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Resumo
O trabalho analisa as tendências da fecundidade das mulheres Kaiabi, etnia de língua
Tupi do Parque Indígena do Xingu, Brasil Central. Métodos. Análise transversal ou de
momento e longitudinal ou de coortes dos indicadores clássicos de fecundidade, com
base em informações do registro de eventos vitais dos Kaiabi, gerados pelo programa de
saúde da UNIFESP no Xingu, apoiados por levantamento etnográfico e de histórias
reprodutivas. Resultados. O contato dos Kaiabi com a sociedade nacional desde a
década de 1920 deu origem à depopulação por confrontos e epidemias e à emigração de
parte do grupo o Parque Indígena do Xingu a partir da década de 1950. Atualmente
somam 1250 habitantes, sendo o maior contingente populacional de língua Tupi do
Parque. Entre 1970 e 2007 essa população cresceu aproximadamente 5% ao ano. A
conjugação de queda dos níveis da mortalidade, principalmente a infantil, e manutenção
ou elevação dos níveis da fecundidade foram responsáveis pelo expressivo crescimento
observado. Atualmente, a TFT é de 7,8 filhos por mulher. As estimativas de indicadores
de fecundidade atual por períodos, entre 1970 e 2007, e das parturições médias e médias
acumuladas das mulheres de diversas coortes de nascimento acompanhadas desde 1965,
permitiu identificar, além das mudanças de níveis, as modificações de padrões etários,
que sugerem as transformações culturais em curso nessa sociedade indígena. Destaca-se
a importância da coleta sistemática de dados demográficos e de saúde para populações
indígenas, a construção de registro civil, além da dificuldade de análise de indicadores
para populações de pequena escala.
1
“Trabalho apresentado no XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em
Caxambu – MG – Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2010”.
2
Demógrafa, Pesquisadora do Projeto Xingu, Unidade de Saúde e Meio Ambiente, Universidade Federal
de São Paulo, Bolsista PQ do CNPq.
3
Médica Residente, Universidade Federal de São Paulo.
4
Médica e Antropóloga, Projeto Xingu, Unidade de Saúde e Meio Ambiente, Universidade Federal de
São Paulo.
Tendências da Fecundidade de Povos de Língua Tupi do Parque
Indígena do Xingu, Mato Grosso, Brasil Central. Uma proposta de
análise longitudinal e transversal5
Heloisa Pagliaro6
Jade Cury Martins7
Sofia Mendonça8
Introdução
Os Kaiabi são um dos quatro povos de filiação linguística Tupi, além dos Yudjá,
Kamaiurá e Aweti, que habita o Parque Indígena do Xingu (PIX). Até meados do
século XX ocupavam a região do Alto Teles Pires, desde a confluência do rio Verde até
o rio Peixoto de Azevedo, além de parte da bacia do rio dos Peixes, afluente da margem
direita do Arinos (MT). O contato desse povo com a sociedade nacional desde a década
Mato Grosso desde o declínio do terceiro ciclo da borracha, em 1945. O Parque conta
atualmente com 14 povos, pertencentes aos quatro mais relevantes troncos lingüísticos
Em 2007 possuíam 20 aldeias, com 1.162 habitantes. Somados aos que viviam nas
aldeias de outros povos do PIX (18 indivíduos) e aos que residiam em áreas urbanas
como Sinop e Canarana (45 indivíduos), onde participam da gestão do Distrito Especial
5
“Trabalho apresentado no XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em
Caxambu – MG – Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2010”.
6
Demógrafa, Pesquisadora do Projeto Xingu, Unidade de Saúde e Meio Ambiente, Universidade Federal
de São Paulo, Bolsista PQ do CNPq.
7
Médica Residente, Universidade Federal de São Paulo.
8
Médica e Antropóloga, Projeto Xingu, Unidade de Saúde e Meio Ambiente, Universidade Federal de
São Paulo.
Indígena do Xingu (DSEI-XINGU) e da Associação Terras Indígenas do Xingu (ATIX),
período, a mortalidade geral declinou de 11,4 para 3,5 óbitos por mil habitantes; a
fecundidade se manteve alta e ascendente até 1999 (9,5 filhos por mulher em 1990-99),
Kaiabi, etnia mais numerosa deste tronco lingüístico no PIX - nortearam a presente
Metodologia
trabalho considerou seis coortes de mulheres nascidas entre 1950 e 1970, excluídas as
mulheres afetadas pela mortalidade e pela migração, que entre os 12 e 44 anos estavam
expostas ao “risco” de dar à luz a filhos nascidos vivos (fenômeno renovável). Para
1998).
Teoricamente, a origem de uma coorte de fecundidade se dá no momento em
que as mulheres de uma mesma geração iniciam a vida reprodutiva, geralmente aos 15
acompanhar a coorte por um período que pode durar entre 30 e 35 anos, em média. Os
dados utilizados mostraram que as mulheres Kaiabi têm, geralmente, seu primeiro filho
antes dos 15 anos de idade e o último antes dos 45 anos, sendo de cerca de 30 anos o
TABELA 1
médias e acumuladas; as idades médias das mães ao nascimento de todos os seus filhos,
do primeiro filho vivo e o intervalo médio entre os nascimentos. Para as coortes com
fecundidade completa (1, 2 e 3), além destas medidas, calculou-se a descendência média
final (Dx) ou o tamanho da família completa. A idade média das mães ao nascimento de
mortalidade e migração. A duração média de tempo que separa o nascimento das mães
também é dada pela idade média das mães ao nascimento de seus filhos (PRESSAT,
1973).
seja, o ano de nascimento das mulheres e de seus filhos, gerados pelo programa de
respeito dos valores e costumes da cultura dos Kaiabi do Xingu, principalmente no que
colocada no interior da maloca, sem falar, comendo apenas algumas espécies de peixe e
bebendo chincha de milho preto. Ao sair, banhavam-se e permaneciam deitadas por três
dias. Após o recolhimento, eram tatuadas em cerimônia dirigida por um pajé e recebiam
maloca, sem mexer em fogo, tecer algodão e conversar. São banhadas pelas mães no
interior da casa e obedecem a restrições alimentares. Depois desse rito ganham novos
nomes (OAKDALE, 1996). Já sendo consideradas adultas, podem ter relações sexuais
nível da geração de uma determinada pessoa, a qual é chamada de ego, primos cruzados
são os filhos das irmãs de seu pai e dos irmãos de sua mãe, que recebem o tratamento de
tio e tia. Primos paralelos, por sua vez, são os filhos dos irmãos de seu pai e das irmãs
de sua mãe, a quem ego trata como seus pais. Os parceiros conjugais preferidos são os
irmão da mãe. Isto significa que o sistema mescla os irmãos do mesmo sexo dos pais de
ocorrendo, em geral, entre homens de grande prestígio, como destaca Grünberg (2004).
Entre as gerações mais velhas moradoras do PIX, alguns casamentos deste tipo foram
irmãs, também é prescrita. Diversos casamentos deste tipo foram observados entre os
As relações sexuais entre os Kaiabi são em geral livres. Mas, quando há intenção
informa sua filha. Durante o período de “namoro” deve presentear a sogra com caça,
pesca e outros alimentos, além de objetos artesanais, como cestos e colares de tucum e
para a casa da esposa, onde ao novo casal é destinado um local para pendurar suas
conhecida como matrilocal, que tem sua exceção entre os filhos de chefes de famílias
extensas, que trazem as esposas para a casa do pai. O casal passa por um “período de
muito jovem. Quando as regras sociais são obedecidas, as mulheres Kaiabi têm seus
filhos, geralmente, aos 15 anos de idade. Mas, há casos em que as mulheres iniciam a
vida reprodutiva antes de completar esta idade, sendo o período reprodutivo dessas
mulheres de cerca de trinta anos, nascendo o último filho, geralmente, antes dos 45 anos
e à energia do sol, sendo o pajé intermediário no encontro entre a mãe e o bebê, pois é
ele quem introduz a alma da criança em sua mãe, através de seus sonhos. As crianças
podem escolher entre que casais querem nascer e o pajé pode trabalhar para influenciar
suas escolhas. A influência deste pode ser observada, também, na escolha do nome da
criança. Mas, os Kaiabi jovens acreditam ser o pai que faz a alma da criança, sendo a
anticoncepcionais de efeito temporário ou definitivo, apesar de seu uso não ser livre e
indiscriminado. Para evitar a concepção os Kaiabi usam uma beberagem preparada com
raízes de plantas, que é ingerida pela mulher durante vários dias, após as relações
sexuais. Para suspender o seu efeito elas ingerem nova beberagem preparada com outros
definitiva é obtida por meio da ingestão de outro tipo de infusão à base de ervas. Para
obter as ervas, a interessada é levada pelo pajé, acompanhada por sua mãe, ao local
KAIABI, 1999). Uma outra versão da anticoncepção definitiva é relatada por Oakdale
(1996). Assim como o sol nascente está relacionado à concepção, o poente liga-se à
anticoncepção. Para não conceber mais, o pajé prepara um banho de folhas aromáticas,
que é espalhado sobre o corpo da mulher, estando esta voltada para o sol poente. O
animais silvestres. A relação sexual cessa nos últimos meses da gravidez e se reinicia
quando a criança começa a andar. A mulher continua cuidando de seus afazeres, sendo
sangue; o umbigo é atado com uma fibra de embira e untado com a seiva de uma
adolescência ela recebe outro nome, assim como ocorre em outras fases de sua vida.
Algumas restrições alimentares dos pais são mantidas até que a criança se
A evolução dos níveis de fecundidade das mulheres Kaiabi pode ser observada
por meio das Taxas de Fecundidade Total (TFT) estimadas para os períodos 1970-79,
1980-89, 1990-99 e 2000-07. Entre 1970 e 1990, a TFT dessas mulheres aumentou de
5,7 para 9,5 filhos nascidos vivos, em média, por mulher, declinando para 7,8 filhos no
TABELA 2
1). A partir da década de 1980, o padrão etário da fecundidade assume um perfil mais
das mulheres < de 30 anos de idade para a fecundidade total passou de 80%, na década
nascimento do primeiro filho vivo, que se manteve entre os 15 e 15,8 anos, de 1970 a
intervalo médio entre os nascimentos vivos oscilou entre 2,4 e 2,8 anos (Tabela 2).
FIGURA 1
de seis coortes de mulheres nascidas entre 1950 e 1979, sendo três com fecundidade
Kaiabi, que todas as mulheres casaram-se ao menos uma vez e todas tiveram filhos.
nascidas entre 1950 e 1954, que sobreviveram até o final do período reprodutivo e que
tinham entre 53 e 57 anos em 2007 (Tabela 1). Todas as mulheres desta coorte casaram-
se ao menos uma vez e tiveram, no mínimo, 2 filhos nascidos vivos e, no máximo, 11.
As mulheres desta coorte tiveram 84 filhos nascidos vivos, ou 7,0 filhos, em média, o
(D44). A última mulher a ter filhos, o fez aos 44 anos. O espaçamento médio entre os
filhos destas mulheres foi de 2,9 anos e a média de idade ao nascimento do primeiro
filho foi de 18,7 anos, o que pode estar indicando que perderam muitos filhos antes do
A coorte 2 conta com 9 mulheres nascidas entre 1955-59, que em 2007 tinham
casaram ao menos uma vez, tendo, no mínimo 2 e, no máximo 12 filhos nascidos vivos.
A sua descendência média final foi de 8,9 filhos; a média de idade ao nascimento do 1º
filho foi de 16,8 anos e o intervalo médio entre os nascimentos de 2,8 anos.
com uma parturição final de 9,3 filhos. Todas se casaram ao menos uma vez, tendo, no
estava entre os 38 e 42 anos. Todas se casaram ao menos uma vez e tiveram no mínimo
2 e no máximo 8 filhos nascidos vivos. A parturição média acumulada até os 38-42 anos
foi de 5,7 filhos, em média, sendo o intervalo médio entre eles de 3,1 anos e a idade
duas Kaiabi nascidas fora do Parque e uma Kamaiurá. Estas 23 mulheres sobreviveram
até 1999, quando tinham idades entre 25 e 29 anos. A única mulher que faleceu foi
excluída da coorte. Todas se casaram ao menos uma vez e todas tiveram filhos. Num
tempo médio de 15 anos de vida reprodutiva tiveram 105 filhos nascidos vivos ou 4,5,
sobreviveram até 1999, atingindo idades entre 20 e 24 anos. Três das 34 mulheres
nascidas neste período faleceram e foram excluídas da coorte. Duas das 31 mulheres
não nasceram no Xingu: uma é Nambiquara e a outra é Kaiabi do rio dos Peixes. Até
1999 estas 31 mulheres já estavam casadas e tinham ao menos 1 filho nascido vivo cada
uma. O número de nascimentos vivos das mulheres desta coorte até 1999 foi de 92, o
que resultou numa média de 3 filhos por mulher com idade até 24 anos. A média de
idade ao nascimento do 1º filho vivo foi de 16 anos e o intervalo entre os filhos que
FIGURA 2
A Figura 2 mostra as parturições médias acumuladas das seis coortes de
mulheres Kaiabi até a idade em que foram acompanhadas. Esses dados revelam que os
8,7 e 9,3 filhos, em média, até os 40-44 anos, como mostra a Tabela 3. A diferença da
TABELA 3
coorte 3 (de mais alto nível de fecundidade) com a coorte 5 aponta para a redução de 1,1
filhos em média até os 30-34 anos, e com a coorte 6, de 0,9 filhos até os 25-29 anos
(Tabela 3).
parturições médias das coortes de mulheres, até a idade em que puderam ser
65%.
Considerações Finais
tendência de aumento das TFTs de 5,7 para 9,5 filhos nascidos vivos, em média, por
mulher, de 1970 a 1999 e de declínio no período 2000-07 para 7,8 filhos, em média. O
elevado nível de fecundidade das Kaiabi na década de 1990 (9,5) foi próximo do
população como um todo, e das mulheres em particular, foi fator importante no aumento
da fecundidade registrado até a década de 1990. Neste sentido, a atenção voltada para a
duração das uniões conjugais, antes interrompidas com freqüência pela morte de um dos
cônjuges, principalmente dos homens, cujos níveis de mortalidade são mais altos. A
2000, teria contribuído para a redução dos níveis de fecundidade das Kaiabi no período
diminuição dos níveis de fecundidade das mulheres com até 24 anos e aumento nas
anos tanto na década 90, como no início dos anos 2000, o que também foi registrado
primeiro filho vivo, estável até a década de 1990, em torno dos 15 anos, para 16,5 anos
Xavante (COIMBRA et al. 2002; SOUZA, 2008), que também se caracterizam por
apontou também para o aumento da fecundidade por meio das descendências finais das
coortes 1, 2 e 3 e para a tendência de declínio da fecundidade a partir das coortes 5 e 6,
nascimento de 1950 a 1964 (longitudinal); e para uma tendência de declínio a partir dos
anos 2000 (transversal) e para as mulheres nascidas de 1970 a 1079 (longitudinal). Este
indígenas.
Referências Bibliográficas
COIMBRA JR CEA, Flowers NM, Salzano FM, Santos RV. The Xavante in transition:
health, ecology and bioanthropology in Central Brazil. Ann Arbor: University of
Michigan Press; 2002.
EARLY JD, PETERS JF. The Population Dynamics of the Macujaí Yanomama. Nova
Iorque: Academic Press; 1990.
p.1-20, 1988.
OAKDALE, S. The power of experience: Agency and identity in Kayabi healing and
political process in the Xingu Indigenous Park. [Tese de Doutorado]. Chicago:
Universidade de Chicago, 1996.
..........................................................................
Tabela 1 - Descrição da história reprodutiva das mulheres Kaiabi por coortes de nascimento
Características das coortes Coorte Coorte Coorte Coorte Coorte Coorte
1 2 3 4 5 6
Ano de nascimento das mulheres 1950-54 1955-59 1960-64 1965-69 1970-74 1975-79
Número de mulheres 12 9 16 11 23 31
Número de mulheres que tiveram filhos 12 9 16 11 23 31
Número de filhos nascidos vivos 84 78 137 58 105 92
Média de filhos nascidos vivos até idade x 7,00 8.67 8,56 5,72 4,52 2,97
Idade no final do acompanhamento da coorte 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24
Média de idade ao nasc. do 1º fiho vivo (anos) 18,7 16,8 15,4 17,5 17,0 16,0
Intervalo médio entre os nascimentos (anos) 2,94 2,83 2,64 3,10 2,40 2,53
Fonte de dados brutos: USMA - UNIFESP/EPM
Tabela 2 - Resumo dos Principais Indicadores Demográficos dos Kaiabi (MT, Brasil)
no período 1970-2007
Indicadores 1970-79 1980-89 1990-99 2000-07
Taxa Bruta de Natalidade (por mil) 46,3 52,9 55,9 51,0
Taxa de fecundidade total (média de filhos nascidos vivos por mulher) 5,7 8,4 9,5 7,8
Contribuição das mulheres < de 30 anos p/ a fecundidade total (%) 80 60 59,3 60,4
Média de idade ao nascimento do 1º filho vivo (em anos) 17 15,5 15,5 16,5
Intervalo médio entre os nascimentos vivos (em anos) 2,8 2,7 2,4 2,5
Taxa de crescimento médio anual (por cem) 3,3 4,8 5,3 4,4
Fonte de dados brutos: Projeto Xingu/DMP/UNIFESP/EPM
Tabela 3
Parturições médias, parturições médias acumuladas, descendência final, segundo a idade e taxas brutas de reprodução
por coortes de nascimento de mulheres Kaiabi observadas até 2007
Grupos Etários Coorte 1 Coorte 2 Coorte 3 Coorte 4 Coorte 5 Coorte 6
fx fx ac. fx fx ac. Fx fx ac. fx fx ac. fx fx ac. fx fx ac.
12 a 14 0,17 0,17 0,22 0,22 0,44 0,44 0,09 0,09 0,22 0,22 0,13 0,13
15 a 19 0,83 1,00 1,44 1,67 1,63 2,06 1,18 1,27 1,39 1,61 1,68 1,81
20 a 24 1,58 2,58 1,89 3,56 1,94 4,00 1,36 2,64 1,87 3,48 1,77 3,58
25 a 29 1,75 4,33 1,89 5,44 2,06 6,06 1,55 4,18 1,61 5,09 1,58 5,16
30 a 34 1,17 5,50 1,33 6,78 1,56 7,63 1,55 5,73 1,39 6,48
35 a 39 1,08 6,58 1,22 8,00 1,38 9,00 1,09 6,82
40 a 44 0,42 7,00 0,89 8,89 0,31 9,31
45 a 49 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Descendência Final _ 7,00 _ 8,89 _ 9,31 _ _ _ _ _ _
TBR 3,4 _ 4,3 _ 4,5 _ _ _ _ _ _ _
Fonte de dados brutos: Projeto Xingu, Universidade Federal de São Paulo
Figura 1- Distribuição percentual das taxas específicas de fecundidade das mulheres Kaiabi, por
períodos, entre 1970-2007
25,0
20,0
Proporções
1970-79
15,0
1980-89
1990-99
10,0
2000-07
5,0
0,0
12-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49
1970-79 13,5 23,0 23,5 20,0 7,9 10,7 1,4
1980-89 3,6 15,9 18,8 21,7 16,9 14,6 8,5
1990-99 3,5 17,2 19,2 19,4 17,2 13,7 9,8
2000-07 3,3 15,3 21,0 20,8 19,2 13,0 7,5
Grupos Etários
Figura 2- Parturições m édias acum uladas de seis coortes de nascim ento de m ulheres Kaiabi
(MT, Brasil) observadas em 2007
10,00
9,00
Parturições Médias Acumuladas
8,00
7,00 Coorte 1
Coorte 2
6,00
Coorte 3
5,00
Coorte 4
4,00
Coorte 5
3,00 Coorte 6
2,00
1,00
0,00
12 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49