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1-INTRODUCAO
Um rubi é uma pedra preciosa rosa a vermelho-sangue, uma variedade de corindo mineral
(óxido de alumínio). Outras variedades de corindo com qualidade de gema são chamadas
safiras. O rubi é uma das jóias cardinais tradicionais, junto com ametista, safira, esmeralda
diamante. A palavra rubi vem de "ruber", latim para vermelho. Este trabalho visa conhecer
esta pedra preciosa quanto a sua mineralogia, geologia, a sua lavra, processamento, usos e
funcoes, e seu exemplo em Mocambique.
2- MINERALOGIA E GEOLOGIA
2.1 Mineralogia
O rubi é uma pedra preciosa que vai de tons de vermelho a tons de cor de rosa. O rubi é
minerado na Africa, Asiae n Australia. Eles são mais comuns e Myanmar, no Sri Lanka e a
Tailandia, porém também são encontrados em Montanae na Carolina Do Sul nos Estados
Unidose Moçambique e Africa. Algumas vezes ocorrem juntamente com espinelas nas
mesmas formações geológicas ocorrendo confusão entre as duas espécies: no entanto, bons
exemplares de espinelas vermelhas têm um valor próximo do rubi.
O rubi tem dureza 9 na escala de Mohs, e entre as gemas naturais somente é ultrapassado pelo
diamante em termos de dureza. As variedades de corindo não vermelhas são conhecidas
como safiras. O rubi possui em sua composição o cromo, que é o oligoelemento que faz com
que o rubi tenha essa cor avermelhada, que varia desde o mais alaranjado até o vermelho
arroxeado. E quanto mais cromo tiver em sua composição, mais intenso será sua cor, além de
algumas vezes provocar um efeito de fluorescência, que também aumenta a intensidade da
cor.
As gemas de rubi são valorizadas de acordo com várias características incluindo tamanho,
cor, claridade e corte. Todos os rubis naturais contêm imperfeições. Por outro lado, rubis
artificiais podem não conter imperfeições. Alguns rubis manufaturados têm substâncias
adicionadas a eles para que possam ser identificados como artificiais, mas a maioria requer
testes gemológicos para determinar a sua origem. Sendo uma das com maior escala Mohs
de dureza, ficando atrás apenas para o diamante. Além de ser uma pedra muito
requisitada para fazer joias, devido sua cor avermelhada.
O rubi é uma variedade do mineral corindo (Al2O3) e se distingue por sua cor vermelha
brilhante, causada pela presença de cromo na estrutura cristalina. Aqui estão algumas das
principais propriedades físicas e químicas do rubi:
Dureza: O rubi é uma pedra preciosa muito dura e durável, com uma dureza de 9 na
escala de Mohs, tornando-se uma das pedras preciosas mais duras depois diamante.
Densidade: o rubi tem uma densidade de cerca de 3.99 a 4.00 g/cm³, que é
ligeiramente superior à densidade do corindo puro.
Cor: o rubi é vermelho e a cor pode variar de vermelho-rosado a vermelho-sangue
profundo. A intensidade da cor depende da quantidade de cromo presente na estrutura
cristalina.
Estrutura de cristal: o rubi tem uma estrutura cristalina hexagonal e os cristais são
geralmente prismáticos com terminações basais planas.
Índice de refração: O índice de refração do rubi é de cerca de 1.76 a 1.77, o que
significa que ele tem forte propriedades ópticas
Birefringence: Ruby tem uma birrefringência relativamente baixa, o que significa
que não mostra muita refração dupla quando visto sob luz polarizada.
Os rubis são formados nas profundezas da crosta terrestre sob intenso calor e pressão.
Eles são encontrados principalmente em rochas metamórficas tais como mármore, gneisse
e xisto, bem como em alguns Rochas ígneas como basalto e sienito.
Como é bem conhecido da literatura, a cor vermelha do rubi natural é devida à existência de
íons Cr+3 na estrutura da alumina, enquanto que a cor da safira azul está relacionada à
presença de pares de ferro (Fe+2) e titânio (Ti+4) em sua estrutura cristalina. Neste último caso,
é a transferência de elétrons do Fe para o Ti vizinho, que envolve a absorção da luz amarela,
e acaba tendo por resultado a transmissão da cor azul complementar pelo cristal. Se apenas
átomos isolados de Ti ou Fe estão presentes na safira esta cor não é obtida. Temos, portanto,
que rubis e safiras possuem características químicas e estruturais semelhantes, variando-se
apenas os componentes (ou impurezas) responsáveis pela cor característica do mineral.
Assim sendo, cristais de rubi foram crescidos utilizando MoO3 (Sigma-Aldrich, 99,5%) como
fluxo, enquanto que uma mistura de reagente grau analítico Al2O3 e óxido dopante Cr2O3 foi
usada como soluto. Os geólogos identificaram, dentro da pedra preciosa, resíduos de uma
forma de carbono puro chamada grafite, provavelmente de origem biológica e vindo de um
tipo de microrganismo antigo, da época anterior ao surgimento da vida multicelular na Terra.
A pesquisa foi publicada na Ore Geology Reviews. Ele forma geralmente pequenos cristais
hexagonais de brilho vítreo, encontrados em mármores dolomíticos, basaltos
decompostos e cascalhos. Pode ser confundido com várias gemas, como espinélio,
almandina, jacinto, piropo, topázio e rubelita.
Rubis são geralmente formados dentro de rochas metamórficas, como mármore, gnaisse e
xisto, que foram submetidas a alto calor e pressão. O processo de metamorfismo envolve a
transformação de rochas existentes por meio da aplicação de calor e pressão, resultando na
formação de novos minerais.
“O grafite dentro deste rubi é realmente único. É a primeira vez que vimos evidências de vida
antiga em rochas com rubi”, afirmou o geólogo Chris Yakymchul, da Universidade de
Waterloo, no Canadá. Ele explicou que a presença do grafite dá mais pistas para determinar
como os rubis se formaram neste local, algo que era impossível fazer diretamente com base
na cor e na composição química da pedra. De acordo com Yakymchuk, a matéria viva é
composta preferencialmente por átomos de carbono mais leves porque eles consomem menos
energia para se incorporar às células. “Com base na quantidade aumentada de carbono-12
neste grafite, concluímos que os átomos de carbono já foram vidas antigas, provavelmente
microorganismos mortos, como as cianobactérias”, complementou.
Inclusive, isso levou a algumas pistas de como os rubis poderiam ter se formado. A presença
do grafite implica a presença de fluido que teria ajudado a transferir o dióxido de silício para
fora da rocha, preparando o ambiente para a formação do corindo.
3. LAVRA E PROCESSAMENTO
3.1- Lavra
O rubi pode ser encontrado em outras pedras, como por exemplo o mármore, que é uma pedra
que se forma a partir do processo metamórfico, ou seja, quando tem calor e uma pressão
exercida sobre os calcários, formando o mármore. E como ele tem um baixo teor de ferro, o
rubi (que carece de ferro), se origina em alguns mármores. E é por isso, que muitos que se
formam a partir deles, possuem uma cor vermelha forte.
Além dos rubis formados no mármore, quando expostos a luz ultravioleta, apresentam uma
cor ainda mais viva, devido a fluorescência, aumentando seu valor. Mas o rubi, pode ser
encontrado em outras rochas, como as basálticas. O rubi não possui clivagem, mas pode ser
partido preferencialmente em direções determinadas. Devido a uma certa fragilidade, deve-se
precaução ao lapidá-lo e engastá-lo.
3.2 Processamento
A mineração e extração de rubis pode ser um processo complexo e trabalhoso. A seguir, uma
visão geral do processo:
A mineração e extração de rubis pode ser um processo complexo e trabalhoso que requer
investimento e experiência significativos. No entanto, a demanda por rubis de alta qualidade
no mercado global continua a torná-lo uma indústria lucrativa.
4. USOS E FUNCOES
Os rubis são usados principalmente como pedras preciosas em joias, mas também têm uma
série de outras aplicações em vários setores. Aqui estão algumas aplicações comuns de ruby:
1. Joias: Rubis são valorizados por sua cor vermelha vívida e durabilidade, e são
comumente usados em joias de alta qualidade, como anéis, colares e brincos.
2. Tecnologia laser: Rubis sintéticos são usados na tecnologia laser, particularmente em
aplicações médicas e científicas. Os lasers de rubi são usados para procedimentos
médicos, como remoção de tatuagens, bem como para pesquisas científicas em áreas
como a espectroscopia.
3. Aplicações industriais: A durabilidade e o alto ponto de fusão do rubi o tornam útil
em diversas aplicações industriais, como rolamentos e selos mecânicos em bombas e
turbinas a gás.
4. Relojoaria: Os rubis são usados como rolamentos em relógios mecânicos de alta
qualidade, principalmente no mecanismo de escape, que é responsável pela precisão
da cronometragem do relógio.
5. Aplicações ópticas: Rubis também são usados em várias aplicações ópticas, como em
lentes de câmeras e instrumentos científicos.
6. É uma pedra excelente para energia, vigor, disposição e equilíbrio. Ás vezes pode,
no entanto, ser excessivamente estimulante para pessoas delicadas e irritáveis. O rubi
estimula a paixão pela vida, mas nunca de maneira destrutiva.
7. Ele aumenta a motivação e nos ajuda a estabelecer metas realistas.
8. em anel, anel de formatura, braceletes, brincos, pingentes e pulseiras.
5. EXEMPLO DE MOCAMBIQUE
A MRM é uma empresa moçambicana que opera no depósito de rubis Montepuez localizado
na província de Cabo Delgado. depois de 2009, quando um enorme depósito de pedras foi
encontrado perto da cidade do norte de Montepuez. Moçambique é agora um dos países de
mineração de rubi mais produtivos do mundo. A mina de rubi moçambicana de Fura localiza-
se no distrito de Montepeuz, na província de Cabo Delgado uma das regiões mais pobres de
Moçambique, mas é rica em recursos minerais inexplorados, é que tem sido assolado pelo
terrorismo islâmico nos últimos anos.
E conclusivo que além de ser uma pedra muito requisitada para fazer joias, devido sua
cor avermelhada. O rubi é uma das variações do mineral Corindon, assim como a safira.
E o rubi é a pedra preciosa de cor vermelha mais popular de todos os tempos, foram
valorizados e cobiçados por décadas. A cor rica, durabilidade, dureza, significado e
símbolo os tornam uma pedra preciosa ideal que pode ser usada todos os dias. O rubi é uma
das pedras preciosas mais raras e populares do universo.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Corundum data on Webmineral Arquivado em 2007-10-01 no Wayback Machine
file:///C:/Users/incar/Downloads/Montepuez-Ruby-Mining.pdf