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FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

LICENCIATUTRA EM ENGENHARIA MECÂNICA

MOTORES TÉRMICOS

CICLO IDEAL DE TURBINA A GÁS

PC06

DISCENTE: DOCENTES:

MASSANGAIE, Juclêncio de Mérito Prof. Dr. Engº. Jorge Nhambiu - Regente

Chongolane Engº. Vicente Chirrime, Msc. – Assistente

Engª. Isaura Tobela - Assistente

Maputo, Junho de 2023


1. Uma turbina a gás com regeneração, opera
com dois estágios de compressão e dois
estágios de expansão. A razão das pressões
em cada estágio do compressor e da turbina
é de 3,5. O ar entra em cada estágio do
compressor a 300 K e em cada estágio da
turbina a 1250 K. As eficiências do
compressor e da turbina são de 78% e 86%,
respectivamente, e a eficiência do
regenerador é de 72%. Assumindo constante o calor específico do ar à temperatura
ambiente:

a) Determine o trabalho líquido e a eficiência térmica do ciclo;


b) Trace o diagrama T-s para o ciclo;
c) Trace no mesmo gráfico as curvas de rendimento térmico do ciclo sem regeneração e com
regeneração (mantendo o rendimento do regenerador em 72%), mantendo o rendimento
do compressor em 78% e variando o rendimento da turbina de 60 a 100%;
d) Trace no mesmo gráfico as curvas do calor total admitido no ciclo, sem regeneração e
com regeneração (mantendo o rendimento do regenerador em 72%), mantendo o
rendimento do compressor em 78% e variando o rendimento da turbina de 60 a 100%;
e) Trace o gráfico da curva do trabalho líquido, mantendo o rendimento do regenerador em
72%, o rendimento do compressor em 78% e variando o rendimento da turbina de 60 a
100%;
f) Trace no mesmo gráfico as curvas de rendimento térmico do ciclo sem regeneração e com
regeneração, mantendo o rendimento do compressor em 78% o rendimento da turbina em
86%, variando o rendimento do regenerador de 60 a 100%;
g) Trace no mesmo gráfico as curvas de rendimento térmico do ciclo sem regeneração e com
regeneração (mantendo o rendimento do regenerador em 72%), mantendo o rendimento
da turbina em 86% e variando o rendimento do compressor de 60 a 100%. O passo para a
variação dos rendimentos deve ser de 5%.

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RESOLUÇÃO
a)
DADOS:
β=3,5 ;T 1=T 3 =300 K ; T 6=T 8=1250 K ; ηcomp =78 % ; ηturb =86 % ; ε reg =72 %

W c , adm=2 ( h2 s−h1 ) e W T ,sai =2 ( h6 s−h7 )


W bal =W out −W ¿ , donde
W comp =W ¿
W turb =W out
W bal
ηt =
q¿

ESTADO 1: T 1=300 K →
{h1=300.19 kJ /k g
Pr 1=1.386

P2
ESTADO 2: Pr 2= ∗Pr 1 = 3.5∗¿1.386 = 4.851 → h2=426.65 kJ /kg
P1

h2−h1 h2−h 1 426.65−300.19


ηc = → h2 s =h4 =h1 + =300.19+
h 2 s−h1 ηc 0.78

h2 s=462.32 kJ /kg

ESTADO 6: T 6=1250 K → {h6=h8=1336.74 kJ /kg


Pr6 =281.55

P7 1
ESTADO 7: Pr 7= ∗Pr 6= ∗281.55=80.443 → h7=h9=950.43 kJ /kg
P6 3.5

h6−h7 s
ηT = → h7 s=h9 =h6−ηT ( h6 −h7 )
h6−h7

h7 s=h 9=1336.74−0.86(1336.74−950.043)=1004.18 kJ /kg

TRABALHO TEÓRICO DOS DOIS COMPRESSORES

W comp =2∗(h ¿ ¿ 2−h1)¿

3
W comp =2∗( 426,65−300,19 ) =252,92 kJ /kg

TRABALHO REAL DOS DOIS COMPRESSORES

W rcomp =2∗(h ¿ ¿ 2 s−h 1) ¿

r
W comp =2∗( 462,32−300,19 )=324,26 kJ /kg

TRABALHO TEÓRICO DAS DUAS TURBINAS

W turb =2∗(h ¿ ¿ 6−h7 ) ¿

W turb =2∗(1336,74−950,043 )=773,394 kJ /kg

TRABALHO REAL DAS DUAS TURBINAS

W rturb =2∗(h ¿ ¿ 6−h7 s) ¿

r
W turb =2∗ (1336,74−1004,18 ) =665,12 kJ / kg

TRABALHO LÍQUIDO

W liq =W Turb ,real −W comp , real=665.12−334.26=340.87 kJ /kg

RENDIMENTO TÉRMICO

W liq
ηT =
q¿
q ¿=(h ¿ ¿ 6−h 4 s )+(h ¿ ¿ 8−h7 s)−ηreg (h ¿ ¿ 9 s−h4 s) ¿ ¿ ¿
q ¿= (1336.74−462.32 )+(1336.74−1004.18)−0,72(1004.18−462.32)
q ¿=816,84 kJ /kg
340.87
ηT = =41.73 %
816.84
b)
Estado T(k) S(kj/kg.k) P(bar)
1 300.000 6.843 1.2491
2 464.207 6.9232 4.37185
3 300.000 6.48 4.37185
4 464.207 6.5418 15.3015
6 1250.000 7.6306 15.3015

4
7 963.189 7.7064 4.3719
8 1250.000 8.008 4.3719
9 963.189 8.067 1.2491
Tabela 1: Pontos para traçagem do T-s, com entropias abtidas a partir do Peace.

T-s
1400

1200

1000
Temperatura(K)

800

600

400

200

0
6.4 6.6 6.8 7 7.2 7.4 7.6 7.8 8 8.2
Entropia(kJ/Kg.K)

P1 = P9 = Patm @300 k = 1.2491 bar


P2 = P3 = P7 = P8 = 3.5∗P1 = 4.37185
P4 = P6 = 3.5∗P2 = 15. 3015
c)

W liq ηturb∗W turb −W comp , real


ηT = =
q¿ q¿
q ¿, sem reg =( h ¿ ¿ 6−h4 s)+(h ¿ ¿ 8+h7 s) ¿ ¿
q ¿= (1336.74−462.32 )+ ( 1336.74−1004.18 )=1242.6986 kJ /kg
ηtur ×773.394−324.2577
ηT ,comreg =
865.8069

ηT Com regn. Sem regn.


60 53.2175 37.08155
65 57.6835 40.19342
70 62.1495 43.3053
75 66.6155 46.41717
80 71.08149 49.52905
85 75.54749 52.64092
90 80.01349 55.75279 5
95 84.47949 58.86467
100 88.94549 61.97654
100

90

80

70

60

50 Com regenerador
Sem regenerador
40

30

20

10

0
55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105

Figura 1: Gráfico dos rendimentos com e sem regeneração.

CONCLUSÕES

 O aumento do rendimento da turbina auamenta o rendimento do ciclo;


 O rendimento térmico do ciclo com regeneração é maior que o rendimento do ciclo
sem regeneração, pois se diminui o fornecimento de calor na câmara de combustão;
d) Curva de calor total admitido
 Sem regeneracao:

q ¿=( h6−h4 s ) + ( h8−h7 s )

q ¿= (1336.74−462.31855 ) +¿

q ¿=( 874.1188 ηturb +386.67 )

 Com regeneracao:
q ¿=q¿(sem .regdor )−qregen ηT

q ¿=¿

( 874.1188 ηturb × 386.67 )−( 0.72 ( 1336.74−ηturb ×386.67 ) −462.32 )

q ¿=( 874.1188 ηturb ×386.67 ) −962.55+278.42 ηturb + 462.32

6
q ¿=( 665.118 ηturb +374.28835 )

Ef.\.turb Sem regn. Com regn.


60 1106.122 773.362
65 1125.456 806.618
70 1144.789 839.874
75 1164.123 873.13
80 1183.456 906.386
85 1202.79 939.642
90 1222.123 972.898
95 1241.457 1006.154
100 1260.79 1039.41

1400

1200

1000

800
Sem regenerador
600 Com regenerador

400

200

0
55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105

CONCLUSÃO:

 O calor admitido sem regenerador é maior quando comparado ao calor admitido com
regenerador, pois a regeneração como se sabe é para garantir a diminuição do
fornecimento do calor, aumentando previamente a temperatura do fluido antes de
entrar na câmara.
e) Curva do trabalho líquido

W liq =W T ,out −W ¿ ¿

Ef.turb 60 65 70 75 80 85 90 95 100

7
Trab. Liq. 139.68 178.35 217.023 255.6925 294.362 333.0315 371.701 410.37 449.04

500
450
400
350
300
250
Series2
200
150
100
50
0
55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105

CONCLUSÃO:

 O trabalho líquido aumenta com o aumento do rendimento da turbina, pois o trabalho


do compressor diminui enquanto o da turbina aumenta.
f) Rendimento térmico em função da efectividade
 Sem regenerador:
W liq 340.87 kJ / kg
ηt = = =0.2743=27.43 %
q adm 1242.64 kJ /kg
 Com regenerador: `

W liq W liq
ηt = =
q adm q ¿ ( sem .regdor )−q ¿,regen

340.8703
ηt =
1242.64−ε ¿ ¿

340.8703
ηt =
1242.64−ε(1004.18−462.32)

340.8703
ηt =
1242.64−ε 541.86

Ef. Com regn. Sem regen.


60 37.15067 27.43

8
65 38.28103 27.43
70 39.48234 27.43
75 40.76149 27.43
80 42.1263 27.43
85 43.58567 27.43
90 45.14978 27.43
95 46.83033 27.43
100 48.64082 27.43

60

50

40

30

20 Com regenerador
Sem regenerador
10

0
55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105
𝜀[%]

CONCLUSÃO

 O rendimento térmico aumenta com o aumento da efectifidade;


 A troca de calor no regenerador entre os gases de escape e o fluido proveniente do
compressor será tanto maior, quanto maior for a efectividade.

g) Curvas de rendimento térmico em função do rendimento do compressor

W liq W c ,∈¿
ηt = =W T , out − ¿
q¿ q¿

W liq 665.12−334.26 /ηC


ηt = =
q¿ q¿
9
Sem regeneração:

665.12−334.26 /η C 665.14 ηC −259.16


ηt = ηt =
q¿ 1369.12ηC −129.58

Com regeneração:

665.14−259.16 /ηC
ηt =
129.58 93.2976
1369.12− −723+216.1368+
ηC ηC

665.14 ηC −259.16
ηt =
862.2568 ηC −36.2824

Tabela:

Ef. Com Sem


60 29.0858 20.2233
9 9
65 33.0381 22.7765
8 4
70 36.3897 24.9079
3 4
75 39.2678 26.7141
6 1
80 41.7662 28.2642
4 1
85 43.9553 29.6091
9
90 45.8893 30.7869
7 9
95 47.6103 31.8271
3 8
100 49.1516 32.7524
4 7

10
60

50

40

30 Com regenerador
Sem regenerador
20

10

0
55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105

CONCLUSÕES:

 Com o aumento do rendimento do compressor, o rendimento do ciclo com e sem


regeneração crescem, embora não seja de forma linear (como é com o caso em que se
aumenta o rendimento da turbina) e sim logarítmica;
 A regeneração, uma vez mais, se mostra valiosa relativamente à instalação sem
regeneração, isto é, temos sempre um aumento considerável de rendimento.

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