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FACULDADE PROJEÇÃO

CURSO: ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: CÁLCULO 1
PROFESSOR Dr.: ANTONIO JOSÉ DA SILVA JUNIOR

2020/2º semestre
Ementa do curso
• Funções de uma variável;
• Limites, Continuidade e derivada de uma função de
uma variável;
• Regras de Derivação; Derivação Implícita;
• Máximos e Mínimos;
• Construção de Gráficos;
• Retas tangentes, velocidades e acelerações;
• A interpretação geométrica do conceito de derivada
em gráficos ;
• Aplicações do conceito de derivada :
• taxas de variação ; Aplicações na física. Fórmula de
Taylor;
• Regra de L´Hôpital;
Referências
• MUNEM, Mustafa A.; FOULIS, David
J. Cálculo volume 1. L.T.C, 2015.
• LEITHOLD, Louis. O Cálculo com Geometria
Analítica [v.1]. Harbra, 1994.
• AVILA, G.; Araujo. Cálculo: ilustrado, prático
e descomplicado. LTC
• FLEMMING, Diva Marília. Cálculo A. 6 ed.
São Paulo: Pearson Makron Books, 2006.
• THOMAS, George B. Cálculo. 12 ed. São
Paulo. Vol 1. Addison Wesley, 2012.
• ROGAWSKI, Jon. Cálculo vol 1. São Paulo:
Bookman Companhia, 2008.
• HUGHES-HALLET, Deborah. Cálculo a uma
e a várias variáveis vol 1. 5 ed. LTC, 2011.
Aulas 01 e 02 - Funções

Definição de função, representação de


funções, função crescente e
decrescente, função linear , polinomial,
racionais e algébricas
Definição de Funções
• Dados A e B dois conjuntos de ℝ:
Uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é uma relação ou
correspondência que a cada elemento de A
associa um único elemento de B.

• As funções servem para descrever o


mundo real em termos matemáticos.
Domínio e Imagem
• Seja f uma função real.
O conjunto de todos os 𝑥 ∈ ℝ que satisfazem
a definição da f é chamado domínio da f e
denotado por D( f
. )

O conjunto de todos os y∈ℝ tais que


• y = f (x), onde x  D( f ), é chamado imagem
da f e denotado por .
Im( f )

• x f f ( x)
entrada saída
• (Domínio ) (Imagem)
Idéia de função

2 f ( x) = x 2

2
4
x9
3
x
Idéia de função

1
1
f ( x) =
2 x
3 11
1 52
3
5

0
Exemplos
1) f ( x) = 2 x  D( f ) = Im( f ) = R
2) f ( x) = x  D( f ) = R e Im( f ) = [0, +)
2

1
3) f ( x) =  D( f ) = Im( f ) = R *
x

4) f ( x) = 4 − x  D( f ) =  x  R ; x  4
e Im( f ) = [0, +)
1
5) f ( x) = 2  D( f ) = R − 1, −1 ,Im( f ) = R *

x −1
Plano Cartesiano

• O plano cartesiano é o conjunto de todos


os pares ordenados( x, y) de números reais
tal que: 𝐴𝑥𝐵 = 𝑥, 𝑦 Τ𝑥 , 𝑦 ∈ ℝ
3
•O plano cartesiano é
2
representado por
duas retas 1 90º
numéricas reais que
-3 -2 -1 0 1 2 3
se interceptam a um -1
ângulo de 900.
-2

-3
Plano Cartesiano
• O plano cartesiano é utilizado
como sistema de referência para y (Eixo das ordenadas)
localizar pontos em um plano. 4

3
2o quadrante 1o quadrante
2
(II) (I)
1 Origem
(Eixo das abscissas)
x
-3 -2 -1 0 1 2 3
-1
3o quadrante 4o quadrante
-2
(III) (IV)
-3
-4
Plano Cartesiano
• A forma geral de um y
B (-2, 4) 4
par ordenado é:
A (2, 3)
(abscissa,ordenada). 3

A (2, 3) 1

B (-2, 4) E (2, 0)

C (-3, -2)
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x

-1

D (1, -3) F (0, -1)


-2
E (2, 0) C (-3, -2)
F (0, -1)
-3
D (1, -3)
-4
Gráfico de uma função

• O gráfico de uma função y = f (x) é o


seguinte subconjunto do plano x0y
G ( f ) = ( x, f ( x) ) ; x  D( f )

variável variável

independente dependente

Gráficos de funções

• 1) y y = 2x
• x f ( x)
0 0
• 2 1 2

0 x
1
Exemplos

• 2) y y = x2
• x f ( x)
4 −1 1
0 0
1
1 1
0 x
• 2 4
−1 1 2
Função do 1 º grau ou Afim

• Esta função é definida por:


f ( x) = a . x + b
a, bR
• onde . Notemos que:
D( f ) = Im( f ) = R
• 1)
a
2) b é chamado coeficiente angular
3) é o coeficiente linear
Gráfico da função afim

4) Uma função afim f ( x) = a . x + b pode ser


determinada se dois de seus valores são
conhecidos.
Exemplo: Dados f (1) = 12 e f (2) = 14 temos

a + b = f (1) = 12
  a = 2 e b = 10
2.a + b = f (2) = 14

Logo f ( x) = 2. x + 10.
Gráfico de uma função afim

• 5) O gráfico é uma reta que passa pelos


pontos P = (0, b) e Q = ( −b / a)

f (0) = b, f (−b / a) = 0
•a ou seja,
0eb0 . Logo, se temos
y
y = a.x + b (a  0, b  0)

P
x
Q
Função do 1º grau ou Afim

• 6) Além disso comof (1) = a .1 + b = a + b vale


f (1) − f (0)
= a +b−b = a
1− 0
x1 , x2  R com x1  x2
• De um modo geral para
f ( x1 ) − f ( x2 ) a.x1 + b − (a.x2 + b) a.( x1 − x2 )
= = =a
x1 − x2 x1 − x2 x1 − x2
taxa de variação
Casos especiais

• Sejaf ( x) = a . x + b

a
• 1. Se = 0 entãof ( x ) = b (constante)

a0 b=0 f ( x) = a.x


• 2. Se a = 1 e então (linear)
• Para temos a função identidade.
Gráficos dos casos especiais

• 1. Função afim Constante:y = f ( x) = b



y =b0

y =b=0
y =b0
Gráficos dos casos especiais

• 2. Função linear:y = f ( x) = a.x


y

y = a.x (a  0)

y = a.x (a  0)
Gráficos dos casos especiais

• Função Identidade: y = f ( x) = x
y
y=x

a =1 e b = 0

x
Função Quadrática

• Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ com a  0. A função

• 𝑓: ℝ → ℝ tal que, para ( )


f x = ax 2
+ bx + c

• todo 𝑥 ∈ ℝ , é chamada função


quadrática ou função polinomial do
segundo grau.
Atividade 1

• Em cada uma das funções quadráticas


• definidas abaixo, determine seus
• coeficientes.
a) ( ) = − 4 x + 5 b) f ( x ) = −2 x 2 − 5 x + 4
2
f x 2 x

c) f ( x ) =  − 4 x + 3 x 2
d) f ( x ) = −4 x + 2 x 2

f ( x ) = −2 x − 5
• e)
2
f) f ( x) = x
3 2
4
Gráfico de uma função
quadrática

• Sendo
𝑓: ℝ → ℝ uma função quadrática

• definida porf ( x ) = x , esboce o seu gráfico.


2
Gráfico de uma função
quadrática
Para resolver este problema, vamos,

inicialmente, construir uma tabela,

escolhendo alguns valores para x e

encontrando os correspondentes para y .

Desta forma, determinaremos pares

ordenados ( x , y ) .
Gráfico de uma função
quadrática
x y=x 2
( x, y )
−4 16 ( −4,16 )
−3 9 ( −3,9 )
( −2, 4 ) • •
−2 4
−1 1 ( −1,1)
0 0 ( 0, 0 ) • •
1 1 (1,1)
2 4 ( 2, 4 ) • •
3 9 ( 3,9 ) • •
4 16 ( 4,16 ) •
Gráfico de uma função
quadrática

• Sendo𝑓: ℝ → ℝ uma função quadrática

• definida por f ( x ) = x 2 + 1, esboce o seu

• gráfico.
Gráfico de uma função
quadrática
x y = x +1
2
( x, y )
−4 17 ( −4,17 )
−3 10 ( −3,10 ) •

−2 5 ( −2,5)
−1 2 ( −1, 2 ) • •
0 1 ( 0,1)
1 2 (1, 2 )
2 5 ( 2,5 ) • •
3 10 ( 3,10 ) • •

4 17 ( 4,17 )
Gráfico de uma função
quadrática

• Sendo 𝑓: ℝ → ℝ uma função quadrática

• definida porf ( x ) = x 2 − 1 , esboce o seu

• gráfico.
Gráfico de uma função
quadrática
x y = x −1
2
( x, y )
−4 15 ( −4,15)
−3 ( −3,8) • •
8
−2 3 ( −2,3)
−1 0 ( −1, 0 ) • •
0 −1 ( 0, −1)
1 0 (1, 0 )
• •
2 3 ( 2,3)
3 8 ( 3,8) • •

4 15 ( 4,15 )
Gráfico de uma função
quadrática

• Sendo 𝑓: ℝ → ℝ uma função quadrática

definida por f ( x ) = − x 2 ,esboce o seu gráfico.


Gráfico de uma função
quadrática
x y = −x
2
( x, y )

−4 −16 ( −4, −16) • •
−3 −9 ( −3, −9)
• •
−2 −4 ( −2, −4)
−1 −1 ( −1, −1)
0 0 ( 0, 0 ) • •
1 −1 (1, −1)
2 −4 ( 2, −4)
3 −9 ( 3, −9) • •
4 −16 ( 4, −16)
Ponto Importante do Gráfico

• O vértice V = ( x , y )
v v

xv =
−b −
2a
yv =
4a

xv
yv •
V = ( xv , yv )
Funções Crescentes e
Decrescentes
• Uma função f : R → R é dita crescente, se
• x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )

• Uma funçãof : R → R é dita decrescente,


se
• x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )
Exemplo

• Função afim:f ( x) = ax + b

y
a0
y
a0
f ( x2 )
f ( x1 ) f ( x1 )
f ( x2 )

x2 x1 x x2 x1 x
decrescente
crescente
Função Sobrejetora

A f B

f :A→B
f é sobrejetora y  B,  x  A talque f ( x) = y
Exemplo
1) f : → ; f ( x) = 3 x − 1

y Note que o gráfico nos fornece
f
Im( f ) = e CD( f ) =

Logo, Im( f ) = CD( f )


1 x
−1 3

 f é sobrejetora
Exemplo
• 2) f : → ; f ( x) = x 2
y Note que o gráfico nos fornece
f
Im( f ) = + e CD( f ) =

Logo, Im( f )  CD( f )


x
 f não é sobrejetora
Exemplo

•3) f : → + ; f ( x ) = x 2

y Note que o gráfico nos fornece


f
Im( f ) = + e CD( f ) = +

Logo, Im( f ) = CD( f )


x
 f é sobrejetora
Função Injetora


A f B

f :A→B
f é injetora  x1 , x2  A, se x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )
Ou equivalentemente, se f ( x1 ) = f ( x2 )  x1 = x2 .
Esta definição é mais prática para os cálculos.
Exemplo
y
1) f : → ; f ( x) = x 3

f ( x2 ) = f ( x1 )  x13 = x23  x13 − x23 = 0


 ( x1 − x2 )( x12 + x1 x2 + x22 ) = 0
x
 x1 − x2 = 0  x1 = x2
 f é injetora
Exemplo

• 2) f : → ; f ( x) = x
2

y Sendo −2 = x1  x2 = 2, temos
f 4 = (−2) = f ( x1 )
2
= f ( x2 ) = 2 2
=4
 f não é injetora.

Pode-se mostrar a
injetividade de uma função
x graficamente . Basta traçar retas
horizontais no plano cartesiano
se uma reta tocar o gráfico em dois
pontos, então f não é injetiva
Exemplo
3)
• f : + → + ; f ( x ) = x 2

y
Sejam x1, x2  R+ e
f ( x1 ) = f ( x2 )  x12 = x2 2
 x1 = x2 já que x1 , x2  R+
 f é injetora
Função Bijetora


A f B

f : A → B é bijetora  f é sobrejetora e injetora


Ou ainda:
f é bijetora:  Im f ( x) = contradomínio B
x1, x2  A, se x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )
Exemplo
1) f : → ; f ( x) = 3 x − 1

y Sabemos que f é sobrejetora pois
f I m( f ) = CD( f ) =
Note que x1, x2  temos:
x1  x2  3x1  3x2  3x1 − 1  3x2 − 1
 f ( x1 )  f ( x2 )
1 x Logo f é injetora
−1 3
Como f é sobrejetora e injetora
 f é Bijetora
Exemplo
2)
• f : + → + ; f ( x ) = x 2

y Sabemos que f é injetora


f
Pois x1, x2  temos
x1  x2  x12 = f ( x1 )  f ( x2 ) = x22
E como Im( f ) = CD( f ) = + temos que

x f é sobrejetora
Como f é sobrejetora e injetora
 f é Bijetora
Função Par

• f : A → B talque f ( x) = f ( − x) x  A

Exemplos
y
1) f : → ; f ( x) = x é par pois

f (− x) = − x = x = f ( x) x  f

Obs.: O gráfico de f é simétrico


em relação ao eixo y. x
2) f : → ; f ( x) = x 2 − 1 é par pois,

f (− x) = (− x)2 − 1 = x 2 − 1 = f ( x) x 

y
Obs.: O gráfico de f é simétrico
em relação ao eixo y. f

x
Função Ímpar

• f : A → B talque f (− x) = − f ( x) x  A

Exemplos
1) f : → ; f ( x) = x é ímpar pois,
3 y
f
f (− x) = (− x) = − x = − f ( x) x 
3 3

Obs.: O gráfico de f é simétrico


0 x
em relação à origem.
2) f : → ; f ( x) = x é ímpar pois,

f (− x) = − x y

− f ( x) = − x
f
Logo,
f (− x) = − f ( x) x 
x
0
Obs.: O gráfico de f é simétrico
em relação à origem.
Função que não é nem par e
nem Ímpar
f •: → ; f ( x) = x 2 + x
f (− x) = (− x)2 + (− x) = x 2 − x x  y
− f ( x) = −( x 2 + x) = − x 2 − x x  f
 f ( x)  f (− x) e
f (− x)  − f ( x) x 

Obs.: O gráfico de f não é simétrico


0
x
nem em relação à origem,
nem em relação ao eixo y.

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