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Prof.

Joaquim Gonçalves

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

Nome: ____________________________________ Ano _____ Turma _____

A Sociedade no século XIII

Clero e Nobreza (privilegiados)

- Eram senhores das terras;

- Recebiam impostos do Povo;

- Não pagavam impostos ao rei;

- Aplicavam a justiça nas suas terras.

Clero secular – padres, bispos e cónegos (viviam nas aldeias ou cidades junto das populações).

Clero regular – frades, monges e freiras (viviam nos mosteiros e conventos). Clero

organizado em ordens religiosas, com vários mosteiros e um grande número de terras

(coutos).

Povo

- Trabalhavam;

- Pagavam impostos;

- Prestavam os serviços que os senhores exigiam.

Os Mosteiros
Terras doadas ao Clero. Eram grandes edifícios com muitas dependências (igreja, biblioteca,

refeitório, dormitório, enfermaria, albergaria, etc) e terras em seu redor.

Tarefas dos monges:

- Rezar era a principal função do Clero;

- Copiavam livros e ilustravam-nos com iluminuras. Só o Clero sabia ler e

escrever.

- Cultivavam os campos;

- Construíam moinhos e lagares, fabricavam carroças, instrumentos agrícolas, móveis…

- Ajudavam os mais necessitados, como as viúvas, os órfãos, os mendigos, etc.

Terras Senhoriais ou Senhorio

Eram grandes propriedades doadas pelos reis a senhores importantes. Delas os senhores

retiravam muitos rendimentos que lhes permitiam viver sem trabalhar. O Senhorio era constituído

pela habitação do senhor (casa acastelada), campos cultivados, floresta, moinho e casas dos

camponeses que trabalhavam as terras.

Viviam nas Terras Senhoriais:

Os camponeses:

- Recebiam protecção do senhor e em troca trabalhavam a terra e pagavam uma

renda;

- Quando não cumpriam as suas obrigações eram julgados pelo senhor;

- A sua alimentação era em pouca quantidade e variedade. Comiam

principalmente: pão, hortaliças, azeitonas, toucinho, carne, peixe e, quando faltavam os cereais,

comiam castanhas e bolotas.

- As suas casas eram pobres, cobertas de colmo, sem divisões, portadas de madeira e chão de

terra batida.
- Divertiam-se enquanto trabalhavam e depois da missa ou da procissão, dançavam e cantavam nos

terreiros das igrejas. Também assistiam a competições militares organizadas pelos nobres

(Torneios, por exemplo).

Os nobres

- Tinham uma função guerreira e combatiam a cavalo (cavaleiros).

- Em tempo de paz administravam o seu Senhorio e treinavam para a guerra. Por exemplo:

torneios, caça…

- A casa dos nobres era constituída por dois pisos, várias divisões

e poucos móveis. Usavam camas, arcas, tapetes, almofadas,

cadeiras, bancos e mesas. As janelas e portadas eram de madeira

e raramente de vidro. A iluminação era feia através do fogo da lareira, lâmpadas de azeite e tochas

de cera.

- Após os banquetes, jograis e

trovadores, acompanhados por

instrumentos musicais, declamavam e

cantavam poemas, saltimbancos,

bailarinas e malabaristas animavam os

saraus, jogavam jogos como o xadrez e

o dado.

- Tinham uma mesa farta. Grossas fatias de pão substituíam os pratos. Comiam com as mãos, principalmente

carne, mariscos e peixes. Os doces eram raros e feitos com mel. Acompanhavam as refeições com vinho.

Os Concelho
Povoação que tinha recebido foral ou carta de foral.

Foral – Documento escrito onde içavam registados os direitos e

deveres dos moradores para com o dono da terra.

Pelourinho ou picota – Símbolo de autonomia de um concelho.

Moradores de um Concelho –(Homens do povo) - tinham mais regalias e maior autonomia. Só pagavam

os impostos estabelecidos n foral. Tinham uma “assembleia de homens-bons” para resolver os principais

problemas do Concelho.

“Assembleia de homens-bons” – era formada pelos homens mais ricos e respeitados do Concelho, que

elegia os juízes e mordomos.

Alcaide – Representante do rei num concelho e chefe militar.

Concelhos rurais – Os moradores eram agricultores, pastores, artesãos e pescadores.

Concelhos urbanos – Lá viviam os comerciantes e artesãos. Existiam ofícios ou mesteres (carpinteiros,

pedreiros, alfaiates, sapateiros, ferreiros, oleiros, padeiros, carniceiros, etc.).

Mercados e feiras – As Feiras eram semanais, mensais ou anuais. Vinham os regatões (camponeses das

redondezas) e almocreves (pequenos comerciantes que andavam de terra em terra). Os almocreves

transportavam também encomendas e mensagens. Na feira comprava-se, vendia-se, convivia-se,

acertavam-se casamentos, tocavam-se ideias e recebiam-se notícias de outras povoações.


Comércio interno – Comércio realizado dentro do país.

Comércio externo – Comércio com outros países.

Exportações – o que se vendia para o estrangeiro: sal e peixe seco, vinho, azeite, fruta,

cera , mel e peles.

Importações – O que se comprava ao estrangeiro: cereais, tecidos, especiarias, metais,

armaduras e objectos de adorno.

Burgos – Cidades no litoral que cresciam devido ao comércio feito pela via marítima; juntamente com o

aumento da população.

Burgueses – Mercadores e artesãos enriquecidos com o comércio externo, que viviam nos concelhos

urbanos do litoral (burgos). Os burgueses distinguiram-se do resto do povo porque frequentavam escolas

ou tinham mestres individuais. Pela sua riqueza, instrução e modo de vida com o passar do tempo, deram

origem a uma nova classe social – a Burguesia.

O Rei e a vida na Corte


Rei – Tinha grande autoridade, era o mais rico e poderoso do território português.

Lisboa – Cidade mais importante do reino. O rei e a sua corte viviam aí parte do tempo e outra parte

do ano viviam num castelo ou palácio, noutras cidades e vilas.

Deslocações da corte – O rei visitava as vilas, ouvia as queixas das

populações e resolvia pessoalmente alguns problemas locais.

“Assembleias consultivas” ou “Cortes” - Eram representantes da

nobreza ou clero que o rei chamava à corte para resolver questões

importantes: fazer leis, cunhar moeda, lançar impostos.

Principais fontes de riqueza do rei – Senhorios, impostos e rendas.

Banquetes e saraus – Festas de noite, no paço real, onde se cantava,

dançava e lia poemas, lendas, histórias e livros novos. Os saraus da

corte eram uma forma de divertimento e também de obter

conhecimentos.

Língua oficial – No reinado de D. Dinis o português passa a ser a língua oficial do reino e abandona-se o

latim. D. Dinis criou também a primeira universidade portuguesa, em 1290, em Lisboa, chamada Estudo

Geral ou Universidade, que mais tarde passou para Coimbra.

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