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Cabeamento Estruturado
Pedro Leopoldo
Maio / 2008
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 3
3. NORMAS......................................................................................................................... 6
6. MATERIAIS EMPREGADOS........................................................................................13
6.4. RACKS................................................................................................................................17
7. DOCUMENTAÇÃO........................................................................................................18
8. CONCLUSÃO................................................................................................................ 20
9. REFERÊNCIAS............................................................................................................. 21
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1. INTRODUÇÃO
Edifícios, casas e prédios são construídos tendo em mente várias décadas de uso, senão
séculos, como demonstram igrejas, pontes e palácios na Europa. O projeto arquitetônico
pode ficar desatualizado e o uso da edificação pode mudar com o tempo (escolas
transformadas em bibliotecas, casas transformadas em escritórios), mas a edificação em si
deve resistir à passagem dos anos sem que precise ser reconstruída continuamente.
A estrutura elétrica, entretanto, nem sempre vislumbra estas várias décadas de uso,
especialmente a de comunicação. Isto quando a edificação não é antiga a ponto de possuir
apenas uma estrutura elétrica mínima, com basicamente pontos de iluminação. Mesmo que
o material usado na estrutura da instalação elétrica preveja vários anos de vida útil, o projeto
da instalação em si raramente prevê modificação de uso da edificação, adição de maior
número de equipamentos elétricos, ou mesmo adição de equipamentos elétricos que ainda
nem existem. O que se vê, então, comumente, são dificuldades em instalar novas linhas de
telefone em uma residência ou escritório, ou um aparelho de televisão em um recinto onde
não havia, um aparelho de fax, um ponto de conexão à Internet. Freqüentemente essas
operações necessitam de uma reforma para ampliação do cabeamento, passando por
quebra de paredes e pisos, pintura e troca de cabeamento já existente, gerando custo e
transtorno.
Por outro lado, vários sistemas de comunicação diferentes exigem vários sistemas de
cabeamento diferentes e dedicados. Fios telefônicos para voz, cabos coaxiais para tv, cabos
multivias para dados.
O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado surgiu como resposta a este avanço das
telecomunicações com o objetivo de criar uma padronização do cabeamento instalado
dentro de edifícios comerciais e residenciais independente das aplicações a serem utilizadas
no mesmo.
Para podermos compreender melhor o assunto vamos fazer uma analogia com um sistema
elétrico de um edifício ou residência, no qual o cabeamento instalado proporciona ao usuário
a possibilidade de utilizar diversos aparelhos tais como rádio, televisor, secador de cabelos,
entre outros; bastando para tanto que o cabo de alimentação destes equipamentos seja
"plugado" na tomada que se encontra na parede ou piso do local. Da mesma maneira o
Sistema de Cabeamento Estruturado proporciona ao usuário a utilização de um computador,
um telefone, uma câmera de vídeo, um alto falante, um sensor de temperatura, presença,
etc. de maneira simples e organizada.
Além de padronizar o cabeamento de forma a atender aos diversos padrões de redes locais,
telefonia e outras aplicações (independente do fabricante ou do tipo de equipamento) o
conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado agrega outros benefícios importantes que
solucionam problemas tais como crescimento populacional (o dimensionamento dos pontos
de um Sistema de Cabeamento Estruturado é baseado na área em m² do local a ser
cabeado ao invés do número de usuários), alteração de layout dos usuários (em média 25%
dos funcionários sofrem mudanças dentro da empresa no prazo de um ano), evolução da
tecnologia rumo a aplicações com taxas de transmissão maiores, falhas nos cabos ou nas
conexões, entre outros.
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É importante lembrarmos que o cabeamento possui a maior expectativa de vida numa rede
(em torno de 15 anos). Percebemos que um mesmo cabeamento irá suportar a troca de
alguns hardwares e vários softwares. Além disso, existem fabricantes do mercado que
proporcionam uma garantia aos seus produtos superior aos 15 anos. No caso em particular
da empresa Lucent Technologies é proporcionada uma Garantia Estendida de produtos e
aplicações de 20 anos para a solução Systimaxâ, desde que todos os produtos sejam
fabricados pela Lucent e os mesmos sejam instalados por canais autorizados de integração
(System Integrators - S.I.s e Systimaxâ Partners – S.P.s). Vale a pena lembrar que a Lucent
Technologies é a única empresa que possui um documento chamado "Performance
Specifications" onde estão descritas todas as aplicações de voz, dados, imagem e controles
prediais garantidas (ex.: Fast Ethernet, Gigabit Ethernet (1000 Mbps), ATM a 155 Mbps, 622
Mbps e 1200 Mbps, CFTV e CATV sobre o cabeamento UTP e controles prediais para
edifícios inteligentes) e em quais condições as mesmas são garantidas.
3. NORMAS
Norma Tema
TSB Tema
Diretrizes de performance de
TSB95
transmissão de cabos UTP 4P Cat. 5
Sua função básica é interligar todos os armários de telecomunicação instalados nos andares
de um edifício comercial (backbone cabling) ou vários edifícios comerciais (campus
backbone), onde também serão interligadas as facilidades de entrada (entrance facilities). A
topologia adotada para os cabos verticais é a Estrela. Para o dimensionamento dos cabos
verticais, devem ser considerados alguns fatores:
Quantidade de área de trabalho;
Quantidade de armários de telecomunicações instalados;
Tipos de serviços disponíveis;
Nível de desempenho desejado.
É uma sala destinada para instalação de hardwares de conexão, suas armações, racks e
outros equipamentos. Esta sala é protegida contra manuseio indevido por parte de pessoas
não autorizadas. Um armário de telecomunicações deve ser instalado de acordo com alguns
fatores:
Quantidade de áreas de trabalho;
Disponibilidade de espaço no andar;
Instalação física.
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É o espaço reservado dentro do edifício ou área atendida onde está instalado o distribuidor
principal de telecomunicações, que irá prover a interconexão entre os cabos do armário de
telecomunicações, backbone cabling ou campus backbone, com os equipamentos de rede,
servidores e os equipamentos de voz (PABX). Porém, algumas regras devem ser seguidas
quando da instalação da sala de equipamentos:
Área maior ou igual a 14 m2;
Instalar tomadas elétricas a cada 1,5m;
Instalar iluminação com no mínimo 540 lux/m2;
Deve ser instalado longe de infiltrações;
Instalar fisicamente a 3m no mínimo de qualquer fonte de interferência
eletromagnética.
As facilidades de entrada estão relacionadas com os serviços que estarão disponíveis para
o cliente, como:
Dados;
Voz;
Sistema de segurança;
Redes corporativas;
Outros serviços.
4.7. PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO OU CROSS-CONNECT:
Figura 2: Patch-panel. (a) hub; (b) patch-cord; (c) patch-panel; (d) cabo horizontal; (e) espelho de
tomada; (f) conector; (g) placa de rede.
Esta tabela apresenta o número de cabos que podem passar em uma tubulação em função
do diâmetro nominal. Cabe ressaltar que os cabos devem ser amarrados em espaços de
aproximadamente 3 a 5 m, introduzidos nas tubulações todos ao mesmo tempo, para evitar
tensionamento indevido em um determinado cabo e para melhor passagem nas curvas.
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Conduíte Número de cabos
Diâmetro Interno O.D mm (pol.)
mm. pol. Trade 3.3 4.6 5.6 6.1 7.4 7.9 9.4 13.5 15.8 17.8
Size (.13) (.18) (.22) (.24) (.29) (.31) (.37) (.53) (.62) (.70)
15.8 0.62 1/2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0
20.9 0.82 3/4 6 5 4 3 2 2 1 0 0 0
26.6 1.05 1 8 8 7 6 3 3 2 1 0 0
35.1 1.38 1 1/4 16 14 12 10 6 4 3 1 1 1
40.9 1.61 1 1/2 20 18 16 15 7 6 4 2 1 1
52.5 2.07 2 30 26 22 20 14 12 7 4 3 2
62.7 2.47 2 1/2 45 40 36 30 17 14 12 6 3 3
77.9 3.07 3 70 60 50 40 20 20 17 7 6 6
90.1 3.55 3 1/2 - - - - - - 22 12 7 6
102.3 4.02 4 - - - - - - 30 14 12 7
Tabela 3: numero de cabos em conduítes.
Obs.: No dimensionamento da tubulação, deve-se considerar expansão de pontos de pelo
menos 30%.
5.3. INFRA - ESTRUTURA.
A infra-estrutura é toda a parte por onde irá passar o cabeamento, é constituída por:
Tubulações internas e externas.
Calhas de piso.
Eletrocalhas.
Canaletas.
Obras Civis.
As tubulações internas são aquelas construídas internamente nos prédios. Para este tipo de
tubulação as recomendações da norma é que sejam construídas em eletroduto de PVC
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rígido anti-chama e que possuam caixas de passagem a cada 15 metros, e que tenham no
máximo 2 curvas de 90o entre suas extremidades.
As caixas de passagem facilitam a passagem dos cabos pelos técnicos e estando a 15m
uma da outra garantem menor esforço nos cabos, conseqüentemente não se danificam os
mesmos.
As tubulações externas são construídas externamente aos prédios. Podem ser instaladas
percorrendo paredes, enterradas no chão, embutidas em paredes e em alguns casos
suspensa sustentada por cabo de aço. As recomendações são que sejam construídas em
tubos de ferro galvanizado do tipo pesado e que seja pintada, demais recomendações são
as mesmas citadas para as tubulações internas.
As calhas de piso geralmente são instaladas no momento da construção do prédio, pois são
embutidas na laje. Para estas calhas existem diversas soluções de mercado. O indicado é
que no dimensionamento procure-se por empresa especializada. Existem soluções, por
exemplo, de calhas com divisões para cabos elétricos correrem na mesma calha que os
cabos de dados e de voz.
As eletrocalhas também conhecidas como leito para cabos possuem a mesma função das
tubulações, ou seja, correr cabos. Estas são instaladas com fixação no teto através de
tirantes fixados com sistema de tiro ou parafuso. A instalação destes dispositivos tem custo
bem convidativo e facilitam bastante no momento da instalação dos cabos, pois são abertas.
O único inconveniente é que se deve ter uma solução para que elas não fiquem aparentes,
teto com forro por exemplo.
6. MATERIAIS EMPREGADOS
Cabo par trançado não blindado (UTP – unshilded twisted pair): São compostos
de pares de fios trançados não blindados de 100 Ohms (Figura 5). Em geral, podem
ter 4, 25 ou 50 pares, de acordo com a sua aplicação. Por não serem protegidos
contra intempéries não podem ser empregados em redes externas.
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Cabo par trançado blindado (STP – shilded twisted pair): Os cabos STP (Figura 6)
são compostos por fios em pares trançados (150 Ohms) blindados, isto é, revestidos
por uma capa um malha metálica que os protege contra interferências
eletromagnéticas externas. O emprego de cabos blindados exige que todos os demais
acessórios (conectores, tomadas, etc) sejam também blindados, garantindo a efetiva
proteção dos sinais contra interferências e ruídos externos. Também não podem ser
empregados em redes externas pelo mesmo motivo do cabo UTP.
Fibras Ópticas: são condutores de sinais de luz que podem ser emitidos por um diodo
laser ou um diodo emissor de luz. As fibras ópticas são imunes a interferências
eletromagnéticas. Além disso, possuem maior largura de banda e permitem
implantação de links mais extensos que os cabos de cobre.
6.4. RACKS
Guia de cabos: acessório padrão 19’’ utilizado para organizar cabos em racks e
gabinetes, especialmente em instalações de maior porte e facilitando a operação e
manutenção.
7. DOCUMENTAÇÃO
Todas as recomendações feitas até aqui são importantes para a especificação e instalação
de redes. Porém, uma rede bem documentada proporciona um melhor controle sobre os
pontos de rede. Conforme recomendado pela norma EIA/TIA 606.
5. Diagrama de tubulações.
Identificadores Únicos
Registros
Ligações
Ligações são consideradas conexões "lógicas" entre identificadores e registros bem como
vínculos entre um registro e outro.
O segundo nível inclui o cabeamento entre dois TCs em um edifício contendo a conexão
cruzada principal ou entre uma conexão cruzada intermediária e um TC em um edifício
remoto.
Devem ser auto-adesivas para os cabos e do tipo de fixação para os feixes de cabos e/ou
rotas.
Nelas devem conter todas as informações relativas ao cabo, como explicado anteriormente.
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8. CONCLUSÃO
A demanda por serviços de comunicação, tais como voz, imagem, dados e controles
prediais tem apresentado um crescimento constante. Esta demanda é verdadeira tanto em
empresas como em residências, com a instalação de mais de uma linha telefônica, ou a
instalação de telefones em vários cômodos e pontos de interligação de computadores (rede
de computadores) em vários cômodos e entre residências num mesmo condomínio, etc.
Para as empresas, a comunicação é vital para a operação dos negócios, seja voz ou dados.
Os novos prédios comerciais têm freqüentemente adotado métodos de controle predial
(edifícios inteligentes), como forma de aperfeiçoar e melhorar a segurança e uso racional de
eletricidade, bem como o conforto.
Assim sendo, o sistema de cabeamento estruturado surge como opção óbvia para o projeto
de edificações, em lugar do cabeamento convencional, onde cada sistema ou tecnologia
exige seu cabeamento próprio. Podem-se citar alguns benefícios proporcionados pela
utilização de cabeamento estruturado, em lugar de cabeamento convencional:
Vida Útil: o cabeamento tipicamente possui a maior expectativa de vida numa rede, em torno
de 15 anos. O cabeamento estruturado permite a maximização dessa vida útil, utilizando-se
do mesmo cabo para transportar várias tecnologias de comunicação ao mesmo tempo, e
também prevê a implementação de tecnologias futuras, diferentes das utilizadas no período
da instalação.
REFERÊNCIAS