Analise de Riscos Climaticos para Cultura Da Melancia

Governo do Estado de Santa Catarina
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.
Análise de riscos climáticos para a cultura da Melancia no estado de Santa

Catarina
1 1 1
Wilian da Silva Ricce , Angelo Mendes Massignam , Cristina Pandolfo , Luiz Fernando de Novaes
1 2
Vianna , Paulo Francisco da Silva
A melancia (Citrullus lanatus) é uma planta anual de crescimento rasteiro, pertencente à

família das cucurbitáceas e originária do continente africano. Clima ameno a quente, dias longos e
baixa umidade relativa do ar favorecem o desenvolvimento da cultura e a qualidade dos frutos.
3
Com base no Sistema de Produção da Melancia, publicado pela Embrapa , segue a
descrição das exigências climáticas da cultura com foco nos riscos climáticos a serem discutidos
nesse documento.
As cucurbitáceas se adaptam bem às zonas quentes e semiáridas, com alta luminosidade e
temperaturas do ar entre 18 a 30°C, não tolerando temperaturas abaixo de 10°C. A faixa que
favorece a germinação das sementes situa-se entre 21,1 e 35°C, sendo os limites de temperaturas
mínimas do ar e do solo iguais a 15 e 21,1°C, respectivamente. A temperatura média do ar ideal para
que ocorra a germinação está entre 23,8 e 29,4°C. Desta forma, quando a temperatura do ar se situa
em torno de 20°C, a germinação das sementes se completa em 15 dias, enquanto a 30°C, este
processo ocorre em apenas 5 dias, em média.
O desenvolvimento vegetativo e a floração são favorecidos por valores de temperatura do ar
na faixa de 23 e 28°C e 20 a 21°C, respectivamente, e paralisados em temperatura de 11 a 13°C ou
inferiores. Contudo, não permanecendo por muitos dias sob tais condições de temperatura, a planta
voltará a crescer. A temperatura do ar ideal para o seu desenvolvimento deve estar em torno de
25°C. O crescimento das plantas de melancia é afetado quando as temperaturas médias do solo
atingem valores iguais ou inferiores a 16,7°C. Em condições térmicas ótimas, ou seja, temperaturas
do ar noturnas entre 15 e 20°C e diurnas de 20 a 30°C, o fruto pode atingir 50% de seu peso final nos
primeiros 15 dias após a antese. Atinge a maturação completa de 30 a 50 dias, dependendo,
também, de outros fatores como as condições de cultivo e cultivar utilizada.
A temperatura do ar elevada, os altos níveis de radiação solar incidente e a baixa umidade
relativa do ar proporcionam, quando associados, condições climáticas ideais para uma boa
produtividade da cultura e obtenção de frutos de ótima qualidade, pois aumentam o conteúdo de
açúcares e melhoram o aroma, o sabor e a consistência dos frutos.
A melhor época para o desenvolvimento da melancia é durante o período seco, pois nos
períodos úmidos ela é mais suscetível a doenças. Entre as cucurbitáceas, a melancia é uma das
espécies menos tolerantes a baixas temperaturas, principalmente durante a germinação das
sementes e emergência, sendo uma cultura tipicamente de clima quente. Um clima quente e seco
favorece a formação de frutos de melancia com excelentes qualidades organolépticas. Ao contrário,
em condições de umidade relativa do ar alta e baixa insolação, os frutos formados são de má
qualidade.
Sob clima frio e úmido, as qualidades organolépticas tornam-se baixas, por causa da redução
no teor de açúcares. Também, deve-se considerar a exposição do terreno, evitando-se faces
atingidas por ventos frios - mais sujeitas às geadas - e aquelas menos iluminadas.
Quando o cultivo da melancia é realizado sem irrigação, o ideal é que as chuvas sejam bem
distribuídas ao longo do ciclo da cultura. Embora a melancia possa tolerar pequenos veranicos,
paralisando o seu crescimento, a falta de umidade no solo durante as fases de floração e frutificação,
diminui a produtividade em decorrência da baixa frutificação e à redução do tamanho dos frutos.
Segundo a portaria de recomendação do zoneamento da cultura da melancia para o Rio
4
Grande do Sul (MAPA, 2017 ), os fatores de risco climático analisados devem ser deficiência hídrica,
1
Epagri/Ciram;
2
Epagri/DERP;
3
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProducaoMelancia/clima.htm
Sede administrativa - Rodovia Admar Gonzaga, 1.347, Itacorubi, C.P. 502, fone: (048) 366-
55298
Fax: (048) 366-5597, internet: http://www.epagri.sc.gov.br, e-mail: epagri@epagri.sc.gov.br
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CNPJ No 83.052.191/0001-62 - INSCRIÇÃO ESTADUAL No 250.403.498
temperatura média anual e temperatura mínima média anual, conforme os critérios apresentados a
seguir:
- Simulação do balanço hídrico da cultura considerando a duração do ciclo e fases fenológicas para
um ciclo médio de 80 dias sendo a Fase I (germinação e emergência) = 10 dias; a Fase II
(crescimento e desenvolvimento vegetativo) = 25 dias; a Fase III (floração e desenvolvimento dos
frutos) = 25 dias; e Fase IV (maturação fisiológica e colheita) = 20 dias.
- Índice de satisfação das necessidades de água (ISNA) obtido como variável de saída do modelo de
balanço hídrico da cultura, para fase de floração e desenvolvimento dos frutos (Fase III)resultante de
análise frequencial, e para o 8°quantil da frequência (80%), ou seja, ocorrência de 8 anos a cada 10
com sucesso.
- Temperatura mínima média anual, média anual: estimadas a partir das séries diárias das estações
meteorológicas disponíveis e também através de ajustes de funções de regressão linear (ou múltipla)
a partir da análise de correlação entre temperatura, latitude, longitude e altitude.
Para delimitação de áreas e definição de classes de risco no processo de mapeamento das
variáveis agroclimatológicas, foram adotados, além dos fatores e critérios de risco definidos pelo
MAPA no Rio Grande do Sul, a probabilidade de geada e a temperatura do solo. Os fatores foram
analisados por decêndio, seguindo os seguintes critérios:
1. Temperatura média anual do ar maior ou igual a 18°C (baixo risco) e menor que 18°C (alto risco);
2. Temperatura mínima média anual do ar maior ou igual a 12°C (baixo risco) e menor que 12°C (alto
risco);
3. Probabilidade decendial de ocorrência de geadas menor que 20% (baixo risco) e maior ou igual a
20% (alto risco);
4. Temperatura decendial média do solo a 10 cm de profundidade maior ou igual a 16,7°C (baixo
risco) e menor que 16,7°C (alto risco);
5. Frequência do Índice de satisfação das necessidades de água (ISNA) superior a 0,45maior ou igual
a 20% (baixo risco) e menor que 20% (alto risco);
As análises foram feitas com bases nos decêndios para a semeadura (Tabela 1).
Tabela 1. Dias do ano divididos em decêndios para análise de riscos climáticos.

Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dias 1 a 10 11 a 20 21 a 31 1 a 10 11 a 20 21 a 28/29 1 a 10 11 a 20 21 a 31
Meses Janeiro Fevereiro Março
Períodos 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Dias 1 a 10 11 a 20 21 a 30 1 a 10 11 a 20 21 a 31 1 a 10 11 a 20 21 a 30
Meses Abril Maio Junho
Períodos 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Dias 1 a 10 11 a 20 21 a 31 1 a 10 11 a 20 21 a 31 1 a 10 11 a 20 21 a 30
Meses Julho Agosto Setembro
Períodos 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Dias 1 a 10 11 a 20 21 a 31 1 a 10 11 a 20 21 a 30 1 a 10 11 a 20 21 a 31
Meses Outubro Novembro Dezembro
Nas Figuras 1 e 2 são apresentados os mapas com as temperaturas média e mínima anuais
5
utilizadas como critério de corte, com base no zoneamento do Rio Grande do Sul (MAPA, 2017 ).
4
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/portarias/safra-vigente/rio-grande-
do-sul
5
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/portarias/safra-vigente/rio-grande-
do-sul
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Figura 1. Temperatura média anual do ar inferior a 18°C e superior ou igual a 18ºC para o Estado de
Santa Catarina.
Figura 2. Temperatura mínima média anual do ar inferior a 12°C e superior ou igual a 12ºC para o
Estado de Santa Catarina.
6
Em Santa Catarina, segundo dados da última safra disponibilizados pelo IBGE (2017) , foram
registrados cultivos nos municípios apresentados na Figura 3. Considerando os critérios adotados
pelo MAPA para o Rio Grande do Sul, algumas regiões produtoras no estado (Figura 3) estariam em
área não recomendada (Figuras 1 e 2). De uma forma geral, os critérios de temperaturas médias
anuais e mínimas anuais são utilizados quando se avaliam os riscos climáticos em culturas perenes.
6
SIDRA – Produção Agrícola Municipal -
http://www2.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1612&z=t&o=11
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Porém, para as culturas anuais, em que é possível deslocar a janela de cultivo para períodos de
menor risco climático, a análise dever ser feita por decêndio.
Figura 3. Municípios com produção (ou área plantada) com a cultura da melancia na safra de 2015,
em santa Catarina. Fonte: IBGE (2017).
O ciclo da cultura da melancia é de 8 decêndios e são necessários pelo menos 3 a 4

decêndios a mais para que se possa executar a semeadura de forma mais segura, o que resulta na
necessidade de pelo menos 12 decêndios livres de geada. Torna-se importante a avaliação das
temperaturas mínimas do ar decendiais, pois são limitantes ao crescimento das plantas (Figura 4). As
temperaturas inferiores as 12°C são prejudiciais para a cultura.
Decêndio 01 – 01 a 10/01 Decêndio 02 – 11 a 20/01 Decêndio 03 – 21 a 31/01 Decêndio 04 – 01 a 10/02
Decêndio 05 – 11 a 20/02 Dec. 06 – 21 a 28-29/02 Decêndio 07 – 01 a 10/03 Decêndio 08 – 11 a 20/03
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Figura 4. Ocorrência da temperatura média mínima do ar inferior a 12°C (área em azul) por decêndio
para o estado de Santa Catarina.
A ocorrência de geada durante o ciclo é letal para a melancia. Nas Figuras 5 e 6estão
representadas as regiões com risco de geada superior a 20% nos decêndios e o número de
decêndios livres de geada no estado de Santa Catarina. Os decêndios 01 a 10 e 31 a 36
apresentaram risco inferior a 20% de geada para todo o estado de Santa Catarina, por isso estão
ausentes na Figura 5.

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Figura 5. Probabilidade de ocorrência de geada superior a 20% (área em azul) por decêndio para o
estado de Santa Catarina.
Figura 6. Número de decêndios com probabilidade de geada inferior a 20%em Santa Catarina.
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A temperatura do solo afeta o crescimento das plantas de melancia quando as temperaturas médias
do solo atingem valores iguais ou inferiores a 16,7°C. Na Figura 7 são apresentados os números de
decêndioscom temperatura do solo,a 10 cm de profundidade,superior a 16,7ºC em Santa Catarina.
Figura 7. Número de decêndios com temperatura média anual do solo na profundidade de 10 cm

superior a 16,7ºC em Santa Catarina.
De acordo com a Figura 8, para as estações meteorológicas de São Miguel do Oeste,

Curitibanos, Major Vieira, Ituporanga e Urussanga, os decêndios comtemperatura média do solo, a 10
cm de profundidade, abaixo de 16,7ºC, foram de 15 a 23, 14 a 27, 14 a 26, 15 a 23 e 18 a 21,
respectivamente.
Figura 8. Temperatura média anual do solo (ºC), a 10 cm de profundidade, nas estações de São
Miguel do Oeste, Curitibanos, Major Vieira, Ituporanga e Urussanga.
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Os riscos de deficiência hídrica decendial simulados para a cultura da melancia são

apresentados na Figura 9.Os decêndios que apresentaram valores de risco de deficiência hídrica
superiores a 20% estão em destaque na Figura 10. Os valores máximos foram de até 30% no
decêndio 36 e de até 25% nos outros decêndios destacados. Como apresentado anteriormente, a
melhor época para o desenvolvimento da melancia é durante o período seco, pois nos períodos
úmidos ela é mais suscetível a doenças.Quando o cultivo da melancia é realizado sem irrigação, o
ideal é que as chuvas sejam bem distribuídas ao longo do ciclo da cultura o que acontece no estado
de Santa Catarina observadas pelo baixo risco de deficiência hídrica ao longo do ano.
Decêndio 05 – 11 a 20/02 Dec. 06 – 21 a 28-29/02 Decêndio 07 – 01 a 10/03 Decêndio 08 – 11 a 20/03

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Figura 9. Probabilidade de deficiência hídrica maior que 20% (área em vermelho) por decendio para o
Figura 10. Probabilidade de deficiência hídrica para os decêndios que tiveram probabilidade maior
que 20% (Figura 9) no estado de Santa Catarina.
Segundo informações levantadas pelos extensionistas da Epagri sobre as regiões de cultivo

da melancia em Santa Catarina, as características regionais sobre as épocas de cultivo são:
- Oeste e Extremo Oeste Catarinense, o plantio antecipado se dá com o objetivo de fugir da

concorrência de produção com outras regiões produtoras, respeitando os riscos de geadas:
 Região com influência dos rios Uruguai, Chapecó e Antas: semeadura em bandejas
(em ambiente protegido) a partir de 10/07 e transplante a partir de 15/08; e
semeadura direta a partir de 05/08;
 Região sem influência marcante dos vales do Rios Uruguai, Chapecó e Antas:
semeadura em bandejas (em ambiente protegido) a partir de 25/07 e transplante a
partir de 05/09; e semeadura direta a partir de 20/08 em diante;
- Planalto Norte, faixa de altitude dos cultivos de 700 a 850 m:

 Cultivo por semeadura direta em final de setembro a meados de outubro, para
colheita a partir de janeiro;
- Alto vale do Itajaí (principais municípios Aurora, Ituporanga e Agronômica):
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 Semeadura em bandejas na segunda quinzena de setembro e fase de campo

meados de outubro até janeiro;
- Litoral Sul:
 Semeadura em bandejas de meados de julho até agosto, transplantio e fase de
campo a partir de meados de agosto a final de setembro e colheita próxima ao natal
até final de janeiro.
Conforme observado, os produtores já seguem calendários de cultivo diferenciados por

região, e essas diferenças são baseadas nos riscos de geadas de cada região.
Para a cultura da melancia foram utilizados os seguintes critérios para estabelecer os riscos
climáticos: temperatura média e mínima anual do ar, temperatura mínima anual do ar decendial,
probabilidade de ocorrência de geada a 20%, temperatura mínima do solo a 10cm e deficiência
hídrica. Conforme observado nos resultados apresentados e nas exigências climáticas da cultura da
melancia, o principal fator de risco são as baixas temperaturas e a ocorrência de geadas. O estado
apresenta número de decêndios suficientes para o cultivo em algumas regiões. Assim, delimitou-se a
altitude de 950m como o limite máximo de cultivo da melancia em Santa Catarina (Figura 11), que
representa bem a área com temperatura média das mínimas anual inferior a 12°C, considerada como
área de alto risco apresentada na Figura 2.
Figura 11. Recomendação de cultivo da cultura da melancia com base nos riscos climáticos
apresentados anteriormente.
Assim, segue Tabela 2 com a porcentagem da área do município com baixo risco climático e com alto
risco climático para a cultura da melancia no estado de Santa Catarina.
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Tabela 2. Porcentagem da área do município com risco climático para a cultura da melancia no
Código IBGE Município Baixo Risco (<950m) Alto Risco (>=950m)
4200051 Abdon Batista 86,6 13,4
4200101 Abelardo Luz 70,1 29,9
4200200 Agrolândia 98,5 1,5
4200309 Agronômica 100,0 0,0
4200408 Água Doce 9,0 91,0
4200507 Águas de Chapecó 100,0 0,0
4200556 Águas Frias 100,0 0,0
4200606 Águas Mornas 93,0 7,0
4200705 Alfredo Wagner 77,5 22,5
4200754 Alto Bela Vista 100,0 0,0
4200804 Anchieta 100,0 0,0
4200903 Angelina 98,7 1,3
4201000 Anita Garibaldi 88,2 11,8
4201109 Anitápolis 76,7 23,3
4201208 Antônio Carlos 100,0 0,0
4201257 Apiúna 100,0 0,0
4201273 Arabutã 100,0 0,0
4201307 Araquari 99,0 1,0
4201406 Araranguá 96,5 3,5
4201505 Armazém 100,0 0,0
4201604 Arroio Trinta 62,0 38,0
4201653 Arvoredo 100,0 0,0
4201703 Ascurra 99,5 0,5
4201802 Atalanta 100,0 0,0
4201901 Aurora 99,8 0,2
4201950 Balneário Arroio do Silva 96,4 3,6
4202057 Balneário Barra do Sul 98,8 1,2
4202008 Balneário Camboriú 98,1 1,9
4202073 Balneário Gaivota 87,9 12,1
4212809 Balneário Piçarras 99,8 0,2
4220000 Balneário Rincão 87,4 12,6
4202081 Bandeirante 100,0 0,0
4202099 Barra Bonita 100,0 0,0
4202107 Barra Velha 99,1 0,9
4202131 Bela Vista do Toldo 65,7 34,3
4202156 Belmonte 100,0 0,0
4202206 Benedito Novo 97,7 2,3
4202305 Biguaçu 99,8 0,2
4202404 Blumenau 100,0 0,0
4202438 Bocaina do Sul 65,1 34,9
4202503 Bom Jardim da Serra 0,0 100,0
4202537 Bom Jesus 100,0 0,0
4202578 Bom Jesus do Oeste 100,0 0,0
4202602 Bom Retiro 57,9 42,1
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4202453 Bombinhas 96,5 3,5

4202701 Botuverá 99,7 0,3
4202800 Braço do Norte 100,0 0,0
4202859 Braço do Trombudo 100,0 0,0
4202875 Brunópolis 85,4 14,6
4202909 Brusque 100,0 0,0
4203006 Caçador 12,2 87,8
4203105 Caibi 100,0 0,0
4203154 Calmon 0,0 100,0
4203204 Camboriú 100,0 0,0
4203303 Campo Alegre 80,7 19,3
4203402 Campo Belo do Sul 72,6 27,4
4203501 Campo Erê 99,7 0,3
4203600 Campos Novos 79,6 20,4
4203709 Canelinha 100,0 0,0
4203808 Canoinhas 88,1 11,9
4203253 Capão Alto 46,1 53,9
4203907 Capinzal 100,0 0,0
4203956 Capivari de Baixo 99,6 0,4
4204004 Catanduvas 61,9 38,1
4204103 Caxambu do Sul 100,0 0,0
4204152 Celso Ramos 100,0 0,0
4204178 Cerro Negro 72,3 27,7
4204194 Chapadão do Lageado 98,0 2,0
4204202 Chapecó 100,0 0,0
4204251 Cocal do Sul 100,0 0,0
4204301 Concórdia 100,0 0,0
4204350 Cordilheira Alta 100,0 0,0
4204400 Coronel Freitas 100,0 0,0
4204459 Coronel Martins 100,0 0,0
4204558 Correia Pinto 80,2 19,8
4204509 Corupá 97,7 2,3
4204608 Criciúma 100,0 0,0
4204707 Cunha Porã 100,0 0,0
4204756 Cunhataí 100,0 0,0
4204806 Curitibanos 66,3 33,7
4204905 Descanso 100,0 0,0
4205001 Dionísio Cerqueira 100,0 0,0
4205100 Dona Emma 100,0 0,0
4205159 Doutor Pedrinho 87,4 12,6
4205175 Entre Rios 100,0 0,0
4205191 Ermo 100,0 0,0
4205209 Erval Velho 97,6 2,4
4205308 Faxinal dos Guedes 72,6 27,4
4205357 Flor do Sertão 100,0 0,0
4205407 Florianópolis 91,7 8,3
4205431 Formosa do Sul 100,0 0,0
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4205456 Forquilhinha 100,0 0,0

4205506 Fraiburgo 22,2 77,8
4205555 Frei Rogério 90,5 9,5
4205605 Galvão 99,9 0,1
4205704 Garopaba 94,1 5,9
4205803 Garuva 84,6 15,4
4205902 Gaspar 100,0 0,0
4206009 Governador Celso Ramos 97,5 2,5
4206108 Grão Pará 93,5 6,5
4206207 Gravatal 100,0 0,0
4206306 Guabiruba 100,0 0,0
4206405 Guaraciaba 100,0 0,0
4206504 Guaramirim 100,0 0,0
4206603 Guarujá do Sul 100,0 0,0
4206652 Guatambú 100,0 0,0
4206702 Herval d'Oeste 89,3 10,7
4206751 Ibiam 73,4 26,6
4206801 Ibicaré 95,2 4,8
4206900 Ibirama 98,9 1,1
4207007 Içara 100,0 0,0
4207106 Ilhota 100,0 0,0
4207205 Imaruí 89,9 10,1
4207304 Imbituba 81,3 18,7
4207403 Imbuia 97,7 2,3
4207502 Indaial 99,9 0,1
4207577 Iomerê 81,6 18,4
4207601 Ipira 100,0 0,0
4207650 Iporã do Oeste 100,0 0,0
4207684 Ipuaçu 100,0 0,0
4207700 Ipumirim 89,7 10,3
4207759 Iraceminha 100,0 0,0
4207809 Irani 53,9 46,1
4207858 Irati 100,0 0,0
4207908 Irineópolis 89,3 10,7
4208005 Itá 100,0 0,0
4208104 Itaiópolis 91,6 8,4
4208203 Itajaí 99,1 0,9
4208302 Itapema 99,2 0,8
4208401 Itapiranga 100,0 0,0
4208450 Itapoá 99,6 0,4
4208500 Ituporanga 100,0 0,0
4208609 Jaborá 98,0 2,0
4208708 Jacinto Machado 97,3 2,7
4208807 Jaguaruna 97,0 3,0
4208906 Jaraguá do Sul 95,8 4,2
4208955 Jardinópolis 100,0 0,0
4209003 Joaçaba 91,2 8,8
55298
4209102 Joinville 95,8 4,2

4209151 José Boiteux 96,2 3,8
4209177 Jupiá 95,9 4,1
4209201 Lacerdópolis 100,0 0,0
4209300 Lages 41,4 58,6
4209409 Laguna 67,2 32,8
4209458 Lajeado Grande 100,0 0,0
4209508 Laurentino 100,0 0,0
4209607 Lauro Muller 90,1 9,9
4209706 Lebon Régis 9,2 90,8
4209805 Leoberto Leal 89,2 10,8
4209854 Lindóia do Sul 83,8 16,2
4209904 Lontras 99,9 0,1
4210001 Luiz Alves 100,0 0,0
4210035 Luzerna 94,3 5,7
4210050 Macieira 7,9 92,1
4210100 Mafra 97,1 2,9
4210209 Major Gercino 98,6 1,4
4210308 Major Vieira 84,1 15,9
4210407 Maracajá 99,6 0,4
4210506 Maravilha 100,0 0,0
4210555 Marema 100,0 0,0
4210605 Massaranduba 100,0 0,0
4210704 Matos Costa 4,1 95,9
4210803 Meleiro 100,0 0,0
4210852 Mirim Doce 90,6 9,4
4210902 Modelo 100,0 0,0
4211009 Mondaí 100,0 0,0
4211058 Monte Carlo 24,8 75,2
4211108 Monte Castelo 73,2 26,8
4211207 Morro da Fumaça 100,0 0,0
4211256 Morro Grande 92,7 7,3
4211306 Navegantes 96,5 3,5
4211405 Nova Erechim 100,0 0,0
4211454 Nova Itaberaba 100,0 0,0
4211504 Nova Trento 99,2 0,8
4211603 Nova Veneza 98,3 1,7
4211652 Novo Horizonte 99,9 0,1
4211702 Orleans 91,2 8,8
4211751 Otacílio Costa 97,7 2,3
4211801 Ouro 99,9 0,1
4211850 Ouro Verde 85,9 14,1
4211876 Paial 100,0 0,0
4211892 Painel 1,2 98,8
4211900 Palhoça 96,9 3,1
4212007 Palma Sola 100,0 0,0
4212056 Palmeira 96,1 3,9
55298
4212106 Palmitos 100,0 0,0

4212205 Papanduva 98,8 1,2
4212239 Paraíso 100,0 0,0
4212254 Passo de Torres 89,2 10,8
4212270 Passos Maia 19,3 80,7
4212304 Paulo Lopes 96,1 3,9
4212403 Pedras Grandes 100,0 0,0
4212502 Penha 99,4 0,6
4212601 Peritiba 100,0 0,0
4212650 Pescaria Brava 67,5 32,5
4212700 Petrolândia 86,9 13,1
4212908 Pinhalzinho 100,0 0,0
4213005 Pinheiro Preto 93,4 6,6
4213104 Piratuba 100,0 0,0
4213153 Planalto Alegre 100,0 0,0
4213203 Pomerode 100,0 0,0
4213302 Ponte Alta 73,4 26,6
4213351 Ponte Alta do Norte 12,9 87,1
4213401 Ponte Serrada 18,5 81,5
4213500 Porto Belo 99,5 0,5
4213609 Porto União 45,8 54,2
4213708 Pouso Redondo 99,8 0,2
4213807 Praia Grande 97,3 2,7
4213906 Presidente Castello Branco 100,0 0,0
4214003 Presidente Getúlio 100,0 0,0
4214102 Presidente Nereu 99,9 0,1
4214151 Princesa 100,0 0,0
4214201 Quilombo 100,0 0,0
4214300 Rancho Queimado 73,2 26,8
4214409 Rio das Antas 53,4 46,6
4214508 Rio do Campo 91,5 8,5
4214607 Rio do Oeste 100,0 0,0
4214805 Rio do Sul 100,0 0,0
4214706 Rio dos Cedros 92,7 7,3
4214904 Rio Fortuna 97,4 2,6
4215000 Rio Negrinho 73,6 26,4
4215059 Rio Rufino 31,1 68,9
4215075 Riqueza 100,0 0,0
4215109 Rodeio 99,9 0,1
4215208 Romelândia 100,0 0,0
4215307 Salete 97,6 2,4
4215356 Saltinho 100,0 0,0
4215406 Salto Veloso 38,5 61,5
4215455 Sangão 100,0 0,0
4215505 Santa Cecília 5,3 94,7
4215554 Santa Helena 100,0 0,0
4215604 Santa Rosa de Lima 96,3 3,7
55298
4215653 Santa Rosa do Sul 89,5 10,5

4215679 Santa Terezinha 100,0 0,0
4215687 Santa Terezinha do Progresso 100,0 0,0
4215695 Santiago do Sul 100,0 0,0
4215703 Santo Amaro da Imperatriz 88,7 11,3
4215802 São Bento do Sul 88,5 11,5
4215752 São Bernardino 100,0 0,0
4215901 São Bonifácio 95,7 4,3
4216008 São Carlos 100,0 0,0
4216057 São Cristovão do Sul 7,2 92,8
4216107 São Domingos 100,0 0,0
4216206 São Francisco do Sul 97,4 2,6
4216305 São João Batista 100,0 0,0
4216354 São João do Itaperiú 100,0 0,0
4216255 São João do Oeste 100,0 0,0
4216404 São João do Sul 94,3 5,7
4216503 São Joaquim 8,3 91,7
4216602 São José 99,7 0,3
4216701 São José do Cedro 100,0 0,0
4216800 São José do Cerrito 72,1 27,9
4216909 São Lourenço do Oeste 99,5 0,5
4217006 São Ludgero 100,0 0,0
4217105 São Martinho 100,0 0,0
4217154 São Miguel da Boa Vista 100,0 0,0
4217204 São Miguel do Oeste 100,0 0,0
4217253 São Pedro de Alcântara 100,0 0,0
4217303 Saudades 100,0 0,0
4217402 Schroeder 100,0 0,0
4217501 Seara 99,1 0,9
4217550 Serra Alta 100,0 0,0
4217600 Siderópolis 94,0 6,0
4217709 Sombrio 95,8 4,2
4217758 Sul Brasil 100,0 0,0
4217808 Taió 95,2 4,8
4217907 Tangará 72,0 28,0
4217956 Tigrinhos 100,0 0,0
4218004 Tijucas 99,8 0,2
4218103 Timbé do Sul 90,2 9,8
4218202 Timbó 100,0 0,0
4218251 Timbó Grande 14,8 85,2
4218301 Três Barras 100,0 0,0
4218350 Treviso 93,5 6,5
4218400 Treze de Maio 100,0 0,0
4218509 Treze Tílias 67,8 32,2
4218608 Trombudo Central 100,0 0,0
4218707 Tubarão 98,7 1,3
4218756 Tunápolis 100,0 0,0
55298
4218806 Turvo 100,0 0,0

4218855 União do Oeste 100,0 0,0
4218905 Urubici 8,1 91,9
4218954 Urupema 0,0 100,0
4219002 Urussanga 100,0 0,0
4219101 Vargeão 69,5 30,5
4219150 Vargem 80,2 19,8
4219176 Vargem Bonita 18,4 81,6
4219200 Vidal Ramos 99,2 0,8
4219309 Videira 76,1 23,9
4219358 Vitor Meireles 100,0 0,0
4219408 Witmarsum 100,0 0,0
4219507 Xanxerê 98,2 1,8
4219606 Xavantina 98,3 1,7
4219705 Xaxim 100,0 0,0
4219853 Zortéa 100,0 0,0
55298

Analise de Riscos Climaticos para Cultura Da Melancia

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Governo do Estado de Santa Catarina

Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca

Análise de riscos climáticos para a cultura da Melancia no estado de Santa

A melancia (Citrullus lanatus) é uma planta anual de crescimento rasteiro, pertencente à

Tabela 1. Dias do ano divididos em decêndios para análise de riscos climáticos.

O ciclo da cultura da melancia é de 8 decêndios e são necessários pelo menos 3 a 4

Decêndio 01 – 01 a 10/01 Decêndio 02 – 11 a 20/01 Decêndio 03 – 21 a 31/01 Decêndio 04 – 01 a 10/02

Decêndio 05 – 11 a 20/02 Dec. 06 – 21 a 28-29/02 Decêndio 07 – 01 a 10/03 Decêndio 08 – 11 a 20/03

Decêndio 09 – 21 a 31/03 Decêndio 10 – 01 a 10/04 Decêndio 11 – 11 a 20/04 Decêndio 12 – 21 a 30/04

Decêndio 13 – 01 a 10/05 Decêndio 14 – 11 a 20/05 Decêndio 15 – 21 a 31/05 Decêndio 16 – 01 a 10/06

Decêndio 17 – 11 a 20/06 Decêndio 18 – 21 a 30/06 Decêndio 19 – 01 a 10/07 Decêndio 20 – 11 a 20/07

Decêndio 21 – 21 a 31/07 Decêndio 22 – 01 a 10/08 Decêndio 23 – 11 a 20/08 Decêndio 24 – 21 a 31/08

Decêndio 25 – 01 a 10/09 Decêndio 26 – 11 a 20/09 Decêndio 27 – 21 a 30/09 Decêndio 28 – 01 a 10/10

Decêndio 29 – 11 a 20/10 Decêndio 30 – 21 a 31/10 Decêndio 31 – 01 a 10/11 Decêndio 32 – 11 a 20/11

Decêndio 33 – 21 a 30/11 Decêndio 34 – 01 a 10/12 Decêndio 35 – 11 a 20/12 Decêndio 36 – 21 a 31/12

Decêndio 11 – 11 a 20/04 Decêndio 12 – 21 a 30/04 Decêndio 13 – 01 a 10/05 Decêndio 14 – 11 a 20/05

Decêndio 15 – 21 a 31/05 Decêndio 16 – 01 a 10/06 Decêndio 17 – 11 a 20/06 Decêndio 18 – 21 a 30/06

Decêndio 19 – 01 a 10/07 Decêndio 20 – 11 a 20/07 Decêndio 21 – 21 a 31/07 Decêndio 22 – 01 a 10/08

Decêndio 23 – 11 a 20/08 Decêndio 24 – 21 a 31/08 Decêndio 25 – 01 a 10/09 Decêndio 26 – 11 a 20/09

Decêndio 27 – 21 a 30/09 Decêndio 28 – 01 a 10/10 Decêndio 29 – 11 a 20/10 Decêndio 30 – 21 a 31/10

Figura 7. Número de decêndios com temperatura média anual do solo na profundidade de 10 cm

De acordo com a Figura 8, para as estações meteorológicas de São Miguel do Oeste,

Os riscos de deficiência hídrica decendial simulados para a cultura da melancia são

Decêndio 01 – 01 a 10/01 Decêndio 02 – 11 a 20/01 Decêndio 03 – 21 a 31/01 Decêndio 04 – 01 a 10/02

Decêndio 05 – 11 a 20/02 Dec. 06 – 21 a 28-29/02 Decêndio 07 – 01 a 10/03 Decêndio 08 – 11 a 20/03

Decêndio 09 – 21 a 31/03 Decêndio 10 – 01 a 10/04 Decêndio 11 – 11 a 20/04 Decêndio 12 – 21 a 30/04

Decêndio 13 – 01 a 10/05 Decêndio 14 – 11 a 20/05 Decêndio 15 – 21 a 31/05 Decêndio 16 – 01 a 10/06

Decêndio 17 – 11 a 20/06 Decêndio 18 – 21 a 30/06 Decêndio 19 – 01 a 10/07 Decêndio 20 – 11 a 20/07

Decêndio 21 – 21 a 31/07 Decêndio 22 – 01 a 10/08 Decêndio 23 – 11 a 20/08 Decêndio 24 – 21 a 31/08

Decêndio 25 – 01 a 10/09 Decêndio 26 – 11 a 20/09 Decêndio 27 – 21 a 30/09 Decêndio 28 – 01 a 10/10

Decêndio 29 – 11 a 20/10 Decêndio 30 – 21 a 31/10 Decêndio 31 – 01 a 10/11 Decêndio 32 – 11 a 20/11

Decêndio 33 – 21 a 30/11 Decêndio 34 – 01 a 10/12 Decêndio 35 – 11 a 20/12 Decêndio 36 – 21 a 31/12

Segundo informações levantadas pelos extensionistas da Epagri sobre as regiões de cultivo

- Oeste e Extremo Oeste Catarinense, o plantio antecipado se dá com o objetivo de fugir da

- Planalto Norte, faixa de altitude dos cultivos de 700 a 850 m:

 Semeadura em bandejas na segunda quinzena de setembro e fase de campo

Conforme observado, os produtores já seguem calendários de cultivo diferenciados por

4202453 Bombinhas 96,5 3,5

4205456 Forquilhinha 100,0 0,0

4209102 Joinville 95,8 4,2

4212106 Palmitos 100,0 0,0

4215653 Santa Rosa do Sul 89,5 10,5

4218806 Turvo 100,0 0,0

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