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Gestos e posições

do povo na Santa Missa


São muitos os que nos escrevem, já há algum tempo, perguntando quais são os gestos que deve
fazer e as posições que deve assumir o povo durante a celebração da Santa Missa. Por isso,
trazemos abaixo um bom guia, publicado pelo site norte-americano Adoremus, traduzido pelo site
brasileiro Salvem a Liturgia! e adaptado aqui e ali por nossa equipe.
As orientações a seguir contêm, de modo indiscriminado, gestos a) prescritos pelos livros
litúrgicos, outros b) recomendados pela tradição e outros ainda c) apenas sugeridos pelo
simbolismo que carregam. Não se trata, portanto, de um “manual” a ser seguido estritamente e
em todas as suas particularidades, mas, sim, de um auxílio à piedade dos fiéis, para que
participem melhor e mais frutuosamente do santo sacrifício da Missa.
As instruções propriamente obrigatórias a esse respeito encontram-se disponíveis na Instrução
Geral do Missal Romano, nn. 42-44, e no Cerimonial dos Bispos.

Ritos Iniciais

Fazer o sinal da Cruz com água benta (sinal do Batismo), se houver, ao entrar na igreja.

Fazer genuflexão em direção ao sacrário contendo o Santíssimo Sacramento e ao altar do


sacrifício antes de se dirigir ao banco. (Se não houver sacrário no presbitério ou ele não for
visível, inclinar-se profundamente ao altar, a partir da cintura, antes de se dirigir ao banco.)

Chegando ao banco, ajoelhar-se para oração privada antes de a Missa começar.

Ficar de pé para a procissão de entrada.

Inclinar-se quando o crucifixo, sinal visível do sacrifício de Cristo, passar por você na procissão.
(Havendo um bispo, inclinar-se quando ele passar, reconhecendo-o assim como pastor do
rebanho e representante da autoridade da Igreja e de Cristo.)

Permanecer de pé para os ritos iniciais. Fazer o sinal da Cruz junto com o sacerdote no começo
da Missa.

Bater no peito ao “mea culpa” (“por minha culpa, minha tão grande culpa”) no Confiteor.

Fazer inclinação de cabeça e o sinal da Cruz quando o sacerdote disser “Deus todo-poderoso
tenha compaixão de nós…”
Fazer inclinação de cabeça ao dizer o “Senhor, tende piedade de nós” no Kyrie.

Se houver o Rito da Aspersão (Asperges), fazer o sinal da Cruz quando o padre aspergir água em
sua direção.

Durante a Missa, fazer inclinação de cabeça a cada menção do nome de Jesus e a cada vez que
a Doxologia [“Glória ao Pai...”] for rezada ou cantada. Também quando pedir que o Senhor
receba a nossa oração. (“Senhor, escutai a nossa prece” etc., e ao fim das orações presidenciais:
“Por Cristo nosso Senhor” etc.)

Glória: fazer inclinação de cabeça ao nome de Jesus. (“Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito...”,
“Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo...”)

Liturgia da Palavra

Sentar-se para as leituras da Sagrada Escritura.

Ficar de pé para o Evangelho ao verso do Alleluia.

Quando o ministro anunciar o Evangelho, traçar o sinal da Cruz com o polegar na cabeça, nos
lábios e no peito. Esse gesto é uma forma de oração para pedir a presença da Palavra de Deus
na mente, nos lábios e no coração.

Sentar-se para a homilia.

Credo: De pé; fazer inclinação de cabeça ao nome de Jesus; na maioria dos Domingos inclinar-se
durante o Incarnatus (“e se encarnou pelo Espírito Santo... e se fez homem”); nas solenidades do
Natal e da Anunciação todos se ajoelham a essas palavras.

Fazer o sinal da Cruz na conclusão do Credo, às palavras: “e espero a ressurreição dos mortos e
a vida do mundo que há de vir. Amém.”

Liturgia Eucarística

A Consagração, ápice da Santa Missa.


Sentar-se durante o ofertório.
Ficar de pé quando o sacerdote disser “Orai, irmãos e irmãs…” e permanecer de pé para
responder “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício…”

Se for usado incenso, o povo levanta-se e faz inclinação de cabeça ao turiferário quando ele fizer
o mesmo, tanto antes como depois da incensação do povo.

Permanecer de pé até o final do Sanctus (“Santo, Santo, Santo…”) e manter-se de joelhos


durante toda a Oração Eucarística.

No momento da Consagração de cada espécie, inclinar a cabeça e pronunciar silenciosamente


“Meu Senhor e meu Deus”, reconhecendo a presença de Cristo no altar. Estas são as palavras de
São Tomé ao reconhecer verdadeiramente a Cristo quando este lhe apareceu no Cenáculo (cf. Jo
20, 28). Jesus disse: “Acreditaste porque me viste. Felizes os que acreditaram sem ter visto” (Jo
20, 29).

Ficar de pé ao convite do sacerdote para a Oração do Senhor.

Com reverência, unir as mãos e inclinar a cabeça durante a Oração do Senhor.

Manter-se de pé para o sinal da paz, após o convite. (O sinal da paz pode ser um aperto de mãos
ou uma inclinação de cabeça à pessoa mais próxima, acompanhada das palavras “A paz esteja
contigo”.)

Na recitação (ou canto) do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus…”), bater no peito às palavras “Tende
piedade de nós”.

Ajoelhar-se ao fim do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus…”).

Fazer inclinação de cabeça e bater no peito ao dizer: “Domine, non sum dignus…” (“Senhor, não
sou digno…”).

Recepção da Comunhão

Deixar o banco (sem genuflexão) e caminhar com reverência até o altar, com as mãos unidas em
oração.
Fazer um gesto de reverência ao se aproximar do ministro em procissão para receber a
Comunhão. Se ela for recebida de joelhos, não se faz nenhum gesto adicional antes de recebê-la.
Pode-se receber a Hóstia tanto na língua como na mão.

Para o primeiro caso, abrir a boca e estender a língua, de modo que o ministro possa depositar a
Hóstia de forma apropriada. Para o outro caso, posicionar uma mão sobre a outra (a esquerda
sobre a direita, em forma de cruz), de palmas abertas, para receber a Hóstia. Com a mão de
baixo (ou seja, a direita), tomar a Hóstia e com reverência depositá-la na sua boca. (Ver as
diretrizes da Santa Sé de 1985).

Se estiver carregando uma criança no colo, é muito mais apropriado receber a Comunhão na
língua.

Ao comungar também do Cálice, fazer o mesmo gesto de reverência ao se aproximar do ministro.

Fazer o sinal da Cruz após ter recebido a Comunhão.

Ajoelhar-se em oração ao retornar para o banco depois da Comunhão, até o sacerdote se sentar,
ou até que ele diga “Oremos”.

Ritos Finais
Ficar de pé para os ritos finais.

Fazer o sinal da Cruz durante a bênção final, quando o sacerdote invocar a Trindade.

Permanecer de pé até que todos os ministros tenham saído em procissão. (Se houver procissão
recessional, fazer inclinação ao crucifixo quando ele passar.)

Se houver um hino durante o recessional, permanecer de pé até o final da execução. Se não


houver hino, permanecer de pé até que todos os ministros tenham se retirado da parte principal
da igreja.
Depois da conclusão da Missa, pode-se ajoelhar para uma oração privada de ação de graças.
Fazer uma genuflexão ao Santíssimo Sacramento e ao Altar do Sacrifício ao sair do banco e
deixar a (parte principal da) igreja em silêncio.
Fazer o sinal da Cruz com água benta ao sair da igreja, como recordação batismal de anunciar o
Evangelho de Cristo a toda criatura.

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