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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

CAMPUS PAU DOS FERROS


LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

MINERALOGIA

DISCENTE: ANTONIO BRAGA DE REZENDE NETO


DOCENTE: ME. ANYELLE DA SILVA PEREIRA PEIXOTO

PAU DOS FERROS – RN


2020
MINERAIS GEMOLÓGICOS

Gema é um mineral que, ao ser lapidado, possui beleza suficiente para ser
utilizado em joias ou como adorno pessoal (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 584).

• DIAMANTE:

Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 587), diamante é um cristal sob uma


forma alotrópica do carbono, de fórmula química C. É a forma triangular estável do
carbono em pressões acima de 6 GPa (60 kbar). Comercializados como pedras
preciosas, os diamantes possuem um alto valor agregado. Normalmente, o diamante
cristaliza com estrutura cúbica e pode ser sintetizado industrialmente. Outra forma de
cristalização do diamante é a hexagonal, menos comum na natureza e com dureza
menor (9,5 na escala de Mohs).
A característica que difere os diamantes de outras formas alotrópicas, é o fato
de cada átomo de carbono estar hibridizado em sp³, e encontrar-se ligado a outros 4
átomos de carbono por meio de ligações covalentes em um arranjo tridimensional
tetraédrico. O diamante pode ser convertido em grafite, o alótropo
termodinamicamente estável em baixas pressões, aplicando-se temperaturas acima
de 1.500 °C sob vácuo ou atmosfera inerte (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 587).
De acordo com Klein e Dutrow (2012, p. 587), cristaliza no sistema cúbico,
geralmente em cristais com forma octaédrica (8 faces) ou hexaquisoctaédrica (48
faces), frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou coradas.
Os diamantes de cor escura são pouco conhecidos e o seu valor como gema é menor
devido ao seu aspecto pouco atrativo. Diferente do que se pensou durante anos, os
diamantes não são eternos pois o carbono definha com o tempo, mas os diamantes
duram mais que qualquer ser humano.
Sendo carbono puro, o diamante arde quando exposto a uma chama,
transformando-se em dióxido de carbono. É solúvel em diversos ácidos e infusível,
exceto a altas pressões. O diamante é o mais duro material de ocorrência natural que
se conhece. Sua dureza é superada pelos, também compostos (sintéticos) de
carbono, grafeno e carbono acetilênico linear (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 587).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 587), no entanto, é muito frágil, esse fato
deve-se à clivagem octaédrica perfeita. Estas duas características fizeram com que o
diamante não fosse talhado durante muitos anos. A maior jazida do mundo, revelada
pela Rússia ao mundo em 2012, porém de conhecimento do Kremlin desde 1970, tem
capacidade para suprir diamantes, mesmo para uso industrial, pelos próximos 3 mil
anos.
Tal cratera teve origem há 35 milhões de anos atrás, com a queda de um
asteroide, e seus diamantes são duas vezes mais resistentes, duros, do que os
encontrados em outro lugares, sua origem é decorrente da pressão e do calor gerado
no impacto (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 587).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 587), tal durabilidade é do interesse de certos
setores industriais pois é ótimo e de extrema utilidade para confecção de
equipamentos da indústria eletrônica e ótica, assim como em equipamentos para
perfuração do solo.[2] Outras jazidas no mundo são de África do Sul. Outras jazidas
importantes situam-se na Rússia (segundo maior produtor) e na Austrália (terceiro
maior produtor), entre outras de menor importância.

• BERILO:

O mineral berilo é um ciclossilicato de berílio e alumínio com fórmula química


Be3Al2(SiO3)6. Os cristais hexagonais do berilo podem ser de tamanho muito pequeno
ou atingir dimensões de alguns metros. Os cristais terminados são relativamente
raros. O berilo tem uma dureza de 7,5-8, um peso específico de 2,63-2,80. Possui
brilho vítreo e pode ser transparente ou translúcido. Clivagem basal fraca, com
hábito bipiramidal dihexagonal (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 588).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 588), algumas variedades de berilo são
consideradas pedras preciosas ou semipreciosas desde épocas pré-históricas. O
berilo verde (devido à presença do elemento Cr³+ como impureza em sua estrutura
cristalina) é chamado esmeralda, o raro berilo vermelho é chamado esmeralda
vermelha, esmeralda escarlate ou bixbite.
O berilo é comumente encontrado em pegmatitos graníticos, mas ocorre
também em micaxistos nos Montes Urais, estando muitas vezes associado
a depósitos de minérios de estanho e tungsténio. Além das muitas ocorrências
na Europa como na Áustria, Alemanha, Irlanda, Portugal e outros, o berilo é
encontrado também em várias regiões da África, como Madagascar (especialmente
morganita) e Transvaal (esmeraldas), e também na América do Sul, como
no Brasil (Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo), e Colômbia, a qual possui a mais
famosa fonte de esmeraldas no mundo em Muso, onde o berilo pode ser
excepcionalmente encontrado em calcários. Esmeraldas também são encontradas
perto de Mursinski, Sibéria (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 588).
• RUBI E SAFIRA:

Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 589), o rubi é uma pedra preciosa vermelha,
uma variedade do mineral corindo (óxido de alumínio) cuja cor é causada
principalmente pela presença de crómio. Os rubis naturais são excepcionalmente
raros, mas produzem-se rubis artificialmente que são comparativamente baratos. O
rubi é uma pedra preciosa que vai de tons de vermelho a tons de cor de rosa.
O rubi é minerado na África, Ásia e na Austrália. Eles são mais comuns
em Myanmar, no Sri Lanka e na Tailândia, porém também são encontrados
em Montana e na Carolina do Sul nos Estados Unidos e Moçambique em Africa.
Algumas vezes ocorrem juntamente com espinelas nas mesmas formações
geológicas ocorrendo confusão entre as duas espécies: no entanto, bons exemplares
de espinelas vermelhas têm um valor próximo do rubi (KLEIN e DUTROW, 2012, p.
589).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 589), o rubi tem dureza 9 na escala de Mohs,
e entre as gemas naturais somente é ultrapassado pelo diamante em termos de
dureza. As variedades de corindo não vermelhas são conhecidas como safiras.
As gemas de rubi são valorizadas de acordo com várias características
incluindo tamanho, cor, claridade e corte. Todos os rubis naturais contêm
imperfeições. Por outro lado, rubis artificiais podem não conter imperfeições. Alguns
rubis manufaturados têm substâncias adicionadas a eles para que possam ser
identificados como artificiais, mas a maioria requer testes gemológicos para
determinar a sua origem (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 589).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 589), é dado o nome Safira a qualquer
variedade de coríndon de qualidade gemológica que não seja de cor vermelha (a
variedade vermelha do coríndon é o rubi). Pode ser incolor (safira branca santos ou
leucossafira), azul (devida, em parte, ao ferro), púrpura, dourada ou rósea, entre
outras. As cores devem-se à presença de cobalto, crômio, titânio ou ferro. A safira
azul, ao filtro de Chelsea, fica de cinza a preta.
Dureza 9,0. Densidade relativa 4,00. Índice de refração 1,762-1,770.
Birrefringência 0,008. Uniaxial negativa. Dispersão 0,018. Pode mostrar fluorescência
(forte nas gemas sintéticas). Como o rubi, a safira tem o rutilo como inclusão frequente
(cristais longos, aciculares, formando ângulos de 60º), além de zircão (com halos
pleocróicos, aparecendo como um ponto luminoso), espinélio (em cristais octaédricos,
comuns nas safiras de Sri Lanka), mica, hematita, granada e outros minerais. As
safiras de Sri Lanka e algumas sintéticas mostram asterismo e as procedentes
da Caxemira apresentam uma névoa constituída de filamentos ou tubos vazios
marrons muito claros (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 589).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 589), na lapidação, a safira deve ter a mesa
perpendicular ao eixo principal. Se não for lapidada em cabuchão, deve ter formato
retangular, oval ou retangular com cantos cortados. Safiras e rubis de qualidade
gemológica podem ser facilmente produzidos em laboratório, a baixo custo. As
composições química e física são idênticas às das gemas naturais correspondentes.

• JADE:

Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 590), Jade é um nome que era aplicado às
pedras ornamentais que eram trazidas à Europa da China e da América central.
Somente em 1863 se percebeu que o termo "jade" estava sendo aplicado a dois
minerais diferentes. A jadeíta quase nunca é encontrada em cristais individuais e é
composta dos cristais bloqueando microscópicos que produzem um material muito
resistente. Nefrita é realmente um não mineral, mas uma variedade da actinolita
mineral.
A variedade de nefrita é composta de cristais fibrosos entrelaçados em uma
massa compacta resistente. Outras variedades de actinolita são completamente
diferentes da nefrita (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 590).
A dureza do jade é notável. Tem uma resistência maior do que o aço e é posto
para trabalhar por muitas civilizações adiantadas para machados, facas e armas.
Estava mais atrasado que o jade se transformou uma pedra simbólica usada nos
ornamentos e outros artefatos religiosos durante os éons.
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 590), o jade é valioso ainda hoje por sua
beleza. Suas muitas cores são apreciadas, mas a cor verde-esmeralda que a jadeíta
produz assim bem, que está sendo altamente procurado por coletores da arte-final.
Este jade verde-esmeralda, chamado "jade imperial", é colorido pelo cromo. Outras
cores são influenciadas pelo ferro (verde e marrom) e o manganês é pensado para
produzir as cores violetas.
• QUARTZO:

Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 591), o quartzo pertence ao sistema de


cristal trigonal. A forma de cristal idealizada é um prisma de seis lados, que, em cada
um desses lados, possui outras pirâmides com seis lados. Na natureza, cristais de
quartzo são muitas vezes irregulares, distorcidos, desenvolvido com cristais
adjacentes de outros minerais, ou mesmo com faces cristalinas difíceis de identificar,
que fazem o quartzo parecer maciço.
Ocorre geralmente em pegmatitas graníticas e veios hidrotermais. Cristais bem
desenvolvidos podem atingir vários metros de extensão e pesar centenas de
quilogramas. A erosão de pegmatitas pode revelar bolsões de cristais, conhecidos
como "catedrais". Pode também ter origem metamórfica ou sedimentar (KLEIN e
DUTROW, 2012, p. 591).

• TURQUESA:

Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 591), Turquesa é uma gema geralmente


entre a cor ciano e o verde, gerando a cor homônima. As variedades mais caras são
a "robin's egg blue," (cor azul do céu). As inferiores são esverdeadas. A turquesa que
se desvanece na cor é também inferior. A turquesa é um fosfato de alumínio com
pequenas quantidades de cobre e ferro. A gema é apenas ligeiramente mais dura do
que o vidro.
Em épocas antigas, turquesa foi usada pelos egípcios e foi retirada por eles
na Península do Sinai. Existem depósitos importantes no Irã perto de Nishapur e
também no sudoeste americano. A turquesa era considerada a pedra nacional
da Pérsia e usada intensamente na decoração de objetos. A turquesa é usada por
artesãos nativos americanos especialmente os trabalhadores em metais da tribo de
índios Navajos da América do Norte. Turquesa também é usada na camiseta do time
de futebol inglês Chelsea, sendo uma das cores mais famosas em relação ao uniforme
no mundo (KLEIN e DUTROW, 2012, p. 591).
Segundo Klein e Dutrow (2012, p. 591), a turquesa, juntamente com o coral, é
usada extensivamente em joalheria no Tibete e na Mongólia. A turquesa é encontrada
na China e retirada das minas para venda a outros países, mas não é usada em
joalheria. Algumas esculturas são feitas da mesma maneira que esculturas com jade.
REFERÊNCIAS:

KLEIN, Cornelis. DUTROW, Barbara. Manual dos Minerais. Tradução e revisão


técnica: Rualdo Menegat. 23 ed. – Porto Alegre, Bookman, 2012.

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