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COLÉGIO AMAZONENSE DOM PEDRO II

Guilherme Souza n°17


João Oliveira n°20
Kauã Fortunato n°26
Lucas Dutra n°30
Marcelo Menezes n°32
Renan Carlos n°36

A FORMAÇÃO ÉTNICA-CULTURAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.


O INDÍGENA ONTEM, O HOJE.
QUANTOS ERAM? QUANTOS SOMOS? OS GRUPOS ÉTNICOS: QUEM SÃO?
ONDE ESTÃO? A QUESTÃO INDÍGENA E A DEMARCAÇÃO DE TERRA.

MANAUS - AM

2023
INTRODUÇÃO:

Caucasóide, preto, marrom, amarelo e nativo. Essas são as cinco categorias


utilizadas no sistema de categorização das populações por cor da pele ou etnia em
estudo realizado pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O censo
mais recente, realizado em 2010, mostra que 47,7 % dos brasileiros se consideram
brancos, 43,1 % são pardos, 7,6 % são pretos, 1,1 % são amarelos e 0,4 % são
indígenas.

A Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios Contínua (PNAD) 2021 constatou


um aumento significante no número de pessoas que se identificam como pretos e
pardas. A pesquisa constatou que 47 % dos brasileiros se consideram pardos e 9,1
% se consideram negros. Segundo especialistas, a razão para este aumento pode
ser o aumento das tensões raciais.

Estudos como esses ajudam a mensurar e representar os diferentes grupos étnicos


e raciais que vivem no Brasil, além de confirmar a tese de que somos um dos países
mais miscigenados do mundo. Compreender melhor o caminho que conduziu o
nosso país à diversidade étnica. Listamos, portanto, a seguir alguns dos principais
momentos que definiram a fundação dos brasileiros
ANTES DE CABRAL

Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, nosso território já era habitado por
milhões de indígenas. Os povos indígenas sobreviventes estão divididos em 305
etnias e falam pelo menos 274 línguas diferentes. A trajetória dos povos originários
do Brasil sempre foi marcada por resistências e tentativas de apagamento histórico e
cultural.

A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

O período colonial no Brasil durou praticamente 300 anos, o que teve impacto
definitivo na formação do povo brasileiro. Os primeiros cruzamentos étnicos
ocorreram entre os habitantes do país entre meninas portuguesas e indígenas.
Outro grande ponto de viragem no colonialismo foi a chegada do Reino de Portugal
em 1808, após a invasão de Portugal pelos exércitos de Napoleão Bonaparte.

A ESCRAVIZAÇÃO AFRICANA

O uso de trabalho escravo foi uma característica importante do período colonial do


Brasil. Segundo dados do IBGE, aproximadamente 4 milhões de homens, meninas e
crianças africanas foram trazidos para o país entre os séculos XVI e meados do
século XIX. Este número corresponde a mais de um terço do comércio total de
escravos desde o século XV até a proibição do comércio de escravos em 1868.

TERRA DE IMIGRANTES

Mais de 1,3 milhão de imigrantes vivem em Pau-Brasil, sendo a maior imigração


proveniente da Venezuela, Haiti, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos. indígenas,
africanos e portugueses são as etnias que formam a base da população brasileira.
Alguns são notáveis, como os holandeses que ocuparam o estado de Pernambuco
no século XVII.
O INDÍGENA ONTEM, O HOJE.

As fronteiras do Brasil possuem uma enorme diversidade desconhecida por grande


parte da população. Os indígenas ocuparam diferentes realidades, diferentes
cidades, bairros e bolsões de pobreza na grande metrópole. Mas o imaginário
construído pela sociedade brasileira, propagado por muitos, é o de um indígena
“atrasado”, “selvagem”, “incivilizado”.

Há uma imagem construída que precisamos repensar nos dias de hoje. É preciso
descolonizar o currículo, a educação, os espaços públicos, as universidades, os
livros e muitas outras ações que não refletem a realidade e a diversidade cultural do
nosso país. Nós, indígenas, com nosso jeito de ser, vivemos hoje com os olhos
voltados para o passado.

A Lei 11.64.508 é um caminho importante para a educação. Discute


sistematicamente a implementação de uma lei que fortalece a educação. Afinal, as
escolas públicas e privadas de todo o Brasil precisarão reformular antigas práticas
pedagógicas e refletir profundamente sobre a pedagogia utilizada nos últimos anos
em seus ambientes.

Nós, povos indígenas, precisamos ser reconhecidos como pessoas de hoje que
refletem sobre o seu passado e que discutem novas ações para o futuro. Povos
indígenas de todo o Brasil se mobiliza em diversas lutas, para que essa realidade
seja verdadeiramente compreendida. As diversas mobilizações buscam permear
uma discussão sintonizada com um novo modo de ser.

Há uma necessidade crescente de os povos indígenas intensificarem muitas outras


ações contra o desmantelamento dos seus direitos. Como indígena, educadora e
antropóloga, sinto a necessidade de muitas ações em defesa dos direitos indígenas.
Um exemplo importante foi o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
da FFLCH-USP.

QUANTOS ERAM?

Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do descobrimento. Eles


foram divididos em quatro grupos linguístico-culturais: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba.

Os povos indígenas no Brasil são aqueles que estavam no território brasileiro muito
antes da chegada dos colonizadores portugueses.

Apresentam uma relação de continuidade com a terra, com a cultura e os costumes,


e com organização social e política de seus ancestrais.

De acordo com o Instituto Socioambiental, o Brasil tem 266 povos indígenas.

A população indígena do Brasil é de 1.693.535 habitantes, o que representa 0,83%


do total de brasileiros, segundo o Censo Demográfico de 2022.

Os povos guaranis somam mais de 85 mil pessoas, sendo o mais populoso do Brasil.
Destacam-se também os povos caingangues, ticuna, macuxi e yanomami.

A região Norte concentra quase 45% de toda a população indígena do Brasil, com
destaque para o estado do Amazonas, onde vivem 490 mil pessoas que se
autodeclaram indígenas.
A cultura dos indígenas é formada por tradições, crenças, costumes e línguas muito
particulares a cada um dos povos, não sendo homogênea.

Os indígenas brasileiros são a base da formação social, cultural e territorial do país,


por isso preservar esses povos é tão importante.

Atualmente existem mais de 476 milhões de indígenas em todo o planeta,


correspondendo a 6% da população mundial.

OS GRUPOS ÉTNICOS, QUEM SÃO E ONDE ESTÃO

Em sua grande parcela, os indígenas vivem em tribos e sobrevivem por meio do cultivo
de alimentos, bem como da caça e pesca. Alguns povos vivem totalmente isolados da
sociedade nacional, enquanto outros são mais receptivos. Entre os maiores povos
indígenas presentes no Brasil, podem ser citados:

Guajajara: Os guajajaras, também conhecidos como tenetearas, são um dos povos


indígenas mais numerosos atualmente no Brasil – Região Maranhão.

Guarani: O termo guaranis refere-se a uma das mais representativas etnias indígenas
das Américas, tendo, como territórios tradicionais, uma ampla região da América do
Sul que abrange os territórios nacionais da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e a
porção centro-meridional do território brasileiro.

Yanomâmi: Os ianomâmis, Yanomami, Yanomam ou Yanoama, entre outras


denominações, são um grupo de aproximadamente 35 mil indígenas que vivem em
cerca de 200 a 250 aldeias na Floresta Amazônica, na fronteira entre Venezuela e
Brasil.

Uitotos: Os uitotos são um grupo indígena brasileiro que habita o médio rio Solimões,
no estado do Amazonas, mais precisamente nas Áreas Indígenas Barreira da Missão,
Méria e Miratu, além da Colômbia e do Peru.

Boras: Os boras são um grupo indígena dispersos por regiões da Amazônia no Peru,
Colômbia e Brasil, entre os rios Napo e o Içá ou rio Putumayo.

Charruás: Os charruas são um povo nativo americano que no século XVI se


localizava entre os rios Paraná e Uruguai. Tendo como centro a atual província
Argentina de Santa Fé, espalharam-se posteriormente ao Uruguai e depois a Entre
Rios e ao Rio Grande do Sul.

Jumas: Os jumas são um grupo indígena que possuem território na região do Rio
Assuã, próximo à cidade de Lábrea, ao sul do Estado do Amazonas.

Campas: Campas ou Achanincas é um povo indígena também denominado Kampa


ou Campa, Ande ou Anti, Chuncho, Pilcozone, Tamba ou Campari, autodenominado
Ashenĩka, que vive no Peru, na Bolívia e no estado do Acre.

Kisêdijê: Os Kisêdjê são um povo indígena que vive no Brasil, dentro do Parque
Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso.

Caiapós: Os caiapós, também conhecidos como kayapó, kaiapó, mẽbêngôkre ou


mebêngôkre, são um grupo étnico jê, habitantes da Amazônia brasileira.

Ticunas: Os ticunas são um povo ameríndio que habita atualmente a fronteira entre
o Peru e o Brasil e o Trapézio amazônico na Colômbia.

Tupiniquins: Os tupiniquins, também chamados tupinaquis, topinaquis e


tupinanquins, são um grupo indígena brasileiro que pertencem à nação tupi.

Pataxós: Os pataxós são um povo indígena brasileiro seminômade de língua da


família maxakali, do tronco macro-jê.

Xavantes: O povo indígena brasileiro xavante, autodenominado A'uwē ou A'uwẽ


Uptabi, são um povo original do Brasil, residem Mato Grosso.

A QUESTÃO INDÍGENA E A DEMARCAÇÃO DE TERRA

A demarcação de terras indígenas garante os direitos territoriais dos povos


indígenas. Essa demarcação é prevista em lei, garantida pela Constituição Federal
de 1988 e pelo Estatuto do Índio (legislação específica) As terras demarcadas são
de responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai).

A demarcação de terras visa proteger as terras indígenas de possíveis invasões e


ocupações por não indígenas. A Funai, órgão indigenista oficial do Brasil, afirma que
também contribui para reduzir os conflitos pela propriedade da terra. Também
possibilita que estados e municípios atendam às especificidades dos povos
indígenas por meio de políticas específicas.

A demarcação de terras contribui para a preservação do meio ambiente e a


manutenção do clima. Os índios ocuparam o território brasileiro muito antes da
chegada dos europeus. Em 1910, foi criado o primeiro órgão indígena do país: o
Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Em 1916, a vida indígena passou a ser
responsabilidade do Estado brasileiro por meio do Código Civil e do Decreto 5.

A Funai foi criada durante o período da ditadura militar. O órgão foi criado em 1967
através da Lei nº 5. 371. Em 1973, foi criado o Estatuto do Índio, com o objetivo de
regulamentar a situação jurídica dos índios. A Constituição de 1988 representou um
grande avanço na criação de um sistema de normas.

As terras indígenas são partes do território brasileiro habitadas por povos indígenas
que as utilizam em suas atividades produtivas. No Brasil, existem atualmente 462
terras indígenas regularizadas. Essas terras correspondem a cerca de 12,2% do
território brasileiro. A região com maior concentração de terras indígenas é a Região
Norte, com cerca de 54%.
Primeiramente, é preciso dizer que existe uma diferença entre territórios indígenas e
reservas indígenas. De acordo com a constituição hindu Ambos os tipos de terra são
terras indígenas.

territórios indígenas: São os territórios dos povos indígenas de que trata o artigo 231
da constituição Federal de 1988, que são direitos tradicionais dos povos indígenas.
O processo de zoneamento é regulamentado pelo Real Decreto nº 1775/96.

Reservas indígenas: são terras doadas por terceiros, realizadas ou desapropriadas


pela associação destinadas à posse permanente de populações indígenas. São
terras que também pertencem ao patrimônio da associação mas não devem ser
confundidas com terras de ocupação tradicional. Existem, no entanto, terras
indígenas detidas pelos Estados-Membros, principalmente durante a primeira
metade do século XX, que são reconhecidas como tradicionalmente detidas.
Segundo a Funai, a associação tem competência para estabelecer áreas
destinadas aos povos indígenas em qualquer área nacional. Existem atualmente 35
reservas indígenas regularizadas no Brasil, e 15 foram encaminhadas para
regularização.

RELATÓRIO DE DESEMPENHO DE CADA INTEGRANTE

1. Guilherme Souza:

Guilherme demonstrou um excelente desempenho na pesquisa sobre a questão


indígena e a demarcação de terras. Sua participação ativa resultou em informações
atualizadas e relevantes sobre as demandas e lutas dos povos indígenas no Brasil.
Ele trouxe uma perspectiva valiosa para a discussão.

2. Lucas Dutras:

Lucas fez uma pesquisa minuciosa sobre os grupos étnicos presentes na população
brasileira, trazendo informações importantes sobre sua diversidade e distribuição
geográfica. Sua contribuição foi essencial para a compreensão do tema proposto.

3. Kauã Fortunato:

Kauã se dedicou em coletar informações sobre os diferentes grupos étnicos no


Brasil e forneceu dados relevantes sobre suas características culturais. Sua
participação foi fundamental para o enriquecimento do trabalho.

4. Renan Carlos:

Renan demonstrou um bom desempenho na pesquisa sobre a formação étnica-


cultural da população brasileira, fornecendo informações sobre a diversidade étnica
presente no país. Sua contribuição foi valiosa para a abordagem do tema.

5. João de Oliveira:

João teve uma participação ativa na pesquisa, colaborando com informações sobre
os grupos étnicos e sua distribuição geográfica no Brasil. Sua contribuição agregou
valor ao trabalho conjunto.
6. Marcelo Menezes:

Marcelo contribuiu com informações relevantes sobre os grupos étnicos e sua


importância na formação étnica e cultural da população brasileira. Sua pesquisa
trouxe uma perspectiva necessária para o desenvolvimento do tema.

Em resumo, todos os membros do grupo demonstraram um bom empenho e


dedicação na pesquisa, contribuindo com informações relevantes sobre a formação
étnica-cultural da população brasileira, abordando tanto o passado indígena como o
presente indígena e a demarcação de terras. Seu trabalho em conjunto resultou em
um relatório abrangente e informativo.
CONCLUSÃO

O estudo sobre a formação étnica-cultural da população brasileira revela um


panorama rico em diversidade e influências. Ao abordar o indígena ontem e o
indígena hoje, compreendemos a importância dos povos nativos na construção da
identidade nacional.

No passado, os indígenas constituíam a maioria da população brasileira, com uma


multiplicidade de grupos étnicos que ocupavam todo o território. Ao longo dos anos,
devido a diversos fatores como a colonização europeia, a miscigenação e a
imigração, a população indígena diminuiu significativamente. No entanto, sua
influência cultural permanece viva e é preservada por comunidades indígenas que
resistem e lutam pela demarcação de suas terras.

A diversidade étnica no Brasil é evidente, com grupos como os indígenas,


afrodescendentes, europeus, asiáticos, entre outros, contribuindo para a formação
da sociedade atual. Cada grupo étnico possui suas próprias tradições culturais,
línguas, costumes e legados históricos, tornando o Brasil um país pluricultural.

Atualmente, os povos indígenas estão concentrados em várias regiões do país,


principalmente na região amazônica, mas também em outras áreas como o Cerrado,
o Nordeste e o Sul. A questão indígena no Brasil é marcada pela luta pela
demarcação de terras, que visa garantir a preservação de seus modos de vida,
culturas e sustentabilidade ambiental.

Diante desse contexto, é fundamental reconhecer a importância de valorizar e


respeitar a diversidade étnica-cultural presente no país. Promover uma educação
inclusiva, conscientizar sobre a importância da preservação cultural indígena e
apoiar a demarcação de terras são medidas essenciais para garantir a continuidade
dos povos indígenas e fortalecer a identidade nacional brasileira.

Portanto, é necessário o engajamento de todos em um processo de conscientização


e valorização da formação étnica-cultural da população brasileira, respeitando as
diferenças e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva
e multicultural.
REFERÊNCIAS

Link 1: <https://blog.gen-t.science/2022/11/diversidade-etnica-brasil/>
Link 2: < https://jornal.usp.br/artigos/os-indigenas-ontem-e-hoje-sob-a-perspectiva-
amerindia/>
Link 3: < https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/historia-do-brasil/america-
portuguesa/8723-sociedades-ind%C3%ADgenas-brasileiras-no-s%C3%A9culo-xvi>
Link 4: < https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-indigena-no-brasil.htm>

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