Santa Missa... O essencial e imprenscidível são duas substâncias: O pão e o vinho O templo da Igreja Católica possui dois locais distintos: o presbitério e a nave da Igreja. No presbitério, ficam o local mais importante para o templo: o altar. Junto ali, tem a mesa da palavra (ambão ou púlpito), a cadeira presidencial, as cruzes (a fixa, a do altar e porventura a processional, as velas do altar e a credência. No presbitério ficam sentados o presidente da celebração, os diáconos assistentes e acólitos. A nave da Igreja é o espaço dedicado ao povo. Missal Romano
Lecionário (dominical, semanal ou santoral)
Para o padre: Túnica, estola, casula (amito e cíngulo quando necessários) Para o diácono: túnica, estola, dalmática (amito e cíngulo quando necessários) A procissão de entrada, segundo a Instrução Geral sobre o Missal Romano (IGMR), é da seguinte forma 1º) Turíbulo e naveta (quando houver); 2º) Velas e entre elas a cruz processional; 3º) Os acólitos e outros ministros; 4º) O leitor, que poderá levar o livro dos Evangelhos 5º) O sacerdote que vai celebrar a missa Após a reverência (que pode ser a vênia/inclinação ou a genuflexão), o padre beija o altar (quando houver incenso usa-se depois disso). O sacerdote dá início à Santa Missa com o sinal da cruz: EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO Cuidar com cantos que contenham mudanças nos termos. Ex: “Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo.” No Ato Penitencial, os fiéis são convidados a um momento de reconciliação com Deus através de uma confissão pública rezada ou cantada. Convém reforçar, através de invocação pelo sacerdote ou canto, o Kirie (Senhor, tende piedade) O padre absolve a comunidade com fórmula própria. “O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. Não constitui aclamação trinitária.” (Documento “Animação da Vida Litúrgica no Brasil”, nº 257.) A oração da coleta, convidada pelo sacerdote no “Oremos”, seguida de um pequeno silêncio, é o momento propício para colocar as intenções pessoais para a Santa Missa. Vai da Primeira Leitura até a Oração dos Fiéis. O local de preferência para essas ações é o ambão ou púlpito. O leitor, ao dirigir-se para proclamar a leitura, deverá fazer reverência ao altar. As leituras proclamadas pelos leigos são a Primeira (geralmente um livro do Antigo Testamento ou Atos no tempo Pascal), o Salmo e a Segunda Leitura (uma carta paulina, omitida nos dias de semana). Fazem juz à história da Salvação. O povo está sentado como ouvinte atento e reflexivo. No canto do “Aleluia”, todos ficam de pé. O sacerdote ou o diácono (este primeiro pede a benção do sacerdote) dirige-se ao ambão para proclamar o Evangelho. Depois de dizer “O Senhor esteja convosco”, ele traça o sinal da cruz sobre o livro, dizendo qual evangelista será lido. O povo traça o sinal da cruz sobre a fronte, boca e peito. Há variadas formas tradicionais de rezar em silêncio este momento. Na homilia, proferida pelo sacerdote presidente, ou eventualmente um outro sacerdote ou até o diácono, é o momento para explicação das leituras e sua ligação com a vida. Por excelência proferida do ambão, o sacerdote pode também deslocar-se como achar conveniente, mas não algo extravagante. O Credo, símbolo cristão, é proferido pelo sacerdote com o povo. Pede-se uma pequena inclinação nas palavras “(...) e se encarnou pelo Espírito Santo.” Em seguida, faz-se a Oração Universal ou dos Fiéis, onde colocam-se pedidos pela Igreja, pelo Santo Padre, clérigos em geral, pelos governantes, e outras questões atuais e relevantes. Pode ser feita do ambão ou de outro local propício. Tem início com a apresentação das oferendas. Os acólitos trazem o altar as alfaias que se encontram na credência. O padre recebe as oferendas do pão e profere em voz baixa: “Bendito sejais, Senhor, Deus do Universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.” (Quando o ofertório é feito sem canto, o povo responde: “Bendito seja Deus para sempre!”) O diácono ou o padre derrama vinho e um pouco de água no cálice, simbolizando a comunidade diluída no Cristo. O padre recebe as oferendas do vinho e profere em voz baixa: “Bendito sejais, Senhor, Deus do Universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar vinho da salvação.” Após outras orações pessoais, o padre faz a purificação das mãos. Convidando o povo para rezar a fim de que Deus aceite o sacrifício, o padre reza a oração sobre as oferendas e dá início à Oração Eucarística. É uma oração dirigida ao Pai. Existem ao todo 14 orações eucarísticas no Missal Romano e diversos prefácios para elas. Terminado o prefácio o padre invoca a comunidade a rezar ou cantar o Santo. O canto do Santo deve estar de acordo com a letra prescrita no Missal Romano. Terminado o Santo, vem o momento da epíclese: o padre invoca o Espírito Santo para santificar as oferendas do pão e do vinho para que se tornem o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo. No momento da invocação deve-se ajoelhar. O padre então profere as mesmas palavras de Jesus, que não devem ser mudadas em nenhuma ocasião, sob o risco de invalidar o sacramento. TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. “Eis o mistério da fé!”: a comunidade nesse momento fica de pé para anunciar a morte e proclamar a ressurreição de Jesus. A oração eucarística continua até a doxologia final: “Por Cristo...” que é feita somente pelo sacerdote, onde ele eleva o cálice e a patena, contendo as espécies sagradas. Segue-se com o Pai Nosso, o “Livrai-nos” e a Oração da Paz. Somente o Pai Nosso é proferido pelo padre e pelo povo juntos. As demais orações são reservadas ao sacerdote. Após a Oração da Paz, o sacerdote e o diácono convidam o povo para cumprimentar-se segundo o costume. Evitar deslocamentos grandes e cantos para esse momento. Após o Abraço da Paz (que pode ser omitido), o padre parte o pão e coloca um pedaço no cálice, simbolizando agora a união total universal. Reza-se ou canta o Cordeiro de Deus. Após algumas orações pessoais prescritas no Missal, o padre eleva a hóstia sobre a patena e apresenta-a ao povo, com oração própria. A comunidade espera de pé a comunhão. Há dois modos de receber a comunhão: diretamente na boca ou na mão esquerda e pegando a hóstia com a direita, sempre comungando na frente do ministro. Diretamente na boca, há duas formas: de joelhos ou em pé. Não se pode negar a comunhão para nenhuma pessoa, mas pode-se orientar antes da comunhão algumas prescrições. Após a comunhão eucarística, momentos de silêncio para oração pessoal, mesmo se houver canto de ação de graças. O padre e/ou os ministros (num local apropriado), fazem a purificação da patena e do cálice (bem como dos cibórios) O padre profere a Oração pós- comunhão, com a comunidade em pé. Após o Oremos, se necessário, dar comunicações ao povo. Se possível, o próprio presidente da celebração ou apenas uma só pessoa. Cuidar com longos avisos. O padre profere a benção final com o sinal da cruz e o diácono ou o próprio sacerdote despede o povo. O sacerdote beija o altar, faz a devida reverência e retira-se com os ministros. Caso a sacristia seja próximo da porta de entrada, não temer em avisar o povo em esperar, até educá-los liturgicamente. No rito antigo da missa, quando o sacerdote ou o diácono despediam o povo, diziam em latim: “Ite, missa est.” (“Ide, a missa é”, em tradução literal). A missa é a missão iniciada, celebrada, transformada e continuada! CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Animação da vida litúrgica no Brasil. 17. ed. São Paulo: Paulinas, 2002 (Documentos da CNBB). ________. Cerimonial dos Bispos: Cerimonial da Igreja. São Paulo: Paulus, 2013. ________. Guia Litúrgico-Pastoral. 2. ed. Brasília: Edições CNBB, s/d. ________. Missal Romano. São Paulo: Paulus, 2014. CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVIDO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Instrução Redemptionis Sacramentum: sobre alguns aspectos que se deve observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia. 3. ed. São Paulo: Paulinas: 2004 (Col. Documentos da Igreja). VÁRIOS. Código de Direito Canônico. 15. ed. São Paulo: Loyola, 2002.