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BOX - 10 E-BOOKS

Da Organização
Financeira ao
Investimento

01
Sumário
Rede de Educação Financeira 03
Saiba como aproveitar ao máximo
seu PDF interativo! 04
Sobre o Mobills 05
Finanças pessoais 06
Cartão de crédito 31
Como sair das dívidas 83
Planejamento financeiro 121
Reserva de Emergência 155
Como começar a investir 174
Renda Fixa 201
Tesouro Selic 225
Como construir uma carteira de
investimentos 239
Imposto de Renda 259

02
Rede de Educação Financeira
Este material faz parte do que podemos chamar de
uma Rede de Educação Financeira, mais conhecida
como MobillsEdu.

Prezamos pela organização e qualidade em cada conte-


údo novo que criamos. Além disso, nossa linguagem é
simples e descomplicada, pois queremos que entenda o
que procura sem enrolações.

Conheça nossas principais ferramentas:

• Blog Mobills
• Canal do Mobil1ls no Youtube
• Instagram MobillsEdu
• Telegram MobillsEdu
• Aplicativo de controle financeiro - Mobills
• Aplicativo de educação financeira - MobillsEdu
• Curso Planejamento Financeiro na Prática
1

03
Saiba como aproveitar ao
máximo seu PDF interativo!
Olá! Este e-book é um PDF interativo. Isso quer dizer
que aqui, além do texto, você também vai encontrar
links, botões e um índice clicável.

Desse modo, saiba que quando o texto estiver assim,


significa que ele é um link para uma página externa
que vai ajudar você a se aprofundar no conteúdo.
Então, sinta-se à vontade para clicá-lo!

Esperamos que essa função te ajude na leitura do texto.

Boa leitura!

04
Sobre o Mobills
O Mobills é um aplicativo/sistema de educação e ge-
renciamento financeiro pessoal online criado em 2013
pelos irmãos Carlos Terceiro e David Batista, dois estu-
dantes cearenses de tecnologia apaixonados por solu-
ções simples para problemas do dia a dia.

O objetivo, inicialmente, era fugir das tradicionais pla-


nilhas no Excel e anotações em papel, que não evita-
vam os esquecimentos e dificultavam o controle dos
gastos e receitas.

No começo, o aplicativo foi desenvolvido apenas para


smartphones Android. No entanto, com o amplo cres-
cimento da procura pela solução, logo foram criadas as
versões para a Web e dispositivos iOS.

Atualmente, o app possui mais de 8 milhões de down-


loads e está presente em 138 países, sempre com foco
em cumprir sua missão de oferecer aos clientes meios
para atingir a tranquilidade financeira.

Vale ressaltar que o aplicativo conta com uma versão


completa para assinantes Premium, com todas as fun-
cionalidades necessárias para fazer uma ótima gestão
do seu dinheiro, e também uma versão de testes gra-
tuita.

Quer descobrir mais informações? Acesse o nosso site!

05
E-book

Finanças
Pessoais:
dicas para mudar sua
vida financeira

06
Sumário
Introdução 08
O que é finanças pessoais? 09
15 Dicas para administrar as
finanças pessoais 11
Como recuperar as finanças
pessoais? 23
Qual o melhor app para
finanças pessoais? 24
Curso de finanças pessoais:
Opções gratuitas e pagas 25
Livro de finanças pessoais:
Os 3 melhores 26
Sinais de que você está indo bem 28
Por que separar finanças pessoais
da empresa? 29
Aplicação no dia a dia 30

07
Introdução
A nossa situação financeira impacta todas as áreas da
nossa vida. Por isso, é essencial organizar nossas finan-
ças pessoais.

Não possuir um planejamento financeiro, por exem-


plo, pode causar diversos problemas para sua vida pes-
soal.

Isso porque, quem não possui controle sobre o próprio


dinheiro pode acabar:

• Se enrolando em dívidas e juros;


• Gastando mais do que o necessário e do que se deve;
• E, claro, piorando sua situação cada vez mais, poden-
do até arruinar as suas finanças completamente.

Diante disso, é mais do que essencial possuir organiza-


ção nas suas finanças.

Mas, se você ainda não realiza o controle correto do


seu dinheiro, não se preocupe! Criar um plano financei-
ro não é nada de outro mundo.

Afinal, o importante é apenas começar, pois com um


pouco de dedicação e o conhecimento adequado, é
possível mudar essa situação de uma vez por todas.

Vamos aprender mais sobre o assunto?

08
O que é finanças pessoais?

Finanças pessoais nada mais é do que o estudo e prática


de aplicações que contribuem para a gestão dos gastos
de uma pessoa ou até mesmo de um grupo familiar.

Esses gastos podem ser:

• Essenciais: como moradia, alimentação, transporte,


saúde, educação, etc.;
• Desejos pessoais: envolve gastos mais supérfluos,
como por exemplo, uma roupa ou celular da moda, etc.;
• Investimentos ou pagamento de dívidas: categoria
voltada para a conclusão de objetivos financeiros.

Assim, por meio do gerenciamento de gastos e estudo


sobre educação financeira, fica mais fácil conquistar a
saúde das finanças.

Para que serve a gestão das finanças

O objetivo por trás da gestão das finanças pessoais é a


organização da vida financeira que possibilita, inclusi-
ve, o aumento do bem-estar daquele que a utiliza.

Isso porque, não importa quanto dinheiro você ganha,


e sim, como você lida com o dinheiro.

Afinal, ao se preocupar com o gerenciamento das suas


despesas e receitas você evita problemas financeiros
futuros.

09
Dessa forma, caso você nunca tenha se preocupado
com essa temática antes, e decidiu começar a estudar
a partir de agora, entenda que independente da sua
atual situação financeira, nada está perdido!

Para te ajudar nessa missão, montamos um passo a


passo com dicas para organizar suas finanças pessoais.
Confira a seguir!

10
15 Dicas para administrar as
finanças pessoais

1. Aprenda a lidar com o dinheiro

O modo como você gasta seu dinheiro tem grande im-


pacto sobre seus resultados financeiros.

Portanto, mesmo que alguém tenha um alto salário ou


receba um alto lucro, se não souber como usar esse di-
nheiro, provavelmente se encontrará em aperto finan-
ceiro.

Por outro lado, quem sabe gastar bem, conquista mais


e com mais tranquilidade.

Mas, o que significa gastar bem?

Primeiro, entenda que existem decisões em sua vida


que causarão um grande impacto financeiro, sendo al-
gumas delas:

• Fazer uma grande viagem;


• Financiar um carro novo;
• Ter filhos sem um planejamento familiar;
• Financiar um imóvel.

Se cada uma dessas decisões for tomada de modo im-


prudente, poderá causar grandes prejuízos nas finanças
de uma família inteira.

11
E sim, temos consciência de que, por exemplo, ter uma
casa própria é o sonho da maioria dos brasileiros, mas
não é por isso que não devemos fazer um planejamen-
to para alcançar esse objetivo. Concorda?

2. Descubra quanto é gasto por mês

Conseguir poupar dinheiro, evitar dívidas e ter a ca-


pacidade de construir uma reserva de emergência são
atitudes fundamentais para a sua saúde financeira.

Por outro lado, sem dúvidas, é impossível organizar


suas finanças pessoais se você não possui conhecimen-
to exato sobre como está usando o seu dinheiro men-
salmente.

Por isso, busque registrar de forma contínua tudo o


que você gasta.

Existem diversas maneiras de fazer um bom gerencia-


mento financeiro, sendo elas:

• Aplicativos de controle financeiro pessoal;


• Bloco de anotações; e
• Planilhas de gastos.

Muitos já passaram ou estão passando por algumas das


situações apresentadas nas perguntas.

Caso você faça parte do grupo de pessoas que prefe-


rem a tecnologia, indicamos que utilize o Mobills, o ge-
renciador financeiro mais bem avaliado do Brasil.

Além de outras diversas funcionalidades incríveis, como


o Modo Viagem, Controle de Cartões e Orçamentos, o
Mobills app possibilita que você faça o controle comple-
to das suas finanças pessoais na palma da sua mão.

12
Caso contrário, se você prefere as planilhas de gastos,
registre todas as suas despesas do mês, como alimen-
tação, contas básicas (telefone, água, luz), gastos com
saúde, gastos com lazer, mensalidades etc. na sua pla-
nilha.

No fim das contas, o importante é ter controle de tudo


o que for uma despesa, independentemente de como
isso vai ser feito.

3. Defina objetivos financeiros

Essa estratégia é fundamental para o nosso sucesso fi-


nanceiro.

A criação de objetivos permite que você direcione seus


esforços e tenha disciplina para conquistar suas metas.

É comum vermos pessoas que estão super motivadas


para organizar seu orçamento, mas que não sabem
onde querem chegar.

Então, elas podem se frustrar por perceberem que es-


tão se sacrificando sem sair do lugar.

Por outro lado, muitos outros reconhecem a importân-


cia de um planejamento financeiro, mas não têm moti-
vação para fazer um esforço para cumprir esse plano.

Logo, esses também não vão conseguir sair da situação


em que estão.

Assim, podemos ver que a definição de metas é pri-


mordial para o sucesso nas finanças.

O que você deseja? Trocar de carro? Pagar a faculda-


de? Fazer uma viagem?

13
Após definir seus objetivos, você pode direcionar suas
energias e ter a motivação para alcançá-los.

Com a funcionalidade objetivos no Mobills, é possível


registrar qual é a sua meta, quanto é necessário para al-
cançá-la e quanto tempo deve levar para conquistá-la.

Com base nessas informações, o Mobills te avisa quan-


do você deve economizar a cada mês para conseguir
realizar o seu sonho.

4. Monte um orçamento mensal

Ter uma rota definida é tão importante quanto saber o


destino.
Por isso, é fundamental que você crie um orçamento
que esteja de acordo com seus objetivos.

Mas, antes, precisamos entender o que é um orçamento.

• Como montar um orçamento?

Orçamento é uma estimativa de receita ou despesa


por um determinado período.

Nesse sentido, você deve ajustar seus gastos e seus


ganhos de tal modo que você tenha condições de atin-
gir suas metas.

Dessa forma, também é muito importante que você


decida quanto você vai gastar em cada categoria:
transporte, alimentação ou qualquer outra.

Com um orçamento organizado, é muito mais fácil ter


o controle e acompanhar a evolução da sua vida finan-
ceira.

14
5. Comece a cortar gastos desnecessários

Caso sua renda mensal seja menor, ou próxima do que


você está gastando, é essencial fazer uma análise cri-
teriosa do seu orçamento, e verificar onde é possível
realizar cortes.

Isso pode ser feito por meio de uma escala de priorida-


des!

Gastos com entretenimento e lazer, por exemplo, é


possível reduzir e trocar por atividades mais baratas,
ou até mesmo gratuitas.

Sendo assim, priorize despesas essenciais, como mora-


dia, alimentação e saúde.

Muitas vezes, algumas pessoas compram somente por


impulso, sem refletir sobre o estrago que isso pode
causar em seu orçamento pessoal ao final do mês.

Então, evite o consumismo! Antes de gastar seu di-


nheiro, verifique se aquilo é realmente necessário e se
o valor caberá dentro do seu planejamento.

Ademais, uma outra excelente forma de controlar os


seus gastos é por meio de uma lista de compras.

Antes de realizar qualquer compra, registre com an-


tecedência quais produtos você está precisando e só
compre o que tiver colocado em seu orçamento.

Esse planejamento evitará que você compre o que não


precisa e ainda economize dinheiro.

15
6. Reveja seus hábitos

Existem famílias que têm o costume de ir a restauran-


tes, cinemas, shoppings etc.

Nenhuma dessas coisas são prejudiciais por si só, mas


se você quer mudar sua situação financeira, provavel-
mente vai ter que mudar alguns comportamentos.

Esse passo vai possibilitar o passo anterior, pois muitas


de nossas decisões financeiras vêm de maus hábitos.

E não só nossos, mas de nossa família também.

Por isso, é importante que você comunique aos seus


parentes a importância de reverem os hábitos e das
mudanças que precisam ser feitas para que seja possí-
vel a conquista de alguns objetivos.

Quando a família inteira caminha em uma só direção, é


muito mais fácil um ajudar o outro.

7. Procure aumentar sua renda

Já sabemos que apenas ganhar mais sem saber como


gastar não é financeiramente saudável.

Contudo, se você chegou até aqui, sabe a importância


de usar bem o dinheiro e já tem o orçamento organiza-
do. Não é mesmo?

Assim, um aumento na sua renda será muito benéfico


para as suas finanças, pois elevará sua capacidade de
poupar e investir.

Portanto, se você quer ganhar mais, pode seguir por


dois caminhos: focar na renda principal ou criar uma
renda extra. Saiba mais a seguir:

16
• Focar na renda principal

Se você já tem uma fonte de receita, então deve traba-


lhar para aumentar seus ganhos com ela.

Para isso, você pode buscar uma especialização: um


curso técnico, uma pós-graduação ou uma certificação.

No site da Fundação Bradesco, da FGV ou do SENAI,


existem dezenas de cursos gratuitos com certificados
que podem melhorar sua posição no mercado.

• Criar uma renda extra

Uma alternativa é criar outras fontes de renda.

Com a evolução da internet, surgiram milhares de


oportunidades para ganhar dinheiro além da sua ativi-
dade principal e trabalhando nas horas vagas.

Por exemplo, os programas de afiliados, revenda de


produtos, aulas particulares, trabalhos como fotógrafo
ou redator etc.

A lista é vasta e necessita, apenas, de uma boa pesqui-


sa e filtro para escolher as melhores opções para você.

8. Evite dívidas e tente comprar sempre


à vista

Se você possui dívidas, trabalhe para eliminá-las o


mais rápido possível!

Negocie melhores condições com o credor e busque


quitá-las, priorizando o pagamento daquelas que pos-
suem os juros mais altos.

Além disso, tente não fazer compras no cartão de crédito


para não se manter refém dos juros.

17
Opte por comprar sempre à vista, visto que com esta
forma de pagamento você pode conseguir negociar um
desconto e economizar o valor de prestações que se
acumulariam por meses.

Por fim, se o uso do cartão de crédito ou até mesmo


de um empréstimo for inevitável, faça uma pesquisa e
busque entender quais as condições e os juros cobra-
dos, além das taxas e o CET (Custo Efetivo Total) da
operação.

Caso você esteja endividado, não deixe de ler o nosso


conteúdo sobre como sair das dívidas!

9. Utilize um software para o controle


financeiro

Com o objetivo de organizar sua vida financeira, a ajuda


de um sistema de controle financeiro pode ser essencial.

Esses softwares são práticos, automáticos, intuitivos e


ajudam a mostrar de forma mais clara como está a sua
atual situação financeira.

Dentre os softwares disponíveis no mercado, o Mobills


é uma ótima opção, visto que permite que você acom-
panhe e cadastre suas despesas e receitas pessoais, in-
dependente do lugar.

Além disso, é o aplicativo de controle financeiro pessoal


mais bem avaliado do Brasil, com mais de 8 milhões de
downloads.

10. Verifique sempre como está sendo o seu


desempenho

Jamais se esqueça de conferir como está o seu pro-


gresso a cada mês!

18
Verifique se suas finanças pessoais estão de acordo
com o seu planejamento.

Caso não estejam, faça uma reavaliação e determine


onde você precisa mudar, conforme a necessidade.

Assumir essa estratégia, não só ajuda a manter suas fi-


nanças em ordem, como também te ajuda a conseguir
identificar o que está errado de forma rápida e eficaz.

11. Poupe uma parte da sua renda a cada mês

Caso você ainda não faça isso, recomendamos forte-


mente que não perca tempo. Defina uma parte de sua
renda para ser guardada a cada mês!

No início, não é necessário que seja muito, mas tenha


em mente que o recomendado é que a quantia a ser
guardada seja entre 10% e 30% da sua renda líquida
mensal, aquela já descontada de taxas e impostos.

Assim, você terá uma segurança maior para exercer o


seu plano financeiro.

Além disso, se deseja atingir a independência financei-


ra em algum momento, precisa ter o foco em se pagar
primeiro.

Mas, se você possui dificuldade em realizar essa dica,


aprenda como economizar dinheiro!

12. Construa sua reserva de emergência

Não podemos esquecer que imprevistos podem acon-


tecer a qualquer momento.

Portanto, é de grande importância reservar parte da


renda mensal para construir sua reserva financeira.

19
Caso você ainda não tenha uma, esse deve ser o seu
primeiro objetivo.

Essa reserva servirá para situações onde é necessá-


rio usar o dinheiro com alguma urgência, como aquelas
acarretadas por problemas de saúde e desemprego.

Dessa forma, com uma reserva para imprevistos,


você estará mais seguro e não precisará recorrer a
empréstimos.

13. Busque conhecimento sobre finanças


pessoais

Mais importante do que decorar regras, é aprender


princípios, ou seja, é mais importante você saber quais
os fundamentos de uma vida financeira saudável do
que tentar memorizar uma série de regras.

Aprender princípios fará com que você saiba como agir


em qualquer situação que envolva dinheiro, indepen-
dente se você já ouviu falar dessa situação específica
ou não.

Com este e-book, acreditamos que está aprendendo


bastante, uma vez que todas essas dicas apresentam
ensinamentos que vão te ajudar a lidar melhor com as
finanças pessoais.

Contudo, não se limite somente a este conteúdo. Leia


livros, assista vídeos ou faça cursos que facilitarão o
desenvolvimento de uma mentalidade correta.

14. Estude como investir o que for poupado

Para conseguir administrar sua poupança de forma in-


teligente, você precisa fazê-la render, pois de nada
adianta juntar uma quantia se ela permanecer parada.

20
Sendo assim, é muito importante pensar em aplicar o
seu dinheiro em investimentos que te proporcionem
rendimentos condizentes com os seus objetivos finan-
ceiros.

Caso você tenha um perfil de investidor mais agressi-


vo, é importante dar preferência a aplicações mais ar-
riscadas, como o investimento em ações.

Já se o seu perfil é mais conservador, o recomendável


é optar por aplicações mais estáveis e seguras, como a
renda fixa (Tesouro Direto, CDB, entre outros).

Apesar disso, vale também lembrar que no atual cená-


rio onde os juros estão baixos, a renda fixa perdeu con-
sideravelmente sua atratividade.

Logo, se você busca por melhores rendimentos, é im-


portante procurar aplicações em renda variável.

Por outro lado, não se esqueça que só deve pensar em


diversificação de investimentos quando a reserva de
emergência já estiver formada.

15. Aprenda contabilidade com os riscos

Riscos sempre vão existir, e não são à toa!

Um dos principais fatores que diferencia as pessoas de


sucesso é a atenção incrível que cada uma delas dá às
suas finanças pessoais.

E como conhecimento significa poder, essas pessoas


sabem o suficiente de cada aspecto que envolve o seu
dinheiro.

Nesse sentido, um dos aspectos mais importantes, nor-


malmente ignorado pela maioria das pessoas que não
conseguem enriquecer, é a noção de “contabilidade”.

21
Assim, é importante entender os fundamentos contá-
beis para conseguir contratar um bom contador e evi-
tar a perda de dinheiro.

Mas calma, não estamos falando de nada ilegal, muito


pelo contrário!

As pessoas mais ricas conhecem a contabilidade de for-


ma a evitar tributos e impostos sem necessidade, di-
nheiro este que em suas mãos é capaz de multiplicar o
seu patrimônio.

Repare que, toda vez que você lê uma biografia de um


milionário, parte dos seus segredos sempre passam por
uma contabilidade impecável e, principalmente, conhe-
cimento tributário.

Isso porque, o segredo de quem possui dinheiro é:


Jamais perca dinheiro quando isso pode ser evitado.

22
Como recuperar as finanças
pessoais?

Quando lidamos com finanças pessoais é muito impor-


tante estabelecer objetivos claros.

Por isso, se quiser recuperar o tempo perdido e tomar


o controle da sua vida financeira, é fundamental fazer
primeiramente um diagnóstico financeiro e definir ob-
jetivos claros e alcançáveis.

Para o diagnóstico das finanças se pergunte:

• Qual é a minha renda líquida mensal (renda descon-


tada de impostos)?
• Quais são os meus principais gastos?
• Possuo dívidas? Quantas? Qual o valor?
• Qual a minha capacidade de poupar dinheiro mensal-
mente?

Após isso, defina seus objetivos financeiros. Se per-


gunte: Onde eu quero estar daqui a 2 anos? O que eu
quero ter/ser nesse período? Pense também em uma
perspectiva de médio e longo prazo, 5 e 10 anos, res-
pectivamente.

23
Qual o melhor app para finanças
pessoais?

O melhor é bastante relativo, pois depende das suas


necessidades e do que espera de um aplicativo de
gestão das finanças.

Entretanto, o Mobills é, para nós, o melhor app para


finanças pessoais.

“ Sempre utilizei planilhas eletrônicas para


realizar o controle das minhas finanças, porém,
acabava deixando de lado pela dificuldade de
manter tudo atualizado. Com o Mobills, em
5 minutos consigo atualizar tudo o que aconte-
ceu no dia e tirar insights das visões e gráficos
que são gerados.

Rafael Ribeiro

Com mais de 8 milhões de downloads e 300 mil ava-


liações somando as lojas Google Play e App Store, nos-
so aplicativo possui todas as funcionalidades necessá-
rias para um controle financeiro eficaz.

Conheça o Mobills!

24
Curso de finanças pessoais:
Opções gratuitas e pagas

Curso de finanças 100% Gratuito


com o Mobills

Nosso conteúdo é online e gratuito, para que você


aprenda desde como desenvolver uma mentalidade de
riqueza até construir sua reserva de emergência.

Em 15 videoaulas, o curso ensinará os primeiros pas-


sos para organizar as finanças e tomar controle sobre o
orçamento. Confira a grade completa!

Planejamento Financeiro na Prática

No curso Planejamento Financeiro na Prática você irá


aprender como fazer um planejamento financeiro para
economizar até 50% dos ganhos mensais e traz dicas
de como dobrar renda, gastar menos e poupar mais
sem precisar fazer grandes mudanças no estilo de vida.

25
Livro de finanças pessoais:
Os 3 melhores

Os segredos da mente
milionária
Nesse livro de finanças escri-
to pelo milionário americano
Harv T. Eker você irá conhecer
um pouco da história de suces-
so do autor e como é possível
mudar de vida com ajuda da
substituição de crenças nega-
tivas relativas ao dinheiro por
uma mentalidade de riqueza.

Pai rico, Pai pobre


Com mais de 9 milhões de
exemplares vendidos no Brasil
e 30 milhões de cópias em 80
países, esse livro se tornou
referência no que diz respeito
ao cuidado com as finanças.
Em síntese, ele traz de forma
simples a forma que pessoas
ricas ensinam seus filhos sobre
dinheiro, perpetuando a riqueza.

26
O homem mais rico
da Babilônia
Tomando como base os segre-
dos de sucesso dos antigos
babilônios, esse livro traz lições
sobre como multiplicar riqueza
e solucionar problemas finan-
ceiros.
George S. Clason mostra solu-
ções sábias e atuais para evitar
a falta de dinheiro, com dicas de
como não desperdiçar recursos
durante tempos de opulência.
A leitura é uma das melhores
formas de aprender como lidar
melhor com o seu dinheiro, por
isso, conheça nossa lista com-
pleta de livros de finanças e
educação financeira!

27
Sinais de que você está indo bem

Confira alguns sinais de que está avançando no cuida-


do com as finanças pessoais:

• Sabe o que quer;


• Não é a mesma pessoa de 1 ano atrás;
• Saiu da zona de conforto;
• Criou metas alcançáveis;
• Se mantém positivo;
• Aprendeu a lidar com os erros;
• Alimenta constantemente seu gerenciador financeiro;
• Sabe quanto ganha e gasta;
• Conhece suas despesas essenciais e outras;
• Tem uma meta de poupança mensal e a cumpre;
• Continua se esforçando para ser o melhor.

Se você se dispõe a aproveitar os desafios e a dar o seu


melhor sempre, você está avançando!

28
Por que separar finanças
pessoais da empresa?

Investir em um negócio próprio é uma das principais


maneiras para conquistar a independência financeira.

No entanto, é fundamental separar as finanças pesso-


ais das finanças da empresa. Isso acontece porque a
forma de lidar com cada uma delas é diferente, assim
como os objetivos envolvidos.

Ou seja, ao fazer uma gestão única, o mais provável é


afundar o seu empreendimento. Afinal, o sucesso da
sua vida financeira depende de uma sinergia entre to-
das as áreas da sua vida, mas cada uma deve ser dada
a devida atenção e tratada de maneira adequada.

Uma dica eficaz é ter um salário definido bem como


uma ferramenta de controle financeiro específica para
os gastos pessoais e outra para os negócios.

29
Aplicação no dia a dia
Você pode começar hoje colocando em prática as dicas
que aprendeu neste e-book e transformar sua vida
financeira!

Então, não perca mais um segundo, já que tempo


é dinheiro.

Comece agora mesmo a colocar suas finanças pessoais


em ordem!

30
E-book

Cartão de crédito:
aprenda a usar seu cartão
com inteligência

31
Sumário

Introdução 33
Aquilo que você talvez não
saiba, mas deveria saber 34
Entenda como funciona o limite do
cartão de crédito 38
Sinais de que você tem problemas
com o cartão de crédito 41
Piores erros que você
pode cometer 45
O que fazer para escapar
dos altos juros 49
Como sair das dívidas do cartão
em 5 passos 56
Dicas para usar melhor
seu cartão 60
Os melhores cartões de crédito sem
anuidade do Brasil 69
Aplicativos para controlar melhor
seus cartões 74
Cartão de crédito consignado 75
Conclusão 81

32
Introdução
Por falta de controle ou planejamento financeiro,mui-
tas pessoas acabam consumindo mais do que podem e,
quando estão altamente endividadas, costumam colo-
car a culpa do seu desequilíbrio financeiro no cartão de
crédito.

Assim, o cartão de crédito é considerado por muitos o


maior inimigo das finanças pessoais.

No entanto, antes de qualquer julgamento, é interes-


sante termos a consciência de que o cartão nada mais
é do que uma ferramenta.

Toda ferramenta, se for mal utilizada, é capaz de pro-


vocar grandes estragos. Por outro lado, se for usada
com sabedoria, proporciona ao seu usuário diversas
vantagens e benefícios.

Com o cartão de crédito não é diferente!

Se for utilizado sem disciplina e planejamento, esse “di-


nheiro de plástico” provavelmente irá causar descontro-
le financeiro e dívidas exorbitantes, que serão muito di-
fíceis de serem quitadas.

Entretanto, se usado com consciência, o cartão de cré-


dito certamente será um grande aliado de suas finan-
ças, e lhe permitirá ter acesso a alguns benefícios e fa-
cilidades.

A seguir, serão apresentadas diversas dicas valiosas


para que você faça um uso inteligente do seu cartão de
crédito, evitando juros altos e despesas desnecessárias.

Veja como aproveitar as principais vantagens dessa


ferramenta.

33
Aquilo que você talvez não saiba,
mas deveria saber, sobre o
seu cartão de crédito

Grande parte dos brasileiros não apenas possui cartão


de crédito, como o utiliza com frequência.

Contudo, embora os cartões de crédito estejam mui-


to presentes na vida dos consumidores, a maioria das
pessoas desconhece informações importantes
sobre o funcionamento deles.

Por exemplo, é comum que o consumidor não entenda


como são calculadas as taxas e os juros cobrados pelos
bancos.

Mais surpreendente ainda é que muitas pessoas tam-


bém não sabem quais as partes formam um cartão de
crédito.

Veja abaixo a explicação sobre detalhes que você deve-


ria saber sobre seu cartão de crédito.

O banco que determina a taxa de juros

Nem todos os cartões de crédito cobram os mesmos ju-


ros, incluindo cartões que possuem a mesma bandeira.

Isso ocorre porque os bancos são os responsáveis por


especificar as taxas de juros.

Assim, os juros de um cartão Visa emitidos pelo ban-


co X podem ser maiores do que os juros de um Visa do
banco Y.

34
Além disso, os juros também variam de acordo com o
tipo de transação. Saques em dinheiro normalmente
são cobrados com juros maiores do que as compras.
Por isso, vale sempre pesquisar antes de adquirir um
cartão, para fechar negócio com a opção mais vantajo-
sa do mercado.

Código de segurança

O chamado “código de segurança” é o código de três


números que fica na parte de trás do cartão ou o de
quatro números da frente de um cartão (American Ex-
press).

Esse código é comumente solicitado ao fazer uma


compra pela internet ou telefone.

Se você for fazer alguma compra por site ou telefone


estrangeiro, saiba que o código pode ter três nomes di-
ferentes: CVN (Card Verification Number), CVD (Card
Verification Data) ou CVV (Card Verification Value).

Ele serve como uma etapa de segurança adicional


para as transações em que o cartão não se encontra
presente.

É um número que não deve ser registrado ou guardado


por vendedores, sistemas de pagamento virtual ou
lojas online.

Números

Todos os cartões de créditos possuem 16 números, ao


contrário do que se pode imaginar, nem todos eles são
utilizados para identificação, mas possuem outras in-
formações úteis.

O sistema numérico foi criado para garantir estabilida-


de para processadores e fornecedores.

35
As informações de seu cartão, como o tipo ou quem o
emitiu, estão contidas no número.

O primeiro dígito do cartão determina qual a bandeira


do cartão, sendo:

3 - American Express e Diners Club


4 - Visa
5 - MasterCard, ELO
6 - Discover

Os dígitos 2 a 6 indicam qual o banco emissor, enquan-


to os de 7 a 15 trazem o número da conta bancária e
são únicos.

O dígito final é chamado dígito de verificação e é usado


por um algoritmo para determinar se o número provido
é válido.

Tarja

A tarja localizada na parte de trás do cartão é feita com


partículas de metal e magnetizada.

Ela também guarda informações.

São três as linhas de informação que ela possui, das


quais geralmente apenas duas são usadas: as duas pri-
meiras são apenas para leitura, ou seja, as informações
podem ser lidas, mas não alteradas; a última contém
informações que podem ser alteradas durante a tran-
sação e guarda informações de segurança.

36
Vale lembrar que elas não contêm informação pessoal
do dono do cartão, como o endereço e data de nasci-
mento, igual dizem mitos populares.

As informações da tarja são as visíveis no cartão e al-


guns dados de segurança.

Letras pequenas

Não importa o quão simples sejam, elas não podem ser


entendidas se não forem lidas. Por isso, o mais impor-
tante ao pegar um cartão de crédito, é ler o contrato.
Ele deixa claro quais as taxas que serão cobradas e por
quanto tempo a taxa é garantida, como é calculada e
outras informações, como seus direitos e responsabili-
dades com o cartão.

Empréstimo

Na realidade, o cartão de crédito também é um simples


empréstimo.

Quando você resolve parcelar uma fatura, pagando o


valor mínimo, você acaba contraindo um empréstimo.
E como qualquer outro banco, ele também cobra taxas
por tal empréstimo.

Por exemplo: se você parcela uma fatura em 12 vezes,


terá de pagar um juro em cada uma das parcelas. No
final, aquela fatura original sairá muito mais cara do
que se tivesse pago tudo de uma vez.

O cartão de crédito pode ser um grande aliado no


orçamento mensal, mas para que isso aconteça, é
importante conhecer bem seu funcionamento e saber
usá-lo com sabedoria, para não contrair dívidas.

37
Entenda como funciona o
limite do cartão de crédito

Limite é o valor que você pode gastar no cartão de cré-


dito, desde que você esteja pagando em dia as faturas
mensais.

É quanto o Banco entende, ao analisar seu consumo,


que pode ser emprestado para você.

Qual é o primeiro passo para não estourar


o limite do cartão de crédito

Quando o consumidor faz uma compra parcelada, este


valor do limite fica retido até que o pagamento vá sen-
do efetuado.

Portanto, ter controle sobre as compras realizadas é o


primeiro passo para não estourar o limite do cartão de
crédito.

Como aumentar o limite?

A instituição financeira avalia constantemente sua


capacidade de pagamento.

A partir daí, ela estabelece um valor que acredita


ser capaz de ser coberto por sua renda mensal.

Caso você queira aumentar seu limite, terá que entrar


em contato com a operadora e solicitar esse aumento,
informando algum fato novo, como uma maior renda.

38
Contudo, cuidado na hora de pedir um aumento de li-
mite, planeje-se para gastar menos da metade da sua
renda líquida no uso do cartão de crédito!

O que é limite de saque?

Alguns cartões também permitem a realização de sa-


ques em dinheiro, no Brasil ou no Exterior e seu limite
está incluído no limite total.

Mesmo sendo algo prático, é preciso ter atenção, pois


este serviço nada mais é do que um empréstimo, uma
vez que são cobrados juros sobre o valor do dinheiro
sacado.

No exterior, sobre este saque podem incidir, ainda, ta-


xas locais ou internacionais.

Sendo assim, o mais indicado é que você NUNCA utilize


esse recurso.

Quais são as ferramentas de


controle de limite?

Para ajudar a ter controle sobre seu limite, recomenda-


mos o uso de aplicativos de controle financeiro.

Nesse tipo de aplicativo, basta preencher os dados re-


ferente ao seu cartão de crédito e o software fica total-
mente responsável por te auxiliar nessa atividade, avi-
sando quanto você já gastou e quanto terá disponível
naquele momento, por exemplo.

39
Além disso, eles possuem diversas funcionalidades
como gráficos interativos, metas, orçamentos e alertas
de vencimentos que irão facilitar o gerenciamento das
suas finanças, pois é possível ter o controle de sua vida
financeira na palma das mãos.

40
Sinais de que você tem problemas
com o cartão de crédito

Usar os cartões de crédito sem planejamento pode lhe


trazer muitas dívidas, tornando-se, muitas vezes, qua-
se impossível sair delas.

Porém, como saber se você está usando seus cartões


de créditos da forma errada?

Listamos alguns sinais que mostram que você pode


está se endividando com cartões de crédito.

Você está usando o cartão de crédito


para suas necessidades básicas

O seu salário deve ser usado para comprar os itens do


dia a dia como comida, roupa, luz e combustível, não
seu cartão de crédito.

Ter que usar cartões de crédito para cobrir esses tipos


de gastos é um sinal de problemas financeiros.

Planeje seu orçamento e gastos para viver de acordo


com seus ganhos e reverter essa situação que leva ao
endividamento excessivo.

Você usa um cartão de crédito


para pagar o outro

Priorizar pagamentos de faturas do cartão de crédito


é algo inteligente, mas deixar de pagar a fatura é algo
que você nunca deve fazer.

41
Se você constantemente sente dificuldade para pagar
seus cartões de crédito, provavelmente você já deve
estar com problemas.

Deixar de pagar ou pagar somente o mínimo da fatura


vai lhe trazer dívidas cada vez maiores por causa dos
altíssimos juros do cartão de crédito.

Ignorar suas dívidas nos cartões de crédito

Fingir que suas dívidas de cartão não existem faz com


que elas aumentem à medida que o tempo passa.

Enfrentar e pagar suas dívidas de cartão de crédito


mais cedo é importante para que não seja tarde demais
e elas fiquem totalmente fora de controle.

Você gasta mais do que pode pagar

Imagine que você está tentando encher uma garrafa de


água com um grande furo no fundo.

Essa garrafa nunca vai ficar cheia, não é? Acontece


exatamente isso com suas dívidas de cartão de crédito.

Se você gasta mais do que você pode pagar, suas dí-


vidas com cartão de crédito irão sempre continuar a
crescer sem parar.

Você precisa parar de usar seus cartões de crédito se


você deseja quitá-los e sair das dívidas.

Você não tem um fundo de emergência

Se você não tem uma reserva de emergência, você se


verá forçado a sempre usar seus cartões de crédito em
situações inesperadas.

42
Dívidas grandes no cartão de crédito com despesas
inesperadas são difíceis de pagar, principalmente se
você já está com um orçamento apertado.

Você deve construir um fundo de emergência juntando


uma pequena quantia a cada mês fielmente.

Você não tem um plano para quitar suas


dívidas de cartões de crédito

O ditado já diz : “Falhar em planejar é planejar falhar”.

Se você não está trabalhando ativamente para pagar


suas faturas, elas provavelmente irão virar uma bola
de neve e ficar cada vez maiores.

Caso você tenha ou não dívidas grandes com cartão,


sempre deve planejar pagar o valor da fatura total e
em dia.

Você usa cartão de crédito para comprar


coisas extremamente caras

Os altos limites dos cartões nos dão a impressão que


podemos comprar qualquer coisa.

Entretanto, usar os altos limites do cartão para ter um


estilo de vida que não podemos manter é uma decisão
que irá fazer você afundar em dívidas e destruir seu
planejamento financeiro para o futuro.

Você tem faturas antigas para pagar

Se você tem faturas antigas que ainda não foram pa-


gas, provavelmente você está com grandes problemas
financeiros que impedem de você realizar esses paga-
mentos.

43
Lembre-se: quanto mais tempo passar sem pagar
essas faturas, maiores suas dívidas irão se tornar.

Dê uma olhada nos seus gastos mensais e veja onde


você pode cortar para pagar suas dívidas com o cartão
o mais rápido possível.

44
Piores erros que você pode cometer

Não utilizá-lo de maneira estratégica

Cartões de crédito oferecem mais proteção aos con-


sumidores, além de funcionarem como intermediários
quando você tem disputas com varejistas ou prestado-
res de serviços.

Muitos cartões também oferecem vantagens adicionais,


tais como substituição de objetos que foram roubados
e prolongar o tempo de garantia de um determinado
produto.

Dessa maneira, você deve utilizar cartões de crédito


para todas as compras importantes e para transações
que envolvem um alto risco de fraude como, por exem-
plo, compras online ou em postos de gasolina.

Esquecer de efetuar pagamentos

Quer ver o seu score de crédito cair 100 pontos ou mais


de uma só vez?

Deixe de efetuar o pagamento de uma fatura do seu


cartão de crédito.

Pagar com alguns dias de atraso significa pagar juros,


mas efetuar o pagamento após 30 dias significa, para a
fórmula do score de crédito, que você está com sérios
problemas (mesmo que você tenha apenas esquecido o
pagamento nesse mês).

45
Para complicar ainda mais as coisas, pagar com 30 dias
ou mais de atraso, dependendo do valor da sua fatura,
pode fazer com que sua dívida vire uma bola de neve
nos próximos meses e que você fique totalmente endi-
vidado com o seu cartão de crédito.

Então, tente utilizar um aplicativo de controle finan-


ceiro ou outras ferramentas que emitam alertas para o
vencimento das faturas do seu cartão.

Estourar o limite do cartão

Estourar o limite do cartão, mesmo que você pague o


total da fatura depois, pode prejudicar o seu score de
crédito.

Uma opção é dividir os seus gastos entre cartões de


crédito e débito e não passar de 50% do valor do limite
do seu cartão.

Se você quer melhorar o seu score de crédito, tente


manter-se sempre entre 20% e 30% do limite do cartão.

Efetuar somente o pagamento mínimo

Se tem algo pior do que estourar o limite do cartão de


crédito, é pagar somente o mínimo.

Nem mesmo as emissoras de cartão de crédito gostam


desse tipo de comportamento, pois isso pode significar
que você está em uma má situação financeira e mais
propenso a parar de pagar suas faturas.

46
A fatura do seu cartão mostra exatamente quanto irá
custar para pagar seu saldo atual se você paga somen-
te o mínimo.

Dica: É muito. Você vai pagar mais em taxas do que você


realmente pegou emprestado, o que significa que você
pagará duas vezes ou mais por tudo o que comprar.

Não conferir a fatura

Quando foi a última vez que você conferiu cada compra


feita no seu cartão de crédito?

Muitas pessoas não se dão conta do custo das cobranças


indevidas que aparecem em suas faturas, porque nunca
se preocupam em olhar direito para elas.

Péssimo hábito!

Se você não comunicar os erros e as transações fraudu-


lentas prontamente, poderá ter problemas para ser reem-
bolsado depois.

Ignorar recompensas

Se você não tiver um controle poderá perder os descon-


tos, recompensas em dinheiro, milhas de viagem e outros
benefícios oferecidos por alguns cartões de crédito.

Caso você ainda não tenha atentado para essa possibili-


dade, procure saber se o seu cartão oferece estas vanta-
gens.

47
Contudo, apesar dos benefícios, não vale a pena gastar
mais do que você pode pagar cada mês. Evite ficar tenta-
do de gastar mais para conseguir mais recompensas.

Gastar o que você normalmente gasta para receber


benefícios é o certo, mas gastar mais do que o normal
para conseguir recompensas é um desperdício de
orçamento.

48
O que fazer para escapar dos
altos juros

Embora tragam comodidade, confiabilidade, agilidade


e segurança para o consumidor, os cartões de crédito
também podem gerar diversos problemas, decorrentes,
principalmente, de uma utilização sem planejamento fi-
nanceiro.

O principal problema ocorre quando o consumidor, por


necessidade ou mesmo por falta de conhecimento,
passa a utilizar o crédito disponibilizado no cartão como
se fosse parte de sua renda mensal.

E, por não ter recursos para liquidar o valor integral do


cartão, atrasa o pagamento ou paga somente o valor
mínimo da fatura.

Isso é um erro ENORME!

Você precisa entender que seu cartão de crédito não


pode ser considerado uma fonte de refúgio, que estará
sempre disponível, quando você mais precisar.

“Não tenho dinheiro agora, nem analisei a viabilidade


disso no meu orçamento, mas vou passar
no cartão já que posso pagar em pequenas parcelas
durantes os próximos meses.”

É fato que mais cedo ou mais tarde você terá que pagar
a fatura, e se ficar nessa de toda vida comprar no car-
tão, mesmo sem ter condições, sua dívida poderá cres-
cer de maneira assustadora em pouquíssimo tempo.

49
Exatamente por conhecer a realidade de falta de con-
trole financeiro da maioria dos brasileiros, as adminis-
tradoras dos cartões cobram valores absurdos pelo sal-
do devedor financiado.

Aplicando taxas de juros e outros encargos que ultra-


passam e muito as condições econômicas dos consumi-
dores, os quais passam a dever mais e mais a cada dia.

Neste âmbito, torna-se ainda mais importante enten-


der os princípios da educação financeira.

O Banco Central (BC) possui em seu site uma lista com


todos as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito
de todas as instituições financeiras.

A última atualização da lista ocorreu na primeira semana


de julho, ou seja, ela se mantém atualizada.

O que é o rotativo do cartão de crédito?

O rotativo é justamente o crédito tomado pelo consumi-


dor quando paga menos que o valor integral da fatura do
cartão.

Como podemos ver na lista citada acima, as taxas de ju-


ros do rotativo não são baixas e quando acumuladas po-
dem fazer um estrago bem relevante no seu bolso!

Infelizmente, como um grande percentual dos brasileiros


ainda não possui educação financeira, acabam sendo pre-
sa fácil para essa situação que é absurda e, muitas vezes,
chegam à falência.

Assim, fica o indagamento: o cartão de crédito é um vilão


das finanças pessoais?

50
É preciso entender que não é esse o pensamento que se
deve ter.

O cartão é uma ferramenta segura de compra, que pode


trazer vantagens, se bem utilizado, como alguns dias a
mais para pagar uma compra, milhagens ou outros pro-
gramas de pontos que geram descontos.

No entanto, se mal utilizado, pode causar sérios danos à


saúde financeira.

Pensando em facilitar sua vida, preparamos algumas


orientações importantes para que você possa fugir dos
astronômicos juros do cartão de crédito.

Nunca pague a parcela mínima do seu cartão de crédito.

Isso deve ser evitado, pois quando você paga apenas o


mínimo do cartão, automaticamente você entra no crédi-
to rotativo, um tipo de empréstimo de emergência ofe-
recido pelos bancos.

As altas taxas de juros cobradas no rotativo acabam le-


vando as pessoas à inadimplência.

Caso não consiga pagar a parcela total, procure outra li-


nha de crédito que não ultrapasse 2,5% ao mês.

Não conseguiu pagar a fatura total do cartão?

Se, por algum motivo, você não conseguir pagar a fa-


tura total do cartão no vencimento, é necessário fazer,
imediatamente, um diagnóstico financeiro e descobrir o
verdadeiro problema.

(Na verdade, todas as pessoas devem fazer o geren-


ciamento financeiro sempre, mas se você já chegou
a esse ponto de endividamento, aí que precisa mesmo,
pra ontem!)

51
Junto com isso, deverá buscar uma linha de crédito
com taxas de juros menos piores. Evite comprar o que
não pode pagar!

Seja consciente sobre seu orçamento e tenha um pa-


drão de vida de acordo com a sua realidade financeira,
para não ter sérios problemas no futuro.

O limite do seu cartão não deve ultrapassar


50% da sua renda líquida mensal

O ideal, para evitar que você gaste mais do que recebe,


é que o limite do seu cartão de crédito não ultrapas-
se mais de 50% da sua renda líquida mensal (o dinheiro
que você fica de fato, após todos os descontos).

Lembre-se de nunca usar o seu cartão como uma saída


de emergência quando não tiver dinheiro.

Como já mencionado, a fatura irá chegar mais cedo ou


mais tarde e você pode se prejudicar.

Tenha poucos cartões

O ideal é que você tenha o mínimo possível de cartões


de crédito.

Mesmo que você não pague anuidades, ter cartões ex-


tras pode fazer você cair na tentação do consumismo.

De todo modo, como a maioria das pessoas não tem só


um cartão, vale ressaltar:

Se o seu ganho for mensal, você deverá ter apenas um


cartão de crédito; caso ganhe
semanalmente, poderá ter até 3 cartões, para os dias
10, 20 e 30.

52
Com isso, poderá comprar seis dias antes do vencimento
de cada um deles, ganhando 36 dias para pagamento.

Porém, não se esqueça do planejamento financeiro,


ou você poderá acumular muitas prestações e dificultar
o pagamento.

Tente ao máximo não parcelar

Apesar de ser uma opção viável para quem se planeja


bem, a grande facilidade de parcelamento no cartão de
crédito contribui para aumentar cada vez mais o endi-
vidamento das pessoas.

Assim, ao fazer parcelas fixas, é preciso ter consciên-


cia que está comprometendo os meses futuros do orça-
mento mensal.

Por isso (parcelamento), muitas pessoas acham que es-


tão pagando pouco ao mês.

Entretanto, quando chega a fatura, o valor está um ab-


surdo, uma vez que várias parcelas se acumularam ao
longo do período.

Nunca empreste o cartão de crédito


a outra pessoa

Mesmo que você conheça a pessoa, não é recomendá-


vel que você empreste seu cartão.

Primeiro que você pode precisar dele para alguma


emergência (real) e segundo que ninguém sabe o dia
de amanhã.

Infelizmente, por melhor que essa pessoa seja, ela pode


ter um problema e não te pagar.

53
Claro que existem casos e casos, mas lembre-se sem-
pre das suas prioridades e como está seu planejamento
financeiro.

Tenha autocontrole e compre


só aquilo que precisa

As compras por impulso são resultado da falta de cons-


ciência ao utilizar o cartão de crédito.

Desse modo, é preciso ter responsabilidade na hora de


consumir.

Sempre se pergunte se:

• Realmente precisa daquilo que quer comprar;


• Se tem dinheiro para realizar a compra;
• E se tem como pagar a fatura total do cartão no
seu vencimento.

Isso ajudará a evitar a formação de saldo devedor, que


é o responsável pela acumulação dos altos juros.

Cancele seu cartão, se necessário

Se você perder totalmente o controle das suas finanças,


peça imediatamente o cancelamento do cartão.

Mesmo havendo dívidas, já que o consumidor não é obri-


gado a ficar atrelado a um contrato que só está lhe preju-
dicando.

A sua saúde financeira precisa ser prioridade nessa hora,


então não tenha medo de cancelar nem fuja de suas res-
ponsabilidades.

54
Sempre que possível, compre à vista

Busque ao máximo poupar dinheiro para comprar à


vista. Isso melhorará seu planejamento financeiro e
você poderá conseguir descontos.

Além de não se preocupar com as futuras parcelas que


ainda virão. Pode ter certeza que seu orçamento vai te
agradecer muito.

O consumidor pode ingressar com a chamada


ação revisional de contrato

Por último, o consumidor pode ingressar com a chama-


da ação revisional de contrato.

Isto porque, em muitos estados brasileiros, há juízes


que entendem que os juros cobrados nestes contratos
são abusivos, já que a cobrança de juros capitalizados
mensalmente é ilegal.

Claro que você pode pensar que vai se estressar muito


fazendo isso.

Porém, você deve lutar pelos seus direitos, principal-


mente quando está em uma situação complicada, en-
tão vá em frente!

55
Como sair das dívidas do cartão
em 5 passos

Muitos orçamentos domésticos são prejudicados pela


falta de controle nas finanças, frequentemente causa-
dos, em grande parte, por se gastar mais do que se
ganha por meio de cartões de crédito.

Essa dependência do pagamento da fatura atrapalha


projetos futuros e as contas se acumulam a outras
despesas.

Como sair das dívidas e organizar a vida financeira


para conquistar novos objetivos? Confira abaixo
5 passos para vencer esse desafio!

1. Pare de gastar e reúna todas as dívidas

Controlar as contas exige disciplina e conhecimento so-


bre a situação para que se adotem as medidas corretas.

Desse modo, evite os gastos supérfluos e os parcela-


mentos, comprando à vista sempre que possível.

Se tem mais de um cartão, veja quanto está


devendo em cada um. Para isso, elabore um ranking de
qual a maior dívida e qual tem a maior taxa de juros.

Ademais, não perca os prazos da faturas, pois os juros


só aumentarão o preço final.

Procure também deixar o cartão em casa quando for


sair e, se possível, cancele para evitar novas despesas.

56
2. Insista no melhor parcelamento

Ao pagar o valor mínimo da fatura com frequência,


você receberá, automaticamente, uma proposta de
parcelamento.

Confira atentamente os juros e os prazos da oferta


para saber se terá mesmo condições de arcar com os
pagamentos.

Se achar que os valores não estão justos, ligue para a


operadora do cartão oferecendo algo dentro do seu
orçamento e possível de manter em dia.

Caso as condições não sejam acertadas, procure um


órgão de defesa do consumidor e exija seus direitos.

3. Peça empréstimo com juros menores

Pode sair mais barato e rápido solicitar um emprésti-


mo com juros menores e quitar a dívida, cancelando o
cartão sempre que possível, evitando novas dívidas en-
quanto organiza seu orçamento.

Essa proposta vale também para parcelamentos de bens


como carros e casas, a fim de preservar as posses.

Menos pagamentos, mesmo que sejam maiores, ajudam


a manter o controle, unificando os juros.

Esteja certo de que conseguirá manter os pagamentos


do empréstimo, que apesar das taxas menores, também
aumentam com a inadimplência.

Avalie a possibilidade de vender alguns bens caso seja


um bom negócio.

57
4. Tenha um aplicativo de controle de finanças

Os aplicativos para smartphone vêm tornando ativida-


des de rotina muito mais práticas.

Por estarmos sempre de posse desse aparelho tecnoló-


gico, instalar uma ferramenta que dê acesso ao seu
controle das finanças em qualquer lugar é uma ótima
maneira de trazer a economia para o seu dia a dia.

Muitas pessoas não sabem como sair das dívidas por


não conseguirem informações sobre a relação ganho
e gasto e não terem o hábito de calcular quanto uma
compra pode pesar no orçamento, prejudicando contas
anteriores e planos futuros.

Acesse o site e conheça o aplicativo Mobills que ofere-


ce diversas vantagens para tornar a educação financeira
mais fácil.

5. Planeje o que vai fazer com o dinheiro


da dívida

É importante lembrar que uma vez que as dívidas foram


quitadas, o dinheiro gasto poderá até sobrar no próximo
mês.

Portanto, planeje algo concreto para essa nova fase,


sendo que a quitação da dívida deve ser essencial para
a realização do que você planejou.

Perceba quanto do seu dinheiro poderá ser usado para


viagens ou para fazer investimentos que aumentem a
renda.

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Tenha objetivos concretos a curto, médio e longo prazo
e aproveite a prática de economia adquirida para se li-
vrar das dívidas e realizar seus sonhos.

Vale ressaltar que cada orçamento exige determinadas


atitudes e as práticas variam conforme as possibilidades
financeiras de cada caso.

59
Dicas para usar melhor seu cartão

Elabore seu planejamento financeiro

É recomendável que você faça seu planejamento


financeiro antes de utilizar o cartão de crédito.

Agindo assim, você poderá se programar e saberá


quanto pode gastar no cartão de forma a ter dinhei-
ro para pagar o valor total da fatura na data do venci-
mento.

Além disso, ao fazer seu planejamento financeiro, você


evitará andar com o cartão sem necessidade e, conse-
quentemente, deixará de gastar em itens supérfluos.

Para as despesas do dia a dia, prefira comprar sem-


pre com dinheiro, pois ao ver o dinheiro saindo do bolso
você refletirá mais sobre a necessidade da compra.

Limite do cartão deve ser de, no máximo,


50% da sua renda líquida

Ao utilizar o cartão de crédito, você tem a falsa sensa-


ção de que o dinheiro não está saindo da sua conta.

Isso pode ser definido como “a prazerosa ilusão de


comprar sem gastar um centavo”.

Entretanto, o pesadelo começa no momento em que a


fatura chega à sua residência ou e-mail.

60
Para evitar maiores problemas, o limite do cartão de
crédito deve ser, no máximo, 50% da sua receita lí-
quida, ou seja, daquilo que você ganhar após todos os
descontos.

Registre todas as despesas

Você tem que saber e analisar como o seu dinheiro foi


gasto. Dessa maneira, é imprescindível que você anote
todas as despesas realizadas no cartão de crédito.

A maneira mais fácil de fazer isso é utilizando um apli-


cativo de finanças pessoais, como o Mobills.

Contudo, se você não gosta de utilizar a tecnologia


para facilitar a sua vida, o extrato detalhado do cartão
pode ser o seu instrumento de controle.

Nesse caso, você vai ter que usar uma planilha ou o


velho caderninho para realizar o controle financeiro e
analisar a qualidade dos seus gastos.

De um jeito ou de outro, é fundamental que você veja


para onde está indo seu dinheiro, para que você possa
tomar as atitudes necessárias para melhorar sua situa-
ção financeira.

Utilize apenas um cartão

Mesmo que você conheça a pessoa, não é recomendá-


Ter apenas um cartão de crédito facilita bastante nosso
planejamento e controle de gastos.

Nesse sentido, o ponto que merece mais destaque é a


impulsividade na hora de gastar.

Quem tem mais de um cartão, fica mais propício a exa-


gerar nas compras e acaba gastando mais do que pode.

61
Quando o limite de um cartão é atingido, algumas
pessoas passam a utilizar o outro cartão, e depois o
outro... Enfim, só vão perceber o estrago no outro mês,
quando as faturas chegarem.

Além disso, boa parte dos cartões de crédito ainda


apresentam os custos de anuidade, que na maioria das
vezes não são nada baratos.

Quem tem só um cartão, certamente deixará de gastar


um bom dinheiro com essas taxas.

Outra vantagem é que, tendo só um cartão, com certe-


za você perderá menos tempo na hora de checar a
fatura para analisar todas as despesas daquele mês.

Se é que você ainda não utiliza um aplicativo de


controle financeiro para te ajudar nessa tarefa.

Jamais pague somente o mínimo!

Pagar somente o valor mínimo pode tornar a sua


dívida simplesmente impagável!

Isso se deve ao fato do cartão ser uma das modalida-


des mais caras de financiamento, perdendo apenas
para as financeiras.

Sendo assim, evite pagar o valor mínimo ou parcelar


seu débito. Se você já está endividado, entenda
como sair das dívidas do cartão de crédito.

Caso tenha dificuldades para pagar o valor total da


fatura, é melhor tomar dinheiro emprestado no crédi-
to pessoal, pagar o cartão à vista e parcelar esse novo
empréstimo, pois os juros costumam ser bem menores.

62
Contudo, o ideal mesmo é você seguir a dica 1 e ela-
borar seu planejamento financeiro antes de comprar
qualquer coisa no cartão de crédito.

Você não pode tratar o cartão de crédito como uma


renda extra e se endividar pela falta de controle
financeiro!

Realize compras logo após o


fechamento da fatura

Informe-se sobre a data em que a operadora do cartão


fecha a sua fatura.

Normalmente, o fechamento ocorre entre cinco e dez dias


antes do vencimento da fatura.

Sendo assim, quando você faz uma compra com o seu


cartão nesse período, tem até 40 dias para pagar.

Não faça compras indevidas

Cartão não serve para comprar o que o seu salário não


pode pagar: é um empréstimo, como qualquer outro.

Logo, procure não fazer compras que atrapalhem seus


objetivos financeiros - aquelas prioridades, que
você definiu sozinho ou em família.

Uma boa dica é colocar post-its no cartão de créditos


com os seus objetivos, como viagem para Europa, casa
própria ou independência financeira, por exemplo.

Desse modo, quando for gastar, você repensa.

63
Consulte o saldo do cartão frequentemente,
para evitar sustos na hora da fatura

Por não ver o dinheiro saindo do bolso na hora de pa-


gar, algumas pessoas relaxam bastante com o cartão
de crédito, e muitas vezes acabam gastando mais do
que podem.

Acredite, isso é bastante comum de acontecer.


Quando o dinheiro não sai do bolso, é fácil de nos con-
fundirmos e acabamos saindo um pouco do controle na
hora de gastar.

E quando a fatura chega é um susto!


Outra forma mais fácil de fazer esse acompanhamento
e não perder o controle dos seus cartões de jeito
nenhum é utilizando o Módulo de Cartão de Crédito
do Mobills.

Não faça saques com o cartão de crédito

As tarifas cobradas pelas administradoras para a rea-


lização de saques do limite do cartão de crédito costu-
mam ser muito elevadas.

Portanto, evite lançar mão desse tipo de recurso.

Caso esteja precisando de dinheiro, busque empresas


de empréstimo online que ofereçam taxas de
juros mais atrativas.

64
Fique atento aos programas de
descontos e vantagens

Hoje em dia, é fácil encontrar cartões de crédito com pro-


gramas de recompensa e vantagens. Um bom exemplo é
o programa de milhas.

Quando você compra com determinados cartões, acu-


mula pontos que podem, posteriormente, serem trocados
por milhas e passagens aéreas.

Há também pontos que podem ser trocados por combus-


tíveis ou outros produtos em geral, como eletrodomésti-
cos, bicicletas, etc.

Além disso, alguns cartões oferecem descontos de até


50% em cinemas, teatros, jogos de futebol ou em com-
pras feitas em redes de lojas parceiras.

Dessa maneira, quem fica atento a essas vantagens, tem


a chance de economizar uma boa grana em algumas
compras, e ainda consegue juntar pontos suficientes para
comprar passagens de avião ou abastecer o carro.

Com certeza, é uma boa! Cuidado!


Vale alertar, entretanto, para não cair no erro de achar
que vale a pena gastar mais para acumular os pontos.
NÃO VALE!

Os pontos são um benefício extra para comprar através


daquele cartão de crédito.

Não ache que é vantajoso comprar cada vez mais pen-


sando em ganhar os pontos.

65
Evite fazer cartões de loja

É bastante comum que as lojas ofereçam cartões de


crédito para os consumidores, visando fidelizar os
clientes.

Porém, você deve tomar muito cuidado e refletir sobre


a real necessidade de fazer cartões de lojas.

Apesar de existirem alguns benefícios nas compras com


esses cartões, várias delas só permitem o pagamento da
fatura dentro da própria loja, o que pode incentivar
o consumo desnecessário e fazer você gastar mais.

Evite pagar contas de água,


luz e telefone no cartão

Algumas pessoas acham muito interessante concentrar


todos os pagamentos no cartão de crédito, pela facili-
dade de ter que se preocupar apenas com uma fatura.

Entretanto, pagar as contas de concessionárias (água,


energia elétrica e telefone) no cartão não costuma ser
um bom negócio, pois as administradoras dos cartões
normalmente cobram tarifas para prestar esses serviços.

Assim, é necessário se informar sobre o valor das ta-


rifas cobradas e analisar se vale a pena gastar a mais
para ter este “benefício”.

66
Evite pagar ou, pelo menos, negocie as
taxas de anuidade. Sempre!

Alguns cartões de crédito, principalmente aqueles que


oferecem os melhores programas de vantagens e des-
contos, costumam cobrar taxas de anuidade bem ele-
vadas.

Algumas dessas anuidades chegam a até R$ 800,00.


É um dinheirão!

Contudo, se você usa seu cartão de crédito constante-


mente, saiba que está numa posição de vantagem para
negociar essas taxas.

A cada compra que você faz, a operadora do cartão


de crédito recebe um percentual referente ao valor da
compra.

Você pode utilizar esse argumento, dizendo que já é um


bom cliente, que usa o cartão direto e já garante à ope-
radora um bom repasse dos valores que você compra.

Há pouco tempo, usei esse argumento, negociei mais


um pouco e acabei conseguindo a isenção da minha
anuidade. Nada mal!

Outra dica para evitar despesas elevadas com anuida-


de é analisar se você realmente usa todos os benefícios
que o cartão oferece.

Cartões internacionais costumam apresentar anuidades


mais elevadas, e algumas pessoas possuem esses car-
tões, mesmo sem estar em condições ou ter a intenção
de viajar para o exterior.

Pois bem, essas foram as dicas para quem realmente


precisa pagar a anuidade de cartões, porque os benefí-
cios oferecidos compensam.

67
Ocorre que, na maioria dos casos, não costuma ser
vantajoso pagar a anuidade e, atualmente, você não
precisa realizar este pagamento para ter bons cartões
de crédito.

Já existem diversas instituições que oferecem cartões


sem anuidade, veja os mais interessantes no tópico a
seguir.

68
Os melhores cartões de crédito
sem anuidade

1. Cartão de Crédito Méliuz

Em 2019, o Méliuz, que já é considerado o maior pro-


grama de cashback do Brasil, lançou um produto finan-
ceiro que permite seus usuários ganharem dinheiro de
volta em TODAS as suas compras.

Isso tudo independente de estarem comprando em


lojas parceiras ou não!

• Anuidade: 5.0
• Facilidade de
aprovação: 4.0
• Benefícios: 5.0
• Renda mínima: 5.0
• Limite: 3.0

4.4
Melhor opção para quem
prefere dinheiro de volta
no lugar de pontos.

SOLICITAR GRÁTIS

69
2. Cartão de Crédito Santander SX

O banco Santander possui uma opção de cartão de cré-


dito livre de taxas, que é o Cartão Santander SX (anti-
go Santander Free), disponível na bandeira Master.
O cartão Santander SX é internacional e possui anuida-
de gratuita, mas com condições*.

Para zerar a anuidade do seu cartão Santander Free, é


necessário acumular no mínimo R$ 100,00 em compras
mensais ou cadastrar CPF e celular como chave Pix.

Outra vantagem deste cartão é o programa de pontos,


onde você ganha 1 ponto a cada R$ 5,00 em compras.
Por fim, você ainda tem direito a pagar meia entrada
em todos os cinemas da rede Cinépolis.

Indicado para: Esse é o melhor cartão para pessoas que


buscam limites altos, programas de pontos, benefícios
em parceiros e segurança de uma grande instituição fi-
nanceira.

• Anuidade: 4.0
• Facilidade de
aprovação: 4.5
• Benefícios: 5.0
• Renda mínima: 4.0
• Limite: 5.0

4.5
Esta é a melhor opção para
quem busca um cartão que
pode ter um limite alto.

SOLICITAR GRÁTIS

70
3. Cartão de Crédito Banco Pan

O Banco PAN vem se reinventando cada vez mais, e


desde o lançamento de sua Conta Digital grátis, novos
produtos financeiros surgiram para complementar a
vida de seus clientes.

Dentre eles, o cartão de crédito sem anuidade PAN,


que é a categoria mais simples do banco.

Os cartão de crédito banco Pan possui conta com anui-


dade zero para sempre, programa de parceiros e des-
contos chamado Pan Mais, app para acompanhar os
gastos e fatura digital.

O cartão é disponibilizado para os clientes da conta di-


gital, e para solicitar basta ter uma renda de pelo me-
nos um salário mínimo.

• Anuidade: 5.0
• Facilidade de
aprovação: 4.0
• Benefícios: 3.0
• Renda mínima: 3.0
• Limite: 3.0

3.6
A melhor opção para quem
busca benefícios com apro-
vação facilitada.

SOLICITAR GRÁTIS

71
4. Cartão Itaucard Click

Há pouco tempo atrás, os cartões Itaucard Click Visa e


Master condicionavam a anuidade grátis ao gasto men-
sal de no mínimo R$ 100,00.

Entretanto, a regra foi eliminada recentemente, e agora


é possível possuir o cartão Itaucard Click com anuidade
grátis sem nenhum gasto mínimo!

Este cartão se destaca por ser uma opção platinum


com a anuidade zerada bastando realizar pelo menos
uma compra por mês.

Outro diferencial do cartão é a possibilidade de escolher


entre a bandeira mastercard ou visa.

• Anuidade: 5.0
• Facilidade de
aprovação: 3.5
• Benefícios: 4.0
• Renda mínima: 3.0
• Limite: 3.0

3.7
A melhor opção para quem
busca um cartão interna-
cional sem anuidade.

SOLICITAR GRÁTIS

72
5. Cartão de Crédito Nubank

Não teria como fazer uma lista de melhores cartões de


crédito sem anuidade e deixar o Nubank de fora!

O Nubank possui um programa de pontos chamado de


Nubank Rewards, e para participar, o cliente deve pa-
gar um valor de R$ 19 por mês ou R$ 190 por ano.

Apesar disso, é importante lembrar que o programa de


pontos NÃO é obrigatório, e ao desconsiderá-lo você
ainda terá o seu cartão com anuidade zero.

• Controle seus gastos de forma 100% online com


a Conta Digital Nubank;
• Cartão com dupla funcionalidade em um só:
Crédito e Débito, basta escolher na hora de efetuar
o pagamento;
• Tecnologia contactless: Aproximou, pagou!

• Anuidade: 5.0
• Facilidade de
aprovação: 4.0
• Cashback: 2.5
• Renda mínima: 4.0
• Limite: 3.0

3.7
Opção para quem está
disposto a pagar por um
programa de pontos.

SOLICITAR GRÁTIS

73
Aplicativos para controlar melhor
seus cartões

É muito importante termos todos os nossos cartões de


crédito controlados. Quando eu digo “controlados”, não
estou dizendo que você não deva gastar, mas que gaste
com consciência.

Primeiro de tudo, só tenha o número de cartões de crédi-


to necessários para você.

Elimine da sua cabeça que você pode comprar tudo no


cartão para depois pagar. O perigo está aí. Quando a sua
fatura chegar você não vai conseguir pagar, pois ultra-
passou o seu orçamento.

E então, você fica com dívidas e mais dívidas que só au-


mentam por causa dos juros. Um verdadeiro pesadelo!

O Mobills é um gerenciador financeiro pessoal que vai te


ajudar a controlar suas finanças e consequentemente os
seus cartões de crédito.

Aqui no blog, há vários artigos sobre como utilizar o app e


nosso canal no YouTube tem vários tutoriais também.
Lembrando que o Mobills está disponível para Web, iOS e
Android. Se você ainda não é um usuário, conheça agora.

74
Cartão de crédito consignado

Na prática, o cartão consignado é bastante semelhante a


um cartão convencional, só que sendo uma opção de cré-
dito bem mais barata.

Acontece que ele é disponibilizado exclusivamente para


aquelas pessoas que podem pegar um empréstimo con-
signado.

Sendo assim, seu público-alvo são aposentados e pensio-


nistas do INSS, além dos servidores públicos, inclusive os
que pertencem às forças armadas.

No entanto, algumas instituições financeiras também ofe-


recem essa linha de crédito a funcionários de empresas
privadas que possuem convênio de consignação com elas.

Como funciona o cartão de crédito consignado?

Com esse tipo de cartão, é possível realizar todas as ope-


rações de um cartão de crédito comum, por assim dizer.

Ou seja, compras em estabelecimentos, pagamentos


de contas e saques poderão ser feitos com o cartão de
crédito consignado.

A grande diferença é que o cartão de crédito consigna-


do é vinculado à sua folha de pagamento.

Por isso, caso a pessoa não pague o valor total da fa-


tura até o vencimento, o pagamento mínimo vem des-
contado diretamente do seu benefício ou salário na
próxima folha de pagamento.

75
O limite de crédito disponibilizado é 5% da sua renda
multiplicado por 25 a 27 (entre em contato com a insti-
tuição financeira para confirmar o valor).

A margem consignável, isto é, o valor máximo que


pode ser descontado do seu benefício ou salário, é 5%.
Então, se você ganha R$ 2.000, o valor a ser abatido
na folha de pagamento é R$ 100.

Esse percentual foi estabelecido pela Lei 10.820/201


para garantir que os descontos na folha respeitem a
capacidade de pagamento dos tomadores de crédito.

Uma última observação relacionada ao uso dessa mar-


gem é que ela só pode ser utilizada uma vez. Logo,
caso o interessado já possua um cartão consignado ati-
vo, não conseguirá solicitar um novo.

Quais são os pré-requisitos para obter


um cartão de crédito consignado?

Da mesma forma que em outras linhas de crédito,


a pessoa interessada deve atender a uma série de
critérios para obter o benefício.

No caso do cartão de crédito consignado, você precisa


ter uma renda fixa (certa), podendo ser:

• Um trabalhador com carteira assinada;


• Funcionário público da rede municipal, estadual
ou federal;
• Aposentado, pensionista do INSS ou militar das
forças armadas.

Dessa maneira, o cartão consignado não é possível


para autônomos, empreendedores e profissionais libe-
rais, por exemplo, justamente por estas categorias não
apresentarem ganhos fixos.

76
Quais as vantagens de se ter um
cartão de crédito consignado?

O cartão consignado é aceito na maioria dos estabele-


cimentos em todo o Brasil e você participa automatica-
mente das promoções oferecidas pela bandeira do car-
tão e dos programas de pontos.

Por ser consignado, as taxas de juros do cartão são


menores (giram em torno de 3 a 5% ao mês) do que
o cartão tradicional (normalmente entre 12 a 14% ao
mês). Uma baita diferença!

O cartão também não possui anuidade nem taxa de


manutenção, o que o torna mais barato do que a gran-
de maioria dos cartões de crédito comum.

Para finalizar, outra grande vantagem é a possibilidade


de aquisição do cartão por pessoas que possuem o
nome negativado, pois o cartão não pede consulta ao
SPC ou Serasa.

Quais são as desvantagens?

A maior desvantagem do cartão de crédito consignado


é um possível comprometimento da sua renda, uma vez
que o pagamento é descontado automaticamente do seu
benefício ou salário.

Por isso, mesmo tendo juros menores, deve ser muito


bem planejado, para que você consiga manter as faturas
em dia e não comprometer o orçamento familiar.

77
Cartão de crédito consignado é a mesma coisa
de um empréstimo consignado?

Não. No empréstimo, o montante é depositado inteira-


mente na sua conta e o pagamento pode ser parcelado
ao longo de meses.

Com o cartão consignado, você pode fazer ou não


compras durante o mês, pagando a fatura somente
com o valor daquilo que foi gasto.

Além disso, a margem disponível para empréstimos


consignados é de 30%, ao passo que a do cartão é de
apenas 5%, como já explicado.

Algumas boas opções de


cartões de crédito consignado

Cartão de Crédito Consignado BMG card

Com taxas variando entre 3,06% e 3,96%, o cartão


consignado do Banco BMG é uma boa opção para
beneficiários do INSS e servidores públicos.

Além das vantagens comuns à maioria dos cartões de


crédito consignados, ele é internacional e como a ban-
deira é Mastercard, você pode participar do
Mastercard Surpreenda.

Neste programa de recompensas, a cada compra reali-


zada, são convertidos pontos para utilizar em compras
com descontos nas lojas parceiras, serviços exclusivos
ou na troca de produtos.

78
• Anuidade: 5.0
• Facilidade de
aprovação: 4.0
• Benefícios: 3.0
• Renda mínima: 3.5
• Limite: 3.0
A melhor opção para quem bus-
ca aprovação rápida e facilitada,
sem consulta no Serasa.
3.7
SOLICITAR GRÁTIS

Cartão de crédito consignado Banco Pan

O Banco Pan oferece diversos benefícios e vantagens


para os consumidores que utilizam o seu cartão de
crédito consignado.

Além de ofertar boas taxas de juros, a função saque está


disponível nos caixas eletrônicos do Banco 24 Horas.

Atualmente, o cartão é disponibilizado para:

• Beneficiários do INSS;
• Funcionários públicos municipais de Recife
• Servidores da Assembléia Legislativa de Rondônia;
• Servidores dos Governos da Paraíba, Santa Catarina e
São Paulo;
• Servidores do Tribunal de Justiça da Bahia.

Outras alternativas aqui.

79
Vale a pena contratar?

O cartão de crédito consignado é uma ótima opção


para fugir da cobrança de juros mais altos e diminuir o
risco de endividamento.

Entretanto, se você já tem parte da sua renda compro-


metida com empréstimos consignados, análise se ter um
cartão consignado não vai comprometer ainda mais sua
situação financeira.

Ademais, você deve evitar pagar somente o mínimo,


ainda que o cartão de crédito seja consignado, porque
mesmo que os juros sejam menores, eles não podem
ser considerados baratos.

Lembre-se: tudo que não tem controle, gera prejuízo.

O gerenciamento das finanças pessoais é um passo


fundamental para atingir a tranquilidade financeira.

80
Conclusão
Viu como é fácil controlar seu cartão de crédito e esca-
par dos altos juros?

Agora, você não tem desculpa para continuar endivida-


do e com o seu orçamento no vermelho.

Caso tenha dívidas no cartão, decida trabalhar duro, pa-


gar todos os débitos e tomar decisões financeiras mais
inteligentes quando for usar seus cartões no futuro.

Neste e-book procuramos trazer todas as orientações


necessárias para que você nunca mais tenha problemas
com cartões de crédito.

Eu não concordo com a opinião de quem diz que o car-


tão de crédito é o maior vilão das finanças.

Na verdade, o grande problema das pessoas endivida-


das costuma ser a falta de educação financeira. Des-
sa maneira, evite comprar o que você não precisa nem
pode pagar.

Além disso, busque sempre pagar sua fatura em dia


para fugir das taxas de juros abusivas.

O cartão de crédito é apenas uma ferramenta e, ao


contrário do que muitos dizem, pode até ser um grande
aliado.

Para isso, é necessário que você siga as orientações


deste e-book, elabore um orçamento e tenha planeja-
mento financeiro.

Dessa maneira, quando for fazer compras parceladas,


já saberá se aquela parcela cabe no seu bolso.

81
Isso evitará boa parte dos seus problemas com cartões
de crédito.No entanto, para que você fique ainda mais
tranquilo, sugiro fortemente que utilize um gerenciador
financeiro, como o Mobills.

O aplicativo de controle financeiro mais bem avaliado


do Brasil conta com a funcionalidade Cartão de Cré-
dito, ideal para que você nunca mais perca o controle
dos seus cartões.

Saiba mais!

82
E-book

Como sair das


dívidas rapidamente:
as melhores dicas para se livrar das
dívidas e organizar a vida financeira!

83
Sumário
Introdução 85
Sinais de que você possui
muitas dívidas 86
Motivos pelos quais você está no
vermelho e não consegue juntar
dinheiro 90
Como saber se o seu nome está
sujo: Aprenda a consultar grátis! 96
Dicas para sair das dívidas
rapidamente 103
Principais orientações para
se livrar de dívidas 112
Bônus: Dúvidas frequentes 116
Como sair das dívidas
rapidamente? 120

84
Introdução
Ninguém dorme tranquilo tendo dívidas, principalmen-
te no Brasil, onde as taxas de juros para o consumidor
são altíssimas.

Assim, muitas pessoas se perguntam como sair das


dívidas, mas não têm ideia de como lidar com a
situação e se livrar das pendências financeiras.

A boa notícia é que, com determinação e um bom


planejamento financeiro, é possível se livrar das
dívidas.

Por isso, neste e-book, vamos te mostrar o passo a


passo para quem quer sair de vez das dívidas e
conquistar a tão sonhada liberdade financeira.

Antes disso, vale lembrar que, por mais que sua relação
com o dinheiro não seja uma das melhores, é possível
reverter essa situação e mudar de vida!

Quer descobrir como sair das dívidas? Então, confira


nosso conteúdo completo!

85
Sinais de que você possui
muitas dívidas

Atualmente, muitas pessoas encontram-se endividadas


e não sabem o que fazer. Quanto mais tentam livrar-se
das dívidas, mais elas aumentam.

No entanto, pior ainda é quando elas pensam que não


estão tão endividadas assim.

Por isso, se você está se questionando se tem muitas


dívidas, o momento é agora para analisar de uma vez
por todas sua situação financeira e começar a trabalhar
para melhorá-la!

Você não sabe quanto deve

Fugir de suas dívidas não vai fazer elas desaparecem.

Na verdade, se você está inconscientemente ignorando


suas contas, já pode suspeitar que tem mais dívidas do
que pode lidar e tem medo de enfrentar isso.

Então, primeiramente, faça uma lista de todas as suas


dívidas para que você possa ter noção do quanto deve,
e depois faça um plano para lidar com cada uma.

Inclusive, para que suas dívidas não aumentem, é pre-


ciso sempre planejar o orçamento e, também, as des-
pesas mensais.

86
Você paga suas contas após o vencimento
porque não tem dinheiro

Se o pagamento de suas contas está acima do seu or-


çamento, então, definitivamente você possui muitas
dívidas.

Infelizmente, pagar atrasado ou o mínimo do cartão


de crédito só te deixa mais endividado, porque, agora,
você terá que pagar ainda as taxas de juros.

Olhe atentamente suas despesas mensais para des-


cobrir o que você pode eliminar para conseguir pagar
melhor suas contas.

Você não atende o telefone porque


pode ser os cobradores

Quando os cobradores começarem a te ligar, significa


que suas dívidas tornaram-se inadimplentes e não re-
embolsáveis.

Você pode evitar as chamadas por algum tempo, mas


não subestime seus credores - eles podem decidir pro-
cessá-lo pelo o que você deve.

O melhor é encarar o problema de frente e conversar


com seus credores para que possam chegar a um acor-
do e ninguém sair perdendo.

Você perde o sono

Você está tão preocupado com suas contas que não


consegue dormir à noite?

Você se vira para um lado e outro pensando em como


vai pagar suas dívidas? Com certeza, isso é um sinal de
que você possui muitas contas fora do controle.

87
Além disso, poderá desenvolver sérios distúrbios do
sono, como insônia e sonolência excessiva durante o
dia, que podem te atrapalhar no seu trabalho, como
mostra o próximo tópico.

Em último caso, ainda pode ficar viciado em remédios


para dormir.

Suas contas afetam seu rendimento no trabalho

Quando suas contas te atrapalham até no trabalho, é


hora de fazer as coisas de uma maneira diferente.

Perder seu emprego é a última coisa que você preci-


sa agora, porque uma perda de renda vai te endividar
ainda mais.

Sendo assim, tente se concentrar ao máximo, mesmo


que você pense que não conseguirá. Foque nas suas
prioridades!

Você acabou com suas economias

A ausência de poupança em si nem sempre significa


que você tem mais dívidas do que pode pagar.

Mas se você acabou com suas economias para pagar


suas contas, então, você tem um problema e precisa
consertá-lo.

Sua poupança só deve ser usada em casos de emer-


gência, e sim, realmente isso é um caso de emergência.
Desse modo, a partir de hoje mude seu estilo de vida e
trate de ser mais responsável.

88
Você não consegue comprar coisas
necessárias sem usar o cartão

Se você só consegue comprar coisas necessárias, como


alimentos, com um cartão de crédito ou empréstimo,
você não tem dinheiro o bastante para sustentar seu
estilo de vida.

Seu salário pode não ser suficiente ou você está gas-


tando mais do que o seu orçamento.
De qualquer forma, você precisa descobrir como viver
com a renda que possui ou encontrar uma maneira para
aumentá-la.

89
Motivos pelos quais você está
no vermelho e não consegue
juntar dinheiro

Você acredita que tem tempo de sobra


para pagar o que deve

Por que não quitar suas dívidas logo? Você realmente


prefere gastar com roupas ou outros bens ao invés de
pagar o que deve?

Existem muitos motivos para pagar suas dívidas o mais


rápido possível, em vez de gastar seu dinheiro com
aquilo que não precisa.

Se continuar agindo assim, nunca sairá do vermelho!

E se você perder o emprego? Ou precisar fazer uma


cirurgia ou algo parecido?

Se continuar pensando que pode procrastinar suas


dívidas, isso terá um impacto desastroso nas suas
finanças pessoais.

Portanto, caso tenha condições de pagar o que deve


hoje, ou pelo menos está trabalhando para isso, faça
o quanto antes.

90
Você trata seu cartão de crédito como
extensão da renda

Seu cartão de crédito não é outra fonte de renda.

Caso trate seu cartão de crédito assim, o melhor a


fazer é cancelar, pois estará se comprometendo com
débitos que não conseguirá liquidar.

Se gosta de utilizar o cartão, deve usá-lo consciente-


mente, controlar as despesas e pagar sua fatura em
dia, para evitar juros.

As pessoas costumam comparar quanto gastam e, dessa


forma, sentem que está tudo dentro da normalidade.

Por exemplo, se você tem por volta de 30 anos e a mé-


dia de gastos de uma pessoa de 30 anos é R$ 2.000,00
por mês (exemplo ilustrativo), esse número se torna
uma espécie de paradigma para muitas pessoas e, as-
sim, elas acham natural contrair dívidas.

De qualquer forma, QUEM se importa com quanto os


outros devem? Como o fato de saber a média de gas-
tos de uma pessoa de 30 anos me afeta? Esse é você?
NÃO!

Então, por que o quanto outra pessoa gasta seria


importante? Não faz sentido. Só porque alguém gasta
R$ 1.000,00 com roupas, não significa que você deva
fazer o mesmo.

Nunca se sabe as privações que essa pessoa suporta


ou as dívidas que faz para poder manter esse padrão
de consumo.

91
Você acredita que merece tudo aquilo
que compra

Sim, você deve ser uma pessoa incrível e acha que me-
rece muitas coisas, mas deveria você comprar essas
coisas?

Só porque seu amigo comprou uma TV 4K de 70 pole-


gadas (ou uma mansão, um carro do ano, um smar-
tphone de última geração, teve um casamento carís-
simo etc.) isso não significa que você precisa fazer o
mesmo.

Você pode pensar, mas eu e ele ganhamos basicamen-


te a mesma coisa, então, se ele pode eu também pos-
so (mesmo que não tenha ideia de como seu amigo
paga por tudo isso).

Pode ser que ele tenha economizado por anos, ou tal-


vez ele passe tudo no cartão de crédito.

Se pensa que merece tudo, você é o principal agente


do seu fracasso financeiro.

Ao invés de pensar assim, seja realista com sua situação


financeira e só compre o que realmente pode pagar.

Você não tem um orçamento e fica sem dinheiro

Se não segue um orçamento ou se seu orçamento não


é dos bons, então, aí pode estar o real motivo para
que você esteja sempre com saldo negativo.

Um orçamento adequado pode auxiliar uma pessoa e/


ou família a manter suas finanças sob controle.

Sim, um aplicativo de controle financeiro onde você


anota tudo (ou um simples pedaço de papel), pode
fazer isso.

92
Seguir um orçamento te ajuda a perceber onde você
está errando e como resolver problemas financeiros.

As pessoas têm medo de fazer um orçamento porque


isso significa que terão que enfrentar um de seus maio-
res medos: seus gastos.
Se esse é o motivo pelo qual você não tem um orça-
mento, por favor, enfrente seus medos e crie um agora
mesmo.

Você confunde “querer” com “precisar”

Tem coisa que é essencial, mas muitas outras estão


longe de ser.

Lembre-se que tudo o que você precisa é uma casa


para morar, algumas roupas, comida e água

As pessoas supõem que celulares, casas grandes, aca-


demia, tv por assinatura, sair para comer dentre outros
gastos são todos necessários, mas não é bem assim.

Se não tem como pagar por essas coisas, comece a


cortar essas despesas de seu orçamento.

Você pensa que só conseguirá poupar


no futuro

Muitas pessoas acreditam que não precisam guardar di-


nheiro agora, acham que podem fazer isso quando fo-
rem um pouco mais velhas.

Bem, e o que acontecerá se tiver uma emergência?

Começar hoje te ajudará a desenvolver bons hábitos


financeiros e você estará preparado para qualquer im-
previsto.

93
Você não tem objetivos financeiros

Talvez você não tenha dinheiro, porque não tem objeti-


vos na vida.

Pessoas que estabelecem metas são 10 vezes mais


suscetíveis a alcançar seus objetivos do que aquelas
que não, por isso, acredito que estabelecer metas é
tão importante.

Se você não definiu suas metas, então, talvez não es-


teja caminhando para lugar nenhum, não tem pers-
pectiva.

Você não tem um fundo para emergências

Não se planejar para emergências pode custar caro.


Todo mundo deve ter uma reserva para emergências.

Infelizmente, a grande maioria dos brasileiros não têm


guardado nada para uma possível emergência.

O impacto disso é que você pode ficar na mão num mo-


mento de grande necessidade.
Muitas famílias não têm poupado o suficiente para so-
breviver nem mesmo 3 meses numa situação adversa.

E um número bem menor, faz como o recomendado,


conseguiriam sobreviver por 6 meses numa situação de
calamidade. Isso é assustador!

Um fundo de emergência pode ajudar muito em situa-


ções inesperadas, como por exemplo:

• Não importa se você tem um emprego que julga es-


tável, sempre pode acontecer algum imprevisto e você
pode precisar levantar uma quantia alta em pouco
tempo. O que faria se perdesse seu emprego e não ti-
vesse um fundo de emergência?

94
• Um fundo de emergência é uma boa ideia também
para quem tem carro. Nunca se sabe quando vai preci-
sar fazer um reparo inesperado.
• Um fundo de emergência é necessário para quem
tem casa própria. Às vezes pode precisar fazer reparos
e esse fundo pode ajudar em casos de alagamentos,
buracos no teto, dentre outros casos.
• Um fundo de emergência pode te dar suporte em
muitas áreas, como em gastos médicos para você ou
seu animal de estimação, caso precise se afastar do
trabalho ou ajudar um parente enfermo. Enfim, a lista
poderia ser bem longa.

95
Como saber se o seu nome está
sujo: Aprenda a consultar grátis!

Essa é uma dúvida muito comum de grande parte dos


brasileiros.

Por isso, primeiro, vamos te ajudar a entender os princi-


pais motivos que podem levar o seu nome a ficar sujo e
quais são os órgãos de proteção ao crédito.

Quais são os motivos mais comuns para as


restrições junto aos órgãos de crédito?

O único motivo para as restrições é a inadimplência, ou


seja, a falta de pagamento de um compromisso finan-
ceiro assumido.

Existem situações em que os consumidores simples-


mente deixam de honrar com os pagamentos por falta
de dinheiro mesmo.

São situações como não pagar o cartão de crédito, um


cartão de loja, um boleto de serviços, não cumprir com
a pensão alimentícia ou, até mesmo, deixar de ter fun-
dos na conta corrente para cobrir o crédito especial ou
os cheques.

Mas existem alguns tipos de dívidas que muitas vezes


pegam o consumidor de surpresa, como as pendências
residuais de contas correntes inativas.

Além disso, há também a falta de pagamento dos débi-


tos residuais quando você muda de operadora de tele-
fone, TV a cabo, internet ou serviço similar.

96
Saiba que isso tudo faz com que seu nome passe a
constar nos registros dos órgãos de proteção ao crédito.

Quais são os principais órgãos de proteção ao crédito?

A maioria das pessoas conhece o SPC (Serviço de Pro-


teção ao Crédito) e o Serasa Experian, que são os
órgãos de proteção ao crédito mais antigos.

Tratam-se de empresas particulares que recebem os


dados dos inadimplentes das empresas, e esses dados
podem ser consultados pelos estabelecimentos comer-
ciais e outros tipos de interessados.

Para aumentar a concorrência nesse tipo de prestação


de serviço, em 2010, surgiu o Boa Vista Serviços, que
trabalha da mesma forma dos citados anteriormente.

Além desses, existem os órgãos de proteção ao crédito


geridos pelo governo, que são:

• CCF: Cadastro de emitentes de cheques sem fundos;


• Cadin: Cadastro de devedores de impostos, tributos
ou qualquer outro tipo de dívida ativa (controlado pelo
Banco do Brasil);
• SCR: Sistema de Informações de Crédito do Banco
Central do Brasil - Trata-se de instrumento de consulta
a respeito da confiabilidade envolvida naquela cessão
de crédito. Muito utilizado na análise de crédito para
transações envolvendo apartamentos, veículos, etc.

Como consultar nome sujo gratuitamente?

Ter o nome limpo é sinônimo de que você é um bom


pagador e consegue quitar todas as suas contas em
dia. Mas, caso esteja na dúvida se possui alguma dí-
vida, vale a pena descobrir como consultar o seu CPF
pelo nome.

97
Isso porque, ao fazer esse tipo de consulta, é possível
identificar se existe alguma irregularidade no CPF e re-
duzir as chances de fraudes ligadas ao seu nome.

Como consultar CPF pelo nome?

Localizar o CPF pelo nome é algo que só pode ser reali-


zado diretamente pela Receita Federal ou por empresas
que têm convênio com birôs de crédito.

Essa restrição na consulta acontece por medidas de se-


gurança. Então, as informações que as empresas terão
acesso são confidenciais, ou seja, elas não devem ser
repassadas.

Ademais, esses dados só podem ser usados para que


elas realizem análises de crédito.

Na prática, seria basicamente quando o consumidor


deseja solicitar uma linha de crédito (cartão, emprésti-
mo ou financiamento, por exemplo).

A partir do momento em que ele faz essa solicitação, a


empresa responsável pelo produto ou serviço vai ava-
liar o risco de crédito desse cliente, por meio da consul-
ta de CPF.

Tendo isso em mente, veja o que é preciso fazer para


saber se você tem alguma dívida em aberto.

• Consulte o CPF pelo nome completo

Em primeiro lugar, busque o CPF pelo nome em um dos


órgãos de proteção ao crédito, por exemplo.

Ao acessá-los, veja como está a situação do seu do-


cumento e verifique se realmente existe alguma dívida
pendente ligada ao seu nome.

98
• Confira se a dívida é sua

Em segundo lugar, procure ver se essa foi uma dívida


que você realmente fez.

Se chegar à conclusão de que não foi você que fez esse


débito, entre em contato com a empresa para informá-la
e solicitar a exclusão do seu nome no cadastro de negati-
vados.

Para evitar ainda mais qualquer tipo de fraude, acio-


ne o Procon para que o órgão possa te orientar nesse
caso.

Mas se percebeu que você foi o responsável pela dívida


em aberto, é necessário prestar atenção na nossa pró-
xima dica.

• Negocie a dívida com a empresa credora

Por último, mas não menos importante, a parte da ne-


gociação da dívida é uma das mais relevantes. Nesse
sentido, você pode seguir dois caminhos:

• Negociar diretamente com a empresa credora;


• Buscar ajuda de um site especializado em renego-
ciação de débitos.

As duas opções são válidas. Porém, tente chegar em


um acordo que seja vantajoso para as duas partes en-
volvidas nesse processo.

Assim, você consegue quitar sua dívida no período de-


terminado e pode ter o seu nome livre de restrições.

99
4 formas de consultar CPF pela internet

O jeito mais fácil de consultar grátis o CPF pela internet


é entrando nos sites oficiais dos órgãos de proteção ao
crédito do país.

Confira o passo a passo a seguir!

• Pesquisa de CPF pelo nome na Serasa

1. Acesse o site da Serasa;

2. Clique em “Consultar CPF grátis”;

3. Digite seu CPF;

4. Aperte o botão “Confirmar”;

5. Se for o seu primeiro acesso na plataforma,


faça o cadastro informando os dados solici-
tados e crie uma senha;
6. Depois disso, faça a verificação do cadastro;

7. Para isso, você irá receber o código por e-mail


ou por SMS;
8. Digite o código no site e clique em “Confirmar
código”;
9. Todas as informações referentes ao seu CPF
estarão disponíveis na tela;
10. Caso prefira, dá para consultar o CPF pelo nome
pelo aplicativo da empresa (iOS e Android).

11. Dica extra: esse órgão também permite a


consulta do CPF de terceiros, um serviço
pago chamado de Você Consulta.

100
• Consulta de CPF pelo nome na Boa Vista

1. Entre no portal do
Consumidor Positivo;
2. Insira o CPF e clique em “Consulte já”;

3. Realize o cadastro na plataforma, com


seus os dados pessoais;

4. Logo em seguida, todas as informações


sobre o CPF estarão disponíveis;

5. Também pode consultar o CPF pelo nome


no aplicativo da Boa Vista (iOS e Android).

• Verificação de CPF pelo nome no SPC Brasil

1. Busque pelo
site do SPC Brasil;
2. Clique em “Consultar CPF”;

3. Neste birô de crédito, será preciso comprar


o pacote de créditos desejado para concluir
a consulta;
4. Assim que escolher o melhor pacote, já vai
conseguir descobrir se existe alguma dívida
em seu nome;
5. Faça a consulta de CPF pelo nome no aplica-
tivo da empresa, se preferir (iOS e Android).

101
• Consulta de CPF pelo nome no Quod

Apesar de não ser um birô de crédito, o site do Quod


também oferece uma consulta segura a respeito do
Cadastro Positivo dos brasileiros e, é claro, da saúde
financeira dessas pessoas:

1. Vá até o site do Quod;

2. Logo depois, clique em “Consulte grátis”;

3. Na próxima tela, clique em “Registre-se”;

4. Serão solicitados alguns dados pessoais


para que você se cadastre na plataforma;

5. No final dessa etapa, basta acessar o seu


Cadastro Positivo usando o CPF e a senha
que você criou para esse site.

102
Dicas para sair das dívidas
rapidamente

1. Saiba quais são suas dívidas

O primeiro passo para se livrar das dívidas rapidamente


consiste em conhecê-las! Nesta etapa, o mais impor-
tante é fazer uma pesquisa completa, e assim, levantar
os seguintes dados:

• Tipo de dívida;
• Credor;
• Valor inicial;
• Valor atual;
• Custo efetivo total (juros + taxas);
• Quantidade de meses.

Nessa planilha, você pode ver um exemplo de como


deve listar e acompanhar todas suas dívidas.

Nesta fase, não precisa se preocupar necessariamente


em definir uma ordem de pagamento, mas sim ter cer-
teza que todas suas dívidas estão presentes.

Entretanto, o recomendado é que, após isso, ordene


suas dívidas em ordem decrescente da taxa de juros.
Assim, fica mais fácil saber qual deve priorizar na hora
da negociação e pagamento.

Nesse sentido, uma dica interessante é pesquisar seu


nome em plataformas de negociação de dívidas online
como a Acordo Certo.

103
2. Faça o seu diagnóstico financeiro

Para se organizar e poder pagar as suas dívidas, é fun-


damental que você realize o diagnóstico da sua situação
financeira atual.

Ou seja, de forma resumida, é importante saber exa-


tamente o quanto você ganha, o quanto e como você
gasta seu dinheiro e quais são suas suas dívidas.

Pois, assim como um médico não consegue passar um


tratamento adequado sem ter um diagnóstico eficiente,
nas finanças, você precisa primeiro responder algumas
perguntas:

• Quanto você ganha por mês?


• Quanto você gasta por mês?
• Qual parcela do seu dinheiro está comprometida
com dívidas?
• Quais são as suas despesas fixas e variáveis?
• Quanto você precisaria por mês caso acontecesse
algum imprevisto (como o desemprego)?

E a melhor e mais precisa maneira de realizar um bom


diagnóstico financeiro é assumindo um compromisso de
registrar todos os seus gastos e ganhos mensais.

Este é um dos passos mais importantes para quem


busca sair das dívidas rapidamente.

3. Monte seu plano de ação

Agora que você conhece todas as suas dívidas, está na


hora de começar a definir seu plano de ação.

Primeiramente, você deverá definir uma ordem de prio-


ridade. Portanto, faça uma lista com as dívidas que se-
rão pagas ou negociadas primeiro.

104
Além disso, priorize as dívidas com as maiores taxas de
juros, como o cheque especial e o rotativo do cartão,
pois eles possuem um efeito bola de neve que faz com
que o juros atinja patamares acima de 200% ao ano.

Sob o mesmo ponto de vista, uma dica muito valiosa


para um bom plano de ação é trocar uma ou mais dí-
vidas com juros altos por uma nova dívida com juros
mais baratos

Para ficar mais claro, imagine que você esteja devendo


R$ 1 mil no cartão com juros de 10% ao mês e R$ 500
no cheque especial a 7% ao mês.

Uma boa solução para esse caso é contratar, por


exemplo, um empréstimo pessoal de R$1.500 a 3% ao
mês e quitar as dívidas mais caras, e concentrar seus
pagamentos somente na nova dívida.

Com isso você tanto trocou uma dívida mais cara por
uma mais barata como também fez o que chamamos
de consolidação de dívidas, facilitando assim sua vida
financeira.

4. Comece as negociações de dívidas

Após ter a lista de todas suas dívidas na mão, che-


gou finalmente a hora de negociar. Logo, por ordem de
prioridade, entre em contato com cada um dos credo-
res e mostre sua intenção de chegar a um acordo que
seja justo para ambos os lados.

Você vai se impressionar com as possibilidades de boas


negociações, porém é importante lembrar que você só
deve ir para essa fase de negociação se tiver condições
de cumprir o que for acordado.

Após as negociações, registre os novos valores e encai-


xe-os em seu orçamento mensal para que, assim, você

105
tenha bem claro quando irá conseguir pagar todas suas
dívidas.

5. Identifique e diferencie os gastos para


sair das dívidas

Planejar bem os gastos e economizar dinheiro é


essencial para sua organização financeira. Portanto,
é preciso identificar e diferenciar suas despesas.

Existem diversos métodos de distribuição de renda, um


deles é a regra 50-30-20. Mas, independente de qual
seja sua escolha, é recomendado que separe suas des-
pesas essenciais dos desejos pessoais, por exemplo.

Isso te ajuda também no sentido emocional, já que ter


suas necessidades em mente pode te estimular a seguir
as demais dicas.

Além disso, saiba onde está cada gasto familiar. Isso é


uma das coisas mais importantes para a organização
das finanças.

Uma boa dica para identificar os gastos é usar um


aplicativo de controle financeiro para fazer o acom-
panhamento das suas despesas.

Assim, você deve ter em mente que tudo precisa ser


registrado: salários, aluguel, pensão, rendimentos ex-
tras, gastos grandes e pequenos.

Com essa prática, é comum se impressionar com o


quanto é gasto sem que a gente perceba!

106
6. Utilize um gerenciador financeiro ou mon-
te uma planilha

Não importa se o gasto é pequeno ou grande. Você


deve acompanhar todos os gastos em um gerenciador
financeiro ou usar uma planilha de gastos para sair do
endividamento.

Adicione todas as suas despesas no gerenciador finan-


ceiro: aluguel, conta de luz, conta de água, supermer-
cado, alimentação, educação, telefone, entre outras.

Não deixe de registrar os pequenos gastos também,


como um picolé que você comprou na rua, por exem-
plo. Ao deixar esses pequenos gastos de fora, você
pode estar subestimando despesas que pesam no final
do mês.

7. Crie metas realistas para se livrar das


dívidas

Criar metas e objetivos é importante para ajudar na


realização de sonhos e planos de vida. Porém, também
é importante estabelecer metas que sejam possíveis de
serem alcançadas.

Assim, trace metas de redução de gastos que possam


ser cumpridas e, quando cumpridas, crie novas metas.

Faça um planejamento para seguir e verifique com fre-


quência se ele está caminhando corretamente, fazendo
os ajustes sempre que necessário.

Dessa forma, certamente você terá uma vida financeira


muito mais saudável e dará um passo sólido para se li-
vrar de vez das dívidas!

107
8. Crie um orçamento para sair das dívidas

É fundamental ter os seus gastos mensais organizados


e separados em diferentes categorias (educação, mo-
radia, saúde, lazer, dívidas, entre outros).

Nesse sentido, com o controle do seu dinheiro você po-


derá criar metas e se programar para estabelecer valo-
res, dentro de um orçamento, que poderão ser gastos
com cada tipo de categoria a cada mês.

Por exemplo, você pode definir um orçamento com R$


800 para alimentação, R$ 400 para lazer, R$ 600 para
transporte e muito mais. Assim, você deverá acompa-
nhar e garantir que, dentro de condições normais, es-
ses limites serão obedecidos.

Dessa maneira, com esses dados em mãos, é possível


avaliar eventuais mudanças e realizar o planejamento
do orçamento, definindo o que será destinado para a
quitação das dívidas. Com isso, você poderia definir os
seus gastos como no exemplo a seguir:

• 50% para gastos essenciais;


• 25% para gastos não essenciais;
• 25% para pagamento de dívidas.

Contudo, ao planejar o orçamento, priorize o pagamen-


to das dívidas. Ou seja, defina para onde o seu dinheiro
deve ir, ao invés de se perguntar para onde ele foi.

108
9. Corte despesas desnecessárias

Cortar os gastos desnecessários é um passo importante


para manter o orçamento equilibrado.

Muitas pessoas se endividam porque além de gastar


mais do que recebem são, também, vítimas das fami-
geradas despesas supérfluas.

Isso inclui, só para citar alguns exemplos, aquele deli-


very quando há comida em casa, a compra de roupas
ou calçados que não são realmente necessários, etc.

Então, você pode começar com uma análise do seu or-


çamento para identificar quais são as despesas que
você usa pouco ou poderia encontrar um substituto
mais barato.

Exemplo: Planos de assinatura de serviços pouco utili-


zados (Netflix e Deezer...), taxas que você não precisa-
ria pagar (tarifas bancárias...) e até mesmo atividades
que poderiam ser substituídas por opções mais baratas
ou até gratuitas.

Comece cortando os gastos desnecessários e, em se-


guida, busque cortar ou reduzir despesas do dia a dia.

Se você tem dificuldades para resistir a gastos por im-


pulso, experimente algumas estratégias, como sair
apenas com dinheiro vivo, deixando o cartão de crédito
em casa, por exemplo.

109
10. Busque uma renda extra para se livrar
das dívidas

Muito se fala em cortar gastos, mas uma outra estra-


tégia também muito interessante para quem está com
a “corda no pescoço” é procurar opções de renda extra
para complementar a renda pessoal ou familiar.

Nesse sentido, você pode, por exemplo, investir em um


hobby ou aproveitar uma oportunidade que você iden-
tificou para poder ganhar um dinheiro extra.

Dar aulas de reforço escolar, escrever textos para blogs,


cozinhar para fora, vender fotografias, peças de artesa-
nato ou bijuterias e dar aulas de algum instrumento mu-
sical são algumas formas de ganhar dinheiro extra.

Outra maneira de conquistar uma renda extra é sepa-


rando objetos e roupas que não usa mais para a venda.
Caso opte por esse caminho, garanta que os itens es-
tejam em bom estado para assegurar a satisfação do
cliente com a venda e evitar estresse.

Do mesmo modo, existem ainda outras possibilidades


para complementar a renda, como montar uma peque-
na franquia, trabalhar como motorista de aplicativo, re-
vender produtos na web e até mesmo ser um redator
freelancer.

Por último, analise suas possibilidades e o seu tempo


disponível e busque uma atividade que seja viável para
que você consiga uma renda extra e acelere o processo
de saída das dívidas.

110
11. Previna-se e tenha uma vida mais
equilibrada

A última etapa para que as dívidas saiam de vez da sua


vida é a prevenção. Afinal, lembrar de todo o processo
e sacrifícios feitos para conseguir pagar suas dívidas é
crucial para que você não volte nunca mais a situação.

Seja como for, procure viver uma vida equilibrada finan-


ceiramente, monte uma reserva financeira e evite gas-
tos por impulso para que nunca mais volte a situação de
endividamento.
alidade.

111
Principais orientações para
se livrar de dívidas

Lembre-se de ler o contrato com calma

As principais dicas para sair do endividamento você já


conferiu. No entanto, ainda existem outras orientações
que podem ser úteis para você no momento de se li-
vrar dos débitos pendentes.

A primeira delas está relacionada ao ato de ler o con-


trato com mais atenção. Mas qual seria o benefício dis-
so durante o processo de quitar as dívidas?

Simples: com uma leitura atenta e cuidadosa, você tem


a oportunidade de analisar todas as informações dis-
postas no documento e verificar se realmente vale a
pena assinar ou não.

O mesmo vale para um contrato de renegociação de


dívida. Portanto, tenha isso em mente: leia o contrato
antes de assinar e tire todas as suas dúvidas.

Pesquise pelos feirões de renegociação

Algumas instituições financeiras e empresas privadas


(Caixa e Serasa, por exemplo) têm o hábito de promo-
ver feirões de negociação pelo país.

Sendo assim, vale a pena checar as divulgações e co-


municados do seu banco para ver se ele não está lan-
çando algum feirão nesse sentido.

112
Acompanhe as redes sociais, dentre outros canais ofi-
ciais de comunicação das instituições financeiras para
ficar sempre por dentro dessas novidades.

Isso porque, caso você consiga participar do feirão,


pode quitar sua dívida por um preço mais acessível,
sem desequilibrar seu orçamento.

Compare as ofertas oferecidas pelos bancos

Outra dica útil é não deixar de comparar as ofertas de


negociação disponibilizadas pelos bancos. Em outras
palavras, fique de olho nas ofertas de crédito das insti-
tuições financeiras.

Desse modo, você pode achar uma oferta que conte-


nha juros menores. Com isso, é possível pagar a dívida
com mais facilidade.

Priorize o pagamento das dívidas mais caras

Algo que vai fazer total diferença nessa jornada é prio-


rizar o pagamento das dívidas que possuem taxas de
juros elevadas como, por exemplo, cheque especial e
empréstimo.

Tendo em vista essa situação, organize suas finanças


e saiba exatamente quais são as dívidas mais caras e
que podem prejudicar ainda mais sua vida financeira se
não forem quitadas com certa urgência.

Feche um acordo de negociação justo

De nada adianta fechar um acordo de renegociação da


dívida se ele não for vantajoso para as duas partes en-
volvidas (neste caso, você e a empresa credora).

Por isso, não tenha medo de explicar sua situação fi-


nanceira atual e deixe claro quais são suas condições
para quitar a dívida o mais rápido possível.

113
Só depois de expor os seus pontos é que realmente
vale a pena fechar o acordo, já que o intuito é evitar
uma nova inadimplência no futuro.

Não deixe a dívida prescrever

Acredite, sua dívida não vai deixar de existir depois que


ela prescrever. O que acontece, na prática, é que o pra-
zo de cobrança da pendência financeira vai caducar
depois de cinco anos.

Assim, os birôs de crédito são obrigados a retirarem


essa dívida de suas bases de dados. Contudo, isso não
significa que a dívida sumiu.

Ela existe, mesmo depois desses cinco anos. Ou seja, a


empresa credora ainda tem o direito de cobrar o paga-
mento desse débito.

Controle os gastos com cartão de crédito

Muitas pessoas questionam como sair das dívidas do


cartão de crédito, já que essa é uma das dívidas mais
comuns de quem tem uma vida financeira mais ativa.

Nesse caso, o ideal é diminuir as compras com o cartão


ou, se preferir, fazer compras no débito para evitar o
parcelamento.

Outra opção seria diminuir a quantidade de cartões que


você tem. Para isso, é necessário avaliar o uso de cada
um e ver se é possível cancelar aquele cartão que usa
com menos frequência ou que não oferece benefícios
tão vantajosos para o seu bolso.

114
Tenha a sua própria reserva de emergência

Contar com uma reserva de emergência na hora de


lidar com imprevistos é extremamente importante.
Como o próprio nome já indica, esse montante de di-
nheiro deve ser usado em situações que estão compro-
metendo a sua saúde financeira.

Portanto, use o dinheiro dessa reserva com cautela e


responsabilidade, principalmente quando a dívida en-
volve cheque especial, rotativo do cartão de crédito,
dentre outras dívidas.

Reavalie seus hábitos de consumo

Depois de quitar suas dívidas, está na hora de fazer uma


autoavaliação e rever alguns hábitos de consumo que
podem estar atrapalhando o equilíbrio das suas finanças.

Reavalie quais foram os deslizes que você cometeu para


ter chegado nessa situação de endividamento. Seja ho-
nesto consigo mesmo e tente mudar alguns hábitos para
evitar a inadimplência e manter o nome limpo.

Faça um consumo mais consciente

Por fim, assim que rever os seus hábitos, procure fazer


um consumo mais consciente e lembre-se de se ques-
tionar nos seguintes pontos:

• Eu realmente preciso comprar esse produto ou serviço


agora?
• Tenho condições de fazer uma compra parcelada?
• Será que posso encaixar essa nova dívida no meu
plano financeiro, sem comprometer o pagamento das
minhas outras obrigações financeiras?
• Existe uma versão mais barata desse produto ou ser-
viço que desejo adquirir, mas com a mesma qualidade?

115
Bônus: Dúvidas frequentes

O que fazer quando se está muito endividado?

• Procure registrar todas as suas pendências financeiras;


• Consulte a situação do seu CPF, para verificar se está
com o nome sujo ou não;
• Entenda como está a situação atual das suas receitas
e despesas;
• Economize seu dinheiro, definindo metas;
• Renegocie suas dívidas;
• Por fim, tenha um planejamento financeiro como seu
principal aliado.

Como quitar as dívidas do cheque especial?

• Entre em contato com o gerente do banco;


• Tente negociar um acordo para o pagamento dessa
dívida;
• Pague a dívida corretamente, de acordo com o que
foi estipulado no contrato de negociação;
• Use outras modalidades de crédito que possuem juros
menores da próxima vez.

116
O que fazer para sair das dívidas do FIES?

• Solicite a renegociação da dívida diretamente com a


instituição financeira onde você assinou o contrato do
FIES;
• Pague as parcelas dessa renegociação pontualmente.
Lembrando que elas não podem ser inferiores a R$ 200.

Como se livrar das dívidas ganhando pouco?

• O primeiro passo é conhecer de perto suas dívidas,


analisando quantas são;
• Já o segundo passo é criar uma meta mensal de eco-
nomia;
• Logo em seguida, tente negociar seus débitos em
aberto;
• Se compensar, é interessante trocar sua dívida por
outra (com taxas mais acessíveis);
• Não se esqueça de controlar os gastos regularmente;
• Crie sua reserva de emergência;
• Comece a investir seu dinheiro, depois que quitar as
dívidas.

Como sair das dívidas do cartão de crédito?

• Conheça exatamente quais são seus gastos ligados ao


cartão de crédito;
• Organize os débitos pendentes em uma planilha de
controle financeiro;
• Faça uma negociação com a operadora ou empresa
credora;
• Pague as contas mais caras;
• Parcelo o pagamento apenas se o valor mensal esti-
ver de acordo com o seu orçamento.

117
Como se livrar de dívidas com o banco?

• Confira quais são as dívidas;


• Busque pelas ofertas de negociação mais vantajosas;
• Ligue para o banco e converse com o gerente;
• Tente uma negociação que seja vantajosa para
ambas as partes;
• Aceite o acordo apenas se você tiver condições de
arcar corretamente com o pagamento das parcelas
propostas;
• Fique atento aos feirões de renegociação;
• Evite fazer novas dívidas.

O que fazer para pagar as dívidas?

• Procure fazer uma renda extra, como dar aulas de


inglês, vender suas fotografias, ser cuidador de pets,
dentre outras opções;
• Mantenha a organização das contas em dia para
economizar;
• Anote todos os seus gastos;
• Estabeleça metas financeiras;
• Organize seu orçamento;
• Conte com o apoio da sua família para que todos que
moram na casa consigam economizar;
• Evitar gastos desnecessários;
• Faça uma negociação justa das dívidas com as empre-
sas credoras;
• Pague primeiro as dívidas mais caras, ou seja, as que
possuem alta taxa de juros.

118
Posso usar meu FGTS para pagar dívidas?

Você pode usar o valor do saque-aniversário para amor-


tizar ou, ainda, realizar o pagamento das suas contas.

Contudo, lembre-se que não existe nenhuma lei, até o


momento, especificando que os saques do FGTS possam
ser usados exclusivamente para o pagamento de dívidas.

Vale a pena fazer um empréstimo para


pagar dívidas?

Essa resposta vai depender das ofertas disponíveis


para você no mercado. Isso porque, se a taxa de juros
do empréstimo for inferior ao do pagamento da dívida,
então compensa optar por essa linha de crédito.

No entanto, não esqueça de avaliar também o


Custo Efetivo Total (CET) dessa operação.

Como sair das dívidas e investir?

Com as contas em dia, você já pode pensar nas possi-


bilidades de começar a investir.

Sendo assim, o primeiro passo é deixar seu planejamen-


to atualizado e, logo em seguida, montar sua reserva fi-
nanceira para situações de imprevisto.

Feito isso, você pode começar sua jornada na área de


investimentos. Nesse sentido, é fundamental conhe-
cer seu perfil de investidor (conservador, moderado ou
agressivo) e estudar muito sobre esse assunto.

Dessa forma, você consegue entender melhor os diver-


sos tipos de investimentos que existem e montar uma
estratégia adequada que esteja de acordo com os seus
objetivos financeiros.

Mas, para investir com mais segurança e tranquilidade,


vale a pena contar com a ajuda de uma corretora de
valores.

119
Como sair das dívidas
rapidamente?
Como você viu, o processo de quitar as dívidas não é
fácil. Mesmo assim, ele é muito recompensador pelo
simples fato de conseguir ter um bom equilíbrio finan-
ceiro novamente.

Por isso, o principal segredo de como liquidar as dívidas


é seguindo todas as nossas dicas e não esquecer de co-
locá-las em prática.

Portanto, estude, leia blogs, livros, faça cursos de


educação financeira. Pois, se você quer sair das dívi-
das rapidamente, é preciso assumir o controle da sua
vida financeira!

Dessa maneira, consuma o máximo de conteúdo que


puder e, claro, teste tudo o que você aprendeu.

Por último, agora que você já conhece as melhores di-


cas para sair das dívidas rapidamente, é hora de agir
para organizar sua vida e conquistar de uma vez por
todas a tão sonhada independência financeira.

Sendo assim, lembre-se de registrar todos os seus ga-


nhos gastos em um aplicativo de controle financeiro.

120
E-book

Planejamento
Financeiro:
guia completo para organizar
a vida financeira

121
Sumário
Introdução 124
O que é um planejamento
financeiro pessoal? 125
Importância de montar um
plano financeiro 126
6 Passos para montar o
seu planejamento 127
Principais modelos de
orçamento pessoal 139
Pontos em comum nos modelos
de orçamento 142
Ciclo de um bom planejamento 143
Diferença entre planejamento
pessoal e familiar 144
Como manter a disciplina na
organização financeira 145

122
13 apps para planejamento
financeiro online 146
Cursos de planejamento
financeiro pessoal 148
Acompanhe regularmente
seu plano financeiro 149
Erros comuns ao fazer seu
planejamento financeiro 150
Vale a pena fazer um planejamento
financeiro? 153

123
Introdução
A maioria das pessoas concordam que ter um planeja-
mento financeiro pessoal é essencial.
Mas, mesmo sabendo da importância de cuidar das
finanças pessoais, nem todas dedicam tempo para
o controle da vida financeira.
Muitas vezes, a principal dúvida é: como fazer um pla-
nejamento financeiro de forma eficiente?
Se essa é sua dúvida, não se preocupe! Neste e-book
nós vamos te mostrar o passo a passo de como você
pode fazer um plano que coloque sua vida financeira
nos trilhos.
Pois, um bom plano financeiro pessoal é como um GPS.
Nele definimos onde queremos chegar e, mesmo que
a rota mude durante o caminho, o objetivo da linha de
chegada é claro.
Para isso, é muito importante desenvolver um bom pla-
no mensal para que, dessa forma, você seja capaz de
conquistar todos os seus objetivos e não entrar no ver-
melho.

124
O que é um planejamento
financeiro pessoal?

De maneira simples, planejamento financeiro é a capaci-


dade de definir suas metas e objetivos financeiros e or-
ganizar suas finanças rumo a esse plano.

Ou seja, um plano financeiro funciona como um mapa


para seus objetivos e sonhos.

Uma frase bem conhecida do filme Alice no país das ma-


ravilhas diz: “Se você não sabe onde quer chegar, qual-
quer caminho serve”.

Esta verdade também se aplica à sua vida financeira.


Desse modo, um plano financeiro te ajuda a definir onde
quer chegar, e assim, o que é preciso fazer para alcançar
suas metas.

125
Importância de montar
um plano financeiro

Definir um plano para suas finanças é crucial para que


atinja seus objetivos de curto, médio e longo prazo.

Além disso, um planejamento bem feito também te


ajuda a definir o que realmente importa, orientando
assim, todas suas decisões no dia a dia.

É importante lembrar que o ato de planejar está liga-


do ao que você deseja alcançar no futuro e como você
deve agir no presente para que esse objetivos sejam
atingidos.

Agora que já entendeu o conceito geral, vamos pas-


sar para o campo prático e ensinar o passo a passo de
como criar seu planejamento financeiro.

126
6 passos para montar o
seu planejamento

Antes de entrar nos primeiros passos, é importante lem-


brar que um planejamento consiste em entender bem seu
momento atual e definir assim onde você quer chegar.

E então, detalhar o que precisa ser feito para concreti-


zar seu plano.

Vale ressaltar ainda que o fato de ter um plano não


quer dizer que tudo irá sair exatamente como está de-
talhado, pois imprevistos acontecem.

Porém, com disciplina, foco e muita força de vontade,


muitas vezes seus objetivos acabam acontecendo até
mais rápido do que o planejado.

1. Desenvolva uma mentalidade financeira


para riqueza

Se todos têm que lidar com o dinheiro, por que será


que existem pessoas que não têm interesse em apren-
der como o dinheiro funciona?

Com tantos altos e baixos na economia, apenas o conhe-


cimento financeiro pode manter nosso dinheiro a salvo.

Ter uma mente aberta para as oportunidades financei-


ras e investimentos, e fazer perguntas em vez de acei-
tar qualquer coisa que especialistas financeiros dizem,
irá ajudá-lo a tomar decisões conscientes e a proteger
o seu patrimônio.

127
Todas as pessoas têm pensamentos inconscientes pro-
gramados para lidar com o dinheiro dentro das suas
mentes.

Alguns estão programados para a riqueza, enquanto


outros são programados para a pobreza.

Desse modo, o ponto de partida para você ter sucesso


em seu planejamento financeiro é construir uma men-
talidade financeira para a riqueza, eliminando crenças
limitantes como: o dinheiro não traz felicidade.

Ao trabalhar sua mente para desejar e atrair prosperi-


dade, você estará dando os primeiros passos para con-
seguir avançar.
Dois livros que irão lhe ajudar demais a desenvolver
essa área são:

• Pai rico, Pai pobre; e


• Os segredos da mente milionária.

2. Faça o seu diagnóstico financeiro

O segundo passo para um planejamento financeiro efi-


caz é realizar o diagnóstico da sua situação atual.

Ou seja, de forma resumida e simples, ele consiste em


saber exatamente o quanto você ganha e o quanto e
como você gasta seu dinheiro.

Pois, assim como um médico não consegue passar um


tratamento adequado sem ter um diagnóstico, nas fi-
nanças, você precisa primeiro responder algumas per-
guntas:

128
• Quanto você ganha por mês?
• Quanto você gasta por mês?
• Qual parcela do seu dinheiro está comprometida com
dívidas?
• Quais são as suas despesas fixas e variáveis?
• Quanto você precisaria por mês caso acontecesse al-
gum imprevisto (como o desemprego)?

E a melhor e mais precisa maneira de realizar um bom


diagnóstico financeiro é assumindo um compromisso de
registrar todos os seus ganhos e gastos mensais.

Para isso você pode utilizar algumas opções como cader-


no, planilha de gastos ou aplicativos. Mas lembre-se, o
mais importante é não negligenciar e realizar essa tarefa.

Para você que gosta de tecnologia, com o nosso app


Mobills é possível fazer todos esses passos de organi-
zar sua vida financeira em único lugar.

3. Defina seus objetivos de vida

Para alcançar o sucesso em seu planejamento financei-


ro você precisa ter muito claro quais são seus objetivos
financeiros.

Muitas dessas metas estão ligadas a conquistas que


envolvem dinheiro, como comprar um carro novo, reali-
zar uma viagem ou a tão sonhada casa própria.

Comece então listando todos seus objetivos financei-


ros, depois de feito, separe eles por objetivos de curto,
médio e longo prazo.

129
Uma boa maneira de definir boas metas é utilizando o
método SMART, pois suas metas serão sempre o maior
fator de motivação para continuar firme e disciplinado
em seguir seu plano financeiro.

Elas têm um papel essencial para garantir o sucesso, já


que se manter dentro do orçamento normalmente não é
uma tarefa fácil, exigindo sempre muito autocontrole e
foco.

Por isso, colocar seus objetivos no papel e deixá-los


sempre à vista o ajudarão a ter êxito.

Algumas dicas práticas são:

• Colocar um post-it das suas metas em seus cartões


de crédito;
• Mudar o fundo do papel de parede do celular com seu
objetivo;
• Compartilhar suas metas com amigos e familiares.

4. Faça seu orçamento mensal priorizando


o que é mais importante

Depois de ter definido suas metas e de ter registrado


pelo 1 mês todas suas despesas e receitas, você está
pronto para começar a definir orçamentos.

Mas afinal, o que é um orçamento?

Orçamento é uma estimativa de receita ou despesa


por um determinado período de tempo.

De forma prática, com um orçamento você define limi-


tes e metas de gastos para um determinado período de
tempo.

130
Por exemplo, você pode definir um orçamento de
R$ 500,00 para gastar com restaurante em um deter-
minado mês e acompanhar semana a semana para ver
se está dentro do limite estabelecido.

Definir um orçamento de forma isolada tem pouca ou


nenhuma eficiência, o ideal é analisar todos os seus
gastos por categorias e definir suas metas a fim de que
dentro do mês você consiga poupar parte dos seus ren-
dimentos e ainda assim destinar seu dinheiro para as
áreas mais importantes da sua vida.

Simulando na prática

No nosso exemplo vamos supor que o João ganhe


R$ 8.000,00 por mês deseja poupar 20% do seu salário.

Para João poupar 20% ele terá um orçamento total de


R$ 6.400,00 para serem divididos nas demais catego-
rias. Ou seja, 80% de R$ 8.000,00.

Após conhecer seu orçamento total, você deve distri-


buí-lo entre suas categorias de gastos.

Essa separação de orçamentos, também conhecida como


método dos envelopes, consiste em definir a destinação
de cada parte do seu dinheiro, sabendo assim já no co-
meço do mês o destino que deve levar cada centavo.

131
E, agora sim, estamos falando de planejamento!

Claro que imprevistos podem acontecer e caso você ex-


trapole sua meta em uma determinada categoria de
gastos, o ideal é reduzir a meta em outra para poder
compensar e ficar dentro do orçamento total.

O que não pode acontecer é passar da meta em todas


as categorias, pois assim provavelmente você não con-
seguirá poupar no mês.

Essa fase do planejamento deve acontecer somente de-


pois de registrar todos seus gastos por um mês inteiro
para que assim você consiga fazer metas desafiadoras,
mas ao mesmo tempo realistas.

Acompanhando o orçamento mensal

A última fase de definir um orçamento mensal é o


acompanhamento. Após definir a meta é super impor-
tante ir monitorando e ajustando quando necessário,
principalmente para que todos os gastos somados fi-
quem dentro da meta estabelecida.

Se manter dentro do orçamento e principalmente pou-


par todos os meses não é uma tarefa fácil, talvez você
esteja se questionando:

Como vou poupar se o que eu ganho é tão pouco?


Onde vou conseguir economizar?

Essas e muitas outras perguntas estão sempre ligadas


em como otimizar seu balanço financeiro pessoal que é
a diferença entre seus ganhos e seus gastos.

Para que este balanço seja positivo, ou seja, para que


você consiga ver dinheiro sobrar cada vez mais, é pre-
ciso trabalhar em duas áreas.

132
Aumentando sua renda e reduzindo seus gastos

Ganhar mais dinheiro é essencial para que você consiga


poupar mais a cada mês e também poder viver melhor
seu presente sem precisar apertar muito seu orçamento.

Uma maneira de aumentar sua renda é se qualificando


cada vez mais ou procurando outras formas de fazer
renda extra.

Para otimizar suas economias mensais é fundamental


reduzir seus gastos, trabalhar no corte de gastos su-
pérfluos, conseguir bons descontos, evitar pagar taxas
bancárias e evitar desperdícios.

Essas são ótimas maneiras de otimizar seu orçamento


e ver a conta bancária cheia no final do mês.

Depois de entender como funciona o orçamento você


pode está pensando, existe um modelo ideal de orça-
mento?

A resposta é: não existe um modelo ideal, mas um


orçamento que pode ajudar você a começar é a
regra 50-30-20.

5. Saia das dívidas, se houver

O quinto passo de um bom planejamento financeiro é


priorizar a quitação das dívidas.

Com o orçamento bem definido, sabendo então, o


quanto você consegue poupar por mês, esse dinheiro
deve ser destinado prioritariamente para o pagamento
de dívidas.

Se você se encontra em uma situação onde possui mais


de uma dívida, talvez esteja se perguntando:

133
Qual dívida devo pagar primeiro? Como devo fazer para
me planejar?

Não se preocupe, vamos ajudar você a entender como


priorizar, planejar e renegociar suas dívidas da forma
correta.

O processo de sair das dívidas deve ser algo planeja-


do e feito passo a passo de forma consciente e eficaz.
Esse método consiste em 5 etapas: mudanças que pre-
cisam ser feitas para que seja possível a conquista de
alguns objetivos.

Quando a família inteira caminha em uma só direção, é


muito mais fácil um ajudar o outro.

Primeira etapa: Conscientização

Encarar a sua situação é essencial para que você con-


siga sair das dívidas. É importante encarar o problema
de frente e ter cuidado para não se deixar abater.

Por mais difícil que a situação pareça, é possível sim


sair das dívidas e ter uma vida financeira mais saudá-
vel. Sendo assim, a primeira etapa desse processo con-
siste em ter o autoconhecimento da situação e as cau-
sas do problema.

É importante ter ciência de que vai ser necessário fazer


sacrifícios, cortar gastos do dia a dia, até o cafezinho
em prol do objetivo principal que é se livrar das dívidas.

Segunda etapa: Levantamento das dívidas

Agora está na hora de registrar todas suas dívidas.


Nessa etapa o mais importante é fazer uma pesquisa
completa, e assim, levantar os seguintes dados:

134
• Tipo;
• Credor;
• Valor inicial;
• Valor atual;
• Custo efetivo total (Juros + taxas);
• Quantidade de meses.

Nesta fase você não precisa se preocupar em definir


uma ordem de pagamento, mas sim em ter certeza que
todas suas dívidas estão presentes. Uma dica é pesqui-
sar seu nome em plataformas de negociação de dívidas
online como:

• AcordoCerto;
• Serasa; e
• Quero quitar.

Baixe nossa planilha de levantamento de dívidas


gratuitamente!

Terceira etapa: Plano de ação

Conhecendo agora todas suas dívidas, você tem que


começar a definir seu plano de ação.

Esse plano começa priorizando as dívidas que devem


ser pagas ou negociadas primeiro.

É aconselhável sempre priorizar as dívidas com as maio-


res taxas de juros, como o cheque especial e o rotativo
do cartão, pois elas possuem um efeito bola de neve que
faz com que o juros atinja patamares muito elevados.

135
Uma dica muito valiosa para um bom plano de ação
é trocar uma ou mais dívidas com juros altos por uma
nova dívida com um juros mais em conta.

Para ficar mais claro, imagine que você esteja devendo


R$ 1.000,00 no cartão com juros de 10% ao mês e R$
500,00 no cheque especial a 7% ao mês.

Uma boa solução para esse caso é contratar um em-


préstimo pessoal de R$1.500,00 a 3% ao mês e quitar
as dívidas mais caras, e concentrar seus pagamentos
somente na nova dívida.

Com isso você tanto trocou uma dívida mais cara por
uma mais barata como também fez o que chamamos
de consolidação de dívidas, facilitando assim seu pla-
nejamento financeiro.

Quarta etapa: Negociação

Após ter a lista de todas suas dívidas na mão, chegou


finalmente a hora de negociar.

Por ordem de prioridade entre em contato com cada


um dos credores e mostre sua intenção de chegar a um
acordo que seja justo para ambos os lados.

Você vai se impressionar com as possibilidades de boas


negociações, porém, é importante lembrar que você só
deve ir para essa fase de negociação e se comprometer
com o que de fato você pode cumprir.

Após as negociações, registre os novos valores e encai-


xe-os em seu orçamento mensal para que você possa
ter claro quando irá conseguir pagar todas suas dívidas.

136
Quinta etapa: Prevenção

A última etapa para que as dívidas saiam de vez da sua


vida é a prevenção. Lembrar de todo o processo e sacri-
fícios feitos para conseguir pagar suas dívidas é crucial
para que você não volte nunca mais à situação.

Procure viver uma vida equilibrada financeiramente,


monte uma reserva financeira e evite gastos por impulso
para que nunca mais volte a situação de endividamento.

6. Invista regularmente para seus objetivos

Agora que você já desenvolveu uma mentalidade finan-


ceira correta, fez seu diagnóstico financeiro, já definiu
seus objetivos, trabalhou no seu orçamento pessoal e
saiu das dívidas, finalmente, está pronto para executar
o passo mais importante do planejamento financeiro.

Afinal, possuir investimentos que façam o dinheiro tra-


balhar para nós é o que todos nós queremos, correto?

Antes de mais nada, você precisa entender que todos


os 5 primeiros passos são a base de preparação para
que você possa se tornar um investidor de sucesso.

Do mesmo modo que começar uma dieta sem nenhum


planejamento e sem seguir uma dieta adequada, inves-
tir sem antes ter cumprido as etapas anteriores irá di-
minuir drasticamente as chances de você ter sucesso.

Mas afinal, por onde começar a investir? Que cuidados


tomar? Como incluir os investimentos no meu planeja-
mento financeiro?

137
Regra do pague-se primeiro

Em primeiro lugar, você deve seguir a regra de pagar-se


primeiro, que consiste em antes de pagar qualquer con-
ta já separar o valor que será investido para seus objeti-
vos de vida.

Ao fazer isso você estará desenvolvendo hábitos e ha-


bilidades que são essenciais para o investidor de longo
prazo, que são: disciplina, constância e autocontrole.

Sob o mesmo ponto de vista, você deve começar


seus investimentos focados em montar sua
reserva de emergência.

Essa reserva consiste num valor de pelo menos 6 vezes


dos seus gastos mensais investidos em ativos de baixo
risco e liquidez diária, por exemplo: poupança, CDBs de
bancos confiáveis ou Tesouro Selic.

Após a sua reserva formada, você deve procurar mon-


tar uma carteira de investimentos diversificada que es-
teja de acordo com seu perfil de risco e objetivos finan-
ceiros.

Lembre-se que nesse passo é mais importante você in-


vestir regularmente todos os meses do que buscar as
maiores rentabilidades.

Seguindo sempre os 6 passos do planejamento finan-


ceiro pessoal, você conseguirá viver uma vida equili-
brada no presente, sem comprometer seus objetivos
futuros.

138
Principais modelos de
orçamento pessoal

Um orçamento nada mais é do que uma estimativa de


receita ou despesa que você vai ter considerando de-
terminado período de tempo.

Logo, quanto mais assertivo ele for, mais chances o seu


planejamento tem de dar certo.

Sabendo disso, selecionamos alguns modelos de orça-


mento para que você consiga entender como distribuir
sua renda líquida mensal da melhor maneira possível.

Confira abaixo!

Método 50 -30 - 20

O modelo 50 - 30 - 20 é um dos mais utilizados quan-


do o assunto é definir um percentual de gastos para
cada categoria de despesas que você possui.

Esse modelo sugere que você destine 50% da sua ren-


da líquida mensal (renda livre de descontos e impostos)
para gastos essenciais para sua subsistência. Como por
exemplo, gastos com moradia, alimentação, educação
e transporte.

Além disso, 30% da sua renda deve ser utilizada para


manter seu estilo de vida, ou seja, suprir seus desejos
pessoais.

139
As principais categorias envolvidas nessa definição são
aquelas relacionadas aos gastos com lazer, roupas, cal-
çados, e outros pagamentos.

Já os 20% restantes devem ser utilizados para pagar


suas dívidas, montar sua reserva financeira ou diversi-
ficar sua carteira de investimentos.

Método 50 - 10 - 10 - 10 - 10 -10

O método 50 - 10 - 10 - 10 -10 - 10 é recomendado


pelo autor do livro “Os segredos da mente milionária”,
excelente para quem quer aprender mais sobre menta-
lidade financeira.

Esse modelo de orçamento sugere que você utilize 50%


da sua renda líquida para suprir suas necessidades bá-
sicas, assim como o modelo anterior.
Enquanto isso, os outros 50% devem ser utilizados da
seguinte maneira:

• 10% deve ser utilizado para doações;


• 10% pode ser utilizado para diversão;
• 10% para instrução financeira – ou seja, conhecimento;
• 10% para poupança e despesas de longo prazo;
• 10% para investimentos.

Método 70 - 20 - 10

Assim como os modelos anteriores, este sugere que o


maior percentual seja gasto com necessidades básicas.

No entanto, aqui temos os gastos com desejos pessoais


envolvidos também.

140
Isso significa que 70% da sua renda líquida mensal deve
ser utilizada com gastos com moradia, alimentação,
transporte, roupas, lazer etc.

20% devem ser alocados para pagar suas dívidas ou


montar sua reserva financeira, dependendo de qual es-
tágio você está, e os demais 10% devem ser utilizados
para diversificar sua carteira de investimentos.

Este modelo sugerido no livro “O homem mais rico da


Babilônia” também é um dos mais utilizados na hora de
montar um orçamento.
dinheiro.

Método 60 - 20 - 10 - 10

No livro “I will tecah you be rich” encontramos um ou-


tro modelo de orçamento, este já inclui, diferente dos
demais, um percentual de gastos livres. Vamos enten-
der como funciona?

O método 60 - 20 - 10 -10 sugere que 60% dos seus


ganhos devem ser utilizados com necessidades básicas,
20% devem ser gastos livremente, 10% utilizados com
poupança e outros objetivos de longo prazo, enquanto
os 10% restante são utilizados para diversificar a cartei-
ra de investimentos.

141
Pontos em comum nos modelos
de orçamento

Analisando esses modelos de orçamento, conseguimos


identificar alguns pontos em comum. Por exemplo:

• Gastar menos do que ganha

O quanto você gasta é mais importante do que o quanto


você ganha. Sendo assim, seu orçamento deve estar ali-
nhado com o propósito de poupar parte da sua renda.

• Investimentos para a aposentadoria

Se você quer garantir sua tranquilidade financeira, é


fundamental investir pensando no longo prazo.

• Definidos em porcentagem

Todos os métodos sugerem que você defina um orça-


mento com base em percentuais para cada categoria
principal de gastos.

• Todos são sugestões

Apesar de serem sugeridos por autores famosos, talvez


nenhum deles se encaixe na sua realidade financeira.
Então, entenda qual método atende o que você precisa.

• Todos exigem disciplina

Por mais que pareça simples definir um método de or-


çamento, muitas vezes é difícil manter o ideal planejado.
Por isso, é importante manter a disciplina no que você
definiu.

142
Ciclo de um bom planejamento

Planos financeiros funcionam em ciclos que envolvem a


definição, o acompanhamento, a redução de gastos e a
realocação de recursos financeiros.

definir

realocar acompanhar

cortar/reduzir

Ou seja, além da definição do seu plano financeiro,


você precisa fazer um acompanhamento periódico do
que foi definido.

A partir desse acompanhamento é possível analisar


como suas estratégias estão sendo desenvolvidas e se
apresenta alguma falha.

Gastar mais do que deveria em categorias de gastos


desnecessários é um dos erros mais comuns.

Tomando isso como exemplo, ao identificar essa falha, vo-


cê deve cortar ou reduzir esses gastos e então alocar seu
dinheiro em algo que te aproxime mais dos seus objetivos.

143
Diferença entre planejamento
pessoal e familiar

Dentre os principais fatores que contribuem para o en-


dividamento das famílias brasileiras estão a falta de
planejamento financeiro e o discernimento dos gastos
pessoais e familiares.

Sabendo disso, também é importante que você com-


preenda a diferença entre o plano financeiro pessoal e
familiar.

No primeiro caso, planejamento pessoal, estamos falan-


do exclusivamente de você. Logo, devemos considerar
suas necessidades, desejos e expectativas para o futuro.

No entanto, quando falamos de planejamento familiar,


estamos falando de um grupo de pessoas com suas indi-
vidualidades. Sendo assim, tanto a renda quanto os gas-
tos nas mais diversas categorias devem ser considerados
em conjunto.

Então, além de se planejar, manter uma boa comunica-


ção com a sua família vai te ajudar a definir um melhor
plano financeiro familiar.

144
Como manter a disciplina
na organização financeira

Cuidar das finanças é necessário, mas inicialmente


pode ser algo complexo para quem não conhece a im-
portância e as vantagens da educação financeira em
seu dia a dia.

Dessa forma, para seguir o passo a passo de um bom


planejamento financeiro, bem como colocar em prática
todas as dicas que você aprendeu neste e-book, é pre-
ciso ter disciplina e organização.

Assim como possuir um objetivo bem definido pode ser


a sua principal motivação para manter seu plano, a dis-
ciplina deve ser a sua principal aliada no processo.

Pois, como você aprendeu anteriormente, se planejar


é um processo que demanda uma boa mentalidade fi-
nanceira, conhecimento da realidade das suas finanças
e boas práticas cotidianas, entre outras ações.

E, mesmo que você esteja em dia com seu acompa-


nhamento de gastos, imprevistos acontecem. Sendo
assim, algumas vezes será preciso mudar de planos.

Portanto, entre outros desafios que possam surgir, a


disciplina vai te ajudar a não desistir e a organização fi-
nanceira vai te dar um norte de onde você deve seguir
e o que pode ser feito para manter ou melhorar seu
planejamento financeiro.

145
13 apps para planejamento
financeiro online

Atualmente existem diversas ferramentas que podem


te auxiliar na formação e no acompanhamento do seu
planejamento financeiro pessoal online.

Deixando de lado o bom e velho papel e caneta, e até


mesmo planilhas, há opções automatizadas muito mais
simples e que têm como missão descomplicar a forma
como fazemos o nosso controle financeiro.

Por exemplo, aplicativos, softwares, ou melhor, plata-


formas de gestão financeira para te ajudar tanto a re-
gistrar e analisar seus gastos, quanto a fazer o seu or-
çamento mensal, além de definir e acompanhar seus
objetivos e metas financeiras.

Sabendo disso, separamos uma lista com os 13 me-


lhores apps de controle financeiro pessoal. Dando des-
taque ao Mobills, o melhor aplicativo de controle fi-
nanceiro pessoal do Brasil, disponível para desktop e
dispositivos mobile Android e iOS.

146
Conheça algumas boas alternativas para a sua gestão
financeira pessoal:

1. Mobills;

2. Orçamento fácil;

3. Minhas economias;

4. Toshl Finance;

5. CoinKeeper;

6. Guiabolso;

7. Organizze;

8. Money Lover;

9. Monefy;

10. Finance;

11. Orçamento Digital;

12. Wisecash;

13. Expense IQ.

Confira os detalhes dos melhores apps de controle


financeiro!

147
Cursos de planejamento
financeiro pessoal

Existem diversas fontes de informação que você pode


utilizar como guia em seus planos.

Seja por meio de redes sociais, blog, aplicativos de


educação financeira ou cursos, é possível aprender um
pouco mais para garantir melhores estratégias na sua
vida financeira.

Nesse sentido, selecionamos 4 cursos de planejamento


financeiro para você otimizar sua rota financeira:

1. Curso de finanças do Banco Central;

2. Curso de finanças pessoais


da CVM Educacional;
3. Curso de educação financeira
do Senai-SP;
4. Planejamento Financeiro
na Prática – Mobills.

Conheça os melhores cursos de planejamento finan-


ceiro pessoal para organizar as finanças!

148
Acompanhe regularmente
seu plano financeiro

Montar um planejamento financeiro é fundamental


para a saúde das suas finanças pessoais. No entanto,
só isso não basta.

É importante que você acompanhe e analise regular-


mente o seu plano para que identifique possíveis falhas
que possam existir.

O planejamento nada mais é do que um conjunto de


estratégias que irá te auxiliar nas suas tomadas de de-
cisões financeiras.

Logo, ao identificar possíveis falhas, você consegue


determinar novas medidas para consertar o que não
está funcionando para não prejudicar seus objetivos.

Esse acompanhamento ainda te ajuda a entender o que


você faz que dá certo, podendo assim replicar algumas
ações que trouxeram resultados em planejamentos fu-
turos.

149
Erros comuns ao fazer seu
planejamento financeiro

Além de deixar de acompanhar e analisar o plano finan-


ceiro, existem outros erros comuns e extremamente pre-
judiciais ao seu planejamento.

Não registrar todos os gastos

Esse é um dos erros mais comuns e assim como é vital


ao seu planejamento financeiro, a falta de registro de
gastos pode levar seu plano por água abaixo.

E não é para menos. Acompanhar a entrada e saída do


seu dinheiro é o que vai te ajudar a conquistar seus ob-
jetivos financeiros.

Portanto, crie o hábito de registrar todas as suas movi-


mentações financeiras.

Guardar apenas o dinheiro que sobrar

Lembra da dica do “pague-se primeiro”? Então, para


cumprir seu planejamento e sua meta de economia
mensal, você precisa guardar o que foi definido e não
apenas o que sobrar no fim do mês.

Afinal, contas e coisas que você deseja comprar ou


usufruir é o que não falta. Por isso, é essencial que
você tenha disciplina para manter seu saldo mensal
sempre positivo, pagando-se primeiro.

150
Não estabelecer objetivos e metas

Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho


serve, não é mesmo?

Desse modo, possuir um objetivo bem definido - ou


vários - é o que vai te ajudar a traçar as estratégias e
metas necessárias para alcançá-lo.

Sabendo disso, reflita sobre o que você quer daqui a


2, 5, 10 anos ou mais. Assim, você vai conseguir enten-
der o que é preciso fazer para tornar seus objetivos re-
alidade.

Uso exagerado do cartão de crédito

O cartão de crédito é um dos meios de pagamento


mais utilizados por nós brasileiros.
Além de facilitar nossas transações em lojas físicas e
na internet, por meio dele é mais fácil sintetizar e fazer
o acompanhamento de suas compras em uma única
plataforma.

Livre da necessidade ou até mesmo insegurança de


andar com dinheiro em papel, muitos estabelecimen-
tos mantém o desconto de à vista para pagamentos no
cartão de débito e crédito e muitas outras lojas dispo-
nibilizam cupons de descontos e cashback em compras
feitas por meio de sites.

No entanto, como nem tudo são flores, muitas pessoas


utilizam o cartão como extensão da renda, o que é um
erro extremamente prejudicial ao seu planejamento fi-
nanceiro.

O ideal é que você não ultrapasse 50% da sua renda lí-


quida mensal - renda descontada de encargos e impos-
tos - para o pagamento de faturas do cartão.

151
Portanto, tome cuidado com a forma como utiliza car-
tões, aproveitando seus benefícios e não prejudicando
sua vida financeira.

Fazer muitas refeições fora de casa

Pode parecer que não, mas as refeições fora de casa


podem ter um grande peso em seu planejamento pes-
soal.

Isso porque possuem um custo variável e geralmente


baixo, mas que somado no fim do mês pode te surpre-
ender.

Então, sempre que possível, opte por fazer suas princi-


pais refeições do dia em casa, ou até mesmo todas elas
durante a semana, para que você consiga economizar
para outros objetivos.

Mas claro, se você gosta de comer algo diferente ou de


conhecer lugares novos com frequência, lembre-se de
determinar em seu planejamento mensal quanto você
está disposto a pagar com esse tipo de lazer, analisan-
do sempre sua realidade financeira.

152
Vale a pena fazer um
planejamento financeiro?
Se você chegou até o final deste e-book, parabéns!
Agora você tem em suas mãos tudo o que precisa para
montar um planejamento financeiro perfeito e mudar
de vida.

Isso porque a forma como lidamos com o nosso dinhei-


ro afeta o nosso bem-estar. Então, a partir do momento
em que decidimos tomar o controle das nossas finanças,
nossa vida também muda.

Mas, para que isso aconteça de fato, é crucial colocar


em prática o que você aprendeu. Ou seja:

1. Desenvolva uma mentalidade


para a riqueza;
2. Conheça sua realidade financeira;

3. Defina seus objetivos de vida;

4. Trabalhe com orçamentos;

5. Priorize sair das dívidas;

6. Foque em reduzir seus gastos;

7. Procure aumentar sua renda;

8. Monte sua reserva de emergência;

9. Comece a investir;

10. Monte uma carteira de investimentos;

11. Atinja a tranquilidade financeira.

153
Essas e outras dicas irão te ajudar a desenvolver uma
melhor relação com o seu dinheiro e, consequentemen-
te, conquistar grandes coisas que você almeja para um
futuro próspero.

Por fim, lembre-se de conhecer o melhor gerenciador


financeiro do Brasil. Com certeza o Mobills será um alia-
do na sua transformação financeira.

154
E-book

Reserva de
Emergência:
aprenda como montar
sua reserva

155
Sumário

Introdução 157
O que é reserva de emergência? 158
Mil e uma maneiras de morrer 159
Por que é necessário ter um fundo
de emergência? 161
Como calcular o montante ideal
da reserva de emergência? 163
Como formar uma reserva para
emergências em até 2 anos 165
O fundamental é estabelecer
metas realistas 170
Erros comuns 172
Conclusão 173

156
Introdução
Embora se saiba que é importante ter uma reserva
financeira para momentos de emergência, apenas uma
pequena parte das pessoas segue a sugestão de guar-
dar o montante equivalente a pelo menos 6 meses de
despesas mensais para utilizar quando estiverem pas-
sando por um período de dificuldade financeira.

Conseguir juntar dinheiro em uma reserva para emer-


gências significa ter maior condição de superar as situ-
ações adversas que a vida nos impõe, sem ter que lan-
çar mão do uso do cheque especial ou cartão de crédito
toda vez que for necessário gastar em ocasiões inespe-
radas.

Portanto, a reserva financeira para emergências é uma


regra que se aplica a todos, independentemente do vo-
lume de renda e das condições financeiras.

Um ponto interessante é que, diferentemente do que


a maioria das pessoas pensam, construir essa reser-
va não é algo tão complicado, basta um planejamento
financeiro eficiente.

Veja, no decorrer desse e-book, nossas dicas para você


aprender como formar sua reserva para emergências.

157
O que é reserva de emergência?

Situações imprevistas causadas por aspectos pessoais


ou profissionais podem acontecer a qualquer momento
e impactar diretamente o orçamento pessoal.

Uma cirurgia que o plano de saúde não cobre, um vaza-


mento em casa, os honorários daquele advogado ou a
perda do emprego podem causar problemas financeiros.

Para ajudar nesses casos, é essencial ter uma reserva


financeira para emergências. Ela será seu porto segu-
ro caso ocorra qualquer acontecimento que não estava
nos planos.

As dívidas impagáveis surgem porque a maioria das


pessoas não se prepara para imprevistos que exigem o
desembolso de uma grande quantia de dinheiro.

Alguns não fazem uma reserva por achar desnecessá-


rio, outros sequer pensam nisso por desconhecimento,
mas uma coisa é fato: ter um fundo emergencial pode
tornar sua vida bem mais tranquila.

Nesse sentido, formar um “colchão” financeiro para


eventualidades deve ser uma atitude prioritária.

A reserva de emergências deve ser o primeiro investi-


mento de qualquer pessoa.

Não adianta investir em ações ou pensar na aposen-


tadoria sem antes guardar uma reserva para as neces-
sidades imediatas – senão, o patrimônio formado para
outros fins pode ser ameaçado.

158
Mil e uma maneiras de morrer

Outra razão para dar importância a um fundo de emer-


gência reside principalmente em acidentes, doenças
ou qualquer coisa que envolva um processo caro e que
possa subtrair seu dinheiro rapidamente.

Um acidente, além dos custos médicos, reparos e


outros, pode trazer bastante dificuldades para as
finanças pessoais.

Se você tem uma família, as coisas são ainda piores,


porque há mais de uma boca para alimentar.

O mesmo vale para doenças.

Dependendo da gravidade do caso, como em opera-


ções e tratamentos longos, as despesas médicas facil-
mente podem superar o salário que você recebe men-
salmente.

Se você é o provedor da família, ou seja, o responsável


principal pela renda mensal obtida por ela, há um outro
cenário que torna essencial a criação de um fundo de
emergência: a possibilidade da sua morte.

Como um famoso programa de televisão mostra, exis-


tem mil e uma maneiras de morrer.

Sendo assim, se você é a pessoa que mais contribui


para a renda de sua casa, a sua morte causaria proble-
mas graves para a sua família, porque eles perderiam o
padrão de vida instantaneamente.

159
Ademais, eles ainda teriam que arcar com as despesas
para fins de sepultamento.

Eu sei que este assunto é muito complexo e de certa


forma até cruel, mas infelizmente é uma coisa certa
na vida e todos um dia irão passar por isso.

Então, faz-se necessário pensar na situação da sua


família a longo prazo e tomar ações financeiras com
a maior consciência possível.

160
Por que é necessário ter um
fundo de emergência?

Já explicamos isso, mas para ficar ainda mais claro,


veja as questões abaixo. Elas são suficientes para que
você possa entender o porquê:

• O que aconteceria se amanhã você tivesse um grande


gasto não planejado?
• O que aconteceria se amanhã você perdesse seu em-
prego?
• O que aconteceria se amanhã fosse necessário fazer
grandes reparos no seu carro ou na sua casa?
• O que aconteceria se amanhã um membro da sua fa-
mília tivesse grandes problemas de saúde e precisasse
de um tratamento caro?
• O que aconteceria com a sua família se você morres-
se amanhã (sendo você o provedor da casa)?

Muitos já passaram ou estão passando por algumas das


situações apresentadas nas perguntas.

E, geralmente, por não terem um fundo de emergên-


cia, terminam tendo que recorrer ao “crédito fácil” dos
cartões de crédito ou empréstimos e ficam sujeitos aos
juros exorbitantes que estes geram.

O pior disso tudo, além de toda a carga emocional


proveniente dessas situações, é que os montantes
necessários em momentos de emergência são grandes
e difíceis de liquidar em um curto período de tempo,
implicando em enormes endividamentos.

161
Em determinadas circunstâncias, as situações extra-
polam tanto o limite razoável, que as famílias se veem
obrigadas a vender ou penhorar um bem valioso para
que possam se sustentar.

Dessa maneira, é possível enxergar com bastante clare-


za o quão imprescindível é um fundo para imprevistos.

162
Como calcular o montante ideal
da reserva de emergência?

O padrão de vida da pessoa é um bom parâmetro para


saber quanto poupar.

Quanto maiores os gastos mensais familiares, maior


deverá ser a reserva.

Preocupação com o desemprego

Se pensarmos em um caso de preocupação com o de-


semprego, o mais confortável seria economizar o valor
equivalente a 12 meses de despesas.
O motivo desse valor é que, em caso de perda de em-
prego, você possa continuar mantendo seu padrão de
consumo por um ano, até que sua situação seja resta-
belecida.
Dessa forma, se a pessoa tiver um gasto mensal equi-
valente a R$ 1.500,00, ela deve ter uma reserva de
pelo menos R$ 18 mil.

Contudo, o tamanho da reserva pode variar de acordo


com a sua profissão.

Reserva de emergência de servidor público

Para funcionários públicos, a possibilidade de perder o


emprego é baixa. Portanto, eles podem destinar ape-
nas de 3 a 6 meses das despesas para este fim.

163
Funcionário da iniciativa privada

Já um funcionário da iniciativa privada, com carteira


assinada, tem um risco moderado de perder o empre-
go, precisando poupar um pouco mais (6 meses, pelo
menos).

Profissionais autônomos e pequenos


empresários

Por outro lado, profissionais liberais, como professores


e dentistas, e pequenos empresários são os mais sujei-
tos a imprevistos.

Logo, para eles, o “colchão” de 12 meses de gastos é o


mais indicado.

164
Como formar uma reserva para
emergências em até 2 anos

Organize as contas

Se você deseja começar a acumular dinheiro, o primei-


ro passo é colocar as contas em dia.

Utilize um gerenciador financeiro, como o Mobills, ou


monte uma planilha com todos os gastos comuns do
mês.

Não é possível pensar em guardar dinheiro se você está


gastando mais do que ganha e se não sabe exatamente
quais são suas receitas e despesas.

Sendo assim, comece a organizar as contas e a elabo-


rar seu orçamento.

Primeiramente, faça o mapeamento de todas as suas


receitas e despesas, depois verifique onde você gasta
mais e defina aquilo que pode ser eliminado.

Defina um plano para quitar as dívidas (se tiver)

Se você estiver endividado, deve, antes de tudo, anali-


sar e calcular tudo que você está devendo.

Após essa primeira etapa, procure os credores para


tentar renegociar, principalmente se já existirem parce-
las em atraso.

165
Faça o possível para se livrar primeiro de dívidas mais
altas, como juros rotativos do cartão de crédito e che-
que especial.

Talvez você queira conhecer Como negociar dívidas: 11


Dicas para limpar o nome de forma simples e prática.

Estabeleça metas de gastos

A partir deste terceiro ponto, você pode voltar a assu-


mir o controle de suas finanças, estabelecendo metas
para cada uma das suas despesas.

Tente colocar em prática a regra dos 50-30-20, onde


divide-se a renda em 3 grandes grupos:

• Gastos essenciais: aqueles necessários para a sua


manutenção no dia a dia, como alimentação, moradia,
transporte, saúde e educação; Metade da sua renda
(50%) deve ser destinada a eles;
• Qualidade de vida: estes gastos não são imprescin-
díveis, mas permitem que você aproveite mais a vida;
30% da renda deve ser direcionada para isso.
• Prioridades financeiras: se você tem dívidas, a prin-
cipal prioridade deve ser quitá-las. Se não, poupar para
construir sua reserva para emergências. Se você já tem
uma reserva financeira, poupe para outros objetivos;
20% da sua renda deve ser reservada a elas.

Transformando a reserva para


emergências em prioridade

Se você conseguir poupar 20% da sua renda todos os


meses, em 1 ano e 8 meses você conseguirá acumular
4 salários.

166
Dependendo de quanto você gasta por mês, essa
quantia já pode ser equivalente a 6 meses de despe-
sas mensais, mas caso não seja, já é um montante pelo
menos razoável e suficiente para pessoas que possuem
emprego estável.

Onde guardar?

No momento de aplicar o dinheiro da reserva financei-


ra, é importante entender que o rendimento não é o
mais importante.

O essencial, na verdade, é procurar um investimento


seguro, de baixo risco e com liquidez diária – que per-
mita que o valor seja resgatado assim que necessário.

Nesse sentido, o Tesouro Selic, um dos títulos do


Tesouro Direto, é uma das alternativas mais interes-
santes.

Vale ressaltar que esses investimentos são tão seguros


quanto a caderneta de poupança e têm um melhor ren-
dimento.

O Tesouro Selic é garantido pelo Governo, ou seja, é


bastante improvável que você leve um calote.

Já os CDBs são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor


de Crédito), o qual garante valores até R$ 250 mil.

Isso significa que, se o banco quebrar, o fundo ressarce


o investidor até este limite.

Por fim, uma outra opção interessante é o Recibo de


Depósito Bancário - RDB da Nuconta.

167
Momento de utilização

A reserva deve ser utilizada APENAS em casos essen-


cialmente emergenciais.

Eu fiz questão de colocar o “apenas” em letras garra-


fais para que você entenda que jamais deverá utilizar
este fundo para realizar um desejo de consumo.

Situações extremas como perda do emprego, doen-


ça na família (em que o tratamento não é coberto pelo
plano de saúde) ou falecimento do responsável pelo
pagamento de contas são exemplos.

Não tenho condições de poupar 20% todo mês

Se você está muito endividado, de fato será complica-


do separar 20% da sua renda para construir uma reser-
va para emergências. Neste momento, você tem que
ter um pouco de paciência.

Quando conseguir organizar as contas e definir um


plano para quitar as dívidas, em breve estará com as
contas em ordem, as dívidas controladas e conseguirá
poupar esse valor.

Se não dá para ser 20% agora, poupe o valor que pu-


der, mas tenha como meta elevar essa quantia assim
que possível e aumente a porcentagem da sua renda
destinada à poupança aos poucos, até conseguir atingir
os 20% por mês.

168
Quero formar a reserva para emergências antes

Estipule um valor maior para suas prioridades financeiras.

Se você conseguir poupar 25% ao invés de 20% por


mês, conquistará os 4 salários ou 6 meses de despesas
mensais em aproximadamente 1 ano e 4 meses.

Para atingir esse objetivo, você tem que rever seus


gastos mensais, reduzir primeiro a participação de
30% das despesas ligadas à qualidade de vida e, em
seguida, dos gastos essenciais.

169
O fundamental é estabelecer
metas realistas

Ainda que não consiga formar sua reserva de emergên-


cias em 2 anos, é muito importante estabelecer metas
realistas.

Por isso, mais uma vez, utilize um gerenciador financei-


ro, como o Mobills, ou monte uma planilha com todos
os gastos comuns do mês.

Com isso, será possível chegar ao resultado do quanto


você terá disponível mensalmente para a reserva finan-
ceira.

Cabe ressaltar, que pode levar alguns meses para com-


pletar o investimento, ou até alguns anos. Isso depen-
derá da capacidade de poupança de cada pessoa.

Uma dica válida é destinar pelo menos 5 ou 10% de


sua renda líquida mensal para constituir a reserva de
emergência.

Se isso não for possível, comece com 1%, depois passe


para 2%, 3%, e assim por diante.

O importante é começar e tentar aumentar progressi-


vamente até atingir o objetivo (valor) necessário.

Melhor estabelecer uma expectativa alcançável do


que se frustrar por não atingir objetivos financeiros
impossíveis.

170
Se o valor atingir 10% ou mais, melhor ainda, pois a
reserva financeira será montada com maior rapidez.
Esse percentual pode variar de acordo com o tamanho
da família.

Ademais, aproveitar as facilidades do cartão de crédito


para organizar o orçamento e se beneficiar de descon-
tos e parcelamentos é uma boa opção para aumentar
o valor poupado e auxiliar na montagem da reserva de
emergência.

171
Erros comuns

Um erro bastante comum é comprar um imóvel pen-


sando em usá-lo como reserva de emergência.

Acontece que uma das principais características dessa


reserva financeira é a liquidez, isto é, capacidade de
recuperar o dinheiro.

E, no caso de imóveis, não há garantia de que o pro-


prietário conseguirá vender imediatamente. Muito pelo
contrário, normalmente não é um processo tão rápido.

Então, não cometa esse erro!

É importante também não confundir “vontade” com


“necessidade” para o uso desta reserva.

Por exemplo, uma festa para os filhos ou uma viagem


de férias devem ser pagas com outros recursos, já que
o dinheiro da reserva é destinado para acontecimentos
que estão “fora dos planos”.

Finalmente, após conseguir juntar o valor de sua reser-


va de emergências, não pare de economizar.

Você pode diminuir o percentual de economia por mês,


mas não pode deixar de alimentá-lo.

Até porque você irá utilizá-lo de acordo com as emer-


gências que forem surgindo, portanto, é sempre bom
ter um dinheiro a mais guardado.

172
Conclusão
Se você leu o e-book até aqui, deve ter percebido a
importância da reserva de emergência em um
planejamento financeiro pessoal.

Como já mencionamos, esta reserva financeira deve


ser o primeiro investimento de qualquer pessoa e ajuda
bastante no momento em que ocorrem situações
imprevistas.

Grande parte dos mais de 60 milhões de brasileiros


endividados estão com dívidas justamente porque não
se preocuparam em montar e manter uma reserva de
emergência.

Se você ainda não tem dívidas, mas já vive com um


orçamento apertado, sugiro fortemente que utilize o
Mobills para mapear suas despesas mensais e saber
qual o montante necessário para a sua reserva.

Caso você já esteja endividado, tente sair dessa situ-


ação incômoda o mais rápido possível e trabalhe para
criar sua reserva de emergência o quanto antes, para
evitar novos problemas no futuro.

173
E-book

Como começar
a inves tir:
descubra os passos para começar
a multiplicar seu dinheiro

174
Sumário

Introdução 176
Pontos a entender antes de
começar a investir 177
Comece a investir 185
Conheça os diferentes
tipos de aplicações 191
Conselhos importantes para
o investidor iniciante 198
Conclusão 200

175
Introdução
Investimentos ainda é um tabu na vida da maioria dos
brasileiros. Isso se deve a alguns fatores principais.

Primeiro, nosso endividamento pessoal é grande de-


mais para termos condições de buscarmos formas de
multiplicar nosso dinheiro.

Nesse caso, o ideal é organizar as finanças e quitar a


dívida primeiro.

O segundo fator que faz com que muitos não invistam


é o pensamento imediatista. Apesar das grandes pro-
babilidades de você estar vivo nos próximos anos, as
pessoas usam essa incerteza como pretexto para seus
hábitos consumistas.

“Só se vive uma vez” e “Não sei se estarei vivo ama-


nhã” são as frases mais usadas.

Por fim, o último fator é a falta de conhecimento. Por


nunca ter estudado qualquer assunto relacionado à
educação financeira, alguns acreditam que é muito ar-
riscado, que somente quem é rico pode investir ou coi-
sas do gênero.

Quanto mais nós estudamos, mais percebemos que é


acessível e simples fazer um primeiro investimento.

Portanto, se você quer aprender como investir dinhei-


ro com segurança e alcançar retornos satisfatórios, leia
este e-book até o final!

176
Pontos a entender antes
de começar a investir

Vamos te mostrar primeiramente alguns conceitos im-


portantes sobre o momento ideal para investir.

Em seguida, você verá de modo detalhado, através de


um passo a passo, como começar a investir dinheiro e
ter sucesso desde o início!

Para finalizar, vamos te ensinar o que fazer para perder


o medo de investir. Muita gente deixa de ganhar dinhei-
ro justamente por causa disso. Logo, é um tópico funda-
mental!

Preparado? Vamos lá!

O que é investimento?

Investir é multiplicar, não somar. Investir pressupõe o


acúmulo de lucros que você obtém, para que, com um
patrimônio cada vez maior, você lucre mais.

Quando se trata de dinheiro, é bastante comum ver


pessoas em dúvida sobre como cuidar melhor dele.

A verdade é que quase todo mundo quer alcançar


objetivos que envolvem recursos financeiros, mas a
maioria não sabe por onde iniciar os investimentos.

Por esse motivo, aprender a investir é um marco na


vida de qualquer pessoa.

177
Contudo, ao contrário do que muitos pensam, não é
necessário ser um especialista em finanças pessoais
para saber como investir dinheiro, muito menos para
começar a investir, basta saber o básico e ir aprenden-
do no processo.

A partir disso, você deixa de apenas ganhar, gastar e


poupar, começando a fazer o seu dinheiro trabalhar
para você. Nesse sentido, os investimentos servem
como a ponte que liga você até os seus objetivos finan-
ceiros, sejam eles de curto, médio ou longo prazos.

Conceitos de investimentos

Risco

Risco nada mais é do que a incerteza quanto ao futuro,


é a probabilidade de acontecerem outras coisas além
do esperado.

Quando investimos, o esperado é que multipliquemos


nosso dinheiro com essa aplicação. Contudo, existe o
risco de isso não acontecer.

No mercado financeiro, existem ativos com diferentes


níveis de risco, pois a probabilidade de perder dinheiro
é diferente em cada um deles.

Retorno

Retorno é o quanto você ganhou ou vai ganhar com


uma aplicação.

Se eu invisto R$ 1.000 e ganho R$ 100, meu retorno foi


de R$ 100 ou 10%.

178
Liquidez

Liquidez é a velocidade e a facilidade em que um ati-


vo pode ser convertido em dinheiro sem que haja perda
significativa do valor.

A falta de liquidez pode ser causada pelo baixo volume


de negociação em um mercado.

Veja o exemplo dos imóveis. É comum vermos pessoas


que estão há muito tempo tentando vender uma casa,
mas não conseguem por falta de comprador. Caso elas
queiram vender rápido, elas teriam que baixar muito o
valor do imóvel. Logo, esse ativo não tem liquidez.

Dessa forma, se você quiser vender um ativo, você não


conseguirá fazê-lo rapidamente ou terá que baixar o
preço para atrair compradores. Em ambos os casos, a
liquidez é baixa.

Nesse sentido, também existe o risco de liquidez, que é


o risco de perder dinheiro caso você não consiga resga-
tar seus investimentos quando precisar.

Risco x retorno

Existe uma relação entre risco e retorno.

Quanto maior for o risco de uma aplicação, maior deve


ser o retorno esperado nessa aplicação para compensar
o risco adicional.

179
Quando investir dinheiro?

Antes de pensar em investimentos, é preciso observar


como anda sua saúde financeira.

De pouco adianta você ter R$ 1.000 guardados na


poupança, com juros de mais ou menos 0,5% ao mês,
e estar devendo o mesmo valor, mas com juros de
10% ao mês.

Na ponta do lápis, você vai sair perdendo, visto que o


valor final a ser pago, no caso da dívida, é muito su-
perior ao valor que você conseguiria obter na grande
maioria das aplicações financeiras.

Muita gente prefere separar uma parte da renda men-


sal para investimento, mesmo estando endividado,
guardando um pouco e pagando um pouco todo mês.

Contudo, o mais inteligente é fazer os juros compostos


trabalharem a seu favor e não contra você.

Portanto, com as dívidas todas quitadas, ou pelo me-


nos controladas, e suas finanças no azul, é hora de co-
meçar a planejar os seus investimentos.

Por que você deve investir?

Mesmo que hoje você ainda não invista, saiba que deve
começar a investir o quanto antes.

Independentemente da sua situação financeira no mo-


mento, você precisa começar a pensar em reservar um
dinheiro para assegurar a estabilidade das suas finanças.

Para isso, você precisa conhecer os três principais mo-


tivos para não deixar seu dinheiro parado.

180
• Desvalorização

Com certeza, este é o principal motivo de deixar seu di-


nheiro parado ser algo extremamente insalubre para as
suas finanças: a desvalorização.

É claro que estamos em um período melhor do que


aqueles em que as pessoas juntavam notas e moedas
em potes, baús, e até embaixo de colchões.

O que normalmente acontecia é que anos depois a mo-


eda tinha mudado e aqueles papéis e peças metálicas
já não possuíam valor algum.

Atualmente, o que ocorre é que, mesmo o seu dinhei-


ro estando em uma conta bancária, os rendimentos,
quando existem, ao longo do tempo não acompanham
os índices da inflação.

Isso faz com que o seu dinheiro sofra perda de valor


real após determinado período, diminuindo seu poder
de compra no futuro

O que, inclusive, passa despercebido para muitos pou-


padores, principalmente os mais inexperientes e con-
servadores.

• Perda de oportunidades de lucro

Deixar de monitorar as melhores formas de investir faz


com que você deixe de aproveitar algumas chances de
fazer com que seu dinheiro se multiplique através das
opções mais adequadas para aquele momento e de
acordo com o seu perfil de investidor.

Aquele investidor que está atento às perspectivas do


mercado pode se beneficiar disso. Além de evitar per-
der dinheiro, essa atenção às oscilações da economia
pode ser aproveitada para potencializar nossos ganhos.

181
Obviamente, aquele que acompanha o mercado finan-
ceiro tem maiores chances de multiplicar seu patrimô-
nio do que aquele que é totalmente alheio.

• Garantir um futuro financeiro sólido

Investir nosso dinheiro e acumular patrimônio é indis-


pensável para garantir não só uma reserva financeira,
mas um futuro mais tranquilo.

“Não investir é um meio seguro de deixar de acumular


a riqueza necessária para assegurar um futuro finan-
ceiro sólido” (John Bogle).

Essa solidez não diz respeito apenas à segurança, mas


ao fato de ter um patrimônio que te permita se apo-
sentar com mais estabilidade e ter um padrão de vida
melhor.

Nesse sentido, se você pretende construir sua riqueza,


você necessariamente tem que aprender como investir
seu dinheiro.

Quanto investir?

Não existe valor mínimo para começar a investir. Na


verdade, é possível começar a multiplicar nosso dinhei-
ro a partir de 1 real.

Mas, claro, quanto maior for nosso valor inicial, mais


opções teremos à disposição. Contudo, isso não pode
ser um impedimento para começarmos a investir.

Caso você tenha um valor alto e queira começar a in-


vestir, o ideal é que você invista aos poucos, vá enten-
dendo o processo e estude mais um pouco para que
você se sinta confortável de continuar investindo.

182
É melhor ser prudente no início do que acabar aplican-
do um valor que te tire a tranquilidade.

Reserva de emergência

Antes de partir para o passo a passo sobre como inves-


tir dinheiro, quero trazer só mais esse ponto, que tam-
bém é muito relevante.

O primeiro investimento que deve ser feito por toda


pessoa, antes de qualquer outra coisa, é na sua segu-
rança.

Assim, antes de investir exclusivamente com o objeti-


vo de fazer o dinheiro trabalhar para você, é necessário
criar a famosa reserva para emergências. O nome já é
auto explicativo, mas vamos detalhar.

O fundo ou reserva de emergência é uma quantia


guardada para ser usada em caso de necessidade:

• Doença na família;
• Desemprego;
• Conserto de bens essenciais;
• Qualquer outra situação que acabe gerando despesas
extras, que não foram previstas no orçamento.

Quanto guardar?

O mínimo é ter o valor equivalente a 6 meses de salário


ou até 1 ano, dependendo da sua estabilidade no em-
prego.

Ter a reserva de emergência ajuda a preservar seus in-


vestimentos posteriores.

183
Afinal, se acontece algum imprevisto, você a princípio
não precisará mexer no montante que vem juntando
para outros objetivos financeiros: pode sempre contar
com seu “quebra-galho”.

Como o nome já diz, o dinheiro será utilizado para


emergências. Logo, precisará estar sempre disponível.
Nesse sentido, boas opções são os CDBs com Liquidez
Diária e a conta do Nubank.

184
Comece a investir

Elabore seus objetivos

A primeira etapa para quem quer começar a investir é


traçar seus objetivos financeiros.

Nessa etapa, você pode separar suas metas de acordo


com os prazos: curto prazo (até 2 anos), médio prazo
(de 2 a 5 anos) e de longo prazo (5 anos em diante).

Desse modo, ficará mais claro para você na hora de es-


colher os ativos para cada um desses prazos.

Vamos conhecer alguns exemplos de objetivos de acor-


do com o prazo de realização:

• Curto prazo: viajar, reformar a casa, dar entrada em


um carro;
• Médio prazo: dar entrada em um imóvel, trocar de
carro, começar uma faculdade; e
• Longo prazo: planejar a educação dos filhos, se apo-
sentar, comprar um imóvel.
Não posso deixar de dizer que as decisões de investi-
mento nem sempre são tão simples, pois mesmo que
uma pessoa tenha um objetivo de longo prazo, seu ní-
vel de aceitação de risco vai ser primordial na escolha
dos ativos.
Por isso, é importante que você leve em consideração o
seu perfil e os seus objetivos, não um ou outro.

185
Além disso, não esqueça de definir metas que sejam
realmente importantes para você, pois a relevância de-
las é que vai garantir a motivação que implicará na dis-
ciplina, que será fundamental para que o planejamento
seja seguido e não haja desvios.

Identifique o seu perfil de investidor

Para saber quais os tipos de investimentos mais indica-


dos para começar a investir dinheiro, é essencial des-
cobrir o seu perfil de investidor.

Há basicamente cinco perfis.

Ultraconservador

• Características: Totalmente avesso ao risco e não


suporta ver oscilações no preço dos ativos da sua car-
teira.
• Alocação: Aplicará no máximo 10% da sua carteira
em ativos de risco e no mínimo 90% em ativos seguros.

Conservador

• Características: São avessos ao risco, mas aceitam


ter uma pequena parcela do seu portfólio em ativos
com maior oscilação.
• Alocação: Aplicará no máximo 40% da sua carteira
em ativos de risco e no mínimo 60% em ativos seguros.

Moderado

• Características: Aceitam um pouco mais o risco, mas


não deixam de ter uma boa parcela do portfólio em ati-
vos com baixa oscilação.
• Alocação: Aplicará entre 40% e 60% em cada tipo de
ativo.

186
Arrojado

• Características: São investidores que buscam renta-


bilidades maiores e estão dispostos a aceitar oscilações
no preço das suas aplicações.
• Alocação: Aplicará no mínimo 60% da sua carteira em
ativos de risco e no máximo 40% em ativos seguros.

Agressivo

• Características: São totalmente indiferentes ao risco


e, se investirem, colocaram muito pouco dos seus re-
cursos em aplicações com baixa oscilação.
• Alocação: Aplicará no mínimo 90% da sua carteira
em ativos de risco e no máximo 10% em ativos seguros.

Como identificar seu perfil

Para que você possa se identificar com alguns desses


perfis, você precisa responder algumas perguntas:

• Você necessita dos recursos investidos dentro de pou-


co tempo ou você pretende deixar durante anos?
• Como você se sentiria caso o preço das suas aplica-
ções caísse 20%, venderia tudo ou sabe que faz parte
do jogo?
• Quais são os seus objetivos com esse investimento,
construir uma renda para a aposentadoria ou trocar de
carro daqui a um ano?
• Você já tem conhecimento ou experiência com aplica-
ções financeiras?
• Em que etapa da vida você está?
Essas respostas vão te auxiliar na identificação da sua
capacidade de tomar riscos.

187
Por exemplo, quanto mais novo você for, mais risco
você pode correr, pois tem tempo e energia suficiente
para recomeçar novamente caso haja uma perda finan-
ceira.
Por outro lado, se seus objetivos são de curto prazo,
deveria aplicar em algo que oscile menos e que tenha
um risco menor, para não que não haja possibilidade de
você não ter o dinheiro que juntou no prazo de realiza-
ção da sua meta.
Escolher ativos mais arriscados do que deveria, pode ti-
rar o nosso sono. No entanto, quando escolhemos apli-
cações com baixo risco, mesmo suportando alto risco,
perderemos grandes oportunidades.
Uma alternativa para identificar seu perfil é fazer o tes-
te de API (Análise de Perfil do Investidor), disponível na
área de investimentos do nosso aplicativo Mobills.

Defina qual valor será investido

Ao escolher em quais aplicações investir, você precisa le-


var em consideração esses dois pontos: perfil de risco e
objetivos financeiros.

Como foi dito, suas decisões de investimento não podem


considerar somente um desses pontos, mas os dois.

O próximo passo é definir qual porcentagem da sua car-


teira vai ser alocada em cada classe de ativos de tal modo
que seus objetivos sejam alcançados.

Se você ainda não tem muito claro em sua mente qual


deve ser a divisão ideal da sua carteira, não se preocu-
pe. Isso vai se desenvolver com o tempo. O importante é
você não deixar que isso seja um impedimento em seu
processo de investir.

188
Aspectos a serem considerados na escolha de um investi-
mento:

• Valor mínimo necessário;


• Liquidez;
• Data de vencimento;
• Rentabilidade; e
• Riscos envolvidos.

Abra conta em uma instituição financeira

É necessário ter conta em uma instituição financeira por-


que o investidor Pessoa Física não consegue acessar di-
retamente os ativos financeiros. Então, é preciso de uma
instituição que intermedie a relação entre o investidor e
os produtos financeiros.

Essas instituições são bancos e corretoras. Para iniciar


seus investimentos, dê prioridade às corretoras de valo-
res confiáveis. Isso porque os bancos tradicionais normal-
mente possuem poucos produtos à disposição e oferecem
custos menos atrativos. As corretoras, por outro lado,
costumam oferecer os investimentos mais interessantes e
com as melhores rentabilidades.

Após escolher a corretora da sua preferência, é necessá-


rio criar a sua conta. Para isso, basta inserir seus dados
pessoais, criar um login e definir uma senha.

Depois, transfira o dinheiro que você tem disponível para


começar a investir da sua conta bancária para a conta da
corretora, através de uma transferência de mesma titula-
ridade.

Lembrando que o ideal é que você faça isso sem custo al-
gum. Nesse sentido, a dica é usar bancos digitais que não
cobram taxas de transferência.

189
Pronto, feito isso, em questão de minutos, o valor trans-
ferido estará disponível para utilização na sua conta da
corretora.

Como escolher a melhor corretora para investir

Quando falamos em melhor corretora, não significa que


existe uma melhor corretora absolutamente, mas sim
uma que se adequa melhor às nossas necessidades.

De qualquer forma, precisamos analisar alguns critérios


para que possamos escolher a corretora ideal:

• Confiabilidade;
• Custos;
• Serviços prestados;
• Produtos oferecidos; e
• Atendimento.

Se você levar em consideração todos esses critérios e


ponderá-los de acordo com as suas necessidades, com
certeza você será bem-sucedido.

Confira nosso artigo para descobrir quais são as


melhores corretoras do Brasil.

190
Conheça os diferentes tipos
de aplicações

Para que seu dinheiro não fique parado e, com isso,


acabe se desvalorizando é preciso conhecer as suas
opções de investimento, para buscar as melhores
alternativas e rentabilidades para o seu caso.

São diversos tipos disponíveis e alguns envolvem um


risco maior do que outros. Porém, em linhas gerais, há
duas categorias de investimentos: renda fixa e renda
variável.

Renda Fixa

Renda fixa é uma classe de ativos financeiros que con-


siste em uma operação de empréstimo, em que o cre-
dor empresta dinheiro a uma instituição ou governo
com o objetivo de receber o valor de volta acrescido de
juros no vencimento.

Nessa operação, todos os detalhes do contrato são de-


finidos no momento da aplicação. Ou seja, é possível
determinar o parâmetro de rentabilidade e o prazo de
antemão.

A taxa da remuneração pode ser prefixada (a taxa não


vai variar durante todo o período) ou pós-fixada (atre-
lada a um índice econômico (Taxa Selic, IPCA, CDI).

191
Os principais investimentos de renda fixa são:

• CDB;
• Debêntures;
• Fundos de Renda Fixa;
• Letra de Câmbio;
• CRI/CRA;
• LCI/LCA; e
• Títulos públicos.

Renda Variável

Renda variável consiste em uma classe de ativos onde


não é possível determinar o retorno no momento da
aplicação.

Na verdade, o valor dos ativos, bem como sua rentabi-


lidade, varia de acordo com as expectativas e com as
condições do mercado.

Por isso, envolve um maior risco do que os ativos de


renda fixa. No entanto, os retornos também podem ser
incrivelmente maiores, principalmente, no longo prazo.

A grande questão é que você tem que analisar mais


para identificar boas oportunidades, fazer as melhores
escolhas e alcançar resultados expressivos.

Ou pagar uma taxa para que alguém faça isso por


você, que é o que ocorre no caso dos Fundos de Inves-
timento.

192
Os principais investimentos de renda variável são:

• Ações;
• Commodities;
• Derivativos;
• Moedas
• Criptomoedas; e
• Fundos de Investimento de Renda Variável.

Obs: Tenha sempre em mente que pesquisar e estudar


sobre os diferentes tipos de investimento é muito impor-
tante para que você tenha condições de escolher suas
aplicações sem ser enganado por qualquer tipo de oferta.

Investimentos que você precisa conhecer

Dentre esses ativos citados acima, julgamos que é ne-


cessário você conhecer alguns mais a fundo.

Títulos Públicos

O primeiro ativo que você tem que conhecer são os


títulos públicos.

Considerado o investimento mais seguro do Brasil, esse


investimento consiste numa operação de empréstimo,
em que você é o credor e o governo é o devedor.

O governo emite esses títulos para captar recursos de


investidores que esperam receber o valor emprestado
acrescido de juros no vencimento.

Você pode investir em títulos públicos através do


Tesouro Direto, que é uma plataforma que todas as
corretoras têm acesso.

193
Existem títulos com diferentes vencimentos e diferen-
tes parâmetros de rentabilidade.

Além disso, você pode resgatar seu investimento sem-


pre que quiser.

Certificado de Depósito Bancário

O investimento em um CDB também consiste em uma


operação de empréstimo sendo que o devedor é uma
instituição financeira.

É possível encontrar CDBs com baixíssimo risco, pois


no Brasil temos grandes bancos que são muito sólidos
e seguros.

Além disso, esse ativo é coberto pelo FGC. Existe uma


proteção a mais para o investidor.

Debêntures

A debênture também é um título de renda fixa e, por isso,


funciona basicamente como um título público e um CDB.

Contudo, ao invés de emprestar dinheiro para o gover-


no, você emprestará para uma empresa que não faz
parte do setor financeiro.

Naturalmente, como emprestar para uma empresa é


mais arrisco do que emprestar para o governo, esse
tipo de ativo oferece uma maior expectativa de retorno
quando comparado aos títulos da dívida.

Fundos de Investimento

Fundos de Investimento são uma espécie de “condo-


mínio” de investidores, que reúnem seus recursos para
serem aplicados em conjunto no mercado financeiro.

194
A principal vantagem desse tipo de aplicação é a ges-
tão profissional, pois existe um gestor capacitado que
faz o gerenciamento dos ativos do fundo, e a diversifi-
cação, pois existem vários ativos diferentes dentro de
um mesmo fundo.

Mas, o universo dos fundos de investimento é muito


amplo, pode existir fundos dos mais diferentes tipos.

Portanto, você precisa conhecer alguns específicos.

• Fundos de Investimento de Renda Fixa: Os fundos


de renda fixa têm obrigação de investir pelo menos 80%
do seu patrimônio líquido em ativos de renda fixa.

É indicado para quem quer diversificar na renda fixa,


mas não tem muito dinheiro para comprar vários ativos
diferentes.

• Fundos de Investimento de Ações: Um fundo de in-


vestimento de ações é um fundo que aplica pelo menos
67% dos recursos do fundo em ações.

É uma ótima alternativa para quem quer se expor ao


mercado acionário com as vantagens que os fundos de
investimento proporcionam.

• Fundos de Investimento Imobiliários: É uma classe


de fundo de investimento em que os investidores apli-
cam seus recursos em conjunto no mercado imobiliário.

Tradicionalmente, o dinheiro é usado na construção ou


na aquisição de imóveis que depois serão locados.

Por lei, 95% dos resultados do fundo devem ser distri-


buídos aos cotistas.

195
O mais interessante é que esse instrumento é uma boa
forma de construir renda passiva, pois os rendimentos
são distribuídos mensalmente.

• Fundos de Investimento de Índice (ETFs): São fun-


dos de investimento que buscam acompanhar o desem-
penho de um índice de referência.

Por exemplo, o BOVA11 é um ETF que replica o desempe-


nho do Ibovespa.

A maior vantagem desse tipo de ativo são os baixos


custos e a garantia de que o investidor não terá um
retorno abaixo do mercado.

Ações

Uma ação é a menor parte do patrimônio de uma em-


presa. Portanto, ao adquirir uma, você passa a ser sócio
da companhia.

O maior atrativo das ações é a expectativa de valoriza-


ção do preço da ação e o recebimento de dividendos,
que é a parte do lucro que a empresa distribui aos acio-
nistas.

Fundo garantidor de crédito (FGC)

Essa instituição protege o capital e a rentabilidade dos


investidores contra surpresas como falência do banco
ou não pagamento das aplicações.

O objetivo geral do Fundo Garantidor de Crédito é sim-


plesmente manter a confiança dos investidores no mer-
cado para que eles possam aplicar sem medo de perder
o seu capital.

O FGC não é um órgão público, é uma associação civil


(entidade privada), sem fins lucrativos, destinada a ad-

196
ministrar mecanismos de proteção a titulares de crédi-
tos contra instituições financeiras.

Então, caso ocorra algum problema com a aplicação por


causa do emissor do título, o FGC abre um processo para
garantir todo o capital dos investidores e a rentabilidade
gerada até o momento do fechamento do banco.

O que muitas pessoas não sabem é que o FGC não é


um mero “pagador de dívidas” que trabalha apenas em
momentos catastróficos.

Essa entidade conta com profissionais preparados para


agir também prevenindo emergências em todo o siste-
ma bancário e financeiro.

Títulos protegidos

São fundos de investimento que buscam acompanhar o


desempenho de um índice de referência.

• Depósitos à vista;
• Poupança;
• CDB e RDB;
• LC, LI e LH; e
• LCI e LCA.

Esses investimentos possuem proteção total até o valor


de R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira.

Em dezembro de 2017, o FGC aprovou novas regras de


cobertura do fundo, que agora passa a ser limitada a
um volume global de R$ 1 milhão por CPF, com a
cobertura de R$ 250 mil por emissor sendo mantida.

Além disso, depois de utilizada, essa garantia só poderá


ser usada novamente depois de quatro anos.

197
Conselhos importantes para
o investidor iniciante

Diversifique sua carteira

Esse é muito importante por dois motivos:

• Primeiro, você não precisa ter apenas um objetivo fi-


nanceiro. Isso significa que a sua carteira não precisa
estar alocada para a conquista de uma só meta. O ideal
é que você tenha vários ativos, sendo que cada um de-
les cumpre um propósito.
• Segundo, diminuição do risco. Se você aumentar o
número de aplicações na sua carteira, minimizará a
possibilidade de perdas financeiras significativas, pois a
desvalorização de um ativo pode ser compensada pela
valorização de outro.

Faça o rebalanceamento da sua carteira

De tempos em tempos, faça o rebalanceamento da sua


carteira; é normal que uma classe valorize mais que ou-
tra, então o ideal é que você invista naquela que menos
valorizou (ou até mesmo desvalorizou) para que a aloca-
ção inicial definida por você seja sempre mantida.

Foque no longo prazo

No curto prazo, o comportamento do mercado e dos


ativos é imprevisível, tudo pode acontecer. Contudo, no
longo prazo, aqueles investimentos de qualidade ten-
dem a performar melhor.

198
Por isso, foque em escolher bons ativos e não tenha
pressa de colher resultados rapidamente. As maiores
fortunas são construídas ao longo de muitos anos.

Mas, claro, se você tiver objetivos de curto prazo, sua


carteira deve ser direcionada nesse sentido. Contudo, é
importante que você não espere grandes retornos nos
ativos direcionados para objetivos de curto prazo, mas
que foque em segurança e liquidez.

Estude bastante

Para podermos escolher os melhores ativos, devemos


estudá-los com afinco. Não podemos aplicar o dinheiro
que conseguimos com tanto esforço em qualquer inves-
timento. É preciso entender um pouco do mercado, dos
ativos, do nosso perfil e dos nossos objetivos.

Por isso, nunca deixe de se aprimorar nesse sentido.

Caso você não tenha tanto tempo ou interesse em se


aprofundar muito, considere delegar a responsabilida-
de de investir seu dinheiro a um terceiro, seja fundos de
investimento, seja um consultor financeiro. Mas, claro,
esse profissional deve ser escolhido com muito cuidado.

Não negligencie o controle das suas finanças

Se você investe há 10 anos ou ainda nem investe, esse


ponto sempre deverá ser observado por você. Indepen-
dente de quanto ganhamos ou do nosso conhecimento,
sempre precisamos ficar atentos ao nosso orçamento.

Portanto, mantenha o controle constante dos seus gas-


tos e da sua receita para que não haja surpresas nega-
tivas em seu orçamento.

199
Conclusão
Começar a investir dinheiro é uma das melhores e mais
importantes decisões que você pode tomar na sua vida.

Além de possibilitar a conquista de objetivos financei-


ros, o investimento nos garante um futuro muito mais
sólido, uma aposentadoria muito mais tranquila e uma
independência financeira maior.

O mais interessante é que, mesmo com todos os bene-


fícios, investir não é uma tarefa inacessível ao cidadão
comum. Pelo contrário, é mais fácil e simples do que a
maioria pensa.

Diante disso, busque dar o primeiro passo, faça seu pri-


meiro investimento e vá aprendendo no processo, sem-
pre levando em consideração seu perfil e as suas me-
tas. Com o tempo, você verá os frutos da sua decisão.

Por último, mas não menos importante, lembre-se: se


você quer ter mais dinheiro disponível para investir,
deve se preocupar também em controlar as finanças
pessoais.

Dessa maneira, você vai descobrir onde pode economi-


zar e poupar mais dinheiro para investir mensalmente,
ficando mais próximo da independência financeira.

Não se esqueça de usar o Mobills para te ajudar nessa


tarefa e para controlar suas aplicações, com o Módulo
de Investimentos!

Boa sorte!

200
E-book

Renda Fixa :
invista com segurança e eficiência

201
Sumário

Introdução 203
O que é renda fixa 204
Ativos de renda fixa 209
Fundo Garantidor de Crédito 218
Como investir em renda fixa 220
Imposto de Renda 221
Avaliando a renda fixa 223
Conclusão 224

202
Introdução
Quando decidimos investir, muitas vezes não sabemos
por onde começar nem onde aplicar, parece que tudo é
muito complexo e confuso para nós.

O curioso é que, com um pouco de informação, acaba-


mos achando que o mercado financeiro é mais comple-
xo ainda. Ao tomar conhecimento da variedade de apli-
cações existentes, sem entender o funcionamento de
cada uma delas, podemos ser levados a achar que nun-
ca conseguiremos entender todas.

Não se preocupe, isso é normal. O que você precisa fa-


zer é continuar buscando informações, estudando e
aprendendo. Dessa forma, você conseguirá entender
todo o necessário para investir com segurança e atingir
ótimos resultados.

Para te ajudar nesse processo, esse e-book te ensinará


sobre um dos assuntos mais importantes do mercado,
a renda fixa. Além de ser um dos investimentos mais
seguros possíveis, os títulos de renda fixa são fáceis de
compreender e simples de aplicar.

Portanto, esperamos que você tenha grande proveito


com a leitura desse conteúdo e, assim, se desenvolva
como investidor. Então, vamos nessa?

203
O que é renda fixa?

Renda fixa é uma classe de ativos financeiros que con-


siste em uma operação de empréstimo, em que o credor
empresta dinheiro a um terceiro com o objetivo de rece-
ber o valor de volta acrescido de juros no vencimento.

Nessa operação, todos os detalhes do contrato, como


prazos e taxas, são definidos no momento da aplica-
ção. Então, é possível ter um bom grau de previsibilida-
de quanto ao rendimento do investimento.

O emissor de um título de renda fixa acredita que pode


aplicar os recursos captados de modo a alcançar uma
rentabilidade maior do que os juros que ele terá que
pagar ao credor.
R$

investidor títulos emissor

no vencimento:

títulos

investidor +R$ emissor

E quem pode ser emissor? O governo ou uma empresa.

204
Detalhes do contrato

Quando investimentos em um título de renda fixa, no


momento da aplicação, já sabemos qual será o parâmetro
de rentabilidade, o vencimento e a liquidez da operação.

• Rentabilidade: existem três parâmetros de rentabili-


dade nas aplicações de renda fixa:

• Pré-fixada: retorno baseado em uma taxa fixa


que não vai variar durante todo o período, então você
já sabe exatamente quanto vai ganhar no vencimento.
Por exemplo, um título que rende 2% ao ano. Não im-
porta o que aconteça, ele vai render 2% ao ano.
• Pós fixada: retorno baseado em um índice, mas
esse índice pode variar durante todo o período. Por
exemplo, se você investe em um título atrelado à Selic,
você sabe que o retorno vai ser de acordo com esse ín-
dice, mas não sabe como esse índice vai se comportar.

• Mista: o retorno dos títulos com rentabilidade


mista vai ter uma parte fixa e outra baseada em um
índice. Por exemplo, um título que rende 3% mais a
variação da inflação.

E quais são os principais índices de referência das apli-


cações de renda fixa? São três:

• Taxa Selic: é a taxa básica de juros da nossa


economia, tem impacto nas outras taxas do mercado e
é definida a cada 45 dias;

• Taxa DI: é a taxa que remunera os depósitos in-


terbancários lastreados em CDI pelo prazo de um dia
útil; e

• IPCA: é o índice oficial de inflação, mede a va-


riação dos preços dos bens consumidos pela população
e é divulgado mensalmente pelo IBGE.

205
• Vencimento: o vencimento de um título de renda fixa
é a data em que o título expira.

No dia seguinte à data de vencimento, o saldo líquido da


aplicação vai ser creditado na conta da sua corretora.

Caso você pretenda deixar seu dinheiro aplicado por


muito tempo, o ideal é aplicar em títulos com um venci-
mento maior, pois, assim, o efeito dos juros compostos
será mais significativo ao longo do tempo.

• Liquidez: liquidez é a facilidade e a velocidade com


que um ativo pode ser convertido em dinheiro sem que
haja perda significativa de valor.

Em alguns títulos, você pode resgatar antes do venci-


mento, em outros não. Nos que você pode, você pode
vender seu título para o emissor ou negociá-lo no mer-
cado secundário.

Nesse processo, você pode acabar tendo prejuízo. Por-


tanto, o ideal é que você fique com seu título o maior
tempo possível.

Hoje em dia, existem aplicações de renda fixa que tem


liquidez diária, isto é, se você solicitar o resgate hoje,
no mesmo dia, o dinheiro estará na sua conta.

É importante que você verifique a liquidez do título an-


tes de investir para que você escolha aquele que está
adequado com suas necessidades e com os seus objeti-
vos.

Riscos da renda fixa

Depois de entendermos todos os detalhes relevantes da


parte contratual da renda fixa, podemos partir para os
riscos dessa classe de ativos.

206
Risco nada mais é do que a incerteza quanto ao futu-
ro, é a probabilidade de acontecer outras coisas além
do esperado. Nesse sentido, alguns investimentos são
mais arriscados do que outros, pois em uns eu consi-
go estimar com mais precisão o meu retorno, enquanto
em outros é mais difícil.

Mas, quais são os principais riscos da renda fixa?

• Risco de crédito: esse risco está presente nas apli-


cações de renda fixa e existe pela incerteza quanto ao
recebimento do valor emprestado. Como todo investi-
mento de renda fixa é uma operação de empréstimo,
existe um risco de não recebimento do valor aplicado,
ou seja, de levarmos um calote.

Esse risco vai variar de acordo com a saúde do banco


que o emissor. Quanto mais sólido for o seu balanço,
menor é a possibilidade de calote. Portanto, é muito
importante que você verifique os aspectos contábeis da
instituição para a qual você vai emprestar seu dinheiro.

Contudo, não podemos esquecer da relação risco-re-


torno. As instituições de grande porte não precisam
oferecer grandes retornos para atrair investidores, só
as pequenas. Por isso, ao desejar um retorno maior,
precisamos estar dispostos a investir em um título com
um risco maior.

• Risco de mercado: o risco de mercado acontece pela


possibilidade de termos prejuízo por causa de uma va-
riação negativa no preço do título. Precisamos entender
que existe um mercado secundário formado por inves-
tidores que precificam os títulos de acordo com suas
expectativas da variação de juros. Caso você venda seu
título antes do vencimento, o fará pelo preço vigente
no mercado no momento da venda.

207
• Risco de inflação: é a possibilidade de termos um re-
torno abaixo da variação nos índices de preço, fazen-
do com que nosso dinheiro perca mais valor do que se
multiplique. Esse risco só está presente naqueles ativos
que não são atrelados à inflação.

• Risco da taxa de juros: por causa da variação nas


taxas de juros, é possível que tenhamos um retorno
aquém do esperado.

208
Ativos de renda fixa

Títulos públicos

O título mais clássico da renda fixa são os títulos da


dívida pública. Neles, você empresta dinheiro para o
governo que promete devolver o valor aplicado acresci-
do de juros no vencimento.

São considerados o investimento mais seguro do país,


com baixo risco de crédito, pois o governo tem uma
grande capacidade de cobrar mais impostos, imprimir
mais moeda e fazer mais dívidas para honrar o com-
promisso que fez com você.

Com o objetivo de facilitar a captação de recursos e


democratizar o acesso a esses ativos, o governo criou
em 2002 o Tesouro Direto, um programa que permi-
te a negociação de títulos públicos por Pessoas Físicas.
Além disso, esse programa foi criado em parceria com
a Bolsa de Valores e fornece uma plataforma 100% on-
line para que as pessoas pudessem negociar sem sair
de casa.

Antes de 2002, só era possível investir em títulos pú-


blicos através de fundos de investimento que compra-
vam dos grandes bancos. Atualmente, pessoas comuns
já conseguem aplicar nesse tipo de ativo.

No Tesouro Direto, existem cinco títulos diferentes:

209
Aqui, vamos mostrar todos os tipos diferentes de títu-
los:

• Tesouro Pré-fixado;
• Tesouro Pré-fixado com juros semestrais;
• Tesouro Selic;
• Tesouro IPCA+; e
• Tesouro IPCA+ com juros semestrais.

• Como funcionam cada um dos títulos:

• Tesouro Pré-fixado: neste título, você contrata-


rá uma taxa fixa, que não vai variar durante todo o pe-
ríodo, então você já sabe quanto vai ganhar no venci-
mento;

• Tesouro Selic: o rendimento vai variar de acordo


com a taxa de juros da economia que é definida pe-
riodicamente pelo Copom;

• Tesouro IPCA+: o rendimento vai variar de acor-


do com a taxa oficial de inflação do país (que é calcu-
lada pelo IBGE e publicada mensalmente) e uma taxa
pré-fixada; sim, esse título tem uma parte pré e outra
pós que se somam para remunerar o investidor.

Mas, você deve estar se perguntando: e esses títulos


com juros semestrais?

É a mesma coisa do título normal, a diferença é que


todo o rendimento do semestre será pago ao fim de
um período de 6 meses ao investidor e será creditado
como saldo na corretora.

210
Títulos Retorno Taxa Pagamentos

Tesouro Selic Pós fixado Selic No vencimento

Tesouro
Pré-fixado Taxa fixa No vencimento
Pré-fixado

Tesouro
Semestralmente
Pré-fixado com Pré-fixado Taxa fixa
e no vencimento
juros semestrais

IPCA +
Tesouro IPCA+ Misto No vencimento
taxa fixa

Tesouro IPCA+
IPCA + Semestralmente
com juros Misto
taxa fixa e no vencimento
semestrais

Se você quiser saber quais são as taxas do dia hoje que


estão sendo negociadas nos títulos públicos, consulte o
site do Tesouro Direto.

Pronto, agora você precisa saber quais desses cinco tí-


tulos é mais recomendado para a sua carteira de inves-
timentos.

• Quais títulos escolher

Cada um desses títulos é recomendado para cada ob-


jetivo diferente dos investidores. Dependendo da sua
meta, é possível você ter mais de um título diferente na
sua carteira de investimento.

Por exemplo, os com juros semestrais são recomenda-


dos para quem já acumulou um patrimônio conside-
rável, não tem interesse em rentabilizar o valor inicial
aplicado e quer apenas receber os rendimentos periódi-
cos para fazer uma viagem ou mesmo pagar as despe-
sas do período.

211
Para aqueles que desejam manter esse investimen-
to por muito tempo, o melhor seria investir em títulos
que não pagam juros semestrais, pois o efeito dos juros
compostos ao longo do tempo será cada vez mais sig-
nificativo.

Nesse momento, podemos passar para os títulos em


que o valor inicial investido é pago no vencimento ou
no resgate.

• Tesouro pré-fixado: é recomendado para aque-


las pessoas que acreditam que o Copom pode baixar
Selic nas próximas reuniões ou para aquelas que que-
rem fazer um planejamento minucioso e não querem
correr o risco de o plano dar errado por uma variação
na taxa de juros;
• Tesouro Selic: é recomendado para aquele in-
vestidor mais conservador que não quer correr o risco
do mercado e quer sempre ter seu rendimento atrelado
aos juros, independente se ele vai subir ou cair; e
• Tesouro IPCA+: é recomendado para todos os
investidores, pois o Brasil tem histórico de inflação alta
durante toda a sua existência, mas especialmente para
aqueles que acreditam na subida do índice, aqueles
que querem se proteger da alta dos preços ao longo do
tempo e aqueles que desejam deixar o dinheiro aplica-
do por mais tempo (esses títulos têm vencimentos mais
longos).

• Observações importantes:

Apesar de ser possível investir com pouco dinheiro,


existe um limite: você não pode comprar menos de 1%
do título e/ou o valor aplicado não pode ser menor que
30,00 reais.

212
Isso é importante de se dizer, pois na hora que você for
comprar, aparecerá a opção de você comprar basea-
do na proporção de um título ou baseado num valor em
reais. Em ambos os casos, o limite mínimo tem que ser
respeitado.

Além disso, existe uma questão a considerar na hora


do resgate do investimento. Durante todo o período em
que você estiver com o título, o valor aplicado vai ficar
rendendo o que foi acordado, ou seja, se você segu-
rar até o vencimento, vai receber todo o rendimento do
período.

Contudo, durante esse mesmo período, o valor do tí-


tulo vai variar de acordo com a oferta e demanda dos
investidores. Isso quer dizer que se você resgatar o in-
vestimento antes do vencimento, o dinheiro que você
receberá dependerá do preço do título no dia, ou seja,
há a possibilidade de se ter prejuízo.

• Custos do Tesouro Direto:

Existem duas despesas principais: taxa de custódia co-


brada pela B3 (nossa Bolsa) e pela própria corretora.

Neste caso, a maioria das corretoras não cobra para in-


vestir no Tesouro Direto, mas há essa possibilidade.

Por outro lado, a B3 cobra semestralmente uma taxa


equivalente a 0,25% ao ano. Mas, ela só cobra de quem
tem um montante superior a 10.000 reais e apenas so-
bre o valor excedente.

Isso significa que se você tiver 12.000 reais aplicados


em títulos da dívida, só vai pagar 5,00 reais ao ano re-
ferente ao valor de 2.000 reais.

213
Certificado de Depósito Bancário

Os CDBs são um título de renda fixa que ajuda na cap-


tação de recursos por parte de instituições financeiras.
Do mesmo modo dos títulos públicos, você empresta
seu dinheiro para o emissor, que no caso são institui-
ções financeiras, para receber esse valor acrescido de
juros no vencimento.

Apesar de terem características semelhantes, nem to-


dos os CDBs são iguais. Isso porque a capacidade de
pagamento vai variar de acordo com cada instituição.

O diferencial desse investimento é que existem opções


com um baixíssimo risco de calote, o que faz com que
esse ativo seja considerado seguro.

Além disso, existem CDBs com diferentes prazos e que


são indexados a diferentes tipos de indicadores.

Debêntures

As debêntures são uma ótima forma de captação de


recursos pelas empresas não financeiras. Da mesma
forma que os CDBs e os títulos públicos, uma debêntu-
re consiste em uma operação de empréstimo em que
uma empresa que não faz parte do setor financeiro é a
emissora.

Normalmente, as empresas emitem debêntures com o


objetivo de conseguir dinheiro que pode ser usado para
construir uma nova fábrica, expandir suas operações
no exterior, adquirir uma concorrente ou fazer qualquer
outro grande investimento.

214
LCI e LCA

Uma Letra de Crédito Imobiliário ou uma Letra de


Crédito do Agronegócio é um título de renda fixa utili-
zado para captar recursos que serão investidos no setor
imobiliário e no setor agrícola respectivamente.

Dinânima LCI e LCA

R$

investidor LCI ou LCA emissor

empréstimo

empreendimentos
emissor pagamento imobiliários ou atividades
agropecuárias

no vencimento:
LCI ou LCA

investidor R$ emissor

No caso do setor imobiliário, se uma instituição finan-


ceira quiser emprestar dinheiro para construção ou re-
forma de imóveis, ela pode fazer isso com os recursos
captados através de uma LCI.

De modo semelhante, um banco pode captar dinheiro


para investir no agronegócio. O agronegócio envolve as
atividades desenvolvidas pelos fornecedores de semen

215
tes, serviços, equipamentos, industrialização e comer-
cialização da produção agropecuária, além da pecuária
e agricultura.

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários e os Certifi-


cados de Recebíveis do Agronegócio são títulos de ren-
da fixa vinculados ao mercado imobiliário e ao setor
agrícola, respectivamente.

No primeiro caso, podemos citar o exemplo de uma


construtora que precisa adiantar o dinheiro de vendas
feitas a prazo feitas por ela. Em vez de pedir emprésti-
mo em um banco comercial, ela procura uma empresa
securitizadora que emite os CRIs. Dessa forma, no lugar
de dever dinheiro para o banco, ela deve para vários
investidores, que receberão os CRIs que representam
uma promessa de pagamento.

É vantajoso para os dois lados.

Os CRAs também são uma promessa de pagamento


futuro. Nesse caso, eles envolvem negócios com pro-
dutores rurais que podem ser financiamentos ou em-
préstimos relacionados à produção, industrialização,
beneficiamento e comercialização de produtos agrícolas.

Fundos de Investimento de Renda Fixa

Fundos de Investimento são uma espécie de “condomí-


nio” de investidores, que reúnem seus recursos para que
sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro.

A principal vantagem desse tipo de aplicação é a ges-


tão profissional, pois existe um gestor capacitado que
faz o gerenciamento dos ativos do fundo, e a diversifi-
cação, pois existem vários ativos diferentes dentro de
um mesmo fundo.

216
No caso dos fundos de renda fixa, eles têm obrigação
de investir pelo menos 80% do seu patrimônio líquido
em ativos relacionados à variação da taxa de juros e/ou
a índices de preços. Além disso, eles podem ser classifi-
cados em cinco tipos:

• Curto Prazo: prazo médio dos títulos da carteira do


fundo deve ser inferior a 60 dias;
• Referenciado: busca obter um retorno igual a um ín-
dice de referência, como o CDI;
• Simples: objetiva investir em títulos com baixo risco
de crédito;
• Externa: investe em títulos da dívida externa brasi-
leira; e
• Crédito Privado: expõe mais da metade do seu pa-
trimônio em títulos privados.
É indicado para quem quer diversificar na renda fixa,
mas não tem muito dinheiro para comprar vários ativos
diferentes.

Agora que você já conhece os principais ativos de ren-


da fixa, precisa conhecer uma das principais institui-
ções do mercado financeiro: o FGC.

217
Fundo Garantidor de Crédito

O Fundo Garantidor de Crédito, ou FGC, é uma associa-


ção civil, sem fins lucrativos, que busca proteger inves-
tidores no âmbito do sistema financeiro nacional e pre-
venir o risco de uma crise bancária sistêmica. Em outras
palavras, é um mecanismo que garante aos clientes das
instituições financeiras associadas a recuperação do pa-
trimônio investido, no caso de falência.
Entretanto, nem todos os títulos que nós citamos acima
são cobertos pelo FGC. Portanto, precisamos conhecer
os que são.

• Ativos protegidos:
• Depósitos à vista;
• Poupança;
• CDB e RDB;
• LC, LI e LH; e
• LCI e LCA.

Além disso, o FGC tem algumas regras que precisamos


conhecer. Elas são:

• Cobertura de até R$ 250.000,00 por CPF contra uma


mesma instituição;

Isso significa que mesmo que você tenha R$ 500.000,00


aplicados em um CDB de um certo banco, você só estará
coberto em R$ 250.000,00.

218
• Limite de R$ 1.000.000,00 por CPF; e

Isso significa que, mesmo que você tenha muitos mi-


lhões em CDBs de vários bancos, só estará coberto em
R$ 1.000.000,00.

• Depois de utilizado, o investidor só pode utilizar o FGC


novamente depois de quatro anos.

Por fim, precisamos tratar de um tema muito impor-


tante: a tributação.

219
Como investir em renda fixa

Investir em renda fixa é bem simples: basta ter uma


conta em uma corretora, transferir dinheiro e escolher
o título.

O ideal é que você escolha uma corretora que tenha


uma vasta quantidade de produtos financeiros para
que você tenha mais opções de títulos para escolher.

Você pode conferir um artigo com as melhores corre-


toras do Brasil no nosso blog.

Depois de escolher a corretora, você precisa escolher o


título. Essa parte precisa de um pouco mais de atenção.
Nesse processo de escolha do título, você precisa um
que esteja de acordo com seus objetivos financeiros,
com o seu perfil de risco e com a sua estratégia.

Por exemplo, se você quer juntar dinheiro para viajar em


12 meses, você deve investir em um título que tenha li-
quidez de no máximo um ano. De modo semelhante, se
você pretende deixar o dinheiro guardado por mais tem-
po, pode escolher ativos que tenham uma liquidez me-
nor e um retorno maior.

Lembre-se que a solidez do balanço do emissor é muito


importante. Então, verifique não apenas quanto o título
rende, mas se o risco do emissor é aceitável diante do re-
torno oferecido.

Se você levar todos esses critérios em consideração, com


certeza tomará decisões muito mais acertadas.

220
Imposto de Renda

A tributação nos títulos de renda fixa segue uma tabela


regressiva em que a alíquota decresce com o passar do
tempo.

Tempo com o título Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 a 360 dias 20%

De 361 a 720 dias 17,5%

A partir de 721 dias 15%

É importante lembrar que essas taxas incidem apenas so-


bre o rendimento, não sobre o saldo total.

Além disso, você não precisa se preocupar com o trabalho


de recolher o imposto, pois ele é retido na fonte. Então
você já recebe o valor já líquido de imposto de renda.

221
Contudo, existem alguns títulos que são isentos de pagar
imposto de renda. Eles são;

• LCI e LCA;
• CRI e CRA; e
• Debêntures incentivadas (empresas que buscam
captar recursos para projetos de infraestrutura).

O governo isentou esses títulos do imposto de renda


porque ele deseja incentivar o desenvolvimento desses
setores da economia.

222
Avaliando a renda fixa

Vantagens

• Retornos mais previsíveis;


• Baixa volatilidade;
• Risco menor; e
• Perdas limitadas.

Desvantagens

• Expectativa de retorno menor;


• Poucas opções com distribuição periódica dos rendi-
mentos;
• Somente um pequeno número de ativos é isento de
IR; e
• Alguns títulos podem requerer altos investimentos ini-
ciais.

223
Conclusão
Nesse e-book, você conheceu todo o essencial para in-
vestir em uma das classes de ativos mais tradicionais
do mercado financeiro.

Com boas escolhas e com uma construção de carteira


eficiente, você pode colher ótimos frutos com o inves-
timento em renda fixa.

Lembre-se sempre de estudar bastante antes de aplicar


seu dinheiro e de diversificar seu patrimônio em mais
de um ativo.

Dessa forma, você estará aumentando suas chances de


sucesso em sua carreira como investidor.

Boa sorte!

224
E-book

Tesouro Selic:
aprenda a investir no título mais
famoso do Brasil

225
Sumário

Introdução 227
Tesouro Direito 228
Tesouro Selic 230
Como investir no Tesouro Selic 234
Dicas de investimento no
Tesouro Selic 235
Imposto de Renda 236
Vale a pena investir no
Tesouro Selic? 237
Conclusão 238

226
Introdução
Quando começamos a investir, é normal nos sentirmos
inseguros, pois ainda não temos muito conhecimento
nem muita experiência. Portanto, é interessante, nes-
sa fase, começar a estudar aqueles ativos que são mais
seguros e simples de entender. Dessa forma, podere-
mos começar a multiplicar nosso dinheiro sem correr
grandes riscos e com consciência.

Nesse sentido, é imprescindível que conheçamos os tí-


tulos públicos, principalmente o Tesouro Selic. Isso por-
que o Tesouro Selic é o investimento mais famoso do
Brasil, pois é considerado a aplicação mais segura que
podemos fazer. Além disso, seu conceito é muito sim-
ples e fácil de entender.

No processo de estudo, é necessário conhecer sua defi-


nição, características e riscos para que você possa veri-
ficar se esse se adequa às suas necessidades.

Para isso, esse e-book fornece todas as informações


necessárias para seu conhecimento e sua tomada de
decisão. Por isso, se você o ler até o final, terá dado
um grande e importante passo na sua carreira como in-
vestidor e, assim, estará apto a investir com mais cons-
ciência.

Então, vamos nessa?

227
Tesouro Direto

Antes de entender o que é o Tesouro Selic, é preciso en-


tender o que é título público.

O governo emite um título de sua dívida com o objeti-


vo de financiar seus gastos. Dessa forma, quando você
adquire um título público, passa a ser credor do Tesouro
Nacional. Naturalmente, essa negociação só faria senti-
do se beneficiar ambos os lados.

No caso do investidor, ele aplica seus recursos porque


espera receber o que investiu acrescido dos juros do pe-
ríodo. Por outro lado, o governo capta recursos no pre-
sente para investir na economia do país na expectativa
de ter uma arrecadação tributária maior no futuro (essa
maior arrecadação é que possibilitará o governo pagar
sua dívida).

Então, com o objetivo de facilitar a captação de dinheiro


e democratizar o acesso a esses ativos, o governo criou
em 2002 o Tesouro Direto, programa que permite a ne-
gociação de títulos públicos por Pessoas Físicas. Antes
disso, só era possível comprar títulos da dívida através
de fundos de investimento que, por sua vez, adquiriram
esses ativos dos grandes bancos.

Em resumo, o Tesouro Direto é um programa do Tesou-


ro Nacional que possibilita a compra e a venda de títulos
federais por Pessoas Físicas. Além disso, o governo criou
esse programa em parceria com a Bolsa de Valores e
forneceu uma plataforma 100% online para que as pes-
soas pudessem negociar sem sair de casa.

228
O principal diferencial é que ele oferece várias opções de
títulos, com diferentes prazos e rentabilidades, mas que
são extremamente seguros. Dentre esses títulos, o mais
famoso é o Tesouro Selic.

229
Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público com rendimen-


to pós fixado que está atrelado à variação da taxa Se-
lic. Esta, por sua vez, é a taxa básica de juros da nos-
sa economia, afetando diretamente as outras taxas do
sistema financeiro.

Na verdade, ele é o único título público que tem ren-


dimento pós fixado. Os outros quatro tipos de títulos
existentes na plataforma do Tesouro Direto são pré-fi-
xados ou mistos no que diz respeito a sua rentabilidade.

Ele se tornou um dos títulos mais famosos do Brasil por


sempre remunerar muito bem o investidor. Historica-
mente, a taxa de juros brasileira sempre foi muito alta.
Então, investir nessa taxa com um risco baixíssimo
sempre foi muito rentável.

Entretanto, precisamos nos aprofundar um pouco mais


em conhecer o Tesouro Selic. Agora, conhecendo suas
características.

Características do Tesouro Selic

Rentabilidade

Como foi dito, a rentabilidade desse título está atrelada


à variação da taxa Selic.

A taxa Selic é a taxa básica de juros da nossa economia,


pois serve de parâmetro para todas as outras taxas do
mercado. Dessa forma, uma mudança na Selic afeta as

230
taxas cobradas em empréstimos, financiamentos e in-
vestimentos.

O nome Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquida-


ção e Custódia. Esse sistema é responsável pela custó-
dia, registro e liquidação de operações com títulos públi-
cos. Somente o Banco Central e as grandes instituições
financeiras podem negociar os títulos da dívida através
desse sistema.

A taxa Selic é um dos principais instrumentos de políti-


ca monetária utilizados pelo Banco Central. O Conselho
Monetário Nacional define uma meta para a inflação, e
cabe ao Banco Central buscar meios para cumprir essa
meta. Nesse sentido, a taxa básica serve para regular a
inflação.

Quem decide o valor dessa taxa é o Copom (Comitê de


Política Monetária), que é um órgão composto pelo pre-
sidente do Banco Central e outros diretores, que se reú-
nem a cada 45 dias para definir o valor da taxa que vai
vigorar daquele dia em diante. o objetivo deles é definir
uma taxa que traga mais estabilidade para a economia
considerando todos os fatores relevantes para o funcio-
namento desta.

Escolher ativos mais arriscados do que deveria, pode ti-


rar o nosso sono. No entanto, quando escolhemos apli-
cações com baixo risco mesmo suportando alto risco,
perderemos grandes oportunidades.

A taxa definida pelo Copom é chamada de Selic Meta.


Contudo, a taxa que é negociada diariamente no mer-
cado é chamada de Selic Over. O Banco Central ope-
ra diariamente no sistema do SELIC com o objetivo de
manter a Selic Over o mais próximo possível da Selic
Meta.

231
Normalmente, a Selic Over fica abaixo da Selic Meta
em 0,1 p.p.

Essa diferenciação é importante porque a taxa que re-


munera o Tesouro Selic é a Selic Over, não a Selic Meta.

Liquidez

A liquidez nada mais é que a velocidade e a facilidade


com que um ativo pode ser convertido em dinheiro sem
que haja perda significativa do valor.

No caso dos títulos públicos, o Tesouro Nacional garan-


te a recompra dos títulos a qualquer momento. Ou seja,
sempre que você quiser resgatar seu investimento, será
possível fazê-lo e você terá seu dinheiro de volta em até
dois dias úteis.

Claro, “a qualquer momento” está restrito ao horário de


negociação da plataforma, que acontece nos dias úteis,
em horário comercial, das 9h30 às 18h. Se você solicitar
seu resgate fora desse período, sua ordem só será efeti-
vada no próximo dia útil.

Então, podemos dizer que a liquidez dos títulos públicos


é bastante alta e satisfatória.

Contudo, a liquidez não se resume a poder resgatar rá-


pido. É preciso que não haja perda significativa do va-
lor. Nesse sentido, é importante que você saiba que, no
momento do resgate, é possível que haja prejuízo. Isso
porque você venderá seu título pelo preço dele que está
sendo negociado naquele momento. Como o preço do tí-
tulo aumenta à medida que o vencimento se aproxima,
quanto antes você resgatar seu título, maior será a pos-
sibilidade de prejuízo.

232
Risco

O maior risco de qualquer título público é o mesmo de


qualquer outro ativo de renda fixa, o risco de crédito,
isto é, a possibilidade de você não reaver o valor apli-
cado.

De qualquer forma, os títulos públicos são considerados


os ativos mais seguros de se investir, pois, em um país
em crise, o último a quebrar é o próprio governo. Além
disso, o governo pode simplesmente imprimir mais di-
nheiro, emitir mais dívidas ou cobrar mais impostos
para te pagar.

Afora esse, existe o risco de inflação que não pode ser


desconsiderado. Como estamos aprendendo a investir
no Tesouro Selic, correremos o risco de a taxa Selic ficar
abaixo da taxa de inflação. Nesse caso, nosso dinheiro
desvaloriza mais rápido do que ele se multiplica.

Por fim, existe o risco de liquidez, que é a possibilidade


de você ficar no prejuízo caso resgate seu título antes
do vencimento. Contudo, esse risco pode ser minimi-
zado ao ficarmos mais tempo de posse do título, pois,
como dissemos, quanto mais próximo do vencimento,
mais o preço do título aumentará.

233
Como investir no Tesouro Selic

Existem duas formas de se investir no Tesouro Selic:


através de uma instituição intermediária ou através
da própria plataforma do Tesouro Direto. No primeiro
caso, basta que você crie uma conta em um banco ou
corretora que tenha acesso aos títulos públicos. No se-
gundo caso, você precisa solicitar que a sua corretora
crie uma conta para você no site do Tesouro Direto e
enviar os documentos solicitados.

A primeira forma é bem mais simples de fazer, então


vamos aprofundar nela.

Você pode verificar no site do Tesouro Direto quais são


as corretoras habilitadas a intermediar a negociação de
títulos públicos. Mas, hoje em dia, a grande maioria das
corretoras são habilitadas. Após isso, é só criar uma
conta na corretora, transferir dinheiro para ela e esco-
lher o título que você quer investir.

O processo é bastante simples, e você pode verificar os


preços e as taxas dos títulos na plataforma da instituição
ou no próprio site do Tesouro Direto.

Depois de feito o investimento, a transação será con-


solidada em até dois dias úteis, e o título estará no seu
portfólio da corretora.

É importante lembrar que, diferente dos outros títulos


do Tesouro Direto, o valor mínimo para investir no Te-
souro Selic é R$ 100,00. Isso porque, segundo as regras
do Tesouro, só podemos comprar no mínimo 1% de um
título. Então, como o preço do Tesouro Selic é maior, o
valor mínimo também é maior.

234
Dicas de investimento no
Tesouro Selic

O principal ponto que você deve observar antes de in-


vestir no Tesouro Selic é a adequação dele na sua es-
tratégia de investimentos.

Se você é um investidor mais agressivo, não deve alo-


car uma grande parte do seu portfólio nesse título. Isso
porque você pode estar deixando de ganhar um retor-
no maior em ativos com um risco maior.

Nesse sentido, é interessante também entender qual


é a função da renda fixa em nossa carteira de inves-
timentos. Não devemos aplicar nossos recursos nessa
classe esperando grandes retornos. Ao invés disso, a
renda fixa serve principalmente para diminuir a oscila-
ção da nossa carteira e para garantir um retorno positi-
vo (ou menos negativo) em tempos de crise.

Além disso, é importante entender que esse título é ex-


celente para aquelas pessoas que têm o perfil mais con-
servador, para aquelas que têm metas de curto prazo e
para aquelas que acreditam que a taxa de juros vai ficar
acima da inflação nos próximos meses.

Por fim, é preciso entender que quanto maior for o pra-


zo do título, mais sensível ele será a oscilações na taxa
de juros futura. Portanto, se você quiser diminuir mais
ainda o seu risco, invista em títulos com vencimentos
mais curtos para que sua carteira não tenha uma gran-
de volatilidade diante de mudanças nas expectativas do
mercado.

235
Imposto de Renda

O Imposto de Renda cobrado nos títulos públicos segue


a tabela regressiva que incide sobre a maioria das apli-
cações de renda fixa. Portanto, o TRIBUTO devido vai
depender do prazo em que você permanecer com o tí-
tulo.

Tempo com o título Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 a 360 dias 20%

De 361 a 720 dias 17,5%

A partir de 721 dias 15%

Mas lembre-se: o valor do imposto incidirá apenas so-


bre o rendimento, e você não tem que ter o trabalho de
pagar, pois ele é descontado na fonte.

236
Vale a pena investir no
Tesouro Selic?

A resposta para essa pergunta vai depender principal-


mente do seu objetivo com o investimento.

Para montar uma reserva de emergência, o Tesouro Se-


lic continua tão útil como sempre. Isso porque ele cum-
pre os dois requisitos de uma reserva de emergência:
baixo risco e alta liquidez. Então, nesse caso, sim, vale a
pena.

Nesse sentido, se você tiver outros objetivos de cur-


to prazo, o Tesouro Selic também é uma boa opção por
causa da baixa oscilação do título e da alta segurança.

Por outro lado, se seu objetivo é atingir níveis maio-


res de rentabilidade, o Tesouro Selic não é o ativo mais
adequado. Nesse caso, a melhor alternativa é investir
em ativos com uma maior perspectiva de retorno.

Por fim, não esqueça de considerar a expectativa de


inflação para os próximos meses, pois, assim, você
pode buscar formas de se resguardar de um retorno
abaixo do aumento dos índices de preço.

237
Conclusão
Nesse e-book, você aprendeu todo o essencial para in-
vestir no Tesouro Selic com consciência e eficiência.

Nunca esqueça de considerar três fatores antes de in-


vestir em qualquer ativo: seus objetivos financeiros,
seu perfil de risco e as perspectivas da economia. Des-
se modo, suas escolhas serão muito mais acertadas.

Além disso, continue estudando esse e outros ativos


para que você possa se desenvolver como investidor e
construir um patrimônio que seja sólido.

Boa sorte!

238
E-book

Como construir
uma carteira de
investimentos:
construa um portfólio eficiente

239
Sumário

Introdução 241
O que é Carteira de Investimento 242
Aprenda no processo 247
Conhecendo os ativos 249
Construção da Carteira
de Investimento 253
Exemplos de Carteiras
de Investimento 256
Conclusão 258

240
Introdução
A decisão de investir é impulsionada pelo objetivo de
rentabilizar o dinheiro poupado, construir patrimônio no
longo prazo ou atingir metas de curto e médio prazo.

Contudo, não basta saber disso, é necessário saber


também como alocar os ativos numa carteira de inves-
timento e quais ativos escolher para que nossas metas
sejam alcançadas.

E esse processo não pode ser feito de qualquer forma.


Se quisermos ter resultados consistentes com nossas
aplicações, precisamos levar alguns critérios em consi-
deração na construção do nosso portfólio.

Portanto, fizemos um material para te auxiliar na alo-


cação do seu dinheiro nas diferentes classes de ativos
e, assim, facilitar a conquista dos seus objetivos.

Então, vamos nessa?

241
O que é Carteira de Investimento

Essencialmente, é o seu portfólio. É a seleção das clas-


ses de ativos e dos ativos específicos, de tal modo que
certo objetivo financeiro seja alcançado.

Para isso, precisamos considerar dois fatores muito im-


portantes: nosso perfil de risco e nossas metas. Se não
considerarmos isso, eventualmente faremos escolhas
inadequadas.

Por exemplo, se você pretende trocar de carro em um


ano, o investimento em ações não é uma boa opção,
porque as oscilações do mercado podem fazer com que,
no momento que você precisar dos recursos, tenha me-
nos dinheiro do que você aplicou.

Portanto, uma distribuição dos recursos feita de modo


inteligente fará com que você alcance suas metas com
mais segurança e eficiência.

Além disso, para que você não passe qualquer tipo de


angústia nesse processo, é importante que essa distri-
buição leve em conta o seu perfil de risco.

Pronto, agora que já sabemos o conceito e a importân-


cia da alocação eficiente dos ativos, podemos passar
para os próximos passos: conhecer nosso perfil e traçar
nossos objetivos.

242
Perfil do investidor

O perfil do investidor leva em consideração nosso nível de


aceitação ao risco e nossa capacidade de suportar oscila-
ções na nossa carteira de investimentos.

Basicamente, existem cinco tipos de perfis:

Perfis do % em ativos % em ativos


Características seguros
investidor de risco

totalmente avesso ao
risco e não suporta
Máximo Mínimo
Ultraconservador ver oscilações no
10% 90%
preço dos ativos da
sua carteira

são avessos ao risco,


mas aceitam ter uma
Máximo Mínimo
Conservador pequena parcela do
40% 60%
seu portfólio em ativos
com maior oscilação

aceitam um pouco
mais o risco, mas não
Máximo 60% Mínimo 40%
deixam de ter uma boa
Moderado ou mínimo ou máximo
parcela do portfólio
de 40% de 60%
em ativos com baixa
oscilação
são investidores que
buscam rentabilidades
maiores e estão Mínimo Máximo
Arrojado
dispostos a aceitar 60% 40%
oscilações no preço
das suas aplicações
são totalmente pro-
pensos ao risco e, se
investirem, colocaram Mínimo Máximo
Agressivo
muito pouco dos seus 90% 10%
recursos em aplicações
com baixa oscilação

243
Aqui, eu preciso explicar dois conceitos que são funda-
mentais: sua capacidade e sua disposição de correr ris-
cos.

• Capacidade x disposição

Sua capacidade depende de uma combinação de fa-


tores, inclusive de sua situação financeira, seus com-
promissos futuros e quantos anos você tem disponíveis
para financiar esses compromissos.

Em geral, você é capaz de aceitar mais riscos se esses


compromissos estiverem relativamente distantes no
futuro. De modo similar, conforme você acumula mais
ativos em relação aos seus compromissos, sua capaci-
dade de correr riscos aumenta.

Sua disposição, por outro lado, é pura questão de pre-


ferência.

Alguns investidores conseguem encarar os altos e bai-


xos do mercado sem se preocupar. Mas, se você não
consegue dormir à noite porque está assustado com a
volatilidade de sua carteira, provavelmente está cor-
rendo mais riscos do que consegue enfrentar.

Conjuntamente, sua capacidade de aceitar riscos e sua


disposição de aceitá-los constituem sua tolerância aos
riscos.

Entendida essa diferença, precisamos identificar nosso


perfil de risco.

• Identificação do perfil de risco

Para que você possa se identificar com alguns desses


perfis, você precisa responder algumas perguntas:

244
• Você necessita dos recursos investidos dentro de
pouco tempo ou você pretende deixar durante anos?
• Como você se sentiria caso o preço das suas apli-
cações caísse 20%, venderia tudo ou sabe que faz par-
te do jogo?
• Quais são os seus objetivos com esse investi-
mento, construir uma renda para a aposentadoria ou
trocar de carro daqui a um ano?
• Você já tem conhecimento ou experiência com
aplicações financeiras?
• Em que etapa da vida você está?

Essas respostas vão te auxiliar na identificação da sua


capacidade de tomar riscos.

Por exemplo, quanto mais novo você for, mais risco você
pode correr, pois tem tempo e energia suficiente para
recomeçar novamente caso haja uma perda financei-
ra. Por outro lado, se seus objetivos são de curto prazo,
deveria aplicar em algo que oscile menos, com um ris-
co menor, para evitar surpresas na data da realização da
sua meta.

Escolher ativos mais arriscados do que deveria, pode ti-


rar o nosso sono. No entanto, quando escolhemos apli-
cações com baixo risco mesmo suportando alto risco,
perderemos grandes oportunidades.

O próximo passo é traçar quais são as nossas metas


para sabermos quais ativos devemos escolher.

Objetivo financeiros

Graças ao desenvolvimento do mercado financeiro, hoje,


temos uma diversidade enorme de aplicações financei-
ras que se adequam aos mais diferentes objetivos.

245
Portanto, você pode separar suas metas de acordo com
os prazos: curto prazo (até 1 ano), médio prazo (de 1 a
5 anos) e de longo prazo (5 anos em diante). Dessa for-
ma, ficará mais claro para você na hora de escolher os
ativos para cada um desses prazos.

Por exemplo, se seu objetivo é de:

• Curto prazo (dar entrada em um carro novo, viajar,


reformar a casa etc.): escolha ativos de baixo risco,
com pouca oscilação e que tenha uma alta liquidez;
• Médio prazo (trocar de carro, dar entrada em um
imóvel, finalizar a reserva de emergência): pode es-
colher investimentos com uma liquidez menor e uma
rentabilidade esperada maior, mas sem correr grandes
riscos;
• Longo prazo (comprar um imóvel à vista, se apo-
sentar, garantir uma poupança para os filhos): aqui,
aplicações de risco maior, rentabilidade esperada maior
e liquidez menor podem ser escolhidas.

Lembre-se: as decisões de investimento nem sempre


são tão simples, pois mesmo que uma pessoa tenha
um objetivo de longo prazo, seu nível de aceitação de
risco vai ser primordial na escolha dos ativos. Por isso,
é importante que você leve em consideração o seu per-
fil e os seus objetivos, não um ou outro.

Por fim, não esqueça de definir metas que sejam real-


mente importantes para você, pois a relevância delas é
que vai garantir a motivação que implicará na disciplina
necessária para que o planejamento seja seguido e não
haja desvios.

Certo, agora nós vamos te mostrar as principais classes


e subclasses de ativos que você pode ter em sua car-
teira e o risco relativo de cada uma delas.

246
Aprenda no processo

Até aqui, você pode estar achando que são muitas in-
formações e requisitos para poder começar a investir.
Desse modo, você pode se sentir desestimulado a co-
meçar ou achar que nunca estará pronto.

Contudo, ninguém nunca começa a investir tendo to-


dos esses conceitos claros na cabeça. A identificação
do nosso perfil e a definição de nossos objetivos podem
levar meses. A questão é: você vai ficar sem investir
durante todo esse tempo? Não!

Existe uma aplicação que todo investidor deve fazer


que independe do perfil e dos objetivos, a reserva de
emergência.

A reserva de emergência constitui um “colchão finan-


ceiro” que deve ser usado para cobrir gastos imprevis-
tos ou para suprir as necessidades pessoais em caso de
uma perda da fonte de renda.

Se, por acaso, você perder seu emprego, a reserva de


emergência vai garantir a manutenção do seu padrão
de vida por um período suficiente para que você possa
encontrar outro trabalho.

Portanto, essa reserva deve equivaler a cerca de 6 a 12


meses dos seus gastos mensais.

Como você usaria esse valor acumulado em uma emer-


gência, o ideal é que você aplique em ativos com alta
liquidez e baixo risco.

247
Os principais exemplos de ativos que cumprem esses
requisitos são títulos públicos, CDBs com liquidez diária
e fundos de investimento em renda fixa com liquidez
diária.

Normalmente, a construção da reserva de emergência


leva alguns meses. Tempo suficiente para você estudar,
entender mais o mercado e conhecer os principais fato-
res da sua carteira de investimentos.

Nessa etapa de conhecer mais do mercado, é impor-


tante que conheçamos as principais aplicações.

248
Conhecendo os ativos

As aplicações são divididas em duas grandes classes:


as de renda variável e as de renda fixa.

A renda fixa constitui aquela classe de investimentos


onde você já sabe qual será o fator de rentabilidade e
o prazo do título de antemão. Por outro lado, a renda
variável são aqueles investimentos onde o retorno não
pode ser mensurado de antemão, ou seja, pode haver
uma variação positiva ou negativa a depender das ex-
pectativas do mercado.

Dentre essas duas classes, existem diversos ativos


diferentes que você precisa conhecer.

• Títulos Públicos

O primeiro ativo que você tem que conhecer são os tí-


tulos públicos. Considerado o investimento mais segu-
ro do Brasil, esse investimento consiste numa operação
de empréstimo, em que você é o credor e o governo é
o devedor. O governo emite esses títulos para captar
recursos de investidores que esperam receber o valor
emprestado acrescido de juros no vencimento.

Você pode investir em títulos públicos através do


Tesouro Direto, que é uma plataforma que pratica-
mente todas as corretoras têm acesso.

Existem títulos com diferentes vencimentos e diferen-


tes parâmetros de rentabilidade.

249
Além disso, você pode resgatar seu investimento sem-
pre que quiser.

• Certificado de Depósito Bancário

O investimento em um CDB também consiste em uma


operação de empréstimo sendo que o devedor é uma
instituição financeira. É possível encontrar CDBs com
baixíssimo risco, pois no Brasil temos grandes bancos
que são muito sólidos e seguros.

Além disso, esse ativo é coberto pelo FGC.

O Fundo Garantidor de Crédito é uma associação ci-


vil que protege os investidores em caso de falência das
instituições financeiras. Isso quer dizer que, caso o ban-
co para qual você emprestou dinheiro falir, você estará
seguro em até R$ 250.000,00.

Ou seja, é uma proteção a mais para o investidor.

• Debêntures

A debênture também é um título de renda fixa e, por


isso, funciona basicamente como um título público e
um CDB. Contudo, ao invés de emprestar dinheiro para
o governo, você emprestará para uma empresa que
não faz parte do setor financeiro.

Naturalmente, como emprestar para uma empresa é


mais arrisco do que emprestar para o governo, esse
tipo de ativo oferece uma maior expectativa de retorno
quando comparado aos títulos da dívida.

• Fundos de Investimento

Fundos de Investimento são uma espécie de “condomí-


nio” de investidores, que reúnem seus recursos para que
sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro.

250
A principal vantagem desse tipo de aplicação é a ges-
tão profissional, pois existe um gestor capacitado que
faz o gerenciamento dos ativos do fundo, e a diversifi-
cação, pois existem vários ativos diferentes dentro de
um mesmo fundo.

Mas, o universo dos fundos de investimento é muito


amplo, pode existir fundos dos mais diferentes tipos.

Portanto, você precisa conhecer alguns específicos.

• Fundos de Investimento de Renda Fixa

Os fundos de renda fixa têm obrigação de investir pelo


menos 80% do seu patrimônio líquido em ativos de
renda fixa.

É indicado para quem quer diversificar na renda fixa,


mas não tem muito dinheiro para comprar vários ativos
diferentes.

• Fundos de Investimento de Ações

Um fundo de investimento de ações é um fundo que


aplica pelo menos 67% dos recursos do fundo em
ações.

É uma ótima alternativa para quem quer se expor ao


mercado acionário com as vantagens que os fundos de
investimento proporcionam.

• Fundos de Investimento Imobiliários

É uma classe de fundo de investimento em que os in-


vestidores aplicam seus recursos em conjunto no
mercado imobiliário.

Tradicionalmente o dinheiro é usado na construção ou


na aquisição de imóveis que depois serão locados.

251
Por lei, 95% dos resultados do fundo devem ser distri-
buídos aos cotistas.

O mais interessante é que esse instrumento é uma boa


forma de construir renda passiva, pois os rendimentos
são distribuídos mensalmente.

• Fundos de Investimento de Índice (ETFs)

São fundos de investimento que buscam acompanhar o


desempenho de um índice de referência.

Por exemplo, o BOVA11 é um ETF que replica o desem-


penho do Ibovespa.

A maior vantagem desse tipo de ativo são os baixos


custos e a garantia de que o investidor não terá um re-
torno abaixo do mercado.

• Ações

Uma ação é a menor parte do patrimônio de uma em-


presa. Portanto, ao adquirir uma, você passa a ser sócio
da companhia.

O maior atrativo das ações é a expectativa de valoriza-


ção do preço da ação e o recebimento de dividendos,
que é a parte do lucro que a empresa distribui aos acio-
nistas.

Talvez, você não invista em todos esses ativos, mas, de


qualquer forma, você precisa conhecê-los. Assim, você
terá mais opções para construir sua carteira de investi-
mentos.

Inclusive, é disso que vamos falar agora: todo o passo a


passo para a construção do seu portfólio.

252
Construção da Carteira
de Investimento

Nesse momento, já sabemos a importância de uma alo-


cação dos recursos de acordo com o nosso perfil e com
os nossos objetivos e já reunimos o conhecimento ne-
cessário para podermos fazer a nossa própria alocação.

Portanto, para esse fim, precisamos seguir alguns pas-


sos.

Analise o seu perfil:

Esse é o ponto de partida. Se você não tomar decisões


de investimento baseadas no seu perfil, você não terá
tranquilidade ou perderá ótimas oportunidades.

Considere os seus objetivos:

Esse é o ponto de chegada. Saber para onde se está


indo, é primordial para que você possa traçar um plano.

Trace uma estratégia de investimentos:

Esse é o caminho entre seu momento atual e suas me-


tas. Sem um planejamento, você não vai alcançar seus
objetivos ou vai demorar muito mais.

Lembrando que essa estratégia consiste no método


que você vai usar para alcançar seu objetivo. No mer-
cado, existem diversas estratégias, escolha aquela que
mais faz sentido para você.

253
Escolha uma alocação de acordo com o seu
perfil e com o seu objetivo:

Esse é o caminho entre seu momento atual e suas me-


tas. Sem um planejamento, você não vai alcançar seus
objetivos ou vai demorar muito mais.

Lembrando que essa estratégia consiste no método


que você vai usar para alcançar seu objetivo. No mer-
cado, existem diversas estratégias, escolha aquela que
mais faz sentido para você.

Escolha uma alocação de acordo com o seu


perfil e com o seu objetivo:

Levando em consideração sua estratégia, esse passo


diz respeito à escolha da proporção que cada classe e
que cada ativo terá na sua carteira.

Quanto mais longo for o prazo dos seus objetivos,


maior pode ser a proporção de ativos de renda variável
em seu portfólio, por exemplo. Claro, não basta consi-
derar suas metas, considere também seu perfil.

Estude os ativos que comporão cada uma


das classes:

Esse é a garantia de que você fará os melhores investi-


mentos, é a certeza de que você executará o passo an-
terior com eficiência.

Se a escolha dos ativos for feita com assertividade,


seus objetivos poderão ser atingidos antes do esperado
e com muito mais segurança.

254
Diversifique:

Esse é muito importante por dois motivos:

• Primeiro, você não precisa ter apenas um objetivo fi-


nanceiro. Isso significa que a sua carteira não precisa
estar alocada para a conquista de uma só meta. O ideal
é que você tenha vários ativos, sendo que cada um de-
les cumpre um propósito.
• Segundo, diminuição do risco. Se você aumentar
o número de aplicações na sua carteira, minimizará a
possibilidade de perdas financeiras significativas, pois a
desvalorização de um ativo pode ser compensada pela
valorização de outro.
• Mas, cuidado! A adição de um número excessivo de
ativos afetará negativamente a rentabilidade do seu
portfólio.

Rebalanceie:

De tempos em tempos, faça o rebalanceamento da sua


carteira; é normal que uma classe valorize mais que ou-
tra, então o ideal é que você invista naquela que menos
valorizou (ou até mesmo desvalorizou) para que a aloca-
ção inicial definida por você seja sempre mantida.

Se você seguir esse passo a passo, terá um ótimo de-


sempenho no mercado e alcançará todos os seus objeti-
vos.

Por fim, quero dar alguns exemplos de alocações suge-


ridas por grandes investidores para que fique mais claro
ainda em sua mente como você pode construir um por-
tfólio.

255
Exemplos de Carteiras
de Investimento

Benjamin Graham

Ele foi o mentor de Warren Buffett, o maior investidor


de todos os tempos.

Segundo ele, podemos seguir uma regra orientadora


que diz que o investidor nunca deveria ter menos que
25% ou mais que 75% de seus fundos em ações, com
uma faixa inversa consequente de entre 75% e 25% em
títulos públicos.

Ele continua dizendo que a divisão-padrão deveria ser


igual, ou 50/50, entre os dois meios de investimento
principais.

John Bogle

Autor do livro O Investidor de Bom Senso. Ele recomen-


da que os investidores que estão na fase de constru-
ção de patrimônio devem se concentrar em um mix de
ações/títulos de 80/20 para os mais jovens e 70/30
para os mais velhos. Por outro lado, se você está na
fase da aposentadoria, ele sugere 60/40 para os mais
jovens e 50/50 para os mais velhos.

Regra dos 80

Em seu livro Como Organizar sua Vida Financeira, Gus-


tavo Cerbasi fala sobre a regra dos 80, que diz que você
deve subtrair de 80 a sua idade e, assim, achar o valor
do percentual que você deveria ter em renda variável.

256
Por exemplo, se você tem 30 anos, deveria ter 50% da
sua alocação em ativos de renda variável.

A lógica por trás dessa regra é que à medida que va-


mos envelhecendo nossa capacidade de investimento
aumenta e a de tomar risco cai.

Alguns investidores mais agressivos usam a regra dos


90 ou dos 100.

257
Conclusão
Certa vez, John Bogle disse que investir é arriscado, mas
não investir é mais arriscado ainda. Então, podemos per-
ceber que devemos aplicar nossos recursos para con-
quistar objetivos de curto, médio e longo prazo.

Portanto, se tomarmos a decisão de rentabilizar nosso


dinheiro, o ideal é fazer isso da melhor maneira possí-
vel: com segurança e consistência.

Nesse sentido, há a necessidade de conhecer seu perfil


e seus objetivos para que seja possível traçar uma es-
tratégia, além disso o estudo constante não pode ser
negligenciado, pois você precisa garantir que sua estra-
tégia será vencedora.

Se você seguir todas essas dicas e orientações, com


certeza seus objetivos serão alcançados e seu futuro
será muito mais próspero.

Boa sorte!

258
E-book

Imposto de Renda
nos Investimentos:
tudo sobre tributação no
mercado financeiro

259
Sumário
Introdução 261
Tributação na Renda Fixa 262
Renda Variável 266
Como recolher o Imposto
de Renda? 274
Declaração de Imposto de Renda 276
Conclusão 278

260
Introdução
Os impostos são custos que não podem ser negligen-
ciados no processo de investimento. Isso porque, no
longo prazo, eles podem afetar significativamente nos-
sos resultados com nossas aplicações.
Além disso, entender esse assunto é fundamental para
que possamos ficar em dia com a Receita Federal e
mantermos nossa consciência limpa por termos cum-
prido com nossas responsabilidades.
Por isso, esse assunto é importante para que possamos
minimizar nossos custos e cumprir com nossas obriga-
ções tributárias. Dessa forma, poderemos otimizar nos-
sas decisões de investimento.
Nesse sentido, este ebook vai te auxiliar a sanar todas
as suas dúvidas sobre Imposto de Renda nos investi-
mentos para que você saiba se e quanto tem que pagar
a título de tributos.

261
Tributação na Renda Fixa

Em regra, a tributação dos títulos de renda fixa segue


uma tabela regressiva cuja alíquota decresce com o
passar do tempo.

A alíquota é a porcentagem a ser paga em impostos e


ela incide apenas sobre o rendimento da operação, não
sobre o salto total.

A tabela regressiva funciona como mostrado a seguir:

Tempo com o título Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 a 360 dias 20%

De 361 a 720 dias 17,5%

A partir de 721 dias 15%

Dentre os títulos de renda fixa, existem aqueles que dis-


tribuem seus rendimentos ao final de seis meses e no
vencimento. Nesse, você vai pagar imposto de renda a
cada distribuição dos rendimentos e no vencimento.

262
A alíquota a ser paga a cada distribuição vai depender
também do período em que foi feito o investimento.
Isso significa que as primeiras distribuições semestrais
terão alíquota maior.

Não se preocupe! Você não terá que fazer esses cálculos


nem se preocupar em fazer o pagamento. Isso porque o
imposto de renda devido é retido diretamente na fonte,
e o valor que você recebe já é líquido de tributos.

Contudo, existem alguns ativos de renda fixa que são


isentos de imposto de renda. Eles são:

• Letras de Crédito (Imobiliária e do Agronegócio);


• Certificados de Recebíveis (Imobiliários e do Agrone-
gócio); e
• Debêntures incentivadas (os recursos serão investi-
dos em infraestrutura, como saneamento, construção,
energia etc.).

O governo isenta esses ativos da obrigação tributária


porque ele deseja desenvolver cada um desses setores.
Então, como forma de incentivo, ele não cobra imposto
desses títulos para facilitar a captação de recursos para
essas áreas.

Além disso, se você resgatar seu título antes de 30 dias,


você pagará também o IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras), que vai variar de 96%, no primeiro dia, até
3%, no 29° dia.

263
Nº Dias Alíquota Nº Dias Alíquota

1 96% 16 46%

2 93% 17 43%

3 90% 18 40%

4 86% 19 36%

5 83% 20 33%

6 80% 21 30%

7 76% 22 26%

8 73% 23 23%

9 70% 24 20%

10 66% 25 16%

11 63% 26 13%

12 60% 27 10%

13 56% 28 6%

14 53% 29 3%

15 50% 30 0%

264
Existem também aqueles ativos que são isentos da co-
brança do IOF. Eles são:

• Letra Financeira;
• Letra Hipotecária;
• Letras de Crédito (Imobiliária e do Agronegócio);
• Certificados de Recebíveis (Imobiliários e do Agro-
negócio); e
• Debêntures.

É importante lembrar que, como a alíquota incide ape-


nas sobre o rendimento, não há valor a ser pago no
caso de prejuízo, independente do título.

265
Renda variável

Dentre os ativos de renda variável, a tributação é um


pouco mais complexa, mas completamente compreen-
sível.

Antes de partirmos para cada uma das regras tributá-


rias, é preciso entender que o valor a ser pago vai va-
riar de acordo com o tipo de ativo e quem tem que re-
colher o imposto é o próprio investidor.

Ações

Existem duas formas de remuneração com ações que


são tributadas, o ganho de capital e os juros sobre ca-
pital próprio.

O primeiro caso nada mais é do que a diferença entre o


valor da venda e o valor da compra da ação (isso inclui
todos os custos, seja o preço da ação ou as taxas de
corretagem). Quando essa diferença é positiva, temos
que pagar imposto sobre esse valor.

Por outro lado, os dividendos ainda são isentos no


Brasil, então você não terá que pagar nada.

266
Remuneração Alíquota

Ganho de capital 15%

Juros sobre capital próprio 15%

Dividendos Isento

Apesar da alíquota de 15% sobre o ganho de capital,


existe uma isenção do imposto a pagar caso o valor
total que você vendeu dentro de um mesmo mês for
inferior a R$ 20.000,00. Ou seja, se você vendeu
R$ 19.999,99 e obteve algum lucro em um mesmo
mês, não terá que pagar nada.

Fique atento: não é R$ 20 mil de lucro, é R$ 20 mil


que corresponde ao valor total da venda.
Além disso, existe uma diferença no modo de paga-
mento do imposto sobre ganho de capital e sobre juros
sobre capital próprio. No primeiro caso, quem tem
a obrigação de recolher é o próprio investidor, enquan-
to no segundo o tributo é retido na fonte.

Por fim, precisamos falar da compensação de per-


das. Se você tiver prejuízo com ações, essa perda pode
compensar o ganho que você tiver em outro momento.

Vamos para um exemplo prático:

Exemplo:

Em março de 2018, João vendeu suas ações com um


prejuízo de R$ 1.500,00. Alguns meses depois, em abril

267
de 2019, ele vendeu R$ 25.000,00 em ações, com um
lucro de R$ 2.700,00.

Como ele vendeu mais de R$ 20 mil em um mesmo mês


com lucro, ele terá que pagar imposto, mas quanto?

Seu lucro foi de R$ 2.700,00, mas ele tinha um prejuí-


zo não compensado de R$ 1.500,00. Então, ele terá que
pagar 15% sobre R$ 1.200,00 (2.700 - 1.500), que é
R$ 180,00.

Contratos de Derivativos

Derivativos são contratos feitos entre duas partes no


qual se definem pagamentos futuros baseados no com-
portamento dos preços de um ativo de mercado. Em
resumo, podemos dizer que um derivativo é um con-
trato cujo valor deriva do preço do ativo à vista.

Os derivativos mais comuns são o mercado futuro, as


opções, o swap e o mercado a termo.

Mercado de Futuro, a Termo e Opções

A alíquota a pagar nas operações no mercado futuro, a


termo ou com opções é a mesma das ações, 15% sobre
o valor do lucro, mas sem a isenção de R$ 20 mil por
mês.

Nesses casos também existe a possibilidade de com-


pensação de perdas e também é o investidor que deve
recolher o imposto.

268
Swap

A tributação do SWAP é igual ao dos ativos de renda


fixa: segue a tabela regressiva, alíquota incide somente
sobre o rendimento e o imposto é retido na fonte.

Day trade

Day trade são aquelas operações que são abertas e fe-


chadas no mesmo dia. Não importa quanto tempo dure
a operação, se você comprou e vendeu dentro de um
mesmo dia, você fez um day trade. Mas, como é a tri-
butação desse tipo de operação?

A regra de tributação do day trade se aplica a todos os


ativos de renda variável (menos swap e fundos de in-
vestimento) que foram comprados e vendidos no mes-
mo dia: 20% sobre o lucro, sem nenhum tipo de isen-
ção.

Um ponto importante é que as perdas com day trade


só compensam os ganhos com day trade, da mesma
forma que as perdas com swing trade (aquela opera-
ção que é aberta e fechada em dias diferentes) só com-
pensam os ganhos com swing trade.

Existe também outra diferença significativa entre os


dois tipos de operação. Além da alíquota ser diferente,
o valor retido na fonte também. No caso do day trade,
1% do lucro é retido na fonte, então você só tem que
pagar os outros 19%.

É importante lembrar também que as taxas de corre-


tagem também entram como custo na negociação. En-
tão, você precisa levar isso em consideração ao calcu-
lar seu lucro.

269
Fundos de investimento

Fundos de investimentos são uma espécie de condo-


mínio de investidores que reúnem seus recursos para
serem aplicados em conjunto no mercado financeiro.
Nesse sentido, a classificação de cada fundo vai de-
pender dos ativos que o gestor aplique. Por isso, exis-
tem fundos de renda fixa e de renda variável, e a tribu-
tação de cada um vai depender da sua classificação.

É importante lembrar que, além do imposto de renda


sobre o lucro, em alguns fundos é preciso pagar o “co-
me-cotas”. A cada seis meses, ocorre uma redução do
número de cotas que equivale ao percentual do Impos-
to de Renda cobrado sobre os rendimentos. Contudo,
esse tributo só é cobrado em fundos abertos e com du-
ração indeterminada.

Como no caso dos títulos de renda fixa, você também


não precisa se preocupar em recolher o imposto devido
nos fundos de investimento, pois isso é uma tarefa do
administrador.

Além disso, também existe a possibilidade de compen-


sação de perdas.Contudo, para haver essa possibilida-
de, é preciso que as perdas e os ganhos sejam em fun-
dos com o mesmo perfil tributário, mesma classificação
e mesmo administrador (ou instituição intermediária).

Fundos de Investimento de Renda Fixa

Nos fundos de renda fixa, a tributação vai variar de


acordo com a classificação do fundo, se de curto ou
longo prazo.

270
Fundos de Longo Prazo

Tempo como cotista Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 a 360 dias 20%

De 361 a 720 dias 17,5%

A partir de 721 dias 15%

“Come-cotas” 15%

Fundos de Curto Prazo

Tempo como cotista Alíquota

Até 180 dias 22,5%

A partir de 181 dias 20%

“Come-cotas” 20%

271
Os fundos são classificados como de longo prazo e de
curto prazo a depender do prazo médio dos títulos que
compõem a carteira do fundo.

Além do Imposto de Renda, os fundos de Renda Fixa


têm a incidência do IOF (Imposto sobre Operações Fi-
nanceiras), que funciona da mesma forma que os títu-
los de renda fixa.

Fundos Cambiais e Multimercado

A tributação dos fundos cambiais e multimercado é


exatamente igual ao dos fundos de Renda Fixa, ou
seja, a alíquota vai depender do prazo médio dos títu-
los da carteira do fundo e há incidência de “come-co-
tas” e IOF.

Fundos de Investimento de Ações

Nos fundos de ações, a alíquota é 15% sobre o ganho


de capital e não tem “come-cotas” nem IOF.

Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)

Nos fundos imobiliários, a alíquota sobre ganho de


capital é de 20% e também não tem “come-cotas” nem
IOF.

Além disso, os proventos distribuídos aos cotistas são


isentos de imposto para pessoas físicas.

No caso dos FIIs, não é preciso que os fundos sejam do


mesmo administrador para que haja compensação de
perdas.

272
ETFs (Fundos de índice)

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de inves-


timento que buscam replicar o desempenho de um ín-
dice de referência.
Nesse caso, a alíquota vai ser de 15%, sem “come-co-
tas” nem IOF.

Diferentemente dos outros fundos, o tributo devido


nos ETFs e o FIIs deve ser recolhido pelo próprio in-
vestidor.

Por fim, é preciso lembrar que ambos os fundos não


têm “come-cotas” porque eles obrigatoriamente são
fundos fechados.

273
Como recolher o Imposto
de Renda?

Nos casos em que o Imposto de Renda deve ser reco-


lhido pelo próprio investidor, você precisa fazer o se-
guinte processo:

1. Ao final do mês, calcule o quanto você terá


que pagar à Receita Federal;

2. Digite no Google “Sicalc Web” e clique no


primeiro link;

3. Clique em “Cálculo e Emissão de Darf On Line


de Tributo e Contribuições da Pessoa Física”
e, depois, em “Preenchimento Rápido”; e

4. Preencha as informações necessárias, emita


a Darf e pague até o último dia útil do mês.

Você pode pagar a DARF (Documento de Arrecadação


de Receitas Federais) da mesma forma que pagar um
boleto qualquer, online, em lotéricas ou em agências
bancárias.

É importante saber que o tributo devido ao mês de ju-


nho, por exemplo, deve ser pago até o último dia útil
do mês de julho. Ou seja, o imposto deve ser pago até
o último dia útil do mês subsequente. Caso você atrase
o pagamento, está sujeito à multa.

274
A Receita Federal não aceita DARFs com valor inferior a
R$ 10,00. Então, se o tributo a pagar for inferior a esse
valor, você pode esperar acumular com o imposto de
outro lucro para, assim, emitir a DARF.

Ativos em que é preciso emitir DARF:

• Ações;
• Fundos Imobiliários;
• ETFs; e
• Contratos de Derivativos (menos Swap).

O imposto de renda deve ser recolhido para esses ati-


vos independentemente do tipo de operação (day trade
ou swing trade).

275
Declaração de Imposto de Renda

Anualmente, a Receita Federal realiza o recolhimento


do Imposto de Renda. O valor deste é pago de acordo
com os rendimentos declarados. Nesse sentido, a De-
claração de Imposto de Renda de a Receita entender o
valor a cobrar de você.

No Brasil, o regime de tributação é progressivo, ou seja,


quem ganha mais, paga mais e vice-versa. Então, esse
é outro motivo para que sua Declaração seja bem feita,
pois a tributação deve ser a mais adequada possível.

Normalmente, o valor pago em imposto de renda é


descontado mensalmente do valor do seu salário bruto.
Contudo, a Declaração anual também serve para a Re-
ceita verificar se o cidadão está pagando mais ou me-
nos impostos do que deveria.

Quem é obrigado a fazer a Declaração anual?

• Quem recebe o valor corresponde a R$ 28.559,70 por


ano, que dá uma média de R$ 2.379,98 por mês;
• Receberam rendimentos tributáveis, como salários e
aluguéis, com soma anual superior a R$ 28.559,70;
• Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou
tributados exclusivamente na fonte, como indenizações
trabalhistas, multas ou doações, em valor superior a
R$ 40.000,00;
• Receberam ganhos com a venda de bens, produtos e
serviços, e obtiveram lucro;

276
• Realizaram operações em bolsas de valores ou se-
melhantes;
• Tiveram receita bruta em atividade rural superior a
R$ 142.798,50;
• Tiveram a posse ou a propriedade de bens ou direitos,
inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; e
• Passaram para a condição de residentes no Brasil em
qualquer mês.

Como vocês podem ver, quem realiza qualquer tipo de


operação na bolsa de valores, independente do valor,
é obrigado a declarar seu patrimônio à Receita Fede-
ral no ano seguinte. Isto é, se você comprou ações esse
ano, terá que declarar no próximo.

É importante lembrar que declarar é diferente de pagar.


Ou seja, dependendo da operação que você fizer, você
não precisa pagar nada, mas, de todo modo, precisa
declarar.

Caso a declaração seja feita de modo incorreto ou não


seja feita, nós podemos pagar uma multa cujo valor
pode chegar a ser bastante significativo.

277
Conclusão
Se manter em dia com nossas obrigações, inclusive as
tributárias, é a melhor forma de termos a consciência
tranquila e não sermos pegos de surpresa por pendên-
cias não resolvidas.

E o melhor modo de ficarmos em dia com a Receita é


conhecendo sobre esse assunto e como ele se aplica
aos nossos investimentos.

Além disso, entender esse tema nos capacita a evitar


pagar taxas e tributos desnecessários, a fazer um con-
trole mais eficiente da nossa carteira de investimentos
e, assim, alcançarmos resultados muito mais satisfató-
rios.

Por fim, não esqueça de pagar os impostos devidos e


fazer sua declaração dentro do prazo estabelecido para
que você não pague multas e busque sempre fazer
uma declaração mais precisa possível para que você
não caia na malha fina.

278
Cultive o hábito de gerenciar suas finanças
pessoais diariamente utilizando ferramentas
que permitem um melhor controle financeiro,
como o Mobills, um software de educação e
controle financeiro que pode ser acessado por
meio da Web e de aparelhos mobile com
sistemas operacionais Android e iOS.

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