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Período (ano/meses)
Atividades 2017 2018
8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7
Levantamento e
atualização X X X X X X X X X
bibliográfica
Estudo sobre o
comportamento X X X X
da MRV 8/6
Estudo detalhado
sobre a X X X X X
manipulação do
software FEMM
Execução do
X X X X X
projeto da
máquina
Normatização
X X X X
do roteiro do
projeto
Levantamento das
curvas de
X X X X X
indutância e de
fluxo magnético da
MRV
Confecção de
artigos científicos
X X X
para divulgação dos
resultados obtidos
Elaboração dos
relatórios parcial e X X X X
final
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
𝑝𝑒 = 𝑣𝑖 (5)
𝑑𝑖 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖)
𝑝𝑒 = 𝑅𝑓 𝑖 2 + 𝑖 𝐿(𝜃, 𝑖) + 𝑖 2 𝜔𝑚 (6)
𝑑𝑡 𝜕𝜃
A partir de manipulações matemáticas realizadas nas referências [6] e [7], a
equação acima é reescrita:
𝑑 1 1 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖)
𝑝𝑒 = 𝑅𝑓 𝑖 2 + ( 𝐿(𝜃, 𝑖)𝑖 2 ) + 𝑖 2 𝜔𝑚 (7)
𝑑𝑡 2 2 𝜕𝜃
Como todo o equacionamento realizado até o momento foi feito para somente
uma fase, tem-se que para a máquina tetrafásica a expressão para o cálculo do
torque eletromagnético total será composta pela somatória dos torques individuais
de cada fase (a, b, c e d):
𝑇𝑒𝑚𝑔 = 𝑇𝑎 + 𝑇𝑏 + 𝑇𝑐 + 𝑇𝑑 (10)
1 𝜕𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖𝑎 ) 1 2 𝜕𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖𝑏 )
𝑇𝑒𝑚𝑔 = 𝑖𝑎 2 + 𝑖𝑏
2 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
(11)
1 𝜕𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖𝑐 ) 1 2 𝜕𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖𝑑 )
+ 𝑖𝑐 2 + 𝑖𝑑
2 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
𝑣𝑎 𝑖𝑎 𝑖𝑎̇
𝑣𝑏 𝑖𝑏 𝑖𝑏̇
𝑣𝑐 𝑖𝑐 𝑖𝑐̇
𝑣𝑑 = 𝑅 𝑖𝑑 + 𝐿 𝑖𝑑̇
𝑇𝑚𝑒𝑐 𝜔𝑚 𝜔𝑚 ̇
[ 0 ] [ 𝜃 ] [ 𝜃̇ ]
Em que:
𝑟𝑎 0 0 0 0 0
0 𝑟𝑏 0 0 0 0
0 0 𝑟𝑐 0 0 0
𝑅=
0 0 0 𝑟𝑑 0 0
𝑚 𝑛 𝑝 𝑞 −𝐷 0
[0 0 0 0 −1 0]
Sendo:
1 𝜕𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖𝑎 ) 1 𝜕𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖𝑐 )
𝑚= 𝑖 𝑝 = 𝑖𝑐
2 𝑎 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
1 𝜕𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖𝑏 ) 1 𝜕𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖𝑑 )
𝑛= 𝑖 𝑞 = 𝑖𝑑
2 𝑏 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
E:
𝜕𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖)
𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖𝑎 ) 0 0 0 0 𝑖𝑎
𝜕𝜃
𝜕𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖)
0 𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖𝑏 ) 0 0 0 𝑖𝑏
𝜕𝜃
𝜕𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖)
𝐿= 0 0 𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖𝑐 ) 0 0 𝑖𝑐
𝜕𝜃
𝜕𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖)
0 0 0 𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖𝑑 ) 0 𝑖𝑑
𝜕𝜃
0 0 0 0 −𝐽 0
[ 0 0 0 0 0 1 ]
Isolando-se a matriz [𝐼 ]̇ na equação 13, obtêm-se a equação de estados do
MRV 8/6:
[𝐼 ]̇ = [𝐿]−1 [𝑉] − [𝐿]−1 [𝑅][𝐼] (14)
Nos meses descritos acima, com base na referência Finite Element Method
Magnetics: Version 4.2: User’s Manual., de David Meeker, descrita anteriormente,
esforços foram concentrados para a aprendizagem de resolução de problemas
magnetostáticos através da utilização do FEMM, pois este é o tipo de problema a ser
resolvido na análise da máquina de relutância variável. Assim, o aluno de iniciação
científica foi capaz de aprender todas as etapas necessárias para a resolução de um
problema magnetostático via elementos finitos. Inicialmente, foi estudado o pré-
processamento que consiste na definição da geometria do problema, das
características dos materiais utilizados (curva B-H, condutividade, etc), do tamanho
das malhas de elementos finitos, dos circuitos elétricos utilizados e de todas as
propriedades físicas que possuem relevância em uma simulação de análise
magnetostática.
Posteriormente, foi estudado o processamento, que consiste no período de
simulação. Nesta etapa, foram estudados meios de se reduzir o tempo de simulação
ao variar o tamanho da malha de elementos finitos. Também foi estudada a linguagem
de programação LUA através do manual da linguagem e do manual do FEMM, a fim
de se automatizar a simulação através de um código. Finalmente, foi estudado como
se dá a etapa de pós-processamento pelo software FEMM, com foco em meios de
obtenção de informações importantes sobre a MRV, tais como a distribuição de fluxo
magnético no interior da máquina, curvas de indutância e fluxo, curvas de
conjugado, dentre outras.
• Outubro, Novembro e Dezembro: Execução do projeto da máquina
Feito isso, os materiais de cada parte da MRV foram definidos. Para todo o
entreferro foi utilizado o ar, no eixo da máquina foi utilizado o aço 1020, nas bobinas
foram utilizados fios de cobre AWG 14 e nas lâminas do rotor e do estator foi utilizado
o aço E185. Este último aço não estava contido na biblioteca de materiais do FEMM,
sendo preciso criar um novo material dentro da mesma com a definição manual de
sua curva B-H e de demais características deste aço, fornecidas pela empresa
fabricante Aperam.
Figura 6: Materiais da MRV utilizados na simulação no FEMM.
Figura 12: Distribuição de fluxo magnético na MRV para posição do rotor de 15º.
Figura 13: Código em linguagem LUA para otimização da obtenção das curvas de indutância
e fluxo magnético no FEMM.
Figura 15: Indutância em função do ângulo do rotor para alguns valores de corrente da fase A
(MRV com 𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 24,5°).
Figura 16: Fluxo magnético em função do ângulo do rotor e da corrente da fase A (MRV com
𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 24,5°).
Figura 17: Indutância em função do ângulo do rotor e da corrente da fase A (MRV com
𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 24,5°).
Figura 18: Fluxo magnético em função do ângulo do rotor para alguns valores de corrente da
fase A (MRV com 𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 27°).
Figura 19: Indutância em função do ângulo do rotor para alguns valores de corrente da fase A
(MRV com 𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 27°).
Figura 20: Fluxo magnético em função do ângulo do rotor e da corrente da fase A (MRV com
𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 27°).
Figura 21: Indutância em função do ângulo do rotor e da corrente da fase A (MRV com
𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 27°).
Analisando-se os gráficos acima, nota-se que as curvas obtidas estão
coerentes com o previsto pela teoria de máquinas a relutância variável. Tanto
indutânica quanto o fluxo magnético diminuiram seus valores ao girar o rotor para
uma posição diferente de 0º e esse decaimento ocorre gradativamente até a posição
de 30º, onde o valor da indutância é mínima. Além disso, ao comparar as curvas das
duas topologias, MRV com 𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 24,5° e MRV com 𝜃𝑅𝑂𝑇𝑂𝑅 = 27°, nota-se o impacto deste
valor do ângulo do polo do rotor. Ao analisarmos a curvatura superior e inferior das
mesmas, percebe-se que na máquina de 27º tem-se durante um intervalor maior a
presença do valor de indutância máxima e durante um intervalo menor a presença
da indutância mínima, sendo este comportamento previsto pela teoria, pois estes
intervalos são frutos da relação entre a diferença de ângulos dos polos do rotor e do
estator.
Feito isso, essa geometria foi exportada para o software de elementos finitos
ANSYS (versão acadêmica) no qual foi possível realizar as mesmas simulações que
foram feitas no FEMM, porém agora em 3 dimensões para considerar o efeito da
distorção do rotor da máquina. As curvas de fluxo magnético e indutância obtidas
para esta máquina são mostradas nas páginas a seguir:
Figura 23: Fluxo magnético em função do ângulo do rotor para alguns valores de corrente da
fase A (MRV com skewed rotor).
Figura 24: Indutância em função do ângulo do rotor para alguns valores de corrente da fase A
(MRV com skewed rotor).
Figura 25: Fluxo magnético em função do ângulo do rotor e da corrente da fase A (MRV com
skewed rotor).
Figura 26: Indutância em função do ângulo do rotor e da corrente da fase A (MRV com
skewed rotor).
Comparando as curvas acima referentes ao MRV com Skewed Rotor com as
curvas do motor com ângulo do polo do rotor de 24,5º, observa-se que para os
pontos próximos ao desalinhamento completo (rotor na posição de 30º) houve um
decaimento mais suave da curva. Como o conjugado do motor é proporcional a
derivada da indutância em relação ao ângulo do rotor, pode-se afirmar que o efeito
da torção de 5º neste último motor proporciona uma redução da oscilação do
conjugado em seu eixo.
4. CONCLUSÕES
Neste projeto, foi feito inicialmente uma breve apresentação sobre o princípio
de funcionamento da máquina a relutância variável tomando-se como base o estudo
das referências bibliográficas citadas. Em seguida, foi realizada a modelagem
matemática da máquina obtendo-se as equações que descrevem o comportamento
elétrico e mecânico da mesma. Feito isso, com base nas medidas determinadas
para as lâminas do rotor e estator foi modelado em 2D o motor no software
AutoCAD. Tendo a geometria da máquina, essa foi exportada para o software
FEMM, no qual foram realizadas as simulações via método dos elementos finitos
que possibilitou que fossem levantadas as curvas de indutância e fluxo magnético de
uma fase em função do ângulo da posição do rotor.
Além disso, foi desenvolvido um tutorial sobre como realizar simulações no
software FEMM, a fim de divulgar todo o conhecimento adquirido pelo aluno sobre a
manipulação do mesmo. Foram escritas páginas explicando o que é o software
FEMM, quais tipos de problemas o mesmo é capaz de solucionar, como importar
arquivos do AutoCAD, o que faz cada ferramenta de sua interface, como definir um
problema e sua geometria, como se dá o pré-processamento de um problema, como
se dá o pós-processamento, dentre outras coisas importantes para que o leitor tenha
um conhecimento básico sobre o software.
Como etapa adicional, foi também realizada a simulação computacional do
MRV 8/6 projetado com Skewed Rotor aplicando um ângulo de torção de 5º, obtendo
também suas curvas de indutância e fluxo magnético. Assim, observou-se que para
os pontos próximos ao desalinhamento completo (rotor na posição de 30º) houve um
decaimento mais suave da curva, o que serviu para comprovar que o efeito da
torção pode proporcionar uma redução da oscilação do conjugado do motor.
Ao final do trabalho, foi escrito um artigo científico para divulgar os resultados
óbitos e que está anexado neste relatório. Assim, todas as etapas propostas
inicialmente contidas no plano de trabalho do aluno foram cumpridas com sucesso e
os resultados obtidos se mostraram coerentes, servindo de validação para o projeto
do motor.
Neste contexto, a fim de comprovar a coerência entre as curvas obtidas via
elementos finitos e os dados reais do motor durante seu funcionamento na prática
recomenda-se o desenvolvimento de uma metodologia de ensaio para realizar este
levantamento de forma experimental. Esta etapa está prevista para o próximo projeto
de iniciação científica que já foi aprovado pelo CNPq e que será desenvolvido pelo
aluno sobre orientação do mesmo docente nos próximos meses.
Anexo I
1
problemas [4]. A maioria dos problemas reais que devem ser máquina na posição de equilíbrio instável, o rotor poderá se
resolvidos para o desenvolvimento de um dispositivo movimentar no sentido horário ou anti-horário buscando a
eletromagnético são difíceis de serem abordados por meio de posição de equilíbrio estável.
métodos analíticos, devido a fatores como geometria Em geral, este tipo de máquina apresenta construção
complicada e a não linearidade dos materiais. Dessa forma, simplificada, pois não possui enrolamentos no rotor e não
para que seja possível obter resultados precisos e satisfatórios, necessita de imãs permanentes para operar, tornando-a mais
é necessário recorrer a utilização de métodos numéricos. baratas. Normalmente, consistem em um estator com
Dentre as diferentes ferramentas numéricas utilizadas em enrolamentos de excitação e um rotor magnético com
um projeto de máquina elétrica, destaca-se o método de saliências [3].
elementos finitos (MEF), que vem sendo bastante utilizado em A figura abaixo ilustra em perfil transversal 2D as
diversas áreas do conhecimento, devido ao grande avanço dos características geométricas de um MRV com 8 polos no
simuladores computacionais nos últimos anos. O MEF é um estator e 6 polos no rotor (8/6):
método numérico que consiste em reduzir um problema
descrito por uma certa quantidade de equações diferenciais de
resolução extremamente complexa em vários problemas
pequenos, descritos por equações mais simples e com uma
resolução menos trabalhosa. Esta redução é possível de se
obter dividindo a geometria do problema em malhas
compostas por vários elementos finitos, como triângulos ou
quadrados [4].
Para a aplicação do método dos elementos finitos em
problemas que abrangem dispositivos eletromagnéticos, como
a modelagem de um motor, um software bastante utilizado é o
Finite Element Method Magnetics (FEMM), versão 4.2. O
FEMM é um software livre que permite ao usuário encontrar
a solução de problemas eletromagnéticos de baixa frequência,
em duas dimensões e nos domínios planar e axissimétrico, isso
é feito definindo condições de contorno e aplicando-se o
método dos elementos finitos [5].
Dessa forma, este trabalho tem como um dos objetivos
realizar a análise magnetostática de um MRV com topologia
8/6 (8 polos no estator e 6 polos no rotor) por meio da
aplicação do método dos elementos finitos pelo software
FEMM, através do qual é possível realizar o levantamento das
curvas características de fluxo magnético e indutância da Fig. 1. Perfil em 2D do MRV 8/6 e localização de suas partes.
máquina em função do ângulo da posição do rotor.
Adicionalmente, tem-se o propósito de verificar o Para deduzir as equações matemáticas que descrevem o
comportamento dinâmico do motor através da utilização da comportamento da MRV 8/6, considera-se inicialmente o
ferramenta Simulink do MATLAB, na qual é possível obter circuito equivalente monofásico desta máquina:
em função do tempo as curvas de corrente, fluxo magnético e
indutância de cada fase e também a curva representativa do
torque no eixo do motor.
2
𝜆(𝜃, 𝑖) = 𝐿(𝜃, 𝑖)𝑖 (2) Calculado o torque eletromagnético, para efetuar o
equacionamento do torque mecânico fornecido para carga
A força contra eletromotriz é obtida pela equação: quando acionada pelo motor, é preciso levar em consideração
a parcela de conjugado de atrito viscoso e a parcela de
𝜕𝐿(𝜃, 𝑖) conjugado devido ao momento de inércia do sistema.
𝑒 = 𝑖𝜔𝑚 (3)
𝜕𝜃
𝑑𝜔𝑚
Assim, a equação 1 pode ser reescrita da seguinte forma: 𝑇𝑚𝑒𝑐 = 𝑇𝑒𝑚𝑔 − 𝐷𝜔𝑚 − 𝐽 (12)
𝑑𝑡
𝑑𝑖 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖) A partir do desenvolvimento matemático feito acima, tem-
𝑣 = 𝑅𝑓 𝑖 + 𝐿(𝜃, 𝑖) + 𝑖𝜔𝑚 (4)
𝑑𝑡 𝜕𝜃 se as equações que descrevem o comportamento elétrico e
mecânico do MRV 8/6. No entanto, com o intuito de facilitar
A equação acima descreve matematicamente o o uso de métodos numéricos para obter-se as soluções das
comportamento da tensão nos terminais de uma fase do motor, equações diferenciais parciais, as mesmas podem ser
sendo composta por três termos, que são: a queda de tensão no representadas conforme o método de variáveis de estado no
resistor, a queda de tensão no indutor e a força contra formato matricial abaixo:
eletromotriz induzida.
Conhecido o comportamento da tensão, determina-se a [𝑉] = [𝑅][𝐼] + [𝐿][𝐼 ]̇ (13)
potência elétrica instantânea de entrada:
𝑣𝑎 𝑖𝑎 𝑖𝑎̇
𝑝𝑒 = 𝑣𝑖 (5) 𝑣𝑏 𝑖𝑏 𝑖𝑏̇
𝑣𝑐 𝑖𝑐 𝑖𝑐̇
𝑑𝑖 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖) 𝑣𝑑 = 𝑅 𝑖𝑑 + 𝐿 𝑖𝑑̇
𝑝𝑒 = 𝑅𝑓 𝑖 2 + 𝑖 𝐿(𝜃, 𝑖) + 𝑖 2 𝜔𝑚 (6)
𝑑𝑡 𝜕𝜃 𝑇𝑚𝑒𝑐 𝜔𝑚 𝜔𝑚̇
[ 0 ] [ 𝜃 ] [ 𝜃̇ ]
A partir de manipulações matemáticas realizadas nas
referências [6] e [7], a equação acima é reescrita: Em que:
𝑑 1 1 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖) 𝑟𝑎 0 0 0 0 0
𝑝𝑒 = 𝑅𝑓 𝑖 2 + ( 𝐿(𝜃, 𝑖)𝑖 2 ) + 𝑖 2 𝜔𝑚 (7)
𝑑𝑡 2 2 𝜕𝜃 0 𝑟𝑏 0 0 0 0
0 0 𝑟𝑐 0 0 0
A equação anterior demonstra que a potência elétrica 𝑅=
0 0 0 𝑟𝑑 0 0
instantânea de entrada é composta pelas perdas resistivas nos
𝑚 𝑛 𝑝 𝑞 −𝐷 0
enrolamentos, a taxa de variação da energia armazenada no
[0 0 0 0 −1 0]
campo magnético e a potência entregue no entreferro. Essa
última é expressa pela equação abaixo: Sendo:
1 2 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖) 1 𝜕𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖𝑎 ) 1 𝜕𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖𝑐 )
𝑝𝑒𝑛𝑡 = 𝑖 𝜔𝑚 (8)
2 𝜕𝜃 𝑚= 𝑖 𝑝 = 𝑖𝑐
2 𝑎 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
A equação acima descreve o comportamento da potência 1 𝜕𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖𝑏 ) 1 𝜕𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖𝑑 )
entregue no entreferro, logo essa pode ser usada para obter o 𝑛= 𝑖 𝑞= 𝑖
2 𝑏 𝜕𝜃 2 𝑑 𝜕𝜃
torque eletromagnético produzido:
E:
𝑝𝑒𝑛𝑡 1 2 𝜕𝐿(𝜃, 𝑖)
𝑇𝑒𝑚𝑔 = = 𝑖 (9)
𝜔𝑚 2 𝜕𝜃 𝜕𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖)
𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖𝑎 ) 0 0 0 0 𝑖𝑎
𝜕𝜃
Como todo o equacionamento realizado até o momento foi 𝜕𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖)
feito para somente uma fase, tem-se que para a máquina 0 𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖𝑏 ) 0 0 0 𝑖𝑏
𝜕𝜃
tetrafásica a expressão para o cálculo do torque
𝜕𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖)
eletromagnético total será composta pela somatória dos 𝐿= 0 0 𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖𝑐 ) 0 0 𝑖𝑐
torques individuais de cada fase (a, b, c e d): 𝜕𝜃
𝜕𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖)
0 0 0 𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖𝑑 ) 0 𝑖𝑑
𝑇𝑒𝑚𝑔 = 𝑇𝑎 + 𝑇𝑏 + 𝑇𝑐 + 𝑇𝑑 (10) 𝜕𝜃
0 0 0 0 −𝐽 0
1 𝜕𝐿𝑎 (𝜃, 𝑖𝑎 ) 1 2 𝜕𝐿𝑏 (𝜃, 𝑖𝑏 ) [ 0 0 0 0 0 1 ]
𝑇𝑒𝑚𝑔 = 𝑖𝑎 2 + 𝑖𝑏
2 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
(11) Isolando-se a matriz [𝐼 ]̇ na equação 13, obtêm-se a equação
1 𝜕𝐿𝑐 (𝜃, 𝑖𝑐 ) 1 2 𝜕𝐿𝑑 (𝜃, 𝑖𝑑 ) de estados do MRV 8/6:
+ 𝑖𝑐 2 + 𝑖𝑑
2 𝜕𝜃 2 𝜕𝜃
[𝐼 ]̇ = [𝐿]−1 [𝑉] − [𝐿]−1 [𝑅][𝐼] (14)
3
A obtenção da equação de estados acima permite a
descrição completa do comportamento de cada fase da
máquina em qualquer instante. As matrizes [𝑅] e [𝐿] são
compostas pelos valores de resistências e indutâncias de cada
fase, características construtivas de cada máquina específica.
A solução desse sistema é facilitada através de métodos
numéricos computacionais.
4
magnetostáticos, foi definido a fronteira para qual a partir dela Ao analisar as distribuições de fluxo magnético na figura
não haverá fluxo magnético. Como a relutância do material anterior, nota-se a tendência das linhas de fluxo em seguir pelo
ferromagnético utilizado (E185) nas lâminas do estator e do caminho da estrutura ferromagnética das lâminas ao invés do
rotor é muito menor do que a relutância do ar, foi definido sem caminho pelo ar. Isso ocorre porque a relutância dos materiais
diminuir a precisão, a fronteira do problema como sendo a que compõe as lâminas é bem menor que a relutância do ar.
circunferência externa da lâmina do estator. Este fato implica no surgimento de um torque no sentido de
Após concluir a etapa de pré-processamento, foi gerada a alinhar as lâminas do rotor e do estator (posição de 0º).
malha de elementos finitos para dar início a simulação, como Embora a distribuição de fluxo magnético na estrutura da
se segue: MRV possa ser obtida graficamente para qualquer valor de
corrente e posição do rotor, para otimizar a obtenção dos
dados foi desenvolvido um código em linguagem LUA que faz
a variação da corrente em uma fase de 0A à 40A e do ângulo
da posição do rotor de 0º à 30º, salvando os valores de
indutância, fluxo magnético e queda de tensão nos
enrolamentos para cada posição do rotor e valor de corrente.
Ao final da simulação, obteve-se duas matrizes de dados
40x30 (1200 pontos) com os valores de fluxo e indutância
respectivamente. Estes dados foram organizados em planilhas
no Microsoft Excel, e em seguida foram plotados os gráficos
de indutância e fluxo magnético da MRV utilizando o
software MATLAB, tanto em 2D quanto em 3D, conforme é
mostrado a seguir:
5
Após concluir a etapa de pré-processamento, foi gerada a o conversor escolhido foi o asymmetric half-bridge. Este
malha de elementos finitos para dar início a simulação, como conversor é caracterizado por ser composto de duas chaves
se segue: controladas em série com cada fase da máquina e dois diodos,
utilizados para desmagnetização da bobina de cada fase, após
o período de magnetização da mesma.
6
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
7
Anexo II
Conteúdo
Índice de Figuras .................................................................................................................................................. 3
Índice de Tabelas ................................................................................................................................................. 3
1. Introdução ....................................................................................................................................................... 4
2. Interactive Shell - Problemas Magnéticos ....................................................................................................... 5
2.1. Importar e Exportar Arquivos DXF ........................................................................................................... 5
2.2. Pré-Processamento .................................................................................................................................. 5
2.2.1. Modos de Operação e Desenho da Geometria do Problema ........................................................... 5
2.2.2. Comandos de Teclado e Mouse ........................................................................................................ 6
2.2.3. Comandos de Visualização (View) ..................................................................................................... 7
2.2.4. Manipulação das Linhas de Grade (Grid) .......................................................................................... 7
2.2.5. Definição do Problema (Problem) ..................................................................................................... 7
2.2.6. Definição das Propriedades (Properties) ........................................................................................... 8
2.2.7. Definições Dentro da Geometria ..................................................................................................... 11
2.2.8. Ferramentas de Análise ................................................................................................................... 15
2.3. Pós-Processamento ................................................................................................................................ 15
2.3.1. Modos de Operação ........................................................................................................................ 15
2.3.2. Linhas de Fluxo ................................................................................................................................ 16
2.3.3. Visualização e Análise dos Resultados............................................................................................. 16
3. Código Lua ..................................................................................................................................................... 17
Anexo I ............................................................................................................................................................... 18
Bibliografia......................................................................................................................................................... 20
Laboratório de Acionamentos Elétricos – Faculdade de Engenharia Elétrica - UFU
3
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq – Gustavo de Oliveira Machado
Índice de Figuras
Figura 1 - Representação dos modos ponto, reta, arco, bloco e grupo, respectivamente, na etapa de pré-
processamento .................................................................................................................................................... 5
Figura 2 - Ferramentas de zoom e de manuseio da imagem .............................................................................. 7
Figura 3 - Botões para manipulação das linhas de grade .................................................................................... 7
Figura 4 - Janela Property Definition ................................................................................................................... 8
Figura 5 - Janela para definição dos materiais do problema............................................................................... 9
Figura 6 - Etapa de pós-processamento de uma geométrica (a) com um pondo de potencial e (b) sem um
ponto de potencial ............................................................................................................................................ 10
Figura 7 - Definição do circuito.......................................................................................................................... 11
Figura 8 - Designação do nó criado para definir um bloco ................................................................................ 11
Figura 9 - A janela Properties for Selected Block ............................................................................................... 12
Figura 10 - Janela para definição de propriedades para (a) pontos, (b) arcos e (c) retas. A partir delas é
possível definir que os pontos, arcos e retas façam parte do mesmo grupo a partir da função In Goup ........ 13
Figura 11 - Exemplo: grupo que define as partes móveis em uma máquina a relutância variável................... 13
Figura 12 - Outras opções do pré-processamento ............................................................................................ 14
Figura 13 - Ferramentas de análise. (a) traçar a malha, (b) analisar o modelo, (c) mostrar resultados ........... 15
Figura 14 - Modos de operação na etapa de pós-processamento .................................................................... 15
Figura 15 - Modos de gráfico para traçar as linhas de fluxo ............................................................................. 16
Figura 16 - Botões de comando para (a) traçar gráficos, (b) calcular integrais e (c) mostrar as propriedades
dos circuitos....................................................................................................................................................... 16
Figura 17 - Botão de ação para abrir a janela de programação ........................................................................ 17
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Comandos de teclado ......................................................................................................................... 6
Tabela 2 - Comandos de mouse .......................................................................................................................... 6
Tabela 3 - Comandos de teclado para visualização da imagem .......................................................................... 7
Laboratório de Acionamentos Elétricos – Faculdade de Engenharia Elétrica - UFU
4
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq – Gustavo de Oliveira Machado
1. Introdução
O Software FEMM é de distribuição livre e pode ser encontrado no site:
http://www.FEMM.info/wiki/HomePage. O FEMM é um programa desenvolvido para resolver problemas
eletromagnéticos em baixa freqüência, em duas dimensões e nos domínios planar e axissimétrico utilizando,
para tanto, análise dos elementos finitos e definição das condições de contorno.
OBS:
1. Domínio Planar: diz respeito a um objeto que pode ser representável no plano de tal forma que suas
arestas não se cruzam. (Para o trabalho de pesquisa desenvolvido, os objetos serão representados no
domínio planar).
2. Domínio Axissimétrico: trata-se de um objeto que possui simetria em torno de um eixo.
3. Freqüência Zero: trata-se de um problema que possui somente nível dc, sem harmônicos ou
contribuições de outros valores de freqüência. Como estamos tratando de uma corrente contínua, a
freqüência deve ser definida como zero.
Para este tutorial serão abordados temas relativos a problemas magnéticos sem variação de
harmônicas, denominados por problemas magnetostáticos. Porém o FEMM pode lidar com quatro tipos de
problemas. São eles:
O Software é dividido em três partes básicas. A primeira delas é o próprio executável femm.exe,
denominado Interactiv Shell, em que o usuário pode lidar com todas as variáveis de pré e pós-
processamento do problema. A segunda, denominada triangle.exe, trata da fragmentação do problema,
tendo por base a análise de elementos finitos. Por fim, a terceira parte, denominada fkern.exe para
problemas magnéticos, corresponde à resolução do problema pelo desenvolvimento de equações
diferenciais. A base do FEMM está na resolução de equações diferenciais parciais relevantes que configuram
as equações de Maxwell para problemas em baixa freqüência.
É muito importante estar ciente das condições de contorno adequadas para garantir somente uma
solução do problema. O FEMM lida com cinco condições de contorno, o usuário deve ter ciência de qual se
enquadra melhor a seu problema. Resumidamente, são elas:
2.2. Pré-Processamento
No pré-processamento o usuário tem condições de desenhar a geometria do problema, definir os
materiais e as condições de contorno. Abaixo são descritas as potencialidades desta etapa. A sugestão é que
o usuário siga a ordem dos tópicos para definição do pré-processamento do problema.
Figura 1 - Representação dos modos ponto, reta, arco, bloco e grupo, respectivamente, na etapa de pré-processamento
Laboratório de Acionamentos Elétricos – Faculdade de Engenharia Elétrica - UFU
6
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq – Gustavo de Oliveira Machado
PONTO
Teclado Função
Espaço Edita as propriedades dos pontos selecionados
Tab Mostra uma caixa de diálogo para entrada dos valores numéricos das coordenadas do ponto
Esc Desmarca todos os pontos selecionados
Delete Deleta todos os pontos selecionados
RETA / ARCO
Teclado Função
Espaço Edita as propriedades das retas selecionadas
Esc Desmarca todos as retas selecionadas
Delete Deleta todos as retas selecionadas
BLOCO
Teclado Função
Espaço Edita as propriedades do bloco selecionado
Tab Mostra uma caixa de diálogo para entrada dos valores numéricos das coordenadas de um novo bloco
Esc Desmarca todos os blocos selecionados
Delete Deleta todos os blocos selecionados
GRUPO
Teclado Função
Espaço Edita a atribuição dos segmentos selecionados pelo grupo
Esc Desmarca todos os grupos selecionados
Delete Deleta todos os grupos selecionados
Tabela 1 - Comandos de teclado
PONTO
Botão do Mouse Função
Esquerdo Cria um novo ponto onde o usuário selecionar
Direito Seleciona o ponto mais próximo
Duplo Clique Direito Mostra as coordenadas do ponto mais próximo
RETA / ARCO
Botão do Mouse Função
Esquerdo Seleciona o ponto de início ou final de uma reta ou arco
Direito Seleciona a reta/arco mais próximo
Duplo Clique Direito Mostra o comprimento da reta/arco mais próximo
BLOCO
Botão do Mouse Função
Esquerdo Cria um novo bloco onde o usuário selecionar
Direito Seleciona o bloco mais próximo
Duplo Clique Direito Mostra as coordenadas do bloco mais próximo
GRUPO
Botão do Mouse Função
Direito Seleciona o grupo associado ao objeto mais próximo
Tabela 2 - Comandos de mouse
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COMANDOS DE VISUALIZAÇÃO
Teclado Função
Setas Deslocam a imagem de acordo com a seta selecionada
Page up Zoom In
Page down Zoom out
Home Adequa o zoom para que a figura possa ser visualizada inteiramente na tela
Tabela 3 - Comandos de teclado para visualização da imagem
➔ Frequency (Hz) - a freqüência do problemas como zero para magnetostática e diferente de zero
quando existirem harmônica. Para o segundo caso, todos os valores de campo oscilarão na
frenqüência definida.
➔ Depth - traduz o comprimento da geometria “entrando na página”, ou ⊗. Esta definição serve para
encontrar resultados de integral, na etapa de pós-processamento, como força e indutância. Para
problemas planares esta opção fica desabilitada.
➔ Solver Precision - define o critério de parada para a solução linear. Por defaut é definido como 10−8.
➔ Min Angle - define a angulação mínima dos triângulos que serão traçados na malha (método dos
elementos finitos). Os valores vão de 1° à 33,8° e para malhas muito refinadas, sugere-se que o
usuário escolha ângulos menores que 20° para evitar problemas de precisão insuficiente do ponto
flutuante.
➔ Comment - espaço para comentários.
OBS:
4. O mil é a mínima unidade de comprimento no sistema inglês de medidas e equivale a 0,0254 milímetros.
Se usa para medir o comprimento de corpos vistos com microscópios e é bem requerida para medir
espessuras em áreas técnicas (como na aplicação de pinturas).
alterar alguns parâmetros, caso seja conveniente. Definidos todos os materiais a serem utilizados, confirma-
se a operação selecionando a opção OK.
2.2.6.2. Materials
Assim que os materiais forem escolhidos, automaticamente eles passam a compor a lista Property
Name da opção Materials, em Properties (ver figura 4). Em Modify Property - assim como pode ser feito pelo
duplo clique em cima do material, explicado acima (Materials Library) - o usuário tem condição de alterar as
propriedades dos materiais definidos pelo software. Existem várias opções para que o usuário adéqüe o
material da melhor maneira possível para solução do problema. Caso seja necessário lidar com algum tipo de
material que não é disponibilizado na Materials Library o usuário tem a possibilidade de criar seu próprio
material através da opção Add Property. Para tanto, o usuário deve ter em mãos várias propriedades do
material que deseja definir. Para maiores detalhes sobre as definições de materiais consultar Meerker (2010.
p. 26-31).
2.2.6.3. Boundary
Define as linhas e arcos que delimitam a região de contorno da geometria. Em BC Type o usuário
pode escolher a condição de contorno que melhor se adéqüe a seu problema. Abaixo são descritas cada uma
delas de maneira resumida, para maiores detalhes sobre o equacionamento das condições de contorno
consultar Meerker (2010. p. 24-26).
➔ Prescribed A - para este tipo de contorno, o vetor potencial A é prescrito para todo o perímetro. O
usuário pode definir o valor de potencial de A de acordo com os parâmetros 𝐴0 , 𝐴1 , 𝐴2 𝑒 𝜑. Para o
potencial ser definido como zero fora da região de contorno (A=0), todos os parâmetros devem valer
zero.
➔ Small Skin Depth - utilizada para condições de alta freqüência em que o existe a ocorrência de
correntes parasitas. Aproxima-se da condição de contorno de Robin, descrita na intodução.
➔ Mixed - pode ser de dois usos, dependendo do valor especificado dos coeficientes 𝑐0 𝑒 𝑐1 . Com a
determinação cuidadosa de 𝑐0 e a definição de 𝑐1 = 0, aproxima a parte externa do contorno
aproxima-se de uma região upbounded. De outro modo, para definir que a intensidade de campo
que flui paralelo ao contorno é H, basta definir 𝑐0 = 0 e 𝑐1 = valor desejado de campo H (Amp/m).
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➔ Strategic Dual Image - trata-se de uma condição de contorno experimental desenvolvida pelo
criador do software. Esta condição imita um contorno “aberto” ao dividir a solução em duas partes:
uma baseada na condição de contorno homogenia de Dirichlet e outra baseada na condição de
contorno homogenia de Neumann. Sua utilização deve ser direcionada para problemas com
contorno circular no domínio planar e que não utilize ferro.
➔ Periodic - aplicada sobre dois segmentos ou dois arcos para forçar o vetor potencial magnético a ser
igual para toda região do contorno. Bom aproveitamento para geometrias com simetria, pois
diminui o domínio do problema que deve ser modelado.
➔ Anti-periodic - similar à condição periódica, porém com a diferença de forçar os dois contornos
selecionados para serem negativos um em relação ao outro, mas com a mesma magnitude.
2.2.6.4. Point
Define as propriedades de um ponto na geometria. Pode ser adicionado um ponto com uma
propriedade potencial específica (Wb/m) ou uma propriedade de corrente específica. Não é possível definir
propriedade de corrente e potencial em um mesmo ponto, trata-se de dois fatores mutuamente exclusivos.
Para elucidar melhor, a figura 7 mostra as linhas de fluxo na etapa de pós-processamento de uma geometria
com um ponto potencial (a) e sem um ponto potencial (b). Esta definição de ponto é interessante para
simular alguma perturbação dentro da geometria.
Figura 6 - Etapa de pós-processamento de uma geométrica (a) com um pondo de potencial e (b) sem um ponto de potencial
2.2.6.5. Circuits
Nesta opção o usuário pode definir os circuitos utilizados na sua geometria, selecionando a opção
Add Property, para adicionar um novo circuito, ou a opção Modify Property, para modificar um circuito
definido anteriormente (ver figura 4). Existe a opção de escolha de circuitos série e paralelo e a opção para
definir a magnitude da corrente, como mostra a figura 7.
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Feito isso, o usuário deve clicar com o botão direito do mouse na região mais próxima possível ao nó
definido, que passará da coloração verde para vermelha. É importante observar que para selecionar pontos,
arcos, retas ou grupos no FEMM o clique com o mouse deverá sempre estar próximo de seu alvo, visto que o
software possui algoritmos para selecionar o objeto que encontrar-se mais adjacente ao clique do usuário.
Quando o nó estiver com a coloração vermelha, denotando estar selecionado, deve-se apertar barra
de espaço no teclado para abrir as propriedades do objeto selecionado. A janela que define as propriedades
é denominada Properties for Selectec Block e é mostrada na figura 9. Abaixo há uma breve descrição das
funcionalidades das opções que aparecem nesta janela.
➔ Block Type - o usuário define o material que deverá ser utilizado para aquela região. Só aparecerão
nas opções do Block Type os materiais que foram previamente selecionados na definição dos
materiais.
➔ In Circuit - o usuário deve escolher se utilizará algum circuito que fora previamente estabelecido nas
definições do circuito. Feito isso, a opção Number of Turns é habilitada e o usuário pode definir a
quantidade de espiras. Quando o número de espiras é negativo, indica que os enrolamentos entram
naquela região (⊗) e quando são positovos indicam que os enrolamentos saem daquela região (⊙).
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➔ In Group - o usuário tem a possibilidade de escolher se deseja selecionar que aquele ponto integre
um grupo. A definição dos grupos é feita somente de forma numérica.
Ao completar estes passos, basta selecionar a opção ok e o material, o circuito (se houver) e o grupo
estarão definidos para a região selecionada. Estes passos devem ser repetidos para todas as demais regiões
da geometria, até que todos os blocos sejam devidamente definidos.
Figura 10 - Janela para definição de propriedades para (a) pontos, (b) arcos e (c) retas. A partir delas é possível definir que os
pontos, arcos e retas façam parte do mesmo grupo a partir da função In Goup
O exemplo do rotor citado no início deste tópico pode ser mostrado na figura 11, em que o leitor
pode perceber que todos os elementos que contém a parte móvel da geometria fazem parte do grupo,
inclusive os Block Labels que definem o material Air do entreferro e o material M-22 Steel do rotor.
Figura 11 - Exemplo: grupo que define as partes móveis em uma máquina a relutância variável
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OBS:
5. É muito importante ressaltar que deve fazer parte desse grupo todas as partes que o integram, inclusive
o Block Label que define o material e/ou o circuito.
6. Deve-se ter muita atenção na hora de selecionar todos os elementos do grupo para não esquecer
nenhum ponto, reta ou arco, pois isto pode comprometer a etapa de pós-processamento.
a) Open up properties dialog for currently selected entities - Funciona como a barra de espaço,
dispondo ao usuário as propriedades dos elementos selecionados.
b) Undo the last operation - Desfazer a operação anterior.
c) Select a group of entities using the mouse - Selecionar elementos na geometria dentro de uma figura
retangular definida pelo usuário
d) Select a circular region - Selecionar elementos dentro de uma região circular.
e) Move/rotate selected objects - Mover ou rotacionar objetos selecionados.
f) Copy selected objects - Copiar objetos selecionados.
g) Scale selected objects - Alterar a escala dos objetos selecionados.
h) Mirror selected objects - Cria uma imagem-espelho da geometria em relação a uma linha de simetria
definida pelo usuário.
i) Convert a sharp corner into a radius - Para “arredondar” o desenho esta opção converte uma quina
em uma forma mais suave, com o raio definido pelo usuário. Ao clicar em (i) o usuário deve em
seguida selecionar o ponto em que deseja suavizar a quina e, a partir disso, uma janela aparece para
que o usuário defina o raio.
j) Delete selected objects - Deletar objetos selecionados.
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Figura 13 - Ferramentas de análise. (a) traçar a malha, (b) analisar o modelo, (c) mostrar resultados
2.3. Pós-Processamento
Etapa em que os resultados do problema podem ser visualizados. Possui um novo formato, com
sufixo .ans.
a) Point Values Mode - O usuário pode clicar em qualquer ponto da geometria que as informações
magnéticas relativas ao ponto são mostradas na janela FEMM Output. Outra maneira de escolher o
ponto de análise é selecionando a tecla TAB e digitando as coordenadas do ponto. No pós-
processamento os pontos não são selecionados pelo botão direito do mouse.
b) Contour Mode - Permite ao usuário definir arbitrariamente um contorno à figura, ligando os pontos
da geometria pelo botão esquerdo do mouse. Com este contorno o usuário torna-se capaz de plotar
gráficos e obter integrais sobre a região de interesse.
c) Block Mode- Permite que o usuário selecione um subdomínio na geometria. Com esta opção,
integrais de área e volume podem ser traçadas.
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Figura 16 - Botões de comando para (a) traçar gráficos, (b) calcular integrais e (c) mostrar as propriedades dos circuitos
3. Código Lua
O código Lua é utilizado para tornar as simulações dentro do FEMM mais automatizadas e,
conseqüentemente, mais simples. Maiores informações sobre a linguagem podem ser encontradas no
“Manual de Referência de Lua”, com versão digital disponível em: http://www.lua.org/manual/5.2/pt/.
Para abrir a janela de programação no FEMM o usuário deve selecionar a opção Lua Console em
View ou clicar na imagem descrita na figura 17, Show/Hide Lua Console Window, na parte lateral esquerda
da janela.
Todos os códigos possíveis para atuação dentro do software estão disponíveis em Meerker (2010. p.
82-98). No anexo I existe a descrição de um código em Lua utilizado para fazer girar um rotor de uma
máquina a relutância variável 6x6, de 0° a 30° e com correntes que variam de 2 A à 30 A, com intervalo de
espaçamento de 0,5 A entre uma medição e outra. A finalidade deste código é coletar os valores de fluxo e
de corrente, para, a partir deles, obter um perfil de indutância da máquina.
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Anexo I
showconsole()
mydir="./"
open(mydir .. "6x6 .fem")
mi_saveas(mydir .. "temp.fem")
mi_seteditmode("group")
for x=1.5,29.5 do -- Aqui é definida a iteração utilizando a linguagem lógica for e do.
-- A primeira iteração definida para a variável x é responsável por variar os valores de
--corrente de 2 A à 30 A. O intervalo é definido de 1,5 A à 29,5 A pois a primeira
--iteração já acrescenta 0,5 A ao valor definido de x, que, portanto, começará em 2 A
--e terminará em 30 A
for n=1,30 do --Nova iteração, definida para que o rotor gire de 1° à 30°.
mi_createmesh()
mi_analyze()
mi_loadsolution()
mo_groupselectblock(1)
print(n,mo_getcircuitproperties("Circuito 1"))
end
--Como se sabe, o comportamento da máquina 6x6 repete-se a cada 30°. Na verdade, o comportamento
completo de um ciclo percorre 60°, em que os primeiros 30° são simétricos aos próximos 30°. Desta forma, o
ciclo só fica completo em 60°, por isso os comandos abaixo garantem que, após feita a simulação para os 30
primeiros ângulos, o programa irá girar o rotor de mais 30° para que ele se inicie em um novo ciclo de
comportamento.
mi_selectgroup(1)
mi_moverotate(0,0,30)
end
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Bibliografia
Meerker, D. (2015). Finite Element Method Magnetics: Version 4.2, User's Manual. Acesso em 25 de Maio de
2017, disponível em http://www.FEMM.info/Archives/doc/manual42.pdf
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS