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agenda
catarinense
21
catarinense
O Desenvolvimento
Sustentável em Santa Catarina
Pior não é a exclusão social,
A desigualdade de renda,
A falta de qualificação das pessoas,
A fome.
Quebre o silêncio!
Documento Oficial
Março de 2004
1° FASE
COORDENAÇÃO
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente
CARLOS HOLTHAUSEN e ROBSON ÁVILA WOLLF
2º FASE
COORDENAÇÃO
Secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente - SDS
BRAULIO CÉSAR DA ROCHA BARBOSA
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Gerente de Monitoramento Hídrico da Diretoria de Recursos Hídricos - SDS
GIAMPAOLO B. MARCHESINI
SUBCOORDENADOR TÉCNICO
Gerente de Drenagem Urbana, Água e Esgoto da Diretoria de Saneamento - SDS
MARCELL KARAM
REVISÃO
ÁLVARO JUNQUEIRA
COMISSÃO EXECUTIVA AMPLIADA
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Instituto LARUS – Pesquisa, Proteção e Educação Ambiental
Associação Catarinense de Aqüicultura Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão
de Santa Catarina
Sociedade Catarinense de Direitos Humanos
Federação das Indústrias de Santa Catarina
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Federação das Associações Comerciais e Industriais
de Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina
Giampaolo B. Marchesini
Coordenador técnico da Agenda 21 Catarinense
SUMÁRIO
Introdução..............................................................................................................14
Apresentação do Processo......................................................................................18
Mecanismos de Implementação..............................................................................19
SEÇÃO A
Sustentabilidade do Desenvolvimento.................................................................21
INDÚSTRIA.............................................................................................................29
COMÉRCIO............................................................................................................33
SERVIÇOS..............................................................................................................36
TURISMO...............................................................................................................40
AGRICULTURA E PESCA.......................................................................................44
BIOTECNOLOGIA...................................................................................................51
SEÇÃO B
Sustentabilidade Social e Político-Institucional..................................................55
DEMOGRAFIA E CIDADES.....................................................................................60
SAÚDE.....................................................................................................................64
DIREITOS HUMANOS.............................................................................................74
RESPEITO ÀS MINORIAS.......................................................................................77
ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS...........................................................83
AUTORIDADES LOCAIS.........................................................................................86
SEÇÃO C
Sustentabilidade Geo-Ambiental..........................................................................89
MEIO AMBIENTE.....................................................................................................90
QUALIDADE DO AR.................................................................................................93
RECURSOS HÍDRICOS..........................................................................................102
RECURSOS FLORESTAIS......................................................................................105
ECOSSISTEMAS....................................................................................................108
PRODUTOS AGROQUÍMICOS..............................................................................111
Participantes do Processo......................................................................................117
INTRODUÇÃO
14
1976 Congresso de Educação Ambiental Brasarville, África, 1990 ONU Declara o ano 1990 Ano Internacional do Meio Ambiente.
reconhece que a pobreza é o maior problema ambiental. 1991 Reuniões preparatórias da Rio 92.
1977 Conferência de Tbilisi - Geórgia, estabelece os princípios 1992 Conferencia sobre o Meio Ambiente e o
orientadores da Educação Ambiental e remarca seu caráter Desenvolvimento, UNCED, Rio/92 - Criação da Agenda 21
interdisciplinar, critico, ético e transformador. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis
1979 Encontro Regional de Educação Ambiental para América FORUN das ONG’s - compromissos da sociedade civil
Latina em San José, Costa Rica. com a Educação Ambiental e o Meio Ambiente.
Carta Brasileira de Educação Ambiental. Aponta as
Anos 80 necessidades de capacitação na área. MEC.
1980 Seminário Regional Europeu sobre Educação Ambiental, para 1993 Congresso Sul-americano continuidade Eco/92 -
Europa e América do Norte. Argentina
Assinala a importância do intercâmbio de informações e 1993 Conferência dos Direitos Humanos. Viena.
experiências. 1994 Conferência Mundial da População. Cairo
1980 Seminário Regional sobre Educação Ambiental nos Estados Árabes, 1994 I Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental.
Manama, Bahrein. UNESCO _ PNUMA. Guadalajara, México.
1980 Primeira Conferência Asiática sobre Educação Ambiental, em 1995 Conferência para o Desenvolvimento Social. Copenhague
Nova Delhi, Índia Criação de um ambiente econômico-político-social-
1987 Divulgação do Relatório da Comissão Brundtland, Nosso cultural e jurídico que permita o desenvolvimento social.
Futuro Comum. 1995 Conferência Mundial da Mulher / Pequim
1987 Congresso Internacional da UNESCO - PNUMA sobre 1995 Conferência Mundial do Clima. Berlim
Educação e Formação Ambiental - Moscou. Realiza a 1996 Conferência Habitat II Istambul.
avaliação dos avanços desde Tbilisi , reafirma os 1997 II Congresso Ibero-americano de EA . Junho Guadalajara,
princípios de Educação Ambiental e assinala a México.
importância e necessidade da pesquisa, e da formação 1997 Conferência sobre Educação Ambiental em Nova Delhi.
em Educação Ambiental. 1997 Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e
1988 Declaração de Caracas. ORPAL - PNUMA, Sobre Gestão Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a
Ambiental em América Sustentabilidade,Thessaloniki, Grécia.
Denuncia a necessidade de mudar o modelo de
desenvolvimento. Como resultado da Conferência sobre Meio
1989 Primeiro Seminário sobre materiais para a Educação
Ambienta. ORLEAC - UNESCO - PIEA.
Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992,
Santiago, Chile. cinco documentos foram elaborados, dentre os quais a
1989 Declaração de HAIA, preparatório da RIO 92, aponta a Agenda 21, onde os países membros comprometem-se em
importância da cooperação internacional nas questões pautar suas políticas econômicas, sociais e ambientais pelo
ambientais. princípio do desenvolvimento sustentável.
É portanto com este compromisso que o Documento
Anos 90
1990 Conferência Mundial sobre Ensino para Todos, Satisfação Oficial da Agenda 21 de Santa Catarina foi elaborado. Daqui
das Necessidades Básicas de Aprendizagem, Jomtien, para frente a luta é pela sua plena implementação, num
Tailândia. Destaca o conceito de Analfabetismo Ambiental processo contínuo.
15
O ESTADO DE SANTA CATARINA
16
tarina, estabelecendo-se no interior a partir de 1875 e desenvolven- za o solo para produção de culturas diversificadas e de subsistên-
do as cidades de São João Batista, Rodeio, Ascurra e Nova Veneza no cia. A pesca, principalmente artesanal, tem seu peso na formação
sul do Estado. da economia regional, mas o turismo se consolidado como a ativi-
O meio oeste catarinense tem seu território definido e coloni- dade mais importante.
zado a partir da implantação da ferrovia São Paulo – Rio Grande, em A colonização bem sucedida e organizada, nas regiões do Vale
1910, marca forte da região, juntamente com a sua celebrada Guerra do Itajaí e Nordeste, resultaram em grandes centros urbanos, com um
do Contestado, de cunho político-religioso. parque industrial diversificado, onde predominam os ramos metal-
Atualmente, a população residente do Estado de Santa Catarina mecânico, têxtil e plástico.
está em torno de 5,5 milhões de habitantes e vem crescendo a uma Na região Sul do Estado, são as atividades ligadas à extração do
taxa média próxima de 1,4% ao ano, com uma densidade demográfica carvão mineral e à produção de revestimentos cerâmicos, e, mais re-
de 51,0 habitantes/km2. cente, também, as indústrias de confecções têxteis e calçadistas.
Com médias concentrações populacionais urbanas, o Estado No Planalto Catarinense, mantendo forte ligação com as suas
catarinense tem bem distribuída a população por todo o seu territó- origens econômicas, localizam-se a criação de bovinos e a extração de
rio. Apenas oito cidades alcançam mais de 100 mil habitantes, e as madeira e erva-mate.Também, recentemente, estão as lavouras de fru-
nossas três maiores cidades - Florianópolis, Joinville e Blumenau – não tas e os ramos industriais de madeira, mobiliário, papel e celulose.
atingem os 500 mil habitantes cada uma. Do Meio Oeste ao Extremo Oeste a atividade principal é a agro-
O Estado de Santa Catarina ocupa a sétima posição na forma- indústria, com o abate e processamento de matérias-primas de origem
ção do Produto Interno Bruto Brasileiro.A renda per capita dos catari- animal - suínos e aves – atividade apoiada pelas lavouras, com a forte
nenses está acima de R$ 6 mil, e o nosso crescimento econômico vem produção de grãos.
se mantendo superior à média brasileira. O Estado de Santa Catarina tem 293 municípios, espalhados por
Pela diversidade e riqueza de seu patrimônio natural, pela es- 10 regiões hidrográficas, um vasto planalto e duas serras - Geral e a do
trutura fundiária - onde predomina a pequena propriedade familiar Mar. Originalmente, cobria-se pela Mata Atlântica, está posto sobre a
rural - pela forma de ocupação territorial e pela rica formação étnica, esponja do aqüífero Guarani, desfruta de extenso litoral com dunas, res-
o Estado de Santa Catarina foi ao longo dos anos forjando um modelo tingas e belas praias, tocando quase 10,6 mil km2 de área oceânica.
próprio e diferenciado de socioeconomia. Santa Catarina, com o seu expressivo patrimônio natural, com
Suas modernas atividades econômicas trazem a estrutura da sua riqueza étnica, necessita e merece um forte e definido processo
antiga ocupação e colonização. de balizamento do desenvolvimento e da conservação ambiental. San-
O litoral catarinense, com uma estrutura minifundiária, utili- ta Catarina necessita e merece uma forte e respeitada Agenda 21.
17
APRESENTAÇÃO DO PROCESSO
Iniciado no dia 5 de junho de 2000 com a assinatura do se manterem ocupadas fora do mercado, valorizando atividades
Protocolo de Intenções pelo Governo do Estado de Santa Catarina não competitivas, mas socialmente interessantes.
e representantes da iniciativa privada e do Terceiro Setor , o pro- Neste documento são discutidos 27 assuntos, que vão des-
cesso de construção da Agenda 21 Catarinense continuou, sem de o comércio e a indústria, passando pela educação e o respeito
interrupções, até o dia 10 de outubro de 2002, ocasião em que às minorias, até a ciência, tecnologia e inovação, entre outros. Cada
170 representantes da sociedade organizada catarinense, reunidos um deles descreve os desafios, obstáculos e premissas da sua res-
no 1º Seminário Estadual, aprovaram o Documento Preliminar da pectiva sustentabilidade. Em seguida, são apresentadas estratégia
Agenda 21 Catarinense. e propostas de cada assunto, cuja implementação ficará a cargo
Este documento traz a síntese de 1.600 propostas e estra- daqueles que tenham responsabilidade e dignidade em suas ações
tégias obtidas em 10 seminários regionais, realizados entre os cotidianas.
dias 7 de fevereiro e 18 de julho de 2002, nas regiões hidrográfi-
cas do estado de Santa Catarina, com a presença de mais de 1.200
pessoas. Todas essas propostas foram sistematizadas num docu- COORDENAÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA AMPLIADA
mento preliminar, no Seminário Estadual de outubro de 2002. A Fone (48) 229-3790
partir daí, este documento preliminar da Agenda 21 Catarinense Fax(48)229-3782
foi distribuído para todo o Estado (5.000 exemplares), para que e-mail: planhid@sds.sc.gov.br
novamente fosse analisado e recebêssemos novas sugestões. Fei-
to isto obtivemos o documento oficial no 2º Seminário Estadual,
em outubro de 2003.
O processo da Agenda 21 Catarinense, cujo objetivo é bali-
zar o desenvolvimento sustentável no estado, também deseja des-
pertar soluções novas a problemas antigos, como, por exemplo, o
persistente desemprego. No Brasil, e na maior parte dos países,
uma faixa expressiva da população mantêm-se permanentemente
excluída do trabalho. Pela posição adotada há mais de 200 anos,
após a Revolução Industrial, com o aumento da produção usando
as regras e valores do mercado, a solução para o pleno emprego
tem ficado cada vez mais distante. O número de excluídos conti-
nua a subir devido à crescente automação da produção e dos ser-
viços e pelo sofisticado desenvolvimento tecnológico.
Discutir estes fatos, e propor uma valorização das pessoas
que estão ou desejam estar fora das regras e valores do mercado,
pode ser a novidade a ser implementada em Santa Catarina. Na
Europa, a sociedade começa a pagar, literalmente, para as pessoas
18
OBJETIVOS DA AGENDA 21 CATARINENSE MECANISMOS DE IMPLEMENTAÇÃO
19
SEÇÃO
A Sustentabilidade do Desenvolvimento
21
1 INFRA-ESTRUTURA E COOPERAÇÃO
ENTRE AS REGIÕES DO ESTADO
Desafios
22
avançados e desenvolvidos, estando já implantados e em operação, mas nem sempre foram conce-
bidos considerando as questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.
O desafio fica por conta da necessidade de incluir estudos prévios de uma agenda específi-
ca para a formulação e aperfeiçoamento do marco regulatório dos diversos setores e atores envol-
vidos, levando em conta a sustentabilidade, a cooperação e integração entre as regiões do Estado.
Premissas
Obstáculos
23
A não participação do governo estadual na formulação dos marcos regulatórios da infra-
estrutura, que poderia contribuir para uma política estadual consistente, visando à integração e
cooperação entre as regiões.
Inexistência de metodologias que possibilitem a adoção de decisões integradas de política
energética, ambiental e econômica, com vistas ao desenvolvimento sustentável, considerando ava-
liações de impacto ambiental.
Insuficiência de pesquisas, desenvolvimento, transferência e uso de tecnologias e práti-
cas para sistemas energéticos ambientalmente saudáveis, inclusive sistemas energéticos novos
e renováveis.
Recursos reduzidos para investimento na modernização da infra-estrutura, visando uma maior
cooperação e integração entre as regiões.
Dificuldades na realização de parcerias envolvendo atores sociais, agentes econômicos e institui-
ções diversas, com coordenação mais articulada para a administração dos conflitos e contradições.
Além da crise econômica, a inexistência de comprometimento dos diversos segmentos da
sociedade com as discussões, visando às fases de planejamento, operação e fiscalização dos servi-
ços de infra-estrutura.
Estratégia
Propostas
24
Viabilizar projetos de ligação ferroviária entre o Atlântico e o Pacifico, atendendo às deman-
das de logística de transporte de carga e passageiros.
Integrar o planejamento dos sistemas viários regionais, buscando tecnologias adequadas de
pavimentação que minimizem a agressão ao meio ambiente.
Estabelecer políticas e estratégias que possibilitem a universalização do acesso às tecnolo-
gias de informação, como internet, telefonia, televisão e rádio.
Implantar malha aeroviária no Estado, instalando novos aeroportos, ampliando e melhoran-
do os existentes e internacionalizando os localizados na fronteira, visando a integração do Estado
com os países do Cone Sul.
25
2 MUDANÇA DO PADRÃO DE
CONSUMO E PRODUÇÃO
Desafios
Premissas
O consumo sustentável tem com premissa básica a utilização da natureza para satisfazer as necessi-
dades da população e promover o desenvolvimento humano por meio de serviços e produtos que econo-
26
mizem, na maior medida possível, os recursos naturais, que evitem a produção de dejetos e a emissão de
poluentes, que assegurem o equilíbrio do ecossistema e as condições de vida às gerações futuras.
Utilizar de forma definitiva a pesquisa científica, geradora de inovação tecnológica, desen-
volvida nas universidades e organismos públicos e privados, promovendo um grande esforço no
aumento da produção do conhecimento científico e tecnológico – processos e produtos – e trans-
ferindo-os aos setores produtivos do Estado, é outra premissa geradora de mudanças.
Fazer crescer a incipiente - para não dizer inexistente - contribuição da iniciativa privada ao
financiamento de atividades de investigação científica, de base tecnológica e de inovação.
A incorporação de tecnologias sustentáveis aos processos produtivos, do ponto de vista
social e ambiental, é um aspecto fundamental da sociedade ecológica. Para tanto, é necessário um
compromisso de reciprocidade entre setores produtivos - indústrias, empresas comerciais, presta-
doras de serviços, empreendimentos de socioeconomia - tais como cooperativas e associações - e
as universidades e centros de pesquisa, a fim de encontrar soluções para os problemas de susten-
tabilidade dos processos produtivos e, sobretudo, favorecer a equidade social.
Fazer do direito à informação uma das premissas do consumo sustentável, uma vez que a
informação favorece a tomada de consciência do consumidor sobre as conseqüências do consu-
mo que não adota critérios. Ao decidir-se pela utilização de um produto ou serviço, o consumidor
tem direito de saber qual é sua origem, conhecer o processo de produção – matéria-prima e ou-
tros recursos naturais utilizados, geração de rejeitos e resíduos tóxicos -, as características da mão-
de-obra - situações de risco ao trabalhador, penosidade, trabalho infantil, insalubridade e garantia
de direitos sociais - e a destinação dos dejetos após o consumo - embalagens e descartes.
Obstáculos
27
A exclusão social relacionada com padrões de consumo, além daquela operada pela con-
centração de renda, produzidas, ambas, pela massificação do consumo, que não respeita as dife-
renças pessoais e culturais, é outro importante obstáculo à mudança.
A pressão da mídia para o consumismo, que afeta psicológica e economicamente as famíli-
as, interferindo na saúde das pessoas.
Estratégia
Propostas
28
3 INDÚSTRIA
Desafios
O maior desafio enfrentado hoje pelas empresas industriais é de como manter e melhorar a
sua vantagem competitiva em mercados cada vez mais globalizados e, concomitantemente, aten-
der aos princípios do desenvolvimento sustentável.
Para atingir uma vantagem competitiva global, a administração da empresa deve olhar além
das soluções de curto prazo, focadas apenas no lucro e na diminuição de custos, comprometendo-
se com uma visão menos reducionista e cartesiana do meio onde opera, incluindo as variáveis
sócioambientais como parte do seu planejamento estratégico.
Fortalecer a Ter empresas rentáveis e prósperas, com proprietários e investidores satisfeitos, mantendo
vocação industrial os empregos gerados e a economia em crescimento, implica em balancear as considerações eco-
empreendedora, nômicas e ambientais em bases locais, nacionais e globais.
valorizando as
O modo como as organizações respondem a esses desafios terá um grande impacto nas suas
potencialidades
operações. Se elas optarem por serem ambientalmente responsáveis, serão provavelmente mais
regionais e
incentivando a
atrativas aos olhos dos investidores e agentes de financiamento. Encontrarão uma maior aceitação
criação de de seus produtos e serviços e obterão maior apoio comunitário e governamental.
incubadoras Como resultado, tornar-se-ão empresas de vida longa e crescimento econômico ajustado
empresariais. às novas demandas da sociedade. Negligenciar o meio ambiente significa um risco de ficar desa-
tualizado no contexto do mercado, que hoje tende a identificar muito mais a conduta e o com-
portamento da empresa face às exigências ambientais do que a exclusividade da marca, muitas
vezes histórica e desatrelada das mudanças em curso. Esse descuido, normalmente, leva a mídia
a promover publicidade negativa e os agentes governamentais a negarem ou retirarem licenças
ambientais e outros requisitos legais de funcionamento. Agregue-se, ainda, à lista, o desgaste de
repercussões negativas provenientes de multas e processos penais, caros ao caixa e à imagem
da organização.
Basicamente, as organizações dispõem de quatro formas de responder aos desafios do de-
29
senvolvimento sustentável e da busca da vantagem competitiva:
A primeira é agir sobre as questões de natureza ambiental de forma reativa, ou seja, quando
os problemas ocorrem.
A segunda é cumprir com as exigências legais.
A terceira é praticar uma gestão ambiental consistente, em que as ações são tomadas depois
de considerados seus impactos no meio ambiente.
A quarta é perseguir o desenvolvimento sustentável, isto é, adotar ações que tragam efeitos
benéficos de longo prazo à economia, ao meio ambiente e à sociedade.
As organizações que adotarem as duas últimas estratégias serão capazes não apenas
de prevenir problemas antes que estes ocorram. Poderão, também, encontrar novas oportu-
nidades para atender um mercado em crescimento para os produtos e serviços ambiental-
mente corretos e identificar formas de diminuir custos por meio da revitalização do proces-
so industrial, reduzindo o consumo de água e energia e melhorando a utilização dos recur-
sos naturais. Tudo isso as auxiliará a competir de forma mais efetiva no mercado e aumentar
o seu lucro potencial.
Organizações que se contentem somente com as duas primeiras estratégias poderão se
encontrar em um mercado cada vez menor, correndo sério risco de serem ultrapassadas pelos
competidores ambientalmente responsáveis.
Premissas
Para contribuir com o sucesso do desenvolvimento sustentável industrial, deve ser conside-
rada a utilização de recursos naturais não-renováveis a um ritmo estabelecido em função da dispo-
nibilidade de recursos alternativos, utilização de recursos renováveis a taxas limitadas à sua capa-
cidade de regeneração natural ou artificial, disposição e dispersão dos resíduos industriais limita-
das de acordo com a capacidade de assimilação dos ecossistemas, de modo a prevenir impactos
irreversíveis nos sistemas fundamentais de manutenção da vida.
A aplicação do enfoque preventivo, que pressupõe a adoção de medidas que permitam
prevenir a degradação ambiental e eliminar suas causas, afastando assim a ameaça de deterioração
grave ou irreversível.
A concepção de procedimentos para prevenir acidentes, reduzindo-se, desta forma, os ris-
cos e as perdas potenciais associadas a acidentes e situações de emergência ambientais.
A prevenção da poluição na fonte, isto é, minimizar os danos ambientais causados nos pro-
cessos de fabricação e produção, ao invés de tratá-los uma vez já gerados.
A minimização do consumo de recursos naturais e também dos resíduos gerados por unidade de
30
produção, assegurando, assim, uma utilização eficiente dos meios de produção e dos recursos naturais.
A certeza de que todos os setores da sociedade tenham a possibilidade de participar do
processo de industrialização, beneficiar-se da riqueza gerada por meio das atividades industriais e
aplicar os mesmos princípios de eqüidade às pessoas de ambos os sexos e para as gerações pre-
sente e futuras.
Obstáculos
31
Estratégia
Propostas
32
4 COMÉRCIO
Desafios
Premissas
33
de de aprimoramento, pela utilização de tecnologia e inovação disponíveis no mercado.
Tornar o setor maduro, seja ele grande, médio, pequeno ou micro, para a compreensão das
novas técnicas e adoção de novos mecanismos de aperfeiçoamento das atividades.
Deixar de lado formas empíricas de administrar, reportando-se, ainda que de forma simples,
a um processo de gerenciamento adequado, formalizado em processo de continuidade da ativida-
de, a fim de não haver perecimento precoce, como ocorre com muita freqüência.
A vida empresarial deverá ser sustentada por mecanismos que permitam detectar as ten-
dências a serem seguidas pelo segmento.
A interação harmoniosa entre o comércio e o meio ambiente deve ser outra premissa, ado-
tando estratégias de desenvolvimento sustentável.
As considerações ambientais devem ser consideradas especialmente na forma com as em-
presas catarinenses nutrem suas relações com os consumidores, fornecedores, empregados, inves-
tidores, comunidades locais e meios de comunicação
Obstáculos
Os altos juros praticados pelos agentes financeiros são inibidores de um crescimento orgâ-
nico, especialmente daqueles empreendimentos considerados pequenos, que não podem supor-
tar ônus financeiro em suas atividades empresariais.
Na ordem conjuntural, a carga tributária nacional é muita alta se cotejada com a de outros
países, como também os encargos de natureza social que incidem sobre a folha de pagamento.
Dificuldade no aprimoramento dos métodos e processos aplicados na consecução dos ne-
gócios empresariais, para que se possam alcançar melhores resultados.
A falta de cultura dos consumidores por produtos inofensivos ao meio ambiente tam-
bém representa obstáculo ao desenvolvimento de uma consciência empresarial com relação à
necessidade de ações efetivas de interação harmoniosa entre o comércio e o desenvolvimen-
to sustentável.
Poucos são os empresários que têm visão do papel relevante do comércio no desestímulo e
eliminação da fabricação de produtos que sejam ambientalmente não recomendáveis e socialmen-
te inconvenientes.
A inexistência de parceria entre fornecedores e estabelecimentos comerciais dificulta a
dinâmica de acesso aos mercados de produtos ambientalmente corretos e impõe barreiras às
empresas que vêem as regulações e normas ambientais como custos operacionais e não como
investimentos.
34
Estratégia
Obter o crescimento do volume de bens comercializados, fazendo com que esse crescimen-
to seja exercitado pela oferta diversificada e de qualidade, com a diminuição da carga tributária
estadual sobre produtos básicos, concomitante ao aumento da carga tributária sobre produtos
supérfluos, simplificando as operações de fiscalização de tributos e valorizando o empreendedor
ambientalmente consciente.
Propostas
35
5 SERVIÇOS
Desafios
Nas últimas décadas, o crescimento do setor de serviços tem sido acentuado na maioria dos
países, inclusive aqueles em desenvolvimento, pois a base de demanda desse setor repousa em
pessoas com necessidades e recursos financeiros disponíveis.
Segundo o IBGE, o setor de serviços representa 58,3% do PIB brasileiro, absorvendo 57,2%
da mão-de-obra disponível no mercado. Em Santa Catarina, este setor responde por 40,1% do pes-
soal ocupado no mercado de trabalho, sendo que o comércio e indústrias catarinenses ocupam,
juntos, 59,9%. O setor ainda é composto por 37,7% de empresas formais, enquanto o comércio
Disponibilizar responde por 43% e a indústria, por 19,3%.
programa de
Ocorre que o setor de serviços tem absorvido grande parte dos trabalhadores que migram
capacitação
de outros setores, especialmente o industrial. Isso se deve ao fato de que países em desenvolvi-
profissional que
mento, ao implantarem a inovação tecnológica e a gestão moderna em suas empresas, acabam
atenda às novas
demandas do excluindo uma boa parte dos trabalhadores com baixa qualificação profissional e escolaridade.
mercado Outros fatores, ainda, contribuem para o aumento desse contingente de pessoas disponí-
globalizado. veis para o mercado de trabalho, como o crescimento vegetativo da população, a ampliação da
expectativa de vida e a redução da mortalidade infantil. Entretanto, tais fatores também levam à
busca de mais serviços para serem produzidos e consumidos, ocasionando o crescimento do setor
de serviços como um todo.
O grande desafio deste setor nos países em desenvolvimento será, com certeza, ajudar a
vencer o desemprego. É de se prever, nos próximos anos, uma situação caracterizada pelo aumen-
to do desemprego industrial e público. Em compensação, haverá grande aumento do setor de
serviços. Ocorre que é sobretudo nessas atividades que se concentra grande parte da informaliza-
ção observada na população ativa.
Ao se analisar o mercado informal no Estado, o setor de serviços concentra 51% das empre-
sas, seguido pelo comércio com 42% e a indústria com 7%. Por outro lado, a alta taxa de desempre-
36
go para as camadas da população com baixa escolaridade, que migram para o setor de serviço e o
mercado informal, ameaça seu desenvolvimento devido à baixa qualidade do serviço ofertado.
Serviços não podem ser estocados, geralmente são produzidos e consumidos ao mesmo
tempo. Isso pode significar que não existe uma segunda chance para causar uma boa impressão ao
cliente. Serviços são intangíveis, isto é, são experiências que o cliente vivencia, enquanto os pro-
dutos são coisas que podem ser possuídas. Além disso, há a necessidade da presença do cliente ou
um bem de sua propriedade para que o serviço possa ser efetivamente prestado. Com isso, o
trabalhador acaba se tornando o recurso mais importante para o sucesso da organização.
A qualidade do serviço prestado, com vistas a atender as necessidades e expectativas dos
clientes, traduz-se numa forma de gestão que, em primeiro lugar, valorize a qualificação das pesso-
as, ofereça serviços personalizados, agregando valor. A empresa do setor de serviços que buscar o
aprimoramento desses spectos terá como resultado maior fidelização de clientes. Portanto, a qua-
lidade é um importante elemento para definir um serviço ofertado. E é com base nesse critério
que um consumidor estabelece a diferenciação entre uma empresa e seus concorrentes.
Em mercados altamente competitivos, onde existe uma grande quantidade de fornecedores, os
clientes terão maiores opções, aumentando em muito o seu nível de exigência. Dessa forma, a qualidade
dos serviços prestados (e isso pressupõe, entre outras coisas, mão-de-obra capacitada e qualificada) é
ferramenta imprescindível para agregação de valor, permitindo a sua sustentabilidade.
Analisando-se o porte das empresas brasileiras atuantes no setor de serviços encontramos a
seguinte divisão: microempresas = 87,18%; empresas de pequeno porte = 10,25%; empresas de
médio porte = 1,24%; e empresas de grande porte = 1,33.
O setor de serviços em Santa Catarina é composto por 98,8% de micro e pequenas empre-
sas, absorvendo 46,9% da mão-de-obra formal.
Percebe-se, dessa forma, que as micros e pequenas empresas são de fundamental importân-
cia para a consolidação do setor de serviços. Significa dizer que o desenvolvimento desse setor
deverá estar voltado para a solução de questões como a dificuldade de acesso ao crédito, falta de
gestão empresarial, produtos e serviços com baixo valor agregado e, até mesmo, a falta de políti-
cas públicas adequadas. Esses tornam-se os desafios para o setor de serviços e também para aque-
les que necessitam de financiamento para iniciar seu próprio negócio.
Premissas
37
É importante nessa atual conjuntura, marcada por profundas transformações na estrutura
produtiva e nas relações de produção, a alternativa oferecida pelas micros e pequenas empresas
do setor de serviços, especialmente quanto à geração de empregos, contribuindo significativa-
mente para desconcentrar a renda, bem como absorver amplos contingentes migratórios libera-
dos por outros setores da economia. E, ante o acelerado processo de automação industrial, que a
cada ano elimina centenas de milhares de postos de trabalho, viabiliza a reciclagem de trabalhado-
res, oferecendo-lhes novas perspectivas de progresso.
Entretanto, o problema não se restringe somente ao desemprego ou a quantidade de traba-
lho disponível, mas está intimamente ligado à qualidade dos postos de trabalho. Essa é uma das
conseqüências da informalidade, entendida como a soma dos autônomos, dos empregados sem
carteira e dos não-remunerados.
Nenhum segmento contribuiu mais para a pobreza brasileira do que o setor informal. Cerca de
51,3% dos pobres estão em famílias chefiadas por informais. Os chefes desempregados contribuem
com apenas 5,4%. Isto quer dizer que o grande gerador de pobres não é o desemprego, mas a informa-
lidade. Pessoas que têm trabalho, mas não ganham o suficiente para sustentar suas famílias.
O desenvolvimento sustentável vai muito além do crescimento econômico, embora este seja um
pré-requisito fundamental para seu alcance. Inclui dimensões como liberdade de expressão e direito às
diversas formas de dignidade nas relações sociais, associadas a um mínimo de acesso a bens e serviços
disponíveis a outros grupos populacionais ou a outros membros de seu grupo.
O descompasso no setor econômico está entre o crescimento da produtividade e do empre-
go. Essa arritmia constitui uma das mais importantes questões das economias em processo de
inserção competitiva globalizada. Aumentar a produtividade para ganhar competitividade e elevar
o nível e a qualidade dos empregos gerados. Só a sustentabilidade do desenvolvimento econômico
pode assegurar o alcance simultâneo desses dois objetivos.
Obstáculos
38
remuneração, talvez esconda mais do que revele, contribuindo para a produção de empregos de
baixa qualidade. A própria estrutura de custos e benefícios associados à legislação trabalhista e
previdenciária levam à informalidade como modalidade de evasão fiscal.
Nesse aspecto, a burocracia e os custos que ela acarreta são fatores preponderantes para inibir o
processo de constituição e legalização de empresas no Brasil e em Santa Catarina. O que se observa é a
permanente exacerbação de obrigações, centralismo e autoritarismo, que são impostos ao empreende-
dor de serviços que queira iniciar um negócio ou sair do chamado mercado informal.
A baixa capacitação da mão-de-obra, bem como sua alta rotatividade, principalmente nas
micro e pequenas empresas, também constituem-se num obstáculo, sendo essa qualificação essen-
cial para que ocorra o aumento da produtividade da economia.
A taxa de mortalidade das micros e pequenas empresas no primeiro ano de atividade, inclu-
sive do setor de serviços, é de até 61%. No segundo ano, esse número eleva-se para até 68%,
passando para até 73% no terceiro período do empreendimento, segundo pesquisa de mortalida-
de realizada pelo SEBRAE.
Cabe ainda salientar que o acesso ao crédito do sistema financeiro tradicional tem sido uma
dificuldade também para empresas do setor. As razões dessa exclusão se devem à cultura dos
bancos de enfatizar o financiamento para grandes investimentos, em detrimento dos pequenos
empreendimentos.
Estratégia
Propostas
39
6 TURISMO
Desafios
Turismo é essencialmente uma atividade humana e apresenta uma íntima ligação com o
meio ambiente. Este segmento tem apresentado os melhores índices de emprego e trabalho, fa-
zendo o crescimento econômico de regiões pobres e alcançado melhorias na distribuição de ren-
da. Quando bem planejado, o turismo atende às necessidades ambientais.
Nos últimos tempos, a atividade turística em geral vem passando por uma grande trans-
formação, oriunda da constatação de que o chamado turismo de massa tem provocado o super
dimensionamento dos equipamentos receptivos, sem proporcionar a rentabilidade econômi-
Elaborar um plano ca esperada e deixando um prejuízo incalculável para o meio ambiente natural, bem como
estadual de
danos culturais para as comunidades locais. Uma vez que o meio ambiente constitui a chama-
desenvolvimento
da “matéria- prima” da atividade turística, o grande desafio está exclusivamente ligado à sua
integrado de turismo
sustentável, pautado
conservação.
na realidade de cada Chegar ao equilíbrio entre as necessidades econômicas e um desenvolvimento turístico,
região, com projetos que prime pela valorização da vida, através da valorização das comunidades envolvidas e da con-
operacionais servação do meio ambiente, não é um trabalho fácil, uma vez que tal ideal depende de iniciativas
exeqüíveis, levando conjuntas entre instituições privadas e poder público. Essas iniciativas só serão viáveis se nortea-
em conta a das por um planejamento da atividade, desenvolvido não só pelo trade turístico e pelos órgão
diversidade ambiental públicos ligados ao turismo, mas que envolva também as comunidades locais.
e étnico-cultural do O potencial turístico do Estado de Santa Catarina se explica pela diversidade cultural e
Estado. de ecossistema presentes nas diferentes regiões de seu território. Em contrapartida, fica claro,
diante do desafio global da atividade turística, que o Estado necessita de medidas que bus-
quem o amplo desenvolvimento do turismo, buscando não apenas o crescimento econômico,
mas que tenham como objetivo principal a preservação dessas belezas naturais e a qualidade
de vida da população.
40
Premissas
Obstáculos
41
volvimento sóciocultural local, são outros obstáculo ao desenvolvimento sustentável, à rentabili-
dade de longo prazo e a um duradouro ciclo de vida dos produtos turísticos.
Outro obstáculo pode ser relacionado ao excesso de produtos turísticos disponíveis no
mercado global. A reprodução de modelos de destinações turísticas concorrentes aumenta o pro-
blema inerente ao próprio produto turístico, que é o fato de este ser facilmente substituível.
A falta de identidade e de desenvolvimento do produto turístico Santa Catarina, de forma
diferenciada, cria a característica do Estado ser ‘mais uma opção’ em termos de turismo dentro do
território nacional.
Soma-se à diversidade de destinos a serem visitados a questão climática, que causa gran-
de impacto no fluxo de turistas para Santa Catarina, prejudicando a atividade turística por
meio de sua própria sazonalidade, já que a grande demanda ocorre durante a temporada de
verão, consumindo o produto ‘sol e mar’, que encontra um alto grau de concorrência no turis-
mo em âmbito nacional.
A falta de integração entre poder público e iniciativa privada, em conjunto com o excesso
de oferta da indústria turística brasileira, dificulta a criação de roteiros turísticos integrados entre
cidades localizadas em um mesmo entorno, que seriam ideais para o desenvolvimento turístico
sustentado, uma vez que esse tipo de posicionamento no mercado possibilita a distribuição de
turistas por diversos atrativos, espalhados por municípios diferentes e próximos, amenizando o
impacto ambiental em uma só localidade e promovendo distribuição da renda.
Estratégia
Propostas
42
como foco a história local.
Promover parcerias entre as instituições ligadas ao setor turístico, visando à educação con-
tinuada, capacitação e treinamento da mão-de-obra envolvida com o turismo.
Incentivar a iniciativa privada a investir em equipamentos e atrativos turísticos, disponibili-
zando crédito financeiro desburocratizado e com juros baixos para o turismo rural e ecoturismo.
Incentivar os municípios a um melhor gerenciamento de seu potencial turístico, estimulan-
do o turismo durante todo o ano.
Desenvolver na comunidade, por meio da educação ambiental, programas de sensibiliza-
ção para a manutenção da qualidade do meio local.
43
7 AGRICULTURA E PESCA
Desafios
A agricultura, segundo dados do Instituto Cepa, tem crescido em valores absolutos, mas está
perdendo posição relativa. Caiu de 18,5% do PIB, em 1985, para 12,8%, em 1997.
A pecuária catarinense cresceu 7,4% em 1999, principalmente devido à expansão da avicul-
tura, que apresentou um crescimento da ordem de 10%. Dentre os fatores que estimularam a
atividade estão as exportações, beneficiadas pela desvalorização cambial, ampliação do mercado
interno, melhor aproveitamento da capacidade ociosa e do aumento da produtividade. Já o cresci-
mento da suinocultura foi decorrente do amadurecimento dos investimentos realizados, à amplia-
Possibilitar a ção do rebanho e ao aumento da produtividade.
participação da
A bovinocultura está, progressivamente, perdendo espaço para as lavouras, embora a
sociedade na definição
atividade leiteira continue crescendo e seus atores tenham investido em um sistema produti-
das políticas agrícola e
vo mais eficiente.
de pesca, para
desenvolver a cadeia Em 1999, os grãos apresentaram um crescimento abaixo da expectativa, devido a proble-
produtiva, incentivando mas climáticos, e as frutas apresentaram um bom desempenho. A rizicultura e a produção de
a diversificação de banana têm destaque nacional pela crescente produtividade e qualidade resultantes dos investi-
produtos e uso de mentos tecnológicos realizados.
tecnologias Os dados acima demonstram o potencial da agricultura catarinense, baseada na agricultura
sustentáveis. familiar e diversificada. No entanto, eles não refletem a situação econômico-financeira individual
dos produtores rurais.
Forma-se, assim, o desafio de conciliar o bom desempenho global do setor com o aumento
da renda do produtor individualizado, reduzindo, principalmente, a falta de apoio ao desenvolvi-
mento da agricultura familiar.
Na pesca, o desafio é manter as atividades artesanais, que propiciam renda, ainda que mínima, às
famílias de aglomerados habitacionais isolados. Outro desafio é preservar o nível de disponibilidade do
pescado em mares costeiros, apoiando as atividades de mais larga escala em mar aberto.
44
Premissas
Obstáculos
45
familiares, que têm impedido a melhoria da qualidade de vida no campo e dificultado o aumento
da produtividade do setor.
Inexistência de estratégia eficiente para ampliar a base genética das principais culturas e
para fortalecer a capacidade de desenvolver variedades adaptadas à região e reduzir a vulnerabili-
dade das culturas de modo geral.
Estratégia
Fazer com que o setor primário da economia do Estado - agricultura, pecuária, suinocultura,
avicultura, piscicultura, carcinicultura, apicultura, fruticultura, floricultura e as atividades extrativas do
carvão e das florestas –, setor por excelência desenvolvido a partir da propriedade minifundiária e do
trabalho familiar rural, cresça cada vez mais organizado em sistemas associativistas, cooperativistas e de
agrupamento da produção, implementando e fomentando a ciência, tecnologia e inovação disponíveis,
visando atender à demanda local e de exportação, com sustentabilidade ambiental.
Propostas
46
8 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Desafios
Para se ter a dimensão dos desafios em Ciência, Tecnologia e Inovação, é preciso com-
preender o significado destes termos. Etimologicamente, ciência significa sabedoria, conheci-
mento. Com os extraordinários avanços científicos, é necessário refletir sobre uma nova com-
preensão da ciência, mudando a maneira fragmentada de analisar o universo, a natureza, os
recursos naturais, o ser humano e a sociedade, para um modelo sistêmico, onde os sistemas
biológico, físico-químico e social-humano interajam entre si de forma relacional, sendo intra-
inter-dependentes.
Incentivar a pesquisa
A tecnologia é conceituada como o conjunto ordenado de todos os conhecimentos cientí-
e desenvolvimento da
ficos, empíricos, intuitivos e gerenciais requeridos para desenhar, produzir, distribuir, comerci-
química fina -
alizar e utilizar bens e serviços. Inclui tanto conhecimentos teóricos como práticos, meios físicos,
matéria-prima para as
indústrias
know-how, métodos e procedimentos produtivos, gerenciais e organizacionais.
farmacêutica e de Da inovação tecnológica pode-se dizer que envolve aspectos de criação e concepção
defensivos agrícolas - de idéias, buscando sua interação social, estimulando e objetivando o conceito de valor por
praticamente meio da agregação, de modo a gerar um incremento e um diferencial competitivo para o
inexistente no país. seu ambiente.
Os desafios para se construir e desenvolver Ciência, Tecnologia e Inovação baseada na sus-
tentabilidade multidimensional e capaz de gerar benefícios relevantes para a sociedade, são:
- construir uma Ciência,Tecnologia e Inovação que considere, conjuntamente, as dimensões
de sustentabilidade, com base nas potencialidades regionais, protegendo o meio ambiente, melho-
rando a qualidade de vida das pessoas de todas as classes e garantindo o bem-estar da sociedade.
- substituir o sistema de aprendizado tecnológico passivo ou mimético por um siste-
ma ativo - dialógico, ref lexivo, em rede -, de modo a estabelecer um sistema de inovação
tecnológica.
Promover uma estratégia competitiva para o desenvolvimento regional sustentável, com
47
melhoria da produtividade e das condições econômicas, sociais e ambientais de todos os atores
envolvidos nas várias cadeias produtivas.
Aprimorar e fortalecer os mecanismos de transferência de tecnologia da academia para o
setor produtivo, assim como estabelecer processos de interação criativa entre empresários, pes-
quisadores, educadores e educandos.
Estimular o desenvolvimento de uma ciência-cidadã, que busque diminuir as desigualda-
des sociais e amplie a inclusão social das pessoas desfavorecidas da sociedade.
Promover a interação da Ciência, Tecnologia e Inovação com a sociedade, não consideran-
do-as como independentes e isoladas.
Assumirem - empresários, cientistas, pesquisadores, educadores, técnicos, governantes, polí-
ticos, formadores de opinião e tomadores de decisão - a co-responsabilidade e o comprometimen-
to socioambiental com a Ciência, Tecnologia e Inovação.
Premissas
Obstáculos
O principal obstáculo a ser vencido para se alcançar a sustentabilidade está focado na de-
sarticulação dos setores de Ciência,Tecnologia e Inovação em relação ao compromisso de assegu-
rar a manutenção de um estilo de desenvolvimento e de sociedade sustentáveis.
48
Desvinculação entre a cultura tecnológica e a cultura humanística, com amplo predomínio
da primeira e marginalização desta última.
Forte ênfase na disciplinariedade - fragmentação dos saberes - e fraca capacitação, mobiliza-
ção e planejamento de atividades voltadas para a multi, inter e transdisciplinaridade - religação e
complementação dos saberes.
Manutenção e reprodução de sistema de aprendizado tecnológico passivo ou mimético.
Fraco entrosamento e comunicação entre as instituições de pesquisa e o setor produtivo.
Predomínio de um sistema de competitividade baseado em baixos salários e na degrada-
ção ambiental.
Descomprometimento das empresas, órgãos, instituições, produtores e consumidores gera-
dores de resíduos com relação à proteção ambiental.
Estratégia
Propostas
Estabelecer uma política estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação que contemple a sus-
tentabilidade multidimensional e a inclusão social, através de:
- incentivo à responsabilidade socioambiental por parte de pesquisadores, cientistas, técni-
cos, empresas públicas e privadas e comunidade local, buscando o bem comum humano e da
natureza, pautados na ética
- estratégias que estimulem organismos públicos e privados a investirem em pesquisas para
o desenvolvimento de novos produtos ambientalmente corretos
- transformações institucionais, superando os desafios, integrando a pesquisa aos sistemas
produtivos e ao cotidiano da sociedade catarinense através de redes de difusão
- inclusão nos currículos do ensino fundamental, médio, de graduação e pós-graduação de
temas sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade
Estimular os arranjos institucionais para promoção dos sistemas locais de inovação,
como incubadoras de empresas, centros de inovação, parques tecnológicos e pólos de desen-
volvimento regional, buscando a sinergia dos agentes na superação dos gargalos tecnológicos
49
das cadeias produtivas.
Estimular pesquisas focadas na superação de doenças endêmicas, no manejo sustentável da
biodiversidade e sua preservação, nas questões de biotecnologia e recursos genéticos e na viabili-
dade técnica e econômica de fontes alternativas de energia, eólica, solar e biomassa.
Otimizar a cooperação internacional, facilitando o acesso dos pesquisadores aos principais
centros de excelência.
Incentivar a pesquisa e desenvolvimento da química fina - matéria-prima para as indústrias
farmacêutica e de defensivos agrícolas - praticamente inexistente no país.
Fomentar o desenvolvimento tecnológico e pesquisa em aqüicultura.
Incentivar e desenvolver tecnologias voltadas à produção agro-ecológica e orgânica.
50
9 BIOTECNOLOGIA
Desafios
51
bém, investir em pesquisa para tornar-se capaz de absorver o progresso alcançado e proteger sua
população de eventuais efeitos colaterais.
Premissas
52
Obstáculos
Embora as biotecnologias tenham avançado enormemente nos últimos anos, ainda não po-
demos afirmar que dominamos completamente estas tecnologias.
Mesmo os melhores testes e controles que hoje estão disponíveis não podem detectar todas
as possíveis inconveniências, pois ainda não se sabe como fazer todas as perguntas necessárias
para desenvolver os testes e controles.
A principal ameaça à espécie humana decorre de possíveis efeitos provocados pelo consu-
mo de alimentos oriundos de plantas transgênicas. Já para o ambiente, um conjunto de efeitos
pode alterar em diferentes graus um ecossistema. A expectativa da maioria dos cientistas é a de
que a maioria dos produtos transgênicos não cause mal à saúde humana e cause um impacto
reduzido no ambiente. Contudo, alguns poderão ser prejudiciais, como foi o caso das plantas que
receberam um gene da castanha do Pará, o que provocou um aumento da alergenicidade. Portanto,
o impacto de um transgene no ambiente e na saúde humana deve ser criteriosamente avaliado, via
análise de risco, antes do cultivo e consumo em massa. Como risco é tecnicamente a probabilida-
de de um evento danoso multiplicado pelo dano causado, se o dano é grande, mesmo uma baixa
probabilidade pode significar um risco inaceitável.
A ameaça à diversidade biológica decorre da liberação de Organismo Geneticamente Modi-
ficado (OGM) devido às propriedades do transgene ou de sua transferência e expressão em outras
espécies. A adição de um novo genótipo num ecossistema pode proporcionar vários efeitos inde-
sejáveis, como causar danos a espécies não-alvo - como o deslocamento ou eliminação de espécies
não domesticadas -, contaminar o solo ou os mananciais de água - com toxinas -, disseminar genes
para outros organismos - gerando superpragas ou plantas daninhas e poluição genética - e afetar a
reciclagem de nutrientes e energia.
Estratégia
53
Propostas
54
SEÇÃO
Desafios
O principal desafio a ser vencido para a promoção da inclusão social é a construção de uma
sociedade mais igualitária, com uma repartição democrática dos benefícios e prejuízos das ativi-
dades socioeconômicas.
Os últimos dois séculos produziram mais ciência, tecnologia e inovações do que em
toda a história da humanidade. Isso, de fato, melhorou a qualidade de vida das pessoas, contu-
do, esse benefício atingiu somente uma pequena parte da população e elevou muito a concen-
tração de renda.
Identificar e
Nesta perspectiva, o desafio é o de desenhar uma nova configuração de sustentabilidade
cadastrar pessoas e
como interface entre as políticas econômicas e sociais, atendendo a determinação da Constitui-
comunidades
carentes para
ção Federal de 1988, que introduziu uma nova forma de gestão a partir da descentralização técni-
integrá-las ao meio co-política, administrativa e financeira.
social da cidade. Mais ainda, procurar, com uma mudança de perspectiva, a superação do atual modelo redu-
cionista, incluindo a precaução, a participação social e a cooperação, elaborando um novo modelo
decisório, um novo modelo de sociedade.
Implementar este marco como princípio básico da afirmação de instâncias deliberativas de
co-gestão e participação de todos os setores da sociedade na formulação, implementação e con-
trole social das políticas públicas, pode vir a ser um poderoso instrumento para a redução das
desigualdades sociais.
Face ao grande volume de demandas sociais, às crises fiscal e econômica, além da política
do estado mínimo, o Estado, nas condições atuais, já não responde adequadamente à sociedade.
Portanto, a participação social, ou seja, a ampliação da interlocução do poder público com a soci-
edade, em suas várias formas de organização, pode sinalizar uma nova forma de busca de soluções
para as questões socioeconômicas e ambientais.
A inclusão, para a redução das desigualdades sociais, tem como último desafio a integração
56
de políticas, rompendo com as práticas comuns de soluções pontuais, ou programas periódicos,
passando a ser colocada como parâmetro determinante de programas, projetos e ações da socie-
dade organizada como um todo, isto é, como objetivo de governos, da iniciativa privada e do
terceiro setor, visando resolver os problemas políticos, sociais, ambientais e econômicos, com
vistas à elevação efetiva da qualidade de vida da população em geral.
Premissas
57
trabalho, reduzindo custos e maximizando lucros, ao mesmo tempo em que requer trabalhadores
multifuncionais com maior grau de qualificação.
No estado de Santa Catarina, onde grande parte da população economicamente ativa está
inserida no setor informal e um expressivo número de famílias vive em situação de vulnerabilida-
de social, é mister o desenvolvimento de ações locais que integrem os diferentes setores, do públi-
co ao terceiro setor, visando transformar esta realidade de exclusão, a partir do pressuposto do
desenvolvimento sustentável como instrumento de afirmação da cidadania.
Obstáculos
Estratégia
Adotar políticas públicas - consensadas entre as partes interessadas - que tenham o claro
objetivo de aumentar o número de pessoas ocupadas na economia formal, informal e alternativa,
pela promoção da educação formal, não formal e informal, favorecendo iniciativas do empreende-
dor individual ou associado.
Propostas
58
Desenvolver, a partir do conhecimento da realidade local, políticas públicas de geração de
renda que priorizem e fortaleçam iniciativas coletivas e individuais e venham atender às deman-
das de natureza social e do mercado, com aproveitamento dos recursos naturais de forma susten-
tável, estimulando a criação de cooperativas setoriais.
Identificar e cadastrar pessoas e comunidades carentes para integrá-las ao meio social da cidade.
Exigir do setor público a inclusão social, via políticas públicas de saneamento básico - abasteci-
mento de água, coleta e tratamento de esgoto, lixo e drenagem urbana - e de habitação popular.
Facilitar o acesso aos serviços básicos de saúde, educação e habitação, para atender as reais
necessidades locais.
Fazer com que o planejamento urbano contemple o desenvolvimento de projetos, criando
espaços públicos para cultura, lazer e esporte nos bairros e periferias.
59
2 DEMOGRAFIA E CIDADES
Desafios
60
A sustentabilidade ecológica e ambiental é desafiada pelos limites de consumo, e isto está
diretamente condicionado ao quantitativo e à dinâmica demográfica, ao mesmo tempo em que se
relaciona ao modo de vida urbano, em suas qualidades e quantidades, cuja cultura de consumo
glamuriza valores não compatíveis com a capacidade de fornecimento da natureza.
A sustentabilidade demográfica apresenta um desafio de origem que requer pensar a ques-
tão sob diversas óticas, inclusive a ética religiosa.
Por fim, o desafio da sustentabilidade institucional remete ao papel do Estado e demais
instituições associadas, no tocante a pensar e buscar soluções de base e operacionais para os
problemas presentes na sociedade.
Premissas
61
nas políticas de desenvolvimento e de conservação do ambiente urbano, sobretudo no que con-
cerne aos assentamentos informais ou irregulares e às atividades industriais. Essa mudança deve
ser operada com a substituição paulatina dos instrumentos punitivos pelos instrumentos de in-
centivo, sempre que for cabível.
A última premissa trata da informação para a tomada de decisão, onde o conhecimento e a
informação são chaves para aumentar a consciência da população sobre as questões relativas à
demografia e cidades.
Obstáculos
Estratégia
62
Propostas
63
3 SAÚDE
Desafios
64
cionalidade dos serviços, destinando recursos financeiros compatíveis com as necessidades. Há
ainda, como um dos maiores desafios, o de se investir na construção de uma rede básica capaz de
mudar a visão das pessoas, migrando da idéia de assistencialismo para a da promoção da saúde.
Cabe refletir, também, sobre a formação de um número cada vez maior de médicos especialistas,
que acabam aprendendo que o paciente não é a soma das várias partes que o compõem.
Planejar e implementar programas de educação preventiva para a saúde e de atendimento
familiar, com médicos e enfermeiros qualificados, procurando desenvolver uma medicina pre-
ventiva em mais larga escala para diminuir a medicina curativa, além de manter a vigilância epi-
demiológica.
Nesse contexto, o paradigma de vigilância em saúde requer um modelo de atenção para o
SUS que se apóie nos princípios da universalidade, integralidade, eqüidade e descentralização das
ações de saúde, bem como o controle social.
Baseados nesses princípios, os serviços de saúde devem se organizar de forma a garantir o
acolhimento dos usuários e promover a vigilância em saúde, instituindo novas práticas de atenção
à saúde e readequação de seus processos de trabalho.
Em relação à vigilância laboratorial, apresentam-se como desafios: a reestruturação da rede
de laboratórios de saúde Pública, coordenada pelo LACEN, e a estruturação da Rede Estadual de
Laboratórios de Saúde Pública.
Premissas
65
Obstáculos
Os parcos recursos para atender de forma igualitária e para suprir de equipamentos e pes-
soal especializado e preparado para o atendimento geral da população, sempre foi, e continua
sendo, o principal obstáculo ao pleno atendimento da saúde dos catarinenses.
Baixos salários e pagamentos inadequados aos profissionais da saúde, relativamente às
consultas e procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde, dificuldades técnicas e fi-
nanceiras para qualificação de profissionais da saúde, dificuldades de aplicabilidade de princípi-
os de humanização.
Segundo dados da ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde, a população tem utilizado o
sistema para obter informações referentes aos serviços de Saúde, mas não tem capacidade de
analisar melhor os serviços por falta de estudos.
Num mundo cada vez mais globalizado, o acesso democrático e universal à informação é o
primeiro obstáculo a ser vencido pelo setor. Citamos também outros obstáculos, como: pessoas
não qualificadas nos hospitais de pequeno porte, falta de recursos financeiros, falta de recursos
materiais, falta de manutenção da rede de saúde, inexistência de política salarial, dificuldades
gerenciais, burocracia dos serviços e do atendimento humano nos hospitais e falta de programas
de saúde preventiva.
Ainda em relação à implementação do SUS, percebe-se que este tem se deparado com muitos
problemas e, devido a isso, muitas vezes se apresenta de forma fragmentada. Várias são as razões para
tais dificuldades. Em relação à rede LACEN, identificamos como obstáculos: o sucateamento da rede, a
não informatização da rede de laboratórios, a ausência de autonomia e a fragilidade das ações de contro-
le e avaliação do Sistema de Saúde, especificamente da rede de laboratórios LACEN.
Em síntese, dos vários obstáculos dois são considerados os maiores ao sucesso da saúde: a
falta de recursos financeiros e a falta de um planejamento adequado e sensato, em todos os níveis.
Acreditamos que o SUS é, de todos os sistemas de saúde no Brasil e no mundo, o mais audacioso e
próximo do ideal, quando garante o acesso universal e gratuito. Porém, carece de falta planeja-
mento e integração das ações para vir a ser um serviço de qualidade.
Estratégia
66
são as vias mais rápidas e seguras de obter resultados positivos neste setor.
Para responder ao modelo de atenção proposto pelo SUS deve-se enfrentar as atuais neces-
sidades da rede LACEN, quais sejam:
a) Em relação ao sucateamento da rede, deve-se traçar estratégias que visem a possibilidade
de construção, reforma e ampliação dos laboratórios; a aquisição de equipamentos; a contratação
de serviços de manutenção preventiva e corretiva; a implementação de um sistema de qualidade;
a contratação de recursos humanos qualificados; a implementação de um processo de educação
permanente; a implantação de um Plano de Cargos, Carreira e Salários; e a implantação de um
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos nos Serviços de Saúde.
b) Quanto à não informatização da Rede, as estratégias são: implantação de um programa de
informatização; definição de áreas de investimentos e financiamentos; capacitação de pessoal; e
adequação de espaço físico.
c) Em relação à ausência de autonomia, as estratégias deveriam ser: sensibilização dos ges-
tores, visando a criação de um ambiente propício à discussão; discussão, elaboração e aprovação
de lei específica; criação de dotação orçamentária; estabelecimento de critérios de descentraliza-
ção orçamentária; estruturação do LACEN em relação ao modelo de gestão proposto; e capacita-
ção de pessoal.
Um das estratégias prioritárias é a efetivação de planejamento integrado, visando a melho-
ria da gestão e a mudança de visão voltada à implementação de centros de assistência básica
eficientes – Postos de Saúde -, com serviços de qualidade.
Propostas
67
Suprir a carência de especialistas em determinadas doenças, fato comum a várias regiões do
Estado, visando o atendimento à domicílio, além do tratamento em instituições de saúde ou outros
centros e implantar o transporte aéreo em caso de urgência.
Desenvolver a medicina natural alternativa, coordenada por universidades ou especialistas
da comunidade, usando plantas medicinais cultivadas pelas comunidades interessadas.
Fazer investimentos na área médica para atendimento neurológico, exames oftalmológicos
e de atendimento fonoaudiológico, dentário, psicólógico - itinerante e gratuito - para crianças e
adolescentes em idade escolar.
Desenvolver programas de educação com vistas à melhoria da higiene pessoal.
Estabelecer um diagnóstico (avaliação do atual modelo do Sistema de Saúde) sobre as reais
necessidades da rede LACEN e, a partir daí, criar e implementar um novo modelo de gestão inte-
grada para a prestação de serviços de qualidade à população catarinense.
Realizar estudos epidemiológicos e de demanda reprimida (diagnóstico da real situação da
saúde no estado), visando orientar o planejamento das ações.
Efetivar um planejamento integrado para a melhoria da gestão e mudança de visão, focan-
do-a na implementação de centros de assistência básica eficientes – Postos de Saúde com servi-
ços de qualidade.
Estimular a formação de médicos generalistas, em detrimento dos especialistas, otimizando
os recursos públicos.
Priorizar o atendimento à rede de assistência básica junto aos municípios.
Integrar as ações do meio acadêmico (universidades em geral, especialmente as públicas)
com a SES – Secretaria de Estado da Saúde, para efetivação de programas de capacitação e forma-
ção de profissionais para atendimento no setor de saúde pública.
68
4 EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
Desafios
69
O desafio da conquista do desenvolvimento sustentável neste século exige mudanças signi-
ficativas de valores, crenças e atitudes. Diante de nossa diversidade cultural, faz-se necessário
estabelecer o diálogo entre os saberes populares, os saberes tradicionais e os saberes científicos,
visando a mudança de cultura em direção ao desenvolvimento sustentável.
Aliado à idéia da educação para um futuro sustentável e da construção de uma cultura para
a sustentabilidade, o desporto, nesta dimensão, tem como desafio fazer com que seja visto como
uma ação de forte potencial social, econômico, político, educacional, ambiental, cultural, agrega-
dor e possibilitador da participação de todos, independente de cor, raça, política partidária, reli-
gião, sexo ou idade. Cada componente dos sistemas esportivos deve assumir suas responsabilida-
des e incorporar idéias, princípios e valores essenciais à melhoria da qualidade de vida e do pro-
cesso de desenvolvimento esportivo catarinense, na visão de sustentabilidade.
O universo que envolve o desporto, do aprender a pensar sistemicamente, a reelaborar fins
e objetivos, a redefinir conhecimentos, a interagir com outras áreas que tenham como objeto o
desenvolvimento humano, cria possibilidades de se ter metodologias efetivas que garantam o aten-
dimento das necessidades e aspirações da população catarinense.
A visão de sustentabilidade do desporto encontra amparo na necessidade de mudança do
enfoque tradicional do desporto de rendimento em direção ao de lazer esportivo e de recreação,
com a destinação de espaços públicos e privados para sua prática, visando a sua preservação.
Neste século, o desafio do Desenvolvimento Sustentável em relação à Cultura é valorizar as
manifestações culturais e facilitar o acesso das pessoas aos eventos culturais.
Premissas
70
e não de reduzir ou isolar; de complexificar, e não de simplificar, pois estes são necessários para a
compreensão da educação para um futuro sustentável, da cultura para a sustentabilidade, do des-
porto na visão da sustentabilidade.
Refletir sobre a educação, como um movimento tão complexo, onde ainda não há consenso
sobre sua episteme, é a principal premissa da educação. Neste sentido, é necessário envolver
todos os setores da sociedade no planejamento de uma educação que atenda às suas aspirações e
necessidades, visando a solução da problemática contemporânea que afeta seu cotidiano.
Para a cultura, a premissa básica é a de inserir - através do diálogo entre os saberes popula-
res, os saberes tradicionais e os saberes científicos - os movimentos, atividades e ações da cultura
popular num contexto mais amplo, onde possa obter apoio da sociedade organizada para a sua
valorização como postura identificatória de grupos tradicionais.
No desporto, há que se repensar a postura da mídia, visando alcançar o desejo das popula-
ções locais, com a prática do desporto, recreação e lazer esportivo e a sua utilização como ferra-
menta de agregação sócio-ambiental.
Para a cultura, outra das premissas básicas é a de torná-la integrante ativa do processo de forma-
ção das pessoas, inserindo-a no contexto das atividades valorizadas como proposta profissional.
Obstáculos
71
uma educação de qualidade é outro dos grandes obstáculos.
Na cultura, um dos maiores obstáculos é a falta de investimento e de reconhecimento do
valor de suas manifestações para ajudar na solução de problemas sociais.
Quanto ao desporto, o obstáculo maior é a indefinição de políticas públicas claras de espor-
te, recreação e lazer esportivo, a falta de estrutura física e de gestão e políticas de preparação de
talentos que atuam no segmento esportivo.
Estratégia
A estratégia para o sucesso da cultura no Estado de Santa Catarina deve basear-se na sua
adoção como elemento formador do caráter e integrante indispensável ao resgate da dignidade.
O sucesso da educação, da cultura e do desporto, no estado de Santa Catarina, só será alcan-
çando em conjunto com a sociedade organizada, diminuindo gradualmente os entraves de ordem
legal e burocrática ao desenvolvimento de ações e atividades voltadas aos propósitos, anseios e
desejos de saber e de realização pessoal dos catarinenses, promovendo o aumento do índice de
escolaridade da população em todos os níveis de ensino formal e informal e implementando o
apoio financeiro à cultura, ao desporto, ao lazer esportivo e à recreação.
Propostas
72
aluno na escolha de disciplinas que deseja cursar.
Valorizar e revitalizar, via municípios, as manifestações da cultura popular, de preservação
do patrimônio histórico-cultural e ambiental, garantindo, também, espaços públicos e privados
para o lazer e a prática desportiva.
Possibilitar, até o ano de 2004, o acesso das escolas às novas tecnologias, inclusive sua
informatização, com multimídia e internet, inclusive com dotação orçamentária para a sua manu-
tenção, porque precisamos investir numa escola pública de qualidade, aumentando, dessa manei-
ra, as vagas para toda a clientela existente.
Cumprir o disposto na Lei 9.795/1999 no que tange à abertura de espaço para projetos
interdisciplinares e seu investimento na Educação Ambiental para escolas públicas.
Fazer com que, até o ano de 2004, 10% das matrículas nas redes de ensino privadas sejam
garantidas para estudantes de baixa renda ou sem renda mensal.
Implantar programas de formação, reciclagem e adequação de talentos para a devida atua-
ção nos segmentos do setor desportivo, referindo-se principalmente à recreação e lazer, com o
estabelecimento de políticas públicas definidas.
O sucesso da cultura depende da inclusão de conhecimentos relativos a ela nos currículos esco-
lares dos cursos superiores e sua regulamentação como área ativa de desempenho profissional.
73
5 DIREITOS HUMANOS
74
Desafios
Os Direitos Humanos têm como principal desafio à realização de sua plenitude a coopera-
ção entre pessoas e instituições.
Outro desafio está na educação da população, pois sem ela até o entendimento do que seja
Direito fica prejudicado.
A discriminação e a igualdade de direitos também têm que ser enfrentados para a plenitude
dos direitos humanos.
A informação das pessoas sobre os seus direitos tem de ser desenvolvida.
Desenvolvimento da capacidade institucional é outra questão que merece consideração.
A participação, de forma articulada, do terceiro setor, voluntariado e entidades de ensino,
dentre outras, na busca de soluções e, acima de tudo, ações, é outro desafio.
Estratégia
A plenitude dos Direitos Humanos, no estado de Santa Catarina, será alcançada pela divulga-
ção, de forma sistemática, dos direitos e deveres das pessoas, pelo fortalecimento das instituições
encarregadas de assegurar a democracia, a liberdade e a cidadania, dando dinâmica e rapidez às
ações do Poder Judiciário, e pelo crescimento da educação sistemática, em todos os níveis, da
população, sem discriminação econômica.
Propostas
75
Garantir programas de combate ao racismo de classe, de gênero, da inteligência e à
xenofobia.
Viabilizar parcerias entre o Estado e o setor privado, com participação de organizações
não-governamentais e lideranças da comunidade, visando atender às necessidades da popula-
ção sobre educação, violência, exploração sexual infantil e juvenil, drogas, gravidez precoce e
delinqüência.
Reavaliar a legislação trabalhista na questão do emprego para menores, abrindo a pos-
sibilidade de, pela ocupação do menor, recuperar a sua auto-estima e promover a sua inser-
ção social.
76
6 RESPEITO ÀS MINORIAS
A organização dos chamados grupos menos favorecidos tem por finalidade proporcionar
união, força política e de articulação aos mesmos. A identificação de grupos de mulheres, afro-
descendentes, pessoas com orientações sexuais distintas do modelo hegemônico - como homos-
sexuais, bissexuais e transexuais -, portadores de necessidades especiais, índios, presos e egressos
do sistema prisional - que sofrem pressões e discriminações muito similares -, formam sua organi-
zação de reivindicação de respeito.
Em Santa Catarina, informações de 1996 dão conta de que 49,98% da população são de
Assegurar aos povos
indígenas o direito à
mulheres e que 15,53% dos chefes de família são mulheres. O nível de escolaridade da população
educação escolar que é baixo e o número de pessoas sem instrução é maior entre as mulheres. Em contrapartida, são as
reconheça e respeite seus mulheres que mais freqüentam os cursos de alfabetização de adulto.
sistemas educativos, O analfabetismo entre os afro-descendentes brasileiros chega a ser o dobro do observado entre os
processos e metodologias brancos.A expectativa de vida da população branca é de 65 anos e a da população negra é de 59 anos.
próprios de O acesso de afro-descendentes ao trabalho é mais limitado, com salários menores e discri-
aprendizagem, suas minação no processo de seleção. Os homossexuais, bissexuais, transgêneros e transexuais, muitas
línguas e conhecimentos vezes têm de esconder a sua preferência sexual para não sofrerem represálias. Em relação às mu-
tradicionais. lheres, elas recebem menos do que os homens exercendo a mesma função.
Entre índios e egressos do sistema prisional há discriminação tanto nas escolas, quanto no
trabalho. Há alguns programas de educação para os presos, mas são incipientes e não os preparam
para o mercado de trabalho.
A mulher, apesar de uma certa relação de igualdade no âmbito familiar, ainda sofre de vio-
lência doméstica. O aumento de denúncias pode demonstrar uma mudança de postura diante
dessa situação. Apesar de ter o direito de votar e ser votada, a representação política da mulher
ainda é ínfima.
Outros segmentos da sociedade, antes excluídos inclusive das reclamações, passam a se
77
organizar através de grupos, associações de bairros e movimentos. É o caso dos moradores de
favelas e bairros pobres e dos trabalhadores rurais.
Com essa organização, suas reivindicações tomam corpo, coerência, determinação e publi-
cidade. A luta da trabalhadora rural é reconhecida, a legislação de punição ao racismo e a discus-
são de ações afirmativas são exercitadas.
Desde a Constituição de 1988, a luta pelos Direitos Humanos e o reconhecimento dos gru-
pos minoritários consolidou-se entre nós, privilegiando o princípio da igualdade entre todas as
pessoas, independente de raça, credo, cor, idade e sexo.
Aqui, os conceitos de igualdade material e formal tornam-se importantes. A igualdade for-
mal diz respeito a uma igualdade absoluta, onde não são observadas diferenças naturais, culturais
e sociais de cada ser humano. Todos devem ser tratados igualmente. Essa é uma visão ultrapassada
do direito de igualdade, enraizado nos princípios de igualdade idealizados pela Revolução France-
sa. Já a igualdade material, protegida pela Constituição e por todos os estudiosos do Direito, diz
respeito à máxima de tratar desigualmente os desiguais e respeitar as diferenças.
Desafios
Apesar das mudanças ocorridas nos últimos anos, é importante que se assuma a discrimina-
ção existente, para que haja realmente a adoção de políticas públicas no sentido de minimizar as
desigualdades sociais, raciais e sexuais.
O racismo e a discriminação são manifestações de uma sociedade que hierarquiza em fun-
ção de diferenças sociais, de cor e outras. O racismo, não raro, se manifesta escondido, camuflado
pela infundada crença de que, na verdade, o único problema existente é o econômico, ou seja, que
o afro-descendente não tem possibilidade de ascensão social ou reconhecimento na sociedade
simplesmente em virtude de ser pobre, e não em decorrência de sua raça.
A discriminação pode ser direta ou indireta. A primeira diz respeito a atos expressos, regras
claras. Ocorrem através de proibições e distinções ou tratamento desigual. A segunda se manifesta
quando o ato de discriminar não é expresso através de palavras, mas de atos. É conhecido como
racismo velado ou racismo cordial. O racismo velado é a forma mais comum de racismo entre nós,
e a mais difícil de combater, uma vez que, por não ser expresso, se torna, na prática, mais compli-
cado de caracterizar ou tipificar.
O que a sociedade precisa é de uma verdadeira modificação da cultura de discriminação
que ainda vivemos. E isso passa por processos de conscientização, com políticas públicas que
envolvam todos os setores da sociedade, fomentando o princípio da igualdade e propiciando a
luta pelo exercício da cidadania.
78
Estratégia
O respeito aos grupos minoritários, no estado de Santa Catarina, será alcançado pelo pleno
exercício da cidadania e pela oferta de oportunidades iguais na educação e na economia, pautadas
na liberdade dos empreendedores, exercitada com responsabilidade social, a partir da idéia de
que o desrespeito existe e não pode mais ser tolerado.
Propostas
Criar conselho de direitos representativos das minorias sociais e grupos de situação mais vulne-
rável, como mulheres, crianças, idosos, portadores de necessidades especiais e homossexuais.
Assegurar aos povos indígenas o direito à educação escolar que reconheça e respeite seus
sistemas educativos, processos e metodologias próprios de aprendizagem, suas línguas e conheci-
mentos tradicionais.
Promover a adequação arquitetônica nas construções urbanas e nos meios de transporte
coletivos para o uso confortável das pessoas portadoras de necessidades especiais.
Garantir o exercício dos direitos sexuais reprodutivos e contraceptivos das mulheres por
meio de ações integradas no âmbito do governo e da sociedade civil.
Estabelecer centros especializados para o atendimento das pessoas portadoras de necessi-
dades especiais.
Garantir o atendimento clínico, terapêutico e de exames clínicos complementares das pes-
soas em situação prisional.
Criar programas e campanhas que visem o combate à violência contra a mulher, a criança e
o adolescente.
79
7 PROTEÇÃO À INFÂNCIA, À
ADOLESCÊNCIA E AO IDOSO
Inúmeras pesquisas e denúncias vêm demonstrando o aumento, nos últimos anos, de crian-
ças e adolescentes inseridos na prostituição infantil, explorados no trabalho, vítimas de abuso
sexual, de violência doméstica e de drogas.
Até pouco tempo, as políticas públicas para enfrentar essa problemática situavam-se em
uma dimensão específica e pontual, com ações dirigidas a crianças nos primeiros anos de vida,
visando o desenvolvimento em múltiplas dimensões de saúde, nutrição e educação e dos aspectos
emocionais, cognitivos, sociais e intelectuais.
Elaborar plano
estadual e incentivar a
A sobrevivência e os cuidados infantis adquirem diferentes formatos, segundo os padrões
elaboração de planos culturais das comunidades onde vivem as crianças. Há algumas características comuns que contri-
municipais de buem decisivamente para o desenvolvimento da criança. Entre elas estão o ambiente familiar, os
proteção aos direitos estímulos que essas crianças recebem ao longo dos anos, a idade e a escolaridade dos pais, o
da criança e do aleitamento materno e as vacinas.
adolescente, por meio Saídas desta fase, algumas crianças passam a conviver com uma realidade social dramática,
de parcerias entre o que impõe a tarefa árdua e injusta do trabalho infantil.
setor público, o setor O combate à exploração do trabalho infantil no mundo vem sendo conduzido pela utiliza-
privado e o terceiro ção de dois instrumentos básicos: as leis trabalhistas e a educação.
setor da organização Dentro do aspecto legal, o Estatuto da Criança e do Adolescente tem como base três princí-
social catarinense.
pios fundamentais: descentralização, participação e mobilização.
Na estratégia de descentralização está a criação dos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e dos Conselhos Tutelares em níveis municipal, estadual e federal, que têm a função
de formular e controlar a implementação das políticas sociais voltadas para a proteção da criança
e do adolescente.
A Constituição brasileira estabelece que “é dever da família, da sociedade e do Estado asse-
gurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
80
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convi-
vência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discrimina-
ção, exploração, violência, crueldade e opressão e que o Estado promoverá programas de assistên-
cia integral à saúde da criança e do adolescente”.
Na questão do idoso, está demonstrado o forte crescimento no número de pessoas com
mais de 65 anos. Em 1996, eles já eram 5,4% do total da população do país. Estamos passando por
um processo de transição do que diz respeito às faixas etárias, com mais de 8,4 milhões de idosos
brasileiros. As razões para esse crescimento encontram-se na queda da taxa de fecundidade da
população brasileira e na redução da mortalidade.
Assim como no País, o estado de Santa Catarina tem um povo caminhando para a maturida-
de. Sua população aos poucos está envelhecendo, resultado do declínio da mortalidade e da nata-
lidade, com um aumento da faixa etária superior a 65 anos e uma diminuição relativa da faixa
etária jovem, de pessoas com menos de 20 anos.
O envelhecimento populacional é uma realidade. Em Santa Catarina, o número de pessoas
idosas cresce aceleradamente. Em 1999, o total da população do Estado com mais de 65 anos foi
estimado pelo IBGE em 384.298 pessoas.
Para o estado de Santa Catarina, a Política Estadual do Idoso - Lei Estadual nº11.436, de 07
de junho de 1999 - veio reconhecer a importância deste segmento populacional, pois definiu
princípios, diretrizes e responsabilidades assegurando direitos sociais aos mesmos.
Assim, as ações voltadas a essa parcela da população devem cumprir o que preconiza a
Política Nacional do Idoso e envolver as organizações governamentais e não-governamentais com
atuação no Estado, no sentido de oferecer uma forma digna de vida a todos os idosos, implemen-
tado programas que realmente atendam suas necessidades biopsicossociais e espirituais.
Desafios
81
dade e compromisso individual e social.
Implementação do Sistema de Informações que permita a divulgação da política, dos servi-
ços oferecidos, dos planos e programas em cada nível de governo.
Estratégia
Propostas
82
8 ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS
O Estado, cada vez mais, perde a sua capacidade de atender às necessidades da população
e de atuar em todos os setores de interesse público. A presença e a ação efetiva do Terceiro
Setor, com as organizações da sociedade civil de interesse público, as organizações não-governa-
mentais e demais formas associativistas do setor, pode ajudar nas tarefas onde seja própria a sua
presença, fazendo o trabalho considerado socialmente relevante. No País existem em torno de
250 mil organizações da sociedade civil de interesse público, que empregam aproximadamente
1,5 milhão de pessoas.
Fortalecer as
As organizações da sociedade civil de interesse público reivindicam igualdade social, me-
organizações não-
governamentais com
lhoria do meio ambiente e crescimento cultural. Elas representam a necessidade de participação
gerenciamento da sociedade organizada no processo de evolução do Estado moderno.
profissional, As entidades do Terceiro Setor, organizações não-governamentais, associações, fundações,
definindo a missão, entidades de assistência social atuam na educação, saúde, esporte, meio ambiente, cultura, ciên-
metas e objetivos a cia e tecnologia.
serem atingidos por A diversidade de objetivos faz com que as instituições do Terceiro Setor tenham as mais
cada uma delas, de diversas características, espelhando exatamente a diversidade de necessidades da sociedade.
forma que o esforço Com espontaneidade e diversidade, com suas estruturas ágeis e flexíveis, com capacidade
do voluntariado possa de improvisação e resposta rápida, as organizações não-governamentais são modernas, não neces-
ser recompensado sariamente inseridas em modelos pré- determinados, por isso mesmo não têm obrigação de inte-
com a divulgação de
grar e hierarquizar uma visão sistêmica pré-definida.
resultados.
A imensa maioria das organizações do Terceiro Setor desenvolve um trabalho sério e não
usa dinheiro público. Muitas se mantêm pela solidariedade do povo, pelo dinamismo da sociedade
organizada, obtendo financiamentos de projetos em parceria com empresas, Estado e instituições
não-governamentais internacionais, além de captação de recursos via comercialização de produ-
tos, serviços e parcerias com administradoras de cartão de crédito.
83
A existência das organizações da sociedade civil de interesse público é uma realidade cuja
base sólida de participação social deve alavancar novos rumos para a grande distância existente
entre o Estado e a sociedade.
Desafios
Estratégia
Propostas
84
Dar credibilidade ao setor pela boa utilização dos recursos obtidos, divulgando resultados e
o andamento dos projetos, demonstrando capacidade de planejamento e de ação na consecução
de seus objetivos.
Valorizar as organizações não-governamentais, via parceria com o poder público e com a
iniciativa privada, disponibilizando recursos financeiros e de infra-estrutura para realizar ações
consideradas socialmente relevantes.
Repassar recursos públicos e privados às organizações não-governamentais, com menor buro-
cracia, instituindo a prestação de contas baseada, prioritariamente, nos resultados alcançados.
85
9 AUTORIDADES LOCAIS
O crescimento econômico sem limites passou a consumir uma quantidade cada vez maior
dos recursos finitos da natureza, produzindo uma degradação nunca dantes vista, causando pro-
blemas sociais e prejudicando a qualidade de vida das pessoas.
As questões ambientais passaram, assim, a ser uma das grandes preocupações da sociedade.
Cabe-nos reconhecer, então, que o ser humano, na sua luta diária pela sobrevivência, é o maior
transformador do meio ambiente.
Essa atual conjuntura de crescimento desenfreado, juntamente com impactos sociais e am-
Estabelecer
bientais enormes, faz emergir uma pressão da sociedade por mudanças nos conceitos e práticas
mecanismos
em curso. Em alguns lugares, esse fato é mais explícito, já em outros é praticamente inexistente,
permanentes - com a
participação da
pois essa mudança implica em participação de todos os setores da sociedade, sendo que o gover-
população interessada - no deve ser um incentivador deste processo de mudança e, por conseguinte, deve atuar em conso-
para a avaliação das nância com a comunidade.
autoridades locais a Com o agravamento dos problemas sociais, ambientais e econômicos, como o aumento da
partir das ações que pobreza e a aglomeração urbana, emerge da sociedade uma forte demanda por mudança nos
desenvolveram no modelos ultrapassados de gestão local.
município e na região. Por isso, é de suma importância o incentivo para o fortalecimento do município, porque
isso se traduz em potencial de atendimento mais democrático e de melhor qualidade às deman-
das da sociedade, o que reflete em uma melhora nas condições ambientais locais e, conseqüen-
temente, nacionais.
Assim, os desafios da gestão pública sustentável devem ser encarados de maneira sistêmica
e com análises e estudos conduzidos de forma a contemplar todos os segmentos, atores e instru-
mentos que participam do processo.
Dentro desse escopo, este Assunto dedicado às autoridades locais tem como objetivo dis-
cutir as diversas formas e arranjos institucionais, governamentais, não-governamentais e priva-
86
dos, para dar maior agilidade e efetividade ao processo de desenvolvimento local sustentável, já
que o antigo modelo de gestão, além de ultrapassado, não se enquadra com os princípios bási-
cos da Agenda 21.
Dessa forma, é preciso romper com as práticas mal sucedidas do passado, quando a admi-
nistração do município era responsabilidade exclusiva do prefeito e sua coalizão. Hoje, é mais que
uma necessidade fomentar a participação de todas as camadas da sociedade no processo decisó-
rio de planejamento e de gestão do município.
Desafios
Estratégia
87
Propostas
88
SEÇÃO
C Sustentabilidade Geo-Ambiental
89
1 MEIO AMBIENTE
Desafios
A questão ambiental, entendida em todas as suas dimensões – cultural, social, política, eco-
nômica, geográfica e espacial - tem uma abrangência imensurável, pois todos os seres vivos do
nosso sistema são agentes ativos na interação com o meio ambiente.
Uma das principais preocupações nessa questão está no saneamento básico, que é tam-
bém um dos grandes exemplos em que variáveis como desenvolvimento, saúde e meio ambien-
te se entrelaçam.
Esse desafio, em nosso Estado, deve engendrar soluções à forte contaminação dos recur-
Divulgar informações e
sos hídricos pelos efluentes industriais, dejetos animais, agrotóxicos e mineração do carvão.
promover a discussão
Deve, também, resolver as questões da falta de tratamento de esgoto doméstico, do desmata-
com a sociedade sobre
a correlação existente
mento e da erosão do solo, além da crescente urbanização desordenada, com ocupações irregu-
entre a escassez de lares em todo o litoral.
recursos naturais, as Durante muitos anos, o Estado foi vítima de diversos tipos de degradação, acumulando cica-
condições de vida das trizes que precisam ser recuperadas. A extração de carvão, no Sul, resultou em 4.700 hectares
pessoas e o degradados. A retirada de argila, pedras e outros tipos de mineração, resultou em áreas abandona-
crescimento das, tomadas por processos erosivos, sem nenhum tipo de recuperação.
populacional. A utilização incorreta e desenfreada de agroquímicos é responsável pela contaminação,
com substâncias tóxicas, de boa parte dos cursos d’água no Estado. Os recursos hídricos, incluídas
as águas subterrâneas, estão ameaçados por diversos tipos de degradação, desde o consumo exa-
gerado, a retirada de mata ciliar, a interferência nos cursos dos rios e o desmatamento.
Outro desafio é a poluição atmosférica, graças ao atual sistema de transporte de carga e
passageiros e ao descuido do sistema produtivo. Os maiores problemas de poluição atmosférica
estão concentrados no Sul do Estado, com a mineração, ou em locais onde existem atividades
industriais como olarias, celulose, curtume, fecularia e indústrias alimentícias.
A ocupação e utilização incorreta e exaustiva do solo estão gerando problemas como terras
90
improdutivas, erosão e enchentes. Estamos dando pequenos passos em direção a uma cultura
orgânica. Numa época em que se discute a utilização de transgênicos, a agricultura orgânica está
conquistando espaço, mas ainda tem pequeno alcance.
Implantar unidades de conservação, com a devida regularização fundiária, a proteção de
recursos e sua utilização na educação ambiental e em pesquisas, são outros desafios, uma vez que
somente 4,36% da área do Estado está protegida legalmente.
Premissas
A palavra de ordem deste século é gestão ambiental. Para que isto ocorra de forma ampla e
completa, algumas premissas são fundamentais em busca deste objetivo. A mudança no padrão de
consumo e de produção, a partir da conscientização dos empreendedores e de toda a população
catarinense, é uma delas.
Também é fundamental proporcionar conhecimento à sociedade sobre a realidade ambien-
tal do Estado, ampliando o volume e a qualidade da informação sobre os problemas e potenciais
dos recursos naturais.
Somente com o fortalecimento de parcerias, ações e responsabilidades compartilhadas en-
tre os diversos agentes envolvidos no processo e os diversos níveis de governo, será possível a
realização e a consolidação dos avanços necessários.
Avançar significativamente na conservação ambiental tem também como premissa a resolu-
ção das questões sociais, visto que o ser humano é parte integrante e importante no complexo
sistema ambiental.
O planejamento populacional deve ser outra premissa da sustentabilidade, uma vez que a
capacidade dos recursos naturais é limitada e a qualidade de vida do ser humano se impõe por
essa variável.
Obstáculos
91
controle da poluição e para as ações visando a conservação do meio ambiente.
Também necessitam de maior investimento os órgãos ambientais dos diversos níveis gover-
namentais e as organizações não-governamentais.
Existe um grande déficit de profissionais com capacitação para trabalhar na área ambiental,
seja no governo, nas empresas privadas ou em organizações não-governamentais.
Estratégia
Propostas
92
2 QUALIDADE DO AR
Desafios
93
e serrarias, que provocam queima de restos a céu aberto. A mineração tem causado uma forte
degradação ambiental e poluição atmosférica.
Premissas
Obstáculos à
94
Estratégia
Propostas
95
3 QUALIDADE, USO E
OCUPAÇÃO DO SOLO
Desafios
Os espaços disponíveis para o uso comum estão tornando-se cada vez mais escassos e per-
dendo a capacidade de oferecer serviços com qualidade. Assim, a retomada do uso e ocupação
adequados do solo, para produzir um menor desgaste dos mananciais, córregos, vegetação, flora e
fauna concretiza e materializa o desafio da sustentabilidade.
Na prática, o problema do inadequado uso e ocupação do solo reflete a ausência de um
planejamento continuado e da adoção de um zoneamento econômico-ecológico. As instituições e
as políticas públicas têm o desafio de implementá-los - com seus mecanismos de desenvolvimento
Viabilizar a recuperação
sustentável - tanto nos centros urbanos como no meio rural.
total de áreas
degradadas, com
Dentro das cidades, o instrumento mais conhecido que determina o uso das áreas urbanas é
especial atenção à o plano diretor. Antes, ele era obrigatório para cidades com mais de 20.000 habitantes mas, agora,
exploração do solo e com a Lei 10.257 - o Estatuto da Cidade -, passou a valer também para cidades integrantes de
subsolo, tornando-as região metropolitana, cidades de interesse turístico e cidades que contenham atividades de alto
novamente produtivas, impacto ambiental.
numa ação do Estado Assim, temos de forma plena os desafios trazidos pelas diretrizes constantes no plano dire-
com a participação da tor e por sua implementação, que incluem normas para o adensamento, expansão territorial e
iniciativa privada, definição de zonas de uso do solo e redes de infra-estrutura.
comunidades locais e Nas áreas rurais, a questão tem se tornado mais complexa, na medida em que os agroquími-
instituições de pesquisa
cos foram impostos como solução não natural ao problema de esgotamento do solo e de elimina-
e ensino.
ção de ervas indesejáveis e de pragas.
Para o sucesso da sustentabilidade, as atividades agropecuárias e extrativas do setor primá-
rio, que normalmente são desenvolvidas longe da vigilância da população urbana, dependem - no
que se refere à qualidade, uso e ocupação do solo - do preparo técnico e da conscientização, tanto
do produtor como dos profissionais ligados ao setor, que têm o desafio de procurar o equilíbrio
entre a capacidade da natureza e os interesse de produtividade e lucro impostos pelo mercado.
96
Premissas
Obstáculos
Normalmente, as orientações do plano diretor da cidade não são cumpridas, e, muitas vezes,
ele torna-se um documento distante da realidade, seja por ser elaborado apenas para cumprir as
exigências legais, por conveniências e desrespeito às suas normas ou por outros interesses que
não o bem-estar comum.
No que diz respeito ao zoneamento, sua fundamentação está contida na gestão do espaço
urbano, baseada na idéia de eleger os usos possíveis para determinadas áreas da cidade. A cidade é
dividida em zonas conforme as atividades, quais sejam: zonas industriais, comerciais, residenciais,
institucionais e em zonas mistas, que combinam tipologias diferentes de uso e afetam diretamente
o mercado imobiliário.
No espaço rural, a área agricultável do Estado e o baixo custo da mão-de-obra rural induzem
a uma despreocupação política em eqüalizar o uso das terras com as necessidades sociais.
O uso do solo na agricultura não se dá em sua totalidade, de maneira sustentável, tanto
ecológica como economicamente. E a atividade agrícola está sendo exercida também em áreas de
grande diversidade biológica ou de preservação permanente.
A inexistência de zoneamentos agroecológicos no meio rural induz ao desrespeito das ca-
racterísticas e culturas de cada região.
97
Estratégia
Propostas
Criar incentivos para o produtor rural, de modo a estimular as práticas de proteção do solo, o
uso de produtos biológicos ou de controle integrado, de acordo com as normas de produção ecoló-
gica ou orgânica de alimentos, visando a redução dos impactos ambientais da atividade agrícola.
Elaborar e implementar o zoneamento econômico-ecológico em todo o Estado, com o obje-
tivo de definir uma política territorial.
Viabilizar a recuperação total de áreas degradadas, com especial atenção à exploração do
solo e subsolo, tornando-as novamente produtivas, numa ação do Estado com a participação da
iniciativa privada, comunidades locais e instituições de pesquisa e ensino.
Estimular a diversificação de culturas agrícolas e criar alternativas de reconversão econômi-
ca, como forma de preservação do solo.
Conscientizar a população sobre a importância da aplicação das técnicas de proteção e
preparo do solo e sobre o uso dos produtos ecologicamente corretos.
98
4 RECURSOS NATURAIS E
DIVERSIDADE BIOLÓGICA
Desafios
99
educacional, cultural e recreacional.
Em meio à megadiversidade do nosso país, que possui entre 15 e 20% do número total
de espécies da Terra, a abordagem da biodiversidade no Estado de Santa Catarina tem o desa-
fio de qualificar os diferentes grandes ecossistemas ou ambientes que se fazem presentes no
Estado e localizar, em termos de monitoramento, seus recursos naturais, visando o desenvolvi-
mento sustentável.
Premissas
Obstáculos
100
modificações no curso natural das águas de drenagem, eliminação da vegetação palustre e matas
ciliares, poluição por atividades de mineração - carvão, fecularias, cerâmicas e olarias -, acidez das
águas e despejo de efluentes domésticos nas áreas urbanizadas.
Nos campos naturais e restingas litorâneas, os obstáculos à sustentabilidade são a grande
pressão de urbanização e a ameaça da contaminação biológica, notadamente por gramíneas exóti-
cas e por Pinnus spp.
Para a sustentabilidade das florestas, os obstáculos são as atividades madeireiras e o extrati-
vismo de outros produtos vegetais, a substituição das florestas naturais pela atividade agropasto-
ril, silvicultura em plantios homogêneos, principalmente de espécies exóticas.
Estratégia
Propostas
101
5 RECURSOS HÍDRICOS
Desafios
O estado de Santa Catarina possui duas grandes vertentes hidrográficas. A vertente do inte-
rior, que é composta pelo trecho catarinense dos formadores e afluentes da bacia do rio Uruguai,
e o trecho catarinenses dos afluentes da bacia do rio Iguaçu, que drenam para o Oeste, indo
desaguar na bacia do Prata. A outra é a vertente do litoral, que é composta por todas as bacias que
drenam para o oceano Atlântico
Em razão dessas variáveis, os desafios da sustentabilidade dos recursos hídricos apresen-
tam-se regionalizados e envolvem as atividades econômicas de cada local.
Elaborar o Plano
No Sul, o desafio da sustentabilidade envolve a exploração mineral, em função das jazidas
Estadual de Recursos
Hídricos, com a
de carvão, caulim e argila. No Litoral Centro, a cultura diversificada e de subsistência, a pesca e um
necessária participação novo empreendimento voltado à geração de tecnologia de ponta, como informática, telecomuni-
da sociedade, tendo cações, mecânica de precisão e automação. No Vale do Itajaí, são as atividades do ramo têxtil e
como meta maior a vestuário, calçados e artefatos de tecidos. Na região Nordeste, um parque industrial diversificado,
implantação paulatina de com predominância do complexo eletro-metal-mecânico e as indústrias de material de transporte
um Sistema de Gestão e e de matérias plásticas.
Gerenciamento em todas No Planalto Norte e Serrano, são as atividades econômicas vinculadas à criação de bovinos,
as bacias hidrográficas à extração de madeiras e celulose, as lavouras de produção extensiva e a fruticultura. No Oeste, a
do Estado. agricultura e o complexo agro-industrial, com o abate de suínos e aves.
Essas atividades do desenvolvimento resultam em fortes impactos aos recursos hídricos do
Estado, colocando em cheque tanto a questão ambiental das fontes, quanto a capacidade de sobre-
vivência da indústria ou outras atividades diretamente conectadas à quantidade de água captada,
distribuída e consumida.
Esse desafio exige uma postura mais sustentável por todos os atores da sociedade e o desenvolvi-
mento deve fazer com que os processos produtivos contabilizem nos preços os custos ambientais.
A poluição provocada pela atividade industrial e a contaminação de corpos d’água por
102
agrotóxicos, muitas vezes aliada à escassez geográfica ou sazonal, resultam na emergência de pro-
blemas para atendimento das mais elementares necessidades de abastecimento humano.
Estes são os desafios para a sociedade catarinense, desafios que devem motivar políticas
voltadas ao uso e conservação da água, demonstrando o caráter estratégico da questão.
Premissas
A água é um bem finito e vulnerável, e é exatamente por isso que sua gestão, com princípios
básicos, instrumentos e formas de organização social, deve ser compartilhada.
O estudo Bacias Hidrográficas do Estado de Santa Catarina - Diagnóstico Geral -, realiza-
do pelo Estado em 1997, faz uma ampla abordagem regional que permite fornecer subsídios aos
diferentes segmentos da sociedade, ampliando a visão dos principais problemas que afetam as
bacias hidrográficas catarinenses, assim como das suas potencialidades.
As premissas daquele estudo e o maior aprofundamento das diferentes variáveis são os
elementos que permitirão a mobilização e institucionalização de fóruns de participação comuni-
tária, onde os diversos agentes sociais poderão analisar e discutir as alternativas para o melhor
aproveitamento dos recursos hídricos disponíveis e as soluções para os conflitos existentes, de
forma a compatibilizar atividades que sejam economicamente viáveis, socialmente justas e ecolo-
gicamente sadias.
Obstáculos
O componente recursos hídricos está entre os que apresentam maiores deficiências para a
sustentabilidade, em que pese o inegável esforço de alguns órgãos e entidades que atuam no
Estado, responsáveis pelo considerável arcabouço legal existente e pela estrutura político-institu-
cional em fase de implementação.
A exemplo de outros estados da federação, sente-se a necessidade de uma maior sensibi-
lização e comprometimento político para um encaminhamento efetivo e de resultados no trato
destas questões.
Os obstáculos à sustentabilidade dos recursos hídricos em Santa Catarina estão ligados à
insuficiência ou dificuldade de acesso a dados e informações para se promover uma adequada
avaliação dos recursos hídricos, à inexistência de práticas efetivas de gestão de usos múltiplos e
integrados dos recursos hídricos, à insuficiência de base legal para assegurar a gestão descentrali-
zada, ao manejo inadequado do solo na agricultura, à distribuição injusta dos custos sociais associ-
ados ao uso intensivo da água, à participação incipiente da sociedade na gestão, com excessiva
103
dependência das ações de governos, à escassez de água, natural ou causada pelo uso intensivo do
recurso hídrico, à disseminação de uma cultura da abundância dos recursos hídricos e à ocorrên-
cia de enchentes periódicas.
Estratégia
A sustentabilidade dos recursos hídricos no estado de Santa Catarina será alcançada pela
conscientização da população consumidora – pessoas físicas e jurídicas - , através de programas e
projetos implementados via comitês de bacias hidrográficas, a partir da responsabilidade do Esta-
do sobre a qualidade e uso da água.
Propostas
104
6 RECURSOS FLORESTAIS
Desafios
105
Premissas
Balizar o desenvolvimento pela sustentabilidade dos recursos florestais, definindo sua im-
portância relativa e sua importância absoluta para a qualidade de vida das populações locais.
Obter um planejamento com informações precisas que leve a uma atividade econômica
adequada ao lugar, de forma sustentável e favorável ao meio ambiente.
Avaliar as conseqüências ecológicas e econômicas a partir de diferentes estratégias de trans-
formação e exploração dos recursos florestais.
Promover discussões legais com foco na sustentabilidade das florestas e na qualidade de
vida das pessoas, permitindo o desenvolvimento sustentável.
Promover ações no sentido de obter uma oferta adequada de espécies exóticas, utilizando
áreas que a legislação ambiental permita, reduzindo a pressão para o corte de espécies nativas,
mesmo que sejam de manejo sustentado. Enquadrariam neste contexto o Pinus (taeda e eliotis),
o Eucalipto e outras espécies a determinar, bem como, a bracatinga, esta uma espécie nativa, mas
com potencial de reflorestamento, principalmente para o uso energético.
Promover ações objetivando melhorar a produtividade e qualidade destas florestas, redu-
zindo a necessidade de ampliação das áreas plantadas.
Promover ações para estimular a certificação de florestas exóticas.
Promover cursos profissionalizantes na área florestal.
Identificar áreas de conservação e proteção ambiental.
Obstáculos
Estratégia
Usar de forma sustentável os recursos florestais do estado de Santa Catarina, seja pela inte-
ração entre a preservação das florestas, com o objetivo de regulação do clima – precipitação
106
pluviométrica, abastecimento de mananciais e aqüíferos, manutenção da umidade do ar e do solo
e retenção do gás carbônico –, seja pelo seu uso econômico, com manejo adequado e com a
consciência ambiental da população interessada.
Realizar atividades favoráveis ao equilíbrio entre os ciclos biogeoquímicos, evitando pro-
blemas ambientais como destruição da camada de ozônio, efeito estufa e chuva ácida.
Propostas
107
7 ECOSSISTEMAS
Desafios
108
servação existentes, estas se apresentam, por vezes, ineficientes quanto ao processo de monitora-
mento e fiscalização.
Desta forma, tal processo gera problemas gravíssimos, que vão da falta de políticas adequadas às reais
necessidades de conservação dos ecossistemas, até a postergação do diagnóstico e sua respectiva análise.
Premissas
Obstáculos
Informações sobre o estado atual dos ecossistemas no Estado de Santa Catarina estão dis-
persas. A questão institucional é importante, pois a falta de integração inter e intra-institucional
109
passa a ser um grande entrave para o entendimento da realidade.
Os baixos salários dos técnicos que trabalham nos órgãos ambientais, o que gera desinteresse no
desenvolvimento das atividades a eles destinadas, especialmente no que tange à fiscalização, e mesmo
nos setores que exigem uma análise detalhada de estudos de impactos ambientais e de planejamento.
Sob o ponto de vista inter-institucional, a falta de integração passa a ser um problema difícil
de ser solucionado, devido à inexistência de cursos de capacitação que possam dar uma visão de
unidade ao processo.
A execução dos planos de gestão estabelecidos nas mais diversas políticas ambientais exis-
tentes - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, Política Nacional de Meio Ambiente, Sistema
Nacional de Unidades de Conservação, Política Nacional de Recursos Hídricos - torna-se proble-
mática, pois não existe uma política efetiva de planejamento, mas apenas demandas dos proble-
mas que chegam nas mais diversas instituições que trabalham com as questões ambientais.
Estratégia
Propostas
110
8 PRODUTOS AGROQUÍMICOS
Desafios
111
Premissas
Obstáculos
Estratégia
112
Propostas
Poder público manter o controle efetivo das quantidades de produtos agrotóxicos estoca-
dos e comercializados em Santa Catarina, inclusive fiscalizando às indústrias fabricantes, visan-
do bloquear o lançamento de produtos que ainda não estejam devidamente registrados e impe-
dir a comercialização de agrotóxicos que estejam proibidos em outros estados da Federação ou
em outros países.
Promover ampla e permanente campanha publicitária educativa de âmbito estadual, envol-
vendo as entidades de classe e instituições governamentais e não-governamentais, incentivando a
utilização do Receituário Agronômico, tanto pelos profissionais da área, como pelos produtores,
com enfoque para as comunidades rurais, a fim de alertá-las sobre os perigos da contaminação
humana e ambiental, devido ao uso de agrotóxicos, destacando a necessidade da tríplice lavagem
e reciclagem de embalagens.
Desenvolver centros de pesquisa que busquem a substituição de produtos agroquímicos por
produtos ecologicamente corretos, instituir e aportar recursos financeiros, tecnológicos e humanos,
com o objetivo de viabilizar a pesquisa de defensivos biológicos naturais e estimular a agricultura orgâ-
nica ou agroecológica e outras alternativas para substituição do uso de agroquímicos.
Responsabilizar os governos municipal e estadual pela fiscalização, recolhimento e estoca-
gem de embalagens de agrotóxicos, ficando os fabricantes e estabelecimentos comerciais respon-
sáveis por administrar o destino adequado das mesmas.
Responsabilizar os fabricantes e estabelecimentos que comercializam produtos agroquími-
cos pela informação, dada ou não, ao usuário a respeito dos danos que os mesmos causam à natu-
reza e à saúde da população, bem como sobre os meios de proteção.
Implantar selo de avaliação da qualidade dos produtos alimentares, com processo e sistema
de inspeção, controle e vigilância permanente.
113
9 RESÍDUOS SÓLIDOS E ESGOTO
Desafios
114
desafia administradores públicos e privados e exige soluções imediatas e mediatas, ao lado de procedi-
mentos que incrementem o processo de adequação e certificação ambiental das indústrias.
Premissas
A dimensão das intervenções antrópicas na natureza é cada dia maior e os seus efeitos
ultrapassam as fronteiras conhecidas. É fundamental que todos reconheçam que meio ambiente e
desenvolvimento não se opõem, ao contrário, estão inevitavelmente interligados. O desenvolvi-
mento não se mantém se a base dos recursos ambientais se deteriora.
A necessidade de pensar em infra-estrutura de saneamento, tendo em vista o desenvolvi-
mento sustentável, fica evidente em face da sua importância para a qualidade do meio ambiente e
das ameaças que sua ausência causa tanto ao meio quanto à saúde humana.
O comprometimento da qualidade das águas, subterrâneas ou superficiais, seja de rios, la-
gos ou do mar, termina por chegar às casas. Esse comprometimento está ligado diretamente ao
tratamento dado aos resíduos sólidos e efluentes líquidos e pelo modo como a população e suas
instituições desenvolvem suas atividades.
Os perigos são claros quando se verifica a presença do chorume, líquido escuro, viscoso e
altamente tóxico, resultado da decomposição do lixo, e o lançamento dos esgotos sanitários sem
tratamento, que se infiltram no solo e chegam às águas subsuperficiais. Os locais inadequados de
lançamento de esgotos ou depósito impróprios de resíduos sólidos são áreas de risco para a saúde
pública, porque provocam, além de mau cheiro e aspecto desagradável, a proliferação de insetos
transmissores de doenças e são focos de disseminação de patogenias.
Obstáculos
115
Estratégia
As soluções sobre resíduos sólidos e esgoto sanitário passam pela implementação de ações
públicas e privadas no sentido de aumentar a renda das famílias, eliminar a pobreza e a exclusão
social, concomitante ao desenvolvimento da capacidade de gestão da esfera pública e da criação
de parcerias com a população interessada.
Propostas
116
117
PARTICIPANTES DO PROCESSO
A Notícia Associação Sul Catarinense em Prol do Assembléia Legislativa de Santa Autônomos
MARIELLA LOPEZ Meio Ambiente – ACTA Catarina - ALESC MATHEUS CHEDID
DANIEL TRENTO DO NASCIMENTO IDELVINO FURLANETTO ROGÉRIO RISTOW
Agência de Desenvolvimento da Serra HELTON NATALI SOLON SOARES ADILES MARIA ROMERO IBARRA
Catarinense SCHEUKA DZIEDZIC
ISABEL BAGGIO Associação de Proteção à Maternidade e MARIA LUÊS CATALANO Autônomo/Petrobras/SIX/SMS
Infância PAULO R. DALMOLIN ANDRÉ LUIS DA SILVA KAZMIERSKI
Agenda 21 de Florianópolis ASPASIO CAMARGO JOÃO KARAM
CÉSAR GOUVÊA Boehme Brasil Consulting
LYDIA BEZ FONTANA Associação dos Municípios do Alto Vale Agência de Desenvolvimento da Serra GERHARD ERICH BOEHME
do Itajaí Catarinense - ADSC
Agenda 21 de Jaraguá do Sul MARISTELA MACEDO POLGA CARLOS EDUARDO LIZ Brasfumo Ltda. - Rio do Sul
MANOEL INÁCIO CAMILO CARREIRA ROBERTO FREDERICO CAYE
Associação dos Municípios Associação Empresarial da Região
Agenda 21 de São José de Entre Rios Metropolitana de Florianópolis - Aemflo/ Bmrv – Corretora de Seguros Ltda.
JANETE ALDA DE MIRANDA MARCOS AURÉLIO LAZZARETTI ORSO CDL – São José ROGÉRIO BRAVO
LUCI MASIERO
Associação Beneficente Amigos pela Associação Catarinense para o ODÍLIO GUAREZI Banco Regional de Desenvolvimento do
Vida/Chapecó Desenvolvimento Social – ACADES Extremo Sul – BRDE/SC
ANDRÉ LUIZ ALVES GIOVANI AMBONI Associação Portuguesa de Mulheres ADRIANO ROGÉRIO GOEDERT
DANIEL TRENTO DO NASCIMENTO Juristas - APMJ MARLENE APARECIDA KERBER
Associação de Preservação e Equilíbrio ELY L. DE CAMARGO ADRIANO FIAMONCINI
do Meio Ambiente de Santa Catarina - Associação Comercial e Industrial de ALCIDES ANDRADE ROSANA FRANÇA
APREMA/SC Jaraguá do Sul CRISTIANO N. GONÇALVES
NELSON LUIX WENDEL INÁCIO CARREIRA Ar – Consultoria e Saneamento Ltda.
FÁBIO RIBEIRO DE SOUZA Bini/Xanxerê
Associação de Ensino de Santa Catarina Associação Comercial e Industrial de ELISANGELA
- ASSESC Florianópolis Associação de Municípios do Nordeste
JOÃO PAULO BITENCOURT DE PAULO R. OROFINO de Santa Catarina - AMUNESC Câmara de Desenvolvimento do
FREITAS JOÃO GERALDO BERNARDES Comércio Exterior
Associação Cultural AÚ – Entidade Afro- HANS KRESS
Associação Brasileira de Engenharia brasileira – ACAU Associação dos Municípios do Extremo
Sanitária e Ambiental – ABES/SC LOURIVAL FERNANDO ALVES LEITE Sul Catarinense Câmara de Integração do Mercosul/
NILCEANE APARECIDA JUNCKES DRAUZIO PEZZONI ANNUNCIATO JOBSON MARTINHO Balneário Camboriú
COSTA MARIELA ZINGONI
CARLOS BIANCO Associação Amigos da Natureza do Associação do Movimento Ecológico de
ELIANA BITENCOURT Extremo Oeste Catarinense Capivari Câmara Municipal de Vereadores de
BERTOLDO DA SILVA COSTA AZIZ ABOU HATEN TOMAZ MARCIANO VIEIRA Papanduva
LUIZ MIKACOVIA
Associação Brasileira de Recursos Associação Amigos da Galheta – AGAL Associação dos Aposentados da UFSC
Hídricos – ABRH AFFONSO ALLES ADY VIEIRA FILHO Câmara Municipal de Vereadores de
CIRO LOUREIRO DA ROCHA Belmonte
CESAR AUGUSTO POMPÊO Associação Brasileira de Restaurantes e Associação dos Moradores de Cacupé - BÁRBARA TERNUS
HÉCTOR RAÚL MUÑÕZ ESPINOSA Empresas de Entretenimento - AMOCAPE
ABRASEL/SC RICARDO LEVI Câmara Municipal de Vereadores de São José
Associação Catarinense de Aqüicultura – LUCIANO BARTOLOMEU TELMO PEDRO VIEIRA
ACAq JOSÉ ARI SUNDFELD Associação Rádio Comunitária
PAULO DE TARSO R. RODRIGUES Campeche - ARCC Câmara de Vereadores
MATIAS GUILHERME BOLL Associação Civil Floripa é 10! UBIRATAN MATTOS VALDEMIRO MARCON DA SILVA
RENARDO F. G. SCHREIBER ALCIDES ANDRADE PEDRO LORENZETTI
118
Casa Chico Mendes Conselho Comunitário do Morro do Horácio Conselho Regional de Biologia – CRBio/SC Companhia Integrada de
CRISTIANE FABRÍCIO CIRILO P. DA SILVA DANILO DA SILVA FUNK Desenvolvimento Agrícola de Santa
BELONI PAULI MARTERER Catarina - CIDASC/São José
Caixa Econômica Federal Conselho Estadual de Desportos ANDRÉIA A. DOS SANTOS SÉRGIO DELATORRE
JOANA DARC AMBONI EMANUEL MARTINS FRANCISCO ANTÔNIO DA SILVA FILHO
VILSON LUIZ LEILA CRISTIANE MACHADO Companhia Integrada de
JOAQUIM ARANTES DE BEM Conselho Regional de Engenharia, Desenvolvimento Agrícola de Santa
Centro de Transformação Pessoal e ADALIR PECOS BORSATTI Arquitetura e Agronomia – CREA/SC Catarina - CIDASC/Tubarão
Artística. ERIBERTO FLEICHMAMM ERIBERTO BUCHMANN HELDER TISCOSKI
SILVIA BARRETO SCHMIDT HERCÍLIO PARAGUASSÚ DE FREITAS CRISTINA GERBER
LUCIANO HOSTINS Ciocca, PCC - Consultoria
Comissão Cívica de Proteção das Linhas PAULO HENRIQUE XAVIER DE SOUZA Consultora Autônoma PAULO CÉSAR CIOCCA
de Água - Ccpla MARIA GORETE HOFFMANN
ODIRLEI LÁZARE Conselho Estadual da Saúde Centro Integrado de Informações de
MARIA ISABEL VARGAS DA CUNHA Companhia de Água e Saneamento de Recursos Ambientais de Santa Catarina -
Centrais Elétricas de Santa Catarina – Santa Catarina – CASAN CIRAM/UFSC
CELESC Conselho Municipal de Desenvolvimento GIOVANI DURIBON FREITAS SÉRGIO LUIZ ZAMPIERI
JOSÉ N. BENEDET Rural CARLOS PEREIRA
GILBERTO PEREIRA JOSÉ FELIX DA SILVA NETO Colégio Agrícola de Camboriú
SCHIRLEY MARIA DA SILVA Caixa Econômica Federal de Joinville FERNANDO KESKE
VICENTE IMPALÉA NETO Coordenadoria Regional da Educação – MÁRCIO AUGUSTO ALVES BONFIM MARIA OLANDINA MACHADO
2° CRE SOARES
Coordenadoria de Gestão Ambiental - JAIME PALADINI Centro de Estudos Sociais - CES/SC
CGA/UFSC Caixa Econômica Federal de OSVALDO O. MACIEL
LUIZ CARLOS PEREIRA Coordenadoria Regional de Educação – Florianópolis
1ª CRE ELIANE KRAEMER PINHEIRO Conselho Regional de Serviço Social
Clube Engenharia ALICE MARY SOUZA DE RIDK ROSANGELA REGINA KOETTKER MARIA ISABEL VARGAS DA CUNHA
HAMILTON SCHAGFER
Cohab/SC Centro Acadêmico de Engenharia Consórcio Lambari - AMAUC
Comitê de Gerenciamento da Lagoa da MAISA P. CORDOVA Mecânica - CAME/UFSC ROBERTO KURTZ PEREIRA
Conceição MANOEL CASTER RICARDO MOREL HARTMANN NÁDIA GREZZANA MASCELANI
AUGUSTO LUIZ GONZAGA
Companhia de Desenvolvimento do Centro de Ciências Agrárias - CCA/ Companhia de Desenvolvimento da
Comitê de Gerenciamento da Bacia Estado de Santa Catarina – CODESC UFSC Capital – COMCAP
Hidrográfica do Rio Cubatão ANA MARIA COUTINHO ELVYS TAFFAREL FLÁVIA VIEIRA GUIMARÃES OROFINO
SALOMÃO MATTOS SOBRINHO CAIRO BUENO DE OLIVEIRA RENATOGUARDINI NARA LÚCIA L. BITTENCOURT
HELENA MARIA C. DE SOUZA ELZA MARIA MEINERT
Comitê Camboriú JAIME JOSÉ MOURA Destino Azul/Florianópolis
PATRÍCIA ZEMMERMANN WEGNER RICARDO COLIN SCHROEDER Centro de Ciências Biológicas - CCB/ EDUARDO MOREIRA LUZ
RONALDO CUNHA UFSC FLÁVIO JARDIM
Centro Universitário de Jaraguá do Sul – RUBÉNS FANGIER FILHO MÁRCIA C. STRAPAZZON
UNERJ MAIULA FIGUEIREDO S. JESUS Diretoria de Vigilância Sanitária - DVS
GENÉSIO VEGINI Companhia Integrada de ANTÔNIO ANSELMO GRANZOTTO DE
SÍLVIA HELENA OLITTA M. Desenvolvimento Agrícola de SC. – C. E. São Miguel CAMPOS
FIGUEIREDO CIDASC ANA MARIA ALVES RIBAS
NELSON JACOMEL JÚNIOR Diretório Acadêmico da Única
Congresso Internacional de Turismo MANIX Centro Integrado de Ciências da Região MARIA JÚLIA LEITE HULMANN
Fluvial no Mercosul CLÓVIS GOULART DEBEM Sul de Santa Catarina - CINCRES
OSCAR VILAS BOAS JÚLIO FORTES MATOS JAIME PALADINI Engenho
MARIA DE LURDES CAPPONI PLINIO SMIDERLE CELENA SURIGAM VOLPATO GUSTAVO TAKASE GONÇALVES
119
Embrapa Suínos e Aves - Concórdia Escola Superior de Administração e Fórum de Desenvolvimento Alto Uruguai CINTHIA M. DA SILVA ZANUZZI
CLÁUDIO ROCHA DE MIRANDA Gerência - ESAG Catarinense GRACIELI M. R. LARA
CARLOS GABRIEL EGGERT BOEHS ARI DAL VESCO KARLA GRAZIOTTIN
Empresa de Pesquisa Agropecuária e LUCIANA CARVALHO
Extensão Rural de SC. – EPAGRI Escola de Educação Básica São Ludgero Fórum de Desenvolvimento Alto Vale LUCIANE DUSI
ZENÓRIO PIANA CLEUNICE G. MESQUITA MARISTELA MACEDO POLGA MARINA FUNILE
JOÃO AFONSO ZANINI NETO MÁRCIA REBELO NINA BUBCHLE
NELSO FIGUEIRÓ Fórum de Desenvolvimento AMERIOS OLÍNIA BORTOLOSO
EDUARDO DE SOUZA Escola de Educação Básica São Miguel/ MARCOS ORSO ORDILEI PAULO LÁZARE
SUELY LEWENTHAL CARRIÃO Florianópolis PRISALLA GUEZ MOREIRA
ANA MARIA ALVES RIBAS Fórum de Desenvolvimento da Região do SHIGUEKO TEREZINHA I. FUKAHORI
Epagri/Chapecó Meio Oeste Catarinense SUZANA MARIA TRIEBEN
MÁRCIO ANTÔNIO DE MELLO Escola de Educação Fundamental Passo FÁTIMA M. FRANZ HERMES
Fundo Fundação Municipal do Meio Ambiente
Epagri/Ituporanga MÁRCIO JOSÉ FRANCISCO Fórum de Desenvolvimento Regional da de Florianópolis – FLORAM
PEDRO BOFF Foz do Rio Itajaí ELIZABETH AMIN VIECELI
Escola de Educação Fundamental José MARCUS POLETTE ELISA NELI HEHN
Epagri/Lages Marcolino Eckert HAROLDO NUNES DA SILVA
MÁRIO VIDOR JEAN MARCUS SALVADOR Fórum de Desenvolvimento Regional do VIANEI JOÃO BONOTO JÚNIOR
Médio Vale do Itajaí ROBERTA DOS ANJOS
Epagri/São Miguel do Oeste Fundação Municipal de Meio Ambiente - JOSÉ CONSTANTINO SOMMER JIBSON JOSÉ ALVES
NESTOR LUIZ BREDA FAEMA/Blumenau ROBERTO VIEIRA
ELIAS JÕAO DE MELO Fórum Catarinense de Desenvolvimento CELSO OLIVEIRA
Epagri – Tunápolis NELSON CASAROTTO FILHO JEFERSON ANDERSON
ADENOR VICENTE WENDLING Faculdade Estácio de Sá – FAES MARLENE APARECIDA FURTADO CLEUSA WÖRNER LEITE
MIRELA BEREWDT P. DA LUZ KERBER RODRIGO DOS SANTOS PEREIRA
Epagri/Regional de Florianópolis ROSANA FRANÇA EDUARDO TAVARES
MARTA ELIZABETH CORREIA Federação das Associações de Micro e EMERSON SOUTO FRANCISCO COLARES
Pequenas Empresas de Santa Cantarina AYRES TEIXEIRA
Empresa Brasileira de Pesquisa - FAMPESC Federação das Associações Comerciais HIVRUBOTON SAGAIS
Agropecuária – EMBRAPA/SC HERCÍLIO BATHKE VIEIRA e Industriais de SC. – FACISC CAMILE MANSUR PIMPÃO
ANTÔNIO L. GUIDONI GILSON S. ZIMMERMANN
Federação Catarinense de Municípios – JAIR SILVEIRA Fórum de Desenvolvimento do Extremo
Embrapa/Concórdia FECAM Sul Catarinense
SIMONE ANHAIA MELO CELSO VEDANA Federação do Comércio de Santa JOBSON MARTINHO
ALCIDES MONTOVANI Catarina – FECOMÉRCIO
Escola de Novos Empreendedores da MARIA TERESA O. HEINZEN Fundação Catarinense de Pesquisas
Ufsc Faculdade Energia de Administração e Ambientais/Curitibanos
FLÁVIO DE MORI Negócios - FEAN Federação das Indústrias de Santa ELISEU CAMARGO MARTINS
LUIZ CARLOS BRASIL FILHO Catarina – FIESC
Escola de Educação Básica Alto FABIO DONIAK ÉDIO LAUDELINO DA LUZ Fundação Ecológica e Zoobotânica de
Forquilhas/São José LUÍS HENRIQUE CÂNDIDO DA SILVA Brusque
KATYA SOUZA Federação dos Trabalhadores na ULISSES ROGÉRIO DE A. ARRUDA FABRÍCIO ULBER
Agricultura do Estado de SC. – EGÍDIO A. MARTORAN
Escola de Educação Básica Frederico Hardt FETAESC Fundação Nova Vida
LOURIVAL INÁCIO DE OLIVEIRA CARLOS SAMPAIO Fundação do Meio Ambiente – FATMA VILBERTO GIANESINI
JACÓ ANDERLE
Escola de Educação Básica Santa Rita/ Fórum de Desenvolvimento do Extremo AMANDA L. DA SILVA Fundação CERTI
São Miguel do Oeste Sul Catarinense ANGELA D. B. DARIVA ANDRÉ RIBAS PEREIRA
JOÃO CARLOS HANAUER JOBSON MARTINHO ANGELA MARIA C. MARTINI RAUL VALENTIM DA SILVA
120
Fundação Municipal do Meio Ambiente Grupo Condor/Abelardo Luz Instituto do Patrimônio Histórico e Sócios da Natureza - ONG
de Blumenau - FAEMA VALDECIR LUIZ TESTON Artístico Nacional - IPHAN JULIANA VAMERLATI
JOSÉ CONSTANTINO SOMMER CINTIA CHAMAS
ANDRÉ LUIS SEDLACESC Grupo Ecológico Ativista Sul Catarinense Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/
- GEASC Igaras Papéis e Embalagens SA SC
Fundação Municipal do Meio Ambiente JAIME PALADINI JOHNNY R. JORDAN JOAQUIM ARANTES DE BEM
de Itajaí - FAMAI
JOÃO GUILHERME WEGNER DA Grupo Pau Campeche Iguatemi Ltda. Pastoral da Criança de Florianópolis
CUNHA JEFERSON ROSSI PAULO MENDES GOULART ELZA T. DOS SANTOS
ADRIANA HELENA RAMOS DOS
SANTOS Guia Litoral Sul Infocus - Florianópolis PSDB Jovem/Florianópolis
CESAR LEANDRO MACIEL CRISTIANE GRAHL LUZ NIELSEN UBIRATÃ
Fundação Municipal do Meio Ambiente
de Joinville - FUNDEMA Instituto AutuPoiésis Instituto Luterano de Educação e Partido Verde/Florianópolis - PV
JÚLIO ADELAIDO SERPA UDSON DIAS DE OLIVEIRA Jr. Cultura/Joinville STÊNIO VIEIRA
MARIA CRISTINA M. DA SILVA RICARDO CALLADO MURIEL B. SZYMCZAK
Perdigão – Agroindustrial SA
Fundação Pró Florianópolis Instituto de Planejamento e Economia SANDRO HANSEN
UBIRATAN DE MATTOS SALDANHA Agrícola de Santa Catarina - ICEPA/SC Instituto Treinar de Educação e
DJALMA GUIMARÃES Tecnologia Polícia Militar de Santa Catarina/
Fundação Universitária Regional de JOSÉ MARIA PAUL CRISTIANE FERNANDES MATANO Concórdia
Blumenau - FURB ENOIR ANTÔNIO BEDIN
LUCIANO SANTOS Instituto Brasileiro de Geografia e Jornal Folha do Vale das Termas
Estatística - IBGE PAULO LUIS CORDEIRO Polícia Militar de Santa Catarina/Caçador
Fundação de Amparo à Pesquisa e ADELINO DOS SANTOS NETO GIOVANI BERNART
Extensão Universitária - FAPEUL/UFSC Mark Travel Operadora Ltda.
THAMARA VIANNA FRANÇA Instituto Tancredo Neves – FITAN/SC ANDRÉ CARVALHO Profill - Engenharia e Ambiente
ALCIONE VERGIL LUCIANA VIEIRA
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Movimento em Defesa da Ecologia e do
Segurança e Medicina no Trabalho - Instituto Euvaldo Lodi – IEL/SC Meio Ambiente – AGRIAS Programa Iberê
Fundacentro MARQUES RAFAEL OLIVEIRA ANDRESA D’AVILA DA CUNHA LUIZ CARLOS BRASIL
FLÁVIA BRASCA SÍLVIA VALDEZ
Instituto de Pesquisa, Educação e Ministério Público do Estado de Santa
Fundação de Ciência e Tecnologia de Desenvolvimento do Cooperativismo de Catarina Programa UniSol/UFSC
Santa Catarina – FUNCITEC Santa Catarina - IDESC PATRÍCIA MARTINS ALEX REGES CARNIEL
NELMA BALDIN JULIO A. FIGUEIREDO CÉLIA VIEIRA DA SILVA MAFRA
SANDRA BAMPI Propague Serviços Comunicação Ltda -
NEWTON GONÇALVES Instituto Histórico e Geográfico de Santa Movimento Campeche a Limpo Florianópolis
Catarina – IHGSC LIÉGE CARDOSO CASTELANI BERNADETE WAGNER PERREIRA
Fundação Universidade Federal do Rio AUGUSTO CÉSAR ZEFERINO RAMOS
Grande - FURG NEREU DO VALLE PEREIRA Novas Técnicas de Asfaltos Ltda - Nta
LIA J. PRELLVITZ FERNANDO JOSÉ CAMACHO Pomar Floripa
Instituto de Avaliações e Perícias de GUILHERME CARLOS DE SOUZA
Grupo Executivo Estadual de Engenharia de Santa Catarina - IBAPE/SC Nuovo Design Ltda. WANDERLEI CARDOSO
Planejamento de Santa Catarina - GEP/ BERNARDO J.D. TASSO ALEXANDRE B. WINSINTAINER
SC Prefeitura Municipal de Agrolândia
RONALDO P. CUNHA Instituto LARUS – Pesquisa, Proteção e Núcleo de Estudos Jurídicos e Sociais ANNA MARIA PITSCH
Educação Ambiental da Criança e do Adolescente/UFSC
Gerai-Florianópolis ROSEMY NASCIMENTO ANDRÉ VIEIRA CUSTÓDIO Prefeitura Municipal de Antônio Carlos
AZENIR NILZA INOCÊNCIO ALCIDES DUTRA ROSILDA HELENA FELTRIN
121
Prefeitura Municipal de Anita Garibaldi Prefeitura Municipal de Celso Ramos Prefeitura Municipal de Ita Prefeitura Municipal de Palhoça
ROBERTO VIENCELLI MANOEL MARCELO DA CUNHA EULER ALTAIR VACCARI MARCOS DE FARIA VIEIRA DA SILVA
Prefeitura Municipal de Armazém Prefeitura Municipal de Cocal do Sul Prefeitura Municipal de Itajaí Prefeitura Municipal de Palmeira
EVARISTO NASCIMENTO CARLOS ROSSO NETTO JOÃO GUILHERME WEGNER DA JANIR CARDOSO DA SILVA
CUNHA
Prefeitura Municipal de Arroio Trinta Prefeitura Municipal de Correia Pinto AMARILDO MADEIRA Prefeitura Municipal de Papanduva
MICHEL JÚNIOR SERINGHELLI VERA LÚCIA ANDRADE DA SILVA GENÉSIO VILMAR VIEIRA
Prefeitura Municipal de Itapoá
Prefeitura Municipal de Anitápolis Prefeitura Municipal de Criciúma LUIZ FERNANDO MEDEIROS Prefeitura Municipal de Paraíso
MARCO ANTÔNIO MEDEIROS JÚNIOR REGINA FREITAS FERNANDES CLÁUDIA A. DUARTE CLAUDIR FRANCISCO SOCHA
Prefeitura Municipal de Araquari Prefeitura Municipal de Cunha Porã Prefeitura Municipal de Ituporanga Prefeitura Municipal de Petrolândia
MARVIN DE BRUNS MÁRCIA R. M. BERGAMINI EDSON LUCKMANN MARCELO DE TOFOL
Prefeitura Municipal de Balneário Arroio Prefeitura Municipal de Corupá Prefeitura Municipal de Jaguaruna Prefeitura Municipal de Piçarras
Silva ERNESTO FELIPE BLUNK JEFFERSON SILVA GARCIA FRANCISCO DE ASSIS TEIXEIRA
VALDENIR F.C. MACEDO RÚBENS BATISTA PEREIRA
SANDRA FABRÍCIA CÂNDIDO Prefeitura Municipal de Florianópolis Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul
TEODORO ELIZABETH AMIN VIECELI ROBIN HENRIQUE PASOLD Prefeitura Municipal de Pinhalzinho
HONORINO DALAPASSA
Prefeitura Municipal de Bela Vista do Prefeitura Municipal de Forquilhinha Prefeitura Municipal de Joaçaba AMÂNCIO JOÃO SILVEIRA
Toldo WALTER TISCOSKI SÍLVIO FIEDLER
MARILENE WITTLICH MAGALI M.R. FELTRIN Prefeitura Municipal de Pinheiro Preto
Prefeitura Municipal de Joinville DELCIO BRESSAN
Prefeitura Municipal de Bom Jardim da Prefeitura Municipal de Gaspar GIAMPAOLO BARBOSA MARCHESINI
Serra ALDO AVOSANI Prefeitura Municipal de Ponte Alta
ALINE GASPERIN Prefeitura Municipal de Lages ELISEU CAMARGO MARTINS
Prefeitura Municipal de Grão Pará JOAQUIM GOULART JÚNIOR
Prefeitura Municipal de Bom Retiro ANTÔNIO GERALDO ALBERTON ANA CLARICE GRANZOTTO Prefeitura Municipal de Presidente Nereu
ÉDSON LUIZ ROSAR FAUST ROBSON LUIZ POLMANN
Prefeitura Municipal de Lindóia do Sul
Prefeitura Municipal de Bombinhas Prefeitura Municipal de Imbuia MARINÊS RIBEIRO PERONDI Prefeitura Municipal de Rio dos Cedros
RAFAEL LUIZ PEREIRA DA SILVA VALDORI STEINHEUSER PEDRO CLAUDINO DOS SANTOS
JOSÉ EMILIANO REBELO NETO Prefeitura Municipal de Lontras JÚNIOR
Prefeitura Municipal de Ibirubá ROBERTO FERRARI
Prefeitura Municipal de Brusque RUDINÉIA CERVIERI DÜRR Prefeitura Municipal de Santo Amaro da
JORGE LUÍZ BONAMENTE Prefeitura Municipal de Major Gercino Imperatriz
Prefeitura Municipal de Imbituba CÉSAR ALOIZIO PIAZZA ELIANE FERREIRA BROERING
Prefeitura Municipal de Biguaçu WAGNER NASCIMENTO DOS SANTOS
RAFAEL FERNANDES DA SILVA Prefeitura Municipal de Maracajá Prefeitura Municipal de São Bento do Sul
Prefeitura Municipal de Ipira ELISANDRA TRESHER JOÃO ADILSON LENCZUK
Prefeitura Municipal de Bocaina do Sul DANILO SCHROEDER
JOSÉ MÁRCIO LEHMANN ROQUE DE SIMAS Prefeitura Municipal de Meleiro Prefeitura Municipal de São Francisco do
DAIZE MATA DA BAIT DESTRO Sul
Prefeitura Municipal de Campo Erê Prefeitura Municipal de Irani MANOEL PATRUNI
NELSON TRESOLDI MARGARIDA GAZONI ZENARO Prefeitura Municipal de Morro Grande
SERGIANE BIFF Prefeitura Municipal de São João do Sul
Prefeitura Municipal de Capivari de Baixo Prefeitura Municipal de Irineópolis CLELIO DANIEL OLIVO ÉDSON BORBA MARTINS
PEDRO DA SILVA HILÁRIO FRANCISCO BOESING CRISTIANE TONETTO BLÉSSIMO
122
Prefeitura Municipal de São José Privado Secretaria de Estado de JOHNI LUCAS DA SILVA
TELMO PEDRO VIEIRA ERNESTO OSCAR REYES Desenvolvimento do Oeste – SDO JEFERSON DA COSTA DANNUS
ALCIBIADES SANTOS ROBSON ADRIANO DA SILVA
Prefeitura Municipal de Seara Polícia Federal
RENATO TUMELERO JOSÉ CARLOS NEDEZ FAGUNDES Secretaria de Estado dos Transportes e Secretaria de Estado da Justiça e
Obras – STO Cidadania – SJC
Prefeitura Municipal de São José do Projeto Resgate ADILSON LUIS BROGNOLI CARLOS ALBERTO DA SILVA
Cedro MÁRIO SANT’ANA NELSON CALDEIRAS JÚNIOR IREMAR DOS SANTOS NUNES
JOÃO CARLOS ANZOLIN ROSA ANGELA SILVA RIBAS MARINHO
Psicopedagoga Autônoma Secretaria de Estado do
Prefeitura Municipal de Sombrio TERESA CRISTINA ARANTES Desenvolvimento Urbano e Meio Secretaria de Estado da Saúde – SES
JEANE MARTINS JOÃO Ambiente – SDM LIZETE CONTIN
Sindicato das Empresas de Transporte FELIPE FELISBINO MARCOS A. MOURA
Prefeitura Municipal de Timbó de Passageiros Metropolitano - JOÃO BITTENCOURT FILHO LILIAN MARIA B. WALTORTT
SANDRO FRITZ SINTRAM CARLOS HOLTHAUSEN ASSUNÇÃO
ZOÊ BITTENCOURT BERGLER ROBSON ÁVILA WOLFF LUIZ AFONSO PEREIRA ATHAYDE
Prefeitura Municipal de Timbó Grande ODILON EDUARDO SALLES MACIEL FILHO
LUIZ HENRIQUE PIONEZZER Sócios da Natureza - Araranguá JEFFERSON DE ABREU WAGNER GOMES DE CARVALHO
TADEU SANTOS ISA DE OLIVEIRA ROCHA
Prefeitura Municipal de Treviso ALEXSANDRA ASSIS JORGE REBOLLO SQUERA Secretaria de Estado da Educação e do
INÉSIO DE LORENZI GUILHERME XAVIER DE MIRANDA Desporto – SED
Somar Ambiental de Palhoça JÚNIOR MÁRCIA MARGARIDA BRATTI
Prefeitura Municipal de Tubarão ELIZABETH ALBRECHT LAURA SELIGMAN MYRNA SWOBODA MURIALDO
GILSONI MENDONÇA LUNARDI ANDERSON FRONHOLZ MARIA DE FÁTIMA DAL-RI
Santa Catarina Turismo SA – SANTUR MARIO ALTAMIRO VIEIRA ALANO SINARA LUIZA TROINA MARASLIS
Prefeitura Municipal de Urussanga JOSÉ ARCINO SILVA GILMAR DE FARIAS JORGE CHIERIGHINI
EMÍLIO DELA BRUNA MARIA TEREZA BÜCHELE JORGE FERNANDO DOS ANJOS
GILMAR BALDISSERA Secretaria do Desenvolvimento Social, CARDOSO
Prefeitura Municipal de Witmarsum Urbano e Meio Ambiente – SDS NELSON
ROBERT LANG Secretaria de Desenvolvimento Regional CLÁUDIO CANESCHI LEILA MARIA ROMANO
de Blumenau GIAMPAOLO B. MARCHESINI DOLORES KLEIN
Prefeitura Municipal de Videira DALVA DA SILVA ASSINI ROSA BEATRIZ PINHEIRO FÁTIMA CECHINEL
MARIA ANGÉLICA VANZ ELSON CAMPOS FERREIRA HIRONILDO P. FILHO MARIA HELENA GOMES
MÁRCIA SONCINI CÁSSIA REGINA CÂNDIDO
Prefeitura Municipal de Vitor Meireles Secretaria do Desenvolvimento JOSÉ ANSELMO ISMÉNIA DE FÁTIMA VIEIRA
IVANOR BOING Econômico e Integração Mercosul – SDE LOIVA TROMBINI AZENIR NILZA INOCÊNCIO
NEY VIANA ALBUQUERQUE LUZ MARINA STRADIOTTO STECKERT MANOEL CELSO LOPES
Prefeitura Municipal de Xavantina TÂNIA REGINA SANTIAGO DA COSTA JUSSARA SILVA
OSMAR DERVANOSKI PAULO HEYSE MARCELL KARAM Secretaria de Estado do
CÁTIA JACÓBUS Desenvolvimento Rural e Agricultura –
Prefeitura HANS KRESS Secretaria de Estado do SDA
DIANA DA SILVA DANILO SILVIO AURICH Desenvolvimento Social e da Família – HUGO GOSMANN
JOSÉ NAZARENO ROSA SDF NELSO FIGUEIRÓ
Prefeitura ANDRÉA SANDEWLOOK TÂNIA DE FÁTIMA HENCHEN SÉRGIO PINHEIRO
ISABEL C. S.LUCKINA LUIZ A. DE O. HORN JOSÉ EMANUEL BERRETTA DE
ANDRÉA SANDRINI NANDE ANDRADE Programa Nacional de Municipalização
Prefeitura DANIEL BECK JERÔNIMO LUIZ DUARTE MAIA do Turismo – PNMT/Sena
HEITOR BENIGNO ERBS FRANCIELE DACAS FRANZMANN BERNADETE BOEHME DANIELA MÜLLER
VALTER LOPES
EVANIR DÁRIO
123
Serviço de Apoio à Pequena e Média Universidade do Extremo Sul Universidade do Oeste de Santa Universidade do Contestado/Concórdia -
Empresa Brasileira – SEBRAE/SC Catarinense – UNESC Catarina – UNOESC UnC
RICARDO MONGUILLOTTI DE BRITO EDUARDO DE OLIVEIRA NOSSE SILVANA WINCKLER ELISETE ANA BARP GAUER
ELIANA DA ROSA ALVES MARCOS BIANCHINI GILMAR JORGE WAKULICZ ARLENE PAZ DE OLIVEIRA
MÁRIO CÉSAR GESSER NÁDIA ZIM ALEXANDRE VOLNEI DE MOURA FÃO ARI DAL VESCO
JANUÁRIO R. SERPA FILHO MARCOS CADORIN NÁDIA GREZZANA MASCELANI
CARLOS A. CARREIRÃO Unoesc/Xanxerê
Universidade Federal de Santa Catarina MARTA MOLINETTI Universidade do Vale do Itajaí –
Serviço Nacional de Aprendizagem – UFSC UNIVALI/São José
Comercial - Senac AGDA CRISTINA PEREIRA DOS Unoesc/São Miguel do Oeste SÉRGIO LUÍS BOEIRA
MARIA TERESA O. HEINZEN SANTOS ENIO DAL BOSCO ANDRÉA KARLA PEREIRA
ALINE FRANÇA DE ABREU GUILHERME DOS SANTOS
Sindicato dos Terapeutas - SINTE ALVINO PETERSOM Unoesc/Videira UDSON DIAS DE OLIVEIRA JÚNIOR
DIRLENE I.D. VOLPATO ARIOVALDO BOLZAN MARLEN ERIKA CARIS LETÍCIA UBA DA SILVEIRA
MARIA DÉLCIA DARIO COLLE BERNADETE R. STEINWANDTER DAVID VARGAS
CARL DUFOUR Universidade da Região de Joinville – MAERLY CRISTINE SCHAEFFER
Sinte/Criciúma CARLOS JIN W. DE MORAES UNIVILLE FERTIG
SUSETE RAMOS MELO CLAUDETE MEDEIROS ELZIRA M. B. MUNHOZ
DENISE APARECIDA BUNN MAGALI CURY CECATO União dos Moradores e Amigos da
Sociedade Catarinense de Direitos ELIZABETE S. FLAUSINO MARZELY GORGES FARIAS Quadra 6 - Umaq-6
Humanos – SCDH FELIPE GUSTAVO TRENNEPOHL PAULO DOS SANTOS PIRES ROGÉRIO DE QUEIROZ
CLAUDIA RIBAS MARINHO GABRIELA DE L. H. RESES TARCÍSIO POSSAMAI
MÁRCIA REGINA BATISTA GIORGIA F. ALVES Vivendo o Ambiente
HARRYSSON LUIZ DA SILVA Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI ELIZABETE ALBRECHT
Sociedade Sul Americana de Estudos da ISABELA PENA VIANA DE OLIVEIRA MARCUS POLETTE
Terra JOÃO MARIA LIMA ANTÔNIO CARLOS DE NOVAES E Voluntários Pela Verdade Ambiental –
ANTÔNIO HENRIQUE ROMAN JÚLIA LINS BITTENCOURT SILVA Itajaí
JÚLIO FELIPE ZSEREMETA LUIZ EDUARDO CARVALHO BONILHA FERNANDA DE SALLES CAVEDON
Setur/Florianópolis KATIA VIVIANE MOTTA MARTINS ROSIMARI DA S. ZANONI
MONIQUE CRISTINE DUARTE LUCIANA LOPES XAVIER ARTUR H. GOMES SILVA Vk – Consulting
LUIZ TEIXEIRA DO VALE PEREIRA RODRIGO PEREIRA MEDEIROS ANDRÉ LUIZ GONÇALVES VIDEIRA
Tigre/Joinville MÁRCIO ANTÔNIO NOGUEIRA ANDRÉA KARLA PEREIRA
BÁRBARA ANDRADE JULIANO ROBERTO PAVAN
MARIA LUIZA LOPES DE OLIVEIRA FRANCELISE PANTOJA DIEHL
Transportadora Brasileira – Gasoduto ORLANDO FERREIRA DA CUNHA
Bolívia-Brasil AS - TBG NETO Universidade do Estado de Santa
ARNO DUARTE FILHO PEDRO CARLOS SCHININI Catarina – UDESC
RAFAEL LUIZ DA COSTA SÔNIA PEREIRA LAUS
Tecdig Web Programmer/Itajaí RITA DE CÁSSIA DUTRA LORENA TAVARES
JEAN CARLOS SESTREM RÓGER VIGLEY GIRARDI ISMAEL FRANCISCO DE SOUZA
SUELI AMÁLIA DE ANDRADE
Tecnologus VANEIDE GOMES Universidade do Sul do Estado de Santa
JOSÉ MÁRIO FAGUNDES BADO VIVIANE APARECIDA TODESCHINI Catarina – UNISUL
GERALDO MILIOLI
TV Assembléia Legislativa Universidade do Planalto Catarinense – SILAS MATIAS AZEVEDO
MAURO RIBAS UNIPLAC LILIANE MONFARDINI FERNANDES DE
MARCELO BING LUIZ CARLOS PFLEGER LUCENA
TV Floripa
AUGUSTO SISSON
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Produção
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