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UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO TOCANTINS

LUCIANA MONTEIRO SILVA


MARIA GABRIELA ROQUE DE SOUSA ALVES
SUZANA DA SILVA CUNHA

O LEITOR DO TREM DAS 6H27

ARAGUAINA-TO
2022
LUCIANA MONTEIRO SILVA
MARIA GABRIELA ROQUE DE SOUSA ALVES
SUZANA DA SILVA CUNHA

O LEITOR DO TREM DAS 6H27

ARAGUAINA-TO
2022
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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO.........................................................................................................02

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................03
2.1 Breve
estudo.........................................................................................................03
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CONCLUSÃO..........................................................................................................05

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................06
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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo do livro “O Leitor do Trem das 6h27” traz consigo uma
narrativa sobre a vida de Guylain Vignolles, um homem simples, que trabalha
destruindo livros em uma fábrica, mas que odeia seu trabalho. Todo dia, Guylain
salva algumas páginas incoerentes da destruição e leva para ler em voz alta no dia
seguinte, exatamente no trem das 6h27.
Assim, onde o mesmo ficou conhecido, Guylain passou a conhecer pessoas
que se encantaram por suas leituras, e também a chance de conhecer um novo
amor. O livro retrata a mais profunda história sobre o poder da leitura e das palavras,
representando a monotonia da vida do protagonista.
Desta forma, descreveremos no transcorrer do trabalho um breve estudo sobre
o tema em questão, para que possamos compreender um pouco o intuito desta
leitura.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Breve estudo

O livro em si narra sobre a vida de Guylain Vignolles, que desde cedo sofre
com a junção de seu nome e sobrenome, e ainda que muitas vezes tivesse a
curiosidade de saber o porquê, sobretudo, existia o receio de saber a resposta que o
deixasse insatisfeito.
Ele até brinca imaginando como sua vida teria sido diferente se tivesse
outro nome, um nome de verdade no qual ele poderia ter se construído. Ao invés
disso, sofreu por toda a infância, passando a ser chamado de “palhaço feio”.
A história conta a vida de Guylain, um homem de 36 anos que vive uma
vida monótona e trabalha em uma fábrica, onde faz algo que não gosta, que é a
trituração de livros, o qual chama de “COISA”. São livros que por estarem ocupando
espaço, precisam ser destruídos, pois ninguém mais compra. Além disso tudo,
necessita lidar com um chefe ganancioso e um colega de trabalho que fica o
importunando.
Outro personagem interessante nesta história é seu grande amigo
Giuseppe, um ex-funcionário da fábrica que sofreu um acidente no trabalho, e por
conta disso, perdeu as duas pernas. Os dois desenvolveram uma amizade, e com a
ajuda de Guylain, Giuseppe achou um motivo para viver após o trágico acidente.
Guylain salva as poucas páginas que ficam presas na máquina, e todo dia,
como uma forma de diminuir o tédio e os problemas durante o dia a dia, no caminho
ao trabalho, no trem das 6h27, ele as lê em voz alta para os passageiros do vagão.
Jean Paul (2014), menciona que:

“Para todos os passageiros presentes na composição, ele era o leitor, um sujeito


estranho que, todos os dias de semana, lia em voz alta e inteligível as poucas
páginas tiradas de sua bolsa. Eram fragmentos de livros sem qualquer relação uns
com os outros. O trecho de uma receita podia estar ao lado da página quarenta e oito
do último vencedor do Goncourt; um parágrafo de romance policial podia seguir-se a
uma página de um livro de história. Para Guylain, pouco importava o conteúdo. Só o
ato de ler tinha importância a seus olhos. Ele expelia todos os textos com a mesma
dedicação obstinada. E, a cada vez, a magia se operava. As palavras, ao sair de seus
lábios, levavam com elas um pouco da náusea que o sufocava ao se aproximar da
usina. ”
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Durante essas atividades, teve duas surpresas: o convite de duas


senhoras que pediram que Guylain fizesse uma leitura especial na casa delas.
Como elas eram muito idosas, acabavam pegando o trem apenas para escutar ele
lendo. Guylain, então, aceita o convite e descobre que ambas vivem numa casa de
repouso, onde há mais velhinhos além delas duas.
E com essa descoberta, sabendo da adoração dos velhinhos pela leitura,
Guylain acaba voltando em outros dias, e isso, para ele, acaba se tornando algo
prazeroso de se fazer. A outra surpresa foi a descoberta de um pendrive de uma
moça desconhecida que escrevia um diário. A partir daí, surge a curiosidade em
saber quem é essa moça. O que se sabia era que a mesma limpava banheiros em
um shopping. Guylain ficou encantado pela sua personalidade.
Nas quintas feiras à noite, Guylain telefonava para sua mãe, pois era um
ritual que não podia deixar de seguir, pois sabia que ela estava lá, sentada na sua
poltrona assistindo uma TV, ritual que a mesma fazia sempre depois que seu marido
faleceu.
Logo depois, com a ajuda de seu amigo Giuseppe, continuou a busca pela
moça do diário. Através de um mapa, conseguiu desenhar linhas que contornavam
lugares específicos de onde essa moça poderia ser. Guylain guardou
cuidadosamente a lista dos possíveis lugares.
Ele enumerou os nomes de 08 shoppings e 08 estações de uma via, onde
ele tinha convicção que poderia encontrá-la. E todo início de semana, quando
acabava o expediente, percorria vários desses shoppings, a fim de pegar o ônibus
ou o primeiro trem que viesse.
E assim, depois de uma semana de buscas sem resultado, ele começou
a acreditar que Julie existia somente por causa dos textos dela. Certo dia, Guylain
foi a um ponto onde tudo que acontecia lembrava as várias histórias que Julie
escrevia naquele diário.
Finalmente ela apareceu quando ele foi em direção ao banheiro
masculino, saindo de uma das cabines, segurando um pano de chão, e ele,
observando tudo, ficou encantando com cada detalhe de Julie. A partir daí,
descobrindo de quem se tratava, fez uma surpresa para ela, mandando flores, com
uma pequena cartas que dizia:
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“Senhorita, não sou o que se pode exatamente chamar de príncipe encantado. (Acho
que os príncipes encantados têm sempre tendência a um ar de autosatisfação que
me incomoda e que não os torna especialmente simpáticos.) Assim como não sou um
príncipe encantado, não possuo um corcel branco. Às vezes também jogo moedas
nas fontes quando tenho oportunidade. Não tenho verruga no queixo nem língua
presa, mas possuo um nome realmente ridículo que por si só vale por todas as
verrugas e línguas presas do mundo. Gosto de livros, embora passe a maior parte do
meu tempo destruindo muitos deles. Meu único bem é um peixe dourado que se
chama Rouget de Lisle e meus únicos amigos são um amputado das duas pernas
que passa seu tempo procurando por elas e um versificador que só sabe falar em
versos alexandrinos. Eu acrescentaria por fim que, há algum tempo, descobri que
existia neste planeta um ser com o poder de fazer as cores parecerem mais vivas, as
coisas menos sérias, o inverno menos duro, o insuportável mais suportável, o belo
mais belo, o feio menos feio, em suma, de tornar minha existência mais bonita. Esta
pessoa é você, Julie. Então, embora eu não seja um adepto do Speed dating, peço,
não, na verdade suplico que me conceda oito minutos de sua vida (acho que sete não
é um número muito bonito, sobretudo para um encontro). Devo agora me declarar
culpado. Culpado de ter entrado em sua existência por meio desse pen drive
encontrado no trem três semanas atrás. Saiba que se entrei assim na sua vida,
inicialmente foi com a única intenção de encontrá-la para lhe devolver o pen drive e
os escritos que ele continha, embora essa intenção pouco a pouco tenha se
transformado num profundo desejo de conhecê-la. E, para que me desculpe, permita-
me oferecer esta cerâmica suplementar para acrescentá-la ao seu recenseamento de
amanhã. Pois, apesar do que possamos pensar, nada é imutável na vida. Mesmo um
número tão feio como 14.717 pode acabar se embelezando um dia, contanto que o
ajudemos um pouco. Eu finalizo com essa afirmação que, concordo, é um pouco
enfática, mas receio nunca mais ter oportunidade, nem vontade, de escrevê-la a outra
pessoa a não ser você: Meu destino está em suas mãos.

Ele contou um pouco de tudo, da sua vida, do seu jeito, e de como se


sentiu culpado por ter entrado na vida dela através de um pendrive encontrado no
trem, e que, inicialmente, entrou na vida dela somente para devolver o pendrive e os
escritos no diário.
Contou, inclusive, que esse desejo se transformou num desejo maior de
conhecê-la, lembrando que o mesmo tinha deixado seu telefone. Com isso, Julie
ficou curiosa e cética sobre isso. Depois de ler e reler a carta, resolveu ligar para
Guylain. Por fim, resolveram dar uma oportunidade para se conhecerem melhor.
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3 CONCLUSÃO

O livro Trem das 6h27 trouxe uma reflexão positiva de como a leitura tem o
poder de transformar vidas, a vida de Guylain e de seu trabalho angustiante, o
momento que faz amizades e as demais pessoas que o cercam, em que passa a
trazer alegria para os dias tediosos e ajudam a seguir em frente nos momentos que
são dolorosamente difíceis de tolerar.
Foi de grande importância a realização desta leitura, pois foi através dela que
pudemos entender e dar sentido à nossa vida cotidiana, trazendo mais cor para
nossa rotina às vezes conturbada, e também, nos fez ter um olhar de gratidão às
pequenas coisas que nos cercam e que nos fazem extremamente felizes.
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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIDIERLAURENT, Paul Jean. O Leitor do Trem das 6h27. Intrínseca. Ano de 2014.

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