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ELETRICIDADE
EIXO COMUM
H0
2/ 102 TREM DE FORÇA
Caro Aluno,
Manter os profissionais atualizados e desenvolver competências necessárias não é mérito apenas das
áreas de capacitação da empresa. É um comprometimento de todos. Dos líderes, dos empregados e que
demanda tanto esforço humano quanto financeiro.
Precisamos ter em mente que a educação na Vale deve ser um pilar para nossos colegas, pois, somente
assim podemos ser referência na segurança, comportamento, habilidade e competência técnica.
Nosso papel é fundamental, auxiliamos a cada empregado a conquistar um repertório para trazer o novo e
conectar-se com o futuro. É assim que nasce o MICT (Modelo Integrado de Capacitação Técnica). Esse pro-
grama tem como propósito ser uma capacitação mais completa para toda a Vale que envolve os diferentes
processos em uma trilha única, abrangendo uma visão técnica, de segurança, comportamental e VPS.
Tradicionalmente as áreas de operação e manutenção tende a determinar as necessidades de treinamento
de seu empregado, mas o nosso papel vem um pouco antes, ajudando a cada líder a entender o problema e
tomar decisões a partir de um diagnóstico abrangente.
E isso só é possível, pois a Gestão do Conhecimento, mantém um diálogo muito aberto com as áreas e a
própria liderança onde o trabalho é realizado com diversos profissionais, com diversas competências, em
conjunto e de forma empática pautada também em análises técnicas que determinará como será feita cada
competência.
Além dos cursos de capacitação teórica e prática, a gestão do conhecimento oferece outros meios
para auxiliar como o Centro de Capacitação, Simuladores, Container do Conhecimento, bem como
diversos objetos educacionais que auxiliam a alcançar o empregado e dar novas oportunidades.
Então aproveite e desejamos a você sucesso nessa jornada pela busca do conhecimento.
4/ 102 TREM DE FORÇA
MATERIAL DIGITAL
A Gestão do Conhecimento disponibiliza esta apostila de forma digital
(PDF) para que você tenha uma experiência interativa através de dis-
positivos mobile.
CONTROLE DE REVISÃO
Nome do arquivo: GC-XXXX- Noções de eletricidade
Revisão: 01
Revisador por:
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
Foi desenvolvida para manuseio individual com o intuito
de aprofundamento de seu estudo, fixação e consulta.
Bom aprendizado.
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 6/ 102
SUMÁRIO
1 HISTÓRICO 14
1.1 Eletricidade............................................................................................................. 14
1.2 Matéria..................................................................................................................... 14
1.3 Átomo ...................................................................................................................... 14
1.4 Íons .......................................................................................................................... 15
1.5 Condutores ............................................................................................................. 16
1.6 Isolantes.................................................................................................................. 17
1.7 Semicondutores..................................................................................................... 17
2 TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA 20
2.1 Unidades de Medidas ........................................................................................... 23
2.2 Resistência Elétrica............................................................................................... 24
2.2.1 Resistores 24
2.2.2 Tabela de Resistividade de Alguns Materiais 26
2.2.3 Sensores para Medição de Força 28
2.3 Capacitores............................................................................................................. 29
2.3.1 Representação Gráfica da Capacitância 30
2.3.2 Aplicação 31
2.4 Indutores ................................................................................................................. 32
2.4.1 Aplicação 33
2.5 Dispositivos de Proteção e Segurança .............................................................. 34
2.5.1 Fusíveis 34
2.5.2 Características elétricas: 34
2.5.3 Tipos de Fusíveis 35
2.5.4 Precauções a serem tomadas nas substituições de fusíveis: 37
2.6 Relé.......................................................................................................................... 38
2.6.1 Relé Eletromecânico 38
2.7 Instrumentos de Medidas..................................................................................... 39
2.8 Lei de Ohm ............................................................................................................. 43
2.9 Potência Elétrica.................................................................................................... 44
2.9.1 Tabela de Cálculo lei de Ohm e Potência 46
2.10 Efeito Joule............................................................................................................. 46
2.11 Introdução e Associações de Geradores .......................................................... 47
2.11.1 Associação Mista 48
2.12 Inspeções Mensais na Bateria ............................................................................ 49
3 DEFINIÇÃO DE CIRCUITO ELÉTRICO 51
3.1 Componentes de um Circuito Elétrico................................................................ 51
3.1.1 Continuidade 51
3.1.2 Simbologia 52
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 7/ 102
FIGURA
Figura 1 – Átomo................................................................................................................... 14
Figura 2 – Cargas.................................................................................................................. 15
Figura 3 –Íons........................................................................................................................ 16
Figura 4 – Elétrons................................................................................................................ 16
Figura 5 – Material Equilibrado........................................................................................... 20
Figura 6 – Doação de elétrons............................................................................................ 20
Figura 7 – Diferença de Potencial (ddp)............................................................................ 20
Figura 8 – Força eletromotriz - fem .................................................................................... 21
Figura 9 – Elétrons em deslocamento para manter o equilíbrio elétrico ..................... 21
Figura 10 – Tensão elétrica pode ser comparada a diferença de nível entre a água
do dique .................................................................................................................................. 22
Figura 11 – Diferença de Potencial .................................................................................... 22
Figura 12 – Corrente a elétrica pode ser comparada com a água que escoa do dique
.................................................................................................................................................. 23
Figura 13 – Resistência........................................................................................................ 24
Figura 14 – Comprimento linear do condutor................................................................... 24
Figura 15 – Resistor comum ............................................................................................... 25
Figura 16 – Resistor variável............................................................................................... 25
Figura 17 – Tipos de resistores .......................................................................................... 25
Figura 18 – Código de cores............................................................................................... 27
Figura 19 – Extensômetro.................................................................................................... 29
Figura 20 – Simbologia de capacitores ............................................................................. 29
Figura 21 – Exemplos de capacitores ............................................................................... 30
Figura 22 – Circuito capacitivo............................................................................................ 30
Figura 23 – Sensor Capacitivo............................................................................................ 31
Figura 24 – Simbologia de indutor ..................................................................................... 32
Figura 25 – Exemplos de indutores ................................................................................... 33
Figura 26 – Representação do Circuito Interno do Sensor Indutivo............................. 33
Figura 27 – Fusível de vidro................................................................................................ 35
Figura 28 – Fusível tipo rolha.............................................................................................. 35
Figura 29 – Tipo cartucho.................................................................................................... 36
Figura 30 – Tipo Diazed....................................................................................................... 36
Figura 31 – Relé.................................................................................................................... 39
Figura 32 – Alicate Amperímetro........................................................................................ 40
Figura 33 – Multímetro ......................................................................................................... 40
Figura 34 – Como medir tensão ......................................................................................... 41
Figura 35 – Como medir corrente....................................................................................... 41
Figura 36 – Como medir indutor e capacitor .................................................................... 42
Figura 37 – Como medir resistência e continuidade....................................................... 43
Figura 38 – Tabela Lei de Ohm.......................................................................................... 46
Figura 39 – Associação em série de baterias .................................................................. 48
Figura 40 – Associação em Paralelo de baterias ............................................................ 48
Figura 41 – Associação mista de bateria .......................................................................... 48
Figura 42 – Componentes do circuito elétrico .................................................................. 51
Figura 43 – Continuidade..................................................................................................... 52
Figura 44 – Circuito Aberto.................................................................................................. 52
Figura 45 – Simbologia ........................................................................................................ 53
Figura 46 – Diagrama........................................................................................................... 53
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 9/ 102
TABELA
01
NOÇÕES DE ELETRICIDADE
HISTÓRICO E
CONCEITOS
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 14/ 102
1 HISTÓRICO
1.1 Eletricidade
Fenômeno natural do movimento das cargas elétricas.
1.2 Matéria
Tudo que ocupa lugar no espaço e possui massa.
1.3 Átomo
Para melhor entendimento da energia elétrica e seus fenômenos, procuremos en-
tender primeiro a constituição da matéria. Conforme a teoria atômica, qualquer
substância (madeira, ferro, cobre, etc.) é composta de átomos. Portanto, átomo é
o elemento básico que constitui a matéria.
Figura 1 – Átomo
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Os átomos possuem dimensões reduzidíssimas e são basicamente constituídos
de partículas, e segundo a teoria atômica são classificados de:
nele, pois a aceleração centrípeta do elétron cria uma força que se equilibra com
a força de atração do núcleo.
A figura abaixo ilustra a ação (campo elétrico) das forças de ação e repulsão das
cargas elétricas:
Figura 2 – Cargas
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Existem regiões nos átomos onde os elétrons podem se posicionar, que são cha-
madas camadas.
Resumindo, quanto mais afastado do núcleo estiver o elétron, menor será a força
de atração entre eles e, consequentemente, quanto mais próximo, maior a força
de atração.
1.4 Íons
Os átomos são encontrados na natureza eletricamente equilibrados, ou seja, pos-
suem a mesma quantidade de prótons e elétrons, esses átomos são chamados
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 16/ 102
Figura 3 –Íons
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Figura 4 – Elétrons
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Seguindo essa relação entre camadas e força de atração, podemos definir os se-
guintes materiais elétricos: isolantes, condutores e semicondutores.
1.5 Condutores
Os elétrons mais distantes do núcleo são atraídos muito fracamente, em conse-
quência, possuem maior facilidade em se deslocarem para uma órbita mais ex-
terna. O elétron da última camada, quando recebe uma quantidade de energia
(quantum), em forma de luz, temperatura ou outra, se torna um elétron livre.
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 17/ 102
O cobre, por exemplo, possui 29 elétrons. Fazendo sua distribuição eletrônica po-
deremos perceber que na última camada restará apenas 1 elétron, que estará
mais distante do núcleo.
Condutores 1a3
Semicondutores 4
Isolantes 5a8
02
NOÇÕES DE ELETRICIDADE
GRANDEZAS
ELÉTRICAS
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 20/ 102
Notemos agora que existirá uma diferença entre os potenciais elétricos do mate-
rial. A extremidade esquerda estará com uma carga negativa de 1 elétron e a
extremidade direita estará com uma carga positiva de 1 elétron. Essa diferença é
chamada de d.d.p. – diferença de potencial.
O elétron se deslocará, então, até a extremidade que falta um elétron, para manter
o equilíbrio elétrico.
Figura 10 – Tensão elétrica pode ser comparada a diferença de nível entre a água do d ique
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
A corrente a elétrica pode ser comparada com a água que escoa do dique para o
vale. Somente haverá fluxo de água se houver um desnível de pressão. Da
mesma forma, somente haverá corrente elétrica se houver d.d.p. – tensão elétrica.
ANOTAÇÕES
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 23/ 102
Figura 12 – Corrente a elétrica pode ser comparada com a água que escoa do dique
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Quando nos referimos a grandeza elétrica, dizemos tensão elétrica quando nos
referimos a unidade de medida, dizemos Volt.
Área: quanto maior a área do condutor, menor será a dificuldade da corrente elé-
trica em percorrer o material, e vice-versa.
Figura 13 – Resistência
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
2.2.1 Resistores
luminosa ou energia térmica, podemos dizer que essa é uma das finalidades bá-
sicas desses componentes.
Aço 0,15
Alumínio 0,03
Cobre 0,0179
Latão 0,07
Mercúrio 0,978
Níquel 0,08
Ouro 0,023
Tabela 2 – Tabela de Resistividade
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar o número for-
mado pelos itens 1 e 2. Efetuar a operação e obter o valor da resistência.
OBS.: A primeira faixa será a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos
terminais do resistor.
EXEMPLO:
1º Faixa Vermelha = 2
2º Faixa Violeta = 7
3º Faixa Marrom = 10
4º Faixa Ouro = 5%
A força que atua sobre um objeto, provoca a sua deformação. Esta deformação
pode ser medida de forma mecânica, ótica, acústica, pneumática ou elétrica. Esta
última forma tem sido bastante diversificada através do uso de células de carga,
que não são nada mais que transdutores de força para uma grandeza elétrica.
Devido ao elevado custo das células de carga com piezoelétricos, que são ele-
mentos caros e com um grau de eficiência elevado, é usual optar-se por uma
alternativa onde são utilizados como sensores de medida os extensômetros elé-
tricos do tipo resistivo. Estes extensômetros quando associados a uma estrutura
deformável de acordo com a lei de Hooke, formam células de carga utilizadas para
medir grandezas físicas como força ou pressão.
Figura 19 – Extensômetro
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Uma célula de carga do tipo extensométrica é composta por uma estrutura metá-
lica devidamente estudada para a aplicação em causa, que vai sofrer deformação
quando uma força é aplicada na mesma. Os elementos sensíveis são denomina-
dos extensômetros resistivos e que, estão colados em sítios destinados estrategi-
camente para o efeito, a fim de acompanhar a deformação física da estrutura.
2.3 Capacitores
O capacitor é composto por dois eletrodos de placas condutoras separadas por
um meio isolante (dielétrico) que armazenam cargas opostas.
Existe uma relação entre a tensão aplicada entre duas placas paralelas separadas
por um dielétrico, e a carga que aparece nestas placas. Analise o circuito abaixo:
𝑄
𝐶= ∴𝑄=𝐶𝑥𝐸
𝐸
A unidade de capacitância é o Coulomb/ Volt, que é definida Farad.
𝐴
𝐶=𝜀
𝑑
Onde: C= capacitância em Farad; A área das placas em m2; d=distância entre as
placas em m.
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 31/ 102
2.3.2 Aplicação
Ar, vácuo 1
2.4 Indutores
O indutor, também chamado de solenoide ou bobina, é um dispositivo elétrico
passivo, capaz de armazenar energia criada em um campo magnético formado
por uma corrente alternada (CA). Este componente é usado em circuitos elétricos,
eletrônicos e digitais, para armazenar energia através de um campo magnético.
Indutores são usados para impedir variações de corrente elétrica, para formar
transformadores e também em filtros que excluem sinais em alta frequência, os
filtros do tipo passa baixa.
2.4.1 Aplicação
MATERIAL FATOR 2
Latão 0,5
Alumínio 0,4
Cobre 0,3
Tabela 4 – Material acionador
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Para aprender esse conteúdo com mais facilidade, é necessário ter conhecimen-
tos anteriores sobre corrente elétrica, picos de correntes dos motores e sistemas
de partida.
2.5.1 Fusíveis
Construído num corpo cilíndrico de papelão ou fibra, com terminais de cobre, tipo
faca ou virola. O elo fusível pode ser de chumbo-estanho ou cobre.
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 36/ 102
Esses fusíveis têm como características serem ultrarrápidos. São, portanto, ide-
ais para a proteção de aparelhos equipados com semicondutores (tiristores e dio-
dos) em retificadores e conversores.
São próprios para proteger os circuitos que em serviço estão sujeitos às sobre-
cargas de curta duração, por exemplo, partida direta de motores trifásicos com
rotor em gaiola. Fusíveis-NH
Capacidade de interrupção nominal: 120 kA até 500 Vca; 100 kA até 250 Vcc.
2.6 Relé
Os relés basicamente são dispositivos elétricos que tem como função produzir
modificações súbitas, porém predeterminadas em um ou mais circuitos elétricos
de saída. O relé tem um circuito de comando, que no momento em que é alimen-
tado por uma corrente, aciona um eletroímã que faz a mudança de posição de
outro par de contatores, que estão ligados a um circuito ou comando secundário.
Resumidamente podemos dizer que todo relé se configura como um contato que
abre e fecha de acordo com algum determinado fator ou configuração. Alguns
relés são bem pequenos e fáceis de serem manipulados, testados e trocados,
justamente por existir vários tipos de construções mecânicas para relés.
Bobina
Induzido
Núcleo
Contatos da bobina
Contatos do relé
Conheça os componentes de um relé do tipo eletromecânico!
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 39/ 102
Figura 31 – Relé
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
A parte principal é a bobina de cobre que está envolvendo um núcleo de ferrite,
uma espécie de eletroímã. No momento em que você acionar a bobina, o núcleo
irá atrair o induzido que ao mesmo tempo que se desloca em direção a bobina,
também irá empurrar o contato A do relé na direção do contato B, fechando este
contato.
Além desses instrumentos, existem outros que medem a mesma grandeza, porém
em escalas diferentes. Exemplo: Megôhmetro, miliamperímetro, micrometro, etc.
Para valores elevados, como 13600V (13,6kV) ou 500A, são utilizados instrumen-
tos de medida indireta. Significa que em vez de medir diretamente 500A, o instru-
mento mede uma amostra dessa corrente e fornece um valor proporcional ao valor
real.
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 40/ 102
Figura 33 – Multímetro
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 41/ 102
ANOTAÇÕES
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 43/ 102
Corrente 0,1 0,2 0,2 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
(A)
Tabela 6 – Valores de corrente para uma resistência de 100Ω
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Ao observamos a relação entre a tensão e a corrente elétrica, notaremos que para
uma resistência de valor fixo, ao aumentarmos a tensão elétrica, a corrente au-
mentará na mesma proporção. Porém se alterarmos o valor da resistência, por
exemplo dobrarmos seu valor, a corrente elétrica terá variação proporcional a ten-
são, mas em seu valor será metade do valor com a resistência de 100. Veja a
tabela 05:
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 44/ 102
Corrente (A) 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5
Através da análise desses quadros, podemos concluir que a corrente elétrica au-
menta de valor proporcionalmente a tensão elétrica e quando a resistência au-
menta de valor, a corrente diminui.
𝑉 = 𝑅. 𝐼
Onde:
Exemplo: “Um ebulidor tem uma resistência de 73,3 , quando ligado consome
uma corrente de 3A, calcule a tensão da rede.
V=73,3 x 3A
V=220V
Assim:
𝑃 = 𝑉. 𝐼
Onde:
P é a potência em watts
V é a tensão em volts
I é a corrente em ampères
Aplicando-se uma tensão nos terminais de um resistor, circulará pelo mesmo uma
corrente, que é o resultado do movimento de cargas elétricas. O trabalho realizado
pelas cargas elétricas em um determinado intervalo de tempo gera uma energia
que é transformada em calor por EFEITO JOULE e é definida como POTÊNCIA
ELÉTRICA.
= 𝑃 = 𝑉. 𝐼
𝑡
Onde:
P a potência elétrica
EXERCÍCIO 01
a) A corrente através de um resistor é de 1A e a tensão neste circuito é de 127V. Calcule
a potência do resistor.
b) Quantos quilowatts de potência de potência são liberados a um circuito por um gera-
dor de 240 v que fornece 20 A ao circuito?
c) Se a potência dissipada em um resistor é de 330W, e a corrente que circula por ele é
de 1,5A. Qual é a tensão de alimentação do circuito?
A quantidade de calor desenvolvida pelo efeito Joule pode ser calculada pela se-
guinte equação:
𝑄 = 𝐼2 𝑥 𝑅 𝑥 𝑡
Onde:
𝑄 = 𝐼 2 𝑥 𝑅 𝑥 𝑡 𝑥 0,24
Associação em série: a corrente que passa por cada bateria é a mesma, mas as
f.e.m em cada bateria se somam (são elevações de potencial). Usamos esse tipo
de associação para conseguir altas tensões. O termo pilha ou bateria vem dessa
característica.
EXERCÍCIO 02
d) Tem-se um circuito série com três baterias de V=12V cada. Determine a tensão total
do circuito.
e) Em um circuito com duas baterias de 24V cada, ligadas em paralelo. Determine a ten-
são total do circuito.
03
NOÇÕES DE ELETRICIDADE
CIRCUITO ELÉTRICO
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 51/ 102
A palavra circuito significa caminho fechado, ou seja, aquele caminho que permite
regressar ao ponto de partida logo após ao ponto de chegada. Circuito elétrico
pode ser definido, então, como caminho fechado por onde circulam os elétrons.
3.1.1 Continuidade
Para que os elétrons percorram o circuito, é necessário que o mesmo não esteja
interrompido em nenhum ponto, ou seja, é necessário que o caminho esteja con-
tínuo, saindo da fonte, passando pelo dispositivo de manobra, passando pela
carga e retornando à fonte.
Quando o circuito tem continuidade e a carga está em funcionamento, diz -se que
o circuito está fechado. Quando o circuito está interrompido, por qualquer motivo,
diz-se que o mesmo está aberto.
Circuito fechado, portanto, é aquele que tem continuidade, isto é, através dele a
corrente pode circular, conforme demonstrado na ilustração a seguir:
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 52/ 102
Figura 43 – Continuidade
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Circuito aberto é o que não tem continuidade, que está interrompido. Através dele
a corrente não circula, conforme pode-se observar na ilustração.
3.1.2 Simbologia
Figura 45 – Simbologia
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
O circuito apresentado anteriormente, composto por uma pilha, uma lâmpada e
um interruptor, será representado, então, pelo seguinte diagrama:
Figura 46 – Diagrama
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 54/ 102
O circuito elétrico pode ter apenas uma carga, o que caracteriza um circuito sim-
ples, ou mais de uma carga.
Quando o circuito tiver mais de uma carga, essas poderão ser ligadas de maneiras
diferentes e cada uma delas apresentará características próprias.
As cargas também podem ser instaladas de forma que cada uma tenha seu pró-
prio caminho para a corrente, ou seja, de modo que os elétrons que passarem em
cada carga retornem para a fonte sem passar em nenhuma outra. Dessa forma,
a corrente que sai da fonte se divide, passando uma parte por cada uma das car-
gas e retornando à fonte. Esse tipo de circuito é chamado de circuito paralelo.
f) Associação em série
g) Associação em paralelo
h) Associação mista
CONSIDERAÇÕES:
Resistores podem ser ligados de diversas maneiras de modo que seus efei-
tos sejam combinados;
Qualquer que seja a maneira como ligamos os resistores, o efeito obtido
ainda será o de uma resistência;
Essa resistência poderá ser maior ou menor que os resistores associados,
mas ainda assim o conjunto seguirá a lei de Ohm.
O resultado de uma associação de resistores depende não só dos valores
dos resistores associados como também da forma como são ligados.
3.1.3.4.1 Associação em série
𝑉1 = 𝑅1 𝐼
𝑉2 = 𝑅2 𝐼
𝑉𝑛 = 𝑅𝑛 𝐼
V = 𝑉1 + 𝑉2 + ⋯ + 𝑉𝑛 = 𝑅1 𝐼 + 𝑅2 𝐼 + ⋯ + 𝑅𝑛 𝐼 = 𝐼(𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛 )
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 57/ 102
∴ 𝑉 = 𝐼𝑅 𝑇
Onde,
𝑅 𝑇= 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛
EXEMPLO 1:
Determinar a resistência total em um circuito série, onde se tem R1 = 22 [Ω], R2
= 33 [Ω] e R3 = 10 [Ω].
Figura 51 – Exemplo 1
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Solução:
𝑅 𝑇= 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛 = 22 + 33 + 10 = 65Ω
𝑉
𝐼1 =
𝑅1
𝑉
𝐼2 =
𝑅2
𝑉
𝐼𝑛 =
𝑅𝑛
𝑉 𝑉 𝑉 1 1 1
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + ⋯ + 𝐼𝑛 = + + ⋯+ =( + + ⋯+ )𝑉
𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
𝑉
=
𝑅𝑇
Onde:
1 1 1 1
= + +⋯+
𝑅 𝑇 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
1
𝑅𝑇 =
1 1 1
+ + ⋯ +
𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
Conclusão:
EXEMPLO 2:
Calcular a resistência do circuito onde se tem R1 = 2,2 [ kΩ ] e R2 = 4,7 [kΩ].
Solução:
𝑅 𝑇 = 𝑅1 ‖ 𝑅2
∴ 𝑅 𝑇 = 1,5𝑘Ω
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 59/ 102
Figura 54 – Exemplo 2
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
𝑅 𝑇 = 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛
𝑉 𝑉
𝐼= =
𝑅 𝑇 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛
𝑅1
𝑉1 = 𝑅1 𝐼 = 𝑉
𝑅𝑇
𝑅2
𝑉2 = 𝑅2 𝐼 = 𝑉
𝑅𝑇
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 60/ 102
𝑅𝑛
𝑉𝑛 = 𝑅𝑛 𝐼 = 𝑉
𝑅𝑇
Conclusão:
EXEMPLO 3:
Dado o circuito determine as quedas de tensão, V1, V2 e V3 de cada resistor.
Figura 56 – Exemplo 3
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Solução:
𝑅 𝑇 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 = 48 + 72 + 120 ∴ 𝑅 𝑇 = 240𝑘Ω
48
𝑉1 = 24 = 4,8 ∴ 𝑉1 = 4,8𝑉
240
72
𝑉2 = 24 = 7,2 ∴ 𝑉1 = 7,2𝑉
240
120
𝑉3 = 24 = 12 ∴ 𝑉1 = 12𝑉
240
OBSERVAÇÃO:
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 61/ 102
O divisor de tensão sem carga não consome nenhuma corrente além daquela
drenada pela rede divisora, entretanto, geralmente na prática, os divisores de ten-
são alimentam uma carga a qual consome uma determinada corrente.
O divisor de tensão com carga é muito utilizado nas saídas de fontes de alimen-
tação, para suprir várias tensões que são distribuídas a diferentes circuitos.
1
𝑅𝑇 =
1 1 1
+ +⋯+
𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
1
𝑉 = 𝑅𝑇 𝐼 = 𝐼
1 1 1
𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛
𝑉 𝑅
𝐼1 = = 𝑇𝐼
𝑅1 𝑅1
𝑉 𝑅
𝐼2 = = 𝑇𝐼
𝑅2 𝑅2
𝑉 𝑅
𝐼𝑛 = = 𝑇𝐼
𝑅𝑛 𝑅𝑛
'
NOÇÕES DE ELETRICIDADE 62/ 102
Conclusão:
EXEMPLO 4
Dado o circuito da figura abaixo, determinar as correntes nos resistores.
Figura 58 – Exemplo 4
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
𝑅2 18
𝐼1 = .𝐼 = 5 = 3 ∴ 𝐼1 = 3𝐴
𝑅1 + 𝑅2 12 + 18
𝑅1 12
𝐼2 = .𝐼 = 5 = 2 ∴ 𝐼1 = 2𝐴
𝑅1 + 𝑅2 12 + 18
Na figura vemos que o ponto "a" está no potencial zero. Verifica-se que o potencial
do ponto b é mais alto do que o de "a", portanto temos uma elevação de tensão
de a para b (f.e.m. E). O potencial do ponto c é mais baixo que o de "b", como
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 63/ 102
também o de "e" em relação a "d", portanto temos a queda de tensão do pomo "b"
para "c" (I.r) e de "d" para "e" (I.R.).
Os pontos "c" e "d", "a" e "e" estão, respectivamente, no mesmo potencial, não
temos a elevação e nem a queda de tensão do ponto "c" para "d" e do ponto "e"
para "a".
Verifica-se que o potencial do ponto "c" é mais baixo do que o de "b", portanto
temos uma queda de tensão de "b" para "c" (f.e.m. - E ). O potencial do ponto "b"
é mais alto que o de "a", como também o de "e" em relação a "d", portanto temos
elevação de tensão de "a" para "b" (I.r) e de "d" para "e" (I.R). Os pomos "a" e "e",
"c" e "d" estão, respectivamente, no mesmo potencial, não temos elevação e nem
queda de tensão do ponto "a" para "e" e do ponto "c" para "d".
OBSERVAÇÃO:
Quando a corrente flui pelo resistor, ela transfere para este, a energia fornecida
pela fonte em forma de calor. Entretanto, se a carga for uma lâmpada, esta ener-
gia aparecerá tanto em forma de calor como de luz.
Observe que a bateria pode produzir -6V ou +6V, dependendo de qual terminal
assinalarmos como o terra. Por exemplo, na figura 3, duas baterias são conecta-
das em série, com a ligação do terra entre elas. Assim, a referência zero está no
ponto B. Como a bateria de cima tem uma força eletromotriz de 10 [V], a tensão
no ponto A com referência à terra é de +10 [V]. A bateria inferior tem uma força
eletromotriz de 6 (V].
Devido ao terminal positivo estar ligado à terra, a tensão no ponto C com relação
ao terra é de -6 [V].
𝑉𝐴 𝑉𝐴𝐵 𝑉𝐵𝐴
= 10𝑉 = 10𝑉 = −10𝑉
𝑉𝐵 = 0𝑉 𝑉𝐵𝐶 𝑉𝐶𝐵
= 6𝑉 = −6𝑉
𝑉𝐶 = 6𝑉 𝑉𝐴𝐶 𝑉𝐶𝐴
= 16𝑉 = −16𝑉
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65/ 102
04
NOÇÕES DE ELETRICIDADE
MAGNETISMO
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 66/ 102
4 MAGNETISMO
Quando temos um imã natural, e junto dele um material ferroso notamos que as
linhas de força junto as extremidades do ferro se concentram, e na parte onde não
há este elemento as linhas permanecem inalteradas.
Ferro;
Ligas Ferrosas.
Outros materiais não apresentam esta propriedade, ou seja, não é um caminho
viável para as linhas de força. Se estes materiais forem postos junto a um imã,
notamos que:
Cerâmica;
Madeira;
Material Plástico;
Latão;
Vidro, Etc.
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05
NOÇÕES DE ELETRICIDADE
ELETROMAGNETISMO
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 72/ 102
5 ELETROMAGNETISMO
O sentido das linhas de força em um condutor retilíneo pode ser dado pela regra
de Maxwell, ou “Método do saca-rolha” que diz o seguinte: se a corrente conven-
cional está entrando em um condutor as linhas ficam no seguinte sentido:
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 73/ 102
Quando a corrente convencional está saindo do condutor o sentido das linhas são:
5.2 Eletroímã
O eletroímã constitui uma particularidade que o solenoide proporciona, que é a de
polarizar um pedaço de ferro no mesmo sentido em que se encontra polarizado.
Figura 82 – Eletroímã
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Com isto obtemos um ímã temporário, que tem a mesma propriedade de atrair
materiais ferrosos como o ímã natural.
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 76/ 102
06
TRANSFORMADORES
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 80/ 102
6 TRANSFORMADORES
Figura 86 – Trafo
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
No trafo observamos fios de entrada e fios de saída. A entrada chamamos de
primário e a saída chamamos de secundário. O trafo serve para alterar valores de
corrente e tensão da seguinte maneira:
Um núcleo de ferro
Enrolamentos (primário e secundário)
Isolamento (entre o núcleo e os enrolamentos)
Figura 90 – O campo magnético variável induz uma corrente elétrica na bobina secundária
Fonte: Vale - Gestão do Conhecimento
Assim, verificamos a relação entre tensão e espiras, a qual é dada pela fórmula:
Onde:
V1 é a tensão primária
V2 é a tensão secundária
Para uma tensão ser alternada é necessário que siga um padrão de variação. O
seu valor deve começar do zero, em um determinado momento, atingir seu valor
máximo positivo, voltar ao valor zero, atingir seu valor máximo negativo e voltar
ao seu valor zero, ao completar essa etapa dizemos foi realizado um período da
tensão alternada. O sentido da corrente alternada é variável, percorrendo um con-
dutor em um sentido e no momento seguinte inverte seu sentido de circulação.
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 84/ 102
A tensão alternada senoidal é a mais fácil de ser gerada das tensões alternadas.
O seu valor descreve uma variação seguindo a função seno, de movimentos cir-
culares uniformes.
Período: Denomina-se período de uma onda senoidal, o tempo gasto para que a
onda saia de um valor (zero) e passando por um valor máximo positivo, retornando
a zero e em seguida por um valor máximo positivo, retornando a zero e em se-
guida por um valor máximo negativo e finalmente retornando a zero.
É a corrente que flui em um só sentido, mas que altera o seu valor de um instante
para o outro em todo seu trajeto.
6.5 Retificadores
Quase todos os circuitos eletrônicos requerem uma fonte de energia CC (contí-
nua) que na maioria das vezes é baseada na conversão de uma tensão de CA
(alternada) para CC (contínua). Os circuitos responsáveis por esta conversão são
denominados, retificadores.
06
MOTORES
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 90/ 102
7 MORTORES
Com a invenção do motor elétrico, surgiu uma segunda etapa de grande desen-
volvimento industrial. Diversos sistemas mecânicos de acoplamento da máquina
a vapor deixaram de ser utilizados, pois com o motor elétrico a potência era trans-
mitida diretamente aos postos de trabalho através de fios pela ação da eletrici-
dade. Cada posto de trabalho tinha seu próprio motor elétrico.
Em 1888, Tesla apresentou três formas de sua invenção, todas com quatro pólos
salientes no estator. Na primeira também havia quatros polos salientes no rotor
(motor de relutância) girando na forma síncrona. Na segunda havia um enrola-
mento no rotor que partia por si mesmo, girando abaixo da velocidade síncrona
(motor de indução). Na terceira forma havia um enrolamento no rotor, girando na
velocidade síncrona (motor síncrono). George Westinhouse, dono da empresa
que levava seu nome, comprou a patente de Tesla e o contratou para continuar o
desenvolvimento de suas ideias. O motor de indução para efeitos práticos só ficou
disponível em 1892, ainda assim em alta frequência e monofásico.
A forma final conhecida atualmente do motor de indução com rotor do tipo gaiola,
foi idealizada por Lamme. Essa ideia foi seguida pela General Electric (GE). Após
uma disputa judicial pela patente, em 1896 ambas as empresas passaram a co-
mercializar o motor de indução com rotor gaiola de esquilo. Esse motor seria o
propulsor para o grande desenvolvimento da indústria no século XX.
Um aspecto interessante sobre tal época é que os motores eram muito grandes
comparados com modelos atuais, a citar por exemplo, um motor de 7,5 CV da
época tinha tamanho equivalente a um motor de 100 CV atual.
Fato é que o motor de indução é uma das máquinas mais robustas e mais ampla-
mente utilizadas na indústria. Seu estator é formado por chapas de aço de alta
qualidade. A superfície interna possui ranhura para acomodar um enrolamento
trifásico (DEL TORO, 2009).
O enrolamento trifásico é representado por três bobinas, cujos eixos estão defa-
sados de 120º elétricos. A bobina aa’ representa todas as bobinas associadas à
fase a, para um par de pólos. De modo similar, a bobina bb’ representa as bobinas
associadas à fase b e a bobina cc’ representa as bobinas relacionadas à fase c.
Quando uma das extremidades de cada fase são ligadas entre si, o enrolamento
do estator é dito como conectado em estrela Y. Tal enrolamento é chamado de
enrolamento trifásico porque as tensões induzidas em cada uma das três fases
devido ao campo girante de densidade de fluxo estão defasadas de 120º elétricos,
uma característica que distingue o sistema trifásico simétrico.
Neste último os terminais do enrolamento saem por meio de três anéis coletores.
Isso permite que um reostato trifásico seja ligado ao enrolamento do rotor, com o
propósito de possibilitar o controle de velocidade.
O rotor do tipo gaiola consiste num determinado número de barras de cobre imer-
sas nas ranhuras do rotor e conectadas nas duas extremidades por dois anéis de
cobre, como mostrado na Figura 108.
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 92/ 102
Tais fatos justificam o motivo pelo qual o motor de indução com rotor de indução
é o mais utilizado nas aplicações industriais e comerciais.
do rotor, desta forma induzindo tensões. Visto que o enrolamento do rotor está
curto circuitado pelos anéis, as tensões induzidas fazem com que as correntes
circulem, as quais, por sua vez, reagem com o campo para produzir um torque
eletromagnético e desta forma resulta a ação motora.
Outro ponto importante é que esta máquina tem excitação única, isto é, a potência
elétrica é aplicada apenas no enrolamento do estator. A corrente circula no enro-
lamento do rotor por indução. Como consequência, tanto a corrente de magneti-
zação, que produz o campo magnético, como a corrente de potência, que permite
que a energia seja entregue à carga no eixo, circulam através do enrolamento do
estator.
Baixa manutenção.
Ausência de escovas comutadoras.
Ausência de faiscamento.
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 94/ 102
O motor síncrono funciona com velocidade fixa. Geralmente, este tipo de motor é
utilizado em sistemas de grandes potências ou quando a aplicação exige veloci-
dade constante. Para sistemas de baixa potência, este tipo de motor não é muito
utilizado, pois apresenta alto custo em tamanhos menores. Entretanto, os motores
síncronos, como trabalham com fatores de potência reguláveis, podem ajudar a
reduzir os custos de energia elétrica e melhorar o rendimento do sistema de ener-
gia, corrigindo o fator de potência na rede elétrica onde estão instalados.
Figura 105 – Ligação das bobinas do estator para produção do campo magnético girante.
Fonte: CTISM, adaptado de Capelli, 2008
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120º, os
três campos magnéticos apresentam a mesma defasagem. Os três campos
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 96/ 102
APROFUNDE
Aprenda mais sobre o motor de indução acessando o link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_indução
REFERÊNCIA
[1] ALVES Mário Jorge de Andrade; LOURENÇO, Manuel Duarte Matos. Sistema de Carga Disponível em: <
http://ave.dee.isep.ipp.pt/~mjf/PubDid/SistemaCarga.pdf >. Acesso em: 05 setembro. 2019.
[2] PINHEIRO, Hélio. Máquinas e Acionamentos Elétricos. Disponível em: < https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Discipli-
nas/maquinas-acionamentos-eletricos/apostila-de-maquinas-de-cc>. Acesso em: 20 setembro. 2019.
[6] SEGUNDO, Alan Kardek Rêgo; RODRIGUES, Cristiano Lúcio Cardoso. Eletricidade em CA.Instittuto Federal de Educação
, Ciência e Tecnologia. Ouro Preto, 2015
[7] . OLIVEIRA, Homero, Sistema Hardware In The Loop Para Teste Dinâmico de Alternadores Automotivos, Centro Paula
Souza Faculdade de Tecnologia FATEC Santo Andre, Santo Andre, 2007
[8] LAMAS, Mario Luiz, Circuito de CA, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Pelotas, 2010.
[9] ALVES, Mário Ferreira, ABC dos Circuitos Elétricos em Corrente Alternada, Instituto Superior de Engenharia, 1999.
[10] ALVES, Mário Ferreira, ABC das máquinas Elétricas, Instituto Superior de Engenharia, 2003.
[11] Manual de Baterias Bosch Disponível em:< https://www.bosch.com.br>. Acesso em: 10 outubro. 2010.
[12] Falhas Prematuras: Manual de falhas prematura em alternadores e motores de partida Disponível em: < www.mahle-after-
market.com >. Acesso em: 10 outubro. 2010.
[13] Geradores de Corrente Alternada , Máquinas e Acionamentos Elétricos - Geradores de Corrente Alternada Disponível em:
< https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-acionamentos-eletricos/apostila-de-maquinas-de-cc >.
Acesso em: 10 outubro. 2019.
[14] ARAUJO, Célio Nobre; ZAVAN, Rogério Aparecido, Tecnologia em eletrônica automotiva, Centro Paula Souza Faculdade
de Tecnologia FATEC Santo Andre 2014.
[15] Característica e Especificação de Geradores, Linha H i-Plus e AG10, WEG. Disponível em < https://static.weg.net/me-
dias/downloadcenter/h68/h68/WEG-curso-dt5-caracter-sticas-e-especifica-o-de-geradores-artigo-tecnico-portugues.pdf>
Acesso em 06 de setembro de 2019.
[17] VIEIRA, Manoel António Rodrigues, Sensor Inteligente para Medição de Cargas Mecânicas, Escola Superior de Tecnologia
e de Gestão, Instituto Politécnico de Bragança, abril 2016
[18] FUENTES, Rodrigo Cardozo, Apostila de Automação Industrial, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio
Grande do Sul 2005
[19] NUNES, Willian Ricardo Bispo Murbak, Desenvolvimento de Sistema com Motores Trifásicos de Indução de Alto Rendi-
mento, IFOC e Comando por joystick para cadeira de rodas, Centro de Tecnologia e Urbanismo, Departamento de Enge-
nharia Elétrica, Londrina 2005.
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ACESSO À AVALIAÇÃO
PESQUISA DE SATISFAÇÃO
https://gc-pesquisa-satisfacao.questionpro.com
Nota: Em caso de dúvidas e/ou problemas de acesso informe o instrutor ou entre em contato
com a equipe da Gestão do Conhecimento.
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NOÇÕES DE ELETRICIDADE 3/ 102
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