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Diretiva Máquinas

Segurança na Conceção

A World of Solutions Enquadramento Legal

Joaquim Gomes
Objetivos
No final do módulo os formandos deverão ser capazes de:

 Reconhecer as obrigações legais aplicáveis na aquisição de máquinas novas,


usadas e equipamentos de trabalho.

 Reconhecer os referências normativos e fontes de informação.


Conteúdo

 Sistema de normalização

 Legislação: Enquadramento legal

 Responsabilidade dos intervenientes

 Processo de avaliação de conformidade

 Processo técnico de fabrico

 Documentação técnica
Fontes Legislativas - Proveniência

DIRECTIVAS Comité Europeu de


LEGISLAÇÃO
COMUNITÁRIAS Normalização NACIONAL
Comité Europeu de
Normalização
Electrotécnica

Instituto Europeu de
Normalização das
LEGISLAÇÃO Telecomunicações
NACIONAL

NP EN
Diretivas
Sistema de normalização

www.ipq.pt
Sistema de normalização
ESTRUTURA NORMATIVA
Normas são baseadas em resultados da ciência, tecnologia e experiência.
Reflectem o estado da arte num dado momento no seu nível mais elevado de segurança

Normas Harmonizadas para as Máquinas


TIPO A TIPO B TIPO C
normas de segurança por
definem com rigor categoria de máquinas -
conceitos fundamentais, tratam de um aspecto ou de um dispositivo oferecem prescrições
princípios de concepção e condicionador da segurança, aplicável a uma detalhadas da segurança
aspectos gerais válidos gama extensa de máquinas aplicáveis a uma máquina
para todo o tipo de ou grupo de máquinas
máquinas. standards

EN ISO 12100:2010 Segurança de EN ISO 13857:2008 EN 60204-1:2006 Segurança EN 693:2001+A2:2011 Máquinas-


máquinas - Princípios gerais de Segurança de máquinas - de máquinas - ferramenta - Segurança -
concepção - Avaliação e Distâncias de segurança Equipamento eléctrico de Prensas hidráulicas
redução de riscos para impedir que os máquinas - Parte 1:
membros superiores e Requisitos gerais EN 13736:2003+A1:2009
inferiores alcancem zonas Segurança de máquinas-
perigosas EN ISO 13850:2015 ferramenta - Prensas
Segurança de máquinas - pneumáticas
Paragem de emergência -
Princípios de concepção
Enquadramento Legal
FABRICANTE COMERCIANTE

não provenientes de não


Máquina nova? fora da U.E?
COMERCIALIZAÇÃO

sim sim

Diretiva Máquinas Decreto-Lei 214/95


Decreto-Lei 103/2008 Portaria 172/2000
UTILIZAÇÃO

Diretiva Equipamentos de Trabalho


Decreto-Lei 50/05
ENTIDADE PATRONAL
Diretiva Máquinas

 Objetivo: Permitir a livre circulação de produtos no mercado interno Assegurar um


elevado nível de proteção da saúde e da segurança

 Atividades abrangidas: Concepção, fabrico, comercialização e colocação no mercado de


produtos/equipamentos de uso profissional ou não

 Beneficiários: Pessoas e bens

 Expressão dos requisitos: Exigências essenciais


estabelecidas por diretivas e especificações
técnicas expressa sob a forma de normas
harmonizadas

Marcação CE confere presunção de conformidade com as directivas aplicáveis


Histórico
Directiva Comunitária Legislação Nacional Entrada em vigor

89/392/CEE - J.O L183 de 29/06 Decreto-Lei 378/93 de 5/11 01.01.1995


Portaria 145/94 de 12/03

91/368/CEE - J.O L198 de 22/07 Decreto-Lei 139/95 de 14/06 01.01.1996


alargou o âmbito a equipamentos intermutáveis, máquinas móveis e máquinas para alargou o âmbito a equipamentos intermutáveis,
alargou o âmbito a equipamentos intermutáveis, máquinas móveis e elevação de máquinas
máquinas para elevação de mercadorias

Portaria 280/96 de 22/07 01.01.1997


93/44/CEE - J.O. L 175 de 14/06 alargou o âmbito a equipamentos intermutáveis,
alargou o âmbito a componentes de segurança e máquinas para a elevação e máquinas
alargou o âmbito a componentes de segurança e máquinas para a elevação e deslocação de pessoas
deslocação de pessoas

98/37/CE – J.O. L 207 de 23/07 Decreto-Lei 320/2001 de 12/12 13.02.2001


introduziu disposições harmonizadas relativas à marcação CE

2006/42/CE – J.O. L 157 de 17/06 Decreto-Lei 103/2008 de 24/06 29.12.2009


reformulação da Diretiva Máquinas
Artigo 2º Âmbito de Aplicação

(a) Máquinas

(b) Equipamentos intermutáveis

(c) Componentes de segurança

(d) Acessórios de elevação

(e) Correntes, cabos e correias

(f) Dispositivos amovíveis de transmissão mecânica

(g) Quase-máquinas
Artigo 3.º Definições “Máquinas”

“...Máquina - um conjunto de peças ou de


órgãos ligados entre si, em que pelo menos
um deles é móvel e, se for caso disso, de
acionadores, de circuitos de comando e de
potência, etc., reunidos de forma solidária
com vista a uma aplicação definida,
nomeadamente para a transformação, o
tratamento, e deslocação e o
acondicionamento de um material ...”
Artigo 3.º Definições “Máquinas”

“... Conjunto de máquinas que, para a obtenção de um mesmo resultado, estão dispostas
e são comandadas de modo a serem solidárias no seu funcionamento;
Artigo 3.º Definições “Máquinas”

“..Equipamento intermutável - um
equipamento intermutável que
altera a função de uma máquina,
que é colocado no mercado com
intuito de ser montado pelo
próprio operador, quer numa
máquina, quer numa série de
máquinas diferentes, quer ainda
num trator, desde que o referido
equipamento não constitua uma
peça sobresselente nem uma
ferramenta ... “.
Artigo 3.º Definições “Máquinas”

“... Componente de Segurança - um


componente que não seja um
equipamento intermutável, e que o
fabricante ou o seu mandatário
estabelecido na Comunidade coloque
no mercado com o objetivo da
assegurar, através da sua utilização,
uma função de segurança, e cuja a
avaria ou mau funcionamento ponha
em causa a segurança ou a saúde das
pessoas expostas ...”
Artigo 3.º Definições “Máquinas”
«Conjunto de peças ou de
componentes ligados entre si, dos
quais pelo menos um é móvel,
reunidos de forma solidária com vista
a elevarem cargas, cuja única fonte
de energia é a força humana aplicada
directamente; …”

“Acessório de elevação»: componente


ou equipamento não ligado à máquina
de elevação, que permite a preensão
da carga e é colocado entre a
máquina e a carga ou sobre a própria
carga, ou destinado a fazer parte
integrante da carga e que é colocado
isoladamente no mercado. São
igualmente considerados como
acessórios de elevação as lingas e
seus componentes”
Artigo 3.º Definições “Máquinas”
«Correntes, cabos e correias» as
correntes, os cabos e as correias
concebidas e construídas para
efeitos de elevação como
componentes das máquinas ou dos
acessórios de elevação;

«Dispositivo amovível de transmissão


mecânica» o componente amovível
destinado à transmissão de potência
entre uma máquina automotora ou
um trator e uma máquina recetora,
ligando-os ao primeiro apoio fixo,
sendo que sempre que seja colocado
no mercado com o protetor deve
considerar -se como um só produto;
Artigo 3.º Definições “Máquinas”
“Quase-máquina”: Conjunto que quase constitui uma máquina mas
que não pode assegurar por si só uma aplicação específica.

Um sistema de acionamento é uma quase-máquina. A quase-


máquina destina-se a ser exclusivamente incorporada ou montada
noutras máquinas, ou noutras quase-máquinas ou equipamentos,
com vista à constituição de uma máquina à qual é aplicável a
presente diretiva.
Artigo 3.º Definições
“Colocação no mercado”

“… A primeira colocação à disposição na Comunidade, a título oneroso ou gratuito, de


uma máquina …”

 Máquinas novas colocadas no mercado ou em serviço na


UE, fabricadas na UE, ou fora dela

 Máquinas usadas ou em 2ª mão que foram postas à


disposição pela 1ºvez com vista à sua distribuição ou
utilização fora da UE, quando são posteriormente
colocadas no mercado ou em serviço pela 1ºvez na UE

 Máquinas baseadas em máquinas usadas que foram


transformadas ou reconstruídas de forma tão significativa
que podem ser consideradas como novas máquinas
Artigo 3.º Definições
“Fabricante”

“…i) Qualquer pessoa singular ou coletiva responsável pela concepção e ou pelo


fabrico de uma máquina ou quase–máquina bem como pela conformidade … tendo em
vista a sua colocação no mercado, com o seu próprio nome ou a sua própria marca ou
para seu uso próprio;

ii) Na falta de fabricante na acepção da subalínea anterior, considera-se fabricante


qualquer pessoa singular ou colectiva que proceda à colocação no mercado ou à
entrada em serviço de uma máquina ou quase -máquina abrangida pelo presente
decreto-lei;…”

“Mandatário”
“…qualquer pessoa singular ou colectiva, estabelecida na Comunidade, que tenha
recebido um mandato escrito do fabricante para cumprir, em seu nome, a totalidade
ou parte das obrigações e formalidades ligadas ao presente decreto -lei;;…”
Artigo 5.º
Fabricante - Responsabilidades

 Antes da colocação de uma máquina no mercado e ou de a pôr em serviço, deve:

 Certificar-se de que a máquina cumpre os RESS (anexo I);

 Certificar-se de que o processo técnico está disponível (PTF);

 Fornecer o manual de instruções;

 Efetuar os procedimentos de avaliação da conformidade;

 Elaborar a declaração CE de conformidade;

 Apor a marcação «CE».


Artigo 2.º
Exclusões
 Equipamentos destinados à elevação de pessoas com máquinas concebidas para elevação
de mercadorias

 Na medida em que se encontrem abrangidos pelo Decreto -Lei n.º 21/2017, que transpõe para a
ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2014/35/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de
Dezembro, relativa à harmonização das legislações dos Estados membros no domínio do equipamento
elétrico destinado a ser utilizado dentro de certos limites de tensão, os produtos elétricos e
eletrónicos a seguir indicados:
 i) Aparelhos domésticos destinados a utilização doméstica;
 ii) Equipamentos áudio e vídeo;
 iii) Equipamentos da tecnologia da informação;
 iv) Máquinas de escritório comuns;
 v) Aparelhos de conexão e de controlo de baixa tensão;
 vi) Motores eléctricos;
 m) Os seguintes equipamentos eléctricos de alta tensão:
• i) Dispositivos de conexão e de comando;
• ii) Transformadores.
• Outros…
Procedimento de Avaliação de Conformidade
Conteúdo
Decreto - Lei 103/2008
 Anexo I: exigências essenciais de segurança e saúde relativas conceção e construção de máquinas e
componentes de segurança

 Anexo II: conteúdo da Declaração CE de conformidade

 Anexo III: marcação “CE” de conformidade

 Anexo IV: tipo de máquina/ componentes de segurança cuja avaliação de conformidade obriga
intervenção Organismo Notificado - O.N.

 Anexo V: Lista indicativa dos componentes de segurança

 Anexo VI: Manual de montagem das quase máquinas

 Anexo VII: Dossier técnico de fabrico

 Anexo VIII: Avaliação da conformidade com controlo interno do fabrico

 Anexo IX: Exame CE tipo

 Anexo X: Garantia da qualidade total

 Anexo XI: Critérios mínimos para os O.N.


Anexo I
Requisitos essenciais de saúde e segurança
1 — Requisitos essenciais de saúde e segurança gerais.

2 —RESS complementares para determinadas categorias de máquinas:


indústria alimentar, produtos cosméticos e farmacêuticos, máquinas
mantidas em posição e ou guiadas à mão, os aparelhos portáteis de
fixação e outras máquinas de impacte, bem como as máquinas para
madeira.

3 — RESS complementares para limitar os perigos associados à


mobilidade das máquinas.

4 — RESS complementares para limitar os perigos associados a


operações de elevação.

5 — RESS complementares para as máquinas destinadas a ser utilizadas em trabalhos


subterrâneos.

6 — RESS complementares para as máquinas que apresentem perigos específicos devido a


operações de elevação de pessoas.
Anexo IV
1 — Serras circulares (monofolha e multifolha) para trabalhar madeira e materiais com características físicas
semelhantes ou para trabalhar carne e materiais com características físicas semelhantes,..
2 — Desbastadoras com avanço manual para trabalhar madeira…
3 — Aplainadoras de uma face, com dispositivo integrado de avanço e com carga/descarga manual …
4 — Serras de fita, …
5 — Máquinas combinadas…
6 — Máquinas de fazer espigas, com várias puas, com introdução manual, para trabalhar madeira.
7 — Tupias de eixo vertical, com avanço manual, para trabalhar madeira e materiais semelhantes.
8 — Serras de cadeia portáteis para trabalhar madeira.
9 — Prensas, incluindo as quinadeiras, para trabalhar a frio os metais, com carga e ou descarga manual, cujos
elementos de trabalho móveis podem ter um movimento superior a 6 mm e velocidade superior a 30 mm/s.
10 — Máquinas de moldar plásticos ou borracha, por injeção ou compressão, com carga ou descarga manual.
13 — Caixas de recolha de lixos domésticos de carga manual e comportando um mecanismo de compressão.
14 — Dispositivos amovíveis de transmissão mecânica e respetivos protetores.
15 — Protetores dos dispositivos amovíveis de transmissão mecânica.
16 — Plataformas elevatórias para veículos.
17 — Aparelhos de elevação de pessoas/pessoas+mercadorias com risco de queda vertical superior a 3 m.
19 — Dispositivos de proteção destinados à deteção da presença de pessoas.
20 — Protetores móveis de acionamento motorizado com dispositivos de encravamento ou bloqueio
21 — Blocos lógicos destinados a desempenhar funções de segurança.
22 — Estruturas de proteção contra capotamento (ROPS) e Estruturas de proteção contra queda de objetos (FOPS).
Anexo V
Lista indicativa dos componentes de segurança referida no
n.º 3 do artigo 3.º
1 — ….
2 — Dispositivos de proteção destinados a detetar a presença de pessoas.
3 — Protetores móveis de acionamento motorizado com dispositivos de
encravamento .
….
7 — Protetores e dispositivos de proteção concebidos para proteger pessoas contra
os elementos móveis que concorrem para o trabalho da máquina.
8 — Dispositivos de controlo da carga e do movimento das máquinas de elevação.

10 — Dispositivos de paragem de emergência.

14 — Estruturas de proteção contra o capotamento (ROPS).
15 — Estruturas de proteção contra a queda de objetos (FOPS).
16 — Dispositivos de comando bimanuais.

….
Processo Técnico de Fabrico
Processo Técnico de Fabrico
 Descrição geral da máquina;

 Desenho de conjunto/subconjunto /pormenor e completos ;

 Circuitos de comando e potência;

 Notas de cálculo / Resultados de ensaios / certificados, etc.,

 Avaliação de riscos;

 Normas e outras especificações técnicas que tenham sido utilizadas;

 Relatórios técnicos

 Manual de instruções da máquina;

 Declarações CE de conformidade;

 No caso de fabrico em série, as disposições internas que serão aplicadas para manter a

conformidade das máquinas com as disposições do presente decreto -lei.


Manual de instruções
“1.7.4 — Manual de instruções — Cada máquina deve ser acompanhada de um
manual de instruções em português e ou na ou nas línguas comunitárias oficiais do
Estado membro em que a máquina for colocada no mercado e ou entrar em serviço…”

“…menção «manual original» deverá figurar na ou nas


versões linguísticas pelas quais o fabricante ou o seu
mandatário assumam a responsabilidade.

“Quando não exista «manual original» na ou nas


línguas oficiais do país de utilização, deve ser fornecida
uma tradução para essa ou essas línguas pelo
fabricante, pelo seu mandatário ou por quem introduzir
a máquina na zona linguística em causa. Estas
traduções devem incluir a menção «tradução do
manual original»;….”
Manual de montagem
ANEXO VI

Manual de montagem das quase-máquinas

“…O manual de montagem de uma quase -máquina


deve incluir a descrição das condições a preencher
para permitir a montagem correcta na máquina final
de modo a não comprometer a segurança e a saúde.

O manual de montagem deve ser redigido numa


língua oficial comunitária aceite pelo fabricante da
máquina em que a quase-máquina será incorporada
ou pelo seu mandatário….”
Manual de instruções - Conteúdo
a) Denominação social e endereço completo do fabricante e do seu mandatário;
b) Designação da máquina, tal como indicada na própria máquina, excetuando o número de série (v. n.º 1.7.3);
c) Declaração CE de conformidade, ou documento do qual conste o conteúdo da declaração CE de conformidade, que
apresente as características da máquina, sem necessariamente incluir o número de série e a assinatura;
d) Descrição geral da máquina;
e) Desenhos, diagramas, descrições e explicações necessários para a utilização, manutenção e reparação da máquina,
bem como para a verificação do seu correto funcionamento;
f) Descrição do ou dos postos de trabalho suscetíveis de serem ocupados pelos operadores;
g) Descrição da utilização prevista da máquina;
h) Avisos relativos aos modos como a máquina não deve ser utilizada e que, segundo a experiência adquirida, se
podem verificar;
i) Instruções de montagem, instalação e ligação, incluindo desenhos, diagramas e meios de fixação e a designação do
chassis ou da instalação em que a máquina se destina a ser montada;
j) Instruções relativas à instalação e montagem, destinadas a diminuir o ruído e as vibrações;
k) Instruções relativas à entrada em serviço e utilização da máquina e, se necessário, instruções relativas à formação
dos operadores;
l) Informações sobre os riscos residuais que subsistam apesar de a segurança ter sido integrada aquando da conceção
da máquina e das medidas de segurança e disposições de proteção complementares adotadas;
m) Instruções sobre as medidas de proteção a tomar pelo utilizador, inclusive, se for caso disso, sobre o equipamento
de proteção individual a disponibilizar;
n) Características essenciais das ferramentas que podem ser montadas na máquina;
Manual de instruções - Conteúdo
o) Condições em que as máquinas cumprem o requisito de estabilidade durante a sua utilização, transporte,
montagem e desmontagem, quando estão fora de serviço ou durante ensaios ou avarias previsíveis;
p) Instruções destinadas a garantir a segurança das operações de transporte, movimentação e armazenamento, com
indicação da massa da máquina e dos seus diversos elementos, se estes tiverem de ser transportados separadamente
com regularidade;
q) Modo operatório a seguir em caso de acidente ou avaria; se for previsível a ocorrência de um bloqueio, modo
operatório a seguir para permitir um desbloqueamento em condições de segurança;

r) Descrição das operações de regulação e de manutenção que devem ser efetuadas pelo utilizador, bem como das
medidas de manutenção preventiva que devam ser respeitadas;
s) Instruções que permitam que a regulação e a manutenção sejam efetuadas com segurança, incluindo medidas de
proteção que devam ser tomadas durante essas operações;
t) Especificações das peças de substituição a utilizar, quando estas afetem a saúde e a segurança dos operadores;
u) Informações seguintes, relativas ao ruído aéreo emitido.
Declaração CE de Conformidade
Directiva 2006/42/EC, Anexo II, Capítulo A
(Denominação social e endereço completo do fabricante e, se for o caso, do seu mandatário)
Fabricante/Mandatário:
Endereço:
(Nome e endereço da pessoa autorizada a compilar o processo técnico, a qual deverá estar obrigatoriamente estabelecida na Comunidade)
Pessoa autorizada a compilar o processo técnico:
Endereço:
(Descrição e identificação da máquina, incluindo: denominação genérica, função, modelo, tipo, número de série e marca)
Pela presente declara que:
Denominação/Função:
Marca
Modelo
N.º de série

(Declaração expressa de que a máquina satisfaz todas as disposições relevantes da Directiva n.º 2006/42/CE e, se for caso disso, declaração análoga quanto à
conformidade com outras directivas e ou disposições relevantes a que a máquina dê cumprimento)
Está conforme com as disposições da Directiva Máquinas (Directiva 2006/42/EC), bem como a
legislação nacional que a transpõe.
(Referência a normas e especificações técnicas que tienham sido utilizadas)
Mais declara que foram observadas as seguintes normas:
Sendo caso disso, nome, endereço e número de identificação do Organismo Notificado
(Identificação e assinatura da pessoa habilitada a redigir esta declaração em nome do fabricante ou do seu mandatário )
(Identificação e assinatura)
(Local e Data)
Declaração de incorporação
Directiva 2006/42/CE, Anexo II, Capítulo A
(Denominação social e endereço completo do fabricante e, se for o caso, do seu mandatário)
Fabricante/Mandatário:
Endereço:
(Nome e endereço da pessoa autorizada a compilar o processo técnico, a qual deverá estar obrigatoriamente estabelecida na Comunidade)
Pessoa autorizada a compilar o processo técnico:
Endereço:
(Descrição e identificação da quase-máquina, incluindo: denominação genérica, função, modelo, tipo, número de série e marca)
Pela presente declara que:
Denominação/Função:
Marca
Modelo
N.º de série
(Declaração dos requisitos essenciais da Directiva n.º 2006/42/CE que se aplicam e são cumpridos e de que a documentação técnica relevante foi elaborada nos termos da parte B do
anexo VII e, se for caso disso, declaração da conformidade da quase -máquina com outras directivas aplicáveis)
Está conforme com os seguintes requistos da Directiva Máquinas (Directiva 2006/42/CE).

A documentação técnica relevante foi elaborada nos termos da parte B do anexo VII da Directiva 2006/42/CE.
O compromisso de fornecer, em resposta a um pedido fundamentado das autoridades nacionais competentes, informações
pertinentes sobre a quase-máquina. Este compromisso incluirá as modalidades de transmissão e não prejudicará os direitos
de propriedade intelectual do fabricante da quase-máquina.

Mais declara que a quase-máquina não deve entrar em serviço até que a máquina final em que irá ser incorporada tenha
sido declarada em conformidade com o disposto na presente directiva, isto é, formando um conjunto que incluí a quase-
máquina da presente declaração.
(Identificação e assinatura da pessoa habilitada a redigir esta declaração em nome do fabricante ou do seu mandatário )

(Identificação e assinatura)
(Local e Data)
Marcação das Máquinas
 1.7.3 — Marcação das máquinas - Ostentar, de modo visível, legível e indelével:

 Denominação social e endereço completo do fabricante e, se for o caso, do seu


mandatário

 Designação da máquina;

 Marcação CE (Anexo III);

 Designação da série ou do tipo;

 Número de série, se existir;

 Ano de fabrico, ou seja, o ano em que o processo de fabrico foi concluído.


Artigo 14.º
Fiscalização
 … A fiscalização do cumprimento do disposto no presente decreto -lei compete à
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e à Autoridade para as
Condições do Trabalho (ACT)…
Comercialização de máquinas usadas

 DL 214/95 de 18 Agosto

 inspeção de Organismo Notificado

 Portaria 172/2000 de 23 Março


 listagens de equipamentos

 Responsabilidade: COMERCIANTE
Comercialização de máquinas usadas
 CONDIÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO:

 Devem estas ser acompanhadas, quando colocadas no mercado por


comerciantes no exercício da sua atividade comercial, dos seguintes
documentos, redigidos em língua portuguesa:
 Manual de instruções, elaborado pelo fabricante ou cedente;

 Certificado, emitido por um organismo competente notificado, comprovativo


de que a máquina usada não apresenta qualquer risco para a segurança e
saúde do utilizador;
 Declaração do cedente, contendo o seu nome, endereço e identificação
profissional e o nome e endereço do organismo certificador.

 As máquinas devem ostentar, de modo legível e indelével, o nome e o


endereço do fabricante, a marca, o modelo ou o número de série e o ano de
fabrico.
Comercialização de máquinas usadas
Portaria 172/2000
 Indústria metalomecânica: guilhotina, serras circulares, quinadora, prensa,
retificadora, esmeriladora,...
 Indústria madeira: tupia, aplainadora ,máquinas de serrar, fresadora...

 Indústria do papel e artes gráficas: guilhotina, tesouras circulares,...

 Indústria alimentar: amassadeira, batedeira, laminadora, picadora,…

 Indústria cortiça: guilhotina, tesouras circulares, brocas...

 Indústria pedra: serra circular…

 Indústria têxtil: urdidoras mecânicas, teares mecânicos e teares automáticos

 Equipamentos de elevação e movimentação: grua, pórtico, ponte rolante,


plataforma elevatória, escavadora, dumpers, centrais de asfalto, ...
 Máquinas agrícolas: enfardadeira, máquinas de vindimar, de máquinas de
colheita …
Diretiva Equipamentos de Trabalho

 Objetivo Melhoria progressiva da segurança e


saúde no trabalho por harmonização da legislação

 Atividades abrangidas: Utilização de produtos e


equipamentos de trabalho

 Beneficiários: Trabalhadores

 Expressão dos requisitos: Exigências mínimas


estabelecidas por diretivas. Cada estado membro é
livre de fixar exigências mais estritas.

Legislação: Diretiva 2009/104/CE


Decreto-Lei 50/05 de 25 de Fevereiro
Diretiva Equipamentos de Trabalho

 «Equipamento de trabalho» qualquer máquina, aparelho,


ferramenta ou instalação utilizado no trabalho.
Tipos de verificação

 Inicial - Se a segurança dos equipamentos depender das


condições da sua instalação, deve proceder-se à sua
verificação após a instalação ou montagem num novo
local, antes do início ou do recomeço do seu
funcionamento.

 Periódica - Deve proceder-se a verificações periódicas e, se


necessário, a ensaios periódicos dos equipamentos de
trabalho sujeitos a influências que possam provocar
deteriorações suscetíveis de causar riscos.

 Extraordinária - Deve proceder-se a verificações


extraordinárias quando ocorram acontecimentos
excecionais, nomeadamente transformações, acidentes,
fenómenos naturais ou períodos prolongados de não
utilização, que possam ter consequências gravosas para a
sua segurança.
“Pessoa competente”

“… A pessoa que tenha ou, no caso de ser pessoa coletiva, para a qual
trabalhe pessoa com conhecimentos teóricos e práticos e experiência
no tipo de equipamento a verificar, adequados à deteção de defeitos
ou deficiências e à avaliação da sua importância em relação à
segurança na utilização do referido equipamento…”
Resultado da verificação
 Relatório:

 Identificação do equipamento de trabalho e do operador;


 Tipo de verificação ou ensaio, local e data da sua realização;
 Prazo estipulado para reparar as deficiências detetadas, se necessário;
 Identificação da pessoa competente

 Nota 1: O empregador deve conservar os relatórios da última verificação e de


outras verificações ou ensaios efectuados nos dois anos anteriores e colocá-los à
disposição das autoridades competentes.

 Nota 2: O equipamento de trabalho que seja utilizado fora da empresa ou


estabelecimento deve ser acompanhado de cópia do relatório da última
verificação ou ensaio.
Requisitos mínimos de segurança
GERAIS
 Art. 8.º Informação dos trabalhadores;
 Art. 11.º Sistemas de comando;
 Art. 12.º Arranque do equipamento;
 Art. 13.º Paragem do equipamento;
EQUIPAMENTOS MÓVEIS
 Art. 14.º Estabilidade e ruptura;
 Art. 15.º Projecções e emanações;  Art. 23º Equipamentos que transportem trabalhadores e
 Art. 16.º Risco de contacto mecânico; riscos de capotamento;
 Art. 17.º Iluminação e temperatura;  Art. 24º Transmissão de energia;
 Art. 18.º Dispositivos de alerta;  Art. 25º Risco de capotamento de empilhadores;
 Art. 19.º Manutenção do equipamento;  Art. 26º Equipamentos móveis automotores;
 Art. 20.º Riscos elétricos, de incêndio e de explosão;
 Art. 21.º Fontes de energia; EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS
 Art. 22.º Sinalização de segurança  Art. 27º Instalação;
 Art. 28º Sinalização e marcação;
 Art. 29º Equipamentos de elevação ou transporte de
trabalhadores
OBRIGADO

A World of Solutions

Contatos
Joaquim Gomes
961 487 917
jagomes@isq.pt

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