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2. POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO
2.1. Potência de Expoente Natural
Definição: Sejam 𝑎 um número real qualquer e 𝑛 um número natural.
Define-se a potência 𝑛 −ésima do número 𝑎 e indica-se por 𝑎𝑛 da
seguinte forma:
𝑎0 = 1
𝑎𝑛 = 𝑎. 𝑎𝑛−1 , para 𝑛 ≥ 1
1
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1 2 1 1 1
d) (− 2) = (− 2) . (− 2) = 4
3 3 9
e) (0,3)2 = . = = 0,09
10 10 100
2 3 2 2 2 8
d) (− 3) = (− 3) ∙ (− 3) ∙ (− 3) = − 27
1 1 1 1
e) (−0,01)3 = (− 100) ∙ (− 100) ∙ (− 100) = − 1000000 = −0,000001
Exemplos.
1 1
a) 2−2 = 22 = 4
1 −3 1 1
b) (− 5) = 1 3
= 1 = −125
(−5) −125
2
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III. (𝑎 𝑚 )𝑛 = 𝑎𝑚𝑛 .
IV. (𝑎𝑏 )𝑛 = 𝑎𝑛 . 𝑏 𝑛
𝑎 𝑛 𝑎𝑛
V. (𝑏 ) = 𝑏𝑛 (𝑏 ≠ 0)
𝑛
Observação. Não confunda 𝑎𝑚 com (𝑎𝑚 )𝑛 .
Exemplo.
3 3
22 = 2( 2 ) = 28
(22 )3 = 22.3 = 26
Exercício Resolvido 1. Sendo 𝑎𝑏𝑐 ≠ 0, simplifique a expressão:
3
8 −3 8 −4 3
𝑎 −5 𝑏 −2
𝑦 = 2 ∙ 16 ∙𝑎 ∙𝑏 ∙ 𝑐 .( 4 8 )
𝑎 𝑐
SOLUÇÃO.
8 4 )−3 8 −4
(𝑎−5 𝑏 −2 )3
3
𝑦 = 2 ∙ (2 ∙𝑎 ∙𝑏 ∙𝑐 .
(𝑎4 𝑐 8 )3
8 −12 8 −4
𝑎 −15 𝑏 −6
3
𝑦 =2 ∙2 ∙𝑎 ∙𝑏 ∙ 𝑐 . 12 24
𝑎 𝑐
−4 8 −4
𝑐 3 𝑎−15 −6
𝑦=2 ∙𝑎 ∙𝑏 ∙ 24 . 12 𝑏
𝑐 𝑎
𝑦 = 2−4 ∙ 𝑎8 ∙ 𝑏 −10 ∙ 𝑐 −21 . 𝑎−27
𝑦 = 2−4 ∙ 𝑎−19 ∙ 𝑏 −10 ∙ 𝑐 −21
𝟏
𝒚=
𝟏𝟔. 𝒂𝟏𝟗 . 𝒃𝟏𝟎 . 𝒄𝟐𝟏
3
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2.3. Radiciação
Sejam 𝑎 > 0 um real e 𝑛 ≥ 1 um natural. O único real positivo 𝛼 tal que
𝛼 𝑛 = 𝑎 é indicado por 𝑛√𝑎. Dizemos que 𝛼 é a raiz 𝑛 − é𝑠𝑖𝑚𝑎 (ou de
ordem 𝑛) positiva de 𝑎.
Sejam 𝑎 > 0 e 𝑏 > 0 dois reais, 𝑚, 𝑛 e 𝑝 números inteiros positivos,
seguem as seguintes propriedades:
𝑛 𝑛 𝑛
1. √𝑎 . √𝑏 = √𝑎. 𝑏
𝑛
√𝑎 𝑛 𝑎
2. 𝑛 = √ (𝑏 ≠ 0)
√𝑏 𝑏
𝑚 𝑛
3. ( 𝑛√𝑎) = √𝑎 𝑚
𝑛 𝑛.𝑝
4. √𝑎𝑚 = √𝑎𝑚𝑝
𝑛 𝑚 𝑚𝑛
5. √ √𝑎 = √𝑎
𝑛 𝑛
6. 𝑎 < 𝑏 ⇔ √𝑎 < √𝑏
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2. Seja 𝑎 um real qualquer. Mostre que se
𝑛 for ímpar, 𝑛 natural, então existe um único real 𝛼, tal que 𝛼 𝑛 = 𝑎.
SOLUÇÃO.
Se 𝑎 > 0 , existe um único real positivo 𝛼 tal que 𝛼 𝑛 = 𝑎.
Se 𝑎 < 0, existe um único real positivo 𝛽 tal que 𝛽𝑛 = −𝑎 e como 𝑛 é
ímpar, temos:
(−𝛽)𝑛 = 𝑎
Assim, −𝛽 é o único real tal que (−𝛽)𝑛 = 𝑎.
A existência da raiz 𝑛 − é𝑠𝑖𝑚𝑎 do número real 𝑎 é dada pela tabela
abaixo:
𝑛 ímpar 𝑛 par
𝑎>0 Existe uma raiz única Existem duas raízes opostas,
positiva, indicada por 𝑛√𝑎. a positiva indicada por 𝑛√𝑎, e
a negativa indicada por - 𝑛√𝑎.
4
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𝑎 = 0 Existe uma raiz única, que Existe uma raiz única, que é
é zero. zero.
𝑎<0 Existe uma raiz única Não existe raiz.
negativa, indicada por 𝑛√𝑎.
4
b) √16
SOLUÇÃO.
4
√16 = 2, pois, 24 = 16
4
(Lembre-se: √16 indica a raiz positiva de ordem 4 de 16).
Observações.
1. No símbolo 𝑛√𝑎, 𝑎 denomina-se radicando e 𝑛 denomina-se índice
da raiz;
2. Se tivermos 𝑎 > 0 e 𝑛 par, o símbolo 𝑛√𝑎 indica apenas a raiz 𝑛 −
é𝑠𝑖𝑚𝑎 positiva de 𝑎 . Nesse caso, se quisermos indicar a raiz n-ésima
𝑛
negativa de 𝑎 usamos o símbolo − √𝑎.
Então √4 = 2 e não √4 = ±2. Observe que −√4 = −2.
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√(−5)2 = 5
EXEMPLO.
1
3
a) 23 = √2
2
5−3 = √5−2
3
b)
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Consideremos os conjuntos:
𝐵1 = {𝑎𝑟 | 𝑟 ∈ 𝐴1 } e 𝐵2 = {𝑎 𝑠 | 𝑠 ∈ 𝐴2 }
Se 𝑎 > 1, dizemos que 𝑎𝑟 e 𝑎 𝑠 são aproximações por falta e por
excesso, respectivamente.
Se 0 < 𝑎 < 1, dizemos que 𝑎𝑟 e 𝑎 𝑠 são aproximações por excesso e
por falta, respectivamente.
Exemplos de potência com expoente irracional:
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2√ 2 , 4 √3 , 7 − √2
Observações:
• Se 𝑎 = 0 e 𝛼 é irracional e positivo define-se 0𝛼 = 0.
• Se 𝑎 = 1, então 1𝛼 = 1, ∀ 𝛼 irracional.
• Se 𝑎 < 0 e 𝛼 é irracional e positivo, então o símbolo 𝑎𝛼 não tem
significado. Exemplos: (−2)√2 , (−5)√3 e (−2)√3 não tem significado.
• Se 𝛼 é irracional e negativo, então 0𝛼 não tem significado.
• Para as potências de expoente irracional são válidas as
propriedades para as potências de expoente racional.
Exercícios.
2𝑛+4 −2.2𝑛
1. Simplifique a expressão , ∀ 𝑛 ∈ ℝ.
2.2𝑛+3
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1
3. =3
𝑥
𝑎𝑥 + 𝑏 = 0
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a) 2𝑥 − 3 = 0
b) −4𝑥 + 1 = 0
3
c) 𝑥−𝜋 = 0
2
𝑎𝑥 + 𝑏 + (−𝑏 ) = 0 + (−𝑏 ) ⇔ 𝑎𝑥 = −𝑏
𝑏
𝑥=−
𝑎
𝑏
Assim a solução da equação 𝑎𝑥 + 𝑏 = 0 é 𝑥 = − 𝑎.
quem é 𝑥?
EXERCÍCIO 8. Determine se é possível completar o preenchimento
do tabuleiro abaixo com números naturais de 1 a 9, sem repetição,
de modo que a soma de qualquer linha seja igual a de qualquer
coluna ou diagonal
2 6
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Solução trivial: 𝑥1 = 𝑥2 = ⋯ = 𝑥𝑛 = 0.
3.3.2. Sistemas Equivalentes
Dois sistemas lineares 𝑆1 e 𝑆2 são equivalentes quando:
1. 𝑆1 e 𝑆2 possuem o mesmo conjunto solução;
2. 𝑆1 e 𝑆2 são impossíveis.
Notação: 𝑆1 ~𝑆2
Por exemplo, dados os sistemas:
𝑥+𝑦 =3 𝑥+𝑦 =3
𝑆1 = { e 𝑆2 = {
2𝑥 + 3𝑦 = 8 𝑥 + 2𝑦 = 5
verificamos que o par ordenado (𝑥, 𝑦) = (1, 2) satisfaz ambos e é
único. Logo, S1 e S2 são equivalentes: S1 ~ S2.
Propriedades:
a) Trocando de posição as equações de um sistema, obtemos outro
sistema equivalente.
Por exemplo:
𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 1 𝑥−𝑦 = 3
𝑆1 = { 𝑥 − 𝑦 = 3 e 𝑆2 = { 𝑦 + 𝑧 = 2 S1 ~S2
𝑦+𝑧=2 𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 1
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𝑥 + 2𝑦 = 4
Dado 𝑆1 = { , substituindo a equação (II) pela soma do
𝑥−𝑦 =1
produto de (I) por -1 com (II), obtemos:
𝑥 + 2𝑦 = 4
𝑆2 = {
−3𝑦 = −3
S1~S2, pois (𝑥, 𝑦) = (2,1) é solução de ambos os sistemas.
𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 − 𝑡 = 4
b) 𝑆2 = {
𝑧−𝑡 = 5
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𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 = 0 𝑥 + 2𝑦 + 4𝑧 = 0 𝑥+𝑦+𝑧 =4
a) {3𝑥 − 3𝑦 + 𝑧 = 8 b) { 2𝑥 + 3𝑦 − 𝑧 = 8 c) { 2𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 10
2𝑦 + 𝑧 = 0 𝑥 − 14𝑧 = 0 2𝑥 − 𝑦 − 7𝑧 = 0
Exercício 14. Tenho 156 moedas que pesam ao todo meio quilo e
totalizam R$ 34,00. Sabendo que dentre elas há as de 1 real, que
pesam 10g cada, as de 50 centavos, que pesam 8g cada, e as de 10
centavos, que pesam 2g cada, quantas são as moedas de cada tipo?
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𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 (1)
onde 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais dados e 𝑎 ≠ 0.
O primeiro membro de (1) é chamado trinômio do segundo grau
associado à equação (1), e 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são seus coeficientes.
Exemplos de equações do segundo grau:
a) 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 = 0 em que 𝑎 = 1, 𝑏 = −5, 𝑐 = 4
b) −2 𝑥 2 + 3𝑥 − 1 = 0 em que 𝑎 = −2, 𝑏 = 3, 𝑐 = −1
c) 3 𝑥 2 − 4𝑥 = 0 em que 𝑎 = 3, 𝑏 = −4, 𝑐 = 0
d) −𝑥 2 = 0 em que 𝑎 = −1, 𝑏 = 0, 𝑐 = 0
onde ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐.
A identidade algébrica (2) é a forma canônica do trinômio do segundo
grau 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐.
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−𝑏±√∆
Observação: Quando ∆≥ 0, a fórmula para as raízes da
2𝑎
−𝑏+√∆ −𝑏−√∆
𝑥1 = e 𝑥2 =
2𝑎 2𝑎
2) ∆= 0
A equação apresentará duas raízes reais iguais, que são:
−𝑏
𝑥1 = 𝑥2 =
2𝑎
3) ∆< 0
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Exemplos:
1. 𝑎𝑥 + 𝑏 = 0, 𝑎 ≠ 0 é uma equação polinomial do 1º grau.
2. 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, 𝑎 ≠ 0 é uma polinomial polinomial do 2º grau.
3. 3𝑥 7 − 5𝑥 3 + 7𝑥 + 6 = 0 é uma equação polinomial de grau 7.
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𝑎(𝑦 2 − 2) + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0
Há entretanto, uma sutileza envolvida na discussão acima: decerto
que toda raiz 𝑥=𝛼 da equação
1
𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 𝑐𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑎 = 0 gera a raiz 𝛽 = 𝛼 + 𝛼 da equação
equação recíproca inicial. De fato, uma vez obtida uma raiz real 𝑦 =
𝛽 de 𝑎(𝑦 2 − 2) + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0, a fim de obter as possíveis raízes da
1
equação recíproca temos que resolver a equação 𝑥 + = 𝛽, ou
𝑥
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𝑔(𝛼) = √𝑓(𝛼)
⇒{ 𝑜𝑢
𝑔(𝛼) = −√𝑓(𝛼)
𝟑
3.6.1.2. Equação √𝒇(𝒙) = 𝒈(𝒙)
3
√𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) ⇔ 𝑓(𝑥) = [𝑔(𝑥)]3
4. INEQUAÇÃO IRRACIONAL
Considere as seguintes equações:
√𝑥 + 3 ≤ 2 √3𝑥 2 − 5𝑥 + 2 ≥ 𝑥 √2 + 𝑥 + √𝑥 − 3 < 1
Observe que todas elas apresentam variável ou incógnita no
radicando. Essas inequações são irracionais.
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De forma análoga,
1
b) √4 − 19𝑥 − 5𝑥 2 ≥ −3 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ| − 4 ≤ 𝑥 ≤ 5}
−1 1/2 −1/2 5 7
𝐴=[ 0 √3 ] ;𝐵=( 5 2 √3)
−2 4 3 x2 −2 −3 6 3x3
3/5
0
Exemplos: 𝐴 = [2] ; 𝐵 = [ √2 ]
3 3x1 −7
−2 4 x 1
5.3.3. MATRIZ NULA
É uma matriz cujos elementos são todos iguais a zero. Será
representada por 𝑂𝑚 x 𝑛 .
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0 0
0 0
Exemplos: 𝑂2 = ( ) ; 𝑂3 x 2 = (0 0).
0 0
0 0
5.3.4. MATRIZ DIAGONAL
É toda matriz quadrada em que os elementos que não pertencem
à diagonal principal são iguais a zero.
Exemplos:
2 0 0
−3 0
( ) ; [0 1 0]
0 2
0 0 3
5.3.5. MATRIZ IDENTIDADE
É toda matriz diagonal em que os elementos da diagonal principal
são iguais a 1.
Notação: 𝐼𝑛 .
Exemplos:
1 0 0 0 0
1 0 0 0 1 0 0 0
1 0
𝐼2 = ( ) ; 𝐼3 = [0 1 0] ; 𝐼5 = 0 0 1 0 0
0 1
0 0 1 0 0 0 1 0
(0 0 0 0 1)
Para a matriz identidade 𝐼𝑛 = [aij ] n tem-se:
1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
aij = {
0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗
5.3.6. MATRIZ TRANSPOSTA
Chama-se matriz transposta de 𝐴 à matriz 𝐴𝑡 obtida de 𝐴, trocando-
se “ordenamente” suas linhas por colunas.
Portanto, se A = [aij ]m x n , então:
Exemplo:
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0 2
0 −1 −2 𝑡
Se 𝐴 = [ ], então 𝐴 = [−1 1].
2 1 0
−2 0
5.3.7. MATRIZ SIMÉTRICA
Uma matriz quadrada A = [aij ]n x n diz-se simétrica quando
Notação: 𝐴 = 𝐵
Exemplo: [2 22 ] = [ 2 4]
3 32 3 9
1 −3 1 7
Contraexemplo: [ ]≠[ ], pois 𝑎12 ≠ 𝑏12 e 𝑎21 ≠ 𝑏21.
7 4 −3 4
5.5- OPERAÇÕES COM MATRIZES
5.5.1- ADIÇÃO
Dadas duas matrizes A = [aij ]m x n e B = [bij ]m x n chama-se
soma A + B a matriz C = [cij ]m x n tal que cij = aij + bij , para todo i ∈
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𝐀 𝟏 ) COMUTATIVA: 𝐀 + 𝐁 = 𝐁 + 𝐀
𝐀 𝟐 ) ASSOCIATIVA: (𝐀 + 𝐁) + 𝐂 = 𝐀 + (𝐁 + 𝐂)
𝐀 𝟑 ) EXISTÊNCIA DO ELEMENTO NEUTRO: Dada uma matriz A,
existe uma matriz X ∈ Mm x n (ℝ), tal que A + X = A.
Demonstração: Se A = [aij ]m x n e X = [xij ]m x n , temos:
aij + xij = 0
xij = −aij
Notação: X = −A
Portanto,
𝐀 + (−𝐀) = 𝐎.
5.5.2- SUBTRAÇÃO
Dadas duas matrizes A = [aij ]m x n e B = [bij ]m x n chama-se
diferença A − B a matriz D = [dij ]m x n tal que dij = aij − bij , para todo
2 3 2 −3
Exemplo: A = [ ]eB=[ ]
5 −2 4 2
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2 3 −2 3 0 6
A−B=[ ]+[ ]=[ ]
5 −2 −4 −2 1 −4
X+A=B⇔X=B−A
Demonstração:
(⇒)
X+A= B
(X + A) + (−A) = B + (−A)
X + (A + (−A)) = B − A
X+O =B−A
X=B−A
(⇐) Hipótese: X = B − A
Temos:
X + A = (B − A) + A = B + (−A + A) = B + O = B (𝐜.𝐪.𝐝)
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cik = ai1 . b1k + ai2 . b2k + ai3 . b3k + ⋯ + ain . bnk = ∑ aij bjk
j=1
b11 b12
a11 a12 a13 a14 c11 c12
b b22
[a21 a22 a23 a24 ] . [ 21 ] = [c21 c22 ]
a31 a32 a33 a34 3x4 b31 b32 c31 c32 3x2
b41 b42 4x2
Onde
4
c21 = a21 b11 + a22 b21 + a23 b31 + a24 b41 = ∑ a2j bj1
j=1
Observação:
O produto AB das matrizes A e B existe, se e somente se o número
de colunas de A for igual ao número de linhas de B.
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1 1 0 0
EXERCÍCIO 30. Sendo A = [ ]eB=[ ], determine AB e BA.
0 1 1 1
NOTAS:
1. Há casos em que existe AB e não existe BA. Isto ocorre quando A
é m x n, B é n x p e m ≠ p.
2. Há casos em que existem AB e BA, porém são matrizes de tipos
diferentes. Isto ocorre quando A é m x n B, é n x m e m ≠ n.
3. Mesmo nos casos em que AB e BA são do mesmo tipo, temos
quase sempre AB ≠ BA.
PROPRIEDADES:
M1 ) A multiplicação de matrizes não é comutativa.
Quando A e B são tais que AB = BA, dizemos que A e B comutam.
Notemos que uma condição necessária para A e B comutarem é que
sejam quadradas e de mesma ordem.
M2 ) ASSOCIATIVA: Sejam A = [aij ]m x n , B = [bjk ] nxp , C = [ckr ] pxq ,
temos:
(𝐀. 𝐁). 𝐂 = 𝐀. (𝐁. 𝐂)
3. DISTRIBUTIVA
A. (B + C) = AB + AC
(A + B). C = AC + BC
então
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então
A. In = A = Im . A
Op x m x A = O p x n
A x On x p = O m x p
OBSERVAÇÕES:
1. Se A. B = O não podemos concluir que A = O ou B = O.
1 2 0 0 0 0 0 0 0
Exemplo: [ 1 1 0 ] . [0 0 0 ] = [0 0 0]
−1 4 0 1 4 9 0 0 0
3 4 1
AB = [2 3 2 ] = AC
3 2 −7
Observe que AB = AC e B ≠ C.
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(𝐴. 𝐵)𝑡 = 𝐵𝑡 . 𝐴𝑡
2 0 2 0
Exemplo: Sejam A = ( )eB=( ). Então:
0 1 0 1
1 0 1 0
AB = ( ) e BA = ( )
0 1 0 1
Assim, 𝐁 = 𝐀−𝟏 .
2 0
EXERCÍCIO 32. Seja a matriz A = ( ), determine A−1 , se
0 1
existir.
5.6.2- A equação matricial 𝐀. 𝐗 = 𝐁
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𝐀𝐗 = 𝐁 ⇔ 𝐗 = 𝐀−𝟏 . 𝐁
Demonstração:
(⇒) Hipótese: AX = B
Se A é inversível, existe A−1, então multiplicando ambos os
membros da equação AX = B por A−1 (à esquerda), temos:
A−1 (AX) = A−1 . B
(A−1 . A) . X = A−1 . B
I. X = A−1 . B
X = A−1 . B
(⇐) Hipótese: X = A−1 . B
Temos:
AX = A(A−1 . B) = (A−1 . A). B = I. B = B
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̅̅̅̅̅̅̅
2º caso: O segmento 𝑃 1 𝑃2 é paralelo ao eixo 𝑦.
̅̅̅̅̅̅̅
3º caso: O segmento 𝑃 1 𝑃2 não é paralelo a qualquer um dos eixos
coordenados.
Dados os pontos 𝑃1 = (𝑥1 , 𝑦1 ) e 𝑃2 = (𝑥2 , 𝑦2 ), queremos obter a
expressão da distância 𝑑(𝑃1 , 𝑃2 ) em termos das coordenadas de 𝑃1 e
𝑃2 .
Para isso, introduzimos o novo ponto
𝑄 = (𝑥1 , 𝑦2 ).
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Logo,
• 𝑑 (𝑃1 , 𝑄1 ) = 𝑑(𝑃2 , 𝑄2 )
⇔ |𝑥𝑀 − 𝑥1 | = |𝑥𝑀 − 𝑥2 |
• 𝑑 (𝑄1 , 𝑀 ) = 𝑑 (𝑄2 , 𝑀 )
⇔ |𝑦𝑀 − 𝑦1 | = |𝑦𝑀 − 𝑦2 |
Portanto,
𝑥1 + 𝑥2 𝑦1 + 𝑦2
𝑀=( , )
2 2
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𝑛 é o coeficiente linear de 𝑟.
𝑥 e 𝑦 são as coordenadas de um ponto qualquer de 𝑟.
Observações.
• Se a reta é horizontal, ela forma ângulo nulo com o eixo das
abscissas, assim, 𝑚 = 0 e a equação reduzida da reta torna-se
simplesmente 𝑦 = 𝑛.
• Se a reta é vertical, ela forma ângulo reto com o eixo das
abscissas; como não existe 𝑡𝑔900, não se definie o coeficiente
angular de 𝑟 e assim, é impossível escrever a forma reduzida
da equação de qualquer reta vertical.
➢ PARALELISMO
Duas retas paralelas distintas formam com o eixo das abscissas
ângulos congruentes; assim, se ambas não são verticais, seus
coeficientes angulares são iguais.
Observe a figura abaixo, que mostra duas retas paralelas não
verticais.
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Temos:
Assim,
𝑡𝑔 𝛼𝑟 . 𝑡𝑔 𝛼𝑠 = −1
Ou seja,
𝒎𝒓 . 𝒎𝒔 = −𝟏
Se as retas 𝑟 e 𝑠 são perpendiculares entre si, então 𝒎𝒓 . 𝒎𝒔 = −𝟏.
EXERCÍCIO 39. Obtenha a equação reduzida da reta que passa por
(2, −3) e é perpendicular a 2𝑥 − 5𝑦 − 11 = 0.
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a) a equação segmentária de 𝑟.
b) uma equação geral de 𝑟.
7.1.4. FORMA PARAMÉTRICA DA RETA
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𝑥 𝑦 1
|0 5 1| = 0
1 3 1
5𝑥 + 𝑦 − 5 − 3𝑥 = 0
Ou seja, a equação geral da reta 𝑟, é:
2𝑥 + 𝑦 − 5 = 0
As equações 𝑥 = 1 + 𝑡 e 𝑦 = 3 − 2𝑡, em que 𝑡 ∈ ℝ, são exemplos de
equações paramétricas da reta 𝑟.
EXERCÍCIO 41. Escreva a forma geral, a reduzida e a segmentária
da reta dada por 𝑥 = 2𝑡 − 1 e 𝑦 = 2 − 3𝑡, 𝑡 ∈ ℝ.
8. EQUAÇÕES DA CIRCUNFERÊNCIA
8.1. EQUAÇÃO REDUZIDA DA CIRCUNFERÊNCIA
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𝑥 2 + 𝑦 2 − 4𝑥 + 6𝑦 = 0.
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