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; I

^
O Comunismo
A teu

^
Carta
e mandamento
pastoral do

epicopado brasileiro.

O episcopado brasileiro dirigiu ao Clero e aos fieis

a seguinte
acompanhada
pastoral, de um mandamento:

Ao Reverendo Clero e fieis das nossas dioceses,

saudação, e benção em Nosso Senhor


paz Cristo!
Jesus

CARTA PASTORAL

A necessidade indeclinável
de a integri-
preservar

dade da fe e os fieis dos


premunir a amea~
perigos que

impoe-nos,
çam, neste momento de incertezas
e apreen-

soes, o austero dever de elevar solenemente a voz em

defesa do
e insubstituível
precioso espiritual
patrimonio

da nossa civilização cristã. No desempenho deste encargo

seguimos
respeitosa e fielmente o alto exemplo e insis-

tentes
conselhos do Pai comum da cristandade, a
quem,

na
de Pedro, Cristo,
pessoa Senhor Nosso, confiou a

missão
de apascentar o seu rebanho e confirmar na

fe a seus irmãos.

Gravíssimo,
entre os mais e angustiosos da
graves

historia,
é o momento atual, em se debate a hu-
que

manidade,
inquietada, em todos os continentes,
pelos

assaltos
organizados
do comunismo sem Deus. Não

e sobre um ou outro de nossos dogmas se lança


que

a duvida:
é sobre a existencia do cristianismo ou a

sua
negação
radical, se trava a luta
que
gigantesca.

a se
J nao discute sobre esta ou aquela religião; o
que

se
pretende, num esforço de imenso orgulho, é elimi-

nar
a Deus da vida humana e construir o futuro sobre
286 A ORDEM

o ateismo intratavel,
com o cortejo tetrico de todas
as

suas ruinosas conseqüências.

O comunismo ateu, baseia-se, fato,


de como
bem

sabeis, no materialismo
absoluto, materialismo
na con-

cepção da natureza
humana, materialismo na conceDcão

da historia.
jjia

necessa io e total da evolução


(Produto da matéria,

o homem, nesta doutrina de morte,


não é criatura

de Deus, destinada a uma felicidade imortal.


Sua
pa-

tria única é a terra; aos bens terrenos


deve cingir-se

a totalida3k
de seus desejos e a imensidade
de suas

esperanças.
orientação dos
>Na
destinos,
proprios como

no desenvolvimento
da historia, nenhuma
função
desem-

a sua liberdade,
penha impiedosamente
negada e subs-

tituida
determinismo
pelo cego dos fatores
economicos

condicionam inexoravelmente
que toda a concatenação

dos Jatos humanos.

^am^a, cessa de ser a instituição


divina, des-

troada a constituir
o ambiente
natural
e sobrenatural,

insubstituível,
a transmissão
para e desenvolvimento

da vida, em harmonia
com os desígnios
da Providencia)

bem a santidade
do sacramento
a consagra,
que será

a elevaçao das virtudes


cristãs
a dignificam,
que sem

a estabilidade
dos laços
a
que preparam a no-
para
breza da sua missão,
ver-se-á
degradada
ao nivel de

uniões
precarias, de
joguetes
sem freio.
paixões

^ s°nhada organização
comunista
da
h»«St-Í!i
humanidade
futura,
desaparecerá
inútil.
por Na fase

transição,
deverá
transformar-se,
nas
,de
f?1' /°rem;.
mãos do
em órgão
partido^
poderoso e dócil de todas

S*/ ZaÇ06«^Asslm'
°
civil,
P°der Deus
por
constituído
como
o bem"
para XIII,
(Rom.,
^ministro

promotor da
prosperidade
social uma^v e
ez esvi
das
suas finalidades
j essenciais,

nt°,
cego
e Irresponsável
de todas
,/j
deS 6 v,ülencias'
' ^ agente impune de
^o, nl
eS' em °Press?r
das liberdades
mais sa-
ÍSfSL' .
s e mseparaveis^
da
dignidade
humana.

0 re
°> vota-lhe
o comunismo
ateu
um f
ljnp acavel
de exterminifo.
O mundo transcen-
dpn*#»
e sobrenatural,
com
a
de seus valores
graídeza
OUTUBRO —
1937
287

é, ele, inexistente.
espirituais, para Fruto
de uma or-

economica em declínio,
a religião,
ganização nela
que

sua origem, cIcIe e


teve solidaria
e com
da deve desa-

Sua âçao nefasta-, no


parecer. presente, é aumentar a

das classes trabalhadoras


inércia
na aceleração
da

crise revolucionaria
mundial.
grande Por isso,
foi cha-
"o

opio do
mada Combatê-la
povo". sem trégua, e

destrui-la todos os meios,


por constitue,
o comu-
para

nista ateu, tarefa urgente


e inevitável.

Nunca a historia
da humanidade
assistiu a con-

tão vasta e tão organizada


juração das
huma-
paixões

nas contra a soberania de Deus e o reinado


de Cristo

nas almas resgatadas


seu sangue
pelo
precioso.

D concepção materialista
fJesta da vida resulta, es-

e explicitamente aceito e
pontaneo o mais
proclamado,

absoluto amoralismoy
não ha bem
Já nem mal.

nao Ha lei, superior áo Homem e norma de seus atos.

não ha dever nem sanção. O


Já e os seus in-
partido

teresses elevam-se absolutos sobre a destruição de

todos os valores morais. E' licito tudo


quanto pode

apressar a instalação do comunismo; tudo o se


que

lhe opõe e mau, e deve ser destruído, sem escrupulos,

na escolha dos meios.

e implantação
propaganda destas ideologias
(Na

subversivas, o comunismo, simultanea ou separadamente,

lança mão Ae dois diversos: os sedutores e


processos

os violentosj
Onde ainda não conseguiu firmar o seu

domínio,
apresenta-se com um aspeto fascine as
que

massas
e desoriente os
E' a fase das
governos.
pro-

messas falazes, das dissimulações e disfarces, das con-

fusões
despistadoras, da exploração hábil de divergências

de
de raças e de regiões.
partidos, Onde logrou im-

plantar-se, de modo
ou estável, aparece
passageiro

então
com a fisionomia, dura, cruel, violenta.
própria

E a supressão completa, impiedosa e sistematica, de

pessoas, de classes, de instituições


de
que, qualquer

modo,
indesejáveis na nova
julgue ordem de coisas.

Por
a e em todos os
toda em con-
parte,
paises que

seguiu
dominar, instala-se o terrorismo coletivo: incen-

dio
das Igrejas, assassinio dos sacerdotes, desacato e

morticínio
de religiosas consagradas á oração e á cari-
288
A ORDEM

dade, execução de cidadãos em massa. O sangue


hu-

mano corre em torrentes.


Nem a vida nem a honra
de

suas vitimas é respeitada.


Eis a lição da realidade.

Não
acreditar na
quizeramos
de tantos
possibilidade

excessos,
tão deshumanos
e tão cruéis, mas os fatos

impõem-se
com evidencia tão dolorosa
incon-
quanto

trastavel.

Aí estão, em brevíssimo resumo, as doutrinas


e

processos do comunismo
ateu. Não exageramos,
nem

deformamos;
ativemo-nos,
com rigor,
á mais
estrita

objetividade.
Podeis, agora, irmãos e filhos
muito ama-

em toda a sua
e oportuna
profunda
j j0mPreen<^er'
verdade,
a
gravíssima advertencia
do Santo Padre

rio Al: ü
primeiro o maior
perigo, e o mais
geral
e, sem duvida, o comunismo,
sob todas as suas formas

e em todos os
graus, ele tudo
porque ameaça,
de tudo

se apodera,
inflitra-se
em toda a
abruta ou
parte, subdo-

lamente
tudo
combate:
dignidade
humana,
santidade

ar ™ seêurranÇa
da sociedade,
-°~ e sobre-
WU iC
do a religião,
indo ate a negação
aberta de Deus e

a religião
católica"
particular
.°,
r!^Sr" l0 Io 7 (Alo-

1936). E, depois
• de recentes
l ?10
exDeríenr'
encias
p horrivelmente
confirmadoras
de suas
pa-

em docum^to
ainda
mais solene,
o Sumo
Pontífice "O
novamente
insiste:
comunismo
é in-
trinseeamente

perverso e não se
admitir,
pôde

«
com>le
da
^oração
nenhum' parte

<J|Ue
sa^var
a civilização
.^ese^e cristã,
E si alminUer*
induzidos
em erro, cooperassem
a
vitoria rlf para
c.omunismo
no seu
seriam
país, esses os
meiros a pri-

seu erro' e mais


4o quanto
se distinffnp1F V1*.lm?j
antigüidade
p e
da sua civi-
grandeza
lizacâo «W™
regloíis
onde
° comunismo
consegue
npnpt°. f \as
nt2.
mais
devastador
se manifestará
já o

(fn?' Dhini
Redemptoris).
Não
é ™±el
TDfT
& °'

destruir
Para todos os
fundamento* rl ar

cristã.
Não é co-
lahort? civilização possível

desconhecendo
e menosprezando
a
eminente «víT'
d?
', da
6
Pes,soa humana,
torna írreali-
LTIa ,
ra,z' toda
P e

qualquer reforma
das condições
sociais, f
represente,
que
o homem
para integral, ver-

OUTUBRO
1937 289

e
dadeiro colaborar
progresso. possível com
|Nao quem

estabelecer um estado de coisas em se es-


planeja que

as almas todas as fontes


tanquem da vida
para sobre-

nos mereceu
natural, Cristo com o seu sacrifício
^ue

redentorJ

A esta obrigação de não


com o mal im-
pactuar

acrescentar/o dever de constituir o bem.


porta positivo

Para este fim, antes de tudo, renovar,


procurai, em

sua integridade, a vossa vida cristã.) E', nas


profundezas

de si mesmo o homem se regenera, se eleva e se


que

transfigura. E' encontrando a sinceridade do seu es-

forço cooperador a triunfa sobre a violência


que graça

das e, aos frutos de ambição


paixões, e de odio
ge-

rados egoismo, substitue a a e


pelo paz, generosidade

alegria da caridade cristã. Trabalhai, agora, com mais

zelo, em elevar á altura ideal


do da fé a realidade da

vida, ajustando as vossas ações com as vossas crenças,

seja esta harmonia,


para vós, da
que
para penhor

divina, e, os
proteção vos cercam, apos-
para que

to lado eloqüente. ÍNa verdadeira reforma das consci-

encias está o segsedo das reformas sociais.


grandes

Estudai, com mais afinco, a doutrina da Igreja, lem-

brando sobretudo os seus ensinamentos sobre a cari-

dade e social, tão luminosamente expostos em


justiça

documentos
e, nas Enci-
pontifícios, particularmente,

clicas
Anno e Diyini Redemptoris
Quadragesimo

46 a
(ns. 55), de Pio XI. Aí aprenderão os mais
qui-

nhoados
de bens terrenos a de suas respon-
grandeza

sabilidades
cristãs na economia da Providencia; aí

verão
as classes trabalhadoras ninguém melhor e
que

mais
eficazmente do o as
catolicismo
que proclama

suas
reivindicações e defende os seus legítimos
justas

interesses.
Para os operários e os humildes, os
para

labutam e vão
que sofrem, espontaneamente as
pre-

ferencias
do Evangelho; eles reserva também a
para

Igreja
o melhor de sua solicitude ope-
materna. Aos

ranos
catolicos confia ela de a
modo muito
particular

recristianização
dos seus irmãos extraviados,
para que

o
mundo
do trabalho volte a encontrar, em Cristo

Jesus, o divno operário de Nazaré, centro


com o do

seu
equilíbrio, o segredo de sua e felicidade.)
paz
290 A
ORDEM

\Nesta restauração
da vida
profunda cristã,
a Ação
Católica
esta destinada, «ma
pela natureza
própria
a
desempenhar
missão

providencial/) Aprimore-se,
de dia
dia
para a formação
espiritual
tias consciências,
acen-
lia-se,
cada vez
mais
ardente,
o zelo
eitensão
pela
do reinado
de Cristo na vida dos indivíduos
e da so-
ciedade,
e a
jerarquia da Igreja verá,
com
admiravel

eficacia,

porlongada e ampliada
a ação
benfazeia
do
apostolado
lhe confiou
que o divino
Salvador.

lratando-se
de
gravíssimo
perigo, que ameaça
desvalorizar
todo o
patrimonio de nossa
civilização

nao
esquecer
podemos o
importante
papel
em
que suá
defesa
cabe a nossa imprensa.
Folgamos
de registrar

i os
q nossos
aplausos
aos seus orgãos
principais
tomaram
que atitudes
decididas
na
grande caminha
em
da
prol e
patria da familia
brLitóra.

"S°
deíxe
contaminar
^
mal
coma pelo
tantaS vi*6

Sumo
Pel° Pontífice,
nestas
estas
oilavr^"" apontado
palavras merecem
que ser meditadas:

1 erceiro
fator
.
j i . poderoso do comunismo
é a ver-
dadeira
conspiração
do silencio
em
grande narte d*
imprensa a
mundial •
não-catoli™
TW P

C°nspiraçã°'

porque se não
póde de outro r

imprensa essa
f3ín m K" j explicar que

até °S
nZseTconteaVeU„tÒÇs°de me"

caVd" 7
'"d ''° temp°
silenciado ^
sobre
os horrores
Í>mJfT
"a Russ.a, no
México
e também
«
^71°'
EsPan.ha'
fale e
relativamente

ZucÕ d. f? ?
vas*a
organização
mundial
nual
é • ?

em
parte, Taf
siLdoTra^fe
df

-%uma menos
Polltlca
previdente, favorecida
nor
forças
ocultas
ha muito
Drocurpm varias que,

^ ^v"'
(Encicl. Divini
Redemptoris/'

Só*?
assim
se explica
talvez
poraue mal j i

aImas
fé de boa
se tènlm
deixado' 1^™*

Pe^as do
munismo. ir promessas co-

primeiro "aTmportendr-\levfr^0dcéumenÇS°

^nfiante.^Pedi
a DaeSúseque°rprfsVvrdní e

nosso

querido Brasil;

pedi-lfe
qt 3TE
Ü
OUTUBRO —
1937
291

no cumprimento
autoridades dos árduos
deveres de

a ordem social
conservar c defender
o
^ da
patrimonio

nossa civilizaçao ameaçada


>
pedi-lhe todos os
por
que

se extraviaram, afim de voltem


que a Deus, a Deus

alegrou os dias inocentes


de sua
que infancia
e fora

do e impossível encontrar
qual sincera
paz e felicidade

como nos
pedi-lhe, ensina a
profunda; Igreja,
"longe que

de toda a agitação,
sempre servi-lo
possamos

na liberdade de nossas almas". Fé e confiança;


ação

e sacrifício, vigilancia, união e caridade.

Implorando fervorosamente
sobre todo o Brasil o

amparo de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da

nossa Patria, a todos vos, irmãos e filhos muito ama-

dos, como da
penhor divina, vos enviamos,
proteção

muijto de coração, a benção


pastoral.

f Rio de 8 de Setembro,
Janeiro, festa da Nativi-

daue de Nossa —
Senhora, 1937.
Sebastião! Cardeal

Arcebispo do Rio de Augusto,


Janeiro; Arcebispo da

Baia e Primaz do Brasil; Arcebispo-Bispo de


José,

Sao Carlos; Santino, Arcebispo de Maceió; Duarte,

Arcebispo de São Paulo;


Arcebispo de Porto
João,

Alegre; Manoel, Arcebispo de Fortaleza; Francisco,

Arcebispo de Cuiabá; Miguel, Arcebispo de Olinda e

Recife; Helvecio, Arcebispo de Mariana; Antonio, Ar-

cebispo-Bispo
de
Otaviano, Arcebispo-
Jaboticabal;

Bispo de Campos; Antonio, Arcebispo de Belo Hori-

zonte;
Arcebispo de Florianopolis;
Joaquim, Antonio,

Arcebispo
de Belem do Pará; Emanoel, Arcebispo de

Goiaz;
Serafim, Arcebispo de Diamantina; Moisés,

Arcebispo
de Parahiba; Eusebio, Arcebispo de Curi-

tiba;
Carlos, Arcebispo de São Luiz do Maranhão;

João, Bispo de Montes Claros; Alberto, Bispo de Ri-

beirão
Preto; Hermeto, Bispo de Uruguaiana;
José,

Bispo
de Aracaju; Francisco, Bispo de Campinas;

Luiz,
Bispo de São Luiz de Cáceres; Bispo de
José,

Sobral;
Otávio, Bispo de Pouso Alegre; Bispo
José,

de
Penedo;
Antonio, Bispo de Assis; Bispo de
José,

Bragança;
Ricardo, Bispo de Nazaré; Bispo
Ranulfo,

de
Guaxupé; Manoel, Bispo de Aterrado;
Joaquim,

Bispo
de Pelotas; Bispo Severino,
de Niterói;
José,

Bispo
de Piaui; Bispo de de Fora;
Justino, Juiz José,
292
A ORDEM

Bispo de Sorocaba;
Inocencio,
Bispo de
Campanha-

Carlos,
Bispo de Botucatú;
Basilio,
Bispo de
M^náos:

Henrique,
Bispo de Cafelandia;
André, Bispo
de
Tau-
bate;
Juvencio Bispo
de Caetité; Fernando,
Bispo
de

Jacarésinho; Adalberto,
Bispo de Pesqueira;
Eduardo

Bispo
de Ilhéos;
Pio,
Bispo de
Joinvile; Marcolino

Bispo de Natal;
Luiz, Bispo de Uberaba;
Daniel,
Bisrx!
de Lages;
Antonio,
Bispo de Ponta
Grossa;
Lafaiéte
Bispo de Rio Preto;
Antonio,
Bispo
de Santa
MW
rancisco
Bispo de Crato;
Luiz,
Bispo
de Espirito

anto; Edilio,
Bispo de Petrolina;
Vicente,
Bispo
de
Corumbá;
Gastão,
Bispo
Coadjutor
do Arcebispoíffis™

de S. Carlos;
Bispo
João, de Cajazeiras;
Paulo
Bisro
de Santos;
Rodolfo,
Bispo de Barra;

José, Bisdo de
Caxias;
Jaime, Bispo de Mossoró;
Hugo
Bisno
fim;
Alano,
Bis£>
de Porto
Naciona^ÁmaX
Prelado

nht
Clemente
Mdfer^
Vig^C

' Vl6ari°
Capitular
de Valenca- Mnne0nk r> j í?

nistrador 'm'"'"
Apostolico
de "orto
Rio Newo
e Porto^TlT'
Velho;
senhor Mon-
Toão »
Rafícf^ r

Administrador
tolico Apos-
de S°Uturo.n'.
Re«.wò
l

s«ih
w°íUiseu ^on-

°de'

jTaí;

Monsenhor Mara^ó;

João Batis^
Du0^ fllCA jde-

Sffi'

fe «SSísr££»&?*4

Apostolico
de Tefé;
D.
Lurenç^V^in^tr
OUTUBRO —
1937
293

de Rio Branco;
Apostolico Monsenhor
Frei Carlos de

Bandeira de Melo,
Saboia Administrador
Apostolico

de Palmas.

MANDAMENTO

Alais de nos e mais


proximo imediatamente
con-

sagrado ao bem dos fieis se acha o reverendo


clero, ao

tão de confiou a Igreja


perto a cura
qual espiritual das

almas e com tanto zelo e desprendimento


que vem

cumprindo os seus deveres.

Neste momento de tão serias responsabilidades,

aos sacerdotes de Cristo incumbe uma missão tão a-


gr

ve, Pela santidade de sua


quão gloriosa. vida, simples,

humilde e sobrenatural;
fidelidade em instruir
pela e

os fieis contra as ciladas do


precaver erro; dedi-
pela

cação incansavel ao bem de todos, mas de modo muito

dos dos
particular, trabalham e
pobres, sofrem,
que

eles deverão conservar em Cristo ou reconquistar


para

Cristo a imensa multidão dos sem Cristo, irão


que,

despenhar-se na miséria do e infelicitar-se na


pecado,

irreparavel
catastrofe da eterna.
perdição

Afim, de
porem, de algum modo
particularizarmos

estes deveres na hora havemos bem


presente por pres-

crever:

1. No
domingo após seu recebimento,
primeiro

esta nossa carta será lida e explicada aos fieis,


pastoral

em todas as missas, nas matrizes, igrejas, capelas e

comunidades
religiosas.

2. Igual leitura, acompanhada de comentários,

far-se-á
também nas reuniões da Ação Católica, das

associações
religiosas, etc.

3. E muito de aconselhar depois da


que, pri-

meira
comunicação de falam os ns. 1 e 2, voltem
que

os
Revmos, insistir
sacerdotes a sobre a mesma matéria

de
tão oportuna importa ncia.

4. Em
circunstancia, evitem
qualquer porem,

tratar
assuntos ou outros
políticos quaisquer que pos-

sam
excitar odios e divisões os fieis".
entre
provocar

(Pastoral Coleti va n. 26).


294
A ORDEM

o. Aproveitamos
o ensejo
relembrar
para a obser

vancia
escrupulosa
do n. 1598 da mesma
Pastoril

Coletiva:
Proibimos
os Revmos.
que Párocos
se
en
volvam
na
política local;
está
pois
provado o nrô-
que
cedimento
contrario
muito
o seu
prejudica ministério

afastando
ae si uma
de seus
parte
paroquianos".
Ne-

a
Partidos-
Pessoas e casos
concreto^ [K,rtant°'

6. A todos os sacerdotes
do Clero
secular
e re-
e a
guiar todas as comunidades
religiosas
muito
se
recomenda

promovam cruzadas
de orações,
mortificacÕes

e outras
praticas afim
piedosas de
que em todn ^

mundo
e especialmente
no Brasil,
se apresse
o advento
da
de Cristo
paz no remo
de Cristo,

^
todaS
as mÍssasN°^s0lXSaçeõeSdÍfinairtÍfÍCad?S'
'1,

Sw-do
Coração

^ J~
"oração ™trã".
segunda
ordem,
a
igreja
pela e
pek

missas, «
?ã n:r°presS0teS todas

cutores Perse*
et
male
aeent« C°níí?

E-

°nde

solenidades^xtraordlnaríar^' P°ssive1' com

I k'
ce ebrem-se
este
ano o mês
e a l
festa lT ?T'

tHunfadora
todos de
os
erros
e here^T ^

R*e1'
deverá
qUC ser soleni-
sada
com^a^malo/
no^1540

yJ/' ~

trf £
(Assinaturas,
como
acima).
Ação em
profundidade m

Fr. Sebastião
Tauzin,
O. P.

"Profundidade".
Notas sobre a noção filosofica de

O titulo desta
talvez
palestra um
pareça
pouco

ou
menos difícil
pretencioso pelo de se entender;
mas

nao o e. Hesitei antes de adota-lo. Pensei em escrever*

-Agitação
Católica e Ação
Católica". Fôra m^s in-'

teligivel, mas fôia restringir


o assunto a um aspeto

Em lugar
particular. de uma visão sintética da Ação

Católica, seria encarar apenas a atividade


puramente

exterior. Conservei,
o
portanto, titulo, con-
primeiro

fiando na vossa indulgência,


e certo de o vosso
que

conhecimento das linguas saberá transpor em


portu-

tudo o o
gues francês exprime
que em termos seme-
'Action

lhantes:
en Profondeur".

"profundidade"
Aliás, é a
própria palavra
que

nos vai fornecer o


de
ponto uma in-
partida para

vestigação
espiritual. Assim
muitas vezes
procede Sto.

Tomas.
Partindo da significação natural da
palavra,

analizando
a sua aplicação imediata,
saber
^ procura

° esP^r^° utilizou o sentido


do vo-
primitivo

cabulo
transferi-lo,
para analogia, em um
por domi-

nio superior.
E a simples marcha do sentido
proprio

ao sentido
figurado.

Quando, exemplo, o Doutor


por Angélico estuda

"circunstancia"
a noção de
no tratado dos atos hu-

(1) Este artigo e o desenvolvimento duma conferencia

realizada
no Centro Dom Vital, do Rio. A so-
primeira parte,
retudo,
foi ampliada a de amigos
pedido se interessam
que

pelos
problemas filosoficos. Km consequencia, o estudo tomou

um
carater mais abstrato e mais técnico, de des-
que pedimos

culpa
ao leitor.
2%
A ORDEM

manos, começa
indagando
(1) o sentido
etimoloeico

da
palavra (que representa
geralmente a
primeira e
"circumstare"
mais natural das acepções).

que é estar

em redor de
perto, um objeto, vizinho
no espaço,
ouasi

a tocar-lhe
as extremidades;
daí conclue
a cir-
que
cunstancia,
no dominio
transcendental
do
Ato
Hu-

mano, e alguma
coisa
sem ser o
que, ato,
proprio nem

o seu objeto
essencial,
está
vizinha
perto, do ato-
isto

e,
a circunstancia
que é um acidente
do ato humano


1.*)
A PROFUNDIDADE —
Vamos,
i„-
pois,
'profundo"
sigmficaçao "pro-
da
palavra ou
fagf.r, j

'
reParo
pnm,e'r? basta
reconhecer
1»™
Irím
um r r
caso de analogia.
O vocábulo
não se aplica
diretamente
ao
pensamento ou á atividade.

Fundo
é um
é o mar...
poço,
não o espirito
undos
sao os rios, os abismos,
não
a atividade
Ò
Dicionário
Contemporâneo
define
a
"profundo nos
palavra ter-
mos seguintes: -
muito -
fundo
tem
que
mU °
"W**
ou
da borda"™
Ia
dtí dol AUnAe

^
56 enCOntra
^ este
sentido

primitivo da
paTvra

Xom um
tom
de voz nos
fala
horrendo
e

que pareceu sair do


mar
profundo".

oposição
á superfície,
.Dista"°ia'
tudo isso
clara-

'Trofundo^é n°
da.
quantidade.
um T* r°mini°
ePlteto

peculiar ao dominio
da
tidade
oue frar» quan-

°
espiritual-
no Só
terreno
da Tulntidad
jai"PO ''distancias"
q se medem
.acIe as
e o í
estudo ria
1Cle

pertence á
da geometria, ciência

quantidade.SUPCr

b^ra"come

°" Tamanha
é a nossa
oonaturSdade

oT^o

^ ° es"
tão ^Y0311?
paço, intimo
o nosso
Dendor°S
P? Clencias
para ma-
tematicas, -j
-a.s
que atribui

* esPln.tual
inúmeros
epitetos
que, na S h'

genuina, desig nam


_____ slgnificaçao

-
d) Ia. Ilae.
VII.a.1.
Q.
OUTUBRO —
1937
29 7

dos corpos e
aspetos mais especialmente
aspetos
da

(1)
quantidade.

ex^° so^re ° nosso


vocabulario
revela
Je „

de casos semelhantes.
multidão

"superficiais";

Fala-se em estudos
diz-se de um

competente "vasta,

professor uma
que possue cultura

"estreitos,

; conhecemos
extensa espíritos

"largos", pequenos

"aber-
mesquinhos e espíritos
inteligências

"grande"

taS. as
de
Pessoa capacidade
2Uu „ech,

e de alto^ valor. Escreve-se ainda


sentimos
que dores

, emoções,
profundas grandes e nas cartas intimas
"imensas".

confessamos saudades
E' só assinalar
para

as mais usadas dentre as expressões


quantitativas ao

alcance dos nossos cerebros


de cultura mediana,
sem

recorrer ás expressões
de alguns
pretenciosas modernos

empregam na ordem
que espiritual
todo o vocabulario

técnico das matematicas


especiais, desde os senos e

cosenos, ate as locuçoes


se usam no
que calculo di-
^

ferencial e integral.

"profundo"
"superfi-
O emprego dos adjetivos
e

ciai e, de
porem, interesse.
particular Os demais epi-

tetos
só atestam,
quantitativos em
apli-
geral, que

camos analogicamente
ao espirito, os carateristicos
da

ordem
da altura, da
quantitativa, do mais
pequenez,

e do menos.
Aqueles indicam, de um modo especial,

transferimos
que o
até o aspeto
para pensamento mais

da
profundo a divisão
quantidade: dos corpos em três

dimensões.

falamos na
Quando extensão do na
pensamento,

"
Ha veja neste mecanismo intelectual
quem uma ilus-
JJ) ^
tração da tese materialista. O Bergson usa
proprio de semelhantes

exemplos
desacreditar a inteligência
para e feita
proclama-la

para trabalhar
a matéria inerte e no descontínuo.
Mas Bergson

''Analogia".
esconheceu
a doutrina da
praticamente Parece-nos

humano,
e cercando de mais a sutileza da realidade,
perto

o
pensamento tomista além da semelhança do vocábulo,
que,

considera
a modificação, a retificação
sofre o
que pensamento
ao acompanhar
a designar
palavra outras realidades, ou
para

or
ens^ diferentes.
Essa modificação,
se iniciou nos
para quem
mistérios
da analogia, separa o conhecimento do co-
espiritual

nhecimento "esprit
sensível. de
Um de finesse" não é
pouco

de
todo
inútil
nesse domínio.
298 A ORDEM

sua superfície, na sua introduzimos


profundidade, as

noções de linha, de superfície, de volume, no espirito;

a noção analógica de tres dimensões.


Base da Analogia Veremos em breve
á
que

Ação Católica ha de interessar a terceira dimensão

do espirito. Por enquanto, tratemos de analisar num

exemplo familiar de experiencia vulgar, o


sen-
primeiro

tido de o sentido imediato.


profundidade, proprio, Co-

nheceremos assim a base da analogia.

Recebo correio um cuidadosamente


pelo pacote

revestido de e ligado um fio


papel por Si
qualquer.

não estou esperando um objeto bem definido, não


posso

saber, ao vêr o embrulho, o nele se esconde.


que Po-

dem ser livros, doces, ou coisa muito diferente. Para

se saber o o embrulho contem na realidade,


que
pre-

ciso cortar o fio, abrir o envolucro, isto é, introduzir

a mão até ao fundo. Operação familiar, vulgarissima,

mas bastante mostrar a oposição no


para
que, quo-

tidiano da vida, estabelecemos entre a superfície e a

profundidade.

Inúmeros são os exemplos em operamos a


que

mesma distinção. Sabemos as duma mesa


que garrafas

conter diversos licores;


podem sob o mesmo rotulo
que

se ocultam substancias muito diferentes; um


que pe-

daço de cobre se reveste, ás vezes, duma camada su-

de ouro, e o
perficial cimento de
que proprio pintado

nossos arranha-ceus se ás vezes, com mosaico


parece,

e mármore ou simples recorte de madeira. E


quantas

casas rebocadas apenas fazer vista! ve-


para
Quantas

lharias a disfarçar-se
sob a superfície novidade!
da

no fundo
Quanta pobreza do luxo!

Direis isso de em relevo


que a superficiali-
pôr

dade e da arte. Mas


proprio si deixarmos o terreno

da arte humana
sondar a estrutura na-
para dos seres

turais, veremos
a natureza
que se encarrega
própria

de dar ás coisas, maxime ás mais uma es-


perfeitas,

de revestimento
pecie é abrir se saber
que preciso para

o ele contem. Nos seres


que vivos, exemplo, o
por

exterior e muitas vezes um envoltorio, uma capa des-

tinada a o interior,
proteger afim de os micro-
que

bios e outros seres, o ar e as doenças, não venham



OUTUBRO
1937
299

as fontes da
atacar vida. O carvalho
tem a sua casca,

silva os aculeos e
a os animais a
pele.

Porem, este de
papel envolve
proteção uma con-

sequencia importante
o conhecimento:
para a de dissi-

mular aos nossos olhos, a vida e a realidade


das coisas

ue se tornam assim misteriosas.


Os orgaos
^
principais

os animais sao conccntrados


no interior,
como si a

vida se esconder
quizesse trabalhar no
para mistério.

Para sc conhecer
c analisar os seres
para materiais

é abrir, cortar, seccionar.


preciso

Assim, convidados
uma expenencia
por
quotidiana

e universal, distinguimos nos objetos


quasi materiais o ex-

terior e o interior, em outros termos: a superficie e o fundo.

—-
Aplicaçao Agora,
aplicamos estas
quando ex-

ao dominio intelectual,
pressões vemos os objetos
que

considerados, não mais na sua extensão e


quantidade

materiais, como objetos de


porem conhecimento

e sob um de vista racional, oferecem


ponto analogi-

camente a mesma estrutura: apresentam ao


pensamento

alguma coisa como a superficie, e alguma coisa como

"a
o fundo. Pretendemos
conhecer fundo" certos

objetos, ciências, literaturas, ou nos excusamos de co-

nhecer outros -'superficialmente'".


apenas
pontos

A correspondem
estas designações?
que Sem for-

o
çar sempre com
pensamento muita delicadeza
que

e muitas nuances de sentidos se transfere do terreno

material
ao espiritual,
dizer a superficie
podemos
que

do objeto,
sob este de vista, são os
ponto seus aci-

dentes,
e o fundo, a sua essencia.
(1)

Evitemos
naturalmente a imaginação
dos
pueril

a essencia á maneira de um utensilio


^

cuja
tampa
seriam os acidentes,
e vejamos somente

anal°gia.
A essencia é os
\ acidentes nos objetos
para
^ma
de conhecimentos,
o o fundo é a superficie
que
para

nos
objetos =
materiais: essencia
superficie.
(2)

"forma"
(1) Dentro da essencia
, dizer a é
podemos
que

profunda a matéria, sendo


que o elemento determinante,

ssxm,
no Homem, a alma é mais
o corpo.
profunda que

- "essencia" "substancia"
(2) Substituindo
a
por
propor-

Çao seria a mesma.


300 A ORDEM

E' neste sentido falamos em fundo, em amago,


que

en cerne de uma não ser a


por como
questão, questão

uma especie de caçarola mental com a sua tampa


e
''solido",

seu metal senão a relação


entre o
porque

cerne da e a sua enunciação, é semelhante


questão

á relação se dá entre o fundo dos objetos sensíveis


que

e sua superficie, entre o cerne das arvores e sua cortiça.

Assim, o fundo dum é a dificuldade


problema

essencial, o nevrálgico a é atender


ponto que preciso

resolver toda a obscuridade. Esta dificuldade


para

essencial, é dificil de se definir,


porem, geralmente

apresentando-se de com intrincadas noções e


permeio

e com diversas outras dificuldades.


palavras, De um

lado, os termos em é o
que proposto são
problema

complexos e indicam muitos secundários. Por


pontos

outra as idéias conexas aquelas


parte, se têm
que

em mira, também são varias, múltiplas, mas não cons-

tituem o sinão seus acesorios, seus


problema, suce-

daneos. Ao observar este complexo intelectual, recor-

damos a nossa dificuldade no mundo da matéria,


para,

no interior das coisas, recordamos esta opo-


penetrar

sição tantas vezes experimentada


entre o fundo e a

superficie. Parece no especial desta oposição,


que ponto

encontramos uma semelhança os


entre objetos de
pen-

samento e os objetos materiais. Aplicamos os mesmos

vocábulos e, ao lado do cerne da distinguimos


questão,

os acidentes do
como sua superficie,
problema, sua

crosta, seu envolucro.


Eis aí, sumariamente, como se

opera a transposição
dos epitetos. Eis o esquema da

analogia.

Diversos aspetos —
desta analogia Resta-nos ex-

como^ falamos não só


plicar em objetos mas
profundos,
"ação"
ainda^ em espíritos
em
profundos,
profunda,

-
em trabalho
etc. O caminho tra-
profundo, está

observações
çado pelas
precedentes.

E apenas
preciso, não complicar a
para
questão,

ter diante dos olhos o mecanismo do conhecimento e

lembrar como se encadeiam


os diversos elementos:

1*°) Primeiramente
ha o objeto do conheci-

mento em terminam os
que nossos atos de ciências:

seres materiais e espirituais,


abstrações e
problemas
OUTUBRO —
1937

301

abraÇa™s
qUe no
nensamêntTmtudo°Un,,ÍaZemtS'
tiido jludo
pensamento, que pretendemos conhecer.

Proprio ato com


, alcancamos
que

coisas
fazemos
estas
abstrações.
abstraçSef°Os^artos ,ou
Us atos T-°S ^
hao de ser estudados
depois dos

ob;etos serem
por especificados
por eles

-
3..) Ha a ciência
é^gerada'
que
repetição
pela
e combmaçao dos atos 'la-
em nossa
inteligência:
os

b.tos organizados
do
saber, os métodos
de
pesquizt
os modos habituais
de encarar
os
problemas ou dé
conduzir o
pensamento e
só aos
que
poucos, se vão
formando em nosso
espirito.


4.°) Enfim,
ha o
espirito,
proprio raiz substan-

ciai de nossas
faculdades,
de nossos
hábitos.

Acompanhando
agora
os diversos
aspetos
e as

diversas fases de nossa


vida de
pensamento,
podemos
verificar
a distinção
que entre
superfície
e fundo
ir-

SCI
aspetos,
banhando
com
sua
íml^."Se- os

nosso
conhecimento
^ í^alidades
intelectual
intelectual. ,de
Não
Nao e so o ob;eto,
e a ciência,
a sêde de

6 *
e a verdade,
pesqulza'
é a inteligência

rnnSr que,
°S
^ "°S °ra
suP^ais,

profundos.

Sera
nesses
que vários
casos
de atribuição,
casos
todos
pertencentes ao dominio
espiritual,
a idéia
de

invariavelmente
P?rmaV-eCe
rU"tade a mesma?

a
diversidade
é uma
.u"lca diversidade
de

d* su;e,tos
qualificados ora
um ato, ora
um
habito
•,
em todos esses vários
„ casos o
7" ,?
5ue

Pr°fundo a mes")a
significação?
Haverá,
r!™°
para empregar
a
técnica,
palavra univocidade?

A validade é um
pouco mais sutil. Todos
nç _a°;
spetos,
todas as fases do conhecimento
não me-

m'
sua
P°r semelhantes
C, própria,
í°nta designações.

diretamente,
o objeto.

^erece'

hierarquia
entre os
• aspetos
diversos do
«.»!, ,Uma
n<en °' S1'i com e o' existe uma ordem na-
tiiral
tural
entre os elementos
o constituem
que e o inte-

° laç? de eficiência
os atos
pelo qual
rn^VCOmVe;â
°s
um habito
.? í cientifico);
Çrêam si,
portanto,

isolar totalmente
possível
do conjunto os aspetos
302 A ORDEM

sem violentar a realidade, forçosamente


parciais, deve

haver também uma hierarquia natural na aplicação

"superficial" "profundo",

dos epitetos e aos diversos

casos. Em outras a superficialidade


ou
palavras,
pro-

fundidade aplica-se de modo diverso aos vários


aspelos

do conhecimento, e isso o desempe-


porque papel que

nham esses elementos é diferente.

Temos aqui um cjso da analogia os antigos


que
"analogia

chamavam da atribuição". Recordemos


o

exemplo clássico de Sto. Tomás: o da saúde. O epi-


"são"

teto convém ao corpo em ha saúde,


que mas,

secundariamente, aplica-se a vários elementos


se
que

relacionam com a saúde do corpo: aos alimentos


que

a conservam, aos medicamentos


a restauram,
aos
que

humores, ao a revela, etc e si falamos


pulso que
"sãos",
"sãos",
em homens falamos também em orgãos

"sãos"
"sãos",
em alimentos em medicamentos
hu-
"sãos",

mores haver relação intrínseca


por entre estas

coisas e a saúde humana.

"profundidade".

Não é diferente o caso da


Como

na saúde ha uma coisa


recebe a
que primeiramente

-
designaçao de sao isto é, o corpo,
, assim na vida do

ha um
pensamento^ elemento a
primeiro atribuímos
que
"profundo",

o epiteto
isto é, o objeto. E como re-
a

laçao de^ vários elementos com a saúde, extendera a

são a todos
palavra esses elementos, assim
podemos

ver a idéia de superfície


e
aplicar-se
profundidade

a toda nossa vida de


mas sempre em de-
pensamento,

do objeto,
pendencia
a ordem natural
permanecendo

relaciona os vários
elementos com o objeto, base

e
3ue atribuição
da analogia.

^ C) ato —
de conhecimento
Vejamos
primei-

ro o ato. O ato de conhecimento


é essencialmente re-

lativo ao objeto.
Conhecer,
é sempre conhecer alguma

cousa. um
inferir
poaemos a co-
do
que profundidade

nhecimento é também uma


noção objetiva, isto é, re-

lativa a
própria do objeto.
profundidade Conhecer

um objeto
profundamente será conhece-lo na sua
pro-

fundidade.
(1)

Ate em Deus
(1)
podemos transportar a analogia. São

OUTUBRO
1937
303

E si a
do objeto
profundidade é a sua essencia,

será conhecer a essencia,


na essencia
penetrar das

coisas.

Fazer um estudo
será descer
profundo ao a mago

dos das ciências, resolve-las,


problemas,
quanto pos-

sivel, na sua totalidade. Recusar este trabalho


seria

fazer estudo superficial, como as crianças


das escolas

se contentam
primarias com o decorar
que
palavras,

sem lhes aprofundar o sentido. Seria assemelhar-se


a

certos sábios, inconscientemente


pretensos imitam
que

essas crianças, exibindo uma ciência de fichas e ci~

taçoes, com o aparato


majestoso de sua
pessoa, pro-

curam dar impressão de mistério ou de um abismo de

' 'De
saber. E o caso da aplicação do
provérbio...

nao sabe ou nao


juiz que estuda, a toga se saúda".

Estudos superficiais, trabalhos


superficiais, são

todos estes nao cavam as idéias,


que nao se esfor-
que

assimilar a
çam essencia da realidade.
por Preguiça

intelectual,
superficialidade.

Palavras, fichas, mimetismo,


eis a cas-
psitacismo,

ca do
A assimilação, o
pensamento. decifrar enigmas,

o
a realidade,
pesquizar o sondar as causas
próprias

dos fenomenos, o as essencias, eis o


procurar seu fundo.

Vemos até no homem existem orgãos


que e
po-

tencias
diversas lhe facultam o conhecimento.
que Uma

serie destas faculdades, os sentidos, estão orientados

a
para dos acidentes:
percepção a vista a côr, o
para

ouvido
o som, etc....
para

a essencia, é uma
Quanto faculdade espiritual
que

a
a inteligência.
percebe: E' bem conhecida a etimolo-

"intus-legere":

da
gia
palavra: ler dentro. Mas não

deixa
de ser interessante o encontrar-se de novo a

"profundidade"
mesma
analogia de inferioridade"
e

vamos acompanhando
que desde o começo deste trabalho.

A inteligência,
lendo no fundo, tem um conheci-

Paulo ^profundidade"
nos fala na
de Deus e explica a
que
conhecemos
Fé enraizada na
pela Caridade, isto é, a Fé viva,

e "quae
e experiencia
mística como dizem os teologos. sit

ai et
longitudo, et sublimitas,
et
profundum". (epist.
•&tes.
llly 18).
304 A ORDEM

mento enquanto os
profundo, sentidos
percebem dire-
"superfície";

tamente a
conhecimento
superficial

Si mesmo entrar na
quizessemos
pratica
quoti-

diana da vida, e salpicar de observações

pessimistas

nossa abstrata, diriamos o


pesquiza homem
que vive

muito mais de conhecimentos


sensíveis do
de co-
que

nhecimentos intelectuais.
Considerai como a arte cuida

da impressão nos sentidos.


esmero
Quanto em-
para

belezar as fachadas das casas!


Quanta preocupação
"plaques", "bijus"
"Fix"!
rebocos, os
pelos os

"rouge" Quantos

requintes mesmo
e outras
pelo
hu-
pinturas

manas. Parece o homem vive a desinteressar-se


que

do interior, contanto
suas obras,
que tudo
é seu
que

. "Ai
e até sua
agradar á
gente, possa vista.
de vós',

Escribas e Fariseus hipócritas:


sois semelhantes
porque

aos sepulcros caiados,


aos homens
que belos
parecem

fora, e dentro
por estão cheios
por de ossos d.e mortos

e de toda a asquerosidade".

(1)

A sociedade não faz sinao ampliar


a mesma
preo-

cupação de exterioridade,
aproveitando,
sobretudo,

além da vista, o sentido do ouvido.


A vista
ter
pode

somente individual.
proveito
O ouvido
é mais social.

Muitas coisas
profundas e boas se dizem e se ouvem,

nao o nego; mas


também insipidas,
quantas ocas, men-

tirosas,
superficiais!
Exemplifiquemos:
Aqui
estão as

de amizade
protestaçoes inexistente,
só conveni-
por

encia de relações;
as declarações
de simpatia, velando,

vezes, as
antipatias;
piores as formulas
de
pesames
e
parabéns dispensam
que o esforço
individual
do in-

eresse ou a compaixão;
as citações
e referencias
ex-

clusivamente
o entretenimento
para
da conversação e

dar impressão
para de cultura;
aqui, ainda, a fraseo-

ogia, a re orica,
o
pedantismo á força de impres-
que,

sionar o ouvido,
revestem-se
de uma aparência de razão

e nao deixam,
as vezes,
de convencer
o coração.

analise,
veríamos nesta
que
superficialidade
consiste
o
segredo do êxito tanto lite-

rano como cientifico;


veriamos
uma hábil
que propa-

bastou
ganda consagrar
para na
muitos
popularidade


(1) Mat., XXIII,
27.

OUTUBRO 1937 305

mediocres; veríamos o
talentos sensacionalismo dos
que

inverte muitas vezes a importancia dos


jornais pro-

mas, como o
blemas; dá sua
grande publico
preferencia

faz mais ruído, ao mais


ao falado, ao mais enca-
que

reclamo, veríamos
recido finalmente esta
pelo
que

até mesmo constituir


superficialida.de o fundo
parece

vida social.
da

Entrevemos, uma Ação Católica em


porem, que

não ha de desenvolver-se neste terreno,


profundidade

sinão secundariamente. Como todo o exterior é licito,

é bom descança em coisa lhe


quando qualquer que

como a alma, como o fundo,


seja não desprezaremos a

superfície, dar-lhe-emos apenas o seu lugar, um lugar

secundário. A Ação Católica, conservando ao


portanto,

espirito o usará certamente o


de todo
primeiro papel,

aparato exterior, do mesmo modo a nossa alma


que

usa de nossos lábios, de nossa voz, se expressar


para

e não mentir.
para (1)

— —
2 Hábitos Deixemos, enquanto, os atos
por

de conhecimento ou atividade espiritual


profundo que

lhes correspondem, e aos hábitos de


passemos pensa-

mento. Ai não ha mais dificuldades. E' a simples apli-

cação de uma lei os hábitos derivam dos atos.


geral:

Os atos, em se repetindo, imprimem o cunho


parti-

cular da sua natureza ao espirito. adquirir,


Quem pois,

o habito de fazer de até


pesquizas profundas, penetrar

a essencia das coisas, dos imprimiiá ao


(2) problemas,
'"molde"

espirito um especial, uma inclinação os


para

trabalhos uma desconfiança do superficial,


profundos,

do trabalho fácil nos acidentes. E nos referir-


quando

mos ás acostumadas a este trabalho, diremos


pessoas
"profundas".

elas são
que

Mas outra os se contentam com a


por parte que
"trucs",

superfície,
com o reclamo, com os
pequeninos
"bagout"

com o contraem, aos o costume de


poucos,

(1) — Poderemos voltar com sobre o assunto


pormenores

aqui fica apenas esboçado.


que

(2) — Desta natureza são, exemplo, as ciências filo-


por

soficas,
sendo ciências dos e das
primeiros princípios primeiras

causas.
306
A ORDEM

dispensar
o esforço, de viver em superfície,
são
pessoas
superficiais.
Si estas
são religiosas,
pessoas
seu
cato"

iicismo corre o
de ser também
perigo um catolicismo

de superfície,
um amontoado
de formulas
e
praticas
sem convicção, "interior"'
sem meditação
sem vida

Enfim,
si elas se deiem á atividade
exterior
mesmo

seja nas
que fileiras
da Ação Católica, o mais
que po-
derem°s
delas
esperar,
é uma atuação
de bolhas
de
"superfície".
sabão, uma atividade
em
E'
que existem

os hábitos
^ pareça,
de
siiDcrf icic
1C1C
^ °S Profundamente

enraizados
na
alma


3 —
Espirito
diremos
Que então
do Espirito f
-espirito"
Somente
a
que palavra tem
varias
acepjfe

°Títe
des,Snamos
qUe
este
? PO' vo-
cabuíoSorfem

se une
que corpo
ao
formar
lormar substancia para
o composto
humano,
isto
é, a alma,
ora as

dimanam
desta
substancia,
oraSeirí
ainda k'trS,iqUe
os hábitos
dessas
faculdades.

"espStrn™fonl»Pr"CÍSafv° SeDtÍ?.°
dds
«Pressões

°*°
dS-S.
rs;
X&JSg**'

* d0t?d°
de Uma

profuLafrirteligeTcia"ta:";eveirtm°

"P^df
'Superficial

*
S
se as aptidões
nativas
(1) de rada

gT
W"* ^electS,
dem^ibi-
üdaT H k t

P^^ade,
do^ponto
de que,
vista6
„Sim
na°
"habitou" '
de disposições"
Passrl
ou de
H j

írsv V
de espirito
superficial" provas

'inaCf

*
"3°
totalmente
-€Spirit°
^
queTmT*

- atitude"pessoa?*diante

dr^b-lh^
^

' acentuai*
do-se,
segundo
os casos,
casos /
nn r, •
ora o lado
mato,
ora o lado
' 111

aptld°es
dlíerentes

provêm, sobretudo,
tado^organJccT do es-
OUTUBRO —
1937
307

adquirido Em um
e outro
caso,
entretanto,
trata-se

e a i os e
, as explicações
devem
ser
procuradas

em analises
ás
fizemos relativamente
^semelhantes que

aos hábitos de conhecimento


ou superficial.
profundo

O espirito em
si mesmo
alma) não
(a é mais
pro-
fundo ou menos
profundo em cada indivíduo:
em todos

eles tem a mesma -


situação
é igual
mas a sua

atividade, a sua maneira


de agir é variam
que segundo

os casos. Ura
vagaroso,
parece sonolento,
não se vis-

lumbra
no complexo
quasi das ações; ora se manifesta

forte, sutil
poderoso. 0
da
problema
profundidade do

espirito "atividade".
coloca-se
no terreno
da

Não isto dizer


quer só
que encarar o
possamos

espirito na sua relação


com os objetos
exteriores
e

nos atos de conhecimento.


Mesmo
falamos
quando da

suf superíicialidade
ás vezes,
podemos, aludir á sua

su bstancialidade.
Uma compreensão
da noção
global

de
não
profundidade
pode desta acepção.
precindir

"o
Dizemos,
exemplo,
por espirito
que é a
'Homem" parte

mais
do
profunda e, si não o dizemos,
pen-

samos
ao menos
é
que assim falar.
possível Analisemos,

o sentido
pois, desta frase.
Que exprimir?
pretendemos

ncebemos
o Homem
como um complexo, um com-
,

feito
plexo de
partes. ? Não o
Quantas partes deter-

minamos;
damos a conhecer,
apenas,
uma delas
que

o — "funda"
espirito
ocupa a situação mais
e di-

zeroos:
o espirito
é a
mais
parte Neste caso
profunda.

e bem
ao espirito na sua substancialidade
atri-
que
buimos
o epiteto: é a alma
designamos.
Não será,
que

porem, difícil ver ao fazer esta afirmação,


que mudamos

o aspeto
da
questão.

Até agora
encaravamos
o Homem na sua relação

cx>m
o exterior,
sobretudo na relação
do conhecimento,

^gora,
em vez de considerar
o Homem na sua de-

encia
pen de seres alheios,
a considera-lo em
passamos

si "todo".
mesmo,
na sua constituição,
como um Si

nos
objetos
de
operavamos
pensamento a distinção entre

undo
e superfície
, não nos assiste o
porque di-

rei
o de opera-la
no Homem ? Pois o Homem se co-

n
ece a si mesmo. Dotado
de reflexão, ele co-
pensa,
308 A ORDEM

nhece a sua essencia, como nas outras


pensa essencias

e as conhece. Sendo objeto de seu


conheci-
proprio
"homem"

mento, nesta essencia operar


pode a mesma

distinção fazia nos seres exteriores, distinguir


que em
"superfície" "fundo".

si, como nos outros,


e

Este sentido é muito interessante e até muito

comum. Prova-nos o Homem tem a sua estrutura.


que
"estrutura

Si alguns estudaram a
(1) da alma",
(2)

nós estudar a estrutura


podemos do Homem, ver a

sua casca, suas camadas


perscrutar ir até
profundas,

a região donde ha de brotar a Ação Católica, não a

açao superficial, mas sim a ação em


profundidade.

(Continua)

de vista
ponto diferente
ii, nos deixa entrever a
, f

de "profunda",
possibilidade chamar
a uma atividade
não só

rea ízar coisas


por
profundas, mas também da
por proceder

parte do ser
profunda humano.

"La

(2) Cf. Structure de l'âme"
P. Gardeil, O. P.
pelo

i
• '
! , ,

O
da cultura
problema

Francisco
Magalhães
Gomes

Aula inaugural
dada no Instituto
de

Cultura
Católica, de Belo Horizonte
Prof.
pelo

Francisco
A. Magalhães
Gomes,
presidente do

Centro
D. Vital e Secretario dos H. A. C.

Talvez não haja


cujo uso
palavra seja mais abu-

sivo do a
que cultura. E'
palavra o vocábulo da moda,

a
do dia.
palavra Falamos em cultura universal,
cul-

tura
cultura ocidental,
geral, cultura cientifica,
filoso-

hca, histórica,
universitária,
artística
e até em cultura

hsica. O termo vai atravessando


a época sempre
pre-
rerido e citado
todos os
por são ou
que ser
querem

intelectuais.

difícil, sinao impossível,


dar uma definição se-

de cultura
gura contente
que a todas as correntes

outrinarias.
Muito menos será
condensar nos
possível

au^a as bases e a solução do


ch/AdtS^ ATI1 ^ma
PROBLEMA
DA CULTURA.

Conto com a
do auditorio.
paciência E não farei

mais do
chamar a atenção
que alguns dos
para
prin-
cipais
aspetos dessa magna
No
questão. da
problema

cultura
esta envolvido o
proprio da exis-
problema

tencia.
A cultura é o conjunto das concepções
do-
que

minam
um determinado
indivíduo,
sobre a totalidade

dos
problemas
que^ podem preocupa-lo. Podemos falar

ainda,
abstração, em
por cultura
de uma época ou

^ a totalidade
de seu ambiente espiri-

uai.
E a vida mental dessa época ou desse
povo.

oer espiritual
e
ser moral,
portanto sobre
primando
os
outros
seres, o homem tem ansia eterna de saber e
310 A ORDEM

carece sem remedio de diretrizes.


as ativi-
Quer para

dades
e sociais,
puramente políticas as
quer para ma-

riifestações artísticas e intelectuais,


o
quer para seu

moral, necessita
procedimento ele de e diretrizes
guia

seguras, de irrecusáveis
princípios
pelos quais possa

sua conduta,
pautar aplicar sua inteligência,
dominar

suas Viajante nesse mare magnum


paixões. da vida

terrena, encarcerado entre dois infinitos, o


ser
pobre

humano seria levado ao desespero ou ao envilecmento

si ideiais superiores o não norteassem.


Estudai
todas

as épocas da historia. Verificareis


os vultos
que
geniais

de cada uma, são exatamente aqueles


force; aram
que

atingir normas
por concepções integrais
gerais, sobre

mundo
e a vida. Esses intelectos
privilegiados são

os vertices culturais
de seu meio.

O homem culto é o homem orientado,


é o homem

integrado
em certas doutrinas,
em certos modos de

ação
gerais.

^£S Cs^°
consideradas
eminentes
por
ri
iilosoios da Historia
como os organismos
vivos da

mesma, como as cellulae


matres da evolução humana.

nspirado
em idéias
anteriores
começaram a
que

donunar
a
de Vico
part.r e de Herder, atravez de

Ooethe, de Rickeit,
de Frobeoius,
de Dilíhey de
e

vários outros
engenhos
grandes artísticos
e filosoficos,

o celebre
poude Spengler
formular,
no mais brilhante

e atraente
estilo,
a sua celebre
teoria circular das cul-

turas,
tao magnificamente
exposta na sua obra capital

Untergang
(Der des
4k ^a TC'a J° ,0cidente
Abendlandes).
E' aí
de modo
que mais sugestivo se

a cultura
propoe como
unidade
histórica fundamental,

e"orneno
tal é o
(pois equivalente verna-
/r°iT

aCI?OI^®n
*° ^os fil°sofos
da
H* tt^ germânicos)

"Em
São suas
niversal. textuais:
palavras

"fí.
mon°tona
imagem
de uma
Ia Historia
Universal

1 rf a',
so se
^Ue mantém
ii fechamos os
porque
olhos
diante
do numero
aterrador
dos fatos, veio o

ienomeno
de múltiplas
culturas
flores-
poderosas, que
cem
com cosnuco
vigor
no
seio de uma terra mater,

^ un}a
^ua delas
esta unida
i durante todo o curso

e sua exis encia. Cada uma


dessas culturas imprime á

OUTUBRO
1937

matéria, é o homem,
sua sua forma
que
cada
própria;

tem sua idéia, suas


própria sua
paixões, vida
própria,
"E
seu sentir,
seu seu viver
querer,
proprios. mais

adiante: Cada cultura


suas
possui
próprias
possibi-

lidaces de expressão,
que germinam, amadurecem,
mur-

cham e nunca mais revivem.


Ha muitas
plasticas muito

diferentes, muitas
muitas
pinturas, matematicas,
mui-

tas fisicas; cada uma delas é, em sua essencia


profunda,

totalmente distinta das demais;


cada uma tem sua

duraçao limitada, cada uma esta encerrada


em si mes-

ma, como cada especie vegetal tem suas


flores
próprias

e seus frutos, seu tipo de


proprios crescimento
e de

decadencia. Essas culturas, seres vivos de ordem


su-

crescem em uma
perior, sublime ausência
de todo fim

e como flores no campo.


proposito, Pertencem,

quais

e animais á natureza
plantas viva de Goethe. não k

natureza morta de Newton".

Muitas objeçoes
se opor á curiosa
poderiam con-

cepção de Spengler. A é o ilustre


principal es-
que

critor é relativista
em filosofia, admite apenas o co-

nhecimento
como o resultado
de circunstancias
oca-

sionais e fortuitas e
sua teoria
portanto se estrangula

a si mesma. O conhecimento
tem um valor
proprio

independente
de o
quem da época e do
possui, lugar

em
aparece ou então não tem,
que é apenas relativo,

contigente.
Preferindo esta ultima solução, o autor da

Decadencia
do Ocidente tira todo o valor de sua
pro-

obra. Ela
pria nao é valida
todas as culturas,
para é.

apenas
uma manifestação da cultura ocidental, do ho-

mem faustico
como o seu autor, em certo
quer estagio

de seu desenvolvimento.
E' aliás o confessa o
que

filosofo.

Outro
erro em incidiu
grave Spengler foi o
^ que

de ser um vitalista como outros


puro, são materialistas

é mecanicistas.
Ele admite a cultura apenas como uma

espontanea
manifestação vital do homem, em
presença

certas
circunstancias históricas, mas lhe recusa

toda
e
finalidade. Entretanto,
qualquer é impossivel

negar
o homem, mesmo
que em suas manifestações
pura-

mente
naturais,
seja inteiramente
destituído de finalidade.
312 A ORDEM

a fé nos ensina ter o homem finalidades


Não é só
que

mais elevadas do a simples existencia terrena.


que

Ainda sustenta o filosofo alemão um anti-intele-

ctualismo em inegavelmente Bergson o


que precedeu.

"Evolution

Mas, ao o autor da Créatrice"


passo que

nega a inteligência raciocinadora, a lógica dos solidos

como meio de atingir a verdade, mas admite uma

outra faculdade, a intuição, isso, o irracionalista


para

Spengler nega a de chegar á ver-


própria possibilidade

dade, mesmo fóra da inteligência.

O erro de Bergson é um erro á teoria do


quanto

conhecimento, ao modo de se apreender a verdade

absoluta. Ele entretanto admite essa verdade e chega

mesmo a o conhecimento mistico como meio


propor

extender o conhecimento filosofico, ao


perfeito para

o erro de Spengler é mais radical, ele chega


passo que

mesmo a negar a do absoluto. Como


possibilidade
quer

"O
seja, não se recusar ao autor do
que porem, pode

Homem e a Técnica" ter formulado uma interes-

sante concepção e ter mais do seus


precisado que pre-

decessores o conceito de cultura. Esta é a unidade

histórica excelencia. A Historia não será mais a


por

simples narração dos acontecimentos


e mili-
politicos

tares, nem uma congerie de fatos dificeis de coordenar.

*
Ela é organica, tem uma diretriz: é a evolução espi-

ritual de diferentes tipos de concepção da vida e do

universo, agindo no espaço e no tempo.

Não estudaremos a cultura como organismo his-

torico. Apenas citamos a teoria splengleriana


para,

atravez dela, mostrar a importancia a


fundamental,

idéia essencial se contem no termo cultura.


que

todo o homem
tenha suas faculdades
. Para que

espirituais em funcionamento
normal, a solução desse

é um fato capital a
problema vida. A orientação
para

dela decorre é completamente


que diferente si damos

esta ou aquela solução ao Es-


da cultura.
problema

tamos a nossas
concepções de irre-
presos modo
^ gerais

missivel, definitivo.

O homem está em uma tragica Ele é


situação.
^

obrigado a tomar a todo o momento uma atitude.

A vida e encruzilhada, diz Ortega Gasset. Mas uma


y
OUTUBRO —
1937
313

encruzilhada continua,
incessante,
não admite
que na-

radas. O tempo
corre
a nosso
pesar. O universo
muda.

Nossa alma
passa estados
por sucessivos.
Isto faz
parte

E S?"0j
f°rÇados
'"«media-

velmente
veimentén§aenCèm
a, em cad
cada
momento
da existencia tomar

este ou aquele
caminho.
Sinão
pereceremos como
sros

irracionais. Sinao caímos


na imbecilidade.

A cultura
e um conceito

puramente natural
E'
o conjunto de .de.as
que ter sobre
podemos a nature™

o homem e a vida.
A física,
a biologia,
a sociologia'

a ética, a metaí.sica,
a arte, a literatura,
a
poesia a

Inegavelmente
a tradição
é um
elemento
funda-

mental da cultura.
Não
fazer taboa
podemos
rasa do

nos legaram
que nossos
antepassados.
Não
podemos
fugir as nossas
formações
históricas,
sob
de ser-
pena

expressão
de Bar-

res. Nao depende


de nos nascermos
escandinavos
ou

hmdus. Entretanto,
considerar
todas as culturas
como

iguais,
como igualmente
interessantes,
tal foi o nrin-

cipal
erro de Spengler.
Todas têm
elementos
aprovei-

taveis.
Mas uma sã critica,
o exercido
da razão
e da

vontade
sa, nos vai mostrar
em cada
que uma delas

ha elementos
contingentes
e elementos
eternos,
pois
a razão humana
foi feita
a verdade
para e a vontade

humana
o bem,
para e no seu normal
exercício
a ver-

dade
a razão
que levou a conhecer,
é verdade intem-

poral e o bem
a vontade
que alcança
é verdadeiro
bem.

V>uem negar os
poderá benefícios
extraordinários

que advieram
a civilização
para moderna
da assimi-

da cultura classica
greco-romana, da cultura
apo-
jaçao
'"eVa
exPressão
de Spengler?
Porque os
japonezes,
e em
q sua cultura
aliás
própria, de origem
chineza,

leram
ao ocidente
beber nas fontes
da cultura
puras
laustica,
da cultura ocidental?
E' a cultura do
que
acidente
ocupa
um lugar á na historia
parte dos ho-

mens,
e
ela tem mais
que elementos
eternos, é
que
e a as atividades
# espirituais
receberam
um impulso

incomparavelmente

maior, do
em todas as
que outras

ul uras.
E
cada um o
para cultural
problema deve
314 A ORDEM

orientar-se nesse sentido: assimilar tanto


quanto
pos-

sivel as idéias anteriores, legadas


pelas gerações
pre-

cedentes, mas com fé na razão, no do intelecto.


poder

Criticar essas idéias, sana-las tanto


quanto possivel,

afim de se transmita á seguinte a cultura


que geração

anterior mais apurada. Além disso, cada


deve
geração

enriquecer o espiritual recebido com novos


patriominio

valores. Uma critica bem fundamentada nos orientará

nesse sentido sobre os terrenos em é necessário


que

fazer novas conquistas, enriquecer de novos horizontes.

E' claro essa obra ao escol social.


que pertence

O homem massa, a aterradora concepção matéria-


que

lista da historia endeusar, evidentemente nada


quer

faz o Ele só tem de forcejar


para progresso geral.
por

assimilar as idéias, realiza-las,


grandes na
prestigia-las

m
medida em o seu sentido
que possa penetrar
geral.

A' aristrocacia espiritual de todos os tempos e lugares

a orientação e a aquisição
pertencem, porem, de novas

verdades no terreno intelectual, artístico e moral. E'

o muito bem viu Berdiaeff.


que

Ser culto 1 Grande expressão todos almejam e


que

realizaml Ser culto não é ser o conhecedor de


poucos uma

so técnica com desprezo de todas as demais. Os especia-

listas abandonam os demais ramos


que do saber
pelo

seu, chegam a ser,


lhes dá o mundo
pelo prestigio que

moderno, verdadeiros filisteus da cultura, verdadeiros

sociais.
perigos

Ser culto é ter um conhecimento


equilibrado das
^ ^

diversas
da realidade
provincias cósmica e humana.

Ser culto e ter uma compreensão das ciências, das


^

artes e da filosofia, em seus


não
princípios gerais, que

m
em suas técnicas
especializadas.
Cultura é, defi-
por

nição,
Si falar
geral. podemos em cultura universal,

nao^ de insistir em
precisamos cultura cultura
geral:

é si
já a expressão
por geral, é
pleonastica.

Um dos males
mais têm comprometido a
que

cultura moderna e o cienticismo.


Os sábios do século

XIX, deslumbrados
com os
descobrimentos,
proprios

se fizeram os defensores
de uma doutrina unilateral

de Renan se fez o apostolo


que satanico e sedutor:

a de so a ciência experimental é de
que segura,
que
OUTUBRO —
1937
315

os conhecimentos
so adquiridos
via logico-experi-
por

mental valem. Esse


c.ent.c.smo
tem
sacrificado
pro-
fundamente a mentalidade
moderna.
Errado
em Teus

como em suas conclusões,


princípios
ele tem acarretado

os maiores males
o homem
para moderno:
essa hiner-

trofia do inorgânico,
essa idolatria
do
material,
esse

d?jn\n,° da
afastando
que, o homem
.^q^ina
das ati-

vidades espirituais,
vai conduzindo-o
o abismo
para

do domínio do economico.

A reaçao
se faz
ja sentir.
Os
proprios sábios
reco-

nhecem seu erro e forcejam


voltar
por a uma
concepção

mais humana da^ ciência.


Lede os livros de Duhamel

Lede as obras
de
M-31 inwte-americana.
N.cole, lede_ Sc.ent.sme
et Science"
do medico
Jean
"L'Avenir
na°e
° cientismo
do
o. Ja Pais de la

oaence domina
os verdadeiros
que
sábios. Estes
estão

chegando a um modo
mais razoavel
de conceber
o

conhecimento.
Imagine-se
o absurdo
do cientismo.
A me-

dicma, ciência
e arte,
mais
todas falha,
que tem tido

a ousadia de condenar,
em nome de seus métodos
em

grande parte e
precários todos empíricos,
quasi as regras

em certos casos especiais!


Alexis
Carrel, no

seu LHonune,
cet inconnu",
nos conta a extranha

situaçao dos médicos


no século
que,
passado, quizeram

estudar os milagres de Lourdes.


Arriscavam
a compro-

carreira,
a medicina
Pois oficial fazia
fr ,s.ua uma

ver adeira
greve (perdoai-me o extrangeirismo)
em torno

do assunto.
Homme,
(L cet inconnu,
175). Fe-
pag.
ízmente,
essa mentalidade
está superada,

posto que
amda
adeptos entre
possua os
pesudos-sabios.

mito do
indefinido
progresso desejava ter a

maquina
levada a um
elevadíssimo
grau de
perfeição,

para se libertasse
que o homem
de todos seus cuidados

materiais,
afim de
ele levasse
que uma vida comple-

tamente
vazia,

^tj ^°i*
de Smith, de Bentham, de Spencer.
p i°
ara
aeckel,
cuja filosofia envergonha

profundamente
aos
verdadeiros
sábios de seu
o homem
país, era ape-

nas
um
semi-mono
com tendencias
a técnica.
para

ssa
mentalidade,
Bergson
que tão brilhantemente

causticou,
não é felizmente,
mais, a dominante. A bio-
316 A
ORDEM

«I

logia se libertou desse mecanicismo


aviltante
e retro

e hoje vemos
grado cada vez mais vitoriosas
as
idéias

de rians L/riesch,
descobriu
que cientificamente
o vi-

tcilisrno de Aristóteles
e dos Escolasticos,
de vou Uxlcull

de Hans André, um dos fundadores


da biotipoloeia

cuja obra e uma sã reação contra


as antiquadas
idéias

sobre o assunto
que reinavam no século
XIX.
Como

outros fatores destruidores


da cultura

podemos citar

certas concepções
artísticas
e literarias,
desDre-
que,

zando os
mestres do
grandes
pensamento antigo
e mo-

derno, so
voltar-se
queriam as
para mesquinhas
rea-

lidades da vida
muitas vezes
quotidiana, interessando-se

exclusivamente
seu aspeto
pelo mais repelente

Henn Bremond,
o
mestre do
grande Humanismo
j
descobriu
em toda a
algo de
poesia místico,
algo
de

k a sua
prece, idéia,
amplamente
discutida,
revelou

haver em toda a obra


de arte um elemento
místico

™IfizaçãómÇa0
n°S
eS°apa'
maS
é essencial
que á sua

E' a
propósito
principalmente da arte
o
que oro-
blema do humanismo
se
em toda
põe a sua
plenitude
devemos
Que entender
humanismo
por ? E' a concepção

de o homem,
que o contmgente
se basta
a si mesmo ?
Nesse sentido
o Humanismo
é falho, é errado,
é in-

deve.mos
entender
humanismo
por tudo
o nue ít f

a0 homem'
inclusive
o
com-
nlJf» re/er.e,nc!a que

isto é, as atividades

sobrenahiTai, naturais,

PTf. humana.?
Esta ultima
' conce-
nrSn /
6 Vf
^
primeira, segundo a
^a'
o hompm k qual
a-S!a
a S1- mesíno'
conduziu
ao indivi-
dualismo Zl r
1V1S a
msfnsivelmente
ao marxismo.
A outra o
^
concepção
. do humanismo
l, integral,
do

Cnstâ?'
«o brilhantemente
estudado na

^Chesfertõn

l*Saritain° ^
^
pelos
cuJos
mais
professores
geniais na e

Sa° OS Tomás
de A1uin°.
os Bem-
rz Ton,1r M

°S- Francisco
de Sales, os
Dante
°/US'
OUírOS,

genios literários
e filosoficos.
Como ™
Ch0umaan:nt°e

priaiSe
'a ultíma^/v,
^

temos ^ ?
a filosofia ?sp'r;to,
' cienck^lo
ciência
dos
primeiros
princípios.
OUTUBRO —
1937

317

Eu um mar onde
é
perigoso navegar.
A
grande conia
de sistemas e de idéias
desde
que o. ?P

difícil8 orientar-se
n^
Wnt°
A

-S."s

ãsrtsr

• j»rte do
iorrj1
?j Parte mundo
r moderno
n |T ao
° nau-
fragio. O idealismo
critico •
de outm —- -

têm desviado
um numero
considera espetos

da verdadeira
gemais
sabedoria. espíritos

A época
moderna
não
é mais,
como
a antiea a

Retamente agnos-
ST Para Tem
noZ^
se foi
ja esse tempo.
i nosso, Observa-*#»
consoladora
renovação
espiritualista
em muitos
terrí
nos do
pensamento moderno.
O mais ilustre doe mn

êermtarÍ?>S' MaX
Scheler'
é franca"
mente
meX
esp.?ritarUsfa
espiritualista,
metafísico
e não se
pejou de tratar
filosoficamente
do
problema da sobrevivei.
BerSon
e espiritualista.
Uma corrente
imensa
da filosofia
^no-

Tomás.
CUÍ°
sã filosofia,
igual-
mente
ente J™
^fa^d™
afastada
dos excessos
do idealismo
e do mate-
riahsmo,
considerando
o homem
como
um
todo
de
°j.c°*jP°
e a materia
• e a alma
1 a forma
Dartindo

r
tói-usT

ir
zBt

^
wraenador
SasuH
• do universo,
,
nos da n í„c^

me'° 'ermo
desses
contrários.
Os
1" !i
des gran-

catolicos
modernos,
desde
C iLn p f8 Mercier
Gilson,
Grabmann,
Peter
Wust,
Maritain
Gemelli'

MaréchaI
e tantos
ríros
reí
sen™riLagr?nge'

6 3 ma'S
b»lhante
das
dernaT "Ti™? mo-

fllosoflcas'
a.
corrente
neo-tomista.
A
cultura
é um

preparo prévio
para o espirito
possa afír» que
possa atingir
as realidades
espirituais. P
,

ordem
aturai.
A con-
sideracão^J1® deJ

&randes obras
do
pensamento humano,
mesmo
o nilMm
puramente naturais
e sem as luzes da fé, eleva

\
318 A ORDEM

e o as realidades mais elevadas.


o espirito
prepara para

de mais nobre do meditar e sentir o


que fi-
Que que

zeram Homero, Virgilio, Seneca, Marco Aurélio, Platão,

Shakespeare e tantos outros engenhos


Aristóteles, na

ordem filosofica, e literaria ? de mais ele-


poética Que

vado do a musica de Beethoven? de mais


que Que

atraente do as obras de um Fidias, um


que plasticas

Leonardo, um Miguel Ângelo, um Rafael, um Velas-

? Ha ambiente mais sereno do um templo


ques que

•rol
om ncfiln rlaccim rvn nma ra nrnfino 9
VAAA VÜ VA&V V/ VA. Vili&V* VV% VVVIA. MA V1VW •
ÇV

Essa influencia da cultura humana como um


prévio

receber a influencia da verdade religiosa


preparo para

"Esta

foi assinalada Cardial Newman.


justamente pelo

cultura intelectual, diz ele no seu livro sobre a Uni-

versidade, não somente tem uma influencia sobre os

deveres sociais e de ação, como também sobre a Re-

ligião. O espirito cultivado deve ser em um certo sen-

tido religioso, isto é, ele tem o em si mesmo se


que

considerar uma religião, independente do catoli-


pode

cismo, cooperando com ele,


parcialmente parcialmente

divergindo".

"A

E mais adiante: reta Razão, isto é, a Razão

retamente exercida, conduz o espirito á Fé Católica,

e o estabelece aí, ensinando-lhe em todas as suas es-

a agir sob sua orientação".


peculações (University

Educa tion, 174-175).


pags.

Assim, considerar como uma alia-


podemos grande

da da fé a cultura do espirito. Tudo o é verdadeiro


que

é cristão, dizia o Papa Leão XIII. Na forma-


grande

cultural, não se de modo algum


ção porém, pôde per-

der de vista a hierarquia dos valores, as de


questões

ordem espiritual. E' absolutamente indispensável so-

brepor á ordem da matéria a ordem do espirito e á

ordem do espirito a ordem da caridade. razão


A
própria

natural nos ensina isto.

Ninguém melhor do Pascal assinalou estas


que
"Todos

tres ordens; diz ele: os corpos, o firmamento,

as estrelas, a terra e seus reinos não valem o menor

dos espíritos; ele conhece tudo isto e a si


porque
pro-

e os corpos, nada.
prio;

Todos os corpos em conjunto, e todos os espiritos



OUTUBRO 1937 319

e todas as suas não valem


conjunto,
em produções

movimento de caridade. Isso é de uma or-


o menor

mais elevada.
infinitamente
dem

todos os corpos em conjunto não se


De
poderia

Isso é impossível, e de outra


sair um
fazer pensamento:

De todos os corpos e espíritos, não se


ordem. poderia

movimento de verdadeira caridade; isso é


tirar um

e de uma outra ordem, sobrenatural".


impossível,

da cultura é a ordem intermedia, é a


A ordem

espíritos. A ordem da matéria, são os


dos
ordem pra=

sentidos, as de riqueza e de
zeres dos
paixões poderio.

á ordem dos espíritos. Esta,


se deve subordinar
Esta

á ordem da caridade.
sua vez, se deve subordinar
por

natureza, ilumina o homem e este


completa a
A
graça

á do seu ser.
ela nunca chega
sem perfeição proprio

orientada no sentido das


inteligência deve ser
A
pois

"A

intelectual, diz Luc


verdades eternas.
potência

La Cuisine des Anges, não


no seu ensaio
Benoist

se chama a originali-
no
consiste absolutamente
que

ou do léxico, mas na
inversão das idéias,
dade, na

das verdades eternas".


transmissão

do temporal e tem
está. acima
A religião,
pois que

Deus, e universal no seu


alcançar o reino de
fim
por

racial, supra nacional,


mais amplo. E' supra
sentido

Ela, entretanto, ilu-


supra cultural.
supra economica,

homem de um sen-
Faz com cada
mina a cultura.
que

culturais.^ Ela so-


ás suas atividades
tido sobrenatural

E a religião
brenaturaliza nossa inteligência. que
pois

integral, esse
O humanismo
completa nossa
pessoa. ^

JVlaritain,
brilhantemente defendido
humanismo tão por

completa o homem,
e Rops humanismo cristão
é o
que

na obra da Redenção,
integrando-o conscientemente

da verdade, meios
apenas em vista
e o faz agir por
que

e o mais
cristãos. A inteligência
especificamente
puros,

do ho-
dos dons naturais
sublime e o mais sagrado

a obra da verdadeira
orienta-la, tal é
mem. Cultiva-la,

de nos, de-
os dons de cada um
cultura. E conforme

Rei. Esse
vemos a serviço de Cristo pro-
emprega-la

de nossos Redentor
aos anélos
corresponde
grama, que

de seus
e voz autorizada
de sua santa Igreja,
pela

em uma
Pontífices, brilhantemente condensado pa-
foi
ó20 A

ORDEM

Gilson'que termo

ran?":gpaice:trade

lores °s
toí^c^'SWta"rmr va-
,plenitude
l""

mento
do
sabío Pensa-
.ao
que calculou çam
*
C~Pe"menta.
razão
do
filosofo á
med"
qUe á ,1
"7ZT°
^
cria 3rtista
que é verdadeiram"ntê

„ôrmtellgencia

viço
de a ser-
Cristo
Rei nois
n
r 00111
nado <3Ue
chegue seu
aíiirUrS? f rei-

renascer
ação
fecundante sob
a
de sua°erLa *
luLz <íe sua verdade.
é o -a
fim tal é famKom „ JL*Ç Tal

°Ut,r°'
único
serviço'qüe"õ"ÕÍ^„E"" "J"e
P°is o
^
T

O *
mundo; * Salvar
mas
é sua
palavra sóPque
sa?
rar
com
Ele, Pa,ra
escutemos ^
rais
em n*?

lügar
palavra, repitamo-la sua
como
a eoete f
!

6 "3j
em he"
reclamar-nos
ftemos
publicamenteÜT
tornar
necessário. se
^uando
Não -
denendp T»

cnda,
mas ela
muito que. seja
Dodemnsíf nos

tada
e si qUC respei-
acontecer

aaudes ,Se^a
que
°
se "°S
envergonham
nSü
do que
^vanee3io

seguir,
os fazer-se
se
que envereonhám
aT ^seguem
e.,e
de em
P° estar
nem certos
que mesmo
se farão "
respeitar
et
Philosophie,Tn
(Christianísme
fine)
Evolução histórica do marxismo

in ter nacional

Pe. A. R. de la Pena

Não fazer a historia sistematica do


pretendemos

comunismo, e sim traçar, apenas, esquemati-


quadros

cos sejam como os sinais das etapas


que percorridas

marxismo.
pelo

Para isto, depois de expor algumas formas histo-

"Inter-

ricas do marxismo internacional e das tres

nacionais", apresentaremos algumas estatísticas do

movimento sindical do com


proletariado, juntamente

os dados oficiais apresentados ao Congresso Internacio-

nal Comunista, celebrado em Moscou no ano 1935.


de

O MARXISMO

Pouco depois da morte de Karl Marx o


(1883)

marxismo manifestou-se em franca decomposição


par-

tidaria, dando a cada


origem tres cisões e
principais;

uma delas, diversas


a duas teorias e contrarias:

1.a cisão: Marxismo nacionalista

Marxismo internacional.
9

2.* cisão: Revisionismo marxista

Marxismo ortodoxo.

3.a cisão: Marxismo evolucionista e

Marxismo revolucionário.
322

A ORDEM

A causa da
primeira cisão
marxista

na exegese
do
proprio marxismo;

pois enauL^1^
defendiam
o mternacionalismo

marxista iUns
Jí^'

marca(?°
doutrina
Pela do
Manifesto ^
P-

(1847) e
fundação a • P*Un,sta
pela da 1 Iní
'de

uma
fracção
dos
pa^ats

a"'"
——Jr^xs

s. rs&rzz

internacional.

o £íarxísmo
M
- íífYl cm r\ 1
-v14klolllu
ilCMJAUlial.

A
primeira foi chefiada
e orientada ™ i? .
e a segunda
Lassalle,
por
principalmente. ®e'S'

hÍsloria
marxismo!%nroaveioSda

intero^/^l-^
aÇa°
objetiva
cipios dos
filosoficos
de prin-
Marx AI
AIgU,?las
das
teorias
tor -"O do
do au-
Canitar 1
• pitai como •
i ; a n^ „ i i*
j rcfcrcntp

histonco,
a do
empobrecimento

progresso do T
*s
~r

u.
,ív

s,

marxista,

91 SrevÍs.Íonlsnio
z-
Marxismo
ortodoxo.

O
Revisionismo

marxista fr»; £• j
chefiado,
meiros nos
tempos
nnr FA jf n pri-

"Os

Fundamentei

do°
femo
|vro
^°cial-Democracia'' e" 7
Teoria
da

(1899) ^

r
e Ca'Wer'
atGefaWnte Tugan
-
.
o^
revisionismo
foi *
defendido marxista
nelos <•*
df»n^ j

StaS
teori^es",
socialistasP
He
utopicôr™

„U lC,a
tnna temp°S
era esta dou"
chefiada

Henri
por
fe
'radirai^de

depurar
nas as
mais doutri-

/v{'[et€ndiam,
legei*anc*°
mistas, a.s niais
como * extre-
as referida^*'
"evolucionismo

o defendiam
Pratica

marxista"1"^'

legalmente
o socialismo.
Em'
gera? ,mPlantf
teoria "2» partidários desta

pertenciam á T«í
'^erpacional

representada, , esteve
que
até 1Q^ i

^&
Democracia
atualmente Alemã;
o esta
está neío f?,oc
pelo
part.do socialista
da
Bélgica,
OUTUBRO —
1937

323

e teve, até o ~ •
ano 19^ ^ r- i
"Revista
° '3
3
Mensal Socialista"

(BerKm)

"Mafxismo
denominada

ortõdoW'
T
J^s!on!sm0" j

«""T
mais fieis
pulos a Marx
os ZTtf''
^
&S °^ras
do
mestre uma interpretação
literal PK r

«™. Et,,.
cO."&.írí

<Sf
wis,1"

«JWS? -m™

(Aus^ismoX diSVT
C. RenntT
O^eT

^mbem
^neTnXlo
pela T °"SÍnada
dOUtrmaS
de Marx'
esta
cons-
tiluido
peío S

Socialismo
revolucionário
e

Socialismo
pelo
evolucionista.

Os
partidarios do evolucionismo
marxista
defen-

"eCf,,yt,
de ™a
evolução
socíal
fíT A

S°?alÍsmo
^
ternacionaí '
f
d£?^rtiam*?
uizer. do
partiam
principio de aue era

atingirem
Para a
revolucãorePconrf A !V?lu«ão>

de
Ma™>
defendidas

Engeís
por
P oue e t\ ?°Utrmas
gels, estabelecem,
que como
condição
necessa-
na,
a revolução
internacional
chegar
para a imprimir
na
humanidade
uma
evolução
social.

mente os defensores
do
~ marxismo
revolucio-
narío
m?mf
°"l
^ IntCTnacional",
fundada

por LenL ( A

sempre
a revolução

forca nnrm' defendeu pela


<?Ue
devla
seSuir
tanto
se tra-
quando
tasse' ,1 f

-~-rrrs.:rr ^

'?t0 se
passava entre
as elites do
same!tnUant0• pen-

massas'
receptaculo
do comunis-
mo \ajS
intep™?™
'' em
e ca^a
uma das suas formas,
viviam ,s.

mente,
Pratlc.a das doutrinas
do Ma-
nifeítür *6

traduzido
?mun,s*a' em todas
as línguas e reedi-
tado v

em
Uma deIaf'
Brasil- até
O < (N°
ano <H4ZeS
de
T 1934,
] f
se fizeram
;a tres edições).
324 A ORDEM

O comunismo cai
sobre o
perpendicularmente
pro-

letariado; até a é de origem


palavra proletariado mar-

xista. Foi Carlos Marx a consagrou


definitiva-
que

mente no Manifesto Comunista, apresentado


ao

Congresso de Londres, iniciando, teoricamente,


a luta

entre a burguezia o
e luta
proletariado,
que passou

a ser muito oposição entre as duas


pratica pela classes

e odioso antagonismo, fomentado


pelo pelo comunismo

internacional.

Enunciada a luta de classes, esses dois extre-


por

mos, o começou a sindicalizar-se


proletariado fins
para

e Este fenomeno
profissionais políticos. sindical deu-se

simultaneamente na França e na Alemanha;


e devido

á tendencia internacional
Marx deu ao comunismo,
que

"l.a

criou-se a Internacional",
fundada em 1864

Carlos Marx e Engels.


por

1.* INTERNACIONAL

A Associação Internacional
de Trabalhadores
(l.a

Internacional),
baseada
no Manifesto
parcialmente Co-

munista, foi estabelecida


em 28 de setembro de 1864,

Hall de Londres,
James ação e esforço
pela

de Marx e Engels,
dois
de marca
judeus
patentizada.

A fundaçao
da l.ft Internacional
foi o
primeiro

esforço
criar a
para frente única revolucionaria. Por

isso, Marx e Engels,


tinham elaborado
que o Mani-

"redigir
esto Comunista,
em 1847,
um
para
programa

eonco-pratico
do
excluindo de suas fileiras
partido",

o socialismo
e o anarquismo,
não hesitaram em ser

"programa",
hberais
nos interesses
e no

"Associação
fundaram
quando a
Internacional dos

''finalidade
rabaihadores
com
de englobar num

exercito
grande toda a classe operaria da Europa e da

America "Por

(Engels, 3." Prefacio


ao Manifesto)

tanto continua —
Engels
a Associação Internacional

os 1 rabaihadores
não
podia dos es-
partir princípios

tabelecidos
no Manifesto.
Devia ter um
programa

não fechasse
que as
ás trade-unions inglesas,
portas

aos
proudhonianos franceses,
belgas, italianos e es-
OUTUBRO

1937 325

nem
panhoes» aos
lassalüanos
alemSU

confiava a Marx
vitoria
definitiva

no Manifesto
unicamente
ao insertas
er\volvimento
telectual da
classe in"
oneraria

'dfscuss!^.
da comunidade
de
aSão
e de

naria, revoIucio-
congreg^a'
que^
todos
os^ f^pansão

proletariado, o%fe d°
fe2 ??«*«•
^Llitar^a ^
Internacional
ao Donto df»

^ VÍU"Se
dissolve-la
em P^»'á
YsV
d<3"°
.
°?
anarquistas'
militavam
também
na que
Interní"6

forma
alguma
de
gov^o^
toavam
a t^aVam
xista da mar"
Associação
Internacional
rir, T i ií^

Entretanto,
'
ela
tinha ^
já dado
seus
frutl
tatados "A frutos, assim
cons-
por Emrels-

°P"'n<L
de 1874'
a dissolução
da
lnternaciona?6

°"tra
de 1864,
no a
momento que
dl T jTL10

Prefacio
ao (Engels. 3.°
Manifesto) !
Alm^ ,çao

^eP°ls
a formar
anos procedeu-se

INTERNACIONAL

ano Paris
de l^Ttse^v^lTd >nd?da ,o

M
d°Utrm,as
do
mais Manifesto
rigor • com
queal iX
rnacio.na^;
a Segunda
nacional Inter-
foi o fundamenfr»
°.ri^Pm
ternacional socialismo
in-
aue r»#» 6

'nt,mamente
o "™d"
tempo
até
da
^aaTo^

teI?Porar'ain®I>te
uma

fupt^a^rseio™^!1. Tni000"
In.ternac'<™l,

listas, os
porque sócia-
com
™uc*

sobre Puzeram o
os patriotismo
interesses
"Se
e dnÇ?e,S'

ternacional A
Partído' 2.'
In-
até t"T f°
e1}
° sua
dam sede
em Amster-
e denomina-se "Ir»*'6'

Os A™sterdam"
elementos
«ITTH
^sSos
dã ^

°s
foram
que implantaram
Internacional

«—,«ía
~
-

L°zxrz
?„«—

pas,sa"do °
Presentantes "DUMA" aos
governo re-
da

ocasião, '
nesta
Lenine t.
e 1 ?popularmente;
e Trotsky
estavam
exilados,
e os diri-
A ORDEM
526

russo, na sua maioria estavam


do comunismo
gentes

na Sibéria. Uns meses depois de


concentrados estabe-

o Governo Provisorio da Duma, representada


lecido

Ovov, Lenine, com algumas dezenas


dos
pelo principe

foi na fronteira alemã,


seus correligionários, sendo
preso

Governo deste a voltar


obrigado a
pelo paiz para

Lenine dedicou-se, então, a minar a fidelidade


Rússia.

das tropas russas, cansadas da mundial, e


guerra pre-

em de 1917, uma sublevação em San Pe-


parou, julho

tersburgo, fracassou.
que

A' medida as necessidades do


que governo provi-

sorio aumentavam, os comunistas se fizeram mais au-

dazes e agressivos, e aos 17 de novembro de 1917, os

comunistas, com os desertores do exercito


juntamente

e da armada, orientados instruções de Lenine,


pelas

deram o definitivo, derrotando as forças do Go-


golpe

verno Provisorio e enviando Kerensky ao desterro.

Um mez mais tarde os comunistas triunfadores

fizeram as eleições a Assembléa Constituinte, e


para

como Lenine não obtivesse maioria, a dissolveu, dando

mais uma da verdadeira democracia co-


prova

munista.

TERCEIRA INTERNACIONAL

A 3.a Internacional comunista foi organizada


por

Lenine em Moscou, em março de 1919; ela é a In-

ternacional revolucionaria
de todas as classes traba-

lhadoras do mundo.

Lenine começou a organizar a Terceira Interna-

cional nos anos de 1915 e 1916, na Suissa,


pronunciando,

algumas conferências
entre os da
mais radicais
grupos

Segunda Internacional;
desde então, Lenine ficou sendo

o
dos comunistas da esquerda.
porta-estandarte extrema

Em
de 1919, russo
janeiro o comunista
partido

realizou um Congresso, a
em Moscou, afim de formar

3.* Internacional
Comunista,
ficou definitivamente
que

instalada em março de 1919.

Os Princípios são:
da Internacional Comunistas

implantar o lugar
do em
poder proletariado,

do Governo
burguez ou capitalista;

OUTUBRO
1937 327

impor a ditadura do
universal;
proletariado

a armada
provocar contra o capita-
guerra

lismo internacional,
sem formular acordos com

os socialistas restam da 2.a Internacional.


que

O objetivo da Internacional
principal Comunista é

a revolução mundial, dê como resultado


psomover que

a união de todos os soviets do mundo, fazendo

em Moscou a capital internacional.

DÀUUS E5FEUl<IC0S DE CADA INTERNACIONAL

1.°

2.» INTERNACIONAL, OU FEDERAÇÃO INTERNACIONAL

DE AMSTERDAM

N.° de efe-

Paizes
Mulheres
tivos Homens

África do Sul 7.000 (1)


(1)

Alemanha 4.587.191 3.911.739 675.452

Argentina 215.000 (1)


(1)

Áustria 520.162 454.205


(—)

Bélgica 608.579 392.772


(—)

Bulgaria 1.720 (—) 103

Canadá 140.333 (1)


(1)

Estônia 6.129 5.545


(—)

Finlandia 18.930 (1)


(1)

França 675.715

Grécia 32.660

Espanha. 800.000 767.147 32.853

Hungria 111.060

índia Holandesa 31 139

Inglaterra 3.367*911 3.367.116

Letônia 28.884 17.544

Lituania 1.150 629

Luxemburgo 11.000

Memel 936
(Territorio.)

Palestina 35.389

P. B. 335.465 258.389
(Holanda)

Polonia
214.333 181.127

Rumania 30.783

Suécia 638.593 527.256

Suissa 224.164 184.304

Tchecoeslovaquia 631.750 488.740

Jugoslavia 34.757 33.045

N.° total de efetivos . 13.615.048


328
A ORDEM

2.

-
3 INTERNACIONAL,
OU INTERNACIONAL

DE
MOSCOU

Paizes
N.° de efe<

tivos

BuJgaria

6.840

França

287.988

Letônia

3.000

Rússia

16.504.000

Brasil.- . ^ ^

5.UUU

Tchecoeslovaquia.

130.498

Canadá

28.720

EE.
ÜU

30.000

Guatemala

2.000

Australia

130.000

China

61.000

índia
Britanica...

32.000

Japão

10.000
¦Mongolia

6.000
África do
Suí

3.000

N.° total
de efetivos
17.267.452

Notas:

eipôr a°íbamos
é de
totalmente6
ítus^ita'8^
f"*

P°r L'Aniiuaire
de
la Federation
? S^nrT
tionale "L'Oe.mp
ync!lcale Intema-
e
?r
por T t ,

cale
Chretíenne",

e
publicadas em
1932Synd'"

****'

entretlnto"
^ticos^upra^nck-nadoír h"*™

tal
tarefa
seria esta,

os P°ssivel, mas
que dados o
certo é
oferecidos
na
"f°
hiperbole
burgueza, sã? uma
nem
têm

mais dualidade
o agigantar
monstro
do
com.in,P°r

bastante historicamente
colossal. °munismo,

"ao™™

é bütente^superior de
c°,munistas

VT"0
-
que L Annuaire..."
refere;
OUTUBRO —
1937 329

foi apreendido
pois quando o arquivo
de Harrv
Bercer

averiguar
pode-se os agentes
que
do comunismo
fm

Minas sao 460


e em todo o
Brasil
8.405,
assim dis-

tribuidos alguns
por dos Estados:

Minas. ..

460

Maranhao 184

Pârâllâ 1Q/Í

ParA.

:::::::::::

1.300

Rio G. do Sul.
602

Pernambuco

2 155

Alagôas

997

Total

8.405

Advirta-se
o arquivo
que do espião de Luiz Carlos

Prestes
registra
apenas os agentes
do comunismo
e
nao o numero
total de comunistas.

Tampouco
figuram
nos dados transcritos
os agentes,

nem
os correligionários
comunistas
nos estados
de

o. Paulo,
Baía, etc.

Pelo arquivo
do mesmo agitador
estrangeiro
che-

a constatar
gou-se o
todo o mundo
que sabia:
já que
o
de conspiração
plano comunista
atingia vários
paizes
da
America
Latina,
dentre
eles, o Peru, Chile,
Uru-

guai, Bolívia,
e alguns outros,
não figuram
que em
nenhum
dos documentos
internacionais
nos servem
que
de
base
informativa.

as estatísticas
"I>ADonde. concluir que de

df la Federation
Internationale"
„í\™aire e
,u

e?Vrei
Internationale
Syndicale
Chre-
"

não serem hiperbólicas,


ialem .^e ficam muito
an®"

realidade,
obngando-nos
.a a desconhecer
muitos

aos
anéis
da atual serpente
intitulada
judaica, Co-

munismo
Internacional.
330 A ORDEM

EXISTENTES ENTRE A 3/
RELAÇÕES

GOVERNO RUSSO
INTERNACIONAL E O

comunista tem sua ultima etapa


A internacional

no Komintern, verdadeiro ministério da


hierarquica

internacional.
guerra

Komintern trabalha na Rússia e no exterior


O

sob a orientação do Narkomindiel dos


(Comissariado

Negocios estrangeiros, corresponde aos nossos


que

dê Estado. A relaçao entre o Komintern


Ministérios

e o Narkomindiel é de
ponto partida para promover

revolução mundial; o Governo da Rússia,


a
pois

intermedio do Comissariado do Povo Ne-


por para

Estrangeiros, fiscaliza, controla e financia a


gocios

ação internacional do Komintern, comando supremo

da Internacional Comunista.

o Governo de Lenine convocou o Congresso


Quando

da Internacional em Moscou, em de 1919,


janeiro para

constituir a 3.* Internacional Comunista, esta foi au-

xiliada com dois milhões de rublos, afim de iniciar

a execução do
pratica programa.

Desta maneira o Governo Soviético dirige a ex-

mundial da Internacional e o movimento in-


pansão

terno da mesma, sendo ele o responsável


primeiro pelo

se em todos os sob a marca do


que passa paises,

comunismo. Somente, normas de diplomacia, o


por

Governo Russo nega seja o responsável


ele
que pela

da 3.R Internacional no exterior. Isto tem


propaganda

sido constatado nos últimos anos, os


quando protestos

de varias nações chegaram ás esferas diplomáticas

das Delegações Russas;


motivo do VII Congresso
por

do Komintern,
a Italia, Inglaterra, e os Estados
(1935)

Unidos
o Governo de Stalin,
protestaram perante por

entenderem as do Congresso atingiam assun-


que questões

tos internos desses


Durante o ano de 1936 as Chan-
paises.

celarias do Brasil e do Uruguai, tive-


principalmente,

ram idêntico depois de haverem constatado


gesto,
que

as Delegações do Governo Soviético


próprias
protegiam

nestes a ação dos agentes da 3.a Internacional,


paises

do Komintern. E em todas estas ocasiões o Governo



OUTUBRO
1937 331

afirma Moscou e o
Russo Governo Soviético nada
que

a ver com o Komintern.


tinham

Atualmente os acontecimentos
da Espanha vie-

constatar o mundo
ram o Komintern é,
perante
que

fato o Ministério da Guerra internacional,


de
principal

do Governo Russo.
departamento

A luz solar não conhece ocaso, como as trevas


que

se sobre o mundo desde o Palacio do Inverno


projetam

não conhecem aurora. O comunismo é um monstro

-
noturno* e serve-se da — 3ÍO PYpmfnr
VIVMO cone
escu rid

mas no silencio da noite o rugir das feras é


planos;

mais e indicar com o lugar


perceptivel pode-se precisão

em se encontra a as
que guarida que protege.

A historia interna dos 7 congressos internacionais

do comunismo deixa clara e distinta a si-


perceber

lhueta do monstro, se arrasta sobre


que pesadamente

a estrada do mundo; e essa mesma historia comprova

o Governo Soviético mobiliza os comunistas


que partidos

nacionais como o de xadrez combina as fichas


jogador

do
quadro.

A compenetração existente entre o Komintern e

o Narkomindiel se faz sentir mais claramente desde

1924, e, desde 1925. Em 1924,


principalmente,

Stalin, então chefe da Delegação Russa, se


quando

enfrentou com Trotsky, no V Congresso do Komintern,

vencendo o trotskiano de fundar a IV Inter-


projeto

nacional,
uma revolução mundial, o atual
para próxima
"a

Ditador da Rússia formação do comunismo


propoz

num
só da discórdia entre ambos) e a
paiz (pomo

coexistência dos mundos capitalista e


pacifica

comunista". novo
Era um ensaio e uma tatica nova:

o Governo orientou-se de Stalin, e o Ko-


pela politica

mintern, foi o Marte,


até então templo de fechou
que,

aparente
e temporariamente as de lano
portas para

descansar
um nos braços de Morfeo.
pouco

Por nova conspiração, em


esta apresentada
que

formulas
de e de coexistência? Porque era
paz

preciso organizar os de reconstrução interna da


planos

Rússia,
como se fez em 1928, estava reunido
quando

°
VI Congresso do Komintern.
332 A ORDEM

Neste Congresso, ao não compareceu Trotskv


qual

desterrado) nem as facções russas reclamavam


(já que

a do esperado sucessor de Lenine, Stalin


presença foi

o ator Nesta ocasião, o segundo ditador


principal. co-

munista fez ver aos congressistas se impunha


que a

urgente necessidade de transformar a industria


e a

agricultura do e organizou-se este fim o 1.°


país, para

Plano
Qüinqüenal.

Como se vê, o Governo concentrar


toda
precisava

atenção e energia em realizar o tinha sido fim


que já

do soviet: fomentar a agricultura


primário primitivo e

industrializar o estas tarefas impediam ao Go-


país;

verno e ao Komintern manter uma atividade externa

O Komintern seguiu a mesma tatica


permanente.
que

o Governo Russo: devia reunir-se, estatuto, em


por

assembléa de dois em dois anos, mas desde


geral

1924 a 1928 não se realizou nenhuma, como tam-

se efetuou nenhuma outra desde 1928 a 1935;


pouco

tudo era fazer o alicerce da casa


porque preciso
pro-

antes de construir a alheia.


pria

E a casa estava ameaçada,


própria a do
juizo

Komintern, imperialismo
pelo japonez, pelos partidos
"monopolio
facistas e novos sistemas nacionalistas,
pelos

de uma ideia-força
tão segundo frase de
poderosa",

Stalin.

No ano de 1935, data do VII Congresso Internacional,

Stalin e o Komintern apresentam novas atitudes, es-

alianças. Parece
pecifiçadas o
por antico-
que perigo

munista os
e distribuir
preocupa, o medo entre
para

muitos, afim de
seja menor,
que Stalin, Dimitroff e

Litvitinof
em briga,
(agora segundo telegramas)
per-

correm o mundo em
de aliados.
procura

No VII Congresso,
Dimitroff, o vulgar Dimitroff,

celebre sua corajosa


pela atitude no de Leipzig,
processo

motivo do
por incêndio
do Reichstag, aparece como
^

figura
Stalin fica
principal; amparado do
couraça
pela
"como
delegado búlgaro,
mas agindo
verdadeiro chefe

ao
internacional".
proletariado

Dimitroff, Secretario
Geral do Komintern e novo

da Internacional
político comunista,
falou no encerramento

Congresso,
anunciar o
para novo de
programa

OUTUBRO 1937 333

orientado, em contra o facismo, e


ação, geral
princi-

contra o Nacional Socialismo alemão. A In-


palmente

teme agora o regime hitlerista,


ternacional e Dimitroff,

tinha colaborado com o socialismo evolucionista


que

Reich, desde o tratado de Rapalo de de


do abril
(6

serviu-se do infortunado Bartou ingressar


1922),
para

teatro lirico da Liga das Nações e iniciar


no
para

aliancistas com a França, terminaram com


acordos
que

assinatura do tratado de auxilio mutuo em


a maio

de 1935.

0 Komintern novamente segue os da Co-


passos

missariado do Povo Negocios Estrangeiros, e


para per-

corre o itinerário do Narkomindiel, organizando a Fren-

"doravante

te Única contra o facismo, os ope-


porque

rarios não eleger entre a democracia burgueza


podem

e a ditadura do sinão somente entre a


proletariado,

democracia e o facismo". de Dimitroff no


(Palavras

VII Congresso Internacional)

Perante o anticomunista, a frente oficial


perigo

do comunismo uma aliança burgueza, marcando


procura

um retrocesso na trajetória normal do comunismo; e

na 3.a Internacional volta novamente seus olhares


para

a l.a com a diferença de em vez de formar a


que

frente única com os anarquistas e socialistas mais

moderados como se fez se fun-


(evolucionistas), quando

dou a l.a Internacional, agora, a 3.a saltar


procura

todos os reparos antigos, causa da 2.a Internacional,


por

unindo-se de todos os ideais e aos


aos socialistas
par-

tidos burguezes da esquerda.

Como vê, o Comissariado do Povo Negocios


se
para

Estrangeiros Internacional, noutras o


e a 3.a
palavras,

Narkomindiel o Komintern duas linhas


e
percorrem

se encontram num determinado:


paralelas ponto
que

na ação, acordo, e são duas forças


agem de comum

dinamicas de um só agente; são alma e


que partem

corpo
do comunismo internacional.

Insistimos o tema, o de
sobre
porque julgamos

muita importancia; muitos acreditam as forças


pois que

comunistas
de cada são meros
paiz partidos politicos,

como Supremos
tantos outros se registram nos
que
"a

Tribunais
eleitorais daquelas nações, nas
quais
334 A ORDEM

ideia-força nacional" ainda não está dirigindo os des-

tinos da Nação.

No Brasil, exemplo, encontram-se inscritos


por 150

e na Espanha não ha mais


partidos politicos;
partidos;

ha milhares de sujeitos, cretinos na sua maioria,


que

se intitulam chefes sem ter um Programa e con-

tando apenas correligionários uma roda mais ou


por me-

nos numerosa de amigos, mais cretinos ainda. Lerroux,

Chefe do Partido Radical, expressou-se em termos bem

"Espana

tipicos, dois anos atraz, dizendo:


no tiene

los están tan


partidos politicos, porque partidos
par-

tidos vueltos a están todos


y partir que pulverizados".

O comunismo não é nem regional


partido político,

nem nacional; é uma força internacional com células

organizadas em todos os implantadas


paises, In-
pela

ternacional Comunista de Moscou e financiada


pelo

Governo da Rússia. O Comunismo não é na-


partido,

cional ou regional,
ele não é uma
porque fração da

região ou do e sim uma representação


país da Inter-

nacional Comunista na região ou no


país.

Não e regional ou nacional,


partido, não
porque

elabora
reconstruir ou orientar
programas para a região

ou o sinão fomenta
país, a discórdia, as
que em
greves

massa, a ruina economica, a civil; não trata


guerra

de defender os interesses
do
sinão
proletariado,
que

os assassina
nao são
quando membros do não
partido;

defende nenhuma civilização


nacional, sinão
que queima

suas bibliotecas e institutos,.


. . Em suma, o comunismo

não e nem nacional


partido, nem regional, em
porque

vez de tratar de engrandecer


a
massacra seus
patria,

homens
mais
proeminentes, dinamita cidades inteiras,

monumentos
queima historicos,
culturais e religiosos;

destroí,
pela regiões,
guerra, e civiliza-
patrias, povos

seu lema
ções, porque e: Destruição implacavel universal.
e

O comunismo
deixa de ser nacional,
partido por-

ele e uma força


que internacional
implantada no
país

uma
por estrangeira,
potência reside Moscou
em
que

e se denomina Komintern,
e seus agentes são
porque

financiados
um
por estrangeiro, denominado
governo

Cioverno Soviético.

OUTUBRO
1937 335

Carlos Prestes era um


do Komintern e
preposto

Narkomindiel; seus
do eram fiscalizados
passos
por

nao brasileiro, e seus


um trabalhos eram subven-
judeu

Bureau Político do
cionados Komintern; recebia
pelo

"de

somas de dinheiro
terem sido em-
quantiosas que

totalmente em
ter sido
pregadas propaganda, poderia

o comunismo no
implantado Brasil, em 1930".

ele tivesse implantado o comunismo,


Que não é

indiscutivel; é certo ele recebia dinheiro.


porem, que

Na Espanha, o movimento co-


quem preparou

munista não foi Largo Caballero; foi a Internacional

de Moscou, comprou, mediante contrato


que
pecuniário,

todos seus agentes, remunerando com 400 men-


pesetas

sais a cada um dos membros do Bureau Político do

comunismo na Espanha, alem de uma consignação de

^ ?V -a *

10 diarias viagens, etc., e mandando


pesetas para pensão,

45.000 mensais
pesetas para propaganda (Declarações
"El

de Enrique Mo torras, no seu livro Comunismo en


Espana" 1935), depois de ter saido do
(Madrid,

comunista, o trabalhou como


partido Se-
para qual

cretario do Comitê Central cia Comunista).


Juventude

Hoje manda viveres, deixando morrer de na


fome

Rússia dois milhões de cidadãos; manda vestuários,

matando de frio a milhares de russos, concentrados na

Sibéria; manda indulto


soldados, em das sofri-
penas que

am nos campois de concentração; os


e denomina volunta-

rios, sob novamente


de serem concentrados; manda
pena

material de os voluntários condicionados


guerra, para que

destruam
a Espanha, deixando mais tranqüilo o Ditador-

Stalin, doente de tantos


causa sobresaltos; manda
já por

ocupam o alto comando das milicias de


generais,
que

um
Governo Fugitivo, demonstrar a Rússia
para que

é o agente, numero um, do comunismo internacional,

e
constatar o comunismo não é
para que partido po-

litico
nacional, e sim uma força estrangeira, vinda da

Rússia,
financiada Governo Soviético e dirigida
pelo

pelo Komintern; de o Governo e o Komin-


prova que

tern
agem de mutuo acordo.

A trajetória seguida sete congressos interna-


pelos

cionais
evidencia o comunismo é uma força inter-
que
336 A ORDEM

nacional cuja ação recai sobre todos os acres-


paises;

centemos,
portanto:

1.° Datas dos 7 Congressos Internacionais.

2.° Pensamento de cada Congresso.

3.° Estatisticas sobre o comunismo, nos


paises

tiveram representação no VII e ul-


que

timo Congresso.

CRONOLOGIA DOS 7 CONGRESSOS INTERNACIONAES

—-____ qT

^ Represent
^

tagao de
Ordcm Data Lugar J? | ^
*¦> -
cj

SecgSo Ptls
^

I 26 mar. 1919 Moscou 50 34 30

II -
19 7 agos. 1920 Petrogrado
jul. 218 169 66 41

HI -
12 1921 Moscou
jul. (?) 605 291 103 52

IV ultimo a assis-
que

te Lenine -
5 nov. 5 dez. 1922 Petrogrado 408 343 66 58

V a frente da
(Stalin

Delega?So russa) -
17 1 set. 1925 Moscou
jun. 510 346 60 49

VI a assiste
(1.° que

Stalin) -
17 1 Set. 1928 Moscou
jul. 532 381 65 57

VII Dimitroff,
(Assistem

como delegado Bui-

e Stalin) 25 -
garo 20 agos. 1935 Moscou
jul. 510 371 76 65

IDEOLOGIA
DE CADA CONGRESSO

q?atro são
Primeiros Stalin.
presididos por
t>S*

No Primeiro estudaram-se
as bases e os estatutos da

3.* Internacional
Comunista,
discutindo-se a tese apre-

sentada Lenine,
por versava sobre
que a democracia

ourgueza e a ditadura
do
proletariado.

No 2.° se ratificaram
os bolchevistas
principios

sobre o movimento
mundial do comunismo; exa-

minou-se também a estrutura


ofereciam então os
que

nacionais
partidos da Internacional.

No 3.° ficou estabelecida


a necessidade da luta

mundial conquistar
para a maioria da classe ope-

OUTUBRO 1937 337

e com a experiencia de um ano, no 4.° estudou-


raria,

tatica e os meios mais adequados for-


se a
para

a frente única em todas as nações. Foi então


mar

Lenine submeteu á deliberação a idéia de bolche-


que

todas as secções do Komintern, segundo a


vizar

russa.
experiencia

este ainda está Trotsky).


(Sobre ponto preocupado

No 5.°, chefiado Delegação Russa, tinha


pela que

Stalin, tratou-se do mesmo tema


por presidente que

no todas as secções da Inter-


precedente (Bolchevizar

Lenine não assistiu; mas seu


nacional).
já pensamento,

exposto e defendido adeptos mais imediatos;


foi
pelos

também de interesses do na Rússia, e


tratou
partido,

o complemento dos Estatutos do Komintern


ratificou

no I e II congressos, adotando-os como base


adotados

da Internacional Comunista.


Congresso. 0 sexto congresso in-
Sexto
(1928)

do Komintern teve importancia histórica


ternacional

mundial, ter-se deliberado nele o apre-


por que projeto

sentado ao V.° Congresso fosse considerado como lei

do Internacional. do
Partido Comunista
(O projeto

"bolchevizar

V.° consistia em todas as se-


congresso

cções da Internacional Comunista).

congresso foi Stalin,


0 sexto
presidido por que

colaborou do V.° congresso, antes aludido.


no
projeto


Congresso. de 20
Sétimo e ultimo
(25 julho


de O sétimo Congresso acabou de expor
agosto de 1935)

á ação conjunta do Komintern e do


face do mundo a

mancomunados e iden-
Narkomindiel, diabolieamente

tificados de revolução internacional.


numa só entidade

Neste em toda sua amplitude,


congresso estudaram-se,

os anticomunista, compendia-
da revolução
perigos

no facismo e no imperia-
dos, segundo o Congresso,

lismo niponico.

no VIIo Congresso, a
Das resoluções aprovadas

dada a finalidade deste


merece especial atenção,
que

de todos os
estudo, é aquela se refere á atuação
que

nao sao
comunistas nos onde as esquerdas
paises

ainda dententoras dos


poderes públicos.

dessa atividade,
Estabeleceu-se, como
principio

-'combater
terreno
o facismo dentro do seu
proprio
338 A ORDEM

consiste nas reservas


(que de sentimento
grandes
na-

cional), tirar das suas mãos o monopolio


para de uma

ideia-força tão
ultimas
poderosa". (Estas
palavras são

de Stalin)

Determinou-se
também intensificar
a campanha

comunista entre as massas


de todos
proletarias os
pai-

ses, —
e formar
quando células soviéticas
possivel

entre as classes intelectuais


e no exercito.

E' este um dos topicos do comunismo:


sovietizar

o exercito ou desarma-lo,
criar milicias
para operarias

armadas. Foi o se na Espanha,


que passou logo apoz

a implantação da Republica de abril de 1931),


(14 me-

diante a reforma
do exercito, tentada,
em
grande
parte

realizada,
Manuel Azaria,
por então Presidente
do

Conselho de Ministros e titular da Pasta da Guerra;

e se fazia
quando com as forças armadas,
o mesmo

Ministro da Guerra,
hoje suposto Presidente
da Dita-

dura Soviética Espanhola,


mandava
toda classe
de
"Las

armamentos
Casas —
para dei Pueblo"
sédes do

socialista —
partido Espanhol
a revolução
preparando
'garantias
armada sob
de
pretexto republicanas".

Nota importante,
constatar
para a ação conjunta

e universal do
Kommtern
e do Narkomindiel,
é a re-

laçao da ultima
sessão do VIIo Congresso,
na
se
qual

ez um recenseamento
do
comunista
partido e das iu-

ventudes dessa ideologia;


essas estatísticas
abrangem

vanos
entre
países, eles o
Brasil.

Pelos relatorios
apresentados
á ultima
sessão do

Congresso
constata-se
a internacional
que comunista

tem, tora da Rússia,


menos 6.800.000
pelos
socios; o

duplo do
tal movimento
que
tinha
sete anos antes.

Us
que pensam o
que comunismo,
desde alguns

a SC r
seu erro> mediante
uma
jtraíar,
ESsíarão m
menos radical,
Ça
e
r olhem
Çfc preciso bem os
que

Porque saibam
• ler autores
•' russos
i em lingua

' e7.em
iludir-se
com
?ao mistificados
gestos
ou com frases
hipócritas,

porque tudo isso


ex-
quer

Como se ve, o
partido comunista
e o Governo

russo agem de mutuo


acordo,
deduzindo-se
dos últimos

OUTUBRO 1937 339

internacionais
congressos o Komintern e o Nar-
que

são duas forças impulsionadas


komindiel um mes-
por

almejando o mesmo
mo fim: a sovietização
principio,

O fascismo, o
universal. soviet, é um mero
para
pre-

o de mira está focalizado


texto; mais alem.
ponto

A nota mais importante, relativa á nossa tese

internacional e homogenea do Partido Comunista


(ação

e do Governo Russo), a encontramos nas estatísticas

apresentadas nacionais comunistas


pelos partidos ao

VIIo congresso internacional do Komintern.

Na sessão, em se tratou do movimento inter-


que

nacional comunista, tomaram 60 oradores, re-


parte

48 sendo relator
Pieck. As-
presentando paises, geral

sistiram 510 delegados, tendo uma representação total

de 65
paises.

Alguns dos oradores apresentaram estatísticas do

movimento comunista no representavam; fun-


pais que

dados nesses depoimentos, temos uma base aproxima-

da do movimento internacional comunista, com esta-

tisticas definidas em 19
paises.

Sendo de tão larga importancia, faremos um rela-

torio simplificado, dos dados apresentados ao


geral,

VIIo congresso, mencionando o relator, ou relatores,

de cada advertindo, falaremos única-


pais; porém, que

mente do comunista, omitindo os inúmeros


partido

organismos ele dirigidos, com o fim de


por penetrar,

vias indiretas, nos


por entre os
partidos proletários,

militares, assim como nas agrupações burguesas e in-

telectuais.

ESTATÍSTICAS apresentadas AO VII"

CONGRESSO INTERNACIONAL DO KOMINTERN

POR —
PARTIDOS COMUNISTAS NACIONAIS.

DE 1935
JULHO-AGOSTO


A) ALEMANHA Relator, Ackermann. Ber-

lim tem 5.000 comunistas, dirigidos um


por

"Ser-

centenar de centros independentes. O

viço de Imprensa", orgão do apesar


partido,

de ser ilegal, apareceu 49 vezes durante o ano de


A ORDEM

1934; o significa, todas


que praticamente, as

semanas.

Em 1932, o comunista alemão,


partido

contava, aproximadamente, com 300.000


socios,

50.000 konsomols dos de 14


(liga a 20
jovens

anos), e de 30.000 de
pionniers (grupo jovens

de 7 a 14 anos).


AUSTRALIA Relator, Sharkey. Em 1935

contava com 3.000 socios em 1928).


(300 O

/ ÍÍII7 ITT _ J 1 99
urgau uu e worKers vv eeKÍev : em
paruuu

1928 sua tiragem semanal era de 5.000 exem-

e em 1935, de 15.000. O
plares, teve
partido

47.000 votos nas eleições de 1934; conta com

"células

120 de fabrica", em 1928


quando
"Obti

não tinha nenhuma. vemos inúmeros


nos sindicatos".
postos do relator.
palavras


AUSTRIA Relatores, Dobler e Pajtnistkij.

Informe de Dobler: O conta com


partido

16.000 socios. No XII congresso nacional,

realizado no outono de 1934, deu-se


grande

impulso á campanha da
O Nu-
propagandas
"células

mero de de fabrica"
de 182
passou

a 229. O numero de diários, revistas e

boletins chegou a 153


17 diários
(dos quais

impressos),
com uma tiragem mensal de 160.000

exemplares.

Informe
de Pajtnistkij: Antes de fevereiro

de 1934, o
contava com 4.000
partido socios;

as
juventudes comunistas,
com 3.500. Desde

fevereiro
de 1934,
numero de sócia-
grande

listas
ao
passou-se comunista.
partido


BÉLGICA
Relator,
O
Jacquemotte.
partido

comunista
continua
isolado das massas. Nas

eleições
parlamentares de 1929 obteve 44.000

votos; em 1932, 190.000.

sendo,
(Assim não está tão sosinho e

isolado)

BRASIL.
Relator,
Marques. Em fins de 1934

o
contava
partido com 5.000 socios. O
jornal

Classe — —
principal, operaria"

quinzenal

tinha uma tiragem


de 10.000 a 15.000 exem-

OUTUBRO 1937 341

Em de 1935, o numero de socios


plares. junho

era de 8.000 a 10.000; tinha tres


jornais,

sendo o editado no Rio de lan-


que Janeiro

uma media de 30.000 exemplares. Os


çava

operários, em numero de 450.000, estão or-

em sindicatos únicos.
ganizados

o relator misturou estatisticas do


(Aqui,

com organizações congeneres)


partido


CHINA Relator, Tschachou. con-
(Houve

tradições bem notorias nos reiatorios apresen-

tados ao congresso internacional de Moscou.

Disso faremos uma apreciação).

Segundo o relator, a chinesa


população

é de 56 milhões, notando numero de


grande

O comunismo conta com


partido politicos.

400.000 socios. Manuilskij contestou o in-

forme do relator, afirmando a


primeiro que

da China é de 100 milhões e não


população

de 56. A respeito do numero de comunistas,

Pieck, relator disse era de 300.000.


geral, que

estatística recente, de origem co-


(Uma

munistas, reproduzida na revista espanhola

"Religión

Cultura", infirma o numero


y que

de comunistas, nesse é de 500.000; o


país,

ser bem tendo em vista


qual parece provável,

a chinesa e os movimentos comu-


população

nistas registrados nos últimos anos.

Nota: A de falam os
população, que

relatores deste congresso, refere-se unicamente

ao territorio chinez, dominado soviets;


pelos

mas não á absoluta do


população pais, pois

como se constatar estudos de


pôde pelos qual-

historiador, a da China não


quer população

é inferior a 400 milhões.


CANADA' Relator, Georges. Desde 1930

o duplicou seus efetivos; em 1934


partido

aumentou em mais 2.600 socios. O


partido

conta hoje de 1935) com 8.200 mem-


(Agosto

bros. Estamos certos de no mez de ou-


que

tubro ano teremos 10.000 socios


deste
(1935)

e 2.500 comunistas
jovens (Konsomols).
A ORDEM

Estes dados foram apresentados


re-
pelo

lator do Canadá; entretanto o estudo


de
Ar-
"La

chambault
Menace Communiste
au

Canada —,
Montreal, 1935
, coordenado,
se-

declarações do autor,
gundo com base em docu-

mentos de origem comunista, o numero


de

comunistas no Canadá é de 13.000 a 17.000,

distribuídos
em 350 secções. Ao lado destes

17.000 membros ativos, a C. L. D. L.


(Ca-

nadian Labor Defense League) conta 120.000

filiados.
A C. L. D. L. não é outra
cousa

o
comunista declarado
que partido ilegal.

Segundo o mesmo Archambault


o numero

de Konsomols era, em 1930, 1.800, o de Pion-

niers, em 1933, 500, e 2.000


em 1934.

E) ESPANHA:
Desde outubro
de 1934 o Ko-

iruntern não da mais estatísticas


sobre o
par-

tido comunista
hespanhol.
Até esta data
se-
"Lettres

gundo de Rome"
2,
(N.° 7)
pag.

as
juventudes comunistas
hespanholas
con-

tavam
com 12.000
socios.

Para algumas
estatísticas,
assim
o
para

conhecimento
do
vulto
grande da imprensa

"A
na EsPanha,
ler
SSÍÜnista pode-se OR-

DEM,
agosto
de 1935,
127-29.
pag. Consulte-

se também -*E1
Comunismo
en Espafia"
(Ma-

dnd,
1935) de Enrique
Matorras,
ex-secre-

comunista
Par^d° espanhol.
tp\ t>
i
F) FRANÇA!
Relatores,
Nedelec
e Cachin

Declarações
de
Nedelec:
o
con-
partido
tava,
em
de
junho 1935, com 60.000 socios

°T
(lue
e,m 1933). Órgão
j-*}P central do
,Ji .

11
umamté;
o numero
de exemplares,
?_r
Q^n

173e™
fevereir0
de

1934,
de' 302.000.

iuventudes comunistas
contavam,
em

com
; em
de 1935> com
'unho

17 oòa'

de

r com mais de
nnP uUT??r0. ?u*iciPÍos,
5.Ü00
habitantes,
administrados
comu-
pelos
mstas é de 90
(Em 1930
era de 38).

OUTUBRO
1937 343

Declarações de Cachin: A de
primeiro

de 1935, o tinha 71.000 mem-


julho partido

bros. As organizações
sportivas comunistas

fazem frente única com as organizações


so-

cialistas, e tinham, nessa data, 40.000 socios.

A imprensa tem uma tiragem se-


provincial

manai de 200.000 exemplares.

G) GRÉCIA: Relator, Dsordsos


esta-
(Apresenta

tisticas somente até 1933).

Depoimentos: O obteve, em 1928,


partido

24.000 votos; em 1933, 50.000. 1935


(Em

adquiriu maioria absoluta em oito cidades).

O diário, Rozospasis, orgão do


partido,

tirava em 1930 10.000 dia. Em 1933 era


por

de 12.000 exemplares.

O bloco operário e camponez recebeu, em

1932, 56.000 votos; em março de 1933, 80.000.


H) HOLANDA Relator, Schalker.

O de 1935) é seis vezes


partido (em julho

mais numeroso em 1928. Nas eleições


que
pro-

vinciais de 1931 obteve 70.000 votos; em

1935, 128.000. Nestas eleições os comunistas

obtiveram 92 mandatos.

Somente em Amsterdam o obteve


partido

49.000Jívotos socialistas, 120.000).


(Os


I) INGLATERRA Relator, Pieck.

O comunismo forma frente única com

"Independent

muitas secções do Labor Party".

O XIII Congresso do comunista in-


partido

1935) apresentou os dados se-


glez (junho,

membros do 7.000, dos


guintes: partido, quais

2.100 em Londres. Comunistas,


Juventudes

2.200; Orgão do Daily Worker


partido:

com uma tiragem de 1.789 exemplares,


(diário),

em de 1934; em de 1935, 2.365


janeiro janeiro

e em abril do mesmo ano, 2.527.

"Liga

Um membro da Economica" de

Londres anticomunista) fez de-


(organização

clarações em de 1935, as
segundo
janeiro quais,
344 A ORDEM

os resultados do movimento comunista


eram

os seguintes: 3.000 comunistas na Inglaterra

e na Escócia e mais 10.000 simpatizantes.

Em Londres uns 3.000, entre comunistas


e

simpatizantes.


ÍNDIAS BRITANICAS Relator, Piek,
que

declarou o Partido Comunista tinha


que sido

criado recentemente.


IRLANDA Relator, Olgerson.

O foi criado em 1930, com um


partido

total de 150 membros. Tem hoje


de
(agosto

1935) 500; conta com numero


de sim-
grande

nas eleições de 1931 obteve


patizantes: 1.100

votos e nas de 1933, 2.700. Tem atualmente

dois semanarios com uma tiragem de 3.000

e 2.100 exemplares respetivamente.


Relator, Okano.
J) JAPÃO

No inicio de 1934, o Procurador


de
geral

assuntos ideologicos afirmou


desde 1928
que

a 1933 tinham sido detidos


40.000
pela policia

comunistas.


P) POLONIA
Relator, Pruchniak.

O
contava em 1934
partido com 17.000

socios, dos 7.000 eram


quais, russos brancos

e ukranianos
da Galitzia,
mantém orga-
que

nizações independentes.
Piek asseverou no

Congresso
o
que triplicara seus
partido efetivos.

S) —-
SUÉCIA
Relator,
Arvid Wretling.

O
dividiu-se
partido em 1929, diminuindo

de 17.000 a 6.000
1932, 10.000)
(em

Nas eleições
municipais
de 1930-31 obti-

veram
240 mandatos,
e nas mesmas eleições,

em 1935, obtiveram
7.000.


SÍRIA
Relator,
Nadir.

O
partido aumentou
um 60 desde 1929.
%

Uns 80%
são arabes,
60% operários, 25%

camponezes.
O
favorece os arabes
partido
^

contra os sionistas.

T) TCHECOSLOVAQUI

A Relator,
Slansky.

partido aumentou
consideravelmente
j j

desde
foi chefiado
que
Gottwald
por (1929).

OUTUBRO 1937 345

Obteve nas eleições de 1935, 850.000 votos

votos mais do
nas eleições an-
(100.000 que

teriores). Desde de 1935


janeiro fundou mais

1.000 locais, somam uns 13.000


grupos que

socios.


U) U. S. A. Unidos da America do
(Estados

Norte) Relator, Browder.

Desde 1928 triplicou o numero de mem-

bros. Conta hoje com 30.000 socios,


(1935)

dos 4u% são mulheres. Os inscritos no


quais

nascidos nos Estados Unidos,


partido,
pas-

saram de 10% a 40% Em 1930


(1930) (1935).

havia unicamente 100 comunistas negros, hoje

são mais de 2.500.

"células

500 de fabrica" contam 4.000

membros. Em 1930 aram apenas 7.500 socios,

em 1933, 19.000 e em abril de 1934


(datada

realização do VIII Congresso Nacional Yankee)

24.000. Nesta mesma data havia 500 células

"células

comunistas e 338 de fabrica",


que

agrupavam 2.355 membros.


O Órgão do Daily
principal partido


Worker conta com uma tiragem de 35.000

exemplares. O conjunto das co-


publicações

munistas nos Estados Unidos tem uma tira-

de 263.000 exemplares diários.


gem

Os. resultados numéricos, as estatisticas do


que

VII congresso da Internacional comunista nos oferecem,

são bem consideráveis e eficientes; nos mostram


pois

como
os comunistas nacionais estão sub-
partidos

metidos
á fiscalização da Internacional de Moscou e

do Governo Russo, cuja representação bipar-


perante

tida
e unificada desfilaram matematicamente os
todos

comunistas
de 48 fazendo continência á In-
paises,

ternacional
e a Stalin.

E' isto o números


os nos revelam, mas tam-
que

bem
ha e as deduções
confirmam
gestos palavras que

alguns não
que enxergar nas solenes expressões
querem

numéricas.
346 A ORDEM

Um mez depois da realização do VII congresso

da Internacional de setembro de 1935), Dimitroff,


(25

secretario da 3.a Internacional, dirigiu um signi-


geral

ficativo telegrama á 2.* Internacional


(Internacional

Socialista, ou Internacional de Amsterdam), ordem


por

e determinação do comitê executivo da 3." Internacional.

Por esse longo telegrama constata-se mais uma fvez

as aspirações da Internacional Comunista são ilimi-


que

tadas. Dimitroff diz, textualmente:

"O

VII Congresso da Internacional


Co-

munista encarregou ao comitê executivo da

mesma dirigir-se á Internacional


Operaria

Socialista, lhe estabelecer


para propor a

unidade de ação internacional


do
prole-

tariado.

A ação comum das duas internacionais

em a classe operaria,
poria a levaria

qual

em de si todos os
póz da entre
partidarios paz

todas as classes sociais.

Ela arrastaria
inteiros á luta
povos

pela paz"....

Negar a ação conjunta da Internacional


Comu-

nista e do Governo Russo, assim como a aspiração

mutua de formar uma Frente Única Internacional, in-

tegrada classes de todos os matizes e de as


todas
^por

orientaçoes,
e unidas
expoente especifico
pelo de revo-

e o mesmo
negar a realidade
que
que

hoje envolve o mundo inteiro,


e eqüivale a desconhecer

basicamente
a situaçao
social hodierna.

Empenhados
em fazer mais visivel esta coordena-

de forças
ção da esquerda,
assim como a ação de su-

e de orientaçao
premacia
sobre elas
que exerce o co-

munismo internacional,
acrescentaremos,
ao
que já

levamos exposto,
uma nota bem
significativa, ainda

nova;
pois se falara dela
que já

na imprensa e nos livros: naquela,


com a futil e falaz

superricialidade
caracteriza
que muitos elementos de

rcom
deleitera;
propaganda nestes,
todos os exageros

e ambigüidades,
tanto interessam
que em
prenunciar

e fomentar uma
armada
guerra de raças.

OUTUBRO 1937 347

"NIA-BINGHI",

da da
da organização
Trata-se

do apoio Moscou lhe


e
finalidade, que presta.
sua

é uma organização secreta; tem


A NIA-BINGHI

"Morte

aos Brancos", e está integrada


por
lema:
por

negros, segundo Itamar Guimarães,


de
milhões
190
"A

Conquista da Etiópia",
Guimarães,
fltamar

1936, Pag. 97).


Alegre,
Porto

no momento, organizar esta-


nos interessa,
Não

sociedade secreta racista, nem


desta
completas
tisticas

o real ou suposto,
dissertar sobre que
perigo,
queremos

á social.
oferecer na atualidade Quem
paz
ela
possa

leia, entre outros do-


destes temas,
saber que
deseje

"Inteligência",
Philos,^ e, mais
de Federico
cumentos,

Guimaraes antes
capitulo de Itamar
o
sumariamente,

citado.

NIA-BINGHI, interessa-nos
ao falar da
Por ora,

de relativo
circunstancie* 9
uma
unicamente pequena

de tratamos.
o caso
valor que
para

o dito
Salassié desde
Tafari, ou Hailé que
O Ras

tem sido o
Rei da Etiópia, principal
ras se entronizou

denominada
organização secreta,
da tal
fomentador

dos brancos.
o esterminio
se
NIA-BINGHI, propõe
que

o
Congresso Pan-Negro
um para
Salassié
projetou

os
depois de cogitados
planos
o ano 1930; seu
pesadelo,

o local
em escolher que
estava
e teses de congresso,

conclave. As
e benemerito
tão ilustre
servisse ^
para

muito diplomáticas
não foram
chancelarias europeas

Leão da Etiópia
Negus Negusti,
com o flamejante
para

Unidos da
Pretas; os Estados
e Principe das Raças

hall, ofer-
vez de um
America do Norte, em grande

Rússia, entretanto,
A
taram-lhe a Ku-Klux-Klan.

se
Pan-Negro
Primeiro Congresso
fez com o
que

as dobras
entre
encobrindo
realizasse em Moscou,

os 82 delegados,
Komintern que
da bandeira do

de negros,
de 190 milhões
se diziam representantes

so-
a
era mais um paz, protegendo
passo para

(jULKK
tem lema
ciedades secretas por
que

AOS BRANCOS".

as seguintes
aprovando
O congresso terminou,

conclusões:
348
A ORDEM

1-* Hailé Salassié foi


proclamado CHEFE
d-

Nia-Binghi.

2.a Hailé
Salassié é honrado com o titulo de P„;

meiro Ministro da Nia-Binghi.

3.* o Negus Negusti


no
jura, recinto
proprio
do
"Morte
Congresso
Pan-Negro
de Moscou,
aos

opressores
das Raças Negras".

"Intehgencm;,

de Federico
"A ÍPonslílte"s® Philos,
e
-
A Conquista
da Etiópia
, de Itamar
Guimarães).

es^e ^at°
melhor compreender
, ,,^rXa Para
. o em-

brulho internacional
criado
Liga das
pela Nações —

justamente denominada
Gustavo
por Barroso
a Liea

dos —
Maçoes
do conflito
quando Italo-Etiope,
e, antes

de mais nada,
se;a mais uma
de
prova a Interna-
que
oonal
Comunista
apoia
todos os revolucionários
de
foice e de martelo,
e de
o Governo
que da
Rússia

* coAndecor1f
Pf£mne
«tules
de benemerencia.

Como 1com
se ve, a Internacional
Comunista
não
se

da
-IgUma Internacional

8%Fti5L5r ^imeira

os suP^mos
^ hie-
raras'
da 3> TnÍ f°™° ,°S-

tão
preocupados,
quantoMar* hoje

'f*.
Um fracasso
tão estrondoso,

que dez aZ™9"0


rde'
a
L* Internacional
teve
de ser diin?i
dissolvida

pelos seus
proprios fundadores.

de ver
concretizadas
^ suas
aspirais-
SÍ"®
^6

XI?Sdesamíra

' constituir-se
Para em
Internacional ~
Socialista o

°r
munista.
Su'ge
mais
terde Tt. ^ /nternaCÍ?naI

C°nSÜ"
tuida '
com
elementos
de comunkmí" 3

mas
p"r?' no seu
percurso historico
persuade-*? í
cíue e impotente
realizar
o nrop-ram^ a 1 para

"SS°
"?undia1'
unicamente
com
elementos

proprios'do
com^nis,mo;
então
se re-
produz o .
quadro dH 1°,
-todos Intfna?onaL
constituída
com
os elemenfnc A

America"! >

construir
maiores
contradições

OUTUBRO 1937 349

si Dimitroff chama o socialismo in-


para
ainda; pois

fileiras do comunismo, Stalin dirigia o mes-


nas

gressar
"todos

a os burguezes da esquerda".
apelo
mo

vicissitudes internas o comu-


Estas porque passou

não realizará cousa alguma


nismo que posi-
provam

forçado a viver eternamente as-


e será
tiva, que

pirado.

um economico, e cria uma de-


Idealiza paraiso

satisfatoriamente incrementada
geral, pela
pauperação

de um organismo supercapitalista;
aspiração
brutal

numa igualdade de classes dotada de liber-


Pensa

e cria uma organização social subme-


e de conforto,
dade

trabalho e á fome;
tida ao

isenta de lutas sociais, e


uma humanidade
Sup5e

a internacional
incrementa guerra permanente;

universal do
Imagina a confraternização
prole-

rancorosa e mortífera entre


e decreta a luta
tariado,

de todos os
as classes paises;
proletarias

Mamona abolindo o
o culto a
Deseja suprimir

implanta um Es-
das classes burguezas, e
capitalismo

elevado á
tado Burguez, potência;
quinta

abolir a
extinguir as classes
Sofisma para guerra,

e estabelece a de classes;
guerra

no a maquina
Aspira fundar mundo,
„um qual

homens do
homem, e obriga os
seja o empregado do

mundo empregados da maquina;


a serem

as falanges
a vida, e organiza
reformar
Quer

da morte.

do co-
a histórica
Eis, em linhas
gerais, genese

em Confe-
munismo, seu sua corporificação
progresso,

aspirações de revolução
derações Internacionais, e suas

universal
permanente.
Possibilidade
e necessidade
de

uma revelação
sobrenatural

Tese defendida no Centro de Cultura Intelectual

de Campinas

A. N. Amaral
San toe

PRELIMINARES

te°l°SÍa
até o mais m
?lta
compêndio
de catecismo,
é
principio assente
que o
homem
fo, criado
conhecer,
para amar
e servir a dL

eCC| °~ on?.ern
ao Artista
Divino
um con-
innfr» A por
^aÇOCS
vres
e °Perosas'
constituem
que a
Religião

"aos °«<raS^
re!aç5es
circunscrevem-se
tão
«6-
mente

adora£°
e, «mor Íntimos,
denomi-
nam
^-sese culto! /
culto
interno.

Quando, contrario
pelo elas
'moral

rtude
d® influencia
do

sobre* onfS^,m'poermato

constituem
então o
culto
externo. sensíveis,

ser
conhecido ^
e"adortdoCTÍadas<

sem auxilio
de ~
nenhuma 1 humana

sobre^atural.
Isto constitue
. a
Religião
natural

*
P°rqUe
mante-la P°demos
pelas sinípleTforca^l
da
nossa natureza.
Pela
Religião naturaf torças
é"nos.
conhecer
o autor
obra,
' pela

Uma
tela
admiramos ó
Wento
T artístaeXamlnarm°S
D° en^an^°
conhece-lo

mente. <?i pessoal-


Porem lh6"1#

mos ocasião
de
gabar-lhe osS

pincel... Assim também


com
Deus!
S^Ek^se
digna

OUTUBRO 1937 351

a conhece-lo na sua vida intima como Ele


chamar-nos

convida a estreitar melhor essas relações


si nos
é. que

razão nos intima, com mais familiaridade, como


a nossa

filho com seu si nos faz ver coisas


as dum pai,
para

nossa inteligência nem de longe suspeitar,


a
poderia
que

essas relações mais estreitadas e filiais, tomam


então

de Religião sobrenatural, visto excederem


o nome

da natureza criada.
as
possibilidades
"a

Definimos, a Revelação como manifes-


pois,

sobrenatural Deus faz ao homem de certas


tação que

este não conhece".


verdades (1).
que

Ora, si este fato se deu algum dia, no tempo e

espaço, fica desde logicamente demonstrado


no
já, que

natural não basta ao homem. Mas é


a Religião
pos-

e será realmente necessário ele se dê?


sivel,
que

Eis duas importantíssimas


questões que passamos

a examinar.

POSSIBILIDADE DA REVELAÇAO EM GERAL

a) da
Afirmamos a da Revelação:
possibilidade

de Deus; b) da do homem; c) de
parte parte parte

da Revelação.
própria

Desde a existencia de
se tenha como certa
que

Deus, é negativa. os seus


impossível a Considerando

atributos, a onipotência e sabedoria


principalmente

infinitas, se negar
não ha razão alguma onde
por possa

essa capacidade infinita se comunique conosco.


que

Deus com o dom su-


criou o homem e exornou-o
que

blime da razão, acaso de iluminar


carecerá
poder para

essa á sua ma-


mesma razão ?. . . Si não foi indecorosa

infinita o ha-de ser a su-


a criação,
gestade
por que

blimação, ? E o ho-
o de sua mesma obra
provimento

mem, a mais
não é demais repetir, é a mais
perfeita,

bela
obra da criação.

Da não envolve
do homem a Revelação
parte

nenhuma ouvir a
repugnancia desde este
que possa

Deus, está sendo


e, ao mesmo tempo en ender
que


(1) Salim, I, cap. XI, N.° 155.
352
A ORDEM

Ele instruído
por Ora, como negar a
possibilidade

destas duas coisas? Verdade é a nossa


que razão
é
obrigada
a averiguar,
mas nada obsta a
dê o
que seu

assentimento
a uma testemunha
suficientemente
^ ins-

truida e veraz.
Si aceitamos o testemunho
dos
homens

maior e o testemunho
de Deus, lá dizia
já S.
João. (2)
Ura, Deus é oniciente
e infinitamente
veraz;
logo

a Kevelação
não repugna da do homem. '
parte

De
da Revelação
parte também não
vemos
re-

pugnancia alguma.
Com efeito, a Revelação
pôde ser
ieita de dois modos: imediata
ou mediata.
O
proprio
Kousseau
nao impugnou
a Revelação
imediata,
feita

individualmente,
mas negou
a Revelação
mediata
como

contraria
a razão
e á igualdade
dos homens,
mas não

deSfe
Deus
qUe «socie

IoTtondfra.reÇUgnanCÍa-
°S me'OS
Je Sempre

dos
humatr

Não repugna,

portanto, a Revelação
da
parte do

deJDeUS desempenhar

o oficio
de Mestre,
nem
de
do homem
parte nJe
não

°°m
d,gnidade'
a SCT discípulo
de
tel MéstrUeSar"Se'

POSSIBILIDADE

DA REVELAÇÃO
DOS
MISTÉRIOS

revelar
sSo de duas
esDedes-T* PeUS
^

estão ao
**
S de ,"at"raI
^JV^
verdades
de ordem
sobrena-
tural
acima Hpq ' \

"°SSO

Verdades
naturalEfe^Ts8 ,entend,,mento

ród

'
as
verdades Quanto
de ordem
sobrenaturafUli0

C?n.slderar:.
os dogmas ^
são objeto
que •
de
crença
2W
l) as leis
ou ordenarnpç positivas
mio crença,
devem
que ser
_J>raenaçoes em
postas
Entre
prática.

tJotí™09.ÍUm
h0mÍnUm
acciPim«,
Dei testimooium
mai^s
«t.

OUTUBRO 1937 353

os mistérios, isto é, verdades


destacam-se
os
primeiros

da nossa razão e não


acima
estão que, portanto,

que

nem descobrir, desajudados


compreender,
nas podemos

divino.
socorro
do

de fato mistérios e eles ser


Mas existem podem

homens ?
aos
revelados

cheia a natureza, e nela, de


mistérios anda
De

ciência até hoje apruma um


coisas a
ponto
quantas

Le Bon afirma mesmo


.. Gustavo
de interrogação!.

mais mistérios do cjue esclarece«. «


ciência cria

qUe

haja mistérios em Deiis,


extranhar
Por que
que, pois,

Ele, não no-los


de Deus, e
nas coisas que querendo,

o doutíssimo ensinar auto-


revelar ?. .. Não
pode
possa

certas verdades cientificas,


ao ignorante
ritariamente

fisicamente, no mo-
se acha impossibilitado,
este
que

diferença ha, entre


? Pois a
mento, de compreender que

Deus e o sábio. A
entre
este e aquele,
ponhamo-la

de verdades su-
Deus ensinar a existencia
este
poderá

Afirmar-lhe-a a
de sua mente.
á capacidade
periores

ciara da essencia,
e lhe negará a
existencia
percepção

entre ver-
no entanto, a conveniência
revelando-lhe,

modo como se
contraditórias. O
dades aparentemente

assim nos
o constitue, si
dá essa conveniência é
que

do mistério,
a medula impenetrável
exprimir,
podemos

reservada só a Deus.

• repugnancia
não ha nenhuma
Afirmamos,
pois, que

Si eles sao
na revelação mistérios sobrenaturais.
dos
^

estão acima
incompreensíveis ininteligíveis. Si
não são

"A

nota
da contrários. contradição,
razão não lhe são

seria a
Florentino Barbosa,
magnificamente o Conego

e comu-
única contra a existencia
coisa a apresentar-se

mesma é excluida
nicabilidade mistérios; mas esta
dos

Com
completamente o constituem.
dos elementos
que

em seus
efeito: envolvessem contradição
si os mistérios

de verua-
conceitos o
não mereceriam
qualificativo

de-
deiros, emprestamos essa
e nós só lhes qualidade

de conhece-los como tais".


pois (3) .

-
o mistério
Como o Cardial Cerejeira,
se expressa

e uma á razão. . . entendemos per-


verdade excede
que

— cia fe,
Barbosa: Os Mistérios Paê*
(3) Cgo. Florentino
354
A ORDEM

feitamente
o seu enunciado,
o se
que dizer-
quer não

compreendemos
como o
porem, convém
predicado
ao

suJe^o.
Concebe-se
o éj não se compreende
que
como

e. Mistério,
sim; absurdo,
não".
(4)

Exemplifiquemos:
O mistério da SS. Trindade
nor

ex:
e o mais
que de todos
profundo os mistérios
revê-

lados, 'porque".
nunca
dará á razão o seu
Sabemos

as três
que Padre,
pessoas, Filho e Espirito
Santo

sao coeternas,
isto é, existem desde .toda
a eternidade

Deus Pai sem nascimento,


o Filho tira a sua origem

do Pai, e
E do amor
gerado. do Pai
com o
para Filho

o Espirito
provem Santo.
A unidade
é absolutamente

mseparavel
da natureza —
divina
Deus é um.
Por-
anto
na substancia,
essas
não
pessoas são separaveis

Q^ndo dizemos
Pai dizemos
Filho,
e
juntamente no^

â,°
SaDto- Tudo
'sto "«o
repugna
á
razao^
íaâom°S;
bi ^•P,nt°
se dissesse
o mistério
que da Trindade
se

são uma
que só
ricitrii rç t

contradição,
tres não
porque
são um eria
°
a
qU'e ensina
«
são tres
V
wssoaTem iRel'g,So
uma
s° —
a unidade
.natureza: se refere

e' 3 1"dade
ás
E como
pessoas. isto
se
se aa
dá 7e nn*
e o
que mistério...

da nossa
Parte tese,

postuir a lÜTi-J j>rimJeira que

P°SSiblhda 6 de uma
delação
de Deus
aTtm*
^ Será um
s°™°
de compaixão

que dever/'
dnTrL
r aCOmPanhada
a nossa
resposta
àqueles

que
'ão

Castel°
bLc°-

Pn:jst aXu™deou^,ot

C°m
a condição
de se deixar
ftcar
.
So"'

necessidade

da
revelação

com
ser
possivel será realmente
necessária?
Hr/elaç^o

,gua!íTte

cTrrse;iurso:xanroi

re^ici™ r-
verdades
de ordem sobre-
natural ^ Pp , fs
'' a Revelaçao

pode considerar-se
absolutamente

^erc?eira:
A Igreja
e o
pensamento contem-
poraneo,
pag^óg1

OUTUBRO 1937
355

as verdades
necessana. de ordem,
Quanto natural,

moralmente necessaria.
apenas

Esta é a nossa tese


no meio termo,
que permanece

os racionalistas afirmam a
entre capacidade
que abso-

da razao humana conhecer


luta todas as verdades
para

de ordem religiosa natural, e os fideistas


que preço-

nizam a impotência fisica em se ela acha


que com

relação a essas mesmas verdades.

Colocamo-nos no meio termo, e, embora negando

contra os últimos a incapacidade absoluta da razão,

afirmamos outrossim, a Revelação, não sendo fisi-


que

camente necessaria, isto é, não sendo o único meio

irremovivel se chegar ao conhecimento de certas


para

verdades de ordem religiosa, a filosofia de si


que per

demonstrar, é no entretanto moralmente neces-


pôde

saria, ainda o conhecimento dessas mesmas ver-


para

dades, inúmeras dificuldades se nos deparam


pelas que

na condição histórica em se encontra o


presente que

humano.
genero

E, senão vejamos: Na hipótese de uma religião

sobrenatural, a razão é absolutamente impotente


para

conhecer, conforme vimos, os mistérios, e tudo


quanto

se relaciona com o sobrenatural lhe acima,


está
que

bem como os de Deus. Aqui a


preceitos positivos

Revelação é fisicamente necessaria.

Na hipótese da religião natural, a razão, não de

cada homem em mas do humano


particular, genero

considerado
em conjunto, tal existe, com todos
qual

os seus defeitos, é moralmente impotente co-


para

nhecer,
com um conhecimento certo, isento de
pronto,

erros, o conjunto de todas as verdades da Religião

natural.
Então, neste caso, a Revelação é moralmente

necessaria.

Impotência moral e não fisica, conforme dis-


pois,
''a

tingue no
Tanquerey, impotência fisica consiste

defeito o ato,
fisico de entre a faculdade e
proporção

de maneira
o ato seja verdadeiramente impossível,
que

assim ver;
ex: o olho não ouvir nem o ouvido
p. pode

a
porém, a impotência moral supõe, na verdade,
po-

tencia tantos
fisica o impedida
de ato, mas tão
por
por

obstáculos,
humanos, difi-
segundo os costumes
que,
356 A ORDEM

cilmente o ato: ex: E' tão difícil descrever


passa um

circulo redondo sem algum instrumento,


perfeitamente

dizer-se moralmente impossível.


que pode

Assim, o homem absolutamente falando,


poderia

conhecer as verdades de se trata natural)


que (religião

mas acha-se embaraçado tantas e tamanhas


por difi-

culdades atenta a sua natureza,


que, dizer-se
pode

ele, de fato, viria a conhece-las


que jamais es-
pelo

tudo
proprio". (5).

A' fortiori os fatos demonstram a asserção.

Efetivamente, uma religião se compõe de um sim-

bolo de verdades —
e um codigo de moral
dogmas

a inteligência e leis
para a vontade.
para

nos diz a historia


Que sobre as tentativas dos filo-

sofos em se a tarefa de dar uma


propor religião aos

homens, de modo a em ordem aos


gui4-los seus destinos ?

é nos diz
Que o Platão
que sobre o destino das

almas ?... O divino Platão


confessava
andar ás
que

apalpadelas
á espera de uma luz do alto ?.. .

desatino não
Qual enunciaram os antigos filosofos

sobre verdades
de ordem natural, como a existencia

e Deu> eastencia,
espiritualidade,
liberdade imor-
e

talidade da alma, e a vida futura ?

Enquanto
este afirmava
aquele negava, enquanto

um„ aperfeiçoava
outro destruía
tornar a fazer
para

me
E era uma lastima
_or* desciam ao
quando terreno

íco.
pra o diga
Que o desencadear
da corrupção nas

sociedades
antigas,
a
as suas
que doutrinas não tive-

ram torças
sustar.
para Ora, senhores,
e o ? até
povo

o a infinita
quan arraia
miúda haveria
de estar á

espera de um acordo
entre esses homens?

arraia
miúda...
não disseram
que dela os de-

tentores
do
pensamento antigol
Um deles, Cicero, es-

crevia nas Tusculanas,


a filosofia
que contenta-se de

poucos e fugindo
juizes,
propositadamente da multidão,

torna-se
ela suspeita
para
e aborrecida".
Quem não

conhece o verso
celeberrimo
de Horacio
a respeito do

vulgo
Eles achavam
profano.
o devia mes-
que povo


(5) Tanquerey: Teologia
dogmatica,
vol. Da Revelação.

OUTUBRO
1937
357

ignorar certas verdades,


mo so incubadas
e viçosas em

seus entendimentos
previlegiados!

deles reuniu sem mistura


Qual de erros> a suma

verdades da religião natural?


das Nem um só. E dado

o fizessem, na sua
mesmo
que preocupação apuro
pelo

forma, seriam compreendidos


da
pelo povo?

Simon, foi o filosofo


Júlio que tentou, nos
que

tempos modernos, o termo


(já dizer
parece ele
que

construiu sobre alguma coisa não era dele),


que ioda

uma reiigião natural só com as luzes da inteligência,

"o

confessava filosofo é um homem


que tem tanta
que

autoridade lhe dá o seu talento...


quanta Versa os

mais difíceis, muitas vezes os mais ingratos assuntos,

só ser compreendido inteligências mui-


podendo pelas

to exercitadas".
(6)

Ora, é aos homens da filosofia uni versa-


possivel

lizar uma religião exige o tirocinio de inteligencia6


que

exercitadas? Porque, afinal, o filosofo ser com-


precisa

dar explicações. Doutro modo


preendido, onde
precisa

vai ele buscar autoridade impor uma crença


para pro-

curada, meditada sua inteligência ?


pesada, pela própria

Ah! senhores, nós certezaI Procuramo-la


queremos

com a mesma ansiedade com o veado sálta em


que

busca da fonte refrigerante ao longe apenas


que pres-

sente!
como a Pascal, o sublime
Queremo-la
queria
"que

torturado
era como uma onda de
gigantesca

amargura
e de crença, assaltada nostalgia divina
pela

em
mar"... na frase incomparavel do nosso
pleno

Jackson.
(6)

Não nos admiremos, si ouvirmos um Visconde


pois,
"que
de
Azevedo
exclamar si Sócrates e Platão vi-

vessem
no tempo de a
Cristo, teriam seguido
Jesus

sua
doutrina,
e sido companheiros de S. Paulo em

a
propagar, nela achariam a autoridade divina,
porque

debalde
que ensinar aos
procuraram, para poderem

homens
uma religião nova, em
mas boa e verdadeira,

estes
que e devessem crer".
pudessem (7)

(6) de Figueiredo: Pascal a inquietação mo-


, Jackson e

derna,

pag. 163.


(7) Visconde de Azevedo: á Divindade We
Carta-prefacio
T

Jesus, de
Camilo Castelo Branco.
358 A ORDEM

A Platão não
peregrinação fazer,
que pôde fê-la

Agostinho, e na sua esteira, outros?...


quantos

Verdadeiramente,
só a fé numa autoridade
super-

humana nos dar essa certeza, desde


pode a auto-
que

ridade do filosofo é o seu talento, nas mesmas


condi-

em se acha o
ções do mais rude operário
que em re-

lação ao sobrenatural, incerto, tacteando,


vagando

sombras na noite
quais do mistério, como
Farias
gritou

Brito, ele,
devera ter
que jamais acendido
nessa

noite
reconhecera
aterradora e
que tenebrosa,
a luz

da sua
inteligênciaI
possante

^^^6;
dâ impotência
pois, da, razao
co~
para

nhecer,
expeditamente
e sem erros, todas as verdades

da religião
natural,
concluir
podemos e dar fir-
por

mada
a 2.a
da nossa tese
parte fica
que assim:
posta

a) necessidade
física,
absoluta,
da Revelação

a ^capacidade
da razao
o conhecimento
para de
j

verdades de ordem
sobrenatural;

b) necessidade
moral da Revelação,
o todo
para

do
humano
genero nas atuais
conjunturas
históricas,

&° conhecimento
das verdades
da religião

natural

Logo,
a
provada
possibilidade e a necessidade
da

evelaçao,
deve ser
qual a atitude
da nossa razão?

veflg£ír
» ° f<>to
se deu.
Mas, diante
7" do espe-
|

religiões

se dizem
que igualmente

rp^]°,
reveladas
e se contradizem
entre si,
meios a
por que
ssa mteligencia
se ha-de
assegurar
da única e ver-

dadeira
Revelação? -
Pelos
sinais
com Deus
que
nrcessanamente
haver,a
de fazer
acompanhar
a sua

P°rquex E1<:
mesmo
não exige de nós uma
(A
±Ça°'

P°rqUa ' s3 assim


fosse, nos não dotaria de

razao,
e,
conseguinte,
por não
haveria
mérito algum da

^ar

que ás ver-
j110 ^sfentimento prestaríamos
f
dades reveladas.
A razão
não creria, afirma Tomás,
S.

a nao visse
e necessário
que crer". E é isto
que

nos\ Ele
quer não
dispensa
o nosso
pensa-
an es
, exige
a
para racional do
justificação

dogma
nao —
que —,
pode o afirmava
já S. Paulo

ser cri o sem razão:


Rationabile
obsequium
vestrum.
-
OUTUBRO
1957
359

Portanto, si algo Ele revelou,


essa
Revelação
deve

acorri de
estar critérios,
panhcidci ou
motivos
de cre~

internos
e externos.
Destes

últimos, dois, o milagre


e a
profecia, se relacionam

intimamente com o fato da Revelação.

Si eles constituem objeto de uma outra


tese,
po-

demos desde afirmar em conclusão,



eles,
que, por'

a nossa razão estará a caminho


já daquele
bus-
porto

cado obstinadamente
nossa alma,
pela e onde.
na frase

"mais
sempre castiça do cardial Cerejeira;
serenamente

os astros no céu, nós nos


que moveremos
na região

mais alta do bem e do amor".

E esse em cujas aguas


porto, se refletem a beleza

dos e a sinceridade
puros dos
é a Igreja
penitentes,

Católica 1
Os três do homem
pedagogos

Frei Apolonio Weil, O. F.


M.

Três são as épocas m


em homem
que

forma o seu ser. Conquanto


possam diferen-

ciar em duração, cada


qual possue, todavia,

sua importancia vital.

A FAMÍLIA

A educação, nos
seis anos de
primeiros existencia

da criança, constitue,
assim dizer, os alicerces
por do

suntuoso
vem a ser
prédio, que a formação integral

do do homem.
jovem,

A educaçao infantil
como
produz a seiva, a
que

mais tarde, se deverão


que, em boa
os bons ou
parte

maus frutos,
sazonarem
que a vida.
para Restringi-

mos a nossa asserção.


Ha circunstancias
capazes de

atenuar a eficiencia
do influxo
Si, o
paterno.
porem,

cabedal de ensinamentos
trazidos de casa, não estiver

arraigado
solida e firmemente
no coração da criança,

faltam as disposições,
os requisitos
e
postulados, pri-
mordiais e indispensáveis,
se fazem mister
que
para

ultenores
empenhos
no sentido da boa educação.

Poderão os esforços
da escola ou do meio social

sanear, mas tão somente,


após basearem,
tardiamente,

a ínriuencia
educacional
negligenciada.

E obvio
si atendermos
que, á realidade da vida

e das instituições
vigentes,
o
acabamos de dizer
que

e, muitos,
apenas
para um ideal,
não
(e, para poucos,

116111 1SS9 e maisl


Real consequencia
). do so-

fisma
e materialista
grosseiro
vivem!
que

OUTUBRO
1937
361

F' ilessa altura aí surgem os


já tais decepcionados.

•0

mundo ilude e ser iludido",


quer é seu lema,
si

ior a descrença na
lema vitoria
final
do beml Eis o

aberto a inconsciencia
caminho
para e infidelidade
em

negocios de monta e, aparentemente,


pouca
de some-

nos importancia! Nodoa silenciada


e
preterida
por pro-

desesperaram,
que depois
genitores,
talvez
que.
por

vezes repetidas, tenham sido injustamente

prejudicados*

Declaram-se então constrangidos


a
pagar com igual

moeda.

Não ha duvida
tal deshonestidade
que de antemão

impossibilite se forme um carater.


que

Pertencem á segunda ciasse os não


souberam
que

os filhos
a vida.
preparar para Ou
devido a
porque,

um amor mal interpretado,


retendo~os
num ambiente

e irreal, não os comunicaram


quimérico com os seus

semelhantes, nem. os fizeram


das cilegnas
participar

inocentes,
daquela idade.
próprias Ou então,
porque

num faiso sentimentalismo

a. ^

religioso, não lhes outorgaram


base moral idônea.

O resultado de semelhante falsa


é um
pedagogia

grande de interrogação.
ponto O novo candidato á

sociedade
encontra-se indeciso,
porque chegou
jamais
"nem
a conhecer a franqueza.
Não é
carne nem osso".

Muito bom
o mal, e muito
para praticar fraco e
quasi

impotente
fazer o bem!
para

¦.
Sente-se ele incapaz
enfrentar a
para realidade da

vida,
crendo-se
iludido
todos.
por

Começa
então a tremenda luta no seu interior,

da
em regra,
qual, sai mortalmente
ferido. Acaba
por

escrer
de si, de tudo o. o cerca e dos laços mo-
que

rais,
talvez até o
que momento o detinham.

Restam,
finalmente, os idealizam
pais que grande

porcentagem dc autodidatas,
esses, na reaii-
quando

dade,
formam
apenas exceções. Os insucessos, os en-

comios
ou as vaias, as lições da vida, opinam eles,

ao-de
formar
seus fiihos.

E o resultado
dessa educação?

E esse tipo tão freqüente em nossos dias,


já que
,e

Presta muito bem


da sorrateira.
para pábuio gíria
362 A ORDEM

A importancia da boa educação


no
primordial

lar consiste nas forças sempre vivas da afeição


e con-

fiança, da compreensão e fidelidade mutuas.

A harmonização das capacidades humanas, é das

mais recomendam a educação


prerrogativas que pela

familia. Pois esta, e não se sonega-lo, equilibra


pode

as forças do espirito e da matéria, ou seja, da alma

e do corpo, resultado só mui dificilmente conseguido

escola. Os o conseguem com mais eficacia


pela pais

estarem em melhores condições, levar em conta


por para
' 'animal-sapiens'',

creativas desse desenvol-


potências

vendo, logo desde cedo, a criança o Homem in-


para

tegral. .Assim a boa educação dos filhos na casa


pa-

terna, se torna essencialmente fundamental e básica,

de suma vantagem todas as da existencia.


para quadras

E' a união da natureza ao esforço


for-
pessoal, para

mar, futuramente, a Sobre a


personalidade.
pródiga-

lidade da natureza e o esforço funda-se toda


proprio

aquela vida interior do homem, cujo termo


prodigiosa

é a da
perfeição personalidade.

A educação se recebe no lar tem


que como
paterno,

resultado compensador a continuidade influxo


do dos

Do herda o
progenitores. futuro homem noções
pai

de sociabilidade, o espirito de ação no confronto com

a vida. A mãi sabe achegar-se ás fibras delicadas da

esfera infantil, dando alma a essa nova existencia,

o homem feito
para que não se torne simples
peça

nesse mecanismo complexo


da sociedade humana de

hoje. Aludindo a isso, Langbehn


se externa dizendo:

Minha mãi era a


discrição, meu
própria contudo,
pai,

um de
possuia altivez...
que Por de meu
parte pai

sou todo sangue-frio,


serenidade, firmeza;
por parte

de minha mãi, todo calor, impenetrabilidade, senti-

mento. Hembrandtdeutsche,
(Der Momme Nissen

11).
p.

Pai e mãi sao como


os em
que polos que giram

torno de um eixo,
é a
que infantil, ou os
psiqué pesos

da balança fazem
o fiel ocupar, o
que novamente,

centro donde talvez o tenham conseguido afastar for-

-Virtus
estranhas.
in médio",
Ças a timbra
perfeição
OUTUBRO —
1937
363

em andar caminho
pelo do meio,
sempre evitando
as-

extremismos ideiologicos.
sim quaesquer

tem, conseguinte,
Os em
pais por suas mãos
po-

harmoniza dores 1
deres

Respeito á autoridade, é outra


herança
da boa

na família, da
educação emana a
qual futura
consi-

a liberdade do
deração para pensamento e modo de

Dai os
ver alheio. o respeito
germens para á autori-
^

civil e religiosa. O cidadão


dade util ao Estado
e o

honesto começam a se formar


cristão no seio da familia.

Resumindo, devemos, dizer: A excelencia


pois, da

domestica só se conseguirá,
educação
plenamente,

os de todo se convencerem de
quando pais sua alta

missão. Para isso faz-se mister, sejam senhores de si

mesmos. O ensino mais eficaz


dos é
por parte pais

sua atitude decidida, seria em face dos


postulados

morais, honesta em relação á convivência.

Eles hão-de saciar a sede das faculdades dessas

novas inteligências com valores reais, de maneira


que

os filhos um dia, se mostrar verdadeiramente


possam,

Não se esquecerá o corpo,


gratos. também ne-
que
"treino"

cessita de racional: regularidade de vida,


pon-

tualidade nos atos, horas de trabalho se revezam


que

com outras de descanso, enrijamento do corpo


para

auxiliar as operações do carater.

Creio ninguém contestará" escreve com muita


que

"que

razão L. Lacombe, os fundamentos da familia


J.

se abalaram nestes últimos anos" Cristã e Edu-


(Moral

cação,
113). Abalar, sim, mas demolir os mesmos,
p.

não no conseguiram nem os séculos, apesar de


grandes

empenhos
em contrario. E é certo, enquanto entre os

povos e as nações subsistir a concepção mundo,


cristã do

permanecerá assegurada a estabilidade da familia com

todos
os
seus atributos, fator, excelencia, de
qual por

formação
solida e individual, intimamente e
profunda

convincente, —
sempre duradoura, contra uma
quasi

"fabricada"
educação
idealizada, fiticia e á força
pela

"egolatras",
vontade
de uns dirigentes cedo
poucos que

°u
tarde
ha-de ruir em si mesma, a liberdade
quando

de
ação
falar.
puder
364
A ORDEM

A ESCOLA

E manifesto
não havemos
que de
esgotar n

sunto como não


pretendemos faze-lo,
discorrendo

so'
bre alguns aspetos,
convém á
que educação
na família

A escola
J recebe
em seu seio um
ente
mais
ôn
menos
predisposto. ou

$e entende
eSCO,a
P°r e
a sua
qual honrosa
iss£U?

°i
PTltlVO slSnif»cado
etimologico

* é «,
preenchimento das horas
vagas,
se dispensam
que
n
da v,da,
ficando
elas á disposição
j do
livre
io"
das nossas
capacidades. J°g°

^ C°nCeÍt° modÍf-aÇòes

atravef
dós Ternas.

usado
^ com referencia

1 k quasi exclusiva

iSTMõSaSl

tr acepção ^

a^iciatC^eéco0nsSaqUee

o^da
i

sat

«sSFsf-a
pTSJr,

'•u • -—«¦»
eí, ri™

deverãoP *Jue
forma^comopoio
-f61?*8

espiritual,
7
serva, P
o a re-
cabedal
de i^Aa

gará as formas
adequadas
ao ^ut°r"

e do
Porte da
motivação
!n.cent,v?s<
de
quanto nn
rodeia,
todos, e isso a
se lhe
que confiam
T *

ciamos
os mes'
conceitos
da I"6
escolTéA,T"

Logo,
também
é \
obZ Reação,
coerente,
si afirmamos
a escola
que é o confr^K 1

ou
entre outra,
a
por
pedagogia escolar
^

conexo da vida, o
é e
deve
Z 1C n ^lgencias

<3ue
poderemos abstrair d.e, i^mais
si não

hante v,olentar
conceito seme"

primordial
eTiT

Conforme
o L
qUe va: AU ,

"meio
considerada Ser

qual
para ó fim" V800!,®
'i ^abe-lhe
formar.
educar,
Nada, •
< pois d^ £5
pois, de "unilatera-
parcialidade
ou

OUTUBRO
1937
365

A escola deve abranger


todas
lísmo". as faculdades
do

de modo a lhe motivar


educando, a sua existencia

e os atos correspondentes
racional á mesma.

de ensino, seja
grau ele
Qualquer secun-
primário,

ou superior, achegar-se
dario pretende ao é mais
que

afim de no-lo indicar como


nosso,
propriedade nossa,

dele tornar-nos ainda mais


para possuidores.

Não havemos de olvidar ou então amesquinhar


a

da familia em matéria de educação.


primazia Isso

intimo é o contato entre educador


porque e edu-

cando, sendo esse, o fator


precisamente, constitue
que

a o êxito feliz da formação


garantia para solida. Eis,

também o obriga a a educação


que preferir familiar

a outra
qualquer.

E' mister não se de vista a escola


perca
que pôde

contribuir o bem ou o mal do desenvolvi-


para para

mento. Pode danificar imensamente.


Si verificarmos

mudança favoravel durante os anos escolares, no mais

das vezes, não no devemos ao mérito da mesma es-

cola, e sim ao fato da comunidade na classe, ou en-

tão ao contato humano com um membro do corpo

docente. Eis o
a excelencia da
que perfazia, justamente,

educação na familia 1

A escola causará tanto menos


prejuízo, quanto

melhor influenciada estiver a criança


pelos país.

Pôde também deixar de exercer influencia, o


que

eqüivale a declarar falência da Haja vista


pedagogia.

o
numero de alunos, nem
grande sempre
que permite

dedicação
individual ou compreensão da de cada
psique

um
do
por parte preceptor.

A autoridade do mestre, na formação,


prende-se

a duas
condições: Si a criança está ou não
preparada
"sociabili-

a escola, de um
para espirito de
possuidora

dade",
a mostrar boa vontade. A criança
Segundo:

não
deve
estar imbuida de horror a toda e
já qualquer

autoridade.
Assim como da autoridade
julga paterna,

julgará também da autoridade do


professor.

Cumpre
notar, sem encobrir verdadeiros erros
por

parte d? escola, muitos empenhados


que progenitores,

em
culpa-la,
freqüentemente, isso contribuíram
para

P°r uma
educação falha ou mal sucedida.
366
A ORDEM

Mas a escola também corrige e consegue


enveredai-

'
eficazmente, mal encaminhados.
passos Sem
o
s th

rem, exercem, nesse


particular, papel preponderante
o<s

colegas.
proprios

Isso
certa disposição
pressupõe colegial,
certa
ca-

social,
pacidade da criança.
por parte Ela deverá
nlr.

das alegrias
e opiniões,
dos
deseios

e interesses
comuns a seus camaradas,
suposto
au.

sejam fruto da espontaneidade


infantil,
si bem nj

muitas vezes desarrazoados. q

Requer-se alem disso, o aulista


que não
se
sinta

menos capacitado
e inferior
aos demais,
circunstancia

°
q"al,se.lhe f'S"ra
baldado
e
?nutíl
inútil. Ftf
Eis a° <°rÇO'~
a motivaçao

psicologica fazer
para renetir

o curso a um estudante
Iraco.

Longe de nós
exhaurir
querer a
questão escolar

Contentamo-nos "prós"
em "contra?'
tocar de leve uns
e

ao caso
Quanto concreto
de nossa
formaçSo
es-
coar,
ainda
(que não é, na verdade,
o
deveria
que
ser),
ven.a
pedimos
transcrever
para o
nos dê-
que
um matutino
parou
com referencia an

dario
e superior,
e
assimnoTparece,^T?»!™
que
eiCU1Pa
sa
tisfatoriamente
a comnWíríarU j

«pw, J,
."iftSkZi.;z^é

UT es"
C0K0 para
£r:
emgasãorp°aubesrtipo

uma
esc°la em
município
distante e« para

s™,
«goto ? Como obter,
nesse
«esse Wai
caso,
cisoV"
a uniformidade?
Rebaiv^nrlr» r, 4-' j
d°S
grandes centros?
Isso
seria ronTr t,p°

Pro^esso' con'
traproducente
e destruidor
Pí j

no interior
quiveis 1
X tR?clamando inexe-

Seria PDo° ?
também
insensato
e absurdo

e locais
gerais^ de
cada
recanCbrasileiro35

todas
qU6f as
dos EstadosTnid?sUesãorecotam PrIs5es

reformatori°
mira. El-
Ha tambem
ingenuosT1P°

"^

^
r^mt
oEututa
&ok=r

ha também
pa.ses
desigualdades'

e"d^e^uílibí-ios"

OUTUBRO
1937
367

O MEIO

E' deslise imperdoável


pedagogico afirmar o
que
"produto

não é nada mais


homem de suas
que relações".

Escreveu mui espirituosamente,


a tal respeito,

de Moura Santos em recente


Mario artigo
publicado
''Correio

no do Povo" de Porto Alegre, neste


passo:
"O

mundo educa, diz com


sabedoria o bro-
profunda

cardo O é a educação
popular. pior que a vida
que

dá a cada um de nós, só nos aproveitaria


em outra

vida, morremos sem ter alcançado


porque a educação

suficiente viver bem".


para

Logo, eqüivale a contrasenso,


grave querer genera-

lizar o educativo do meio, consoante a sentença,


papel

acima referimos, á formação da indivi-


que quanto

dualidade.

E, contudo, muito aquém da


permaneceriamos

realidade, si em culposo olvido a im-


preteríssemos

vital e a influencia o meio exerce sobre


portancia que

o resultado ultimo da formação ou digamos,


pedagógica

sobre a concretização objetiva do nosso carater.

Passemos a
pormenores.
"milieu

Meio ou biologique", segundo a expressão

consagrada
Lamark, são todos os fatores
por que

atuam ininterrupatamente na ou no animal. Não


planta

na mister a criatura animada esse influxo,


que perceba

como
também se entregar a ele ou dele se evadir
pode

instinto.
por O homem, como ser vivo é, está
que

sujeito
á atuação do meio, nesse mesmo sentido, sa-

bendo,
se livrar e obviar, devido a sua capa-
porem,

cidade
de observador e cientista.
pensador, pesquisador

O conceito biologico,
cientifico-natural do meio

—,
e, não não
se exclua a biologia humana sofre

contestação
do experimental
por parte progresso que

presenciamos. Ocupa-se ele com o estudo das imediações

próximas e a in-
de morada, territorio)
(lugar prédio,

rluencia
da natureza temperatura, clima).
(paizagem,

Passou biologica
esse mesmo modo de ver, da vida

para a vida social.

O homem con-
tem seus semelhantes com os
quais

vive
formando
a sociedade.
368
A ORDEM

Temos assim o conceito cientifico-social,

que

investiga a influencia
exercida esse meio
por sobre
a

formação do indivíduo.

Não faltaram os em demasia, atribuíram


^ que, ao

meio social influencias


absolutas. Muito em desabono

de semelhante
opinião, veio a social mostrar
psicologia

existirem, realmente, certos fatores


formam
que os

componentes
de um influxo exterior. Mas o elemento

preponderante é a vontade direta ou indiretamente

manifestada,
ou relações
que permite amistosas,
quer

correlacionadas
ou adversativas de indivíduos
ou
gru-

Todas essas
pos. circunstancias terão forçosamente

repercussão
viva no desenvolvimento
individual.
O

homem
no entanto,
possue, meios
se subtrair
para á

atuação externa menos favoravel. Isso o impele á de-

cisão
si é não
pessoal, ser arrastado.
que quer

Resta o
de vista
ponto encara o itieio
que filoso-

ficamente:
o espirito
da época, correntes
e tenden-

cias sociais,
artísticas,
políticas, cientificas, religiosas,
e

ha então
chegue a
quem concluir simplesmente:
o ho-

mem e nino de seu tempo,


A
vista
primeira
parece
isso talvez um elogio,
e, todavia, é nada menos
que

tácito consentimento
de fraqueza.
Pôde e deve o ho-

mem viver a altura de sua época. Honroso


é conviver

com o seu tempo.


Mas ser filho dele, eqüivale a lhe

estar sujeito, sem servir


as eras
para se seguem,
que
ou então so de objeto
de
censura. Não
justa devemos,

'"Os
ser
Pois, do tempo,
mas espíritos universais.

Muito
houvera
dizer,
se fossemos
que considerar

todas as
instituições
presentes
sociais e suas conse-

na
quencias
pedagogia das classes
menos abastadas,

a ar e
para uma.
E a aversão,
o rancor impotente,

a consciência
de classe.
Fatores
um am-
que geram
biente
indispõe
que a criança operaria
moderna a
qual-

influxo,
quer nem
(mas isso a impossibilita),
por

lhe elevasse
que o espirito
acima do baixo nivel moral

em se encontra.
que

A
sensata
pedagogia ha-de inquerir o ambiente

e meio, empenho
reverterá
que em seu au-
poderoso

xiliar na rormaçao
do educando.

OUTUBRO
1937
369

Podem-se com tais


precaver conhecimentos
futuras

levando, exemplo,
complicações, por em conta
se
que

do mais velho dos irmãos,


trata ou do caçula,
do filho

do irmão entre irmãs,


umco, de filho de agricultor ou

abastado.
pai
"produto

homem não é,
O
portanto, de suas re-

sobretudo si ainda fossemos


lações", acentuar
o
que

instinto como tal é mais dificilmente


influenciado,

a sua atuação ou o escopo


ele visado.
que por

A a deve tender é: educar o


que pedagogia homem

a responsabilidade
consciente de
para suas ações,

"pre-
empenhada assim em atenuar a influencia
da

disposição", a futura convivência.


preparando

De maneira alguma se
a crença
pode justificar

na do meio.
primazia

Em teoria deve o homem ser considerado livre,

como o é de fato, e a
na
pedagogia procederá, pratica,

de modo a tornar bem vivo o senso da responsabi-

lidade em face das exigencias


pessoal do meio.

Impende á educação capacitar o homem a se servir

ele dos elementos favoraveis do ambiente e não


proprio

descoroçoar
diante das aparências menos risonhas a

sua formação moral.

* * *

Alvo do se opera na família, na es-


processo que

cola e no meio social, é o homem. Claro está


que

falando
do homem nessa acepção, sua
se comprende

e individualidade, termos de nos


personalidade
que

servimos,
vezes diversas, no decorrer de nossas
por

d espretenciosas
explanações.

Talvez
seja de utilidade e aproveitamento deter-nos

um
sobre esses dois conceitos, merecem bem
pouco
que

distinguidos.

Não recordamos e
a atribuir a sabia
pro-
quem

funda
todo o homem é um
ponderação: pensamento

de
Deus.
E Deus não se repete em seus
pensamentos.

A conclusão
é forçosa-
das deste silogismo
premissas

mente
uma só.


Posto como de
a se oriente
que personalidade

fato —
acontece isso não ex-
valores objetivos,
por
370
A ORDEM

clue, no entanto,
cada homem
que
possua
personalidade
única,
a corresponde
que o ideal
a encara
que A

modo bem individual.


Copia não
haver,
pôde devido

as diferentes
graduações de conhecimentos
e á extensão

das capacidades. tensão

é a determlnaÇão
concreta
do
hnmferS°nardajde
homem,

predicado assim se
que confere
a todos
o*
homens
comumente.
Tornamo-nos,
todavia,
tanto
mais

personalidade,
mais formarmos
quanto e desenvolvermos

essa totalidade
completa
em si.

Uma
pers°TlidaíJe si. sendo
P°r.
ela |é que
^Yjdual,^
°
ainda não
i que eqüivale
!• i j a indivi-
dualidade.
Pois individual
também
pôde ser um
fato

en^Uan^<>
SÓ <

personalidade

'"dividuo»
na expressão
da sã filosofia,
é o ser
n.

U T?

Sctít
1SK
qaue
pts

Sempre

«Tlndivito.
r2^ÚllÍddUealÍdade

&
pratica, um lado,
por é forçoso
o individuo°S
que

menos
um <3ue de indivi-
dualidade pel°

°Utr0'
ess1 n3°
hade
se sublimar
a tanto,
tento T
as demais
que
se confundam
diante
dela.

algo de ul-
timo
demâo f^l aPerfeiÇ°amento,
formação
E' atitude
própria. de-
lil
hl li
Jra
em face
do me'o-
Corrigimos,
quiçá o aue ,r"

tocante
á influencia
do am-
bienté
soâe odlZl'am0s

Absolutamente
não. A
nalidade íl tUem? perso-

em relação
aos va-
íoresobjetivns
A™" futonoma
mani°
a rodeia>
que fioa-lhe
a de-
cislo
coto
'pronto L

^ VÍt°"a
está
a affr^diantrde^83-
ar!te
• emergencias.
quaisquer
Por pnf.. £, ,de

m
ncia
da familia,
da escola e do
meio
transmr

p^wonaíldadesi

aoTbaX!

Te tslZt
levar
a bel
prazer de interesseiros.
Não
OUTUBRO —
1937
371

"não"
saiba "sim"
ha
quasi quem o
proferir ou
por

convicção. ^

A razão das ditaduras


modernas,
é? A hu-
qual

manidade, as nações,
se encarrilhar
querem novamente

Mas ha capazes
de vigiar
poucos os freios,
e menos

ainda sao os sabem


que a si
guiar mesmos.
Então

basta, não raro>


apareça
que em cena um ou outro

mais arrojado, destituído


talvez
mesmo
de requisitos

de se não deveria
que
prescindir,
para em seu
que,

cierredor, se agrupem, as massas


desnorteadas.

A humanidade
está literalmente
á cata de
per-

sonalidades.

A comprovaçao
filosofica da unicidade
e do valor

da
é ainda reforçada
personalidade,
de
pelo ponto

vista cristão,
a alma única
quanto e ao inesti-
preço

mavel da mesma.

"dempto

E o uno, non déficit alter"?


Sim, mas

so no sentido de outrem
que fazer o o
poderá
que

^ cumprir,
• jamais, será su-
porem,
i

esta falha
pnmida
pessoal.

E missão do
concorrer com
pedagogo sua influ-

encia
o desenvolvimento
positiva para das respectivas

capacidades.
Mas é igualmente
certo só uma
que per-

sonalidade
formar
outra. Pois só ela é
pode se-

nhora
da
não obsta á liberdade
prudência, da
que

auto-formação,
sob as bases dos dons
que possuímos,

e sabe,
também, empolgar e rasgar novos horizontes

espirituais.
\

A noite com Deus

de Lima
Jorge

canceira tremenda
Que neste fim de tardei
Nem

vontade de nenhum alimento nem de nenhuma


dis-

tração a não ser o desejo de ficar a noite, toda esta

longa noite convosco,


Cnsto~ReiI
A noite vem e os

homens vão dormir mais uma vez e as noites serão

cada vez menos, cada vez menos, até a noite da Eter-

mdade. A caminho da morte as noites vão, vão, vão!

silencio foi feito a noite e a vigilia


para na noite

o homem
poe mais
de Deus. Ha
proximo
passaros que
vivem de noite, ha frutos
amaduram
que de noite, ha

•cantos só se ouvem
i que

e noite. Cnsto-Rei
encheis o
que silencio e o espaço

da noite e
estais comigo
que em todas as horas da

noite e fechais os olhos


dos
vão dormir
que e vão
que

morrer
durante
esta noite,
Cristo-Rei
ficai comigo

entro de minha noite.


Os
vão sem
que destino e sem

poiso na escuridão
e os vão
que cais, ruas
pelos pelas
eser as, os
caem
na sombra,
que os doentes sem cura

vos encontrar
precisam
nesta noite longa, Cristo-Rei,

vos encontrar
precisam
nos
seus leitos de morte, nas

suas vie as, nas suas


na noite.
quedas A noite mansa

esce como uma fronte


cansada.
Cristo-Rei amparai a

cansada
dos
pesadelos da vida, das an-
jOIl]f
f.a
°ra*'
in<lu^e^aÇâo
^ dos
*i dias dos homens!
P
° 1 ummai
& escuridão
de meu espirito, enchei
+rk*1Sl
men e ° espaço
imenso
~a a iniqüidade
que do mundo

no cerebro
poe de todos
os
seres inquietos
dentro da

nmte longa. Nao terei


medo
de meu Rei! Ha
junto

lobos
la fora!
Cnsto-Rei
não
me abandoneis dentro

da noite longa.
Discurso

(Pronunciado Sr. Alceu


pelo Amoroso Lima,

na sessão de instalação da Ação Católica Mas-

culina, na Catedral
Metropolitana do Rio, em

4 de Abril de 1937).

E certamente o dia de hoje um dia.


grande para

o catolicismo brasileiro. Nele vemos instalar-se


solene-

mente a Ação Católica Masculina na Capital de nossa

E este acontecimento
patria. repercute, de modo me-

moravel, tanto na vida da Igreja Universal, como na


^

de nossa nacionalidade.

Exulta a Igreja ver a fundação de mais


por um

avançado do Reino
posto de Deus no meio dos ho-

mens. Nas horas em o mundo se agita, como agora,


que

entre civilisações
morrem e civilisações nas-
que
que

cem
nao se deixa ela dominar obsessão do
pela

presente. Volta, ao contrario, o olhar sereno e eterno

os dias futuros.
para E ora buscar, nas selvas
procura

rudes
ou em horizontes remotos, os filhos de raças,

amda
ignorancia, traze-los á luz da
pagãs por para

verdadeira
cultura. E' a marcha secular Missões,
das

cada
vez mais encarecida voz e vigi-
pela profética

lante
de Roma. Orà, viver em civili-
procura plena
A.

zaçao,
de novo excesso cultura mal
ja de
pagã por

digerida,
leva-la á Idade Nova a todos as-
para
que

mas á luz das verdades cristãs. E' a avançada,

pacifica mas fervorosa, da ao es-


Ação Católica,
que

Pinto atual de impe-


violência, de orgulho técnico, de

nalismo
ou de exaltação e do bem
do
político
prazer

estar,
contrapõe, as
como balsamo ou como estimulo,

imemoriais
virtudes cristãs vezes, ao
tantas
já,
que

longo
dos séculos, oração, a
salvaram o homem: a
A ORDEM

humildade, o amor. Ao espirito revolucionário


opõe

a Igreja o espirito missionário.


Pois a Ação
Católica

não é uma simples mobilização


de leigos,
como
forcas


auxiliares do clero, mas uma arrancada
cristã
con-

tra os novos barbaros,


ameaçam
que tornar
o século

W mais desastroso
o Homem,
para do
que o for^m

os séculos XVIII ou XIX.

A Ação Católica é a cruzada


especifica
do
Cristo

no meio da civilização,
como as Missões
o são entre

os
selvagens ou
povos exoticos. E' mister
arrancar
de

novo o Santo Sepulcro da mão dos Infiéis.


Com a di-

ierença de
hoje, o Santo
que, Sepulcro
é o coração

corrompido
do homem moderno
e os infiéis
estão
acam-

em
pados cnstandade.
plena Assim
como, na Idade

Media, houve
muito
combatesse
quem o espirito
das

ruzadas,
ha também
hoje
escarneça
quem da Ação

Católica,
mesmo
entre os nossos,
não
por lhe com-

preenderem a lentidão,
os métodos
pacientes, o es-

pinto e sobrenatural.
pacifico
E, no entanto,
só ela

exprime
realmente
o espirito
do Cristo,
venceu o
que
mundo
mansidão
pela e não
violência,
pela
pela pu-
e,,na°
orgufho,
pel° força
pela da alma e não
WÍ pela
armas-
0s
processos da ação católica
são os
iinirnc
e,se °Por
aos
processos mais modernos
do esnirW^rf8

—•
te
ítíc&.T
s :v*

ahranCar
dl da
<™'<7o
2*
das° tSSi
t
o mais leve
vestígio da re-
vel 3n umanas,

mf°í°
emPregad°
hoje em dia
-
é o da X? 7

<?a. hipocrisia,
da corrupção se-
creta UltÇa°.'

mV1S'VeI
almas
e das institui-
,da?
^s'crtr'T-Ça°

Processos infinitamente
mais diabo-
licos e difi™»'
VenCCT
a lut?
fr^ca, a
í*°
per-
se^icão X'St 5ue
or^anizaÇao
destruidora,

os que gera
mártires &

PrOVOCa lambem
as
renova-
Srandes

^sTspIrituaT

essa
tatica
da dissimulação
^on^ra e da
per-

ciaímente^espiritual"

So^t.^.^-0340^ T™
trans'
formando
cada catoíico
Ctilo"co ,dlsperso'
num t??'
apostolo
, , do meio em
0 ,7 que
e trabalha,
mas reunindo
também
a todos num
OUTUBRO —
1937

575

só, numa ação rigorosamente


corpo
disciplinada
una

ao Cristo,
incorporada subordinação
pela ao seu minis-

sacerdotal.
terio

Por isso representa


a Igreja
para um
dia de festa

extensão oficial da
a Ação Católica
aos
homens
de

uma Arquidiocese da importancia


central
desta
nossa

E o Brasil também.
para Tudo o
seja de-
que

fender a alma católica brasileira


é, ao mesmo
passo

a estabilidade, a harmonia,
garantir a
social
paz deste

corpo
recebemos
grande politico, de nossos
que
avós,

informado uma alma cristã, e


por devemos
transmitir

a nossos descendentes,
mais forte e mais belo sem

duvida, mas sempre fiel aos


morais
principios e his-

toricos tradicionalmente
que o constituiram.

E uma
pois hora, esta
grande estamos
que vi-

°j ^ a *oc^os se. imPÕe a consciência


da responsa-

Z^vj

bilidade ora vai


que sobre nossos
pesar ombros.
In-

hoje, sem
gressamos distinção
de especie alguma
e

igualados no mesmo fervor como


participantes, no

apostolado da
oficial da
jerarquia Igreja.
Unimo-nos,

de modo ainda mais intimo, como membros uns dos ou-

tros no Corpo Mistico do Cristo. Para isso despoje-

mo-nos tudo o o espirito de vaidade,


que de indi-

vidualismo,
de maledicencia,
de orgulho
segredar
possa

a nossos ouvidos, tendo em mente apenas a dignidade

de servir e de amar á Igreja, isto é, ao Cristo Vivo

e integral
na
de seus representantes
pessoa na terra.

E a estes temos a alegria de manifestar aqui o

nosso^
de veneraçao,
preito nosso
de subor-
proposito

dinaçao
integral:
ao Santo Padre,
rei-
g.oriosamente

nante,
um dos maiores
da historia da Igreja
pontifices

e
ve, no apostolado
que leigo e nas missões, as co-

unas
da Igreja nos tempos modernos; ao nosso
grande

Cardial-Arcebispo,
da Ação Católica e alma
precursor

de
toda
a sua atual vitalidade entre nós; ao Clero,

secular
e regular,
desta Arquidiocese, devotado ao seu

ministério
sublime e de cujo espirito sobrenatural e

zelo
apostolico
vai depender a eficacia nossa mo-
de

desta
colaboração.

Somos
nesta hora armados cavaleiros da mais

suhhme
das Cruzadas. Vamos servir, no mundo,
376 A ORDEM

Aquele nos disse não ser o seu reino deste


que mundo

mas O começássemos a servir


querer que neste
"Jam já

mundo. non sum in mundo et hi in


mundo

sunt" 17,11). não estou no mundo


(Joan. Já mas
eles

estão no mundo, disse Nosso Senhor,


pedindo ao Pai

seus discípulos na sua sublime


por despedida.
Como

discípulos do Cristo, estamos no mundo, e é no mun-

do temos de trabalhar Ele, o


que por torna
que ainda

mais ardua e essa tarefa.


perigosa

Somos e fracos, também.


poucos Mas, não
foi

"'cordeiros
como lobos entre cordeiros e sim como
entre

lobos"
enviou os seus apostolos
que Jesus a
pregarem

0 Reino de Deus. Gloriemo-nos de nossas


fraquezas,

"A
como o Apostolo dos
glorioso Gentios.
condição

de minha força é a minha fraqueza".


("Cum enim

infirmor, tunc sum" II


potens Cor. XI, 10) disse ele,

resumindo, em sua
atitude,
própria todo o sentido

oculto do cristianismo.
E
raptado
quando ao Terceiro

Ceo, na sua sublime visão de Deus, o o Senhor


que
"na
lhe disse ainda e sempre é
fraqueza
que é a
que

força se mostra em sua


plenitude" in infir-
(Virtus

mitate^ —
perfícitur II Cor., XII, 9).

Não temos
receio,
nem da
portanto, escassês de

nossas forças nem


dos obstáculos
o mundo acu-
que

mula contra nos.


Si soubermos
ser dóceis á de
graça
Deus,
tudo
que e nos deixarmos
pode,
penetrar pelos
dons
do Espirito
Santo,
numa
absoluta incorporação

a vida intima
do Cristo
e de sua Igreja,
nada temos

a emer, e
podemos exclamar,
unisona
e alegremente,

nC~ a
compromissos:
Sraves
• Senhor, em vossas
,e
j°ra
mãos eposi amos nossas
almas; fazei de nossas vidas

ins rumen os da vossa


Gloria
e de cada um de nós

m Apostolo
do Vosso
Reino
entre os homens.
Escragnolle
Doria

Discurso
do
prof. Jonatas Serrano em

solenidade
promovida Congregação
pela do

Colégio Pedro II.

'T£sta

é, sem duvida, uma hora de suave e sadia

emoção. Hora de beleza


espiritual, das mais raras
e

na rude aspereza
preciosas sem
das lutas
poesia do

mundo contemporâneo.
Hora
genuinamente brasileira

e superiormente
daquele
patriótica,
patriotismo
que

nao se tece de frases vistosas, nem de hiperboles


sem

substancia, mas de concreta e rija verdade,


de atos

e de obras, de
e abnegação.
perseverança

A moda, hoje, é batizar as horas. Até o radio

contribue
esses batismos
para leigos. Na onomástica

fantasiosa
entram cores do arco-iris e até as letras do

alfabeto
foram chamadas a Poderíamos
qualificativo.

também
querer achar adjetivos originais
horas
para

como
esta. Conhecendo-vos
e respeitando a finura aris-

tocratica
do vosso bom
considera-la, sem
gosto, prefiro

outra
denominação,
uma hora de serena e
profunda

beleza
moral.

Faz
anos, aqui mesmo, nesta
já quasi casa
quatro

todos
que apaixonadamente
amamos, na sala tem
que

o vosso
nome, fostes saudado um colega e amigo
por

a
sobravam razões
quem vos admirar e
para
querei

em.
O
se disse então, mim
que a me deve
parece que

a(lm
bambem repetido, foi e é verdade.
porque

Vede
bem
como são as cousas do mundo: estou
que

pouquíssimos
discursos
si é alguns,
políticos, que podem

sem
desprimor
oradores e homenageados repetir-se
para

apos
alguns
anos. Mudam tão depressa as
perspectivas

c
e falaz
a
as verdades de agora
popularidade,
que
378 A ORDEM

serão as falsidades de amanhã. Bem haja a eloqüência

não corteja os do momento.


Benditas
que poderosos

as não descoram ao sopro dos interesses


palavras que

nem ás rajadas das


paixões.

O a 24 de dezembro de 1933 vos dizia


que
o

colega vos saudou, Sr. Professor Escragnolle


que Doria

ele o rediz com a mesma ufania e com o mesmo


calor

de sinceridade. E como não temos segredos,


ele me

autorizou a vô-lo repetisse hoje. Nem terei


que
pejo

de fazê-lo, não será nem furto. Nem


porque plágio, o

vou reproduzir na integra, mas somente no essencial


e

no mais expressivo. E com satisfação, verificando


que

não ha mister alterações ou evasivas


que dialéticas,

orador e homenageado não mudaram


porque de
posição

no moral, apesar da distancia vencida


plano de
(ai

nos) na encosta vamos descendo...


que já

então era verdade, como hoje,


Já ao vos sau-
que

dar em nome do corpo docente desta casa, seria


pos-

sivel e verificar
grato se entrelaçavam
que harmonio-

samente a a bondade
justiça, e a beleza.

como eu,^ vos


Quem, conhece ha mais de trinta

anos,
sem receio afirmar
pode ao nu-
que pertenceis

mero assaz restrito


dos indiferentes
á
popularidade.

ate ser mais


Julgo exato dizer
essa indiferença
que

atinge vezes o de
grau hostilidade, si
por acaso
por

popularidade se entende
como estima obtida a troco

de concessões,
de sacrifício,
minimo embora, de
por

convicções
em
próprias terreno. Todos
qualquer
quantos

convivemos
convosco,
mesmo
sem um conhecimento

l°nSa duração,
sabemos
• o vosso feitio
qual
\ i
m e ec uai e a vossa ironia
sutil e
penetrante, quando

se rata de algumas
dessas
vitorias
ocasionais e sempre

eiemeras, de talentos
ou méritos improvisados, e
que

se va em das oportunidades
não raro surpreendentes

a vida social. Tendes


então a
adequada e
palavra

muita vez,
que, na
reticente
graça de uma frase de

espirrto, marca
e
como
queima ferro em brasa.

uito erraria,
o biografo vos
porem, sem
que,

a ver conversado
em
familiar, um
prosa vos supusesse

ia homem de sobrecenho
carregado, as-
de
professor

severidade ou critico
pera impiedoso
á de vi-
procura

OUTUBRO 1937
379

Bem diverso é o vosso trato habitual,


timas. em
que

a experiencia dos homens


a e a necessaria
perspicacia,

nas apreciações não impedem


o comentário
justiça

a ironia a o de
propositada, jogo ou
jocoso, ^ palavras

de fina malicia.
a anedota

A vossa esquivança, surpreende talvez a al-


que

não é misantropia, nem ceticismo.


Bastaria,
guns,

refuta-lo, citar episodios em rebrilha


a vossa
para que

de verdadeiro amigo ou a bondade


solicitude cristã de

vosso coração Mas não ofender


generoso. a na-
quero

delicadeza com sabeis manter


tural na sombra e
que

essa face admiravel da vossa


no silencio
personalidade.

As vossas convicções, os assuntos as


que preferis,

atitudes sem estardalhaço, mas invariavelmente fir-

mes, explicam a admiração e o respeito teem


que por

vós discípulos e companheiros de trabalho, amigos e

— —
até omitir o vocábulo ? os desa-
porque propios

fetos. o dizia em 1933 e ora o repito: Só não tem


adversarios não opiniões. Nem mesmo


quem possue

Sócrates, nem siquer o Cristo deixou de ter inimigos.

Mas categoria e motivos dos seus inimigos,


pela pelos

mais do dos amigos, alguém afirmou


que pelos já que

se avaliar é um homem.
poderia quem

Ignoro sejam realmente os vossos. Sei


quais que

são muitos entretanto os vos os vossos


que prezam,

amigos, os vossos admiradores, os se orgulham de


que

ter sido vossos colegas ou vossos alunos, aqui e alhures.

Na admira vel Política, o Estagirita nos


sua

apontava os ilusões de certas formas sociais.


sofismas e

Ainda democratas não


nos classificamos
(e
quando

rejeito aris-
a hipótese de o sermos com sinceridade),

tocratas um ao menos,
todos o somos,
pouco pela

finura a educação empresta á sensibilidade


própria
que

e á inteligência. é o do convívio
A
polidez perfume

social. cheiro de
Falam os textos hagiograficos em

santidade. a imagem
Feliz e expressiva certamente

odora. e deliciam.
Virtude, beleza e sabor trescalam

Louvemos as almas
a Deus, entretanto, nem todas
que

exalem das
o característico. A atmosfera
seu odor

com as ema-
grandes metropoles carregada; espessa

nações
dos corpos, ficaria irrespirável...
A ORDEM
380

neste recanto
nascemos todos
Democratas privile-

meio século esteve no


do em
globo, que já por
giado

respeitada. Com tresdo-


coroada e
trono a democracia

nesta casa, neste ano cen-


o redigo aqui,
brado
prazer

vos cabe de modo es-


tenario, nesta solenidade
que

admiramos a fidelidade
respeitamos e
Sabemos,

do monarca magna-
vossas convicções. O louvor
as
Secial.

aos vossos ouvidos,


mais
nimo soará grato
porventura

de não
lábios insuspeitos
quem,
pronunciado pelos

militante, nem o
como vós
sendo também politico

do vacabulo to-
no sentido corrente
ser
querendo

republicana e dernocratica,
davia a solução
prefere

superiormente humanas
em suas acepções
genuínas,

e cristãs.

comum, achava com razão


nosso mestre
Sócrates,

á Patria, sem militar em


com fruto servir
se
que pode

ninguém ousará con-


Estou
pugnas partidarias.
que

do seu ministério e a formosa lição


testar a excelencia

daquela morte incomparavel.


daquela vida e

afinal hoje das estereis e mesquinhas


resta
Que

chefes ambiciosos da época: Um


competições dos
_

uma data, si tanto. do mes-


nome, um episodio,
jMas

refulge a vinte e cinco vezes


tre de Aristóteles,
gloria

secular.

Não sois chefe nem candidato a


politico, qualquer

coisa, nem deputado, senador ou ministro. Si o tives-

seis ambicionado, fácil vos houvera sido obtê-lo.


de uma feita demonstrastes a vossa capacidade de

administrador, tecida não só de assiduidade, energia,

exemplo ilibada, mas ainda de com-


pessoal, probidade

técnica, de visão larga, de iniciativa inteli-


petencia

A vossa capacidade de trabalho, aliás, agora


gente.

mesmo a demonstrastes, levando a feliz termo a obra

vos foi cometida a Comemoração do Cen-


que para

tenario desta casa. Oxalá não tarde ela em vir a lume

em condignas vestes tipográficas.

Não á Academia e é de la-


pertenceis penso que

mentar se exija, como no modelo francês, a apresen-

e o de o ce-
tação sufrágio,
pessoal pedido privando

das letras da de muitos, como vós,


naculo
presença
"0:


OUTUBRO
1937 381

não sabem
si. Et encore.
que pedir para . . Mesmo

sem a exigencia, não sei si as escolhas


seriam sempre

felizes, nem se
pode garantir, eu, o
penso
que proprio

Claudel assim houvesse obtido sufrágios bastantes.

-Mas de ha muito —
vos referi,
ja e aqui também

o contei de
;a em 33,
publico, antes de vos co-
que

nhecer
sendo eu ainda
pessoalmente, menino de 11

12 anos, um artigo vosso, na Revista


para Brasileira


a minha curiosidade
provocara e admiração. Tra-

tava-se dos Goncourts


e, como vos confessei, aquela

amizade literaria a vos referieis, causava-me ino-


que

cente inveja, a mim adolescente sem alegrias


grandes

e distrações, além da leitura e do estudo, na


precoce

e acaso excessiva com as coisas do espirito.


preocupação

Não vos seduz a Historia, discutida linha


grande

a linha, data a data, em combates de erudição agres-

siva, em bibliografias de ostensiva riqueza, á moda

Pobre riqueza, aliás, bastam alguns


germanica.
que

meses logo a em atraso, a exigir suplementos


para por

e notas adicionais. Como si o consistisse


saber em

decorar catalogos e vomitar fichas, como ha ainda al-

ingênuos o supõem. Isso, entretanto, não


guns que

atinge a verdadeira erudição, humanistica e humana,

serena, solida, equilibrada, não visa efeitos de fogo


que

de artificio, épater les bourgeois.


pour

Preferis, e é um direito ninguém vos


que poderia

recusar, a minúcia, o incidente expressivo, os vultos

menos então injustamente apreciados e


lembrados ou

nesse dominio inimitável. Pela vossa


sois
paciente pes-

e estilo sois um admi-


aristocrático
quisa, gosto pessoal,

ravel miniaturista.

isso é coisa fora da moda.


Nem se objete
que

vários exemplos em França e


Muito contrario,
pelo

noutros suficientes desmentir


cultos seriam
para
paises

ver, essa maneira


a objeção. Nada tem todavia,
que

de com a lamentavel liberdade


tratar o que
passado,

miúdo motivos extra-


se arrogam hoje, e a
tantos
por

fantasiando, roman-
cientificos até extra-literarios,
e

ceando, vezes a desamparada


adulterando ás
gravemente

no livro, como
verdade... terão eles as suas razões,

A ORDEM
382

exista algures uma


Nem me consta
no cuianiâ.. que já

Histonco. . .
do Passado
Protetora
Sociedade

agora imensa,
vossa colaboraçao, pode-se
A ja

da Semana, como
na Revista
dizer sem exageração,

no Eu Sei Tudo,
do Comercio e
o foi 110
Jornal

em outubro de 1927
numerosos volumes.
daria Já
para ^

— de Agenor
— beneditina
anos a
faz dez paciência

Bibliográfica mais de
na Revista
Macedo catalogava

no decano da nossa
artigos vossos
250 creio eu)
(256,

nas duas
204 e 105, respectivamente,
diaria e
imprensa

e mensal a outra.
uma semanal,
revistas
precitadas,

De então hoje,
só até 1927.
Mais de 500 artigos, para

semana, tereis
de um so trabalho
mesmo a razão por

mais, certo, dada a


Muito
escrito outro tanto. por

vossa também
de
múltipla diversidade que
produção,

como Terra Fluminense,


verificou em volumes,
se

trabalho destinado ao
de 1929 e no recentissimo
é
que

centenário desta Casa.

desde 1906, após o bri-


Pertenceis á Congregação

a tive o feliz ensejo de


lho de
provas publicas que

aliás ereis desde os tempos de


assistir. Desta casa

redizer, a ela tornastes como


aluno e, ainda o
quero

não de mãos vazias, mas, ao contrario,


bom filho,

um cabedal, sempre e sempre acrescido


distribuir
para

com os da experiencia e do esforço ininterrupto.


juros

dos vossos sentimentos elegeu de


A delicadeza

este dia associar as mais finas emoções


preferencia para

filiais ás alegrias da aceitação de um merecido


justas

Sabeis, sabemos ha invisiveis.


prêmio. que presenças

Certo a de acordo com a vossa escolha,


que, preferi-

reis, não terá hoje faltado ao vosso irresistivel chama-

mento. Ela neste instante ilumina o vosso


pensamento

e dulcifica a saudade do vosso coração.

Permiti também aquele vos fala, não ape-


que que

nas honroso mandato de colegas e discipulos, mas


pelo

ainda sinceridade sem reticencias e constancia


pela pela

sem de uma velha amizade de mais de trinta


parentesis,

—,
anos imagine e deseje tenha a certeza moral
(e


não se ilude) deseje reconheça com os
de e
que

olhos do espirito outras duas invisiveis,


presenças que

vos sorriem de cabelos brancos e vos são fami-


que

OUTUBRO
1937
383

na evocaçao de
liares amigo verdadeiro.
E, sorrindo-vos,

elas vos as misteriosas


jogam flores do Além.

E este 25 de agosto um dia deveras notável e

rico de expressivas associações


Sobrepaira
psicológicas.

a todas a figura admiravel


daquele cujo reinado foi,

na historia de França
o escreve, em obra
(e quem


recente, é Calmette)
um momento
único de equi-

librio e de harmonia . A' sombra do carvalho de Vin-

cennes, ouvindo e resolvendo


queixas ou,
processos,

em entre
sempre o mesmo na
Jafa, pestosos, bondade

e na intrepidez serena, S. Luiz, contemporâneo de

S. Tomás, representa condignamente o Médio Evo no

mais alto dos seus séculos, aquele século XIII, apogeu

da Escolastica, do e em da cultura cristã.


gotico geral

Na historia celebra-nos a efemeride o vulto


patria

inconfundível de Caxias, de com razão escreveu


quem

Vilhena de Morais, o seu nome representa um dos


que

mais legitimos de da nacionalidade.


padrões gloria

Referindo-se ao ato de com a Con-


justiça que

demonstrar o vos
gregação procurou quanto prezamos,

Piragibe, nosso velho amigo e também veterano


José

dos mais dignos a militar ainda nas fileiras do ensino,

em Comentário do do Brasil, teve alguns


Jornal

de sadia e sincera admiração.


períodos quentes

logo de inicio, continuais em con-


Lembrou,
que

dições de exercer o magistério, com real


poder proveito

dos conforme o reconhecera a moção


discentes,
que

e somente um imperativo legal


unanimes sufragamos;

impede do magistério, além do limite


o exercício pre-

como
fixado cronologicamente, e não
psicologicamente,

fôra si a o confirmasse.
preferível, pratica

"O

de emerito, escreveu ele, aplicado

qualificativo

aplicado so-
a tal está no sentido
proprio,
professor,

Pedro II. Só como


mente ao do Colégio
pro-
professor

Pedro II é *jne Escragnolle


fessor do Colégio
jDcria
"eme-

figurado da
está aposentado. No sentido
palavra

apenas confir-
do oficial,
rito" a Congregação
ginásio

mesmo sem o conhecerem,


mou a opinião de
quantos,

com ele muito


a aprender
aprenderam e continuarão

minúcias,
coisa nova, muitas
muita
da nossa historia,

mundo de mara-
aos olhos dele,
coisas pelo
grandes
A ORDEM
384

nos desvenda, e
e ele
encerram, que
vilhas que
que

.
melhores
tornando-nos
nos educam,

venia in-
E
razão o articulista. para
Tem peço

obser-
eu, a esse já
no também proposito
sistir
que,

mesmo o dissera.
e a vós
vara

a direção do Ar-
Mundo,
viagens Velho
As
pelo

com os
o lidar constante papeis que
Nacional e

quivo

da fogueira,
tao somente
supõe dignos
muita
gente

experiencia e labor
de
esse tesouro
tem aumentado

a vossa obra
de mencionar
Nem deixarei
metódico.

e romances, não
ficção, em contos
de que
anterior,

acaso formosura
seduzido pela
continuar,
quisestes

da Clio.
maior e ciumenta
grega

vez, vos relembre


ainda uma
Perdoai porem,^
que

biografia definitiva, es-


a
um velho compromisso: já

vós mesmo, do
mão de mestre
boçada com por grande

vistes de e
aquele Pedreira
Bom Retiro, que perto

verdade de 1937 e aquela


até hoje. A
tanto admirais

vós não teem o direito de des-


1933: homens como
de

cansar.

uma lição, e das mais


solenidade vale
Esta
por

discipulos de hoje e de
dais a vossos
eficientes,
que

vida, ainda as maiores forças


hontem. Na luta
pela

Em vosso artigo de 21 deste agosto,


são as do espirito.

da Semana, a da formação
na Revista
proposito
"Não

II, lembraveis: se vem aos altos do


de Pedro

existir, sim saber viver. Preenche


mundo só
para para

o esmero da educação e da instrução, coisas


tal escopo

nem sempre Tendes toda razão.


gemeas".


E a segunda sem a moral
primeira que pobreza

e Oxalá o olvidem os reformadores


que perigo! jamais

do ensino. Programas, curriculos, métodos renovados,

facilitam a tarefa. 0 essencial, o da formação


prodigio

uma só o realiza o verdadeiro mes-


de
personalidade,

tre. Pelo sabe e, sobretudo, é. Esta sole-


que pelo que

nidade vos exalça, sabeis e sois.


pelo que pelo que

um escrito em 1912, e um re-


Em
prefacio, por

de vossa datado de 8 de maio,


generosidade
quinte
"o

linda definição de experiencia, único


citastes

fruto amadurece sem adoçar


que jamais".

OUTUBRO
1937
385

Concordai comigo em ao menos exceção


que
por

haja uns laivos de doçura no amargor da filosofia

realmente vivida. E esta hora, Sr. Professor Escragnolle

Dória, em a de colegas,
que justiça a alegria ruidosa

de discípulos e o respeito,
a amizade e admiração de


todos
emento ha
proclamam de ter a
yop
para

vossa fmissima sensibilidade o encanto inefável de uma

doçura excepcional''.
Registro

tâin.ÍDcxii sc iiios
- Os marxistas
OS ACONTECIMEN

com o curso
tram descontentes
TOS NA ESPANHA

na Espanha.
dos acontecimentos

de seus chefes mais


franceses. Dois
os marxistas
Sobretudo

René Guérin, lamenta-


Pivert e
eminentes, Marceau

de Paris, de
no Populaire
recentemente que
vam-se

o Governo de
Staline sobre
a ascendencia exercida
por

vitoriosa na Espanha
estava tornando go-
Valencia,

sabidamente opressora
a de Moscou,
vernamental
politica

com os
e fidalgamente irreconciliavel
do
proletariado

A declaram
Democracia. este
da proposito
principios "em

a revolução,
as armas fornecidas Julho
para
que

do razão
estavam em mãos pela
de 1936
proletariado,

espanhola. Hoje,
falar de uma revolução
se
qual poude

e
arrancadas das mãos do
foram
proletariado
porem,

narram, a seguir, di-


revolucionaria". E
da vanguarda

vitimas na
de violência de têm sido
versos atos
que

cabeças do marxismo
Espanha vermelha conhecidos

espanhol.

"El

Heraldo" de
MANTÉM A Segundo
QUEM

á Rússia, a res-
REVOLUÇÃO ESPA- Madrid cabe

da
NHOLA ponsabilidade da
prolongação
"E

uma
revolução espanhola.

todas as
verdade histórica, diz ele,
que proclamam

do mundo: a continua em Espanha


consciências
guerra

As demo-
á U. R. S. S". E' evidente.
grandes
graças

ela hou-
fizeram tudo ao seu alcance,
cracias para que

em favor dos facistas. Si fracassaram,


vesse terminado

o objetivo, foi ao heroísmo


não atingiram seu
si graças

e do México
e ao auxilio da Rússia
dos espanhoes

OUTUBRO 1937 387

á Republica desde o inicio da Estas


prestado guerra".

declarações são da maxima importancia avaliar-se


para

do carater da luta na Espanha. Ninguém ignora


que

ali se batem tropas regulares de exercitos facistas e

os Governos de ditos totalitários


proprios paises
que

confessado sua contribuição alimentar a


têm
para

civil na Espanha. Não se de vista,


perca porem,
guerra

a intromissão da Rússia soviética na in-


politica
que

espanhol, não ser facilmente to-


terna do
povo podia

tinham tudo a com a


lerada, perder
por paises que

visinhanças, da revolucio-
expansão, em suas
politica

a serviço das ambições de Moscou.


naria do Komintern

da criminalidade
CQN- O
PROFILAXIA problema

de tempo a esta
infantil só
TRA A CRIMINALI,- pouco

a os ho-
DADE INFANTIL preocupar
parte passou

Governo. Foi em
mens de
já,

exemplo, leva
a Inglaterra, que
nosso século, por
que

e
estudo dessas
no questões principalmente
a dianteira

contra a de-
de
de uma profilaxia
na politica
pratica

leis com este


decretou as
linquencia infantil, primeiras

em Lon-
1920 a organização
apenas de
objetivo. Data

a lei
ainda
que que
dres, dos tribunais jovens,
para

em 1908. Como
aprovada quer
haja sido
os instituirá

aquela seriedade
com proverbial
os inglezes
seja
que

da sua^ raça,
de defesa
as
com encaram questões
que

da
estatal de
aparelho preservação
criaram o melhor

uma magis
leis excelentes,
o crime:
contra
juventude

desejar melhor
não se
como podia
tratura especialisada

aos assuntos
dedicado
inteiramente
e um serviço
policial

com es-
eles agora,
verificam
menores. Contudo,
de

eleva-se
infantd
de criminahdade
o Índice

panto, que

estão sendo
Varias explicações
de decrescer.
em vez

nada
o fenomeno
E no entanto
o íato.

propostas para
tribunais,

Leis, magistrados, policia,


tem de fenomenal.

a cri-
na luta
de ser
sua razão
tudo isso tem
^contra

basta. Uu
nao
isso
Tudo porem
infantil.
minalidade

si se
a fracassar
fatalmente
isso tende
melhor, tudo

da
religioso questão.
o aspeto
de
põe parte
A ORDEM
388

Os chamados Estados totali-


AS EXPERIENCIAS

oferecem uma
tarios
DO CORPORATI- perspectiva

na sua renova-
VISMO atraente política

o empenho de organizar a
dora:

corporativismo. Neste
nação sobre as bases do
parti-

merecem ser observados mais


cular um dos
paises que

mais do os outros
de é Portugal,
porque que
perto

e á liberdade individual
reserva á iniciativa
particular

na reforma do aparelha-
uma de autonomia,
parcela

Agora mesmo está em dis-


mento da sua economia.

um de con-
cussão na imprensa
portuguesa, projeto

os operários da industria de
trato de trabalho entre

respetivos Sob todos os as-


cortumes e os
patrões.

exceção de um, as criticas se mostram


com
petos,

ao A restrição no entanto, versa


favoraveis ,
projeto.

fundamental: o regimem do salario. Os


sobre matéria

operários, dividindo o trabalho em categorias,


preten-

dem estabelecer o salario uno cada Os


para grupo.

objetam um tal sistema de remuneração


patrões que

é fundamentalmente injusto, não atende á di-


porque

versidade de capacidade de trabalho, de aptidão ma-

nual ou intelectual do trabalhador e vários outros fa-

tores individuais de considerável repercussão sobre a

Baseados nestes argumentos


produção. pleiteiam que

seja mantido o regimem de tarefas. O Governo,


por

enquanto, ouve e as razões de lado a lado.


pondera

Bom é, também nossa vez, nos habituemos a


que, por

sobre estes mais dia menos dia,


pensar problemas que,

serão focalisados também no campo do trabalho bra-

sileiro.
Bibliografia


Hélio Bastos Tornaghi A arte


literaria Livraria da Boa Im-

— —
1937 Rio.
prensa

o volume o Sr. Hélio Bastos


E' este
quinto que

á versando assuntos os mais


Tornaghi dá
publicidade,
"A

religião, Neste,
filosofia,
diversos: psicologia.

— —
de Estilistica" o
arte literaria Compêndio jovem

sobre a arte da
apresenta um estudo
escritor palavra,

de sua autoria e transcri-


interessantes capitulos
com

de um ou de outro assunto.
a respeito
escolhidas
ções

se encare o trabalho do
forma
De
que
qualquer

um haverá convergência
Tornaghi, em
Sr. Hélio ponto

de esse talvez
E' na verificação
de louvor. que jovem,

ainda, vive
de uma academia
nem saido formado preo-

dando
coisas do
cupado com as nobres
pensamento,

amplas, de seus
mais ou menos
conta em monografias

de seus debates.
estudos e

e da^ Retórica,
da Lógica
Na esfera abandonada

livro sobre
esse
um acontecimento
hoje em dia, será

conhecer as
tanto carecem
matéria de
estilistica,
que

liberdade de
cuja
tantos escritores,
regras, tantos e

surpresas.
mais desçoncertantes
método atinge ás

C. B.

— Mois
Nouveau
Koenig
(J.)

et Mois
saint Rosaire
du tres

les Ency-
d'aprés
de Marie,

XIII.
Leon
du Pape
cliques

— 82, rue
P. Téqui,
Livraria


B. l.°
Paris
Bonaparte,

"Divini

na enciclica
de 193,7,
de Março
Em 19

os
XI denunciava
Papa Pio
S. o
Redemptoris", S.
4

A ORDEM
390

ateu bolchevista traz


o comunismo

graves perigos que

a sociedade. Entre
a familia e
as almas, para
para
para

conjurar esse
Papa perigo
os meios indicados para
pelo

intercessao
a
o de recorrer-se
iminente está poderosa

"que
a cabeça da
outr'ora esmagou
da SS. Virgem,

e defensora
socorro
o
serpente, tornando-se
poderoso

segura dos cristãos".

a oo. Virgem .
mais agradavel
E é a
prece
qual

Rosário, ensinado
o Santo por
E', indubitavelmente,

a S. Domingos. .
ela

a rran-
e especialmente
época a cristandade,
Nessa

ímpia dos Albingenses,


seita
estava ameaçada
pela
ça,

da Religião, ata-
os dogmas fundamentais
negava
que

estendia toda a
a legitima por parte
cava
propriedade,

ruina. Todavia, o Ro-


morte e
seu dominio pela
pela

venceu esse comunismo


S. Domingos,
sario, por
pregado

impio.

o Rosário, será
E' esta que
poderosa prece,
por

o comunismo moderno.
derrotado
também

com o R. P.
considerações fizeram J.
Estas
que
"Mez

do
mandasse reimprimir o seu livro
Koenig,

de Maria, de acordo com as enciclicas


S. Rosário e

de Leão XIII".

A origem do
Consta o livro das seguintes
partes:

influencia sobre as almas,


Rosário; sua excelencia; sua

a Igreja; ex-
a familia, sobre a sociedade, sobre
sobre

dos mistérios dolorosos e


gozosos, gloriosos;
plicação

nestes mistérios; os benefi-


a de S.
José
participação

ás almas do Purga tono.


cios o Rosário
que produz
"Manual

Contem ainda o do S. Rosário",


preces,

ritual, etc.

"Mez "Mez

Este do Rosário", ser lido como


pode

nas mãos dos fieis uma


de Maria". esse livro seja
Que

m contra os da impiedade moderna


arma eficaz assaltos


L. A.
faça florescer mais e mais a vida cristã.
e

Le Emile Gissé.
Sauveur,
par

vida de Nosso Cristo, composta


E' a Senhor
Jesus

dos Evangelhos, logicamente distribuídos


com o texto
4


OUTUBRO
1937
391

de estudos e introduções
e acompanhados de carater

e teologico.
historico

O Evangelho nunca será lido e meditado bastante.

livro reúne toda a substancia dos Evangelhos.


Este

indicado os circulos de estudos, os cole-


E'
para para

associações religiosas, as aulas de ca-


para para
gios,


L. A.
tecismo.

I/Examen de Conscience de

Deux Petits Croisés, M.


por

Duroy.

é uma coisa trabalhosa e


0 exame de consciência

muito mais meninos. 0


os adultos e
difícil para
para

brochura, conhecedor
autor desta
pequenina profundo

o exame de consciência
infantil, torna
da
psicologia

método c^ue emprega,


um exercício fácil, pelo
pelo

da vida do
esclarece os atos
modo como
quotidianos

diretores da
os catequistas e
menino. Excelente
para


L. A.
Cruzada Eucaristica.

PAction Ca-
Militants de
Aux


Douse Méditations
tholique

M. de
sur 1'Apostolat, por


S.
Bazelaire, J.

dentro
Hierárquico,
no Apostolado
Para colaborar

E
não é suficiente.
a boa vontade
da Ação Católica,

espirito
militantes
necessário os novos possuam
que

ha
de si mesmo,
de fé, á oração, esquecimento
amor

virtudes.
e outras
bilidade do apostolado
no exercício

os neo
isto:
auxiliar
Este livro é um excelente para

nessas
encontrarão paginas
militantes da ação católica

1em 1 u

devoção sobrenatural.
a arte e o método da
_

von
muitas
tem despertado
minado muitas almas e

realmente produzem
tades. doze meditações
São que


fruto. L. A.
A ORDEM
392


de Linguagem
Estudos


da leitura)

(Metodologia

Zulmira de
Pela Sra. Queiroz

de 202 2.a
In-8
Breiner. pp.j

II 1." serie
volume
edição;

"Pedagogia";
Empre-
A. B. C.

A. B. C. Limitada
sa Editora


Rio, 1937.

Relação entre o
índice: Nota
Tem o seguinte


Fases do desenvolvi-
e a linguagem

pensamento


do vocabulario
Formação
mento da elocução

— a linguagem
Meios de desenvolver
Linguagem oral



Apresentação de
e seus valores gravuras
oral



Exemplo
Dramatização
da boa linguagem
Club


no Colégio^
de Dramatização Jacobma
dramatização


Metodologia do en-
da leitura Objetivos
gerais



Enriquecimento da experiencia
sino da leitura


de hábitos, habih-
leitura Formação
Interesse
pela

— —
Psicologia da leitura
dades e atitudes Atitudes


Resenha Ex-
histórica dos métodos de leitura


Material de ensino
do método
posição global


nas classes A hora de historia
Leitura outras


a or-
de leitura Algumas observações sobre
Clubes


infantis
de um clube de leitura Bibliotecas
ganização

"Tests" — —
da
Uso do dicionário Metodologia

— —
dos
escrita Outros tipos de redação Correção


exercicios de linguagem Um de
pouco gramatica

Cartas — —
e correio infantil Diários escolar
Jornal

Jornal —
manuscrito e revista escolar Bibliografia

Critica
da l.a edição.

"Estudos

só aos
de Linguagem" destina-se não

estudantes de Metodologia, como também aos


profes-

e
sores, contem uma expositiva doutrinaria
pois parte

outra eminentemente
pratica.

da
A estuda o desenvolvimento
primeira parte

o me-
linguagem, os métodos de leitura, destacando

todo e o ensino da escrita.


global,

E' livro orientação dos


para professores primários

e os estudantes de Pedagogia.
para

OUTUBRO
1937
393

Colette —
Yver
Roger Scher-

1914-1935 —
pereel, Préface de

Folliet.
Joseph

E a biografia de um
catolico
jovem morreu
que

aos 20 anos de idade. Nada de extraordinário.


Roger

foi um modelo de catolico militante,


sem sair da vida

"não

comum. Diz o autor do


aspirou a
prefacio: nada

de insolito. Não teve mesmo tendencias


os es-
para

tados em si mais o sacerdocio ou


perfeitos: a vida

religiosa. apenas ser um bom


Quiz cristão". Para os

nossos moços da Ação Católica a vida de Roger é


um estimulo. L. A.
poderoso


Marie-Hélene Sourit
Jesus

aux Petits Gnfants Bleus.

E' uma historia simples e encantadora de dois

meninos
anjo da e evange-
guiados pelo guarda pelo

lista dos a mãi. Nesta historia


pequeninos: própria

está a iniciação na vida feita naturalidade,


cristã, com

sem exageros, com os fatos da vida dos me-


própria


ninos. L. A.


Ledroit, S.
Joseph J. Quand


Passait Tableaux
Jesus

- —

Evangeliques Les Miracles

Tome II.

"Quadros

Ledroit ins-
Os Evangélicos" do Padre

truem o Evan-
e encantam. Em conhecer
geral julga-se

Mas,
se leu ou ouviu algumas
gelho passagens.
porque

viver
revelação vê o Divino Mestre
se
que
quando

na o bem, semear
fazendo
paizagem galiléa, passar

sabe dar
caminho maravilhas e milagres. O autor
pelo

vida, viver
calor e o leitor sente-se
a esses
quadros,

A vida de
junto ao Mestre, ao Salvador. Jesus pelo

—-
Evangelho L. A.
é sempre admirável.
A ORDEM
394


Victor Poucel, S. Le
J.


Missel des Enfants

petit

Yvonne Riviére.
Ilustre
par

missa, nada se faz de bom;


se ouve mal a
Quando

como se deve, tudo se


a ela se assiste
quando, porem,

missal ensina os meninos


de Deus. Este
obtém
pequeno

ouvi-la, assis-
a missa
a compreenderem para poder


L. A.
com todo o
ti-la
proveito.

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