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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

 CENTRO DE TECNOLOGIA
 BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Daniel Medina de Freitas, Deivid Borges Pinheiro e Paulo Ricardo Dias da Silva

MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA:


ESTADO DA ARTE DA ENERGIA ONDOMOTRIZ

Santa Maria, RS
2023

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1. Introdução
1.1. Resumo
2. Metodologia
2.1. Pesquisas e desenvolvimento da energia Ondomotriz
2.2. Conceitos básicos sobre a energia das ondas
2.3. Conversão da energia das ondas em energia elétrica
2.4. Vantagens e desvantagens
3. Resultados
4. Referências

RESUMO

MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA: ESTADO DA


ARTE DA ENERGIA ONDOMOTRIZ

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AUTORES: Daniel Medina de Freitas, Deivid Borges Pinheiro e Paulo Ricardo
Dias da Silva.

Este relatório consiste em uma revisão do estado da arte do tema (Revisão de literatura) sobre
energia Ondomotriz , a energia Ondomotriz é uma forma de energia renovável que aproveita
as ondas do mar para gerar eletricidade. O processo envolve a utilização de dispositivos que
capturam a energia cinética das ondas e a transformam em eletricidade através de um gerador
elétrico. Existem várias tecnologias disponíveis para a captura da energia das ondas, incluindo
boias, placas oscilantes e serpentinas submarinas.
A energia ondomotrz tem um grande potencial como fonte de energia renovável, já que as
ondas do mar são uma fonte inesgotável e podem ser encontradas em muitas partes do mundo.
No entanto, ainda há desafios a serem superados em relação ao desenvolvimento de
tecnologias eficientes e econômicas para a captura de energia das ondas.

Palavras-chave: Energia. Ondomotriz. Tecnologias. Eletricidade.

MÉTODO

Avaliações e Medidas

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No trabalho em questão, foram feitas pesquisas e leituras de artigos, trabalhos, teses e
dentre outros instrumentos acadêmicos, reunindo e organizando assim, suas devidas
informações e referências, com o objetivo de desenvolver uma revisão literária.

2.1 Pesquisas e desenvolvimento da energia Ondomotriz

De acordo com o trabalho New Zealand Wave Energy Potential: Riding de Crest of a
Wave or gone with the Wind?, de Iain Sanders, Alister Gardiner, Guy Penny, e Richard
Gorman, 2003 e com o documento de patente Usina para Geração de Energia Elétrica pelas
Ondas do Mar, publicada no No ano de 1899 na França, a energia das ondas já era utilizada
para o acionamento de bombas, serras, moinhos e entre outros mecanismos pesados. Porém a
conversão dessa energia em eletricidade só foi possível devido a eventos recentes que
motivaram a procura pelo desenvolvimento de fontes alternativas e renováveis de energia. Um
pequeno avanço nas pesquisas, com relação a essa energia, foi obtido na década de 70 devido
à crise do petróleo, especialmente na Europa. Diversos países deste continente estão
investindo na tecnologia de geração de energia ondomotriz, como a Holanda com o sistema
AWS (Archimedes Wave Swing), com 2 MW de potência, Portugal com o sistema OWC
(Oscillating Water Column), com 400 kW de potência, o Reino Unido com o sistema
LIMPET, com 500 kW de potência e a Dinamarca com o sistema Wave Dragon, com 4 MW
de potência. Outros países do mundo que utilizam esta tecnologia são Estados Unidos,
Canadá, Austrália, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia, Espanha, Suécia, Grécia, Índia, China,
Coréia e Japão.
O Brasil possui um vasto litoral com 8000 km de extensão e pode se beneficiar dessa
fonte de energia limpa e renovável. Apesar de não possuir valores energéticos altos em suas
ondas oceânicas, sua regularidade e pouca ocorrência de fenômenos naturais que possam
destruir os equipamentos, tornam economicamente viáveis a possibilidade de usufruir dessa
fonte de energia, dependendo da tecnologia adotada para esse propósito (ESTEFEN, 2004).

2.2 Conceitos básicos sobre a energia das ondas

A ação dos ventos na superfície das águas oceânicas é a fonte de energia das ondas.
Através da fricção entre o vento e a água, os ventos são capazes de transferir uma parte de sua
energia para a água, as ondas são formadas pelo deslocamento das camadas superficiais da
água. Essa movimentação faz com que as partículas existentes na superfície se movimentem
de forma elíptica através da conjunção das ondas longitudinais (para frente e para trás) e
transversais (para cima e para baixo) (MONTEIRO, 2009). As ondas originadas a partir dos
ventos possuem uma quantidade significativa de energia com potencial para ser convertida em
eletricidade quando utilizados conversores mecânicos instalados no mar (MONTEIRO, 2009).
No Brasil existe, dois sistemas de caracterização da agitação das ondas: a vaga (wind sea),
que é gerada pelos ventos alísios e frequente o ano inteiro e, a ondulação (swell), que está
associada a passagens de frentes frias, resultantes da migração dos anticiclones extratropicais
(TOLMASQUIM, 2016). Nas regiões Sul e Sudeste, as ondulações são mais energéticas,
associadas às frentes frias em algumas épocas do ano. Entretanto, no litoral nordestino, o mar
é caracterizado por ondulações menores, porém constante no ano todo.
Dos impactos ambientais que podem ser gerados, os ruídos não provocaram sons mais
altos que o próprio barulho das ondas e a perturbação da vida marinha só ocorreria durante o
período de instalação do sistema (ESTEFEN, 2004)

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2.3 Conversão da energia das ondas em energia elétrica

Para converter a energia mecânica das ondas em energia elétrica, é necessário o uso de
um dispositivo para este fim. Os instrumentos utilizados para a realização dessa tarefa são
denominados conversores de energia das ondas. A classificação destes conversores é feita
de acordo com as particularidades da instalação, podendo ser instalados na costa, próximos à
costa ou distantes da costa. Sendo assim, conforme a localização, recebem as seguintes
classificações:  Shoreline - Dispositivos Costeiros; Nearshore - Dispositivos Próximos da
Costa; Offshore - Dispositivos Afastados da Costa.
Os principais dispositivos utilizados para conversão de energia das ondas do mar em
energia elétrica serão relatados em seguida. Atenuadores são dispositivos flutuantes, com
articulações e posicionados perpendicularmente à frente de onda. E quando a onda passa ao
longo de seu comprimento, as articulações se movimentam fazendo o dispositivo gerador de
energia entrar em funcionamento (Energia Oceânica, INPI). Um exemplo deste dispositivo é o
sistema Pelamis, utilizado em Portugal.
O dispositivo Coluna de Água Oscilante utiliza o movimento da onda para criar
variação de pressão em um reservatório de ar. Essa diferença de pressão faz o ar passar por
turbinas, que por sua vez acionam o gerador de eletricidade (Energia Oceânica, INPI).
Exemplo deste dispositivo é o sistema LIMPET, utilizado no Reino Unido.

2.4 Vantagens e desvantagens

Por se tratar de uma fonte de energia renovável, apresenta riscos mínimos para o meio
ambiente, pois é uma energia inesgotável e abundante, e a produção por meio de energias
renováveis tem uma grande importância no combate à emissão de gases do efeito estufa, e
assim, desacelerando o processo de aquecimento global. Além disso, suas principais
vantagens são: o grande aproveitamento energético e o baixo custo para a manutenção dos
geradores de energia.
Entre as vantagens, é possível citar que se trata de um recurso renovável e
autossustentável, de fácil estimativa do potencial, abundante, nativa e de produção pontual,
livre de poluição, sua localização é flexível, não apresenta risco à vida marinha e pode gerar
independência energética do local ou região em que for instalada, principalmente no que diz
respeito aos locais remotos e isolados do litoral (ESTEFEN, 2004).
Junto das vantagens, existem algumas exigências e atenções que podem fazer com que
essa energia não seja a melhor opção. A geração de energia requer uma estrutura especial nas
costas e ondas de grande amplitude, nem toda costa será ideal para a implementação deste
tipo de energia. Na maior parte dos casos, ela impossibilita e dificulta a navegação e pode ter
material da composição da estrutura comprometido por conta do contato direto com a água
salgada do mar e suas instalações de potência reduzida. Além de altos custos de equipamentos
para a criação, afastamento da fauna marítima por conta do momento da instalação, impacto
negativo visual nos locais de instalação.
 Dos impactos ambientais que podem ser gerados, os ruídos não provocaram sons mais
altos que o próprio barulho das ondas e a perturbação da vida marinha só ocorreria durante o
período de instalação do sistema.

3. RESULTADOS
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Por meio do trabalho de pesquisa realizado, a energia das ondas tem poucos impactos
sobre o meio ambiente e é uma fonte renovável. Porém a sua utilização requer mais análises e
estudos a respeito da aplicação nas costas dos litorais. No quesito econômico, a fonte de
energia das ondas necessita de um grande investimento inicial para a criação das estruturas
nas costas e no ambiente marítimo, além da necessidade de investigação de áreas de
estabelecimento para a instalação, porém atualmente com o surgimento e popularização dos
créditos de carbono, talvez a utilização dessa e outras energias limpa venham a ser mais
viável economicamente.
Portanto, são necessárias mais pesquisas e desenvolvimento nessa área, tornando-a mais
produtiva e/ou acessível, desse modo sendo mais vantajosa a sua implementação no futuro.

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4.
REFERÊNCIAS

https://bdm.unb.br/bitstream/
10483/11577/1/2015_CarlosEduardoBarrettoDantas.pdf;
https://www.periodicos.famig.edu.br/index.php/parametrica/article/view/266
http://riut.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/23866/1/PG_DAELE_2019_2_17.pdf;
COPPE -UFRJ. Rio de Janeiro terá geração de energia pelas ondas do mar. 2013. Disponível
em: https://coppe.ufrj.br/pt-br/planeta-coppe-noticias/noticias/rio-de-janeiro-tera-geracao-de-
energia-pelas-ondas-do-mar. Acesso em: 25 abr. 2020;

ESTEFEN, Segen. Geração de Energia Elétrica pelas Ondas do Mar. 2006. Disponível em:
https://coppe.ufrj.br/pt-br/geracao-de-energia-eletrica-pelas-ondas-do-mar-0.;

MONTEIRO, T. M. Análise de gerador de indução para produção de energia elétrica a partir das ondas
do mar. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009;

TOLMASQUIM, Mauricio T. (coord.). Energia Renovável: hidráulica, biomassa, eólica, so-lar,


oceânica. Rio de Janeiro: Empresa de Pesquisa Energética (epe), 2016. 452 p.

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