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DA
SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU
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CAMINHOS ANTIGOS
POVOAMENTO
DO BRASIL
PUBLICAÇÕES DA
SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU
CAMINHOS ANTIGOS
POVOAMENTO
DO BRASIL
EDIÇÃO
DA
SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU
LIVRARIA BRIGU1ET
1930
Edição de dois mil e quarenta exemplares
numerados, em papel commum, e — de
cento e trinta e cinco em papel apergami-
nhado, autenticados pela Secretaria e des-
tinados aos membros da Sociedade Capis-
trano de Abreu.
ÍNDICE
Pags.
Solís e primeiras explorações 11
Os Guaianazes de Piratininga * 27
Atribulações de um Donatário 37
-
SOLIS E PRIMEIRAS EXPLORAÇÕES
Artigo publicado no "Jornal do Commercio" de 24 de Janeiro
1900, sob titulo "Keviatas Históricas".
SOLÍS E PRIMEIRAS EXPLORAÇÕES
2
18 SOLíS E PRIMEIRAS EXPLORAÇÕES
s
34 OS GUAIANAZES DE PIRATININGA
hi, disse que não, mas antes lhe fizera fazer um altar
muito honrado e lhe mandava dizer uma missa cada
semana.
Perguntado si dissera alguma..hora que os bispos
eram uns bugiarões e tyranos que casavam e descasa-
vam e faziam o que queriam por dinheiro, disse que
não dissera tal e que lhe lembrava mais entender em,
seu trabalho e no bem da terra que dizer taes cousas,
e que quando lhe diziam que os prelados tinham ren-
das e folgavam, que elle dizia que estes tinham tanto
trabalho como os que trabalham de pela manhã até
noite e isto com suas ovelhas e com o cuidado dellas.
Perguntado por que resão deitara de pregador a
um frei Francisco que ahi pregava na igreja, disse que
não o lançara dahi, mas que elle se fora e lhe pagara
tudo o que lhe devia, e que a causa que se fora era por
dizer que se queria ir por ali lhe pagarem seu trabalho
em assucar e em outra parte lhe pagarem em dinheiro,
e que este frei Francisco dissera um dia no púlpito que
se alevantara Deus para tomarem a bandição a Barza-
bu, e que o povo se escandalisara disso e elle tornara a
dizer no púlpito que se não escandalisassem do que dis-
se
i"a, por que ás vezes queria um homem dizer uma e
e
scapavam-lhe outras, e que era castelhano e estava
a
í?ora em Pernambuco.
Perguntado si dissera alguma hora que Deus lhe
dizia que, comquanto elle fosse capitão que não havia
de vir guerra á terra e que não era necessário repairo,
disse que não; somente dizia ao povo, quando lhe ouvia
falar em guerra, que não houvessem medo que Nosso
Senhor tinha cuidado delles e que fossem trabalhar e
fazer o que haviam de fazer e não houvessem medo.
Perguntado si dissera que, quando um frei Roque
dizia missa e alevantava o Santo Sacramento, que não
alevantava a Deus sinão ao Diabo, disse que nunca tal
disse, mas que antes lhe dera dinheiro para lhe dizer
4
50 ATRIBULAÇÕES DE UM DONATÁRIO
O POVOAMENTO DO BRASIL
Estudo publicado no "Jornal do Commercio" de 12, 29 de Agosto
e 10 de Setembro de 1899 e reproduzido, refundido o ampliado, na
"America Brasileira", ns. 32, 33 e 34 de Agosto, Setembro e Outubro
de 1924.
OS CAMINHOS ANTIGOS E O POVOAMENTO
DO BRASIL
^7
E O POVOAMENTO DO BRASIL 55
(1) Pernambuco.
Embora em menor escala, que da Bahia de Todos os Santos para o
as serras e matas oppuzeram-se ao povoamento normal de Per-
nambuco .
A existência e resistência dos quilombos de Palmares seriam im-
possíveis em outras condições.
As paginas do texto, como sahiram primeiro no Jornal do Commer-
Cl0
i o agora vão ligeiramente attenuadas, provocaram as seguintes linhas
Annibal Palcão, grande e luminoso espirito, que a morte attingiu em
plena floração. Para apanhar bem seu alcance convém lembrar que
Canibal professava as crenças do positivismo mais orthodoxo.
"Pariz, Domingo. 15 de Outubro de 1899, — 1, rue Merlon (Ave-
nuo Marceau). — Aproveito estes momentos de repouso, a que me obri-
8am a
cr
doença o a necessidade de dar outro alimento á cabeça, para es-
ever-te dum artigo que li no Jornal do Commercio acerca do povoa-
me
nto do Brasil. Não julgo que seja teu o trabalho, mas é evidente--
'ncuto inspirado nos teus estudos, de que cm conversa mo déste noticia.
Ea publicação a que alludo são accusados os Pernambucanos de
ao
haverem completado o reconhecimento de sua terra.
O facto é incontroversivel, mas a ineulpaçâo immerecida. Sobre-
0
quando se enaltecem os méritos dos Paulistas.
60 OS CAMINHOS ANTIGOS
ir
(3)
mentos a esta reunida . Data dahi a ruptura das ma-
tas, feita por mãos alheias (o fluminense é incapaz
de dizer sape a um gato, escreve alguém que os con-
versou), o florescimento do Rio de Janeiro, que em
1711 já fornecia opimo espolio ao corsário Duguay-
Trouin.
A obra anti-paulistica de Garcia foi continuada
III
penetrou atravéa delia, foi sem duvida pela trilha do indio, e guiado por
indio. Ajunte-se a tudo isso, a falta dagua por dezenas de léguas, a
aridez do sólo, a escassez das chuvas, e se comprehenderá por que o mo-
vimento invasor busca desenvolver-se ao longo do mar e dos grandes rios
perennes, para depois voltar ao centro, rectifieando os caminhos atravéa
das catingas do baixo de permeio.
O campo offerecia no Sul elementos bem diversos: rios perennes em
grande numero, clima menos ardente, matas de pinheiro, cujos fruetos
eram excellentes e abundante provisão, constituindo no meio das solidões
Um verdadeiro oásis. As marchas diarias eram nessa região um movi-
mento regulado e calculado. Nas catingas, isso era impossível. Nas
margens do S. Francisco recolhi a tradição de que os primeiros catin-
gueiros que ousaram enveredar para os lados do Piauhi, carregavam agua
em 'borracha, e penetravam, rompendo a eatinga até onde a agua per-
mittia, e voltando ao rio S. Francisco para renovar as provisões em-
quanto o fogo, deitado ã eatinga systematicamente, ia desbravando a
região e abrindo as veredas.
Está visto que a mata offerece muito maiores obstáculos, o isso
explica bem o retardamento com que se povoaram as regiões dentro do
Rio e Minas, e as de entre o Espirito Santo e o valle superior do rio
Doce e outros."
80 OS CAMINHOS ANTIGOS
6
82 OS CAMINHOS ANTIGOS
IV
VI
VII
»
130 OS CAMINHOS ANTIGOS
DE MINAS
10
Estudo reproduzido da "Revista ão Archivo Publico Mineiro",
vol. VI, 1901, e pela primeira vez publicado na gazeta fluminense —
"A Semana", em 1887, sob a epigrapho: "Notas para a nossa historia".
ADVERTÊNCIA (*)
■
OS PRIMEIROS DESCOBRIDORES DE
MINAS
II
.
OS PRIMEIROS DESCOBRIDORES DE MINAS
III
DOCUMENTOS HISTÓRICOS
II
12
178 OS PRIMEIROS DESCOBRIDORES DE MINAS
III
(Extr. da Rev. do Inst. Hist. e Geog. Bras., vol. 49, parte 1.*,
pags. 7-8, 12.)
IV
(2) Outro mui notarei sac pela banda do Oriente ao mesmo Oceano,
a que chamão de Sara Francisco: cuja boca está em dez grãos e hum
terço, e será meya logoa de largo. Este rio entra tara soberbo no mar
e com tanta fúria, que nam chega a maré á boca, somente faz algum
tanto represar suas agoas, e dahi tres legoas ao mar se acha agoa doce.
Corre da boca do Sul para o Norte: dentro he muito fundo e limpo, e
pode-se navegar por elle até sessenta legoas como já se navegou. E
dahi por diante se nam pode navegar por respeito de huma cachoeira
mui grande que ha neste passo onde cae o peso da agoa de mui alto.
E acima desta cachoeira se mete o mesmo rio debaixo da terra e vem
sahir dahi huma legoa: e quando ha cheias arrebenta por cima e arrasa
toda a terra. Este rio procede de hum lago mui grande que está no
intimo da terra, onde afirmão que ha muitas povoações, cujos moradores
(segundo fama) possuem grandes averes de ouro, e pedraria.
(Extr. do Cap. II da Historia da Província Sãta Cruz).
OS PRIMEIROS DESCOBRIDORES DE MINAS
PALHETA AO MADEIRA
E O
DOCUMENTO DA NARRAÇÃO DA
VIAGEM
Publicação feita nos ns. 19 e 20, anno I, do 11 de Outubro e 24 de
Novembro de 1884, da Gaseta Litteraria (Rio de Janeiro), em quo pela
primeira vez foi impresso o documento da narração da viagem de Pa-
Iheta ao rio da Madeira.
A BANDEIRA DE FRANCISCO DE MELLO
PALHETA AO MADEIRA EM 1722/23,
SEGUNDO UM DOS SEUS COM-
PANHEIROS
13
194 A BANDEIRA DE FRANCISCO DE MELLO PALHETA
(1) Fr. Ratzet Der Staat und sein Boden geographische betrachtet,
62G, Leipzig, 1896.
220 SOBRE UMA HISTORIA DO CEARA'
(4) Eev. do Iiist. Histórico, tomo 57, parte 1.*, ps. 34,
SOBRE UMA HISTORIA DO CEARA* 225
II •
15
226 SOBRE UMA HISTORIA DO CEARA'
2.°
i#
242 TRICENTENAEIO DO CEARA'
#
FRAGMENTO DE UM PROLOGO
Publicado na "Revista ão Brasil", n.° 85 (Anno VIII, Vol. XXII)
de Janeiro de 1923 (São Paulo).
FRAGMENTO DE UM PROLOGO
17
258 FRAGMENTO DE UM PROLOGO
(1930-1933)
(SOCIOS FUNDADORES)
Paulo Prado
31, avenida Hygienopolis (S. Paulo)
João Pandiá Caixkieras
422, rua Voluntários da Patria (Rio de Janeiro)
Jayme Coelho
42, rua Custodio Serrão (Rio de Janeiro)
Miguel Arrojado Lisbôa
428, praia de Botafogo (Rio de Janeiro)
Adriano de Abreu
50, rua do Corcovado (Rio de Janeiro)
M. Said Ali
215, estrada da Saudade (Pctropolis — Estado do Rio)
Rodolpiio Garcia
88, rua Real Grandeza, casa V (Rio de Janeiro)
Afranio Peixoto
97, rua Paysandú (Rio de Janeiro)
Theodoro Sampaio
22, ladeira de São Bento (Bahia)
Affonso de E. Taunay
Museu Paulista (S. Paulo)
E. Roquette Pinto
Museu Nacional (Rio de Janeiro)
Eugênio de-Castro
98, rua Pereira da Silva (Rio do Janeiro)
Luiz Sombra
THESOURE1RO
16, rua das Magnolias
RIO DE JANEIRO
■
■
RELAÇÃO NOMINAL
DOS
MEMBROS
DA
SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU
Américo Ludolp
47, rua de S. Salvador —'Rio de Janeiro
Antônio de Alcantara Machado
13, rua Benjamin Constant — S. Paulo
Antonio Baptista Pereira
476, rua Marquez de S. Vicente — Rio de Janeiro
MEMBROS DA SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU
Colombo de A. Poetella
103, rua Sá Ferreira — Rio de Janeiro
Conde de ArroNSO Celso
35, rua Machado de Assis — Rio de Janeiro
Constancio Alves
Bibliotheca Nacional — Rio de Janeiro
Dionisio Ceequeira
56, rua Senador Vergueiro — Rio de Janeiro
Djalma Foejaz
2, rua Rodrigo Cláudio (Acclimação) — S. Paulo
Djalma Guimarães
Serviço Gcologico e Mineralogico do M. da Agricultura — Rio de Janeiro
Edoard Raja Gabaglia
332, praia do Flamengo — Rio de Janeiro
E. Roquette Pinto — (socio fundador)
Museu Nacional — Rio de Janeiro
Edgardo de Castro Rebello
80, rua da Real Grandeza, casa XVI — Rio de Janeiro
Eloy de Souza
Natal — Rio Grande do Norte
Eugênio de Castro — (socio fundador)
98, rua Pereira da Silva — Rio de Janeiro
Evaristo Bianchini
127, rua Joaquim Murtinho — Rio de Janeiro
Ferdinand Briguiet
Livraria Briguiet — Rio de Janeiro
Fernando Raja Gabaglia
425, rua das Laranjeiras — Rio de Janeiro
Francisco de Assis Carvalho Franco
97, alameda Jahú — S. Paulo
Francisco Mendes da Rocha
Ilha de Paquetá — Rio de Janeiro
Francisco da Rocha Lagôa Filho
40, rua David Campista — Rio de Janeiro
Francisco Sã
67, rua Almirante Tamandaré — Rio de Janeiro
MEMBROS DA SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU
Francisco Sá Filho
32, rua Eateves Júnior — Rio de Janeiro
F. X. Guimarães Natal
25, rua Almirante Tamandaré — Rio de Janeiro
Galeno Revoredo
106, rua Libero Badaró — S. Paulo
Gastão Cruls
34, rua Pereira da Silva — Rio de Janeiro
Graça Aranha
164, praia do Russell — Rio de Janeiro
Gustavo Barroso
83, rua Sá Ferreira — Rio de Janeiro
Gustavo Lessa
935, rua N. S. de Copacabana — Rio de Janeiro
Hahnemann Guimarães
Collegio Pedro II — Rio do Janeiro
IIelio Lobo
Lcgação do Brasil — Moutevidéo — Uruguay
Henrique Castriciano de Souza
Rua do Riachuelo (Hotel Magnífico) — Rio de Janeiro
Heraclito Domingues — (socio fundador)
21, rua Chile — Rio de Janeiro
ILDEFONSO ALBANO
Fortaleza — Ceará
Iseu de Almeida e Silva
428, praia de Botafogo — Rio de Janeiro
Jacy Monteiro
89, rua de S. Januario — Rio de Janeiro
Jayme Coelho — (socio fundador)
Rua Custodio Serrão, 42 — Rio de Janeiro
Jeronymo Figueira de Mello
Embaixada do Brasil — Vaticano — Italia
João Lúcio d'Azevedo — (socio honorário)
21, avenida de Berne — Lisboa — Portugal
João PandiA Calogeras — (socio fundador)
422, rua Voluntários da Patria — Rio de Janeiro
MEMBROS DA SOCIEDADE CAPISTRANO DE ABREU