1,5
5 0,02 220 7,49 1647 9,7 60,6 1,5
6 0,02 220 20,45 4500 5,1 42,2 1,5
Fonte: Autores, 2020.

Quadro 12 - Apartamentos 2 e 4
15

Critério da queda de tensão


Corrente Tensão seção minima
Circuito Q. Adimissivel Tensão Potência Comprimento
de Projeto Unitária (mm²)
1 0,02 220 2,64 580 23,3 1,5
2 0,02 220 13,18 2900 23,3 1,5
3 0,02 220 0,91 200 23,3 1,5
4 0,02 220 11,82 2600 23,3 1,5
5 0,02 220 7,49 1647 7,6 77,3 1,5
6 0,02 220 20,45 4500 7,9 27,2 1,5

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 13 – Circulação
Criterio da queda de tensão
Queda de tensão
Circuito tensão corrente de projeto potencia comprimento tensão unitaria seção minima (mm²)
adimissivel
1 0,02 220 3,09 600 - 23,3 1,5
2 0,02 220 4,55 1000 22,8 42,46 1,5
3 0,02 220 0,91 200 - 23,30 1,5
4 0,02 220 11,82 2600 13 28,64 1,5
5 0,02 220 11,82 2600 - 23,30 1,5

Fonte: Autores, 2020.

III.5.2- Critério da Seção mínima

A seção mínima dos condutores é definida pela norma NBR 5410/2004, de acordo
com cada tipo de circuito. A seção dos condutores não deve ser inferior aos da tabela 7.

Tabela 7 – Seção mínima dos condutores

Fonte: NBR 5410/2004.

Ao analisar a tabela foi construído os quadros 14, 15 e 16 com os resultados obtidos


no critério de seção mínima.
Quadro 14 - Apartamentos 1 e 3
Critério da seção mínima
Circuito Seção mínima (mm²)
1 1,5
2 2,5
3 1,5
4 2,5
5 2,5
6 2,5
16

Fonte: Autores, 2020.

Quadro 15 - Apartamentos 2 e 4

Critério da seção mínima


Circuito Seção mínima (mm²)
1 1,5
2 2,5
3 1,5
4 2,5
5 2,5
6 2,5
Fonte: Autores, 2020.

Quadro 16 – Circulação

Criterio da seção minima


Circuito seção minima (mm²)
1 1,5
2 2,5
3 1,5
4 2,5
5 2,5

Fonte: Autores, 2020.


Os valores adotados foram os do critério da seção mínima pois os outros eram
inferiores ao mínimo admitido pela norma NBR 5410/2004.

III.6 - Dimensionamento de eletrodutos

Os eletrodutos, também conhecidos como conduítes, são os tubos que ficam no


interior das alvenarias, lajes ou pisos e têm como principal função proteger a fiação
elétrica contra fatores externos que podem expor a segurança de um determinado local.
Conhecidos por sua característica anti-chamas, evitam a propagação de incêndios
causados por curto-circuito.

Existem normas que padronizam a utilização de modelos adequados para cada parte
do projeto elétrico, ou seja, cada instalação deve ser feita com o tipo certo, pois cada
modelo é projetado para suportar determinadas pressões, garantindo assim a segurança
do local. Usar a tabelas 8 e 9.

Tabela 8 – Seção nominal e área total dos condutores


17

Fonte: NBR 5410/2004.

Tabela 9 – Diâmetro nominal dos eletrodutos

Fonte: NBR 5410/2004.


Foi construído os quadros com os resultados obtidos no dimensionamento dos
eletrodutos.

Quadro 17 - Apartamentos 1 e 3
Dimensionamento dos Eletrodutos
Cabos Seção (mm²) Área total Área útil
Circuito 1 2 1,5 7,1 14,2
Circuito 2 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 3 2 1,5 7,1 14,2
Circuito 4 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 5 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 6 3 4 13,8 41,4
Retorno 1 2,5 10,7 10,7

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 18 - Apartamentos 1 e 3
18

Dimensionamento dos Eletrodutos


Trechos Área útil total (mm²) Área útil adotada (mm²) Diâmetro nominal (mm)
Circuito 1 14,2 80,4 20
Circuito 2 32,1 80,4 20
Circuito 4 32,1 80,4 20
Circuito 5 32,1 80,4 20
Circuito 6 41,4 80,4 20
Circuito 1 - 2 46,3 80,4 20
Circuito 3 - 4 46,3 80,4 20
Circuito 2 - 3R 42,8 80,4 20
Circuito 4 - 2R 53,5 80,4 20
Circuito 1 - 2 - 1R 57 80,4 20
2R 21,4 80,4 20
3R 32,1 80,4 20
4R 42,8 80,4 20

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 19 - Apartamentos 2 e 4
Dimensionamento dos Eletrodutos
Cabos Seção (mm²) Área total Área útil
Circuito 1 2 1,5 7,1 14,2
Circuito 2 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 3 2 1,5 7,1 14,2
Circuito 4 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 5 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 6 3 4 13,8 41,4
Retorno 1 2,5 10,7 10,7

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 20 - Apartamentos 2 e 4
Dimensionamento dos Eletrodutos
Trechos Área útil total (mm²) Área útil adotada (mm²) Diâmetro nominal (mm)
Circuito 1 14,2 80,4 20
Circuito 2 32,1 80,4 20
Circuito 4 32,1 80,4 20
Circuito 5 32,1 80,4 20
Circuito 6 41,4 80,4 20
Circuito 1 - 2 46,3 80,4 20
Circuito 3 - 4 46,3 80,4 20
Circuito 1 - 2 - R 57 80,4 20
Circuito 1 - R 24,9 80,4 20
Circuito 2 - 2R 53,5 80,4 20
Circuiro 2 - 3R 64,2 80,4 20
Circuito 4 - 2R 53,5 80,4 20
2R 21,4 80,4 20
3R 32,1 80,4 20
4R 42,8 80,4 20

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 21 - Circulação

Circulação
Cabos Seção (mm²) Área total Área útil
Circuito 1 2 1,5 7,1 14,2
Circuito 2 3 2,5 10,7 32,1
Circuito 3 2 1,5 7,1 14,2
Circuito 4 3 1,5 7,1 21,3
Circuito 5 4 2,5 10,7 42,8
Retorno 1 1,5 7,1 7,1
19

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 22 - Circulação

Circulação
Área útil total
Trechos Área útil adotada (mm²) Diâmetro nominal (mm)
(mm²)
Circuito 1 14,2 62,3 20
Circuito 2 32,1 80,4 20
Circuito 4 21,3 80,4 20
Circuito 1 - 2 - 2R 60,5 80,4 20
Circuito 1 - 2 - 6R 88,9 88,9 25
Circuito 3- 4 35,5 80,4 20
Circuito 3 - 4 - 6R 78,1 80,4 20
Circuito 3 - 4 - 4R 63,9 80,4 20
Circuito 3 - 4 - 2R 49,7 80,4 20
2R 14,2 62,3 20
3R 21,3 80,4 20
7R 49,7 80,4 20
9R 63,9 80,4 20
10R 71 80,4 20
Circuito 5 42,8 80,4 20

Fonte: Autores, 2020.


III.6 - Dimensionamento dos disjuntores

O dimensionamento dos disjuntores e feito para que determinadas condições


sejam atendidas. São elas:

IP = Corrente de projeto em ampère (A). A norma trata como IB;

In = Corrente nominal do disjuntor em ampère (A).

Iz = Capacidade de condução de corrente dos condutores nas condições previstas


para sua instalação e submetidos aos eventuais fatores de correção.
20

I2 = Corrente que assegura efetivamente a atuação do dispositivo de proteção; na


prática, a corrente I2 é considerada igual à corrente convencional de atuação para
disjuntores (valor tabelado de acordo com o disjuntor utilizado- tabela 10).

Tabela 10 – Correntes convencionais para disjuntores termogênicos

Fonte: NBR 5410/2004.

Foi construído os quadros com os resultados obtidos no dimensionamento dos


disjuntores.

Quadro 23 - Apartamentos 1 e 3
Dimensionamento dos Disjuntores
Circuito Potência Tensão Corrente FCA FCT seção (mm²) IC IZ IN
1 600 220 2,73 0,8 0,94 1,5 17,5 13,16 10
2 2200 220 10 0,8 0,94 2,5 24 18,05 16
3 200 220 0,91 0,8 0,94 1,5 17,5 13,16 10
4 2600 220 11,82 0,8 0,94 2,5 24 18,05 16
5 1647 220 7,49 1 0,94 2,5 24 22,56 16
6 4500 220 20,45 1 0,94 2,5 32 30,08 25

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 24 – Apartamentos 2 e 4
Dimensionamento dos Disjuntores
Circuito Potência Tensão Corrente FCA FCT seção (mm²) IC IZ IN
1 800 220 3,64 0,8 0,94 1,5 17,5 13,16 10
2 2500 220 11,3636 0,8 0,94 2,5 24 18,05 16
3 200 220 0,91 0,8 0,94 1,5 17,5 13,16 10
4 2600 220 11,82 0,8 0,94 2,5 24 18,05 16
5 1647 220 7,49 1 0,94 2,5 24 22,56 16
6 4500 220 20,45 1 0,94 4 32 30,08 25

Fonte: Autores, 2020.


Quadro 25 - Circulação
21

Circulação
Circuito Potência Tensão Corrente FCA FCT seção (mm²) IC IZ IN
1 1120 220 5,09 0,8 0,94 1,5 17,5 13,16 10
2 1000 220 4,54545 0,8 0,94 2,5 24 18,05 16
3 500 220 2,27 0,8 0,94 1,5 17,5 13,16 10
4 1000 220 4,55 0,8 0,94 2,5 24 18,05 16
5 1732 220 7,87 1 0,94 2,5 21 19,74 16
Fonte: Autores, 2020.

IV. Resumo
 Estabelecer a quantidade de pontos de iluminação;
 Dimensionar da potência de iluminação;
 Estabelecer a quantidade de tomadas, de uso geral e específico;
 Dimensionar da potência das tomadas de uso geral e específico;
 Dividir a instalação em circuitos terminais;
 Calcular a corrente dos circuitos;
 Dimensionar os condutores;
 Dimensionar os eletrodutos;
 Dimensionar disjuntores.

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