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AULA 5
ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO
3
Gestão da Qualidade do ar
Esses objetivos indicam a natureza das amostras (dados) que serão coletadas nas estações,
entretanto, quando analisados, observa-se que, raramente, os pontos de monitoramento
atenderão mais do que dois ou três objetivos. Por isso, é necessário priorizar os objetivos, com a
finalidade de melhor selecionar os locais de monitoramento mais representativos para atendê-
los, bem como obter dados de qualidade adequada.
⁴ Concentração de fundo ou background – É definido como sendo uma concentração teoricamente natural de uma
substância ou elemento em uma amostra, considerando as variáveis temporal e espacial da área sob investigação.
5 Poluentes Secundários – São poluentes resultantes da reação dos poluentes primários (contaminantes diretamente emitidos
pelas fontes para o ambiente) com substâncias presentes na camada baixa da atmosfera e frações da radiação solar.
4
Gestão da Qualidade do ar
III
Considerar as restrições peculiares identificadas em cada
local impostas pelos aspectos da topografia, pela meteorologia
e por outras fontes de emissões existentes na área. Esses
aspectos deverão ser documentados.
6 Altura do nível do solo – É utilizada uma altura de 2 metros, que representa a altura dos receptores principais (população).
5
Gestão da Qualidade do ar
6
Gestão da Qualidade do ar
A escolha dos tipos de equipamentos de medição deve levar em consideração, além dos
padrões legais a serem atendidos, os recursos necessários para sua aquisição, as certificações
obtidas pelos mesmos, a operação, manutenção e a funcionalidade dos equipamentos.
Depende diretamente, também, dos objetivos da medição, tais como: atendimento aos
padrões legais, controle dos processos poluidores, comparação de métodos diferentes de
medição, avaliação das ações de controle estabelecidas, avaliação da exposição aos poluentes,
avaliação da deposição de poluentes na flora e fauna, dentre outras.
Quadro 7: Parâmetros medidos, a faixa de medição e o limite de detecção de equipamentos contínuos de qualidade do
ar existentes no mercado atualmente.
NO-NO2-NOx
Parâmetro Medido 03 CO/CO2 S02/H2S/ TRS BTEX HC Total NO2 Hg PM10/ PM2.5
NH3
0-50 0-10
Faixa de Medição (ppm) 0-1/0-10 0-1/0-10 0-1/0-10 Max. 1 0-1 0-10 -
0-100 0-1000
- - - - - - - - 0,5
Limite de Detecção (µg/m³)
(/24h)
7
Gestão da Qualidade do ar
Esses equipamentos apresentam níveis de detecção mais altos e uma influência muito maior de
interferentes em relação aos monitores eletrônicos contínuos, sendo também de menor custo.
Equipamentos passivos
Os equipamentos passivos funcionam através de difusão molecular durante um período de
tempo previamente definido e posterior análise em laboratório.
Microssensores
Os microssensores integrados consistem em sensores eletroquímicos desenvolvidos
recentemente com o avanço da nanotecnologia, aliada à utilização de algoritmos (Figura 31).
Esse tipo de circuito eletrônico permite medir e traduzir as menores variações nos níveis de
concentrações de um poluente específico, no qual a confiabilidade da medição é obtida
limitando o efeito das variações de umidade e usando um filtro de entrada de ar específico,
combinado ao sistema dinâmico de amostragem de ar.
Esse tipo de sensor está sendo utilizado largamente na Europa, paralelamente à utilização
dos analisadores contínuos certificados por agências reconhecidas (acreditadas). A utilização
em paralelo é em função dos mesmos só terem obtido, até o momento, certificações das
diretivas europeias. No Quadro 8 pode-se observar alguns tipos de poluentes analisados por
microssensores.
Quadro 8: Poluentes analisados por microssensores
Parâmetro Medido O3 / NO2 NO2 CO NH3 SO2 nmVOC H2S/ CH4S PM10/ PM2.5
Resolução (µg/m³) - - - - - - - 10 a
1.000
500/
Limite de Detecção (ppb) 20 20 50 500 50 10 N/A
200
8
Gestão da Qualidade do ar
Bioindicadores
Refere-se à utilização de seres vivos (flora e fauna) na avaliação da qualidade do ar, sendo
métodos complementares aos métodos físico-químicos.
9
Gestão da Qualidade do ar
Das 12 Unidades Federativas que realizam monitoramento, somente 7 (CE, DF, ES, GO, MG, RJ
e SP) disponibilizam os dados pela internet, o que corresponde a 26% dos estados brasileiros.
Com relação aos relatórios de qualidade do ar, tem-se que somente 6 estados (DF, ES, GO, RJ,
RS e SP) publicaram informações atualizadas nos últimos 4 anos, o que corresponde apenas a
22% das Unidades Federativas. O quadro 9 e a Figura 32 sintetizam as informações obtidas a
partir de consulta aos órgãos gestores de cada Unidade Federativa.
10
Gestão da Qualidade do ar
Quadro 9: Síntese das informações disponíveis sobre qualidade do ar no Brasil em 2019, conforme
informado pelos órgãos ambientais estaduais
Superintendência Estadual do
CE
Meio Ambiente - SEMACE
https://www.semace.ce.gov.br Sim Sim Não
Superintendência de
PB Administração do Meio https://www.semas.pb.gov.br Não Não Não
Ambiente - SUDEMA
1 Dados ou Instituto
relatórios disponíveis
Ambiental a partir- de 2015 (ou mais recentes), foram considerados como “Sim”.
do Paraná
PR
2 Os estados do Paraná
http://www.lap.pr.gov.br Sim Sim Não2
IAP e Minas Gerais elaboraram e divulgaram relatórios anuais de qualidade Os estados
do Paraná e Minas Gerais elaboraram e divulgaram relatórios anuais de qualidade do ar da Região
Metropolitana de Curitiba e da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2001 e 2013, respectivamente. Esses
relatórios não foramEstadual
Agência considerados
de Meioneste estudo, pois não estão atualizados.
PE
Ambiente - CPRH
http://www.cprh.pe.gov.br Sim Não Não 11
Superintendência de
PB Administração do Meio https://www.semas.pb.gov.br Não Não Não
Ambiente
Gestão da Qualidade do ar - SUDEMA
Instituto de Desenvolvimento
RN Sustentável e Meio Ambiente http://www.idema.rn.gov.br Não Não Não
do Rio Grande do Norte - IDEMA
Secretaria do Estado de
RO Desenvolvimento Ambiental - http://www.sedam.ro.gov.br Não Não Não
SEDAM
Total 12 7 2
Elaboração: MMA
1 Dados ou relatórios disponíveis a partir de 2015 (ou mais recentes), foram considerados como “Sim”.
2 Os estados do Paraná e Minas Gerais elaboraram e divulgaram relatórios anuais de qualidade do ar da Região
Metropolitana de Curitiba e da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2001 e 2013, respectivamente. Esses
relatórios não foram considerados neste estudo, pois não estão atualizados.
12
Gestão da Qualidade do ar
13
Gestão da Qualidade do ar
RR
AP
AM
PA
MA CE
RN
PB
PI
PE
AL
AC TO
RO SE
BA
MT
DF
GO
MG
MS ES
SP
RJ
PR
SC
Legenda
RS
Estação de monitoramento
Limite estadual
Elaboração: MMA
Figura 34: Distribuição das estações de monitoramento no Brasil por região geográfica.
MG
MT
ES DF
GO
RJ MS
SP
PR
MA CE
RN
PB
PI PE SC
AL
SE
RS
BH
Legenda
Estação de monitoramento
Limite estadual
Elaboração: MMA
14
Gestão da Qualidade do ar
RJ 140 18
SP 87 15
MG 52 17
ES 52 17
PR 17 12
MS 4 8
PE 4 12
BA 14 11
DF 6 2
RS 5 8
GO 2 1
CE 1 6
Estações Poluentes
Elaboração: MMA
33
10%
84
24%
230
66%
Destes, 9 poluentes (PTS, MP10, MP2,5, SO2, NO2, O3, CO, Pb e FMC) são regulados pela
Resolução Conama nº 491/2018. Dos poluentes elencados nesta resolução, apenas o Pb, de
forma destacada, não aparece relacionado no monitoramento dos 12 estados.
Os poluentes mais comumente monitorados nesse grupo são as partículas inaláveis (MP10
e MP2,5), o Ozônio, as Partículas Totais em Suspensão e os Óxidos de Nitrogênio, sendo o
MP10 presente em 241 estações, ou seja, em 69% das estações de monitoramento, conforme
demonstrado no gráfico 7.
O poluente MP2,5, que começou a ser regulado a nível nacional apenas com a publicação da
Resolução Conama nº 491/2018, é monitorado em apenas 90 estações (26% do total). Dentre
todos os poluentes atmosféricos, os materiais particulados (MP) são os que causam os efeitos
mais nocivos sobre a saúde⁷. Esses poluentes se caracterizam como uma mistura complexa
de sólidos com diâmetro reduzido, cujos componentes apresentam características físicas e
químicas diversas. Em geral, o material particulado é classificado de acordo com o diâmetro das
partículas, devido à relação existente entre seu diâmetro e a possibilidade de penetração no
trato respiratório. As partículas de MP10 (diâmetro menor que 10 micrômetros) e MP2,5 (diâmetro
menor que 2,5 micrômetros) incluem partículas inaláveis que são pequenas o suficiente para
penetrar na região torácica do sistema respiratório.
Gráfico 7: Quantidade de estações em que cada poluente é monitorado.
MP10 241
O3 149
PTS 147
NOx 126
NO2 126
SO2 113
CO 110
NO 107
MP2.5 90
HCT 49
HOnM 36
CH4 36
TOL 25
BEN 24
Orto Xil 10
M e P Xileno 10
FMC 10
Etil Benz 10
H2S 9
ERT 7
NH3 6
XIL 5
SOx 4
BTEX 2
FORMAL 1
ACETAL 1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250
Elaboração MMA
Das 12 UFs que monitoram a qualidade do ar, somente 5 estados (ES, MG, MS, RJ e SP)
monitoram MP10 e MP2,5 simultaneamente; enquanto BA, CE, DF, PE, PR e RS monitoram somente
o poluente MP10; e o estado de Goiás não monitora nenhum dos dois poluentes em sua rede
estadual.
Elaboração: MMA
O Gráfico 8 possibilita uma visão geral das redes de monitoramento em operação no Brasil,
demonstrando os municípios, a quantidade de estações e a quantidade de diferentes poluentes
monitorados por Unidade Federativa. Os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo concentram
66%, das estações de monitoramento, sendo que o Rio de Janeiro possui o maior número de
estações (140), distribuídas em 27 municípios, monitorando 18 tipos diferentes de poluentes.
Já o estado de São Paulo cobre uma maior quantidade de municípios (43), porém com menor
quantidade de estações de monitoramento (87) e de poluentes (15), em comparação com o
estado do Rio de Janeiro.
17
Gestão da Qualidade do ar
200
180
18
160
140 15
120
100 140
87
80 17
60
52
40
17 12
11
20 43
52 17 8
27 12 14
18 8 2 5
7 6 1 6
0 7 4
1
4
2
6
1 5
2
1 1
1
RJ SP MG ES PR MS PE BA DF RS GO CE
Elaboração: MMA
Em relação aos poluentes monitorados nas 347 estações, a maioria monitora apenas 1 poluente
(97 estações, ou 28%) ou 2 poluentes (86 estações, ou 25,0%), conforme pode ser visualizado no
Gráfico 9.
1
17
4
16
5
15
2
14
6
12
4
11
9
10
6
9
28
8
20
7
30
6
19
5
11
4
19
3
86
2
97
1
0 24 48 72 96 120
Elaboração: MMA
18
Gestão da Qualidade do ar
Dos 121 municípios que possuem estações de monitoramento da qualidade do ar, Rio de
Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), com 46 e 23 respectivamente, são os municípios que possuem a
maior quantidade de estações (66% das 347 em operação), seguidas de Volta Redonda (RJ) com
12, Belford Roxo (RJ) e Itaguaí (RJ) com 8, conforme apresentado no Gráfico 10.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Rio de Janeiro 46
São Paulo 23
Volta Redonda 12
Bolford Roxo 8
Itaguaí 8
Elaboração: MMA
70
60
50
1
62
40
30
1
20
1
10 17 12 14 3 2 2
6
0 4 5 6 7 8 12 23 46
1 2 3
Elaboração: MMA
19
Gestão da Qualidade do ar
Outro aspecto relevante a partir da análise realizada é que, mesmo havendo 17 municípios
com população acima de 1 milhão de habitantes (22% da população total), apenas 8 desses
municípios (47%) dispõem de estação de monitoramento da qualidade do ar (Quadro 10).
Quadro 10: Redes de monitoramento nos municípios com mais de 1 milhão de habitantes
Possui rede de
Posição Município Unidade Federativa População
monitoramento
Elaboração: MMA
20
Gestão da Qualidade do ar
Considerando a análise apresentada pelos relatórios dos estados de SP, RJ, ES, DF, RS e GO,
é possível constatar uma tendência de melhoria da qualidade do ar nessas localidades; porém,
ainda é possível observar, por exemplo, a ultrapassagem do padrão para o poluente ozônio,
tanto em zonas urbanas quanto em regiões industrializadas.
Importante
É importante destacar que este levantamento não avaliou a conformidade dos
dados quanto à certificação dos equipamentos, rastreabilidade das calibrações e
validação de dados.
Em fevereiro de 2020, a ONU - Meio Ambiente, juntamente com a ONU - Habitat e a empresa
IQAir lançaram a maior plataforma de dados da poluição do ar do mundo8. A Plataforma esta
que reúne dados de poluição do ar em tempo real de mais de 4.000 colaboradores - incluindo
cidadãos, comunidades, governos e setor privado. Esta plataforma tem como objetivo sanar a
lacuna de informações, analisar a poluição do ar e aumentar a conscientização da população.
Devido ao elevado custo dos equipamentos utilizados, é importante que seja usado o menor
número (porém suficiente) de estações, que forneçam os dados desejados e com um nível de
confiança aceitável.
A turbulência depende, por sua vez, fundamentalmente, da energia recebida do sol, que varia
muito ao longo do dia, dependendo também da cobertura de nuvens, época do ano etc.
A partir do inventário de emissões e dos dados meteorológicos locais, pode-se então trabalhar
com os modelos matemáticos de dispersão, que permitem predizer a concentração dos
poluentes à altura do nível do solo⁹.
Importante
Ao se determinar a viabilidade técnica de um determinado local para a instalação de
uma estação de monitoramento do ar, deve-se considerar sua representatividade, em
função de sua exposição aos poluentes e combinações de condições meteorológicas
e topográficas, assim como obstáculos locais. Esta etapa inclui a fase de modelagem
matemática e a visita a campo para a escolha do local a ser instalada a estação.
A exposição ou o impacto provocado num local dependem fundamentalmente da
posição relativa entre o local e as fontes emissoras, assim como dos efeitos do relevo
do terreno e, até‚ da presença de prédios ou grandes estruturas.
A localização dos receptores humanos também é extremamente importante, e
pode modificar a localização de uma estação, em especial se existem receptores
críticos tais como hospitais, creches, escolas etc.
9 Altura do nível do solo – É utilizada uma altura de 2 metros, que representa a altura dos receptores principais
(população)
22
Gestão da Qualidade do ar
O número de estações necessárias pode ser afetado pela diversidade do terreno, regimes
meteorológicos existentes e presença de receptores sensíveis.
Podem existir, também, restrições em relação aos recursos monetários e humanos existentes
e ao nível de confiança estatística desejada nos resultados.
A escala espacial que se deseja representar também deve ser analisada. As escalas podem
ser divididas nas seguintes categorias:
Escala regional
Compreende medição da concentração de poluentes típicos de grandes áreas rurais de
geografia relativamente homogênea e que se estendem por dezenas ou, até‚ centenas de
quilômetros.
Escala urbana
Representa as concentrações de uma cidade com escala de dezenas de quilômetros. Em
geral, são necessárias várias estações para se poder obter valores realmente representativos.
Escala de vizinhança ou bairro
Define a concentração de uma área correspondente a um bairro ou bairros, com o uso do solo
relativamente uniforme ou homogêneo. As dimensões normais deste tipo de categoria são de
um a vários quilômetros.
Escala média
Geralmente define estudos com áreas de dimensões de dezenas e centenas de metros. Esta
escala compreende estudos relativos a estradas e ruas, assim como a avaliação das emissões
fugitivas de unidades industriais.
Microescala
Compreende estudos de pequena escala, com dimensões de até dezenas de metros.
As escalas temporais das medições dos poluentes basicamente são definidas pela legislação.
Porém, dependendo do instrumento disponível‚ frequentemente é de interesse medir as
variações das concentrações com escala temporal mais detalhada do que a exigida pela
legislação.
23
Gestão da Qualidade do ar
Micro 2 a 3,5
CO
Demais escalas 2a5
SO2
O dobro da altura do
03 >10 obstáculo da sonda de
amostragem
Todas as
2a5
escalas
NO2
MP10/ MP 2,5
Fonte: MMA, 2020 - adaptado de EPA, CRF 40, Part 58, Appendix E¹⁰
Em qualquer modelo de gestão adotado, a qualidade dos dados deve ser garantida pelos
órgãos ambientais competentes.
Etapa III
Etapa I Etapa II
Operação/
Projeto Implantação
manutenção
1. Definição dos objetivos da rede de 1. Definição do ponto exato de cada 1. Determinação da equipe de trabalho
monitoramento estação (equipes de Operação/Calibração/ Manu-
tenção/Tratamento e Análise de dados/
2. Priorização dos objetivos 2. Definição do modelo de estação a ser Comunicação)
implantada
3. Determinação dos parâmetros 2. Elaboração do Plano de Calibração
3. Definição da empresa para implanta- (Determinação dos métodos e frequên-
4. Seleção dos locais de monitoramento ção/ construção das estruturas cias de calibração)
(Modelagem/Visita técnica a campo/
Entrevistas/Avaliação de segurança 4. Definição dos fornecedores dos 3. Elaboração do Plano de Controle de
patrimonial/ Verificação da existência de equipamentos para aquisição Qualidade
energia elétrica)
5. Determinação da metodologia de 4. Determinação dos procedimentos de
5. Seleção das metodologias a serem coleta e armazenamentos de dados processamento e análise de dados e
utilizadas elaboração de relatórios (Análise e trata-
6. Definição da data de Start-UP mento de dados)
6. Seleção de fornecedores
5. Elaboração do Plano de Manutenção
7. Obtenção de orçamento para aquisição Preditiva/Preventiva/ Corretiva (méto-
dos equipamentos e infraestrutura dos, rotinas e frequências de manuten-
ções)
25
Gestão da Qualidade do ar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MMA, Ministério do Meio Ambiente. Guia técnico para o monitoramento e avaliação da qualidade
do ar. Brasília: MMA, 2020. 136 p.
26
MÓDULO II - GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
AULA 6
CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DA QUALIDADE DO AR
27
Gestão da Qualidade do ar
Tome nota
Além dessas, outros países também possuem agências que acreditam equipamentos de
monitoramento da qualidade do ar. A figura 36 apresenta algumas agências regulamentadoras
no mundo. No Brasil, apenas amostradores manuais e semiautomáticos são acreditados pela
RBC – Rede Brasileira de Calibração.
Figura 36: Algumas agências certificadoras no mundo.
• Limite de detecção;
1 1 Zero - é a medição do ponto zero do equipamento. Esta medida permite determinar o desvio ocorrido
neste ponto, entre as duas últimas calibrações.
1 2 Zero-Ref. - função dos monitores de poluentes que permite realinhar o valor medido para o ponto zero,
no valor teórico do “0”.
1 3 Span - concentração do gás padrão para calibração de cada monitor específico para o poluente
correspondente.
1 4 In situ – É uma expressão do latim que significa “no lugar” ou “no local”
29
Gestão da Qualidade do ar
Tome nota
Incerteza de medição
Estimativa associada a um valor de medição, que caracteriza a faixa de valores dentro da qual
o “verdadeiro valor” é assegurado estar, com um nível de confiança especificado.
Precisão
Proximidade de concordância entre resultados de teste mutuamente independentes obtidos
sob condições prescritas. É medida pela imprecisão, pelo desvio padrão de repetibilidade ou
pelo desvio padrão de reprodutibilidade, conforme o caso.
Repetibilidade
Proximidade de concordância entre resultados de sucessivas medições da mesma
característica, sujeitas às condições: mesmo procedimento de medição, mesmo observador
(analista), mesmo instrumento de medição, usado nas mesmas condições, mesmo lugar, e em
curto intervalo de tempo.
Reprodutibilidade
Proximidade de concordância entre resultados de medição da mesma característica, onde as
medições foram realizadas em condições diferentes, como: princípio ou método de medição,
observador (analista), instrumento de medição, lugar, condições de uso e tempo.
O quadro 12 apresenta especificações técnicas de um analisador contínuo certificado por uma
agência acreditada, exemplificando algumas especificações técnicas analisadas pela agência
reguladora.
Especificações Técnicas
30
Tempo de resposta Response time 20-120 sec (programmable)
Desviodo
Gestão da Qualidade doarZero Zero drift <1 ppb/24h
Os anexos de “A” a “I”, desse mesmo Guia Técnico, apresentam os Métodos de Referência e
os critérios para definição de Métodos Equivalentes, com base nos parâmetros adotados pelas
agências certificadoras. O fluxograma 2 apresenta o fluxograma do processo de certificação
demonstrando a sequência e interação das atividades no processo.
1 5 https://www.envea.global/design/medias/AF22e_SO2_air_quality_analyzer_e-Series_EN_1019.pdf
31
Gestão da Qualidade do ar
O comitê encaminha
para revisão
Sim
A agência cria um
A agência publica
certificado para o
o certificado do
equipamento
equipamento
testado.
A agência assina e
emite o certificado.
Elaboração MMA
32
Gestão da Qualidade do ar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Qualidade Ambiental. Guia técnico para
o monitoramento e avaliação da qualidade do ar. Brasília: MMA, 2020. 136 p.
33
MÓDULO II – GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
AULA 7
VALIDAÇÃO DOS DADOS AMOSTRADOS
DE QUALIDADE DO AR
34
Gestão da Qualidade do ar
Um dos principais objetivos dos órgãos ambientais é garantir que seus programas ambientais
e as decisões referentes à gestão ambiental sejam tomadas com base nos dados que tenham
a qualidade requerida e esperada para seu uso. Para alcançar este objetivo é necessário
desenvolver uma série de atividades, desde as fases de planejamento e implementação de um
projeto de monitoramento do ar até a geração de dados confiáveis (US EPA, 2002-A).
Importante
Para realizar a gestão dos dados medidos pelas estações de monitoramento do ar, é
necessário ratificar os critérios e procedimentos utilizados na sua limpeza, verificação
e validação, bem como no controle e garantia da qualidade das informações, a partir
da geração dos dados nas estações de medição até que sejam relatados sob a
forma de indicadores de qualidade do ar, para garantir que as informações sejam
compatíveis e comparáveis entre estações da mesma rede e entre as redes dos
diferentes estados. A eficácia das decisões tomadas com base nesses dados depende
de sua qualidade, da facilidade de acesso a eles, da forma como são agrupados e
de sua interpretação. Em muitos países, como no Brasil, os métodos de medição
são regulamentados a fim de garantir que as informações geradas pelas redes de
medição sejam confiáveis (INE MÉXICO).
Após obter as medições da qualidade do ar, os dados são analisados para determinar se são
válidos. A validação de dados é o processo que analisa os dados para dividi-los em aceitáveis e
duvidosos, segundo critérios rigorosos. Embora a validação seja feita após as medições, ela tem
a vantagem de funcionar como um filtro, que permite descartar dados considerados errados ou
falsos. O uso de sistemas e metodologias de validação dos dados permite reduzir drasticamente
as possibilidades de erros (FRONDIZI, 2008). A validação é feita pelos técnicos treinados e com
auxílio de um pacote de softwares compatíveis com os equipamentos de monitoramento, o que
é imprescindível devido ao grande volume de dados medidos pelas estações de monitoramento
do ar.
determinada área, que podem ser referentes a alarme dos monitores, dados de calibração,
falhas de energia, manutenção dos equipamentos etc. Esta atividade deve ser feita pelos
técnicos que conheçam bem a rotina de operação e calibração dos equipamentos e também
pelos especialistas em qualidade do ar da rede. Os dados nunca são excluídos; eles são apenas
marcados com flags para verificação posterior pelo pessoal responsável pelas estações.
Tome nota
Após a verificação dos dados deve-se aplicar os critérios de: precisão, erros sistemáticos ou
36
Gestão da Qualidade do ar
Esses critérios, que serão definidos a seguir, são os principais indicadores da qualidade, de
acordo com a US EPA (US EPA, 2002-B):
Precisão
Concordância entre medições repetidas do mesmo parâmetro sob condições idênticas ou
muito semelhantes, calculada como a amplitude (faixa de medição) ou como o desvio padrão;
Os responsáveis pela validação dos dados devem ter um bom conhecimento da rede
de monitoramento do ar, das fontes de emissões situadas no seu entorno, assim como da
meteorologia e topografia da região, o que permitirá maior segurança na validação.
dados e as diferenças entre as medições são aceitáveis ou não. As duas estações podem ter
medido valores altos para o mesmo dia e hora para um determinado poluente, o que pode
ser devido às emissões ou às condições meteorológicas, ou seja, não devem ser descartados
(FRONDIZI, 2008).
Toda rede de monitoramento do ar deve ter um programa de controle de qualidade. Para que
os dados obtidos em toda e qualquer estação de monitoramento da qualidade do ar sejam
válidos, úteis e menos sujeitos a erros, é necessário um nível mínimo de qualidade, pois com
frequência são tomadas decisões importantes a partir dos dados coletados nas estações, tais
como a seleção de outro local para instalar um empreendimento, instalação de sistemas de
controle da poluição, processos judiciais ou até pagamento de multas por danos ambientais.
I
Obter um desempenho geral satisfatório do programa
de monitoramento
II
As características importantes
Ter uma metodologia específica e quantificada para
para um programa de controle de III avaliar o monitoramento
qualidade são
IV
Possuir um programa de auditoria e melhoria contí-
nua, incluindo atualizações dos equipamentos e
procedimentos para manter o bom desempenho das
estações, e
V
38
Gestão da Qualidade do ar
• Estar preparado para efetuar uma correção no menor tempo possível, uma
vez detectada a operação ou condição errada (por meio da manutenção ou
mudança de procedimento); e
A validação de dados efetuada deve ser documentada para possibilitar a revisão e ajuste de
dados e do próprio processo de validação, sempre que necessário.
• Uma breve descrição de qualquer ação corretiva que tenha sido desempenhada
para abordar problemas com os dados;
7.7 CÁLCULOS
39
Gestão da Qualidade do ar
Importante
As estações contínuas, em geral, possuem um pacote de softwares compatíveis
com os equipamentos, que são configurados em cada rede de monitoramento,
considerando os parâmetros monitorados (poluentes e parâmetros meteorológicos)
para coletar, armazenar, efetuar cálculos, tais como: médias das concentrações para
os intervalos de tempo estabelecidos na legislação (médias horária; de 8 horas; diária;
e anual); desvio padrão e algumas análises estatísticas, tais como regressão linear e
teste T, aplicado para avaliar a consistência interna (BELOUAFA et al, 2017).
40
Gestão da Qualidade do ar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELOUAFA, S. et al. Statistical tools and approaches to validate analytical methods: methodology
and practical examples, 2017. Disponível em: https://www.metrology-journal.org/articles/
ijmqe/full_html/2017/01/ijmqe160046/ijmqe160046.html Acesso em 25 de maio de 2021 .
CANADÁ. Alberta Environment and Sustainable Resource Development (AESRD). Air Monitoring
Directive Chapter 6: Ambient Data Quality for Verification and Validation of Continuous Ambient
Air Quality Data. Disponível em: https://open.alberta.ca/dataset/bfe75885-c945-4ea2-
a48d-9cafa7367cc5/resource/49b431c7-8e7e-4155-aed0-8b0127fc8145/download/2014-
airmonitoring6-ambientdataquality-jun24-2014.pdf Acesso em 25 de maio de 2021.
_____. United States Environmental Protection Agency. Guidance for Quality Assurance
Project Plans, 2002-B. Disponível em: https://www.epa.gov/sites/production/files/2015-06/
documents/g5-final.pdf Acesso em 25 de maio de 2021.
FRONDIZI, Carlos A. Monitoramento da qualidade do ar: teoria e prática. Rio de Janeiro: E-papers,
2008, 276 p.
41
MÓDULO II – GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
AULA 8
INTERPRETAÇÃO E REPRESENTATIVIDADE
DOS DADOS MONITORADOS
42
Gestão da Qualidade do ar
A interpretação dos dados medidos para a qualidade do ar é uma tarefa muito importante,
porque, a partir da interpretação correta e dos dados validados, é possível fazer o diagnóstico
da qualidade do ar da região e sua gestão, além de tomar decisões, caso necessário, para evitar
a degradação da qualidade do ar da região coberta pela rede.
Importante
Para apresentar resultados representativos da poluição atmosférica, o
monitoramento deve atender a uma série de critérios técnicos e ser realizado de
maneira periódica e contínua para avaliar as condições mais diversas. A ocorrência
de falhas no monitoramento afeta a interpretação dos dados obtidos, assim, as
principais ocorrências devem ser registradas.
As estações que compõem uma rede de avaliação da qualidade do ar devem ter objetivos
claros, para que os dados obtidos sejam corretamente interpretados. Para tanto, é necessário
que sejam observados critérios na localização de estações e na descrição de pontos de
amostragem já existentes.
A partir do monitoramento de rotina e dos dados espaciais, é possível efetuar uma análise
comparativa das concentrações medidas com os padrões de qualidade do ar, tanto para longos
períodos de exposição (em geral as médias anuais), quanto para curto tempo de exposição
(menor ou igual a 24 horas). Os resultados obtidos no monitoramento refletem as variações na
matriz de emissões dos poluentes, tais como:
Alterações no parque industrial;
Mudanças de combustível;
Alteração de tráfego; e
Importante
Como o monitoramento deve representar o ar da região em estudo, faz-se necessária
a adoção de critérios de representatividade temporal e espacial dos dados. O não
atendimento desses critérios para uma determinada estação ou período significa
que as falhas de medição ocorridas comprometem a interpretação do resultado, à
luz dos padrões vigentes. No entanto, mesmo sem a representatividade requerida,
os dados devem ser sempre reportados, com as devidas ressalvas, e podem ser
úteis para uma análise menos completa.
44
Gestão da Qualidade do ar
Quadro 13: Tempo mínimo de amostragem para que os dados sejam considerados representativos
As redes devem ser concebidas para atender uma série de objetivos, de forma otimizada,
garantindo a medição da qualidade do ar em locais de diferentes características, de modo que
as estações atendam às necessidades de monitoramento distintas e que permitam fornecer
informações, tais como:
45
Gestão da Qualidade do ar
Para a caracterização das condições de dispersão dos poluentes secundários, como ozônio,
são usadas outras variáveis meteorológicas, além da precipitação pluviométrica, disponíveis
nas páginas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
A Cetesb, que tem meteorologistas em sua equipe, utiliza dados meteorológicos de todas
as regiões cobertas por sua rede, medidas por suas estações, além de dados do INMET e da
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de São Paulo, e dos bancos de dados hidrológicos do
Departamento de Águas e Energia Elétrica, para auxiliar na interpretação dos dados medidos
para a qualidade do ar.
Quais são os poluentes que apresentam concentrações
mais altas - a partir disso, avaliar suas fontes de emissões
e adotar medidas de gestão para reduzir as concentrações
I
Quantas violações dos padrões de qualidade do ar, estabelecidos
pela Resolução Conama 491/2018 foram registradas, e em quais
datas e estações - isso auxilia também na análise de tendência do
comportamento anual destes poluentes, para ver se as violações
II estão aumentando ou reduzindo
IV
Quantos dias apresentaram condições
meteorológicas desfavoráveis à dispersão
46
Gestão da Qualidade do ar
Todas essas informações fazem parte do Relatório Anual da Qualidade do Ar que os órgãos
ambientais devem elaborar.
Esta análise é fundamental para se entender, por exemplo, a influência das variações sazonais
significativas das condições atmosféricas, como ocorre em São Paulo, por exemplo. E, também,
se as emissões das fontes fixas e móveis estão sendo controladas, dentre inúmeros outros
fatores de interesse para a gestão da qualidade do ar.
30
20
16
14 14
12 12
9
10 8 7
6
5 5 5
4 4 4
3 3 3
2 2
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
RMSP
Fonte: CETESB, 2020
Esta queda nos níveis de SO2 observada desde o ano 2000 na RMSP é o resultado do controle
exercido sobre as fontes fixas, bem como da redução no teor de Enxofre dos combustíveis
usados tanto na indústria como pelos veículos.
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Gestão da Qualidade do ar
48
Gestão da Qualidade do ar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Qualidade do Ar no Estado de São Paulo - 2019.
Série Relatórios. São Paulo/SP, 2020. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/ar/wp-content/uploads/
sites/28/2020/07/Relat%C3%B3rio-de-Qualidade-do-Ar-2019.pdf
MMA, Ministério do Meio Ambiente. Guia Técnico para o Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar. Brasília,
DF, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mma/pt-br/centrais-de-conteudo/mma-guia-tecnico-qualidade-
do-ar-pdf.
OLTMANS et al. Long-term changes in troposphere ozone. Atmospheric Environment 40(17), 2006. Disponível
em: <https://www.researchgate.net/profile/David-Tarasick/publication/223219182_Long-term_changes_in_
troposphere_ozone/links/5ad76635458515c60f573783/Long-term-changes-in-troposphere-ozone.pdf>.
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MÓDULO II – GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
AULA 9
DIVULGAÇÃO DOS DADOS DE QUALIDADE DO AR
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Gestão da Qualidade do ar
9.1 INTRODUÇÃO
Tome nota
No Brasil, a Resolução Conama nº 491/2018 estabeleceu, em seu artigo 12, que o Ministério
do Meio Ambiente e os órgãos ambientais estaduais e distrital deverão divulgar, em sua página
da internet, dados de monitoramento e informações relacionados à gestão da qualidade do ar.
Saiba Mais
O IQAr foi criado visando facilitar a divulgação dos dados de monitoramento da
qualidade do ar de curto prazo, conforme estabelecido pela Resolução Conama
nº 491/2018, tornando mais fácil o entendimento dos resultados pela sociedade.
Essa divulgação deve ser realizada pelos órgãos ambientais, em sua página da
internet, mas atualmente nem todos os estados o fazem. O MMA está trabalhando,
atualmente, em conjunto com órgãos ambientais estaduais, na integração dos dados
estaduais ao Sistema Nacional de Gestão da Qualidade do Ar – MonitorAr, que divulga
essas informações de maneira centralizada, facilitando o acesso da sociedade. O
lançamento deste Sistema foi realizado em agosto de 2021 e se encontra disponível
no link: https://www.gov.br/pt-br/apps/monitorar.
Ozônio (O3);
MP10 (µg/m³) MP2,5 (µg/m³) 03 (µg/m³) CO (ppm) NO2 (µg/m³) S02 (µg/m³)
Qualidade do Ar Índice
24h 24h 8h 8h 1h 24h
N2 - Moderada 41-80 >50-100 >25-50 >100 - 130 >9 - 11 >200 - 240 >20 - 40
N3 - Ruim 81-120 >100 - 150 >50-75 >130-160 >11-13 >240-320 >40 - 365
N4 - Muito Ruim 121-200 >150-250 >75-125 >160-200 >13-15 >320-1130 >365 - 800
A divulgação dos índices deve ser informada usando os meios disponíveis, tais como: boletins
dirigidos aos jornais e rádios; placas eletrônicas localizadas nas vias públicas; sites da internet,
dentre outros. Os dados devem ser publicados logo que possível, para que a população se
informe.
O índice a ser divulgado deve ser o maior obtido dentre os poluentes monitorados
em uma estação específica. A divulgação deve conter:
• O local de monitoramento;
• A data e o horário;
A divulgação dos dados do monitoramento é realizada por meio dos Índices de Qualidade do Ar
nos boletins, cujo objetivo é permitir uma informação precisa, rápida e facilmente compreendida
sobre os níveis diários de qualidade do ar. O índice a ser divulgado é o maior obtido dentre os
poluentes monitorados em uma estação específica.
Os boletins visam fornecer ao cidadão uma visão geral diária da poluição. O Quadro 15 apresenta
um resumo da qualidade do ar das estações de monitoramento da qualidade do ar do estado
de São Paulo, referente ao dia 08/04/2021.
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Gestão da Qualidade do ar
Qualidade do Ar Índice
N1 - Boa 0 - 40 17 11 26 3
N2 - Moderada 41-80 0 0 0 1
N3 - Ruim 81-120 0 0 0 0
N5 - Péssima >200 0 0 0 0
Fonte: https://cetesb.sp.gov.br/ar/boletim-diario/
O Quadro 16, por sua vez, apresenta o boletim mais detalhado para a capital de São Paulo,
também disponível no mesmo sítio para todas as estações do estado.
Quadro 16: Boletim da Qualidade do Ar detalhado para as estações
de monitoramento do ar de São Paulo (Capital)
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Gestão da Qualidade do ar
Fonte: https://cetesb.sp.gov.br/ar/boletim-diario/
Fonte: https://www.feam.br/banco-de-noticias/1435-boletim-diario-da-qualidade-do-ar-tem-novo-formato
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Gestão da Qualidade do ar
Importante
Os órgãos ambientais estaduais e distritais deverão elaborar, com base nos níveis
de atenção, de alerta e de emergência, um Plano de Emergência para Episódios
Críticos de Poluição do Ar, visando adotar medidas preventivas para evitar graves e
iminentes riscos à saúde da população, de acordo com os poluentes e concentrações
constantes no Anexo III da referida resolução.
O Plano de Emergência deverá indicar os responsáveis pela declaração dos diversos níveis de
criticidade, devendo essa declaração ser divulgada em quaisquer meios de comunicação de
massa.
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Gestão da Qualidade do ar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. MMA, Ministério do Meio Ambiente. Guia Técnico para o Monitoramento e Avaliação da Qualidade do
Ar. Brasília, DF, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mma/pt-br/centrais-de-conteudo/mma-guia-tecnico-
qualidade-do-ar-pdf. Acesso em: 25 de maio de 2021.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cetesb. Boletim Mensal. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/ar/
boletim-mensal/ Acesso em: 25 de maio de 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Regional Office for Europe. Air quality guidelines. Global update 2005.
Particulate matter, ozone, nitrogen dioxide and sulfur dioxide. Disponível em: <https://www.euro.who.int/en/
health-topics/environment-and-health/air-quality/publications/pre2009/air-quality-guidelines.-global-update-
2005.-particulate-matter,-ozone,-nitrogen-dioxide-and-sulfur-dioxide>. Acesso em: 25 de maio de 2021.
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