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Atualização taxonômica para algumas espécies


citadas no Manual de Identificação de
Cladóceros Límnicos do Brasil

Research · August 2016

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Lourdes Maria Abdu El-moor Loureiro


Universidade Católica de Brasília
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Atualização taxonômica para algumas espécies citadas no
Manual de Identificação de Cladóceros Límnicos do Brasil

Lourdes M. A. Elmoor-Loureiro
Julho/2016

Nos últimos 20 anos, ocorreram significativas mudanças na taxonomia de alguns grupos de cladóceros,
particularmente os membros da subfamília Aloninae. Desse modo, o Manual, que foi publicado em 1997,
necessita de atualizações nesse aspecto. Ainda pode ser utilizado na identificação dos táxons, sendo que será
necessário atualizar alguns nomes. A seguir, uma lista das mudanças mais significativas.

BOSMINIDAE
Bosmina longirostris
De Melo & Hebert (1994) reavaliaram populações norte-americanas de B. longirostris e verificaram que
existiam espécies crípticas, Bosmina freyi e Bosmina liederi. A partir deste estudo, fez-se necessário reavaliar
populações consideradas como sendo de B. longirostris em outras regiões. A análise da população existente no
Lago Paranoá, Brasília, revelou ser Bosmina cf freyi (Elmoor-Loureiro et al. 2004). Para uma identificação segura
de exemplares semelhantes a B. longirostris, convém conferir com o trabalho de De Melo & Hebert (1994).

DAPHNIIDAE
Simocephalus
Este gênero sofreu revisão por Orlova-Bienkowskaja (2001), confirmando-se a ocorrência no Brasil de
Simocephalus acutirostris, S. latirostris e S. serrulatus. Quanto às outras espécies citadas no manual, Orlova-
Bienkowskaja apresenta:
Simocephalus agua-brancai e Simocephalus kerhervei – são sinônimos de S. serrulatus.
Simocephalus iheringi – considerado sinônimo de Simocephalus daphnoides
Simocephalus semiserratus – no manual como sinônimo de S. serrulatus, mas Orlova-Bienkowskaja coloca
como espécie válida
Simocephalus vetulus – segundo a autora, com distribuição apenas na região Paleártica. A análise dos
exemplares semelhantes a S. vetulus encontrados no Brasil (RS, SP, GO, MS, BA) mostrou que se trata de S.
mixtus (Elmoor-Loureiro, dados não publicados)

ILYOCRYPTIDAE
Ilyocryptus sordidus
Kotov et al. (2002) mostraram que a subespécie de I.sordidus sarsi, de ocorrência neotropical, deveria ser
elevada à categoria de espécie. Desse modo, ao menos em parte, os registros de I.sordidus nessa região devam
ser atribuídos a Ilyocryptus sarsi. É possível também possam ser das espécies Ilyocryptus paranaensis,

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Ilyocryptus cuneatus brasiliensis e Ilyocryptus silvaeducencis paraensis, posteriormente encontradas e descritas
no Brasil (Kotov & Elmoor-Loureiro, 2008).

Ilyocryptus verrucosus
Espécie não mais válida, hoje considerada sinônimo júnior de Ilyocryptus spinifer (Kotov & Dumont, 2000).

MACROTHRICIDAE
Macrothrix laticornis
Smirnov (1992) já sugeria que os registros de M. laticornis fora da região Paleártica não pertenciam a esta
espécie. Silva-Briano et al. (1999) confirmam esta hipótese e descrevem uma espécie próxima de M. laticornis
para a América do Norte.
A análise dos exemplares brasileiros presumidamente de M. laticornis mostou que eles não pertencem a esta
espécie e nem a nenhuma do seu complexo, mas pode ser identificada com Macrothrix squamosa, descrita por
Sars para o Brasil (Elmoor-Loureiro, dados não publicados). Contudo, Macrothrix squamosa é considerada
sinônimo de Macrothrix spinosa (Smirnov, 1992).
Elmoor-Loureiro (2007) considera que, até uma revisão formal M. squamosa e M. spinosa, esses dois táxons
devem ser tratados como separados, já que é mais fácil unir dados (caso se confirme que são a mesma espécie)
do que separá-los (caso se confirme que sejam diferentes).

Macrothrix mira e Macrothrix paulensis


Macrothrix mira é considerado sinônimo júnior de Macrothrix paulensis. Na Amazônia, atenção para a
diferenciação de M. paulensis e M. brandorffi, recentemente descrita por Kotov et al. (2005).

Macrothrix triserialis
Revisão feita por Dumont et al. (2002) indicou que esta espécie não ocorre no Brasil e que os exemplares assim
identificados pertenceriam a Macrothrix elegans. Na Amazônia, atenção para a diferenciação de M.elegans e
M. superaculeata; Dumont et al. (2002) julgam ser sinônimas, mas Kotov et al. (2003) fazem a distinção das
duas espécies.

CHYDORIDAE – EURYCERCINAE – atualmente, família Eurycercidae


Eurycercus
Inicialmente, somente havia registro de ocorrência de Eurycercus lamellatus no Rio Grande do Sul, mas Bekker
et al. (2010) trazem nova situação. A análise dos exemplares disponíveis do Rio Grande do Sul e do Paraná
mostrou que pertencem a uma nova espécie, Eurycercus (Bullatifrons) meridionalis, sugerindo que a
identificação prévia do Rio Grande do Sul não esteja correta.
Na planície de inundação do rio Paraná, foi descrita outra espécie, Eurycercus (B.) dumonti, mas ela foi
considerada sinônimo Junior de Eurycercus (B.) norandinus, descrita um mês antes (cf. Bekker, 2011).
Exemplares jovens, que se acredita serem de Eurycercus (Eurycercus) lamellatus, foram observados na
Amazônia.

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CHYDORIDAE – CHYDORINAE
Alonella brasiliensis e Alonella dentifera
Evidências morfológicas (Sinev et al., 2004) indicam que estas duas espécies são sinônimas e que devem ser
transferidas para os Aloninae. Esta sinonímia foi confirmada por Sousa et al (2016), que também transferiram a
espécie para um novo gênero; desse modo, o nome atual e válido é Magnospina dentifera.

Alonella lineolata
A reavaliação de exemplares desta espécie revelou que pertence a um novo gênero, membro de Aloninae.
Assim, a nova denominação é Bergamina linelolata (Elmoor-Loureiro et al., 2013).

Disparalona acutirostris
De acordo com Smirnov (1996), as ocorrências no Brasil devem ser consideradas como Disparalona
leptorhyncha.

Disparalona dadayi
De acordo com Smirnov (1996), esta espécie pertence ao gênero Alonella, portando o nome Alonella dadayi
está sendo adotado mais recentemente. O nome Phryxura dadayi, às vezes encontrado na literatura, não é
válido (ver discussão Elmoor-Loureiro, 2007).

Dunhevedia odontoplax
Não houve nenhuma mudança na taxonomia dessa espécie. Contudo, recentemente, verificou-se a ocorrência
de uma outra espécie no Brasil, Dunhevedia colombiensis (Lopes et al., 2006), o que implica na necessidade de
uma análise mais detalhada dos caracteres diferenciais dessas duas espécies.

Ephemeroporus
As espécies apresentadas no Manual não sofreram mudanças de status ou de nome. Contudo, vale salientar
que uma nova espécie foi descrita para a região central do Brasil: Ephemeroporus quasimodo Elmoor-Loureiro,
2014.

CHYDORIDAE – ALONINAE
Acroperus harpae
Sinev (2009) mostrou que A. harpae tem distribuição paleática, considerando registros fora dessa região como
pertencentes a espécies diferentes. Para o Brasil, os exemplares estudados indicam sem uma outra espécie,
Acroperus tupinamba (Sinev & Elmoor-Loureiro, 2010).

Alona
O caráter polifilético de Alona tem sido demonstrado na literatura, o que levou à redescrição do gênero a partir
da espécie tipo, Alona quadrangularis (O.F. Müller, 1776) (Van Damme & Dumont, 2008a). Na América do Sul,
apenas Alona boliviana Sinev & Coronel 2006 e Alona yara Sinev & Elmoor-Loureiro, 2010 pertencem ao
verdadeiro gênero Alona.
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A redefinição do gênero Alona tem sustentado um processo de reavaliação das espécies de Alona s.l., levando à
sua transferência para novos gêneros (Van Damme & Dumont, 2008a). Uma lista dos nomes e das espécies
válidas de Alona s.l. se encontra em Van Damme et al (2010).

Alona cambouei e Alona pulchella


Artigo de Sinev (2001a) indica as diferenças dessas duas espécies e sua distribuição em outros continentes e
não na América do Sul. Em artigo posterior (Sinev, 2001b) mostra que no Brasil ocorre Alona glabra (antes
considerada sinônimo de A. cambouei). Posteriormente, estas espécies foram transferidas para o gênero
Ovalona (Sinev, 2015). Assim, se o Manual levar à identificação de A.pulchella ou A.cambouei, muito
provavelmente será Ovalona glabra.

Alona davidi
Transferida para o gênero Leberis, atualmente com o nome de Leberis davidi (Sinev et al., 2005).

Alona incredibilis
Kotov (2003) transferiu esta espécie de gênero, passando a chamar-se Nicsmirnovius incredibilis, que parece ter
distribuição somente na região Amazônica. Uma outra espécie de Nicsmirnovius ocorre nas regiões Centro-
Oeste (Sousa & Elmoor-Loureiro, 2012) e Sul (Serafim-Júnior et al., 2016), semelhante a Nicsmirnovius
fitzpatricki, mas que ainda requer descrição formal.

Alona monacantha
Esta espécie foi transferida de gênero (Van Damme & Dumont, 2008b), agora sendo chamada de Coronatella
monacantha.
Sousa et al. (2015a), mostraram existir também Coronatella undata no Ceará e Maranhão, uma espécie muito
similar e que pode co-existir com C. monacantha.

Alona parva
Van Damme et al. (2005) transferiram esta espécie de gênero, passando a chamar-se Parvalona parva.

Alona poppei
Foi também transferida de gênero, sendo agora chamada de Coronatella poppei. Trata-se de uma espécie
descrita no Chile e estudo recente mostrou que, no Brasil, ocorre apenas no extremo sul do país (Sousa et al.,
2015a). Este trabalho também mostrou que as presumidas populações de C. poppei nas demais regiões
brasileiras pertencem a duas outras espécies: Coronatella paulinae e Coronatella serratalhadensis.

Alona quadrangularis
Segundo Van Damme & Dumont (2008a), A.quadrangularis tem distribuição Paleártica (talvez Holártica) e que
registros fora dessa região devem ser revistos. Na América do Sul, a avaliação dos exemplares mostrou a
existência de duas espécies: Alona boliviana Sinev & Coronel 2006 (nos Andes) e Alona yara Sinev & Elmoor-
Loureiro, 2010 (no Brasil).

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Alona rectangula
Esta espécie foi transferida para o gênero Coronatella (Van Damme & Dumont, 2008b). Contudo, Sousa et al.
(2015b) apontam que esta espécie não ocorre no Brasil, sendo possível que os registros de ocorrência
existentes correspondam à Alona kaingang. Sinev (2015) transferiu esta espécies para outro gênero, de modo
que atualmente é Ovalona kaingang.

Alona rustica
Sinev (2001c) mostrou a validade de Alona iheringi, descrita no Brasil e antes considerada sinônimo de A.
rustica. Pouco mais tarde, foi corrigido o nome para Alona iheringula (Kotov & Sinev, 2004). Muito
provavelmente, as identificações anteriores de A. rustica no Brasil devem ser, na verdade, de A.iheringula.
No entanto, duas outras espécies semelhantes a A.iheringula, igualmente pertencentes ao grupo costata,
também podem ser encontradas no Brasil: Alona setigera (Santos-Wisniewski et al., 2001; Sousa & Elmoor-
Loureiro, 2012) e Alona margipluma (Sousa et al 2015d).

Biapertura
Este gênero é considerado artificial (cf. Dumont & Silva-Briano, 2000) e está em desuso. Hoje, as espécies antes
consideradas em Biapertura estão em gêneros novos ou estão provisoriamente como Alona s.l.

Biapertura affinis
O complexo de espécies affinis voltou para o gênero Alona s.l., sendo que, no Brasil, é reconhecida a espécie
Alona ossiani. Se o Manual levar à identificação de B.affinis, muito provavelmente será A.ossiani.

Biapertura karua
Também é considerada como um complexo de espécies, sendo sido transferido para o gênero Karualona
(Dumont & Silva-Briano, 2000). No Brasil, Sinev & Hollwedel (2005) reconhecem a espécie Karualona mülleri.
Eu tenho conferido as amostras que possuo e verifico a mesma coisa.

Biapertura intermedia
Em razão do desuso do gênero Biapertura, é conveniente trata-la dentro de Alona s.l., onde foi originalmente
descrita. Contudo, estudo recente mostrou que os exemplares tidos como Alona intermedia no Brasil
pertencem a duas espécies diferentes dessa (Sousa, 2016).

Biapertura verrucosa
Atualmente, é considerada como pertencente ao gênero Anthalona (Van Damme et al., 2011). É uma espécie
neotropical, de ocorrência em todo o Brasil. No entanto, pode co-ocorrer com outras espécies do gênero:
Anthalona brandorffi, Anthalona acuta e Anthalona neotropica (Sousa et al, 2015c). Estas espécies são muito
similares no aspecto geral, diferindo em detalhes da morfologia; por este motivo é preciso cuidado na
identificação dos exemplares.

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Kurzia latissima
Na região do Distrito Federal, forama verificados que indivíduos originalmente identificados como K. latissima,
pertenciam a Kurzia polyspina (Elmoor-Loureiro, 2002). É possível que isso ocorra também em outras regiões
do país.

Leydigia
Com base em Kotov (2009), as espécies que se tem certeza de ocorrer no Brasil são: Leydigia cf. ipojucae
Brehm, 1938 e Leydigia cf. striata Birabén, 1939. Os registros de Leydigia ciliata na América do Sul devem se
referir a L. cf. striata, assim como o registro de Leydigia propinqua em Pernambuco.
Os “cf” significam apenas que não se tem o exemplar tipo para comparação, mas que o autor acredita estar
tratando do mesmo taxon.
Kotov considera a espécie Leydigia schubarti como incertae sedis, em razão de não haver material tipo nem
exemplares coletados posteriormente, além da descrição da espécie ser muito vaga.

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Atualização taxonômica - Manual de Identificação de Cladóceros Límnicos do Brasil, Lourdes M. A. Elmoor-Loureiro, julho/2016
Van Damme, K., A.Y. Sinev & H.J. Dumont. 2011. Separation of Anthalona gen.n. from Alona Baird, 1843
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Zootaxa 2875: 1-64.

Atualização taxonômica - Manual de Identificação de Cladóceros Límnicos do Brasil, Lourdes M. A. Elmoor-Loureiro, julho/2016

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